PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE PAS...
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SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE OURO VERDE DO OESTE
PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE
PAS 2019
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE OURO VERDE DO OESTE
PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE DE OURO VERDE DO OESTE
2019
Prefeito Municipal
Aldacir Domingos Pavan
Vice-Prefeito
Alexandre Janning
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE
Alexandre Janning
EQUIPE DE PLANEJAMENTO MUNICIPAL EM SAÚDE
Amarildo Valentim Ribeiro
Aparecida da Costa Oliveira de Góes
Edson Bender
Graciele Karine Thomas
Ivete De Martini Valentim Ribeiro
Monica Moura
Vanessa Ferreira de Oliveira Maced
CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE
Representantes dos Prestadores de Serviços Públicos e Privados
Titular: Adenilso Cardoso Américo
Suplente: Calisto Schneider
Titular: Guilherman Pereira de Brito
Suplente: Alexandro PierdonaGuzen
Representantes dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde SUS
Titular: Ivete De Martini Valentim Ribeiro
Suplente: Edson Luiz Kotz
Titular: Amarildo Valentim Ribeiro
Suplente: Aparecida da Costa Oliveira de Góes
Representantes da Associação Comercial e Industrial de Ouro Verde do Oeste (ACIOV)
Titular: Admilton F. Consalter
Suplente: José Janning
Representantes de Associações de Pais e Mestres da Escola Municipal
Titular: Jair Batista da Cruz
Suplente: Orildo Pelissari
Representantes da Associação de Pais e Mestres da Escola do Campo
Titular: Juciely Aparecida Enz
Suplente: Loyara Dayane Martís de Queiroz
Representantes da Pastoral da Criança
Titular: Lucia Zorzo Dal Pozzo
Suplente: Edineia Soni Meurer
Caracterização da Secretaria Municipal de Saúde e do Município
End.: Rua Colômbia nº 221
Centro – CEP. 85.933-000
Telefones: (45) 3251-8030/3215-1147
Fundo Municipal de Saúde: CNPJ - 09.292.656/0001-08
Ouro Verde do Oeste- PR
Localizado ao Oeste do Paraná
População Estimada para 2018: 5.975 habitantes
Área Territorial: 293.197 Km²
Instalação do Município: 01/01/1990
IDHM -2010: 0, 709
PIB- Per capita (2015) R$24.924
Fonte: Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social - IPARD
I - INTRODUÇÃO Em cumprimento à legislação organizativa do Sistema Único de Saúde, em especial à Lei Complementar - LC 141/2012, a Secretaria Municipal de Saúde vem apresentar a Programação Anual de Saúde do Município de Ouro Verde do Oeste para o exercício de 2018.
O presente documento é um dos instrumentos de gestão exigidos por Lei, cuja finalidade principal é servir de guia para as ações de saúde a serem implantadas, desenvolvidas e executadas.
Esta Programação Anual de Saúde – PAS 2019 coaduna-se com as ações previstas no Plano Municipal de Saúde - PMS 2018-2021, levando-se em conta as propostas apresentadas pela sociedade civil durante a X Conferência Municipal de Saúde.
Este documento, consequentemente, harmoniza-se com o PMS 2018-2021 que prevê as prioridades e metas para os exercícios compreendidos na vigência do Plano Municipal de Saúde. E está também em conformidade com o Plano Plurianual – PPA 2018-2021 e, portanto em consonância com a Lei Orçamentária Anual do Município de Ouro Verde do Oeste.
Este documento apresenta inicialmente um resumo do Orçamento Público da Saúde para 2019 e em seguida, o rol de Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores para o referido exercício.
No rol de diretrizes, objetivos, metas e indicadores, estão contempladas também as metas pactuadas no Sistema de Pactuação – SISPACTO.
A previsão orçamentária no PPA 2018-2021 para o exercício de 2019 é de R$5.354.170,00 (cinco milhões duzentos e trezentos e cinquenta e quatro mil, cento e setenta reais.) sendo compartilhado entre os setores da Secretaria Municipal de Saúde.
A Programação Anual de Saúde é parte importante do Relatório Anual de Gestão e auxilia na confecção dos relatórios quadrimestrais elaborados pela Secretaria Municipal de Saúde. É uma importante ferramenta para atualização do Plano Municipal de Saúde.
Espera-se deste documento, que seja um resumo dos compromissos que o Município firmou com a sociedade, que seja um manual de consulta diária do gestor do SUS, de seus coordenadores, do Conselho Municipal de Saúde e dos interessados em geral.
1. DIRETRIZES, AÇÕES E METAS
2.1. DIRETRIZ 01: Qualificação da Atenção Primária a Saúde.
Objetivo 1: Qualificar as ações e serviços, promovendo a integralidade e a equidade nas Redes de Atenção à Saúde.
Meta 2019 Indicador para
Monitoramento e
Avaliação da Meta
Ações 2019 Responsável
Manter e/ou ampliar em
0,25% as consultas
médicas por habitantes,
estimadas pelas
equipes da Atenção
Primária e ESF.
Proporção de atendimentos
realizados na Atenção
Básica e ESF.
- Manter média de consultas e equipe
multiprofissional completa na Atenção
Básica e ESF.
- Atenção Básica
- Estratégia Saúde da
Família
Manter através do
Governo Federal o
Programa Saúde na
Escola –PSE em 25%
Número de CMEI e escolas
beneficiadas.
- Desenvolver ações de antropometria
(peso e altura) e teste de visão
anualmente.
- Contratualização do Programa PSE.
Estratégia Saúde da
Família
das escolas e CMEI, na
área municipal e
estadual.
- Palestras educativas de promoção e
prevenção a saúde.
Aumentar em 5% as
ações (coletas de
preventivos, exames
laboratoriais e exames
de mamografia
solicitados para
diagnósticos de
neoplasias).
Número de ações
realizadas.
- Fortalecer as ações de promoção e
prevenção em saúde às mulheres e aos
homens em todo seu ciclo de vida através
de campanhas e palestras;
- Atender os pedidos de solicitação de
exames de PSA de acordo com
indicação.
- Atender os pedidos de solicitação de
exames de mamografias em mulheres de
50 – 69 anos;
- Rastrear as mulheres em idade fértil
para a realização de exames de
Papanicolau e Mamografias;
- Rastreamento e seguimento das
mulheres com exames de Papanicolau e
mamografias alteradas.
Estratégia Saúde da
Família e equipe de
saúde
Garantir 100% dos
fármacos, através da
disponibilidade do
Estado, e assistência
domiciliar, quando
solicitada, as pessoas
vítimas de câncer em
tratamento com rádio e
quimioterapia.
Proporção dos
farmacológicos e assistência
domiciliar ofertados.
- Garantir retaguarda farmacológica e
assistência domiciliar para pacientes em
tratamento de rádio e quimioterapia
Farmácia
ESF - visita domiciliar
Adesão de 100% da
Atenção Primária à
Saúde ao processo de
tutoria da Secretaria do
Estado do Paraná.
Adesão da tutoria. - Aplicar o “instrumento para avaliação
da qualidade na Atenção Primária à
Saúde”;
- Verificar o estágio de desenvolvimento
alcançado pela UBS;
- Identificar as não conformidades;
- Desenvolver planos para a correção das
não conformidades ou para a melhoria
contínua.
- Gestor
- Responsáveis pela
fiscalização da Tutoria;
- Atenção Primária em
Saúde
Realizar 100% dos
encaminhamentos para
consultas
especializadas,
conforme vagas
disponíveis no
CISCOPAR.
Proporção de consultas
especializadas realizadas,
conforme solicitação médica
e vagas disponíveis no
CISCOPAR.
- Liberar e/ ou encaminhar consultas e os
exames através do Consórcio.
- Gestor
Registrar no prontuário
eletrônico 100% dos
atendimentos
realizados pela rede.
Proporção de atendimentos
registrados no prontuário
eletrônico.
- Realizar análise, avaliação,
retroalimentação e divulgação dos
resultados obtidos através dos sistemas
de informação;
- Realizar capacitação das equipes para
padronização dos registros no prontuário
eletrônico.
Equipe de Saúde
Atender em 100% os
encaminhamentos ao
profissional
fonoaudiólogo,
Contratação através de
concurso publico
- Realizar a contratação de um
profissional fonoaudiólogo.
Gestor
conforme vagas no
CISCOPAR.
Objetivo 2: Estruturar o programa de saúde da pessoa idosa.
Meta 2019 Indicador para
Monitoramento e
Avaliação da Meta
Ações 2019 Responsável
Reduzir em 33% o
número de idosos com
fratura de fêmur.
Fratura de fêmur em idosos
-Realizar reunião semanal com idosos no
intuito de possibilitar trocas de
experiências, aprendizagens,
melhorando assim a qualidade de vida
dos mesmos;
- Realizar trabalhos educativos para a
pessoa idosa, com ênfase na
coordenação motora e mental.
- Realizar busca ativa de idosos;
- Ampliar em 5% o Projeto de Intervenção
a Pessoa Idosa – Grupo Viver Mais.
- Estratégia Saúde da
Família;
- Atenção Básica
Manter em zero(0) o
número de óbitos
prematuros (de 30 a 69
Proporção de ações
efetuadas
- Implementar o uso da caderneta de
saúde da pessoa idosa;
- Estratégia Saúde da
Família;
- Atenção Básica;
anos) pelo conjunto
das quatro principais
doenças crônicas não
transmissíveis (DCNT
– doenças do aparelho
circulatório, câncer,
diabetes e doenças
respiratórias crônicas;
consolidando a política
municipal de atenção
ao idoso.
- Realizar busca ativa de idosos para
campanha de vacinação contra influenza;
- Realizar campanhas para evitar quedas
domesticas em idosos;
- Implantar o Núcleo de Apoio à Saúde da
Família - NASF, para fortalecer e ampliar
a rede de atendimento com a contratação
de profissionais.
- Adquirir fraldas geriátricas descartáveis
para pacientes acamados com indicação
médica, conforme protocolo;
- Desenvolver atividades de Tai Chi
Chuan, alongamento, caminhadas e
utilização das academias da terceira
idade, em conjunto com outras
secretarias, para desenvolver atividades
motoras dos idosos;
- Desenvolver grupos de danças no
município em parceria com a Secretaria
de Assistência Social;
- Assistência Social
- Manter as visitas domiciliares pela
Estratégia Saúde da Família;
- Realizar Estratificação de Risco em
Saúde Mental a pessoa idosa;
- Implementação de estratégias de
prevenção de agravos e eventos
adversos, com foco nas maiores causas
de morbimortalidade.
Objetivo 3: Organizar de maneira articulada, a atenção a saúde bucal por meio de ações de promoção da saúde, prevenção e controle de doenças bucais.
Meta 2019 Indicador para
Monitoramento e
Avaliação da Meta
Ações 2019 Responsável
Manter em 7,5 % a
cobertura populacional
de saúde bucal
Cobertura de Saúde Bucal
- Realizar campanha de Detecção
Precoce do Câncer Bucal.
- Realizar palestras, atividades
educativas e preventivas em saúde bucal
ao grupo de gestantes e alunos das
escolas da sede e distrito;
- Estratégia Saúde da
Família – Saúde Bucal;
- Atenção Básica;
- Estratégia Saúde da
Família
- atender crianças a partir dos 4 meses
de idade.
- Atender às famílias cadastradas na
ESF, conforme levantamento realizado
pelos Agentes Comunitários de Saúde;
- Ofertar através do Centro de
Especialidades Odontológicas –CEO,
atendimentos nas especialidades de
Prótese Parcial e Total, Endodontia,
Periodontia e Pacientes Portadores de
Necessidades Especial;
- Ofertar Kits de higiene bucal, aos
alunos da área municipal e do distrito,
CMEI, assim como das entidades
sociais;
- Atender os funcionários municipais.
Objetivo 4: Efetivar o cuidado à saúde mental.
Meta 2019 Indicador para
Monitoramento e Avaliação
da Meta
Ações 2019 Responsável
Implantar parcerias
com os grupos de apoio
de álcool e drogas e
propor
encaminhamento a
100% dos usuários
atendidos pela rede.
Número de
encaminhamentos
- Apoiar a Associação de recuperação de
alcoólatras, através de campanhas
educativas;
- Realizar uma campanha anual com o
objetivo de sensibilizar os usuários de
álcool sobre os malefícios causados por
esta droga.
- Garantir atendimento psiquiátrico e
encaminhamentos para CAPS AD III
/SIMPR de pacientes usuários de álcool
e drogas, através do município via
CISCOPAR.
- Contratar um profissional Assistente
Social em período integral para UBS.
Saúde mental –psicóloga
e gestor
Oferecer
encaminhamentos
através do CISCOPAR
a 100% dos pacientes
atendidos e que
necessitam de
Proporção de atendimentos
efetuados
- Encaminhar através de consultas
médicas e psicológicas, pacientes que
necessitam de atendimento psiquiátrico.
Gestor
avaliação psiquiátrica e
tratamento
medicamentoso.
Objetivo 5: Organizar e qualificar a atenção materno-infantil
Meta 2019 Indicador para
Monitoramento e
Avaliação da Meta
Ações 2019 Responsável
Ampliar para 73% das
gestantes SUS com 7
ou mais consultas no
pré –natal.
Proporção de gestantes SUS
com 7 consultas de pré-
natal.
- Captação precoce das gestantes,
ainda no 1º trimestre de gestação;
- Realizar busca ativa das gestantes
faltosas nas consultas.
