PROJETO PEDAGÓGICO MULTIDISCIPLINAR — PERNAMBUCO · 2 Recursos necessários: material escolar...
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Resumo: Partindo da receita do bolo de rolo, item de
destaque da doçaria tradicional regional, cria-se um
ambiente propício à exploração de diferentes conteúdos
disciplinares e de temas específicos das áreas de Ciências,
Língua Portuguesa e História. O aluno terá a oportunidade
de refletir e de se apropriar de conteúdos disciplinares
diversos, encontrando um sentido prático para esse
PROJETO PEDAGÓGICO MULTIDISCIPLINAR — PERNAMBUCO
Tema: Bolo de rolo: aspectos nutricionais, culturais e históricos dessa especialidade culinária de Pernambuco.
Perfil do grupo: Este projeto tem como foco os alunos do 4º ano, podendo ser adaptado para o Ensino Fundamental I e II e séries iniciais do Ensino Médio, suprimindo ou acrescentando conteúdos, a critério do professor.
aprendizado em seu cotidiano. E também poderá estabelecer uma relação diferente com o livro didático,
pois, em vários momentos, ele será solicitado a pesquisar e a consultar livros de Língua Portuguesa,
Ciências e História. Nesse processo investigativo, o aluno usa o que sabe e também o que aprende em
cada etapa do projeto. A aplicabilidade desses conteúdos na pesquisa dos elementos que caracterizam
o patrimônio cultural imaterial do estado em que o aluno vive, assim como seu passado histórico,
tem por objetivo fazê-lo refletir sobre seu papel social e torná-lo responsável pela construção de sua
aprendizagem. Durante todo o processo, o aluno aprende conceitos, procedimentos e atitudes.
Suportes: Receita tradicional de bolo de rolo; rótulo
de produto industrializado; livros didáticos de Língua
Portuguesa, Ciências e História.
Justificativa para uso desses suportes: A
experiência de provar o doce no ambiente escolar, acionando
os sentidos e resgatando sensações da memória, permite
ao professor explorar os conhecimentos prévios e, ao
mesmo tempo, instigar o aluno a buscar informações que
ele não tem. Essa dinâmica abre novas possibilidades de
elaboração de hipóteses sobre as funções dos alimentos e suas propriedades nutricionais, a leitura e
o reconhecimento de diferentes gêneros textuais, a origem histórica e cultural do grupo social a que
pertence, entre outros temas de interesse que surgirem durante esse percurso, dando um sentido novo
para o uso do livro didático como objeto de pesquisa e suporte para novas reflexões.
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Recursos necessários: material escolar comum (caderno, lápis preto, caneta, borracha,
apontador, etc.); livros didáticos das disciplinas de Língua Portuguesa, Ciências e História; dicionário de
Língua Portuguesa; computador ou outro dispositivo com acesso à internet.
Objetivos: Trabalhar na perspectiva da multidisciplinaridade para o estudo de conteúdos das
áreas de Ciências, Língua Portuguesa e História, partindo do levantamento de aspectos da cultura
e da história do povo pernambucano. Dar ao aluno a oportunidade de explorar, vivenciar e aplicar
os conhecimentos que ele aprende na escola em novas situações que lhe permitirão conhecer,
compartilhar, refletir sobre sua realidade e sobre a sociedade a que pertence. Ao mesmo tempo em que
pensa sua realidade, o aluno também constrói conhecimentos.
Disciplinas: Língua Portuguesa, História, Matemática, Ciências. Temas transversais: Ética, Saúde, Pluralidade Cultural.
Competências: ConCeituais:
Língua Portuguesa — Estudo de gêneros textuais
(instrucional, informativo, rótulos de alimentos).
História — Compreensão de conceitos gerais da área, como
tempo e contexto históricos, simultaneidade, oralidade,
mudança, permanência, ruptura, cultura, patrimônio histórico e cultural, cultura material, cultura
imaterial, grupo social.
Matemática — Noções básicas de cálculo e de proporção.
Ciências — Sistema digestório. Função dos alimentos e ação dos nutrientes no corpo.
ProCedimentais:
Língua Portuguesa — Leitura e análise de diferentes gêneros textuais.
História — Pesquisa e levantamento de fatos e acontecimentos históricos. Construção de linhas do
tempo. Entrevista. Investigação de aspectos históricos e culturais do estado de Pernambuco.
Matemática — Cálculo e interpretação de informações de tabela nutricional.
Ciências — Pesquisa de conteúdos de Ciências no livro didático. Representação livre das partes internas
do corpo humano em papel Kraft. Análise e construção de pirâmide alimentar. Elaboração de cardápio
saudável com base nos dados da pirâmide alimentar.
atitudinais:
Noção de identidade. Sentimento de pertinência. Pensamento crítico. Valorização da pluralidade
de patrimônios socioculturais. Respeito ao patrimônio cultural, histórico, material e imaterial de
Pernambuco. Trabalho cooperativo. Responsabilidade sobre os prazos, o cumprimento das tarefas e os
compromissos assumidos com o grupo e com o professor. Comprometimento e envolvimento no próprio
processo de aprendizagem.
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Duração e desenvolvimento
Esse projeto foi pensado para ser desenvolvido ao longo de um semestre. O professor deve avaliar
o momento de trabalhar as diferentes propostas, considerando seu planejamento e o currículo
tradicional da série. Está dividido em etapas que podem ser trabalhadas em sequência, em intervalos
semanais, quinzenais, mensais ou até em intervalos maiores. Por ser longo o processo de construção
da aprendizagem, é preciso dar ao aluno o tempo necessário para a experimentação, a reflexão, o
compartilhamento de ideias e descobertas, a compreensão e aplicação de conceitos.
Considerando-se a importância do estudo da história local e regional no Fundamental I, bem como a
valorização da cultura e dos saberes locais, caberá ao professor equacionar esse tempo, levando em
conta a realidade da escola e do grupo-classe.
Se a opção for intercalar as atividades do projeto com as demais demandas escolares, é importante
retomar, a cada nova etapa, os conhecimentos sistematizados na etapa anterior, para que o trabalho de
investigação e de consolidação dos novos conhecimentos avance sem perder o foco.
Na descrição a seguir, há uma sugestão do tempo gasto em cada etapa.
Etapa 1: Sistema digestório, função dos
alimentos e ação dos nutrientes no corpo.
(duração: cinco aulas de 45 minutos.)
Etapa 2: Exploração dos gêneros textuais:
rótulo de embalagem de alimento e receita.
(duração: cinco aulas de 45 minutos.)
Etapa 3: Patrimônio cultural imaterial do
estado de Pernambuco: o bolo de rolo.
(duração: quatro aulas de 45 minutos.)
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Etapa 4: A cana-de-açúcar e a história de
Pernambuco. (duração: sete aulas de 45
minutos.)
Etapa final: Fechamento e sistematização
das reflexões feitas ao longo do projeto.
(duração: duas aulas de 45 minutos + tempo
de planejamento para apresentação dos
trabalhos finais.)
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Elaboração e apresentação do produto finalA consolidação e a apresentação dos resultados acontecerão em dois momentos distintos:
1. Preparação para a produção do trabalho de conclusão do projeto. Duração: 60 minutos ou mais
tempo, dependendo do perfil da turma, para troca de ideias e orientações do professor. Os trabalhos
de conclusão podem ser desenvolvidos em duplas, em pequenos grupos, individualmente ou envolver
toda a sala de aula. O professor deve estabelecer uma data para a apresentação dos resultados.
2. Data da apresentação dos trabalhos finais e fechamento do projeto com discussão e avaliação dos
resultados.
Algumas considerações sobre o trabalho de conclusão do projeto:
Os alunos deverão participar das decisões quanto à escolha, produção
e formatação do trabalho de conclusão, assumindo o protagonismo
na construção do conhecimento e em sua aprendizagem. Caberá ao
professor: garantir a interação dos alunos com seus objetos de estudo
e acompanhar os trabalhos para que não se perca o foco; estar atento
e presente cada vez que for acionado, seja por demanda coletiva ou
individual; dar instruções claras e detalhadas em cada etapa, avaliar
e dar feedbacks ao término de cada tarefa e fornecer informações adicionais que possam subsidiar
o projeto, toda vez que julgar oportuno; cuidar para que os alunos se mantenham, o tempo todo,
ativos e motivados. O professor deve, por fim, exercer o papel de agente colaborador e facilitador e
supervisionar os trabalhos de maneira atenta.
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Referências
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BARBOSA, V. Bolo Souza Leão. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.
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Acesso em: 11 fev. 2014.
