programa de práticas oficinais - curso de contramestre

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CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO CONTRAMESTRE (Marinha Mercante) P P R R O O G G R R A A M M A A Componente de Formação Técnica Disciplina de P P r r á á t t i i c c a a s s O O f f i i c c i i n n a a i i s s Escolas Proponentes / Autores Instituto de Tecnologias Náuticas Comandante Bráulio Casimiro(Coordenador) Direcção-Geral de Formação Vocacional 2005

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Disciplina de CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO CONTRAMESTRE (Marinha Mercante) Direcção-Geral de Formação Vocacional 2005 E Es sc co ol la as s P Pr ro op po on ne en nt te es s / / A Au ut to or re es s I In ns st ti it tu ut to o d de e T Te ec cn no ol lo og gi ia as s N Ná áu ut ti ic ca as s C Co om ma an nd da an nt te e B Br rá áu ul li io o C Ca as si im mi ir ro o( (C Co oo or rd de en na ad do or r) )

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CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO

CONTRAMESTRE (Marinha Mercante)

PPRROOGGRRAAMMAA

Componente de Formação Técnica

Disciplina de

PPrrááttiiccaass OOffiicciinnaaiiss

EEssccoollaass PPrrooppoonneenntteess // AAuuttoorreess

IInnssttiittuuttoo ddee TTeeccnnoollooggiiaass NNááuuttiiccaass CCoommaannddaannttee BBrrááuulliioo CCaassiimmiirroo((CCoooorrddeennaaddoorr))

Direcção-Geral de Formação Vocacional 2005

Programa de PRÁTICAS OFICINAIS Cursos Profissionais

CONTRAMESTRE (Marinha Mercante)

1

Parte I

OOrrggâânniiccaa GGeerraall

ÍÍnnddiiccee:: PPáággiinnaa

1. Caracterização da Disciplina ……. ……. … 2

2. Visão Geral do Programa …………. …...... 2

3. Competências a Desenvolver. ………. …. 3

4. Orientações Metodológicas / Avaliação …. 4

5. Elenco Modular …….....………………........ 5

6. Bibliografia …………………. …………. …. 5

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CONTRAMESTRE (Marinha Mercante)

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1. Caracterização da Disciplina

A disciplina de Práticas Oficinais faz parte do plano curricular do curso de Contramestre (Marinha

Mercante), integrado na família profissional de mecânica.

Esta disciplina tem como finalidade, fornecer uma formação de base essencialmente prática, que,

em articulação com as disciplinas de Tecnologia e Processos e Tecnologias Marítimas, desempenha um

papel fundamental na formação do Contramestre (Marinha Mercante), devido às matérias leccionadas

visarem satisfazer os requisitos de certificação nacional e internacional.

Assim, as matérias que compõem os módulos leccionados nesta disciplina têm como objectivos

contribuir para capacitar o aluno para o desempenho das seguintes funções:

1) Até ao final do primeiro ano e meio (saída intercalar):

• Funções inerentes à categoria profissional de Ajudante de Maquinista (artigos 7º e 40º do Anexo III

do Decreto-Lei nº 280/2001, de 23 de Outubro, e Portaria nº 1509/2004, de 31 de Dezembro, a que

corresponde o CNP 8.1.6.2.15);

• Funções inerentes à categoria profissional de Marinheiro de 2ª Classe (artigos 7º e 18º do Anexo III

do Decreto-Lei nº 280/2001, de 23 de Outubro, e Portaria nº 1509/2004, de 31 de Dezembro, a que

corresponde o CNP 8.3.4.0.25);

• Funções inerentes à categoria profissional de Marinheiro-Maquinista (artigos 7º e 39º do Anexo III do

Decreto-Lei nº 280/2001, de 23 de Outubro, e Portaria 1509/2004, de 31 de Dezembro).