- Estratégia Saúde da
Família;
- Atenção Básica
Manter em zero (0) a
taxa de mortalidade
infantil
Número de óbitos infantil - Agendar visitas no hospital de
referência para no mínimo 30% das
gestantes SUS;
- Fortalecer o grupo de gestantes na UBS
com enfoque na assistência ao pré natal
e parto normal;
- Atingir 80% das crianças menores de
quatro (4) meses com aleitamento
materno exclusivo;
Atenção Básica;
Estratégia Saúde da
Família- busca ativa
através dos ACS
- Realizar puericultura em 50% das
crianças de até doze (12) meses de
idade do Programa Mãe Paranaense;
-Estratificar os recém nascidos conforme
protocolo de classificação de riscos,
determinando a linha de cuidados
necessária;
-Ampliar e/ou manter 04 doadoras de
leite humano;
-Realizar três testes de sífilis e HIV nas
gestantes SUS, segundo protocolo da
Mãe Paranaense;
- Realizar primeira visita ao recém-
nascido em até 5 dias pela ACS, após o
nascimento;
- Garantir uma visita domiciliar do ACS
ao binômio, mãe e filho já na primeira
semana de vida até o quinto dia após o
parto;
- Realizar consulta de puerpério e de
acompanhamento do bebê até o decimo
dia após o parto na UBS;
- Realizar 08 consultas no primeiro ano
de vida da criança;
- Monitorar casos novos notificados no
SINAN de sífilis congênita em menores
de um ano de idade.
Monitorar e/ou
acompanhar 100% dos
recém nascidos de
mães HIV positivos
Proporção de transmissão
vertical
- Acompanhar os recém nascidos de
mães portadoras de HIV;
- Realização de exames;
- Disponibilizar tratamento e busca ativa.
- Estratégia Saúde da
Família
- Pediatra
2.2. DIRETRIZ 02: Internamento por causas sensíveis a Atenção Básica
Objetivo: Reduzir as internações por causas sensíveis.
Meta 2019 Indicador para
Monitoramento e Avaliação
da Meta
Ações 2019 Responsável
Ampliar e/ou manter o
número de equipes de
Número de equipe de ESF,
implantada.
- Reduzir as internações por causas
sensíveis
- Prefeitura
- Gestor de Saúde
ESF, para cobertura
de 100% da
população, inclusive
área rural.
Ações que complementam todas as metas da Rede:
Acesso à educação permanente, com o objetivo de qualificar os profissionais da rede de atenção.
2.3. DIRETRIZ 03: Fortalecimento das Ações de Promoção da Saúde.
Objetivo: Promover a intersetorialidade no desenvolvimento das ações e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes.
Meta 2019 Indicador para
Monitoramento e Avaliação
da Meta
Ações 2019 Responsável
Manter em 80% a
cobertura de
acompanhamento das
condicionalidades do
PBF na saúde.
Proporção de cobertura de
acompanhamento das
condicionantes do PBF.
- Acompanhamento semestral dos
beneficiários do Programa Bolsa Família,
buscando o cumprimento das
condicionantes de saúde exigidas pelo
Ministério da Saúde;
- Estratégia Saúde da
Família
- Manter o Projeto de Prevenção da
Gravidez na Adolescência –PPGA, em
parceria com a Secretaria Municipal de
Educação.
Aumentar em 1.25% o
número de
participantes adeptos
do cigarro nos grupos
de tabagismo.
Número de fumantes
participando dos grupos de
tabagismo.
- Fornecer medicamentos e/ou adesivos
aos usuários de tabaco que participam
das reuniões de grupo.
- Palestras ilustrativas dos malefícios
ocasionados pelo cigarro;
- Retomar o Programa de Combate ao
Tabagismo, com equipe multiprofissional.
- Estratégia Saúde da
Família
- Psicóloga
Equipe capacitada no
grupo de tabagismo
Ampliar em 1.25% o
uso de plantas
medicinais para o
tratamento de feridas.
Proporção de cura dos
ferimentos, através do uso das
plantas medicinais.
- Sensibilizar e/ou incentivar os usuários
portadores de feridas, sobre a importância
do uso correto das plantas medicinais na
cura das feridas.
- Estratégia Saúde da
Família
Aumentar em 12,5%
em ações/campanhas
de educação em saúde
para população.
Número de ações/campanhas
efetuadas.
- Promover trabalhos voltados a
prevenção e promoção da saúde;
- Realizar/aconselhar sobre a importância
dos exames preventivos de teste rápido
para sífilis, HIV,HbsAg e HCV;
- Sensibilizar os pacientes usuários do
Sistema Único de Saúde – SUS, sobre a
importância do diagnóstico precoce;
- Realizar ações de promoção e
prevenção para alimentação saudável.
- Criar protocolo para que as enfermeiras
da unidade de saúde possam fazer pedido
de exames
- Estratégia Saúde da
Família
- Equipe de Saúde;
- Vigilância em Saúde
Capacitar conforme
oferta da SESA, 20%
da equipe para
acolhimento e
notificação das vítimas
de violência.
Proporção de funcionários
capacitados.
- Garantir assistência médica e
psicológica nos casos de violência para
acompanhamento dos casos;
- Garantir exames para prevenção de DST
e gravidez as vítimas de violência que
procurarem a Unidade Básica de Saúde.
- Gestor
- Equipe de Saúde
Ações que complementam todas as metas da Rede:
Acesso à educação permanente, com o objetivo de qualificar os profissionais da rede de atenção.
2.4. DIRETRIZ 04: Fortalecimento da Política de Assistência Farmacêutica.
Objetivo: Promover o acesso da população ouroverdense aos medicamentos contemplados no REMUME aos cuidado farmacêutico.
Meta 2019 Indicador para
Monitoramento e Avaliação
da Meta
Ações 2019 Responsável
Ampliar para 2% os
medicamentos de uso
continuo e
diversificação (quando
possível) dos
medicamentos.
Número de medicamentos
fornecidos
- Dispensar métodos anticoncepcionais
(oral e injetável) conforme padronização
da Secretaria Municipal de Saúde;
- Garantir a oferta regular de
medicamentos essenciais da Farmácia
Básica.
- Aquisição, recebimento, armazenamento
e distribuição de medicamentos, soros e
insumos padronizados nas políticas
públicas e sob responsabilidade do
município;
Farmacêutica
- Realizar 02 campanhas anuais sobre o
uso racional de medicamentos, com o
auxílio de uma assistente;
- Manter atualizada em 100% a
padronização da (REMUME);
- Realizar campanhas sobre o uso
racional de qualquer tipo de
medicamentos
- Contratação através de concurso público
para assistente farmacêutica;
Realizar 02 processos licitatório anuais
para aquisição de medicamentos,
equipamentos em geral e uniformes;
- Capacitação do profissional
farmacêutico por meio de 2 eventos
anuais;
- Dispensar 95% dos alimentos enterais e
leites, seguindo as indicações do
protocolo.
Ações que complementam todas as metas da Rede:
Acesso à educação permanente, com o objetivo de qualificar os profissionais da rede de atenção.
1.5. DIRETRIZ 05: Fortalecimento da Política de Vigilância em Saúde.
Objetivo: Analisar a situação de saúde, identificar e controlar determinantes e condicionantes, riscos e danos a
prevenção e promoção da saúde, por meio de ações de vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, vigilância
ambiental, vigilância da saúde do trabalhador e vigilância laboratorial.
Meta 2019 Indicador para
Monitoramento e Avaliação
da Meta
Ações 2019 Responsável
Investigar 100% dos
óbitos infantis,
maternos e fetais.
Proporção de óbitos infantis,
maternos e fetais investigados
- Notificar os óbitos infantis, maternos e
fetais;
- Realizar as investigações de óbitos
infantis, maternos e fetais;
- Médico que faça parte da equipe da
Epidemiologia, para suporte do setor;
- Ter um técnico de enfermagem exclusivo
para o setor de vigilância
Epidemiologia
Manter a cobertura do
calendário básico de
vacinação em 80%.
Percentual da cobertura vacinal
adequadas para as vacinas do
calendário básico da criança.
- Busca ativa dos usuários com esquema
de vacinação incompleto em tempo
oportuno, durante visitas dos ACSs.
Atenção Básica /ESF/
Busca ativa através
dos ACS / Vigilância
Epidemiológica
Manter em 85% a
proporção de cura de
casos novos de
tuberculose pulmonar
com confirmação
laboratorial
Proporção de cura de casos
novos de tuberculose pulmonar
com confirmação laboratorial.
- Desenvolver ações integradas como
Tratamento Diretamente Observado (TDO),
junto aos serviços de saúde para o
aumento de cura dos casos novos e busca
dos sintomáticos respiratórios.
Manter e/ou aumentar
a proporção de
testagem para HIV nos
casos novos de
tuberculose, para 90%
Proporção de exames anti –
HIV realizados entre os casos
novos de tuberculose.
- Participar das capacitações que a 20ª RS
oferece, encaminhando os diversos setores
da UBS;
- Realizar busca ativa dos pacientes de
casos novos de TB.
ESF
Epidemiologia
Encerrar a
investigação de pelo
menos 80% dos casos
de Doenças de
Notificação
Compulsória Imediata
(DNCI) registrado no
Proporção de casos de
doenças de notificação
compulsória imediata
encerradas até 60 dias após a
notificação
- Notificar os casos de doenças de
notificação compulsória imediata;
- Manter o sistema de Vigilância
Epidemiológica relacionado aos agravos de
notificação compulsória;
- Alimentar 90% dos sistemas referentes a
Vigilância Epidemiológica de acordo com
Epidemiologia
SINAN em até 60 dias
a partir da data de
notificação.
sua necessidade. (Semanalmente e/ou
mensalmente);
- Realizar capacitações ofertadas pela
SESA, referente às DNCI, aos profissionais
da Vigilância em Saúde;
- Notificar 100% dos casos de violências
ocorridos e notificados nas escolas, CMEI,
CRAS, CREAS e Conselho Tutelar através
das fichas de notificação.
Investigar 98% dos
casos de hepatite B
confirmados por
sorologia.
Proporção de casos de hepatite
B confirmados e
acompanhados
- Implementar ações de vigilância e controle
de hepatite B na rede básica.
- Aumentar a proporção de testes rápidos.
- Epidemiologia
- ESF
Notificar 100% dos
casos de acidente de
trabalho grave, em que
a Unidade de Saúde
têm conhecimento.
Proporção de casos notificados
de acidente de trabalho grave.
- Notificar acidente de trabalho grave em
todos os casos que se enquadram e que
sejam atendidos na Unidade Básica de
Saúde.
Equipe de saúde
Realizar 03 ações
sanitárias por
quadrimestre,
consideradas
necessárias.
Percentual de ações de
Vigilância Sanitária de acordo
com a legislação vigente.
- Realizar as sete ações básicas que estão
inseridas no COAP;
- Inserir dados dos procedimentos, no
sistema de informação ambulatorial
SIA/SUS/PAB;
- Adquirir através de licitação e conforme a
necessidade do setor, equipamentos,
materiais de consumo, EPIs e uniformes.
- Realizar palestras com os funcionários da
SMS sobre a importância do uso correto
dos EPIs;
- Manter 100% a revisão e manutenção dos
equipamentos e veículos das Vigilâncias
Epidemiológica, Sanitária, Ambiental e
Saúde do Trabalhador.
- Vigilância Sanitária
- Vigilância Ambiental
- Vigilância em Saúde
do Trabalhador.
Manter ou ampliar em 5
pontos percentuais a
proporção de análises
realizadas em
amostras de água para
Proporção de análises
realizadas em amostra de água
para consumo humano quanto
aos parâmetros coliformes
- Coletar 10 (dez) amostras mensais para
cloro residual livre 10 (dez)amostras para
turbidez e 09 (nove) amostras mensais para
coliformes totais.
- Vigilância Ambiental.
consumo humano,
para os parâmetros de,
cloro residual livre e
turbidez, e coliformes
totais de acordo com a
capacidade do
laboratório da SESA.
totais, cloro residual livre e
turbidez.
Reduzir abaixo de 1%
o índice de infestação
predial do Aedes
Aegypti.
Índice abaixo de 1% de
infestação predial para Aedes
aegypti.
- Realizar no mínimo 4 ciclos de visita
domiciliar em 80% dos domicílios por ciclo
infestados por Aedes aegypti.
- Realizar busca ativa de casos e bloqueios
dos casos suspeitos de dengue
- Manter o número de agentes de endemias
a campo conforme o protocolo nacional (um
agente para 800 imóveis).
Coordenação de
Controle da Dengue.
- Reavaliar e atualizar o Plano de
contingencia da Dengue, Zika e
Chikungunya, em conjunto com outros
setores envolvidos.
- Desenvolver campanha anual com carro
de som e/ou buzinaço, entrega de
panfletos, alertando a população dos riscos
das doenças transmitidas por este vetor,
sensibilizando os mesmos para erradicação
das doenças através da limpeza dos
quintais eliminando recipiente com água
parada.
- Usar a rádio local, site da prefeitura, jornal,
rede social entre outros para a propagação
da situação da dengue, solicitando a
colaboração dos munícipes na erradicação
do vetor.
- Colocar junto ao CMS o índice do Aedes
aegypti no município e ações
desenvolvidas no combate ao vetor.
- Reunir a equipe de endemias e
coordenador do programa da dengue,
semanalmente ou conforme necessidade
para planejamento, elaboração de
estratégias para o controle da Dengue;
Investigar 100% dos
acidentes graves e
fatais relacionados ao
trabalho
Proporção de casos notificados
de acidentes graves e fatais
relacionados ao trabalho
investigados.
- Notificar todos os agravos relacionados ao
trabalho inclusive o item ocupação.
- Contratar um Técnico em Segurança do
Trabalho para fazer parte do quadro de
funcionários da SMS.
- Investigar acidentes graves e fatais
relacionados ao trabalho que adentrem a
Unidade Básica de Saúde
- Realizar fiscalização na construção civil
do município e orientar os funcionários do
mesmo quanto ao uso correto dos EPIs,
- Realizar campanhas educativas junto as
empresas e estabelecimentos para
coibir/reduzir doenças e acidentes de
trabalho,
- Vigilância em Saúde
do Trabalhador
- Epidemiologia
- Assegurar atenção à saúde do trabalhador
com inspeções e palestras sobre o tema
segurança no trabalho
Monitorar 100% óbitos
de animais (Cão, Gato,
Morcego. Macaco)
suspeitos, que podem
transmitir raiva e/ou
Febre Amarela.
Número de animais com
sintomatologia suspeita de
raiva e/ou Febre Amarela.