BATISTA, A. A. G. et al. Planejamento da alfabetização: capacidades e atividades. Belo Horizonte: Ceale,
2006 (Coleção Instrumentos da Alfabetização; 6).
BEZERRA, H. G. Ensino de História: conteúdos e conceitos básicos. In: KARNAL, L. (Org.). História na sala
de aula: conceitos, práticas e propostas. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2004. p. 37-48.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares nacionais: Apresentação dos
temas transversais, Ética. Brasília: MEC/SEF, 1997.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares nacionais: Ciências Naturais.
Brasília: MEC/SEF, 1997.
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BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares nacionais: História. Brasília:
MEC/SEF, 1997.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares nacionais: Língua Portuguesa.
Brasília: MEC/SEF, 1997.
CASCUDO, L. C. História da alimentação no Brasil. São Paulo: Global, 2011.
CAVALCANTI, M. L. M. Gilberto Freyre e as aventuras do Paladar. Recife: Fundação Gilberto Freyre, 2013.
COLL, C. et al. o construtivismo na sala de aula. 6. ed. São Paulo: Ática, 2009 (Fundamento).
______; MONEREO, C. et al. Psicologia da educação virtual: aprender a ensinar com as tecnologias da
informação e da comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2010.
DIONÍSIO, A. P.; MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna,
2002.
FAZENDA, I. C. A. interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. 18. ed. Campinas, SP: Papirus, 2012.
FERNANDES, A. T. C. História das cidades brasileiras. São Paulo: Melhoramentos, 2012 (Coleção Como eu
ensino).
FERNANDES, J. R. O. Memória e ensino de História. In: BITTENCOURT, C. (Org.). o saber histórico na sala
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FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
FREYRE, G. Casa Grande e senzala. 34. ed. Rio de Janeiro: Record, 1998.
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Brasil. 3. ed. Recife: Fundaj/ Massangana, 1987.
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pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=808%3Apatrimonio-imaterial-de-
pernambuco-1&catid=50%3Aletra-p&Itemid=1>. Acesso em: 11 fev. 2014.
______. Cozinha pernambucana. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.
php?option=com_content&view=article&id=551%3Acozinha-pernambucana&catid=38%3Aletra-
c&Itemid=1>. Acesso em: 11 fev. 2014.
______. Cartola (culinária). Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.
php?option=com_content&view=article&id=898%3Acartola-culinaria&catid=38%3Aletra-c&Itemid=1>.
Acesso em: 11 fev. 2014.
IMBROISI, R.; KUBRUSLY, M. E. Lá e cá: trocas culturais entre o Brasil e países africanos de língua
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NEVES, A. M. B. interações: raízes históricas brasileiras. São Paulo: Blusher, 2012 (Coleção InterAções).
SILVA, L. D. Pernambuco preservado: histórico dos bens tombados no estado. Recife: Governo do Estado
de Pernambuco, 2008.
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Sugestões de endereços na internet (acessos em: 11 fev. 2014)
Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj)
<http://www.fundaj.gov.br>
<http://www.fundaj.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=365> (Culinária brasileira)
Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe)
<http://www.fundarpe.pe.gov.br/politicacultural_patrimonio.php> (Política Cultural e Patrimônio)
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
<http://portal.iphan.gov.br>
<http://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaSecao.do?id=10852&retorno=paginaIphan>
(Patrimônio imaterial)
Patrimônio Cultural Imaterial: Frevo
<http://www.brasil.gov.br/cultura/2009/10/material-e-imaterial>
<http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/world-heritage/intangible-heritage/>
Bolo de rolo
<http://terramagazine.terra.com.br/blogdalecticiacavalcanti/blog/2006/09/02/bolo-de-rolo/>
Eu e o meu corpo — vídeo de animação produzido pelo Instituto Gubelkian de Ciência (IGC),
Lisboa, Portugal
<http://www.youtube.com/watch?v=8u9l5c5JXhw>
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ETAPA 1SISTEMA DIGESTÓRIO, FUNçãO DOS ALIMENTOS E AçãO DOS NUTRIENTES NO CORPO
(duração: cinco aulas de 45 minutos)
Recursos necessários: Bolo de rolo; livro didático de Ciências; folhas de papel Kraft; fita adesiva;
canetas com ponta porosa; computador ou outro dispositivo com acesso à internet.
Antes das atividades: Levantamento dos conhecimentos prévios que nortearão a investigação dos alunos nesta e nas demais etapas do projeto.
1. Explicar aos alunos que eles iniciarão um projeto
interdisciplinar, com base na investigação de uma
especialidade da culinária pernambucana.
2. Levar bolo de rolo cortado em pedacinhos e oferecer aos
alunos.
3. Perguntar:
• O que vocês comeram? Quem nunca tinha comido algo parecido? Gostou/não gostou? Por quê?
• Que ingredientes vocês identificam nesse alimento? Qual é o mais evidente?
• Como será que se prepara esse alimento?
Atividade 1 – Investigação sobre nutrição: por que nos alimentamos?
1. Perguntar: o que vai acontecer com esse pedaço de doce,
depois de ser mastigado e engolido?
2. Permitir aos alunos que se expressem livremente e possam levantar hipóteses sobre a digestão. Usar
o quadro de giz para registrar as hipóteses dos alunos, orientando-os a fazer anotações no caderno.
3. Atividade com o livro didático: pesquisar no livro didático informações sobre o sistema digestório.
4. Roda de conversa para checagem dos conteúdos pesquisados, correção das atividades do livro
didático e confronto com as hipóteses levantadas antes da pesquisa.
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Atividade 2 – Consolidação dos conhecimentos adquiridos durante a pesquisa no livro didático e compartilhamento dos novos conhecimentos na roda de conversa.
1. Providenciar antecipadamente folhas de papel Kraft (pardo),
fita adesiva e canetas com ponta porosa. Orientá-los para a
atividade de acordo com os passos a seguir:
• Colar as folhas na parede da sala e organizar a turma
em grupos de 3 ou 4 alunos: os grupos devem fazer o
contorno do corpo de um dos colegas no papel Kraft.
• Orientar os alunos a desenhar, dentro do contorno, os órgãos internos do corpo que estão
envolvidos na digestão dos alimentos: começando pela boca, quando o alimento é mastigado, até
ser excretado pelo ânus.
• Permitir aos alunos que consultem livremente o livro didático ou outro tipo de suporte, como o
computador ou o tablet, para se inspirar em ilustrações e/ou animações do sistema digestório
(nesse caso, o professor deve orientar a pesquisa em sites ou aplicativos que sejam confiáveis
sob o ponto de vista da divulgação científica). Mapas do corpo humano destacando o sistema
digestório também podem ser afixados em uma parede da sala (ou no quadro de giz) para a
consulta dos alunos.
2. Ao término da atividade, os grupos devem compartilhar com os colegas o sistema de nutrição
(digestório) que desenharam, realizando breves apresentações para que os resultados sejam
comparados e corrigidos, se necessário.
Atividade 3 – Reflexão sobre a importância do alimento e da boa nutrição: a pirâmide alimentar.
1. Iniciar a atividade com as seguintes perguntas, para que os
alunos possam apresentar suas hipóteses:
• Que tipos de alimento são necessários para uma boa
nutrição?
• Em sua opinião, a quantidade de bolo de rolo que você comeu hoje é suficiente para suas
necessidades diárias? Por quê?
• E se você comesse mais bolo, estaria bem nutrido? Por quê?
2. Escrever no quadro de giz as hipóteses dos alunos e orientá-los a registrar essas anotações no
caderno para que sejam retomadas e discutidas ao fim da atividade.
3. Entregar a Ficha 1 (Anexo 1) para ser trabalhada como tarefa de casa.
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FECHAMENTO DA ETAPA 1 (na aula seguinte)
1. Roda de conversa para apresentação e compartilhamento das anotações das fichas. Para
conduzir essa atividade, sugere-se o seguinte roteiro:
• Buscar exemplos de alimentos consumidos pelos alunos no dia pesquisado. Perguntar: o
que vocês anotaram como refeição de café da manhã, de almoço e de jantar?
• Registrar no quadro de giz as sugestões dos alunos, separando os alimentos por refeição:
café da manhã, almoço, jantar e lanches nos intervalos entre as refeições principais.
• Solicitar a ajuda deles para agrupar os alimentos, seguindo o quadro baseado nas
informações do Guia alimentar brasileiro, elaborado pelo Ministério da Saúde (Ficha 1), e
no que eles registraram nas respectivas fichas.