2) Até ao final do terceiro ano:

• Funções inerentes à categoria profissional de Contramestre (artigos 6º e 16º do Anexo III do

Decreto-Lei nº 280/2001, de 23 de Outubro, e Portaria nº 1509/2004, de 31 de Dezembro, a que

corresponde o CNP 8.3.4.0.20).

2. Visão Geral do Programa

O programa da disciplina cobre, através do seu elenco modular, um conjunto de temas e conceitos,

que proporcionarão ao aluno, tanto a nível da formação técnica geral como a nível da formação técnica

específica, os conhecimentos práticos exigidos para as categorias profissionais a que este Curso se

destina, utilizando os instrumentos e os procedimentos correctos, no respeito pelas normas de

protecção, higiene e segurança.

Deverá existir uma boa articulação entre as disciplinas de Práticas Oficinais, Tecnologia e Processos

e Tecnologias Marítimas, dado que os respectivos conteúdos estão interligados, podendo haver

trabalhos que são iniciados numa disciplina e concluídos noutra.

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Máquinas Marítimas

Marinharia

Serralharia

Manutenção do Convés

PRÁTICAS OFICINAIS

3. Competências a Desenvolver

No final da disciplina de Práticas Oficinais, em articulação com as disciplinas de Tecnologia e

Processos e Tecnologias Marítimas, o aluno deve estar apto a desenvolver as seguintes competências:

• Efectuar o abastecimento de água, combustível e óleos lubrificantes necessários ao funcionamento

dos sistemas inerentes ao serviço de máquinas e controlar os seus níveis de consumo;

• Abrir e fechar as válvulas dos tanques, de encanamentos vários e de fundo;

• Efectuar leituras periódicas do funcionamento da instalação propulsora e auxiliar;

• Reparar e substituir peças ou órgãos defeituosos nas máquinas, motores, sistemas mecânicos ou

outros, a partir de instruções recebidas;

• Assumir a responsabilidade pela conservação e movimentação dos sobressalentes e artigos de

consumo existentes nos paióis, bem como pela sua recepção e conferência;

• Governar o leme, a partir de instruções recebidas, de modo a que a embarcação prossiga o rumo pré-

estabalecido;

• Proceder à limpeza e conservação da ponte e do convés, lavando-o, raspando-o, pintando-o e

executando reparações simples;

• Preparar os porões no que se refere a esgotos, ralos e cavernas;

• Verificar, periodicamente, o estado dos botes e outros sistemas de salvamento, reparando-os sempre

que necessário, lança-os à água em caso de emergência, auxiliando o embarque de passageiros ou

improvisar outros sistemas de salvamento;

• Manobrar e manter em bom estado de funcionamento os molinetes, guinchos e outra aparelhagem;

• Participar nas operações de carga e descarga de mercadorias e na reparação dos espaços

reservados às mesmas, conduzindo, sempre que necessário, gruas para o seu transporte;

• Efectuar costuras em cabos metálicos, de fibra vegetal ou de outra natureza entrelaçando os fios de

modo a que fiquem unidos;

• Executar em corda diversas peças destinadas à protecção da embarcação ou dos passageiros;

• Efectuar sondagens de profundidade utilizando aparelhagem adequada;

• Governar pequenas embarcações à vela ou a motor, nomeadamente embarcações salva-vidas;

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• Movimentar e conservar as ferramentas e os materiais existentes no paiol da unidade mercante;

• Orientar e vigiar, entre outros, os trabalhos de limpeza e pintura, destinados à beneficiação e

reparação do convés, tendo em atenção a segurança dos marinheiros;

• Participar nas operações de carga e descarga do material recorrendo à utilização do aparelho de

carga sempre que necessário;

• Zelar pelo material a reparar e fazer as requisições necessárias ao bom funcionamento do paiol;

• Dirigir o trabalho de manobra do navio mantendo a disciplina e zelando pelo cumprimento das normas

de segurança;

• Largar ou suspender o ferro nas manobras de fundear;

• Verificar se os locais de trabalho, tais como paióis e porões, se encontram em boas condições de

arejamento e iluminação;

• Inspeccionar o material de salvamento, de incêndio e aparelhagem diversa do convés, a fim de

detectar deficiências e providenciar pelas reparações ou substituições adequadas;

• Verificar, regularmente, o tanque de víveres e proceder ao controlo de lastro líquido e ao

abastecimento e controlo do consumo de água doce para os serviços gerais;

• Providenciar por uma adequada alimentação do pessoal e pela sanidade dos alojamentos.