- Coletar e encaminhar ao LACEN
amostras biológicas de animais que
apresentem sintomatologia suspeita de
raiva e/ou Febre Amarela.
- Colaborar nas parcerias com
Universidades, Secretaria de
Desenvolvimento, Turismo e Meio
Ambiente municipal, para elaboração e
implantação do Projeto de Prevenção e
Controle de Zoonoses;
- Construir censo da população de animais
domésticos;
- Promover a Educação em Saúde na
prevenção de zoonoses transmissíveis;
- Colaborar com a Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Econômico, Turismo e
Meio Ambiente para executar o Projeto de
Vigilância Ambiental e
Sanitária.
Vigilância Ambiental e
Sanitária. Secretaria do
Desenvolvimento
Econômico, Turismo,
Meio Ambiente e ACS.
Castração de fêmeas de animais
domésticos (cães e gatos).
Notificar e monitorar
100% dos acidentes
por escorpião e/outros
animais peçonhentos
que adentrem a
Unidade Básica de
Saúde.
Número de casos de acidentes
por escorpião e/outros
notificados na UBS.
Realizar monitoramento/levantamento de
acidentes por escorpiões e outros animais
peçonhentos no município.
Vigilância Sanitária,
Ambiental,
Epidemiológica e
Atenção Primária em
Saúde.
Ações que complementam todas as metas da Rede:
Acesso à educação permanente, com o objetivo de qualificar os profissionais da rede de atenção.
1.6. DIRETRIZ 06: Ouvidoria como instrumento de Gestão e Cidadania.
Objetivo: Intensificar ações junto ao gestor de saúde, visando desenvolver estratégias para que a ouvidoria se efetue
como um instrumento de gestão e cidadania.
Meta 2019 Indicador para
Monitoramento e Avaliação
da Meta
Ações 2019 Responsável
Equipar uma (1) sala
para atendimento
exclusivo da ouvidoria
municipal.
.
Sala própria da ouvidoria
equipada
- Implantar e equipar sala própria para a
ouvidoria
- Adquirir através de licitação aparelho de
celular, materiais educativos e
equipamentos para estruturar a sala;
- Participar das reuniões da equipe da SMS
e conferência de saúde.
- Distribuir panfletos informativos para a
população ouroverdense com o objetivo de
aprimorar o conhecimento e informação;
- Elaborar relatórios das ações executadas,
bem como de sua resolutividade das
solicitações, para apresentação nas
reuniões quadrimestrais da audiência
pública.
- Instalar o programa SIGO- Sistema
Integrado para Gestão de Ouvidorias;
Gestor de Saúde
Ações que contemplam todas as metas da Diretriz.
Capacitação e avaliação permanente da Ouvidoria
1.7. DIRETRIZ 07: Fortalecimento do Controle Social do SUS.
Objetivo: Deliberar e fiscalizar os instrumentos de gestão orçamentaria e de gestão do SUS.
Meta 2019 Indicador para
Monitoramento e Avaliação
da Meta
Ações 2019 Responsável
Fiscalizar e avaliar a
execução de 100% dos
instrumentos de
gestão: PPA, LDO,
LOA, PAS,
RELATÓRIOS
QUADRIMESTRAIS E
RAG
Percentual de cumprimento
de cada instrumento de
gestão
- Análise e discussão dos Instrumentos de
Gestão Orçamentaria e de Gestão do SUS
nas reuniões ordinárias e/ou extraordinárias
do CMS;
- Organizar e realizar a Conferência
Municipal de Saúde;
- Atualização do Conselho Municipal de
Saúde no SIACS.
- Legislativo Municipal
- Conselho de Saúde
1.8. DIRETRIZ 08: Qualificação da Gestão do Financiamento em Saúde.
Objetivo: Modernizar os processos de gestão do financiamento em saúde.
Meta 2019 Indicador para
Monitoramento e Avaliação
da Meta
Ações 2019 Responsável
Aplicar no mínimo 15%
(quinze por cento), da
receita liquida
municipal de impostos
em gastos com ações e
serviços públicos de
saúde
Percentual de gastos
aplicados em ações e
serviços públicos de saúde
- Execução do orçamento total previsto na
LOA;
- Acompanhamento das receitas liquidas de
impostos vinculados à saúde;
- Prestação de contas, de forma transparente
da aplicação de recursos orçamentários e
financeiros das ações e serviços públicos de
saúde.
Poder Executivo.
PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DO NÚCLEO DE
APOIO A SAÚDE DA FAMÍLIA/NASF
MODALIDADE III
OURO VERDE DO OESTE/PR
2019
38
1. IDENTIFICAÇÃO MUNICIPAL
Identificação Administrativa
Prefeito: Aldacir Domingos Pavan.
Vice-Prefeito: Alexandre Janning.
Endereço da Prefeitura: Rua Curitiba nº 657.
Telefone: 45-3251-8000.
Secretário de Saúde: Alexandre Janning.
Gestor do Fundo Municipal de Saúde: Alexandre Janning.
Endereço da Secretaria de Saúde: Rua Colômbia nº 221.
Telefone: 45-3251-1360.
E-mail: [email protected]
39
2. INTRODUÇÃO
2.1 DADOS GERAIS DO MUNICÍPIO DE OURO VERDE DO OESTE - PR
O espaço geográfico onde hoje está localizado o município de Ouro Verde do Oeste,
em âmbito maior na Mesorregião Oeste do Paraná, foi palco da presença de grupos
populacionais muito antes de sua chamada “colonização branca”. Essa, tida como
definitiva, tomou impulso a partir da segunda metade do século XX com a chegada de
milhares de famílias de colonos migrantes vindos preferencialmente dos Estados do Rio
Grande do Sul e de Santa Catarina. Migrantes esses que vieram ao Oeste paranaense
atraídos em sua grande maioria pela ação de empresas particulares de colonização,
interessadas na comercialização lucrativa das áreas de terras que haviam adquirido.
A ocupação humana na Mesorregião Oeste do Paraná – Ouro Verde do Oeste
incluso – não é recente, não vem de agora. Diferentemente do que parte da historiografia
tentou frisar, inserindo-a historicamente a partir da chegada das milhares de famílias de
colonos migrantes a partir da década de 1930, ela é muito mais antiga, ela é multimilenar.
De acordo com o renomado arqueólogo paranaense Igor Chimyz (2007) comprovou-se a
existência de registros arqueológicos em muitas dezenas de sítios abertos sob as linhas de
transmissão de eletricidade de Furnas e que datam de dez mil anos. Sem nos
aprofundarmos, essas investigações demonstraram que o clima foi determinante nos
processos de ocupação e êxodo na região.
Sbardelotto (2007), alinha os grupos mais antigos como coletores e caçadores.
Porém, aproximadamente nos últimos dois mil anos, as evidências arqueológicas mostram
a ocupação por grupos ceramistas. Os primeiros eram exploradores da natureza, os
segundos, além disso, plantavam e produziam parte da alimentação, geralmente
denominados horticultores. Assim, de dois mil anos até hoje, temos dois grandes grupos se
revezando alternadamente no território que hoje compreende a Mesorregião Oeste do
Paraná, em movimentos migratórios e ocupacionais distintos. Um grupo preferia a fixação
e a movimentação às margens do rio e nas florestas densas, o outro preferia as matas mais
rarefeitas e os campos. Um ligado ao tronco linguístico Tupi-Guarani e o outro ao Macro-
Jê, Caingangue, que ocupavam o território em um processo milenar de povoamento.
Processo este que foi modificado pela introdução dos europeus e pela criação das reduções
40
jesuítas a partir do século XVI. Tratava-se de verdadeiros núcleos de povoamento
interligados onde grupos de indígenas cediam seus bens e terras à administração dos
jesuítas em troca da proteção e da gestão da produção (SBARDELOTTO, 2007, p.28).
Muitas vezes a literatura confere aos guaranis uma característica errônea, rotulando-
os como povos nômades. Tratando-os dessa maneira contribui-se para excluí-los de uma
dada territorialidade. São vistos tão somente como personagens históricos ausentes, por
serem nômades, a um dado espaço geográfico. Esse pretenso nomadismo não é exato,
pois os guaranis são itinerantes ou caminhantes por excelência. De acordo com Ribeiro
(2005), essa peculiaridade não impediu que a prática da agricultura fosse disseminada
entre eles e tivesse grande importância para a sua sobrevivência.
Para essa pesquisadora a procura por áreas onde o solo fosse fértil era significativa,
muitas vezes mais do que a busca por áreas onde a caça e a pesca fosse abundantes.
Durante o transcorrer dos séculos XVI, XVII e XVIII os europeus investiram e destruíram
impiedosamente os aldeamentos indígenas espalhados pelo Oeste do Paraná. Enquanto
espanhóis e portugueses representavam os interesses de seus reis, escravizando-os pura
e simplesmente; a Igreja Católica, de maneira mais sutil, representada pela ação dos
missionários e suas Reduções Jesuíticas, procurava convertê-los à fé cristã.
A eficiência dessas ações violentas e multisseculares foi imensa e culminou no
século XIX quando a sua conquista ocorreu em nome da nação brasileira. A usurpação
paulatina dos territórios indígenas foi justificada em prol da questão nacional e do perigo
externo. No século XX o que sobrou dos territórios indígenas foi suplantado, em nome do
progresso, em prol de um planejado (re)povoamento. Vem daí que os povos indígenas
devem ser integrados à análise do processo de colonização do Oeste do Paraná, para que
se tenha uma visão daqueles que já estavam na região quando esta passou a ser
(re)ocupada. Como todos os homens que vivem em sociedade, eles também devem fazer
parte da história da região. Mesmo que não tenham deixado registros escritos, seu relato
foi e continua sendo feito oralmente. Seus descendentes são a expressão viva da existência
destes povos que pertencem à nossa história e que continuarão presentes tanto quanto
nós.
Pelos depoimentos colhidos não se encontra uma relação direta do nome com o
cultivo do café na área, gleba, colonizada. Todavia, não podemos nos esquecer de que o
café era a cultura dominante no Norte do Paraná desde a segunda década do século XX.
Num contexto mais abrangente, era fato que a quantidade e fertilidade das terras existentes
41
e disponíveis e o preço mais módico fez com que muita gente se dispusesse a migrar para
o Oeste paranaense. A maioria das companhias de colonização oferecia terras cercadas
de todas as garantias legais, escrituradas, e os colonos interessados em adquiri-las tinham
condições vantajosas para o seu pagamento.
É claro que na Região Oeste também existiam áreas de litígio, sendo disputadas por
um ou mais supostos proprietários, o que causava um clima de permanente tensão nas
mesmas. E não foram poucas as violências perpetradas contra aqueles que eram rotulados
como intrusos ou invasores. Capangas e pistoleiros fizeram parte da paisagem durante as
décadas de 1950 e 1960. No que se refere à situação fundiária observada na região do
distrito de Ouro Verde na época da chegada das primeiras famílias para a área, ela bem
reflete o que vinha acontecendo em diversas glebas do Oeste paranaense.
Em Ouro Verde o acesso à terra era dificultoso. Nas proximidades da atual localidade
da Sanga Funda, quando começou a chegar a colonada que havia comprado terra na área,
essa deu de cara com um portão que servia como barreira a todos aqueles que quisessem
adentrar. Saliente-se que o tal portão não ficava desprotegido, longe disso. Ele era
guarnecido diariamente por homens armados que faziam dar marcha ré a todos que por ali
quisessem passar. Não tinha discussão, pois os guardas afirmavam em alto e bom tom que
aquelas terras tinham dono e ponto final.
2.2 ASPECTOS HISTÓRICOS
Ouro Verde do Oeste surge como município do Estado do Paraná, em 12 de junho
de 1989, desmembrado do município de Toledo, onde o governador Álvaro Dias sanciona
o Projeto de Lei nº 206/86, convertido na Lei nº9.009. Porém, muito tempo antes desta data,
Ouro Verde do Oeste já estava formado, nasceu em 1960, quando bravos homens
converteram o sonho de uma vida melhor em ideal e buscaram novos horizontes, sem
temer as dificuldades que se impunham a eles das formas mais variadas: intempéries,
animais selvagens, cobras, insetos etc. De início formou-se uma vila, que cresceu, foi
levada a distrito, e por fim tornou-se município, tudo isso graças a persistência e união de
seu povo.
Quanto a emancipação de Ouro Verde, muito se deve ao Deputado Sabino Campos,
pois ao longo de toda tramitação, o mesmo mostrou-se empenhado na aprovação de seu
projeto. Perseverante, lutou sem tréguas, provando à Assembleia Legislativa, com
42
argumentos e documentos, que seu pedido era viável, possível. Paralelamente, sempre
manteve os ouroverdenses informados da situação, o que fazia através de visitas
frequentes ao distrito ou por meio do vereador Roque Ferreira de Lima.
O município apresenta clima subtropical úmido, com temperatura média anual de
21,4ºC. Sua formação administrativa de origem se deu com a denominação de Ouro Verde
do Oeste, pela Lei Estadual nº 5078, de 12 de março de 1965, subordinado ao município
de Toledo. Em divisão territorial datada de 31 de julho de 1968, o distrito de Ouro Verde do
Oeste, figura no município de Toledo, assim permanecendo em divisão territorial datada de
1988.
2.3 DADOS DEMOGRÁFICOS
Ouro Verde do Oeste é um município do estado do Paraná, região sul do país.
Pertence à microrregião de Toledo e localiza-se a oeste da capital do estado, distando
desta, cerca de 555,78 Km. A área do município é de 293,197 Km² (IPARDES, 2019), sendo
28.931,20 há área rural, área urbana 29.049,00 há. O município possui um distrito (São
Sebastião), uma Vila Rural e diversas linhas que interligam a sede do município.