• Desenhar uma pirâmide alimentar no quadro de giz e distribuir os alimentos citados nos
espaços reservados para cada grupo alimentar (escrever os nomes dos alimentos ou
desenhá-los).
• Com a ajuda dos alunos, conferir se as quantidades de alimento estão coerentes com
a orientação nutricional do Guia alimentar brasileiro (Grupo 1: 6 porções; Grupo 2: 3
porções; etc.).
• Pedir aos alunos que façam as substituições necessárias para construir uma pirâmide
alimentar que represente uma dieta saudável.
2. Retomar as hipóteses dos alunos para responder às perguntas propostas no item 1 da
Atividade 3 e questionar:
• Em que posição da pirâmide alimentar você colocaria o bolo de rolo? Por quê?
• Baseados na resposta da questão anterior, qual seria a porção ideal de bolo de rolo para
se consumir em um dia?
• Que substituições poderiam ser feitas na dieta para que se pudesse incluir o bolo de rolo
e, ainda assim, ela permanecesse saudável?
3. Entregar a Ficha de Autoavaliação (Anexo 2) para ser preenchida na sala de aula.
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ANTES DAS ATIvIDADES
Item 3
• Essa resposta vai encaminhar um dos temas a ser investigado neste projeto: patrimônio cultural
imaterial de Pernambuco – o modo de fazer.
• Essa resposta vai encaminhar outros temas que serão investigados durante o projeto: cultura da
cana-de-açúcar e importância do doce na cultura pernambucana; história colonial; história de
Pernambuco.
• Pergunta para levantar os conhecimentos que serão estudados em Língua Portuguesa: estudo dos
gêneros textuais receita e rótulo de produto.
Após cada pergunta, registrar as respostas dos alunos no quadro de giz e orientá-los a anotar esses
registros no caderno. Em diferentes momentos do projeto, eles recorrerão às anotações feitas nesse
primeiro encontro.
ATIvIDADE 2
Item 2
Ao conduzir a atividade, é importante que os alunos adquiram consciência de que o funcionamento do
corpo acontece de modo integrado, com os vários sistemas atuando ao mesmo tempo, e que um sistema
depende do outro para funcionar bem. Sistemas do corpo humano: digestório, respiratório, circulatório,
excretor, esquelético/muscular e nervoso.
ATIvIDADE 3
Item 1
Espera-se que o aluno responda “não” às duas últimas perguntas, pois, para garantir a boa nutrição,
além do tamanho das porções (a quantidade ingerida foi muito pequena, neste caso) importam também
as propriedades nutritivas dos alimentos e sua diversidade.
FECHAMENTO DA ETAPA 1
Item 2
• No topo da pirâmide, Grupo 8: Açúcares e doces.
• 1 porção de bolo de rolo
• Seria necessário incluir o bolo de rolo no lugar de outro alimento do Grupo 8: Açúcares e doces.
ORIENTAçõES AO PROFESSOR E SUGESTõES DE RESPOSTAS
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ETAPA 2ExPLORAçãO DOS GêNEROS TExTUAIS: RÓTULO DE EMBALAGEM DE ALIMENTO E RECEITA
(duração: cinco aulas de 45 minutos)
Recursos necessários: Embalagem (rótulo) de bolo de rolo; livro didático de Língua Portuguesa;
dicionário; caderno de anotações; lápis ou caneta; computador ou outro dispositivo com acesso à
internet.
Antes das atividades: Levantamento de hipóteses a partir de embalagens.
1. Levar para a sala de aula algumas embalagens iguais de
bolos de rolo industrializados e deixar que os materiais
circulem entre os alunos. Perguntar:
• Do que são essas embalagens? O produto dessas
embalagens foi feito industrialmente ou artesanalmente?
Como é possível chegar a essa conclusão?
• O que chama sua atenção nessas embalagens?
• O que significa fabricar algo em larga escala? Quais cuidados o fabricante precisa ter e por quê?
Atividade 1 – Leitura e interpretação dos dados contidos em embalagens de alimentos.
1. Antes de iniciar o trabalho de leitura e interpretação das
informações contidas na embalagem, explicar o que é um
rótulo. Perguntar:
• Para que ele serve? Por que as informações de um rótulo
são importantes?
2. Formar grupos de trabalho e distribuir uma embalagem para cada grupo. Orientar a atividade de
acordo com o roteiro a seguir.
a) Localizar na embalagem o nome comercial do produto.
b) Buscar as informações sobre o fabricante do produto.
c) Procurar informações que confirmem que o produto foi fabricado segundo um padrão.
d) Procurar indicações que garantem o consumo seguro do produto.
e) Localizar na embalagem os dados da tabela nutricional. Perguntar: O que essa tabela informa?
Por que é importante consultá-la? Registrar as respostas dadas no quadro de giz para que todos
os alunos possam copiá-las.
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3. Interpretação dos dados da tabela nutricional (esse item deve ser desenvolvido coletivamente, com a
orientação do professor).
a) Pedir a um aluno que leia os itens da tabela, procurando esclarecer as dúvidas que surgirem.
b) Chamar a atenção para a quantidade de itens da tabela e em que proporção eles aparecem (ver
exemplo de tabela nutricional encontrada em uma embalagem de bobo de rolo).
Bolo de rolo (porção de 60 gramas)
Energia (kcal) 173
Carboidratos (g) 12
Proteínas (g) 4
Gorduras totais (g) 13
Colesterol (mg) 73
Fibra alimentar (g) 0,0
Cálcio (mg) 11
Ferro (mg) 0,0
Sódio (mg) 125
c) Perguntar: esses números correspondem ao bolo inteiro ou a um pedaço do bolo? Que informação
da tabela permite responder a essa pergunta?
d) O aluno vai acionar os conhecimentos de Matemática para fazer a conta de quantas porções de
60 g cabem na embalagem (para responder à pergunta os alunos terão de localizar o peso líquido
do bolo; no caso do bolo pesquisado, são 900 g de peso líquido).
e) Propor que multipliquem cada valor da tabela pelo número de porções, para saber quanto há de
cada componente da tabela em um bolo inteiro, e montem no caderno outra tabela considerando
os valores totais para um bolo inteiro (no caso do modelo, o bolo pesa 900 g).
f) Para finalizar: Pesquise na embalagem os ingredientes que fazem parte da receita. Em sua
opinião, quais desses ingredientes são mais calóricos? Justifique sua hipótese.
Atividade 2 – Caracterização do gênero textual instrucional (receita) e análise de receita caseira de bolo de rolo.
1. Conversar com os alunos sobre as características do gênero
receita. Perguntar:
• Vocês sabem o que é um texto instrucional? Por que ele
se chama assim?
• Vocês sabiam que a receita é um texto do gênero instrucional? Por que será?
• O que caracteriza uma receita?
2. Entregar a Ficha 1 (Anexo 1) para ser trabalhada em duplas na sala de aula.
3. Após o trabalho das duplas, organizar uma roda de conversa para compartilhamento das respostas
da Ficha 1.
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Atividade 3 – Entrevista com familiares sobre os modos de fazer bolo de rolo.
1. Orientar a investigação sobre os modos de fazer bolo de
rolo e a importância que essa especialidade da culinária
pernambucana tem na cultura do povo pernambucano.
2. Explicar aos alunos que eles vão entrevistar uma pessoa da família para coletar mais informações
sobre o bolo de rolo.
3. Distribuir a Ficha 2 (Anexo 2) com o roteiro para a entrevista com os familiares.
4. No dia marcado para a entrega das fichas preenchidas, organizar uma roda de conversa para que os
alunos compartilhem com os demais colegas o que descobriu sobre o bolo de rolo ao entrevistar uma
pessoa da família. Durante a roda de conversa, propor uma reflexão sobre as seguintes questões:
• Os entrevistados conheciam o bolo de rolo? Alguém não conhecia? Você consegue associar essa
falta de conhecimento a algum fato relatado pelo entrevistado? (por exemplo, não nasceu/ não
viveu em Pernambuco, não gosta/ não pode comer doces, entre outras possibilidades).
• Por que será que a maior parte das famílias pernambucanas conhece o bolo de rolo?
5. Explorar as receitas de bolo de rolo que os alunos conseguiram. Usar o quadro de giz para registrar
as semelhanças e diferenças entre as receitas. Perguntar:
• O que vocês percebem de comum em todas as receitas pesquisadas, em relação ao modo de
fazer?
• Será que podemos dizer que o bolo de rolo tem um jeito especial de ser feito em relação a outros
rocamboles? O que seria?