4. Orientações Metodológicas / Avaliação

A disciplina de Práticas Oficinais é constituída por um elenco modular que aborda temas

diversificados, os quais potenciam a aquisição de conhecimentos necessários e suficientes para o

exercício das funções inerentes às categorias profissionais de Ajudante de Maquinista, de Marinheiro de

2ª Classe, de Marinheiro-Maquinista e de Contramestre.

Caberá ao professor a escolha e a necessária adaptação das condições para o desenvolvimento e

cumprimento, de forma desejável, dos objectivos fundamentais desta disciplina. Como orientações

metodológicas sugerem-se os métodos: activo (apoiado em instrumento de suporte e trabalhos de

grupo), expositivo, interrogativo e a utilização de meios audiovisuais (filmes e/ou acetatos).

Quanto à avaliação, deverão ser aplicados os critérios aprovados na escola, sugerindo-se a avaliação

contínua combinada com uma avaliação periódica. Contudo no final de cada módulo deverá efectuar-se

uma avaliação sumativa que englobe toda a matéria ministrada.

De acordo com o Quadros A-II/4 e A-III/4 da Convenção STCW/95, os critérios de avaliação da

competência são os seguintes:

• As comunicações deverão ser claras e concisas, sendo solicitados ao oficial de quarto conselhos ou

esclarecimentos, sempre que a informação relevante para o serviço de quarto ou as instruções não

tiverem sido compreendidas;

• A condução entrega e rendição do quarto deverão ser efectuadas de acordo com os princípios e

procedimentos aprovados;

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• A avaliação do estado da caldeira deverá ser efectuada com rigor e baseada na informação relevante

disponível nos indicadores locais e remotos e em inspecções físicas;

• Os ajustamentos deverão ser efectuados a tempo e na sequência correcta, mantendo as condições

de segurança e o rendimento óptimo do equipamento;

• A acção inicial de resposta a uma situação de emergência ou anormal deverá ser efectuada de

acordo com as práticas e procedimentos em vigor;

• As comunicações deverão ser sempre claras, concisas e confirmadas sendo efectuadas com a

terminologia marítima correcta.

De acordo com os Quadros A-II/4 e A-III/4 da Convenção STCW/95, os métodos de demonstração da

competência deverão resultar da:

• Avaliação das provas obtidas a partir de testes práticos ou experiência de serviço aprovado no posto

de trabalho;

• Avaliação das provas obtidas a partir da demonstração e experiência de serviço no posto de trabalho.

5. Elenco Modular

Número Designação Duração de referência

(horas)

1 Serralharia de Bancada 25

2 Serralharia Mecânica 35

3 Máquinas Marítimas (Práticas) 35

4 Marinharia I 36

5 Marinharia II 36

6 Marinharia III 36

7 Manutenção do Convés (Práticas) 36 6. Bibliografia • Costa, Leonídio. Práticas do Metal - Formação Profissional. Plátano Editora.

• Costa, Leonídio. Tecnologia do Metal - Formação Profissional. Plátano Editora.

• Davim, J. P. Princípios de Maquinagem. Editora Almedina.

• Freire, J. M. Tecnologia do Corte. Livros Técnico e Científicos Editora S.A.

• Freire, J. M. Tecnologia Mecânica - Volumes I-II-III-IV. Livros Técnico e Científicos Editora S.A.