Ouro Verde do Oeste conta com uma população estimada para 2018 de 5.975
habitantes (IBGE, 2018), com uma taxa de urbanização de 70,96 %, apresentando um IDH
em 2010 de 0,709. O município de Ouro Verde do Oeste teve um crescimento populacional
na ordem de 4,75% em relação a 2012, sendo das etnias a raça branca o maior grupo com
58,83 % dos habitantes, seguido da raça parda com 37,22% e afrodescendentes com
3,27%. Quanto ao sexo há praticamente um equilíbrio entre homens e mulheres, sendo em
torno de 0,98% de homens a mais que o sexo feminino. A maior parte da população está
na faixa etária de 10 a 69 anos, dita economicamente ativa e produtiva.
A Unidade Básica de Saúde, está lotada junto com a Secretaria Municipal de Saúde,
situada na Rua Colômbia nº 221, possuindo na parte térrea recepção, sala de triagem,
consultórios médicos, sala de emergência, sala de curativo, farmácia, enfermaria masculina
e feminina, banheiros para pacientes e funcionários, sala de esterilização, expurgo,
lavanderia, sala de vacina, sala de inalação, sala de fisioterapia, posto de enfermagem,
com acesso por duas rampas e uma escada , sendo do lado externo área coberta para
guarda dos veículos da Unidade de aproximadamente 250 m² e abrigo para viatura do
SAMU em uma área de aproximadamente 60 m²,do lado direito da rampa de acesso dos
43
veículos está o setor de odontologia com dois odontólogos, uma técnica em saúde bucal e
uma auxiliar de saúde bucal, o local conta com dois consultórios, recepção, almoxarifado,
expurgo, sala de esterilização, banheiros para funcionários e pacientes, e o primeiro piso
acessível por rampa e escada conta com, sala de endemias, recepção, sala de
agendamento, sala de reuniões, consultório médico , sala do psicólogo e sala da Estratégia
Saúde da Família.
Todos os setores estão equipados, tanto com materiais de consumo e materiais
permanentes, como eletrocardiograma, desfibrilador, computadores, impressoras,
geladeira para vacinas, cadeiras odontológicas, televisores, armários, Ultrassom
piezoelétrico, Amalgamador odontológico capsular, Aparelho fotopolimerizador, Colar
cervical ajustável, Reanimador de silicone neonatal, Mini incubadora para indicador
biológico, Oxímetro de dedo, Prancha longa em polietileno com 3 cintos, Imobilizador de
cabeça, Poltrona reclinável hospitalar, Mesa de Mayo inox, Cadeira de rodas , Carro de
emergência em chapa metálica, Detector fetal portátil, Monitor multiparâmetro tela LCD,
Máquina de lavar e secar roupas automática Compressor isento de óleo, Bicicleta
Ergométrica Horizontal, Esteira Elétrica Ergométrica, Ultrassom 1 MHZ e 3 MHZ, Aparelho
de Diatermia Por Ondas Curtas, Aparelho de corrente Russa, Corrente TENS e FES portátil,
Bola suíça 45 cm, Bola feijão - 9 0 x 45 cm, comparador de cloro residual livre, medidor de
turbidez, decibelímetro, bomba costal motorizada para dengue entre outros, para melhor
atender os munícipes.
POPULAÇÃO CENSITÁRIA SEGUNDO TIPO DE DOMICÍLIO E SEXO - 2010
TIPO DE DOMICÍLIO MASCULINA FEMININA TOTAL
Urbana Rural Total
1983 884
2.867
2.056 769
2.825
4.039 1.653 5.692
Fonte: IBGE – Censo demográfico
POPULACAO CENSITÁRIA SEGUNDO COR/RAÇA - 2010
COR/RAÇA POPULAÇÃO COR/RAÇA TOTAL
Branca Preta
Amarela Parda
3.096 239 18
2.238
Indígena Sem declaração
TOTAL
- -
5.692 FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Dados da amostra NOTA: Posição dos dados, no site da fonte, 14 de
maio e 28 de julho de 2014.
44
DENSIDADE DEMOGRÁFICA – 2018
Densidade demográfica 20,38 Hab/km²
Fonte: IPARDES Nota: É calculada em função das populações do IBGE e das áreas territoriais calculadas pelo ITCG.
Nos últimos cinco anos foram registrados 205 óbitos no município de Ouro Verde do
Oeste, sendo as causas mais frequentes de mortalidade: doenças do aparelho circulatório;
doenças do aparelho respiratório e Neoplasias. E no ano de 2018 o município registrou um
óbito infantil, em recém-nascido, devido a afecções perinatais. Com a ação de captação
precoce das gestantes, ainda no primeiro trimestre de gestação e busca ativa das faltosas,
as gestantes do município realizam 7 a 9 consultas durante o pré-natal.
ÓBITOS EM MENORES DE 1 ANO E EM MENORES DE 5 ANOS SEGUNDO OS TIPOS
DE DOENÇAS (CAPÍTULOS DO CID10 (1) – 2018
TIPOS DE DOENÇAS CAPITULO MENORES DE
1 ANO
MENORES DE 5
ANOS
Infecciosas e parasitárias Neoplasias (Tumores) Do sangue, órgãos hematopoiéticos e transtornos imunitários Endócrinas, nutricionais e metabólicas Transtornos mentais e comportamentais Do sistema nervoso Do olho e anexos Do ouvido e da apófise mastoide Do aparelho circulatório Do aparelho respiratório Do aparelho digestivo Da pele e do tecido celular subcutâneo Do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo Do aparelho geniturinário Algumas afecções originadas no período perinatal Mal formação congênita, deformidades, anomalias cromossômicas Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte Causas externas de morbidade e mortalidade Total de óbitos
I II III
IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XVI XVII
XVIII
XX
- - - - - - - - - - - - - - - 1 -
-
- 1
- - - - - - - - - - - - - - - 1 -
-
- 1
Fonte: MS / Datasus, SESA-PR
ÓBITO MATERNOS SEGUNDO FAIXA ETÁRIA- 2017
FAIXA ETÁRIA (anos) N° DE ÓBITOS
45
De 10 a 14 De 15 a 19 De 20 a 29 De 30 a 39 De 40 a 49 Total de óbitos
- - - - - -
Fonte: MS/Datasus, SESA-PR
ÓBITOS SEGUNDO TIPODE DE DOENÇAS (CAPÍTULOS DO CID10 (1)) -GERAL-
2018
TIPO DE DOENÇAS CAPÍTULO N° DE ÓBITOS Infecciosas e parasitárias Neoplasias (Tumores) Do sangue, órgãos hematopoiéticos e transtornos imunitários Endócrinas, nutricionais e metabólicas Transtornos mentais e comportamentais Do sistema nervoso Do olho e anexos Do ouvido e da apófise mastoide Do aparelho circulatório Do aparelho respiratório Do aparelho digestivo Da pele e do tecido celular subcutâneo Do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo Do aparelho geniturinário Gravidez, parto e puerpério Algumas afecções originadas no período perinatal Mal formação congênita, deformidades, anomalias cromossômicas Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte Causas externas de morbidade e mortalidade Total de óbitos
I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XVI XVII XVIII XX
- 7 -
4 - 3 - -
13 3 2 - 1
- - 1
-
-
3 37
3. JUSTIFICATIVA
Este projeto se faz necessário primeiramente por entendermos que nenhuma
organização ou instituição possa trabalhar de forma isolada. Desse modo, a Secretaria
Municipal de Saúde propõe realizá-lo visando causar um impacto nas ações básicas de
saúde. Dirigindo formas integradas entre NASF III e a Equipe Saúde da Família, por meio
de apoio matricial, uma maneira de organizar o trabalho em equipe. Este apoio do NASF
III, significa colocar-se ao lado da ESF e ajudar no seu trabalho, oferecendo retaguarda nas
áreas do saber de cada profissional, e com isso produzir mudanças em seus processos de
46
trabalho. Com habilidades para agir em defesa da vida, buscando o desenvolvimento de
todas as potencialidades na atenção integral da criança, do adolescente, do jovem, da
mulher, do homem, do idoso, enfim da população adstrita em geral, integrando os campos
das ações básicas em saúde.
4. OBJETIVO
Ampliar a abrangência das ações da Atenção Básica, com complemento do trabalho
da Equipe de Saúde da Família, no desenvolvimento de outras atividades e/ou práticas que
visam promoção e proteção da saúde; e a prevenção de doenças, como estratégia de
promover qualidade de vida, apoiada na inserção da Estratégia Saúde da Família na rede
de serviços e no processo de territorialização e regionalização a partir da Atenção Básica
como a principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde. –SUS.
4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Reorientar o processo de trabalho na Atenção Básica/Saúde da Família;
Desenvolver projetos terapêuticos singulares, reuniões periódicas, ações
intersetoriais e interdisciplinares, promoção, prevenção e reabilitação;
Identificar e planejar ações de atividades físicas/práticas corporais, práticas
integrativas e complementares, reabilitação, alimentação e nutrição, saúde
mental, saúde da criança/adolescentes e jovens, saúde da mulher/homem.
5. ÁREA DE ATUAÇÃO DA EQUIPE NO NASF III
47
O município possui uma Equipe Estratégia Saúde da Família. A ESF viabiliza o
acolhimento da população, consulta médica, de enfermagem e atendimento domiciliar,
além de atividades coletivas externas relacionas à promoção da saúde.
A média de cobertura populacional de Ouro Verde do Oeste dos últimos 5 anos ficou
em 68,70% no que diz respeito aos ACS e, referente a ESF, a média ficou em 60,31%
devido ao aumento populacional decorrente de novos loteamentos, devido a facilidade de
moradia e custo de vida mais acessível neste município.
48
6. UNIDADE DE SAÚDE REFERÊNCIA PARA O NASF III
A Secretaria Municipal de Saúde de Ouro Verde do Oeste, conta com uma Unidade
Básica de Saúde – UBS, que serve de porta de entrada dos pacientes do município, após
o primeiro atendimento o paciente é encaminhado ao médico, após a consulta o mesmo sai
com a receita e passa pela farmácia, recebendo o medicamento o mesmo é dispensado.
Quando o médico suspeita de algo mais grave o paciente recebe solicitação de
encaminhamento, este paciente ou seu acompanhante dirige-se a central de Gestão em
Saúde do município, onde o Secretário Municipal de Saúde atua como intermediário entre
o doente e o Centro de Especialidade, este paciente segue para outro local para receber
os devidos atendimentos já que este município não comporta estes níveis de atendimento.
Há também os acompanhamentos das equipes de Estratégia Saúde da Família – ESF, com
atendimentos domiciliares. Dos profissionais da Secretaria de Saúde divididos em vários
segmentos trabalham em prol da saúde de todos os munícipes priorizando os trabalhos de
prevenção, no entanto quando há gravidade de alguns casos o paciente encaminhado
necessitando de leito ficará submetidos aos leitos do SUS.
O município conta com apoio diagnóstico laboratorial na sede, e os diagnósticos de
imagem são encaminhados aos municípios vizinhos (Toledo, Cascavel e Marechal Cândido
do Rondon). A referência para a implantação do NASF III, será o Centro de Saúde de Ouro
Verde do Oeste, inscrito no CNES sob o número 2779986, que também disponibiliza aos
munícipes serviços de: fisioterapia, odontologia, nutricionista, psicologia, consultas com
pediatria e médicos clínico geral além, de dois médicos do Programa Mais Médicos que
atendem na Estratégia Saúde da Família, consultas de enfermagens, vacinas, há também
os serviços de Vigilância Sanitária e Controle de Endemias, atendimentos da ouvidoria, já
os serviços de média e alta complexidade são encaminhados a outros pontos de atenção
com garantia de contra referência.
Sabe-se da importância do planejamento e gerenciamento no âmbito da saúde,
portanto, os funcionários da UBS participam de capacitações e cursos constantemente,
além de que o monitoramento e avaliação do cumprimento das metas elencadas pelas
equipes são apresentadas nas audiências públicas de prestação de contas, programação
anual de saúde, processo de tutoria no qual estamos em busca do selo bronze, também
são utilizados; PMAQ, Indicadores e metas, Apsus, como instrumentos no processo de
monitoramento e avaliação
49
A renda domiciliar per capita (2016) é na ordem de R$ 505,03 ficando bem abaixo
da média do Paraná que é de R$ 747,00. As atividades econômicas do município
empregam no setor aproximadamente 826 tipos de empregos (MTE/RAIS, 2015),
acolhendo em média 2.799 pessoas (IBGE), o setor que mais emprega é a agricultura,
pecuária, pesca e aquicultura, seguido da construção civil. Em relação ao Índice de
Desenvolvimento Humano - IDHM está em torno de 0,709 (IBGE – 2010), assemelhando a
média do Paraná que fica em torno de 0,747, no entanto a distribuição de renda (coeficiente
de Gení) está bem abaixo dos indicadores do Paraná que é de 0,5416, Ouro Verde do
Oeste apresenta um indicador de 0,4151. Segundo dados do IBGE – 2010 a taxa de
atividade maior da população está entre os 25 dados do diagnóstico social (2014), 4,4% da
população possuem renda per capita inferior a ½ salário mínimo. Quando o assunto
analisado foi famílias que possuem em seu grupo familiar idosos acima de 60 anos, este
índice subiu para 5,9%, baixando quando o quesito é famílias com pessoas com deficiência
em seu grupo familiar o indicador baixou para 2,8% de famílias com renda familiar per capta
inferior a ½ salário mínimo.
Hoje ainda encontramos grandes dificuldades de realizar ações que propiciem de
maneira integral a melhoria de qualidade de vida da população, ações estas, de prevenção,
promoção, recuperação, reabilitação e educação em saúde. Com base nestes dados, a
proposta de implantação do NASF III neste município vem propiciar o fortalecimento da
Atenção Primária à Saúde, através do apoio direto dos profissionais especializados em
várias áreas do saber, somado ao conhecimento da Equipe Saúde da Família – ESF. Os
problemas e as soluções passarão a ser divididos entre os profissionais, contribuindo para
qualificação da Atenção Primária, aumentando sua capacidade de resposta aos problemas
de saúde mais complexos.