FECHAMENTO DA ETAPA 2
1. Distribuir a Ficha de Autoavaliação (Anexo 2) para ser preenchida em sala de aula.
2. Orientar os alunos a responder no caderno à pergunta que segue. Dar um tempo para
responderem e propor, em seguida, que troquem ideias com os colegas.
• Qual foi a descoberta mais interessante que você fez durante essa atividade?
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ANTES DAS ATIvIDADES
• Embalagens de bolo de rolo; feito industrialmente; resposta pessoal.
• Os alunos deverão responder oralmente a essa questão enquanto o professor registra as hipóteses
no quadro de giz.
• Significa fabricar muitos bolos ao mesmo tempo; o fabricante deve seguir um padrão para que
todos os bolos tenham as mesmas características – receita sempre igual, mesmo peso, mesma
apresentação – e obedecer aos rígidos critérios de higiene, conservação e armazenamento do
produto.
ATIvIDADE 1
Item 2
Os alunos devem anotar as respostas no caderno.
b) Nome da marca, nome do fabricante, endereço.
c) Peso, informações nutricionais, ingredientes.
d) Data de fabricação/ prazo de validade.
Item 3
b) O significado de cada item da composição nutricional do produto pode ser um tema para
aprofundamento posterior, se o assunto despertar interesse e o professor julgar necessário. Pode ser
encaminhado por meio de uma pesquisa em livros ou na internet. O importante é deixar claro que
cada item da tabela tem uma função nutricional específica e identificar algumas informações que
eles já devem ter ouvido falar, como a quantidade de calorias que o alimento tem, de gordura, fibras,
etc. Explicar que valor calórico é a energia química do alimento e que 1 Kcal corresponde a 1 000 cal.
f) Espera-se que, dentre os ingredientes citados, o aluno mencione o açúcar (presente também no
recheio de doce de goiaba). Os ingredientes do bolo de rolo da embalagem pesquisada são: ovo,
açúcar, doce de goiaba, farinha de trigo, manteiga, margarina, sal. Há também a informação: “contém
glúten”. Explique que o glúten está presente na farinha de trigo. Outras informações contidas
na embalagem do produto pesquisado: Bolo de Rolo Casa de Frios; “receita original desde 1957”;
“leve Pernambuco para o mundo” (slogan); “Data de fabricação: 16/10/2013”; “Prazo de validade:
04/11/2013”; preço: R$ 39,90; peso líquido: 900 g; números do CNPJ e Inscrição Estadual.
ORIENTAçõES AO PROFESSOR E SUGESTõES DE RESPOSTAS
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ATIvIDADE 2
Item 1
Trata-se de um gênero textual cuja característica principal é dar instruções, isto é, orientar e descrever
as etapas necessárias para a realização de algo. A receita é um exemplo de texto instrucional, mas
há outros, como os manuais de instrução que acompanham objetos que precisam ser montados
ou equipamentos que precisam ser instalados, jogos, etc. Os textos instrucionais normalmente são
divididos em duas partes: lista dos materiais/ ingredientes necessários para sua execução e instruções
sobre o modo de fazer. Para que uma receita funcione, as quantidades sugeridas na lista de ingredientes
devem ser precisas e as instruções de como fazer devem ser bem claras. O conteúdo do livro didático
de Língua Portuguesa pode ser trabalhado logo após a conclusão dessa etapa do projeto, se o professor
julgar oportuno, para fixar os conhecimentos acionados.
ATIvIDADE 3
Item 4
Fazer os registros no quadro de giz dos comentários mais significativos e orientar os alunos a copiar no
caderno as anotações do quadro de giz.
Item 5
A característica mais marcante do bolo de rolo são as camadas bem finas, dando-lhe uma aparência de
rolo.
Anexo 1
Ficha 1
Ao distribuir as fichas para as duplas, ler a receita para a turma com o objetivo de esclarecer algum
ponto que poderá gerar dúvidas. Perguntar: a lista dos ingredientes, disposta em duas linhas, está
clara para todos? E quanto às instruções sobre o modo de preparo, todos compreenderam as etapas de
execução na maneira em que o texto está organizado? Há alguma dúvida de compreensão na estrutura
da receita?
Item 2
Respostas sugeridas:
a) Aparentemente, a lista está completa, com todas as quantidades indicadas. Talvez essa lista pudesse
ficar mais precisa se a expressão “um pouco de água” fosse substituída pela quantidade exata de
água necessária para amolecer o doce de goiaba (goiabada). Como a receita sugere o doce pronto,
em lata, pode haver variações de textura dependendo da marca do produto, daí a dificuldade de
precisar a quantidade de água em uma medida específica (xícara, copo, colher de sopa, etc.). O
“trigo” citado refere-se à farinha de trigo.
16
b) Resposta pessoal. Se as instruções fossem desmembradas e numeradas, o texto instrucional ficaria
mais claro e fácil de ser seguido. O texto também pressupõe que quem vai executar a receita já tenha
alguma familiaridade com o assunto, que saiba, por exemplo, como se bate claras ao ponto de neve.
Ao exemplo da lista de ingredientes, também faltou precisão quanto ao tempo de forno (“por pouco
tempo” é uma informação vaga) e à temperatura indicada (forno bem quente, médio ou brando?).
c) Resposta pessoal. Numerar os comandos, desmembrar as etapas (especialmente os dois primeiros
comandos: “Bata bem o açúcar e a manteiga...”; “Divida a massa em sete assadeiras rasas...”).
d) Resposta pessoal. Talvez acertar a hora exata de retirar o bolo do forno e em que momento exato ele
deve ser enrolado (com o bolo ainda quente, morno ou frio?).
e) Resposta pessoal. A dica sugere “derreter” a goiabada em água fria. Na verdade, ficaria mais preciso
se fosse usada a palavra “amolecer”.
Item 3
Resposta pessoal. Na roda de conversa, quando os alunos compartilharem com os colegas as respostas
da ficha, pode-se aproveitar a questão proposta no item f para perguntar: Será que todas as receitas de
bolo de rolo são exatamente iguais? O que pode mudar no modo de preparo ou nas instruções dadas?
Os ingredientes usados nesta receita são exatamente os mesmos indicados na embalagem do bolo de
rolo industrializado? Os alunos devem perceber que na lista de ingredientes do bolo industrializado há a
indicação de sal e de margarina. Essa questão vai mobilizar a próxima atividade dessa Etapa 2, quando
os alunos terão de entrevistar os familiares sobre o bolo de rolo e buscar novas receitas.
16
17
ETAPA 3PATRIMôNIO CULTURAL IMATERIAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO: O BOLO DE ROLO
(duração: quatro aulas de 45 minutos)
Recursos necessários: Computador ou outro dispositivo com acesso à internet; dicionário;
caderno de anotações; lápis ou caneta.
Antes da atividade: Questionamento
1. Retomar a questão de fechamento da etapa anterior: O que
há de especial no bolo de rolo? Perguntar:
• Na etapa anterior, vocês analisaram algumas receitas de bolo de rolo e entrevistaram pessoas que
sabiam como fazer esse bolo. O que perceberam de especial no modo de fazer o bolo de rolo?
• A origem do bolo de rolo é antiga ou recente? Como podemos chegar a essa conclusão?
Atividade 1 – Leitura de texto informativo sobre o bolo de rolo, extraído do site da Fundação Joaquim Nabuco, em Recife, Pernambuco.
1. Explicar aos alunos que eles vão ler um texto sobre o bolo
de rolo. O texto foi extraído do site Pesquisa Escolar, da
Fundação Joaquim Nabuco, e traz informações sobre as
características dessa especialidade culinária, sua origem e
importância para a cultura regional.
2. Distribuir a Ficha 1 (Anexo 1) para que eles trabalhem
individualmente.
3. Dar um tempo para que trabalhem com as fichas. Depois, organizar uma roda para a troca de
impressões sobre o texto e para o compartilhamento das respostas.
4. Propor como tema de aprofundamento da leitura que o grupo troque ideias sobre o que entendem
por patrimônio cultural imaterial. Perguntar:
• Quais hipóteses vocês têm para explicar o fato de o bolo de rolo se enquadrar na categoria de
patrimônio cultural imaterial?
18
Atividade 2 – Patrimônio cultural material e imaterial de Pernambuco.
1. Organizar uma roda de conversa para retomar a discussão
proposta no item 4 da atividade anterior e as hipóteses
levantadas sobre patrimônio cultural imaterial. Iniciar a
discussão apresentando as informações:
Em sua origem, a palavra “patrimônio” significa herança paterna. O termo passou a designar o
conjunto de bens de uma família que, por herança, passa de geração a geração.
2. Depois, perguntar:
• Que tipos de bens, com valor de negociação, podem fazer parte de um patrimônio familiar?