• Guia do Utilizador de Soldadura Manual. Edição Ar Líquido.

• Harrington, R. L. Marine Engineering. The Society of Naval Architects and Marine Engineers

• Kategurov, M. Marine Auxiliary Machinery and Systems. Peace Publishers, Moscow.

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• Normas, tabelas, ábacos e catálogos.

• Petrovsky, N. Marine Internal Combustion Engines. Mir Publishers, Moscow.

• Pinto Soares. AÇOS - Características e Tratamentos . Editora Livroluz.

• Quadro de faróis e de balões.

• Ramos, A. M. Máquinas Auxiliares - Volumes I-II. Escola Naval, Serviço de Publicações Escolares.

• Ramos, A. M. Nomenclatura e Funcionamento de Máquinas - Volumes I-II. Escola Naval, Serviço

de Publicações Escolares.

• Ruas, Manuel. Tecnologia Mecânica - Formação Profissional. Plátano Editora.

• Santos, J. F. O., Quintino, L. Processos de Soldadura. Edições Técnicas – ISQ.

• Silva, R. C. Arte Naval Moderna. Editorial da Marinha.

• Vazquez, J. G. Manual de Soldadura Eléctrica. Plátano Editora.

• William F. Smith. Princípios de Ciência e Engenharia dos Materiais.

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Parte II

MMóódduullooss

Índice: Página

Módulo 1 Serralharia de Bancada 8 Módulo 2 Serralharia Mecânica 11 Módulo 3 Máquinas Marítimas (Práticas) 13 Módulo 4 Marinharia I 15 Módulo 5 Marinharia II 17 Módulo 6 Marinharia III 20 Módulo 7 Manutenção do Convés (Práticas) 23

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MÓDULO 1

Duração de Referência: 25 horas

1. Apresentação

Este módulo visa desenvolver as capacidades do aluno na realização do trabalho em bancada com

recurso a ferramentas manuais ou a equipamentos mecânicos, eléctricos ou pneumáticos ligeiros. O

aluno adquirirá princípios de organização de trabalho, devendo interpretar correctamente um desenho,

seleccionar o método de execução mais adequado e utilizar eficientemente as ferramentas e/ou o

equipamento.

2. Objectivos de Aprendizagem

O aluno deverá:

• Interpretar correctamente um desenho técnico;

• Seleccionar o método de trabalho mais adequado para tirar o máximo rendimento e uma boa

qualidade do produto final;

• Identificar os diversos tipos de ferramentas.

• Aplicar os conhecimentos básicos e terminologia de:

• Ferramentas de fixação.

• Ferramentas de execução.

• Utilizar correctamente as ferramentas na traçagem;

• Utilizar correctamente os instrumentos de medição e verificação;

• Conhecer a terminologia e nomenclatura utilizada na serralharia de bancada;

• Seleccionar as ferramentas manuais adequadas ao trabalho a executar;

• Afiar correctamente as ferramentas de corte (escopro, buris, ferros de corte, brocas helicoidais,

etc.)

• Executar e ajustar peças;

• Efectuar operações de serragem manual;

• Efectuar operações de corte com escopro, buril, tesoura manual e tesoura de alavanca;

• Efectuar operações de furação e roscagem;

• Identificar os tipos e formas das roscas e caracterizar o processo e as regras a observar na

execução manual de roscas;

• Executar operações de dobragem, quinagem, calandragem, desempenagem e enformação por

martelagem;

• Conhecer processos de medição e verificação das roscas;

Serralharia de Bancada

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MÓDULO 1: Serralharia de Bancada

• Manusear correctamente os instrumentos de medição e verificação das roscas;

• Distinguir rosca métrica de rosca Inglesa;

• Identificar os diversos tipos de forjas e ferramentas, assim como saber forjar;

• Aplicar os principais tratamentos térmicos aos metais com o fim de modificar as suas

características;

• Efectuar operações de conservação e manutenção das ferramentas e equipamentos;

• Identificar e respeitar as normas de higiene e segurança.