Neste primeiro momento, o NASF III será composto por profissional de fisioterapia e
psicologia, um dos critérios adotados para se chegar a esta composição do NASF III, foi
que o município já conta com estes profissionais efetivados e lotados no quadro de
servidores da Secretaria Municipal de Saúde, mas trabalhando de forma isolada,
desintegrados do trabalho da Equipe Saúde da Família. Este apoio do NASF III, significa
colocar-se ao lado da ESF e ajudar no seu trabalho cotidiano, nas áreas do saber década
profissional, e com isso produzir mudanças em seus processos de trabalho.
50
7. UNIDADE DE SAÚDE REFERÊNCIA PARA O NASF III
Dentre os critérios de escolha dos profissionais para compor o NASF III estão:
Disponibilidade dentro do quadro efetivo de profissionais (fisioterapeuta e
psicólogo), lotados no quadro de servidores da Secretaria Municipal de
Saúde;
Perfil de profissionais compatíveis com a demanda local, com melhor
aproveitamento da mão de obra já disponível;
Integralização de forma multidisciplinar do apoio matricial desses profissionais
ao trabalho da Equipe da Saúde da Família, através da implantação do NASF
III.
ÁREA OCUPAÇÃO CARGA HORÁRIA
SEMANAL
Fisioterapia Fisioterapeuta 40 horas
Saúde Mental Psicólogo 40 horas
7.1 FORMA DE CONTRATAÇÃO DOS PROFISSIONAIS
A composição do profissional que comporá o NASF III, virá da escalação dentro do
próprio quadro de servidores da Secretaria de Saúde.
OCUPAÇÃO ÁREA DE
APOIO NOME DO
PROFISSIONAL FORMA DE
CONTRAÇÃO
Fisioterapeuta NASF III Franciele Gazola Concurso Público
Psicólogo NASF III Marcos Alessandro de
Souza Concurso Público
8. PRINCIPAIS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS PELOS PROFISSIONAIS E
PELA ESF NO NASF III
As atividades a serem desenvolvidas pelos profissionais da equipe no NASF III são
as seguintes:
51
QUADRO DE METAS DAS AÇÕES EM ÁREAS ESTRATÉGICAS
Área Estratégica Ações propostas para o NASF III Quantitativo das ações programadas por
ano
Reabilitação Profissional:
Fisioterapeuta
1 – Realizar diagnóstico, com levantamento
dos problemas de saúde que requeiram ações de prevenção de deficiências e das necessidades em termos de reabilitação, na área adstrita a ESF; 2 – Desenvolver ações de promoção e
proteção à saúde em conjunto com as ESF incluindo aspectos físicos e cuidados com a postura. 3 – Desenvolver ações para subsidiar o
trabalho da ESF no que diz respeito ao desenvolvimento neuropsicomotor normal da criança e os sinais de atraso.
4- Acolher os usuários que requeiram
cuidados de reabilitação motora, realizando orientações, atendimento, acompanhamento de acordo com a necessidade dos usuários e a capacidade instalada da ESF.
5 – Realizar ginástica laboral para os funcionários da Secretaria Municipal de Saúde deste município. 6- Realizar prescrição de órteses e próteses e atendimentos específicos realizados por outro nível de atenção à saúde. 7- Realizar exercícios de isostretching para correção postural, agrupar pessoas com dores crônicas, dores na coluna e desvios posturais.
01 – Ação: Visitas Domiciliares Período: Mensalmente Meta: Diagnosticar problemas de saúde que
requeiram necessidades em termo de reabilitação e prevenção de deficiências. 02 – Ação: Crianças e adolescentes em idade
escolar. Período: Trimestralmente Meta: Realizar palestras sobre correção e
cuidado postural. 03 – Ação: Suporte aos Agentes Comunitários
de Saúde – ACS Período: Mensalmente Meta: Capacitar, orientar e dar suporte as ações
dos Agentes Comunitários de Saúde sobre o atraso no desenvolvimento neuropsicomotor da criança. 04 – Ação: Suporte aos Agentes Comunitários
de Saúde – ACS Período: Mensalmente Meta: Capacitar, orientar e dar suporte as ações
dos Agentes Comunitários de Saúde no que diz respeito a orientar as pessoas com deficiências e cuidadores sobre manuseio, posicionamento e atividades da vida diária. 05- Ação: Ginástica Laboral realizada pelo
fisioterapeuta da Secretaria Municipal de Saúde. Período: diariamente Meta: Prevenir e diminuir as lesões causadas
por esforços repetitivos realizados durante a jornada de trabalho, melhorando a qualidade de
vida do trabalhador. 6- Ação: avaliação fisioterapêutica e prescrição
da órtese de acordo com a necessidade de cada paciente atendido no Centro de Saúde Período: diariamente Meta: prevenir ou corrigir deformidades ou melhorar a função das partes móveis do corpo 7- Ação: realizar exercícios posturais em
grupos de até 6 pacientes. Período: atendimento 2 vezes /semana Meta: diminuir quadros álgicos, melhor a
postura e a qualidade de vida dos pacientes.
Área Estratégica Ações propostas para o NASF III Quantitativo das ações programadas por
ano
52
Saúde Mental Profissional:
Psicólogo
1 – Realizar atividades clínicas pertinentes a
sua responsabilidade profissional; 2 – Apoiar a ESF na abordagem e no
processo de trabalho referente aos casos de transtornos mentais severos e persistentes, uso abusivo do álcool e outras drogas, pacientes egressos de internações psiquiátricas, pacientes atendidos no SIM/PR, tentativas de suicídio; Situações de violência intrafamiliar; 3 – Criar, em conjunto com a ESF,
estratégias para abordar problemas vinculados à violência e ao abuso de álcool, tabaco e outras drogas, visando a redução de danos e a melhoria da qualidade do cuidado dos grupos de maior vulnerabilidade; 4 – Desenvolver ações de mobilização de
recursos comunitários, buscando constituir espaços de reabilitação psicossocial na comunidade, como oficinas comunitárias, destacando a relevância da articulação intersetorial – conselhos tutelares, associações, grupos de autoajuda etc. 5 – Priorizar abordagens coletivas,
identificando os grupos estratégicos para que a atenção em saúde mental se desenvolva na unidade de saúde e em outros espaços na comunidade; 6 – Ampliar o vínculo com as famílias,
tomando-as como parceiras no tratamento e buscando constituir redes de apoio e integração. 7 – Estratificação de Risco em Saúde Mental.
1 – Ação: Grupos terapêuticos – autoajuda
(grupos abertos, composto por pacientes portadores de diabetes e hipertensão arterial de ambos os sexos, com duração aproximada de 60 minutos. Período: Semanalmente. Meta; Ampliar o autoconhecimento, o contato
com sentimento e a responsabilidade consigo mesmo, incluindo os aspectos referentes à doença. 2 – Ação: desenvolver ações de educação
continuada aos profissionais de saúde, ofertar apoio no matriciamento de casos de transtornos mentais severos e persistentes, uso abusivo do álcool e outras drogas, pacientes egressos de internações psiquiátricas, pacientes atendidos no SIM/PR, tentativas de suicídio; Situações de violência intrafamiliar; Meta: proporcionar espaço para discussão e elaboração de estratégia de atendimento a estes pacientes. Período: Mensal 2 – Ação: Grupos de gestantes (grupos abertos
com duração de aproximadamente 60 minutos) Período: Quinzenalmente e /ou mensalmente. Meta: Organizar a troca de experiências com
outras grávidas, redução da ansiedade e do medo em relação ao parto, reforçar a sua competência em cuidar do filho. 3 – Ação: Grupos da terceira idade (grupos
comunitários aberto, composto por pessoas a partir de 50 anos de idade de ambos os sexos com duração aproximada de 60 minutos) Período: mensal. Meta: Proporcionar um maior envolvimento
comunitário interativo, estimular a socialização, alívio de sentimentos de segurança e melhora na auto estima. 4 – Ação: Visita Domiciliar Período: Semanal Meta: Divulgar o trabalho, conhecer a realidade
das pessoas atendidas, prestar assistência psicológica a pessoas impossibilitadas de comparecer a Unidade de Saúde. 5 – Ação: Atendimento Individual Período: Semanalmente Meta: Psicoterapêutica
6- Ação: grupo de pais, composto pelos pais das crianças de até 12 anos atendidas no serviço de psicologia do município. Meta: instrumentalizar os pais/responsáveis no cuidado com a criança de acordo com a demanda apresentada. Período: quinzenal/ mensal.
53
8 – Cuidado com as puérperas
7- Ação: estratificar os pacientes com demandas de saúde mental de forma a promover o cuidado de acordo com o risco apresentado. 8- Ação: Grupos de gestantes (grupos abertos com duração de aproximadamente 60 minutos) de modo a organizar a troca de experiências
com outras grávidas, redução da ansiedade e do medo em relação ao parto, reforçar a sua competência em cuidar do filho. Promover junto as puérperas encontros mensais com temas que abordem importância da estimulação precoce e práticas educativas e de cuidado.
CRONOGRAMA SEMANAL
Profissionais Segunda -
feira Terça -feira
Quarta -feira
Quinta -feira
Sexta -feira
Fisioterapeuta
Ginástica Laboral e
Trabalho em grupo
“Correção Postural”
Ginástica Laboral
Ginástica Laboral e
Trabalho em grupo
“Correção Postural”
Ginástica Laboral
Ginástica Laboral e
Visita Domiciliar
Psicólogo Atendimento
Individual
Atendimento Individual/ações
coletivas (grupos de
idosos)
Atendimento Individual
Triagem de novos pacientes conforme demanda
Triagem de novos
pacientes conforme demanda
CRONOGRAMA QUINZENAL
Profissionais Segunda -
feira Terça -
feira Quarta -
feira Quinta -feira Sexta -feira
Fisioterapeuta - - - - -
Psicólogo Visitas
Domiciliares
Reunião de Equipe e
Planejamento
CRONOGRAMA MENSAL
Profissionais Segunda -feira
Terça -feira
Quarta -feira
Quinta -feira Sexta -feira
Fisioterapeuta -
-
Suporte aos ACSs
-
-
Psicólogo -
-
-
Ações Coletivas
Ações Coletivas
CRONOGRAMA TRIMESTRAL
54
Profissionais Segunda -
feira Terça -
feira Quarta -
feira Quinta -
feira Sexta -
feira
Fisioterapeuta - - - - Palestras
nas escolas
Psicólogo - - - - -
RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO PROJETO
NOMES CARGO/FUNÇÃO
Alexandre Janning Gestor
Amarildo Valentim Ribeiro Diretor do VIGIASUS
Aparecida da Costa O. de Góes Enfermeira ESF
Ivete De Martini V. Ribeiro Equipe Técnica/TSB
Franciele Gazola Fisioterapeuta
Marcos Alessandro de Souza Psicólogo
55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES). Março, 2019. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dados divulgados pela fonte, em 29 de agosto de 2018. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo 2010. Departamento de Informática do SUS- DATASUS, 2018. Secretaria de Saúde do Estado do Paraná - SESA-PR, 2018.Nenhuma entrada de índice remissivo foi encontrada.
56
PLANO MUNICIPAL DE TERRITORIALIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
– ESF
OURO VERDE DO OESTE/PR
2019
57
Prefeito de Ouro Verde do Oeste
Aldacir Domingos Pavan
Secretário Municipal de Saúde
Alexandre Janning
Chefe da Divisão de Programas de Atendimento à Saúde
Aparecida da Costa Oliveira de Góes
Presidente do Conselho Municipal de Saúde
Admilton F. Consalter
Secretária Executiva do Conselho de Saúde
Ivete De Martini Valentim Ribeiro
Equipe Estratégia Saúde da Família – ESF
58
EQUIPE DE ELABORAÇÃO
Alexandre Janning
Amarildo Valentim Ribeiro
Aparecida da Costa Oliveira de Góes
Ivete De Martini Valentim Ribeiro
Equipe da Estratégia Saúde da Família – ESF:
Camila Stracieri;
Keila Michele;
Leila Maria;
Raquel Mello;
Samara Aline;
Sandra Regina;
Vilma Catarina.
59
RESUMO
A territorialização, preconizada pelo Sistema Único de Saúde, é um dos
pressupostos básicos da organização do processo de trabalho do Programa de Saúde da
Família. O reconhecimento do território da área adscrita à uma Unidade Básica de Saúde
é essencial para a caracterização da população e de seus problemas de saúde. Esse
conhecimento, que vai além de uma simples descrição de sua população e serviços de
saúde delimitados por famílias, é uma importante ferramenta de gestão no processo de
cuidado e construção de saúde coletiva. O objetivo deste trabalho foi propor um plano de
ação para reorganizar as equipes da Estratégia Saúde da Família, através da
reestruturação do processo de territorialização das áreas de cobertura da Unidade. Foi
sugerido um plano de ação elaborado através da estimativa rápida. Foi realizada revisão
bibliográfica de trabalhos sobre o tema para sustentação teórica. Conclui-se que conhecer
as condições de saúde e risco de uma comunidade são essenciais para posteriormente
planejar e programar ações em saúde e, consequentemente, melhorar o processo de
trabalho das suas equipes de saúde da família - ESF.
60
1. INTRODUÇÃO
Ouro Verde do Oeste é um município localizado na região Oeste do estado do
Paraná. A cidade possui limites geográficos com Toledo, São Pedro do Iguaçu, Marechal
Candido Rondon e São José das Palmeiras, A economia é baseada na pecuária, agricultura
e no comércio local. Segundo a estimativa do IBGE (2018), Ouro Verde do Oeste possui
cerca de 5.975 habitantes. A área total do município é de 293.197 km2, com uma densidade
populacional de 20,38 hab./km² e taxa de crescimento anual de 0,39%, (IBGE - 2010).
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) Municipal de Ouro Verde para o ano
2010 foi de 0,709. Ainda, o rendimento nominal médio mensal per capita dos domicílios
(total urbano e rural) é R$ 574,61 per capita. Segundo do Censo 2010, a taxa de
analfabetismo do município de Ouro Verde do Oeste de 15 anos a 19 anos é de 1,09%, de
20 a 24 anos 0,44% e de 25 a 29 anos 2,47% de 30 a 39 anos 3,70%. Ouro Verde do Oeste
conta com uma rede de saúde composta por uma Unidade Básica de Saúde - UBS.