• Quais bens familiares possuem valor afetivo, ou seja, não podem ser avaliados e precificados?
• Agora, pensem no significado de patrimônio cultural. Quais bens poderiam fazer parte de um
patrimônio cultural? Como identificar esses bens? Quem seriam seus herdeiros?
3. Orientar uma pesquisa na internet para que os alunos busquem exemplos de bens culturais materiais
e imateriais do estado de Pernambuco, tombados ou não. Os links citados na orientação ao professor
do item anterior poderão dar suporte a essa pesquisa.
FECHAMENTO DA ETAPA 3
1. Roda de conversa para discussão sobre o que aprenderam durante essa etapa do projeto e
para o compartilhamento dos dados pesquisados. Perguntar:
• Vocês sabiam que o estado de Pernambuco tinha um patrimônio cultural tão
diversificado? O que vocês pensam a respeito disso?
• Além do bolo de rolo, há mais dois tipos de doce que são considerados patrimônio
cultural imaterial do estado de Pernambuco: o bolo Souza Leão e o Cartola. Por que será
que o pernambucano se identifica tanto com o doce?
2. Entregar a Ficha de Autoavaliação (Anexo 2) para ser preenchida em sala de aula.
19
ANTES DA ATIvIDADE
Fazer os registros no quadro de giz; orientar os alunos a anotar as informações no caderno. A ideia é
sensibilizá-los sobre a presença do bolo de rolo na cultura do pernambucano e fazê-los refletir por que
esse doce faz parte da cultura e da história de Pernambuco.
ATIvIDADE 1
Item 1
A Fundação Joaquim Nabuco está situada em Recife, PE, e tem como missão produzir, guardar e
difundir conhecimentos ligados a temas socioculturais e históricos brasileiros, focando especialmente as
regiões Norte e Nordeste do Brasil. Ver: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em: 11 fev.
2014.
Se a escola tiver acesso à internet, navegue pelo site com os alunos, explorando as informações da
página inicial e algumas abas até chegar ao texto que eles vão ler, a fim de trabalhar esse suporte (site):
como os conteúdos são apresentados, como pesquisar, ter acesso a outros conteúdos, etc.
ATIvIDADE 2
Item 2
• Dividir uma parte do quadro de giz em duas colunas. No topo de uma delas, escrever: Bens de valor
material e, no topo da outra, Bens de valor afetivo. À medida que os alunos vão citando exemplos de
bens familiares, registrar na respectiva coluna.
Sugestões de resposta: Bens de valor material — imóveis (casas, apartamentos, fazendas, terrenos,
etc.), valores em dinheiro, em ações, em títulos, joias, títulos de clube, empresas, participação
em sociedades, obras de arte, objetos, automóveis e outros veículos, etc.; Bens de valor afetivo
— fotografias, vídeos, documentos antigos, roupas e objetos pessoais, livros de receita, diários,
cadernos escolares, cartas e outras correspondências, etc. No rol dos bens de valor afetivo podem
existir itens que tenham valor material, mas que, pelo seu valor afetivo, não estão à venda, ou seja,
não podem ser precificados. Louças e prataria, joias de família, obras de arte, roupas e acessórios
de grife, móveis de época e até automóveis podem figurar nessa lista (e também na lista dos bens
materiais, quando as famílias querem dispor deles em troca de dinheiro).
ORIENTAçõES AO PROFESSOR E SUGESTõES DE RESPOSTAS
19
2020
• Os bens culturais são a herança comum de todos os membros de um mesmo grupo social, de uma
nação, da humanidade. São todos os bens móveis (objetos, documentos, registros, etc.), imóveis
(prédios, construções, monumentos, vilas, bairros, cidades) e naturais (parques, reservas, florestas e
outros ambientes naturais) que tenham valor significativo para a sociedade, por seu valor histórico,
arqueológico, artístico, ecológico, espiritual, social, estético, científico ou documental. Na lista
dos bens culturais entram os bens materiais e também os bens imateriais, os seja, o conjunto de
saberes (conhecimentos e modos de fazer), de celebrações (rituais, festas, formas de expressão,
manifestações artísticas, musicais, cênicas, literárias, entre outras), de lugares (mercados, feiras,
santuários, praças e outros espaços voltados para o encontro e práticas culturais e/ou sociais
coletivas) que representam a identidade, a memória e a ação dos diferentes grupos sociais
formadores de uma sociedade ou nação.
Ajudar os alunos a lembrar de exemplos de bens culturais e, na outra parte do quadro de giz, dividir
em colunas os bens materiais e os bens imateriais citados. Uma sugestão para ilustrar esse debate
é fazer uma apresentação em Power Point com imagens que representam esses bens culturais, não
só em Pernambuco como também em outros lugares do Brasil. Para aprofundar o tema, consultar os
links: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>;
<http://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaSecao.do?id=10852&retorno=paginaIphan>;
<http://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaSecao.do?id=12456&retorno=paginaIphan>;
<http://www.fundarpe.pe.gov.br/politicacultural_patrimonio.php>;
<http://issuu.com/fundarpe/docs/preserva__o_do_patrim_nio_cultural_de_pernambuco>.
(Acessos em: 11 fev. 2014.)
Item 3
Explicar aos alunos que o registro e o tombamento, assim como a preservação do patrimônio cultural
brasileiro, são de responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
No âmbito estadual, o órgão responsável pelos estudos técnicos e pelo registro do patrimônio cultural
pernambucano é a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). A emissão
de pareceres e o julgamento de propostas ficam a cargo do Conselho Estadual de Cultura. Nos sites
dessas instituições há informações que podem dar suporte à pesquisa dos alunos. É importante navegar
pelos sites antes de indicá-los e acompanhar a pesquisa, ou montar um roteiro para que eles busquem
na internet as informações solicitadas. Se a escola tiver laboratório de informática, recomenda-se que
a pesquisa seja feita na escola e em duplas para que os alunos possam trocar experiências enquanto
pesquisam. Importante também orientar que os dados coletados devem ser sistematizados de maneira
organizada para que possam ser facilmente consultados e compartilhados durante a apresentação dos
resultados da pesquisa na roda de conversa.
2121
Anexo 1
Ficha 1
Item 3 (Após a leitura)
1. a) Espécie de rocambole com camadas finíssimas de pão de ló, recheado com goiabada. É um doce
brasileiro originário de Pernambuco e derivado do bolo português colchão de noiva. A versão
portuguesa tem o recheio de amêndoas. No Brasil, usou-se um ingrediente da terra, a goiabada,
pela falta do ingrediente original, a amêndoa. Respostas pessoais.
b) A massa é enrolada em camadas tão finas que o bolo ficou parecido com um rolo.
c) O fato de ser enrolado em camadas bem finas. O texto não dá referências claras sobre sua
originalidade em relação às demais localidades no Nordeste, mas sugere que a diferença está no
sabor e na maneira de fazer.
d) Trata-se do bolo Souza Leão. Respostas pessoais.
2. Resposta pessoal.
22
ETAPA 4A CANA-DE-AçúCAR E A HISTÓRIA DE PERNAMBUCO
(duração: sete aulas de 45 minutos)
Recursos necessários: Livro didático de História; folhas de papel Kraft ou cartolina; canetinhas
coloridas; computador ou outro dispositivo com acesso à internet; dicionário; caderno de anotações;
lápis ou caneta.
Antes da atividade: Levantamento de conhecimentos prévios.
1. Levantar o que os alunos já sabem sobre a história de
Pernambuco. Perguntar:
• De onde vem o açúcar? Como ele é produzido?
• O que vocês sabem sobre o início da história de
Pernambuco?
Atividade 1 – Construção de linhas do tempo.
1. Orientar os alunos a construir uma linha do tempo com os
principais acontecimentos da vida deles. Nessa atividade,
considerar que:
• O aluno deve partir do tempo atual para o passado. A linha do tempo deve começar, portanto,
pela data que corresponde ao ano letivo (por exemplo, 2014) e terminar no ano de nascimento do
aluno.
• O aluno vai selecionar as informações que julgar relevantes em sua história.
• Nessa linha também poderá constar acontecimentos e fatos ocorridos no lugar onde ele mora,
no estado de Pernambuco, no Brasil ou no mundo, mesmo que ele não tenha participado
diretamente, mas que sejam representativos do grupo social ao qual ele pertence ou que tenha,
para ele, algum significado.
• Afixar em um mural da sala de aula as linhas do tempo construídas pelos alunos e promover uma
roda de conversa para que eles troquem experiências sobre essa produção.