3. Âmbito dos Conteúdos

1. DESBASTE E CORTE .1 - Limagem

.2 - Serragem manual

.3 - Corte com escopro e buril

.4 - Corte com tesoura manual

.5 - Corte com tesoura de alavanca

2. FURACÃO E ROSCAGEM .1 - Furacão com berbequim manual

.2 - Furacão com berbequim eléctrico

.3 - Roscagem manual

.4 - Mandrilagem manual

3. DOBRAGEM, QUINAGEM E CALANDRAGEM 4. DESEMPENAGEM E ENFORMAÇÃO POR MARTELAGEM 5. FORJAGEM 6. TRATAMENTOS

.1 - Generalidades

.2 - Térmicos

.1 - Ciclo de tratamento

.2 - Diagrama de equilíbrio e “Curvas TTT”

.3 - Constituintes estruturais

.4 - Influência dos elementos de liga nos pontos críticos

.5 - Tratamentos

.1 - Recozimento. Tipos. Processos

.2 - Têmpera

.3 - Revenido

.3 - Termoquímicos

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MÓDULO 1: Serralharia de Bancada

.1 - Cementação

.2 - Nitruração

.3 - Carbonitruração

.4 - Outros tratamentos

4. Bibliografia / Outros Recursos

• Costa, Leonídio. Tecnologia do Metal - Formação Profissional. Plátano Editora.

• Ruas, Manuel. Tecnologia Mecânica - Formação Profissional. Plátano Editora.

• Freire, J. M. Tecnologia Mecânica, Volumes I-II-III-IV. Livros Técnico e Científicos Editora S.A.

• Freire, J. M. Tecnologia do Corte. Livros Técnico e Científicos Editora S.A.

• William F. Smith. Princípios de Ciência e Engenharia dos Materiais.

• Pinto Soares. AÇOS - Características e Tratamentos . Editora Livroluz.

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MÓDULO 2

Duração de Referência: 35 horas

1. Apresentação

Neste módulo faz-se uma introdução aos trabalhos com máquinas ferramentas e de soldadura que

mais frequentemente necessitam de ser feitos a bordo dos navios.

2. Objectivos de Aprendizagem

O aluno deverá:

• Saber interpretar correctamente um desenho para aplicar o método de trabalho mais apropriado na

execução de peças;

• Saber utilizar correctamente as ferramentas utilizadas na traçagem;

• Saber utilizar correctamente os instrumentos de medição (directa e indirecta), verificação e

comparação;

• Executar operações de medição de peças;

• Executar operações de verificação e comparação de medidas;

• Saber utilizar correctamente o torno mecânico na execução de peças;

• Executar peças simples no torno mecânico, incluindo operações de facejamento e de abertura de

roscas;

• Saber utilizar correctamente os equipamentos de soldadura;

• Executar ligações simples de peças metálicas por soldadura oxiacetilénica;

• Executar ligações simples de peças metálicas por soldadura por arco eléctrico;

• Identificar e respeitar as normas de higiene e segurança.

3. Âmbito dos Conteúdos

1. METROLOGIA OFICINAL .1 - Preparação dos instrumentos e peças para medições

.2 - Medições, verificações e comparações

2. MÁQUINAS FERRAMENTAS .1 - Nomenclatura e funcionamento das principais máquinas ferramentas

.2 - Execução de peças em máquinas ferramentas

3. SOLDADURA E CORTE .1 - Soldadura oxiacetilénica

MÓDULO 2: Serralharia Mecânica

Serralharia Mecânica

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.2 - Soldadura por arco eléctrico

.3 - Execução de ligações por soldaduras

4. Bibliografia / Outros Recursos

• Freire, J. M. Tecnologia do Corte. Livros Técnicos e Científicos.

• Costa, L. Tecnologia do Metal - Formação Profissional. Plátano Editora.