A proximidade de Ouro Verde do Oeste com Toledo facilita o acesso do usuário a
Unidade de Pronto Atendimento – UPA, e a níveis de atenção de maior complexidade
mediante o Consórcio Intermunicipal de Saúde – CISCOPAR e atendimento de pacientes
de Urgência e Emergência - SAMU. Situada a Rua Colômbia, 221, a Estratégia Saúde da
Família - ESF funciona no piso superior da UBS em um espaço com cerca de 60,00m² de
área física, possuindo 2 consultórios médicos, 1 consultório de enfermagem com banheiro,
recepção adaptada na sala de acolhimento em conjunto com sala de reunião da equipe.
Na Estratégia Saúde da Família - ESF trabalham sete (7) agentes comunitários, uma
(1) Técnica de enfermagem, uma (1) enfermeira, uma (1) colaboradora da limpeza e dois
(2) médicos ligados ao Programa Mais Médicos.
Atualmente, a população adscrita à Estratégia Saúde da Família - ESF possui 3.068
habitantes, sendo 163 famílias, (535 pessoas), cobertas por plano de saúde e 679 famílias,
(2.241 pessoas), cobertas pelo Sistema Único de Saúde - SUS. Dos aspectos sociais
relevantes, não há área de invasão na região; 105 famílias são cadastradas no programa
Bolsa Família e 83 no Programa Leite das Crianças, apesar da maioria das ruas serem
pavimentadas, residências entre as ruas, São Domingos e Mauá são as que mais sofrem
com as chuvas e água de escoamento, a maioria das moradias são de tijolos, possuem
energia elétrica nos domicílios, com coleta urbana para o lixo e abastecimento de água feito
pela rede pública (SANEPAR), não possuindo rede de esgoto.
61
O número de domicílios, (urbano e rural) particular é de 2.008, e 02 coletivos na área
urbana, (IBGE, 2010), dentre as condições crônicas de saúde mais frequentes da
população de abrangência da Estratégia Saúde da Família - ESF, destacam-se: 535
pessoas (17,43%) hipertensas, 168 pessoas (0,54%) diabéticos, 60 pessoas (1.95%) com
problemas de saúde mental(esquizofrenia, epilepsia entre outros), 37 pessoas (1.20%)
asmáticas, 32 pessoas (1.04%) envolvidas com problemas de alcoolismo, 51 pessoas
(1.66%) acamados domiciliados, 62 pessoas (2.02%) com sintomas depressivos, 93
pessoas (3.03%) com problemas cardíacos, 23 pessoas (0.74%) com diagnóstico positivo
para câncer. No entanto, apenas uma pequena parte da agenda da equipe é destinada a
consultas referentes às ações planejadas de uma demanda estruturada e baseada nos
programas de puericultura, pré-natal, saúde mental, hipertensos e diabéticos e as visitas
domiciliares.
As condições agudas são o foco das atividades da UBS, e a agenda é reservada, na
sua grande maioria, o atendimento de demanda espontânea que visa a “medicalização dos
problemas” e a solicitação de exames. A equipe trabalha, portanto, com uma demanda
espontânea sobrecarregada que visa atender a uma população ainda fortemente
influenciada pela cultura curativa em saúde.
2. JUSTIFICATIVA
Foi considerado de extrema importância e urgência a elaboração de um programa
de intervenção que propusesse a coleta de dados através de observação de campo e
relatórios da Estratégia Saúde da Família e usuários (atores sociais) a fim de conhecer as
características locais das 7 micro áreas adscritas e, portanto, embasar a discussão e a
proposição de uma nova territorialização, diante da nova realidade da cidade, afim de
reestruturar a equipe de Saúde da Família da UBS e reestabelecer o seu atual processo de
trabalho em saúde.
Esse conhecimento, que vai além de uma simples descrição de sua população e
serviços de saúde delimitados por famílias, é uma importante ferramenta de gestão no
processo de cuidado e construção de saúde coletiva. Conhecer as condições de saúde e
risco de sua comunidade são essenciais para posteriormente planejar e programar ações
em saúde e, consequentemente, melhorar o processo de trabalho da equipe de saúde da
família.
62
Destaca-se que a Equipe de Saúde participou da análise dos problemas levantados
e consideraram que na área adscrita à Estratégia Saúde da Família – ESF, não existem
recursos humanos e materiais para se desenvolver esse Programa de Intervenção em toda
área urbana.
3. OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Reorganizar a equipe de Estratégia Saúde da Família da UBS, através da
reestruturação do processo de territorialização das áreas de cobertura da equipe.
Objetivos Específicos:
Delimitar a área de abrangência da Estratégia Saúde da Família – ESF, por meio da
coleta das características demográficas, epidemiológicas e sociais da população de
cada uma da 7 micro áreas;
Estruturar a Estratégia Saúde da Família – ESF, através da análise da demanda e
da oferta de serviço existente na unidade;
Trabalhar as diferenças do perfil demográfico de cada setor e como isso é fator
determinante no planejamento das ações em saúde;
Comparar a oferta de serviços de cada agente com base nos protocolos de
atendimentos preconizados pelo Ministério da Saúde - MS.
4. METODOLOGIA
Este trabalho se caracteriza em delimitar o território e propor um plano de ação de
territorialização entre os agentes da Estratégia Saúde da Família - ESF no Município de
Ouro Verde do Oeste. Foi realizado o diagnóstico situacional utilizando o método de
Estimativa Rápida por meio da observação da rotina da UBS, reuniões com a equipe
Estratégia Saúde da Família, algumas pessoas atendidas e lideranças da comunidade.
Para sustentação teórica, foram realizados levantamentos a partir do banco de dados do
IBGE, da base de dados municipal do SIAB, site eletrônico do DATASUS.
Foi realizada uma busca na literatura, utilizando sites de busca, como: Scientific
Electronic Library Online (Scielo), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da
63
Saúde (LILACS), Banco de Dados de Enfermagem (BDENF), edições do Ministério da
Saúde e outros. A busca foi guiada utilizando-se os seguintes descritores: diagnóstico
situacional em saúde, gestão em saúde, programa saúde da família, planejamento em
saúde e área de atuação profissional.
Por fim, as informações contidas nos artigos e os dados do diagnóstico situacional
serviram de base para o desenvolvimento do plano de ação. O trabalho foi baseado na
seleção e análise de publicações relativas ao tema. Para a elaboração do Plano de
Territorialização, foram utilizados os passos para elaboração de um plano de ação descritos
no Módulo de Planejamento e Avaliação das Ações de Saúde da Estratégia Saúde da
Família, descritos a seguir, sendo assim, os dados utilizados na realização do diagnóstico
situacional foram utilizados na construção do plano de ação, tendo como referência os dez
passos propostos no Módulo Planejamento e Avaliação das Ações de Saúde (CAMPOS;
FARIA; SANTOS,2010).
Primeiro passo: definição dos problemas (situação a ser resolvida por uma
sequência de ações a ser executada, para atingir um objetivo, onde a situação é o estado
inicial e o objeto é o estado final desejado);
Segundo passo: priorização dos problemas (avaliar a importância do problema, sua
urgência, capacidade de enfrentamento da equipe, numerar os problemas por ordem de
prioridade a partir do resultado da aplicação dos critérios);
Terceiro passo: descrição do problema selecionado (caracterização quanto a
dimensão do problema e sua quantificação);
Quarto passo: explicação do problema (causas do problema e qual a relação entre
elas);
Quinto passo: seleção dos “nós críticos” (causas mais importantes a serem
enfrentadas);
Sexto passo: desenho das operações (descrever as operações, identificar os
produtos e resultados, recursos necessários para a concretização das operações);
Sétimo passo: identificação dos nós críticos (identificar os recursos críticos que
devem ser consumidos em cada operação);
Oitavo passo: análise de viabilidade do plano (construção de meios de
transformação das motivações dos atores através de estratégias que busquem mobilizar,
sensibilizar, afim de mudar sua posição);
64
Nono passo: elaboração do plano operativo (designar os responsáveis por cada
operação e definir os prazos para a execução das operações);
Décimo passo: desenhar o modelo de gestão do plano de ação; discutir e definir o
processo de acompanhamento do plano e seus respectivos instrumentos.
5. REVISÃO DE LITERATURA
De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 1998, p.9), a Atenção Básica à
Saúde (ABS) constitui “um conjunto de ações, de caráter individual ou coletivo, situadas no
primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde, voltadas para a promoção da saúde, a
prevenção de agravos, o tratamento e a reabilitação”.
A implantação do Programa de Saúde da Família (PSF), proposto em 1994, foi um
marco na estratégia da atenção primária e, desde 1999, passou a ser considerada a
estratégia de reorientação no modelo assistencial dos sistemas municipais de saúde (PAIM,
2002).
Escorel et al.(2007) esclarece que esse novo modelo assistencial é baseado no
trabalho de equipes multiprofissionais (médico generalista, enfermeiro, auxiliar de
enfermagem e agente comunitário de saúde) e que assume o desenvolvimento da
estratégia em um território ou uma área de abrangência.
De acordo com MONKEN et al. (2007), a família corresponde ao menor nível de
atenção do PSF, seguido da micro áreas, área, segmento e município. Cada micro área é
formada por um conjunto de famílias de 450 a 750 habitantes e correspondem à unidade
operacional do Agente Comunitário de Saúde (ACS). Já a área do PSF é constituída por
um conjunto de micro áreas, nem sempre contígua, onde residem aproximadamente 2.400
a 4.500 pessoas ou 600 a1.000 famílias. Escorel et al. (2007) ressalta que a área de
abrangência do PSF deve conter uma população mais ou menos homogênea do ponto de
vista socioeconômico e epidemiológico.
Além disso, as áreas devem ser delimitadas por barreiras físicas e vias de acesso
da população à unidade de saúde. A territorialização, preconizada pelo SUS, é um dos
pressupostos básicos da organização do processo de trabalho do PSF, e o reconhecimento
desse território é essencial para a caracterização da população e de seus problemas de
saúde (MONKEN et al.,2005).
65
No território que a equipe de saúde da família deve fazer uma observação
diagnóstica das condições de saúde da comunidade a fim de direcionar suas práticas de
atenção em saúde (ESCOREL, 2007; MONKEN et al.,2005).
A equipe de Saúde da Família deve conhecer as famílias do seu território de
abrangência, identificar os problemas de saúde e as situações de risco existentes naquela
comunidade, elaborar programas de atividades para enfrentar os determinantes do
processo saúde/doença identificados, desenvolver ações educativas e intersetoriais
relacionadas com os problemas de saúde e prestar assistência integral às famílias sob sua
responsabilidade no âmbito da atenção básica (BRASIL, 2006).
O território não deve ser pensando como um espaço finito e limitador das ações de
saúde, mas como espaço singular articulado a outros serviços de saúde dentro dos macros
setor saúde. Espera-se que um território definido aliados a diretriz de descentralização do
SUS tenha impacto positivo sobre a resolutividade e qualificação das ações em saúde em
razão da maior proximidade e conhecimento das necessidades da população (SOUZA,
2012).
A equipe de saúde assume a responsabilidade sanitária sobre aquela área
especifica, disponibilizando tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade que
são competentes a resolução dos problemas de saúde de maior frequência e relevância
dentro do território e, que extrapolam a esfera de intervenção curativa individual (SOUZA,
2012).
Permite um olhar que ultrapasse o rigor técnico das ações, aos quais reduzem o
sujeito pela objetivação da doença, inserindo o contexto, passando pelas questões
subjetivas da população e considerando os aspectos econômicos, culturais e sociais
(SOUZA, 2012).
A territorialidade orienta as ações em saúde a partir dos conceitos de integralidade
e desinstitucionalização à medida que desloca as ações para o contexto social dos
usuários, em sua existência concreta, na complexidade do contexto devida, além dos limites
físicos da unidade de saúde e suas organizações pouco maleáveis.
Portanto torna o território um princípio organizador das práticas de cuidado sob o
pressuposto ético além de ser um princípio técnico (LEMKE; SILVA, 2013).
A integralidade tornando-se operadora conceitual que amplia a percepção além dos
sistemas fisiológicos em direção à complexidade movente do território, assim assumindo-o
como pressuposto ético nas ações de saúde, lançando mão de tecnologias de cuidado que
66
tem operado utilizando o deslocamento pelos territórios de vida dos usuários (LEMKE;
SILVA, 2013).
A territorialização garante a continuidade e longitudinalidade do cuidado, fortalecidos
pelo vínculo e responsabilização entre a equipe e a população adscrita (SOUZA, 2012).
A compreensão do território vai, portanto, além das concepções de áreas
geográficas. No diagnóstico territorial são relevantes dados epidemiológicos e
sociodemográficos da população adscrita, bem como os problemas de saúde mais comuns
enfrentados e riscos ocupacionais e habitacionais a que estão expostos e, o conhecimento
do leque de ofertas de serviços existentes e o acesso da população a esses serviços.
Através da territorialização é possível organizar o planejamento que irá direcionar as ações
dos profissionais das equipes de saúde da família (MONKEN et al.,2005).
6. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
O plano de intervenção proposto será realizado na Unidade Básica de Saúde de
Ouro Verde do Oeste – Paraná, situada a Rua Colômbia, 221. A ESF em questão oferece
atendimento em 7 micro áreas descritas abaixo:
MICRO ÁREA 01
Cor Azul Escuro – Leila Maria (Rua Alaska até a rua Filadélfia, da Avenida Estados
Unidos até avenida Brasil)
67
ASPECTOS DEMOGRÁFICOS:
635 pessoas.
223 domicílios.
FAIXA ETÁRIA MULHER HOMEM TOTAL
0 a 10 anos 29 31 60
11 a 24 anos 58 66 124
25 a 34 anos 41 37 78
35 a 44 anos 49 48 97
45 a 54 anos 45 43 88
55 a 64 anos 48 35 83
65 a 74 anos 30 35 65
Mais de 75 anos 18 22 40
TOTAL 317 318 635
ASPECTOS INSTITUCIONAIS
68
A população do micro área 01 precisa se deslocar até a micro área 06 para ter acesso
ao atendimento no Centro de Saúde que está situado na rua Colômbia número 221, centro
de Ouro Verde do Oeste e até a micro área 02 para ter acesso as escolas e CEMEI.