2. Roda de conversa para reunir o que a turma conhece sobre a história de Pernambuco e do Brasil.
• Registrar no quadro de giz os fatos e acontecimentos lembrados pelos alunos.
• Sugerir à turma que construa coletivamente uma linha do tempo com os fatos e acontecimentos
registrados no quadro de giz. Desta vez, a linha do tempo deve começar do passado para o
presente. Organizar, portanto, os acontecimentos e fatos mais antigos, em sequência, até chegar
aos mais recentes.
• Orientar o registro dessa linha do tempo no caderno.
23
Atividade 2 – Pesquisa no livro didático sobre a história de Pernambuco.
1. Formar duplas para que pesquisem no livro didático de
História fatos e acontecimentos da história do estado de
Pernambuco.
2. Orientá-los a reunir outros fatos e acontecimentos relevantes da história de Pernambuco que não
tinham sido lembrados na atividade anterior. Solicitar que façam anotações no caderno.
3. Propor como discussão que elejam quais desses novos conteúdos devem fazer parte da história de
Pernambuco e quais informações completam da linha do tempo que eles construíram.
Atividade 3 – Construção coletiva de uma grande linha do tempo da história de Pernambuco.
1. Retomar as linhas do tempo que os alunos construíram em
seus cadernos na atividade anterior para servir de esboço
para a montagem de uma grande linha do tempo, que deve ser
produzida coletivamente.
2. Essa linha do tempo pode ser feita em papel Kraft, cartolina ou outro tipo de material.
3. Os alunos devem decidir como as informações serão apresentadas; por exemplo, ilustrando ou
colando imagens que representem alguns dos fatos e acontecimentos que eles selecionaram para a
linha do tempo.
4. Orientar os alunos sobre a necessidade de inserir os fatos e os acontecimentos mais relevantes da
história de Pernambuco, mas nessa linha do tempo também podem constar fatos e acontecimentos
que envolvem a história da turma e da escola: data de fundação da escola, anos de nascimento do
professor e dos alunos, ano em que os alunos entraram na escola, data da formatura (futuro), entre
outros.
5. Depois de pronta, a linha do tempo pode ser afixada em uma parede da sala de aula ou em outro
lugar na escola.
24
FECHAMENTO DA ETAPA 4
1. Propor como tema para uma conversa a seguinte questão:
• Depois de conhecer a importância da cultura da cana-de-açúcar para a história e a
economia do estado de Pernambuco, você consegue entender melhor por que o povo
pernambucano tem tanta identidade com o doce? Conte aos colegas o que pensa a esse
respeito.
2. Entregar a Ficha de Autoavaliação (Anexo 1) para ser preenchida em sala de aula.
25
ATIvIDADE 1
Item 1
Por exemplo, o aluno poderá considerar significativo constar em sua linha do tempo o ano em que o
Brasil venceu a Copa do Mundo ou um show de uma banda internacional que ele admira e que tenha
acontecido em Pernambuco.
ATIvIDADE 2
Item 3
É importante pontuar para os alunos fatos e acontecimentos que são imprescindíveis para a
compreensão da história de Pernambuco. Para isso, fazer perguntas: “Esse fato é importante para
conhecer a história do estado? E para a história do Brasil? Por que é importante? Por que não é
importante? Essa informação ajuda/não ajuda a entender a sequência lógica da história? Por quê?
ORIENTAçõES AO PROFESSOR E SUGESTõES DE RESPOSTAS
25
26
ETAPA finAlFECHAMENTO E SISTEMATIzAçãO DAS REFLExõES
(duração: duas aulas de 45 minutos + aulas a definir para apresentação dos trabalhos finais)
Recursos necessários: Computador ou outro dispositivo com acesso à internet; material escolar;
outros materiais a definir, de acordo com os formatos de trabalho de conclusão que serão propostos
pelos alunos.
Para retomar
Para refletir
1. Organizar uma roda de conversa para que os alunos compartilhem
suas experiências e opiniões a respeito deste projeto.
1. Propor a cada um que pense e escolha um ou dois momentos que
foram marcantes neste Projeto e anote no caderno.
2. Retomar algumas das questões propostas ao final de cada etapa para ajudar os alunos a pensar
e opinar sobre temas ligados à cultura do povo pernambucano. Como provocação inicial, pode-se
propor a seguinte questão:
• O que é ser pernambucano?
2. Perguntar o que cada um anotou e por que acha que esses momentos foram especiais.
3. Estimular a discussão e a troca de ideias.
4. Para finalizar, propor que façam um desenho sobre essa experiência. Quem preferir pode escrever
em vez de desenhar.
27
Sobre os trabalhos de conclusão
1. Conversar sobre o trabalho de conclusão do projeto. Explicar que
esse trabalho pode ser individual, em dupla, em trio ou em grupo
e que os alunos poderão escolher como preferem apresentar
esse trabalho, lembrando que não é necessário usar todos os
conteúdos e procedimentos acionados nas etapas do projeto.
2. O importante é que esse trabalho final possa traduzir o envolvimento dos alunos com os temas que
dizem respeito à história, aos saberes e à cultura locais e também represente a identidade do grupo.
Estimulá-los com a seguinte provocação:
• No dia da apresentação, vocês serão os protagonistas: que história vão contar?
3. Marcar a data das apresentações e também a data limite para que os alunos entreguem por escrito
sua proposta para o trabalho final. Avaliar com eles a viabilidade da proposta e dar o suporte
necessário para que possam realizá-la com sucesso.
Para finalizar 1. Após a apresentação dos trabalhos, pedir aos alunos que se
organizem em roda para uma reflexão sobre o próprio trabalho.
2. Ouvir a opinião dos alunos sobre o desenvolvimento das etapas e dar feedbacks sobre o desempenho
e o comprometimento da turma com as tarefas e com o trabalho final.
3. Entregar a última Ficha de Autoavaliação (Anexo 1) para os alunos preencherem.
4. Perguntar se gostariam de propor outros temas para projetos futuros ou se querem continuar
investigando o patrimônio cultural imaterial de Pernambuco.
5. Em outra data, a ser definida pelo professor, apresentar um resumo das opiniões dos alunos sobre o
projeto em três gráficos de barras. Ver Ficha de Avaliação Final — professor (Anexo 2).
ANExOS
ETAPA 1
ANExO 1 Projeto: Bolo de rolo: aspectos nutricionais, culturais e
históricos dessa especialidade culinária de Pernambuco.
Professor(a): Data: / /
Nome: Número: Ano/turma:
ETA
PA
1 •
FIC
HA
1
Nutrição e pirâmide alimentar
No quadro a seguir, você vai anotar tudo o que comer em um dia inteiro (e em quais quantidades),
nas três principais refeições (café da manhã, almoço e jantar), e também os alimentos consumidos entre
essas refeições (lanches). Se pular alguma refeição principal ou lanche, deixe em branco o respectivo
campo do quadro.
Refeições Alimentos ingeridos (sólidos e líquidos)
Café da manhã
Lanche
Almoço
Lanche
Jantar
Ceia
Para levar uma vida saudável, é preciso ter uma dieta equilibrada, consumindo diferentes tipos
de alimento nas quantidades certas. Para orientar nossas escolhas, podemos consultar a pirâmide
alimentar. Nessa pirâmide, os alimentos são distribuídos segundo o tipo (funções que desempenham
no organismo) e as quantidades ideais (porções). Na base da pirâmide, estão agrupados os alimentos
que devem ser consumidos em quantidades maiores; no topo da pirâmide, encontramos os alimentos
que devem ser consumidos moderadamente. De acordo com o Ministério da Saúde, uma dieta saudável
deve ficar em torno das duas mil calorias diárias, podendo variar para um pouco mais ou para um pouco
Grupo 1
(6 porções diárias)
Exemplos: arroz (e arroz integral), pão (e pão integral), massa (farinha branca e
integral), batata, mandioca, biscoito integral, aveia e quinoa, cereal tipo matinal.
Grupo 2
(3 porções diárias)
Frutas. Exemplos: banana, maçã, laranja, caju, goiaba, graviola, entre outras;
sucos e salada de frutas.
Grupo 3
(3 porções diárias)
Verduras e legumes. Exemplos: alface, escarola, folhas verde-escuras, repolho,
abobrinha, berinjela, beterraba, brócolis, couve-flor, cenoura com folhas e salada
com diferentes vegetais.
Grupo 4
(3 porções diárias)
Leite, queijo e iogurte (principal fonte de cálcio na alimentação).
Grupo 5
(1 porção diária)
Carnes e ovos (maior destaque para os peixes do tipo salmão e sardinha e
regionais, para os cortes mais magros e grelhados, e para frango sem pele).