ASPECTOS SOCIECONÔMICOS
Alguns dos moradores da micro área 01 possuem meios de transportes sendo,
veículos, motocicletas ou bicicleta, mas fazem uso do transporte intermunicipal para se
deslocar para o trabalho nos municípios vizinhos.
População em idade escolar: 21,25%;
População analfabeta: 2,99%;
População com ensino superior: 6,29%;
População alfabetizada:38,89%;
Sem informação nos cadastros: 30,55%;
100%da população possui Água encanada até o domicilio, luz elétrica, coleta do lixo,
98,8% Asfalto e uma rua com pedra irregular.
Essa micro área é composta por (17,16%), são idosos / aposentados, (16,53%)
trabalham dentro do município, (11,96%) trabalham nos municípios ao redor, (2,36%) são
funcionários públicos, (51,96%) sem informação.
ASPECTOS EPIDEMIOLOGICO
91,33% da população do micro área 01 utilizam o SUS –Sistema Único de Saúde e
8,66% possuem plano de saúde.
MORBIDADE
MICRO ÁREA
HIPERTENSAO ARTERIAL
CARDIACO DIABETES DEPRESSÃO CANCER
1 85 /13,38% 9 /1,41% 28 /4,40% 11/ 1,73% 4/0,62%
MORTALIDADE POR FAIXA ETARIA entre 2018 e 2019
1 homem 81 anos cid: I248;
1 mulher 79 anos cid: E 149;
1 mulher 85 anos cid: j 440;
1 homem 85 anos cid.: e 149.
69
MICRO ÁREA 02
Cor Rosa – Vilma Catarina (Rua São Paulo até o prolongamento da rua Manaus, da
rua Rio Grande do Sul até a rua Goiânia)
ASPECTOS DEMOGRÁFICOS
445 pessoas;
158 domicílios.
FAIXA ETÁRIA MULHER HOMEM TOTAL
0 a 10 anos 38 /8,5% 25 /5,6% 63
11 a 24 anos 57 /12,8% 55 /6,2% 112
25 a 34 anos 31 /6,9% 28 /5,8% 59
35 a 44 anos 40 /9,2% 33 /4,2% 73
45 a 54 anos 28 /6,2% 26 /5,8% 69
55 a 64 anos 22 /4,9% 19 /4,2% 51
65 a 74 anos 12 /2,6% 14 /3,1% 26
Mais de 75 anos 09 /2,2% 08 /1,7% 17
TOTAL 237 /53,2% 208 /46,7% 445
70
ASPECTOS INSTITUCIONAIS
A população do micro área 02 precisa se deslocar até a micro área 06 para ter acesso
ao atendimento no Centro de Saúde que está situado na rua Colômbia nº 221, centro de
Ouro Verde do Oeste.
Escola Estadual Ouro Verde do Oeste, ensino fundamental e ensino médio, localiza-
se na rua São Paulo n°181, Escola Municipal Padre Arnaldo Janssen Educação Infantil e
Ensino Fundamental, localiza-se rua Washington n°214, C.E.M.E.I-Centro Municipal de
Educação Infantil Dedinho Verde rua Washington n°166, educação infantil, todas as
instituições de ensino do município se encontram no micro área 02.
Ginásio de esportes, rua Washington n°380.
Campo de futebol Socyet, rua Washington.
Parque de Rodeio, rua Goiânia. (Ponto de risco à noite)
Subestação da Copel, rua Washington.
Academia da terceira idade, rua Teresina e Campinho de futebol entre a rua Teresina
e rua Itália.
ASPECTOS SOCIECONÔMICOS
Salão de beleza /loja de presente, rua Washington n°2013.
Escritório de arquitetura, rua Teresina nº25.
Mercearia, rua Teresina nº1123.
Totalizando 0,8% da população que vive do comercio.
20% somam a porcentagem de pessoas que trabalham nos municípios vizinhos,
13,03% são aposentados, 5,8% são funcionários público da cidade de Ouro Verde do
Oeste, os demais são agricultores, diaristas, desempregados, não trabalham ou estão em
idade escolar.
Alguns dos moradores doa micro área 02 possuem meios de transportes, sendo
veículos ou motocicletas, mas fazem uso do transporte intermunicipal para se deslocar
para o trabalho nos municípios vizinhos.
População em idade escolar: 24,4%,
População analfabeta 4,4%,
População com ensino superior 10,5%,
População alfabetizada 38,5%.
71
100%da população possui: Agua encanada até o domicilio, luz elétrica, fossa
rudimentar, coleta do lixo, asfalto.
ASPECTOS EPIDEMIOLOGICO
83,3% da população do micro área 02 utilizam o SUS – Sistema Único de Saúde e
16,7% possuem plano de saúde.
MORBIDADE
MICRO ÁREA
HIPERTENSAO ARTERIAL
CARDIACO DIABETES DEPRESSÃO CANCER
02 74 / 16,6% 13 / 4,31% 26 / 5,8% 15 / 3,3% 05 / 1,1%
MORTALIDADE POR FAIXA ETARIA entre 2018 e 2019
Masculino 64 anos k746;
Masculino 34 anos c920;
Masculino 65 anos I619;
Masculino 36 anos x954;
Masculino 80 anos I694;
Masculino 70 anos J440.
MICRO ÁREA 03
Cor Verde – Samara Aline (Rua Filadélfia até a rua Cuiabá, da rua Washington até a
Avenida Belo Horizonte)
72
ASPECTOS DEMOGRÁFICOS
426 pessoas;
281 domicílios.
FAIXA ETÁRIA MULHER HOMEM TOTAL
0 a 10 anos 26 16 42
11 a 24 anos 39 45 84
25 a 34 anos 22 26 48
35 a 44 anos 23 17 40
45 a 54 anos 34 37 71
55 a 64 anos 36 21 57
65 a 74 anos 31 23 54
Mais de 75 anos 17 14 31
TOTAL 228 199 427
ASPECTOS INSTITUCIONAIS
A população do micro área 03 precisa se deslocar até a micro área 06 para ter
acesso ao centro de saúde, situado na rua Colômbia número 221, centro de Ouro Verde
do Oeste, precisa se deslocar até a micro área 02 para ter acesso as escolas e CEMEI.
73
A Casa Abrigo se encontra no micro área 03.
Contem 2 igrejas.
ASPECTOS SOCIECONÔMICOS
No micro área 03, trinta e sete pessoas são comerciantes sendo que trinta e três,
tem seu comercio na mesma área, dez pessoas são agricultoras (moram no micro área 03,
mas trabalham na agricultura.
Esse micro área e composta por (23,94%), são idosos / aposentados, (27,46 %)
trabalham dentro do município, (25,58%) trabalham nos municípios ao redor, (23,02%) são
crianças ou não trabalham.
100% da população tem acesso a luz, agua, todos os domicílios têm fossa
rudimentar, a grande maioria tem carro ou motocicleta, mas muitos usam o meio de
transporte intermunicipal para se descolar ao seu trabalho.
População em idade escolar: 14,31%;
População analfabeta: 2,64%;
População com ensino superior :20,89%;
População alfabetizada: 58,92%;
E 2,34% são crianças fora da idade escolar que ficam em casa com um adulto ou
responsável.
Ponto de risco: praça municipal (a noite) e uma casa na quadra 3-A.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
22,53% tem plano de saúde, mas usam a UBS para atendimento, e 77,46% usam
somente o SUS.
MORBIDADE
MICRO ÁREA
HIPERTENSAO ARTERIAL
CARDIACO DIABETES DEPRESSÃO CANCER
03 86 (28,57%) 13 (4,31%) 30 (9,96%) 10 (3,32%) 04
(1,32%)
MORTALIDADE POR FAIXA ETARIA ENTRE 2018 E 2019
74
1 mulher de 79 anos cid. C 519;
1 mulher de 74 anos cid. C 679;
1 homem de 87 anos cid. J 189;
1 mulher de 71 anos cid. E 141;
1 homem de 20 anos cid. V299;
1 mulher de 70 anos cid. I 248;
1 homem de 36 anos.
MICRO ÁREA 04
Cor Cinza – Raquel Mello (Rua Cuiabá até a rua Amapá, da rua Mauá até a Avenida
Belo Horizonte)
75
ASPECTOS DEMOGRÁFICOS
479 pessoas;
197 domicílios.
FAIXA ETÁRIA MULHER HOMEM TOTAL
0 a 10 anos 38 38 76
11 a 24 anos 37 43 80
25 a 34 anos 47 38 85
35 a 44 anos 34 34 68
45 a 54 anos 33 29 62
55 a 64 anos 22 22 44
65 a 74 anos 16 15 31
Mais de 75 anos 18 15 31
TOTAL 245 234 479
ASPECTOS INSTITUCIONAIS
76
A população do micro área 04 precisa se deslocar até a micro área 06 para ter acesso
ao Centro de Saúde, precisa se deslocar até a micro área 02 para ter acesso as escolas e
CEMEI.
Contem 2 igrejas, 12 comércios.
ASPECTOS SOCIECONÔMICOS
No micro área 04, quinze pessoas são comerciantes e quatro, não tem seu comercio
na mesma área; sete pessoas são agricultoras, tendo residência no município.
Esse micro área e composta por (20,66%), são idosos / aposentados, (8,7 %)
trabalham dentro do município, (14,8%) trabalham nos municípios ao redor, (34,6%) são
crianças ou não trabalham.
100% da população tem acesso a luz, (98,98%) agua encanada, todos os domicílios
têm fossa rudimentar, a grande maioria tem carro ou motocicleta, mas muitos usam o meio
de transporte intermunicipal para se descolar ao seu trabalho.
População em idade escolar: 26,9%;
População analfabeta: 7,0%;
População com ensino superior :5,2%;
População alfabetizada: 73,2%;
E 2,9% são crianças fora da idade escolar que ficam em casa com um adulto ou
responsável.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
18,5% tem plano de saúde, mas usam a UBS para atendimento básico, e 81,4%
usam somete o SUS.
MORBIDADE
MICRO ÁREA
HIPERTENSAO ARTERIAL
CARDIACO DIABETES DEPRESSÃO CANCER
04 94 (19,6%) 17(3,5%) 27 (5,63%) 10 (2,92%) 02
(0,41%)
MORTALIDADE POR FAIXA ETARIA ENTRE 2018 E 2019
77
1 mulher de 84 anos cid. K 550;
1 mulher de 61 anos cid;
1 homem de 63 anos cid. E 145;
1 homem de 82 anos cid. I 194;
1 homem de 79 anos cid. I 46;
1 mulher de 73 anos cid. k 769;
1 mulher de 63 anos cid. E 118;
1 homem de 82 anos cid. C 159;
1 homem de 48 anos cid.
MICRO ÁREA 05
Cor Vermelho – Camila Stracieri (Avenida Belo Horizonte até a Rua Mauá, da Rua
Acre até a Rua Cuiabá).
78
ASPECTOS DEMOGRÁFICOS
389 pessoas;
136 domicílios.
FAIXA ETÁRIA MULHER HOMEM TOTAL
0 a 10 anos 18 20 38
11 a 24 anos 30 35 65
25 a 34 anos 24 37 61
35 a 44 anos 25 29 54
45 a 54 anos 26 31 57
55 a 64 anos 32 28 60
65 a 74 anos 14 14 28
Mais de 75 anos 15 11 16
TOTAL 184 205 389
79
ASPECTOS INSTITUCIONAIS
A população do micro área 05 precisa se deslocar até a micro área 06 para ter acesso
ao atendimento no Centro de Saúde que está situado na rua Colômbia número 221, centro
de Ouro Verde do Oeste e até a micro área 02 para ter acesso as escolas e CEMEI.
ASPECTOS SOCIECONÔMICOS
Alguns dos moradores doa micro área 05 possuem meios de transportes, sendo
veículos, motocicletas ou bicicleta, mas fazem uso do transporte intermunicipal para se
deslocar para o trabalho nos municípios vizinhos.
População em idade escolar: 21,15%;
População analfabeta 4,8%;
População com ensino superior 2,3%;
População alfabetizada 60,4%;
100% da população possui: Agua encanada até o domicilio, Luz elétrica, Coleta do
lixo, Asfalto, mas o saneamento básico e bem escasso nas quadras 46 e 47.
Essa micro área e composta por (14,65%), são idosos / aposentados, (23,13%)
trabalham dentro do município, (18,76%) trabalham nos municípios ao redor, (17,22%) são
crianças ou não trabalham, (0,25%) são agricultores.
ASPECTOS EPIDEMIOLOGICO
75,5% da população do micro área 05 utilizam o SUS –Sistema Único de Saúde e
24,4% possuem plano de saúde.
MORBIDADE
MICRO ÁREA
HIPERTENSAO ARTERIAL
CARDIACO DIABETES DEPRESSÃO CANCER
02 66 /
16,9% 11/
2,8% 18/
4,6% 6/
1,5% 0
MORTALIDADE POR FAIXA ETARIA entre 2018 e 2019
1 mulher de 77 anos;
80
1 homem de 67 anos.
MICRO ÁREA 06
Cor Roxo – Sandra Regina (Rua Honduras até a Avenida Brasil, da Rua Salvador até
a Rua Acre)
ASPECTOS DEMOGRÁFICOS
360 pessoas;
240 domicílios.
FAIXA ETÁRIA MULHER HOMEM TOTAL
0 a 10 anos 25 29 54
11 a 24 anos 38 31 69
25 a 34 anos 27 23 50
35 a 44 anos 26 31 57
45 a 54 anos 27 15 42
55 a 64 anos 23 16 39
65 a 74 anos 19 12 31
81
Maio de 75 anos 12 6 18
TOTAL 197 163 360
A UBS se encontra nessa micro área, a odontologia se encontra em anexo a UBS a
população da micro área 06 precisa se deslocar até a micro área 02 para ter acesso as
escolas e CEMEI, o barracão de maquinas se encontra ao lado da UBS.