Grupo 6
(1 porção diária)
Feijão, soja, lentilha, grão-de-bico; castanha-do-pará, castanha-de-caju, nozes,
entre outras oleaginosas.
Grupo 7
(1 porção diária)
Óleos e gorduras (destaque para o azeite).
Grupo 8
(1 porção diária)
Açúcares e doces.
menos, dependendo da idade, do sexo
e das condições de saúde da pessoa.
1. Veja um modelo de pirâmide
alimentar e um quadro com
exemplos de alimentos por grupo.
Grupo 1
(6 porções)
Grupo 3
(3 porções)
Grupo 4
(3 porções)
Grupo 2
(3 porções)
Grupo 5
(1 porção)
Grupo 8
(1 porção)Grupo 7
(1 porção)
Grupo 6
(1 porção)
Fonte: Guia alimentar brasileiro, Ministério da Saúde.
ETA
PA
1 •
FIC
HA
1
2. Agora, complete o quadro abaixo com os alimentos que você consumiu em um dia, separando-os por
grupos.
Grupo 1
(6 porções diárias)
Grupo 2
(3 porções diárias)
Grupo 3
(3 porções diárias)
Grupo 4
(3 porções diárias)
Grupo 5
(1 porção diária)
Grupo 6
(1 porção diária)
Grupo 7
(1 porção diária)
Grupo 8
(1 porção diária)
ETA
PA
1 •
FIC
HA
1
3. Compare o quadro dos grupos de alimento (atividade 1) e as informações que você inseriu na
atividade 2. Responda:
a) Que grupo de alimento está mais representado em seu quadro?
b) Que grupo de alimento está menos representado em seu quadro?
c) Considerando as informações que você registrou na atividade 2, monte sua pirâmide alimentar
no espaço abaixo. Escreva, na base, o nome do grupo de alimento que você consumiu mais (e
quantas porções); no topo, o grupo de alimento menos consumido (também com a quantidade de
porções); distribua os demais grupos nas camadas intermediárias, de acordo com as quantidades
ingeridas no dia pesquisado.
ETA
PA
1 •
FIC
HA
1
4. De acordo com a pirâmide alimentar que você montou, como foi sua dieta no dia pesquisado:
saudável ou não? Por quê?
5. Em sua opinião, o que poderia ser melhorado em sua dieta para torná-la mais saudável? Por quê?
6. Registre nas linhas a seguir o que você achou da experiência de anotar o que come. Reflita também
sobre a forma como você se alimenta.
ETA
PA
1 •
FIC
HA
1
ANExO 2 Projeto: Bolo de rolo: aspectos nutricionais, culturais e
históricos dessa especialidade culinária de Pernambuco.
Professor(a): Data: / /
Nome: Número: Ano/turma:
ETA
PA
1 •
FIC
HA
DE
AU
TO
Av
AL
IAç
ãO
1. O que você achou mais interessante nesta etapa?
2. Qual foi a principal dificuldade que você sentiu ao realizar esta etapa?
3. O que você mais gostou de aprender nesta etapa?
4. Escreva outras observações que você queira fazer sobre esta etapa do projeto.
ETAPA 2
ANExO 1 Projeto: Bolo de rolo: aspectos nutricionais, culturais e
históricos dessa especialidade culinária de Pernambuco.
Professor(a): Data: / /
Nome: Número: Ano/turma:
ETA
PA
2 •
FIC
HA
1
Receita de bolo de rolo
1. Em duplas, leiam a receita a seguir.
Bolo de rolo
Ingredientes:
250 g de açúcar/ 250 g de manteiga/ 5 ovos/ 250 g de farinha de trigo/ ½ lata de goiabada, derretida em um pouco de água.
Modo de preparar:
Bata bem o açúcar e a manteiga, junte as gemas, uma a uma. Depois junte as claras em neve. Acrescente o trigo peneirado e misture delicadamente.
Divida a massa em sete assadeiras rasas, untadas com manteiga e trigo. Asse uma de cada vez, em forno pré-aquecido, por pouco tempo.
Retire a massa das assadeiras, colocando-a em toalha polvilhada com açúcar.
Recheie com a goiabada derretida e enrole rapidamente. Repita o mesmo processo até a última camada.
Algumas dicas:
• amassadeveserassadaemcamadasfinaseficarpoucotemponofornoparanãoressecar e quebrar na hora de montar o bolo;
• agoiabadaprecisaserderretidacomáguafriaatéficarcremosaeespalhadaemcamadas finas e uniformes;
• paraservirdeve-secortaroboloemfatiasfinas;
• podeserservidoacompanhadodefatiasdequeijodoreino.
Fonte: ANDRADE, M. C. Bolo de Rolo. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=468&Itemid=1>. Acesso em: 11 fev. 2014.
2. Respondam às questões.
a) A lista de ingredientes está completa, isto é, todas as quantidades estão indicadas na receita?
b) As instruções sobre o modo de preparo estão completas? Faltou alguma informação importante
para que qualquer pessoa, ao seguir a receita, consiga executá-la com sucesso? Qual(is)?
c) Na opinião da dupla, há alguma maneira de tornar mais claras e simples as instruções dessa
receita? Como?
d) Na opinião da dupla, que etapa dessa receita apresenta maior dificuldade de execução? Por quê?
e) As dicas ajudam o leitor a obter sucesso na execução da receita? Justifiquem.
3. Que outros comentários e/ou observações vocês gostariam de registrar sobre o texto da receita?
ETA
PA
2 •
FIC
HA
1
ANExO 2 Projeto: Bolo de rolo: aspectos nutricionais, culturais e
históricos dessa especialidade culinária de Pernambuco.
Professor(a): Data: / /
Nome: Número: Ano/turma:
ETA
PA
2 •
FIC
HA
2
Roteiro da entrevista com os familiares
Escolha um familiar para entrevistar ou, se preferir, entreviste mais de uma pessoa. Neste caso, você
deve organizar suas anotações identificando o autor de cada resposta dada.
1. Explicar ao entrevistado que a pesquisa é para um projeto da escola, que pretende estudar aspectos
do patrimônio cultural do povo pernambucano, e que, neste momento, a turma está pesquisando o
bolo de rolo.
2. Anotar os dados do entrevistado:
a) Nome completo:
b) Idade:
c) Sexo:
d) Cidade/estado onde nasceu:
e) Se não nasceu em Pernambuco, desde quando vive neste estado? Por que veio morar nessa
cidade/estado?
f) Grau de parentesco com o entrevistador:
3. Perguntas (faça as perguntas, uma de cada vez, anotando as respostas dadas na ficha; só passe à
pergunta seguinte depois de ter anotado a resposta completa da questão anterior).
a) Você/ O senhor/ A senhora conhece o bolo de rolo?
Sim Não
b) Se nunca experimentou, por quê? Gostaria de provar?
Se já conhecia o bolo de rolo, qual foi a primeira vez que comeu o doce? Ainda se lembra de como
foi a experiência, quantos anos tinha, em que situação o bolo de rolo foi oferecido?
c) Você/ O senhor/ A senhora gosta do sabor do bolo de rolo? Justifique a resposta.
d) Por que, em sua opinião, o bolo de rolo tem esse nome?
e) Quais ingredientes da receita você/ o senhor/ a senhora consegue perceber? Algum desses
ingredientes é o seu preferido? Qual?
f) Conhece alguma receita de bolo de rolo? Sabe como prepará-lo? (se o entrevistado souber a
receita, peça que a explique ou que empreste a receita anotada para você copiar em uma folha de
papel. Não se esqueça de montar a receita em duas partes: ingredientes e modo de preparo).
g) Se você/ o senhor/ a senhora sabe fazer bolo de rolo, com quem e quando aprendeu?
h) Qual é a lembrança mais antiga que tem em relação ao bolo de rolo? Gostaria de relatá-la aqui?
ETA
PA
2 •
FIC
HA
2
i) Que outras especialidades da culinária pernambucana você/ o senhor/ a senhora aprecia? O que
mais você aprecia nessas receitas?
j) Que outros doces e bolos pernambucanos você/ o senhor/ a senhora conhece?
k) Em sua opinião, é importante conhecer receitas antigas e próprias do estado onde se vive? Por quê?
l) Que outros comentários gostaria de registrar a respeito do bolo de rolo e/ou das receitas
pernambucanas?
m) Registre aqui suas impressões pessoais sobre a entrevista (Foi fácil/difícil entrevistar/anotar? Por
quê? Aprendeu algo novo? O quê?).
ETA
PA
2 •
FIC
HA
2
ANExO 3 Projeto: Bolo de rolo: aspectos nutricionais, culturais e
históricos dessa especialidade culinária de Pernambuco.
Professor(a): Data: / /
Nome: Número: Ano/turma:
ETA
PA
2 •
FIC
HA
DE
AU
TO
Av
AL
IAç
ãO
1. O que você achou mais interessante nesta etapa do projeto? Por quê?
2. Qual foi a principal dificuldade que você sentiu? Por quê?
3. O que você mais gostou de aprender? Por quê?
4. Escreva outras observações que você queira fazer sobre esta etapa do projeto.
ETAPA 3
ANExO 1 Projeto: Bolo de rolo: aspectos nutricionais, culturais e
históricos dessa especialidade culinária de Pernambuco.
Professor(a): Data: / /
Nome: Número: Ano/turma:
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Leitura e interpretação de texto informativo
Siga o roteiro de leitura e faça o que se pede. Registre tudo no caderno.
1. Antes da leitura
• Localize o título do texto, o nome do autor e a fonte de onde ele foi retirado.
2. Momento da leitura
• Faça uma leitura silenciosa do texto. Após ler cada parágrafo, interrompa a leitura e veja se há
alguma palavra ou expressão que você desconhece. Se houver, grife-a.
• Leia novamente o parágrafo, procurando, dessa vez, compreender o contexto em que a palavra
desconhecida se insere. Tente perceber se o texto fornece “pistas” para que você possa deduzir o
significado da palavra. Depois, consulte um dicionário para ter certeza de que você compreendeu,
de fato, o significado da palavra ou, se não compreendeu, para saber o que ela significa.
• Proceda da mesma maneira até ler o último parágrafo do texto.
BOLO DE ROLOPor: Maria do Carmo Andrade
(BibliotecáriadaFundaçãoJoaquimNabuco,Recife,PE)
Oboloderolo,umaespéciederocambolecomcamadasfiníssimasdepãodeló,éumdocebrasileiro,origináriodePernambuco,reconhecidocomopatrimôniocultural e imaterial do estado, em 2007, através da Lei Ordinária nº 379.
Considerado uma das especialidades típicas da culinária pernambucana, assim comoofamosoboloSouzaLeão(tambémreconhecidocomopatrimônioculturaleimaterialdePernambuco,em2008),oboloderoloderivou-sedoboloportuguêsconhecido como colchão de noiva,queerarecheadocomamêndoas.NoBrasil,o colchão de noiva foi se transformando e sofrendo adaptações devido à falta de ingredientesdasreceitasoriginaisnaregiãoNordeste.
Orecheiodeamêndoasfoisubstituídoporgoiabada,depreferênciafeitaemcasa. A massa passou a ser enrolada em camadas cada vez mais finas. Ao final, o bolo ficou parecido com um rolo, daí a origem do seu nome.
Eraservidocomosobremesaoulanche.Umvisitanteilustrenãopoderiasairdeuma casa sem degustar uma fatia de bolo de rolo. Dessa maneira, foi sendo utilizado como forma de estreitar os laços de amizade, como forma de agradecimento, como presenteeaté“amolecercorações”.AtéopapaJoãoPauloII,quandodavisitaaoRecife,em1980,provouumafatia.
Passandoasercadavezmaisconhecidoedivulgado,oboloderologanhoufamaepassouaserfeitoempraticamentetodososestadosdoNordestebrasileiro,emboraooriginaldePernambucoguardecaracterísticasdiferentestantonosaborcomonamaneira de fazer. Turistas e até pessoas de outros estados “encomendam” o doce a algumamigoouparentequandotêmoportunidade.
Hoje,oboloderoloeoSouzaLeãosãoreceitasprotegidas,conservadasevalorizadasporsuaimportânciahistórica,culturalegastronômicaparaopaís.
Fonte: ANDRADE, M. C. Bolo de Rolo. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=468&Itemid=1>. Acesso em: 11 fev. 2014.
3. Após a leitura
1. Responda no caderno às seguintes questões:
a) Que informações o texto traz sobre as características do bolo de rolo? Essa descrição coincide
com o que você já conhece sobre esse doce? Há algo que você gostaria de acrescentar?
b) Segundo o texto, qual é a origem do bolo de rolo?
c) O que há de especial no bolo de rolo de Pernambuco em relação a receitas semelhantes
encontradas em outras localidades do Nordeste brasileiro? O texto dá referências claras sobre
sua originalidade em relação às demais receitas nordestinas? Justifique.
d) O texto cita outra especialidade pernambucana, de receita “protegida, valorizada e
conservada”, que, como o bolo de rolo, é reconhecidamente considerada um patrimônio
cultural imaterial de Pernambuco. Qual é essa especialidade? Você conhece ou já ouviu falar?
Já experimentou? Gosta/Não gosta? Por quê?
2. Anote no caderno as impressões que você teve do texto lido (é esclarecedor/difícil, interessante/
desinteressante, completo/falta informação?) e justifique.
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ANExO 2 Projeto: Bolo de rolo: aspectos nutricionais, culturais e
históricos dessa especialidade culinária de Pernambuco.
Professor(a): Data: / /
Nome: Número: Ano/turma:
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1. O que você achou mais interessante nesta etapa do projeto? Por quê?
2. Qual foi a principal dificuldade que você sentiu? Por quê?
3. O que você mais gostou de aprender? Por quê?
4. Em sua opinião, conhecer mais sobre o bolo de rolo o ajudou a compreender aspectos da cultura do
povo pernambucano? Quais? Por quê?
5. Escreva outras observações que você queira fazer sobre esta etapa do projeto.
ETAPA 4
ANExO 1 Projeto: Bolo de rolo: aspectos nutricionais, culturais e
históricos dessa especialidade culinária de Pernambuco.
Professor(a): Data: / /
Nome: Número: Ano/turma:
1. O que você achou mais interessante nesta etapa do projeto? Por quê?
2. Qual foi a principal dificuldade que você sentiu? Por quê?
3. O que você mais gostou de aprender? Por quê?
4. Construir as linhas do tempo ajudou você a compreender melhor como os fatos e acontecimentos
históricos se desenvolveram ao longo do tempo? Justifique.
5. Escreva outras observações que você queira fazer sobre esta etapa do projeto.
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ETAPA FINAL
ANExO 1 Projeto: Bolo de rolo: aspectos nutricionais, culturais e
históricos dessa especialidade culinária de Pernambuco.
Professor(a): Data: / /
Nome: Número: Ano/turma:
1. Qual foi sua participação no trabalho de conclusão do projeto?
2. Em sua opinião, o formato escolhido por sua turma para apresentar os resultados do projeto foi
satisfatório? Justifique sua resposta.
3. Em que aspectos o trabalho final poderia ser melhorado? Justifique.
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4. Qual foi a principal dificuldade que você sentiu durante o desenvolvimento e/ou execução do
trabalho? Explique.
5. O que você achou mais interessante nessa experiência de estudar por meio de projetos, envolvendo
vários conteúdos e disciplinas? Explique.
6. Que disciplinas vocês acionaram para realizar o trabalho final?
7. O que você aprendeu com essa experiência?
8. Esse projeto despertou em você mais alguma curiosidade sobre o estado onde vive? Que tema(s)
você gostaria de pesquisar agora?
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ANExO 2
Sugestão para o professor: como avaliação de feedback, reunir as informações fornecidas pelos alunos
nas autoavaliações e apresentar a eles alguns gráficos de barras representando um resumo das opiniões
do grupo. Os gráficos poderão ser afixados no mural da classe e nortear novos projetos envolvendo
conteúdos locais e regionais. É importante que os gráficos sejam apresentados de maneira correta,
segundo os padrões estabelecidos, ou seja, com título, data (ano), universo pesquisado, fonte (nome do
professor que tabulou os dados e montou os gráficos ou da instituição a que pertence); o eixo vertical
poderá trazer a quantidade de alunos que indicaram cada sugestão, e o eixo horizontal, as opções sim,
não, não opinaram e/ou cada um dos temas sugeridos e a categoria outros, com * e a descrição dos
temas menos votados.
Sugestões de temas para três gráficos de barras:
• Quantos acharam a experiência válida? Quantos não acharam? Quantos não opinaram?
• O que aprenderam com a experiência? (Três ou quatro mais citados e a categoria outros, com uma
legenda relacionando os demais temas apontados por eles.)
• Que temas relacionados ao estado onde vivem os alunos gostariam de estudar em seguida? (Indicar
os três ou quatro mais citados e a categoria outros, com uma legenda relacionando os demais temas
apontados por eles.)
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