Contem 2 igrejas.
Essa micro área e composta por (18,5%), são idosos / aposentados, (9,16 %)
trabalham dentro do município, (22,5%) trabalham nos municípios ao redor, (11,06%) são
autônomos, (38,78%) são crianças ou não trabalham.
100% da população tem acesso a luz, agua, todos os domicílios têm fossa
rudimentar, a grande maioria tem carro ou motocicleta, mas muitos usam o meio de
transporte intermunicipal para se descolar ao seu trabalho.
No micro área 06 (28,61%) da população estão em idade escolar, (5%) da população
e analfabeta, (7,7%) tem o ensino superior completo, (58,69%) são alfabetizados.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
26,6% tem plano de saúde, mas usam a UBS para atendimento, e 73,33% usam
somete o SUS.
MORBIDADE
MICRO ÁREA
HIPERTENSAO ARTERIAL
CARDIACO DIABETES DEPRESSÃO CANCER
06 74
(20,55%) 7
(1,94%) 19
(5,27%) 05
(1,38%) 01
(0,27%)
1mulher de 88 anos cid. 1219;
1 mulher de 97 anos cid. r961o;
1 mulher de 77 anos cid;
1homen de 82 anos cid. f17.
82
MICRO ÁREA 07
Cor Azul Claro – Keila Michele (Rua Presidente Vargas até a Rua Cuiabá, da Rua
Washington até a Avenida Belo Horizonte, mais 2 quadras a esquerda.)
FAIXA ETÁRIA MULHER HOMEM TOTAL
0 a 10 anos 31 17 48
11 a 24 anos 39 43 82
25 a 34 anos 34 22 56
35 a 44 anos 26 25 51
45 a 54 anos 37 27 64
55 a 64 anos 24 22 46
65 a 74 anos 14 15 29
Maio de 75 anos 11 10 21
TOTAL 216 175 391
ASPECTOS INSTITUCIONAIS
A população do micro área 07 precisa se deslocar até a micro área 05 para ter acesso
ao centro de saúde, precisa se deslocar até a micro área 02 para ter acesso as escolas e
CEMEI.
O Cemitério Municipal e a Capela Mortuária encontram-se na micro área 07.
83
ASPECTOS SOCIECONÔMICOS
Na micro área 07, tem 40 estabelecimentos, tem lojas, supermercados, panificadora,
serraria, ferraria, salão de beleza, marcenaria, loja de materiais de construção, vidraçaria,
academia, entre outros, totalizando 30,53% tem seu comercio na mesma área em que
moram, 7 pessoas são agricultoras (moram no micro área 07, mas trabalham na
agricultura).
Essa micro área e composta por (14.83%), são idosos / aposentados, (47,31 %)
trabalham, (10,74%) optaram por não trabalhar, (2,55%) estão desempregados.
100% da população tem acesso a luz, água, todos os domicílios têm fossa
rudimentar, a grande maioria tem carro ou motocicleta, mas muitos usam o meio de
transporte intermunicipal para se descolar ao seu trabalho.
População em idade escolar: 28,61%;
População analfabeta: 4,60%;
População com ensino superior 6,25%;
População alfabetizada: 86,18%;
E 9,21% são crianças fora da idade escolar e que frequentam o CMEI, ou frequenta
o Pré Escolar.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
21,22% tem plano de saúde, mas usam a UBS para atendimento, e 78,77% usam
somente o SUS.
MORBIDADE
MICRO ÁREA
HIPERTENSAO ARTERIAL
CARDIACO DIABETES DEPRESSÃO CANCER
07 59 (15,08%) 11 (2,81%) 20 (5,11%) 5(1,27%) 0
MORTALIDADE POR FAIXA ETARIA ENTRE 2018 E 2019
1 mulher de 79 anos cid. F339;
1 mulher de 77 anos cid. I499;
1 homem de 38 anos cid. I219;
1 mulher de 37 anos cid. X994;
1 homem de 78 anos cid. I64;
84
1 homem de 77 anos cid. I64.
Os maiores problemas encontrados em ambas a micro áreas, foram diabéticos,
hipertensos e depressão para isso são estão sendo desenvolvidas algumas ações com
encontros mensais/ semanais, listadas abaixo:
Grupo Viver Mais (saúde mental);
Grupo Hiperdia (hipertensos e diabéticos);
Mobilidade.
MICRO
AREA
CASA ALUGAD
A
CASA PROPRI
A
APARTAMENTO
COMERCIO
INSTITUIÇÃO
IGREJA
TERRENO
BALDIO
01 45 178 0 7 1 2
02 15 143 01 4 5 0 01
03 49 160 20 33 3 3 5
04 59 134 03 13 04 03 66
05 9 127 06 23 0 02 38
06 35 139 02 18 0 02 25
07 18 113 10 30 02 0 54
Por meio do módulo de Planejamento e Avaliação em Saúde, será realizado uma
complementação do diagnóstico situacional inicial com o uso do método de estimativa
rápida e da seleção dos problemas relativos a UBS. Um dos principais problemas
identificados de imediato foi a falta de planejamento territorial desencadeando a
desorganização do processo de trabalho da equipe, contribuindo para a construção de um
ambiente desfavorável ao usuário, e comprometendo a qualidade de atuação dos
profissionais em uma Unidade enquadrada no contexto de Estratégia da Saúde da Família.
Diante do problema priorizado dentre tantos outros problemas foram identificados os
nós críticos:
Desconhecimento das diferentes características demográficas,
epidemiológicas e sociais das micro áreas não atendidas pela ESF;
É necessário elaborar o desenho das operações, porque é fundamental ao se
propor as soluções e estratégias para enfrentar o problema descrito (CAMPOS; FARIA;
SANTOS, 2010).
6.1 DESENHO DE OPERAÇÕES
85
No quadro 1, mostra as operações a serem desenvolvidas durante o plano de ação
que podem impactar de forma significativa na reestruturação do processo de
territorialização das áreas de cobertura da equipe e, na reorganização do seu processo de
trabalho.
Quadro 1 – Desenho das Operações
NÓ CRITICO OPERAÇÃO RESULTADO ESPERADO
PRODUTO ESPERADO
Desconhecimento das
características demográficas
epidemiológicas das micro áreas não atendidas
pela ESF
Levantamento das
características demográficas,
epidemiológicas e sociais da
população das micro áreas.
Delimitação da área de
abrangência da ESF
Reconstrução do diagnóstico
situacional da ESF
Carência de Recursos
Humanos para a ESF local.
Reunião com a equipe para
discutir as reais atribuições de
cada membro da equipe e
organização do processo de
trabalho, para otimizar os recursos humanos
existentes.
Organização do atendimento oferecido por
cada, membro da ESF, após análise do
atendimento oferecido pela
UBS a comunidade.
Organização e adequação do trabalho das
equipes e suas agendas.
6.2 RECURSOS HÍDRICOS
Os recursos críticos são aqueles indispensáveis para a realização de uma operação
e que estão disponíveis e, por isso, a equipe terá que analisa-los e utilizar estratégias para
a viabilidade do plano de ação (CAMPOS; FARIA; SANTOS 2010).
Quadro 2 – Programa Recursos Críticos
Delimitação de área Organizacional: Melhor nível de conhecimento da área de abrangência.
86
Político: Estratégia e mecanismos de enfrentamento dos problemas. Cognitivo: Conhecimento da área de abrangência.
Organização e cuidado Organizacional: Organização das equipes e suas agendas.
Efetivação
Político: Mobilização social frente aos problemas de saúde enfrentados pela comunidade e articulação intersetorial (ex. setores de saúde e educação). Financeiro: Aumento de recursos financeiros para a reestruturação de uma nova equipe de ESF e de seus serviços prestados à comunidade, ou restruturação da equipe já existente.
6.3 ANÁLISE DE VIABILIDADE
Os atores que controlam os recursos críticos devem ser identificados, o gestor do
programa deve verificar o nível de motivação de cada ator e a posição que ocupam dentro
do problema escolhido para então, definir operações/ações estratégicas capazes de
construir viabilidade do plano. Se o nível de motivação está baixo o gestor do projeto deve
criar estratégias para aumentar sua motivação. Há de se destacar que a motivação é
situacional, instável e sujeita a mudanças (CAMPOS; FARIA; SANTOS, 2010).
6.4 PLANO OPERATIVO
Quadro 3 – Plano Operativo
PROGRAMA RESULTADOS ESPERADOS
PRODUTOS ESPERADOS
AÇÃO ESTRATÉGICA
ATOR QUE CONTROLA
PRAZO
Delimitação de área
Delimitação de área de atuação da
ESF
Reconstrução do
diagnóstico situacional da
ESF
Discutir a prática local,
propor a restruturação do processo
de trabalho em saúde
ESF
Julho de
2019 a
janeiro de
2020
Organização e cuidado
Organização do
atendimento oferecido
pela equipe
Organização do trabalho da equipe e
suas agendas
Reestruturação do processo
de trabalho em saúde da ESF
ESF
Julho de
2019 a
janeiro
87
de ESF, após
atendimento da UBS
de 2020
6.5 PLANO DE GESTÃO
O plano de gestão será elaborado a fim de apontar os principais pontos de tensão
do problema e planejar ações para a reestruturação da equipe e de seus serviços prestados
à comunidade. O plano de gestão será estratégia fundamental para fornecer aos gestores
instrumentos de controle e avaliação das ações planejada e busca de parcerias.
Entre os problemas detectados, três se destacaram: desconhecimento das
diferentes características demográficas, epidemiológicas e sociais das micro áreas não
atendidas; carência de recursos humanos e infraestrutura para saúde local.
Entre as ações planejadas, estão a discussão da prática local; proposta de
reestruturação do processo de trabalho em saúde; apresentação de um programa que
proponha a reestruturação do processo de trabalho em saúde da ESF.
Objetiva-se, portanto, realizar a reconstrução do diagnóstico situacional da ESF;
organizar e adequar o trabalho da equipe e sua agenda; realizar reunião de equipe
(quinzenal) para avaliar e discutir os pontos positivos e negativos do atendimento;
Como consequência dessas ações, espera-se estabelecer a delimitação da área de
atuação da ESF; organizar o atendimento oferecido por cada agente da ESF após análise
do atendimento oferecido pela Unidade Básica de Saúde à sua comunidade; identificar as
necessidades de saúde da comunidade e tornar os usuários mais ativos no processo de
trabalho da ESF.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir desse programa de intervenção evidenciou que o conhecimento do território
vai além das concepções de áreas geográficas, sendo essencial para a caracterização da
população e de seus problemas de saúde e, na gestão do cuidado em saúde. Por meio da
territorialização é possível organizar o planejamento que irá direcionar as ações dos
profissionais da equipe de saúde da família. Será, portanto, realizada a reconstrução do
diagnóstico situacional da ESF, discussão prática da realidade local e apresentação de um
88
programa/projeto que proponha a reestruturação do processo de trabalho em saúde da
unidade, otimizando os recursos humanos disponíveis.
No diagnóstico situacional são relevantes dados epidemiológicos e
sociodemográficos da população adscrita, bem como os problemas de saúde mais comuns
enfrentados e riscos ocupacionais e habitacionais a que estão expostos e, o conhecimento
do leque de ofertas de serviços existentes e o acesso da população a esses serviços. A
percepção e participação dos atores sociais envolvidos será fundamental na análise dos
dados sendo trabalho dentro das bases articuladas pelo Ministério da Saúde.
89
REFERÊNCIAS
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estimativa populacional para 2013. Brasília: IBGE, 2011. Disponível em: http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/home. php. Acesso em: 27 jun.2014. BRASIL Manual para a organização da atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde; 1998. BRASIL. Ministério da Educação. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) -2009/2011. Brasília: MEC, 2019. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica. Documento-Base. Serie E. Brasília, 2012. BRASIL. Instituto de Pesquisa Aplicada (IPEA). Índice de Desenvolvimento Humano Municipal no Brasil. Brasília: IPEA, 2013. Caderno de Atenção Básica número 28 –Volume 2. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/. Acessado em 10 ago.2014. CAMPOS, F. C. C. de ; FARIA H. P. de; SANTOS, M. A. dos. Planejamento e Avaliação das Ações em Saúde. 2ed. Belo Horizonte: NESCON/UFMG, 2010. ESCOREL et al.O Programa de Saúde da Família e a construção de um novo modelo para a atenção básica no Brasil. Rev Panam Salud Publica/Pan Am J Public Health 21(2), 2007 LEMKE R.A.; SILVA R.A.N.. Itinerários de construção de uma lógica territorial do cuidado. Psicol. Soc.vol.25no.spe2Belo Horizonte,2013. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822013000600003. MONKEN, M; BARCELLOS C. O território na Promoção e Vigilância em Saúde. In: FONSECA, A.F.; CORBO, A.D.A., org. Território e o Processo Saúde-doença. Rio de Janeiro: Fiocruz/ESPJV, 2007. p.177-224. MONKEN M.; BARCELLOS C.. Vigilância em saúde e território utilizado: possibilidades teóricas e metodológicas. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(3):898-906, mai-jun, 2005. PAIM J.S. Descentralização das ações e serviços de saúde no Brasil e a renovação da proposta "Saúde para Todos". Portaria n.º 2.436, de 21 de setembro de 2017, Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html, acesso em 12 de julho de 2019.
90
Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Medicina Social; 2002. (Série Estudos em Saúde Coletiva, 175). SOUZA C.R.. Construção social da demanda em saúde. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Odontologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado em 2015-12-07, de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23148/tde-13042013-093405
ILUSTRAÇÃO 1
Área adstrita à ESF da Unidade Básica de Saúde
92
ANEXO 1
Resolução nº 009/2019 do Conselho Municipal de Saúde para aprovação do
Plano Municipal de Territorialização da ESF
93
ANEXO 2
Local de disposição do Mapa Territorial na Sala da equipe de ESF
Local de disposição do Mapa Territorial na recepção da Unidade Básica de
Saúde