• Ruas, M. Tecnologia Mecânica - Formação Profissional. Plátano Editora.

• Davim, J. P. Princípios de Maquinagem. Editora Almedina.

• Santos, J. F. O., Quintino, L. Processos de Soldadura. Edições Técnicas – ISQ.

• Vazquez, J. G. Manual de Soldadura Eléctrica. Plátano Editora.

• Guia do Utilizador de Soldadura Manual. Edição Ar Líquido.

• Costa, L. Práticas do Metal - Formação Profissional. Plátano Editora.

• Normas, tabelas, ábacos e catálogos.

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MÓDULO 3

Duração de Referência: 35 horas

1. Apresentação

Neste módulo faz-se uma identificação e caracterização geral das operações, de condução e de

manutenção das máquinas e sistemas existentes a bordo, em condições de segurança.

2. Objectivos de Aprendizagem

O aluno deverá:

• Saber interpretar correctamente um desenho para aplicar o método de trabalho mais apropriado;

• Saber utilizar correctamente os instrumentos de medição (directa e indirecta), verificação e

comparação;

• Executar medições, verificações e comparações de medidas de órgãos de máquinas;

• Executar descarbonizações de cilindros e de sobrealimentadores;

• Executar juntas e vedantes;

• Efectuar medições de êmbolos e camisas;

• Efectuar medições de folgas em aros e válvulas;

• Efectuar medições de flexões em veios de manivelas;

• Desmontar, limpar e montar ralos e filtros;

• Identificar e caracterizar os principais componentes das máquinas e sistemas auxiliares

normalmente existentes a bordo de um navio;

• Identificar e executar as operações inerentes à desmontagem, inspecção, beneficiação e

montagem de válvulas, bombas, compressores, centrifugadores, permutadores de calor e

instalações frigoríficas;

• Identificar e executar as acções inerentes ao arranque, funcionamento e paragem de bombas,

compressores, centrifugadores e instalações frigoríficas;

• Identificar as principais normas de condução das máquinas marítimas;

• Identificar e respeitar as normas de higiene e segurança.

3. Âmbito dos Conteúdos

1. METROLOGIA OFICINAL .1 - Preparação dos instrumentos e peças para efectuar medições

.2 - Medições, verificações e comparações

Máquinas Marítimas (Práticas)

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MÓDULO 3: Máquinas Marítimas (Práticas)

2. MÁQUINAS E SISTEMAS AUXILIARES .1 - Descarbonizações de cilindros

.2 - Descarbonizações de sobrealimentadores

.3 - Juntas e vedantes

.4 - Medições de êmbolos e camisas

.5 - Medição de folgas

3. MÁQUINAS E SISTEMAS AUXILIARES .1 - Válvulas

.2 - Filtros e ralos

.3 - Bombas

.4 - Compressores

.5 - Centrifugadores

.6 - Permutadores de calor

.7 - Instalações frigoríficas

4. PRINCIPAIS NORMAS DE CONDUÇÃO DE MÁQUINAS MARÍTIMAS

4. Bibliografia / Outros Recursos

• Harrington, R. L. Marine Engineering. The Society of Naval Architects and Marine Engineers

• Ramos, A. M. Nomenclatura e Funcionamento de Máquinas - Volumes I-II. Escola Naval,

Serviço de Publicações Escolares.

• Petrovsky, N. Marine Internal Combustion Engines. Mir Publishers, Moscow.

• Ramos, A. M. Máquinas Auxiliares - Volumes I-II. Escola Naval, Serviço de Publicações

Escolares.

• Kategurov, M. Marine Auxiliary Machinery and Systems. Peace Publishers, Moscow.

• Normas, tabelas, ábacos e catálogos.

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MÓDULO 4

Duração de Referência: 36 horas

1. Apresentação

Neste módulo faz-se uma identificação e caracterização geral da arte de marinheiro, incluindo as

operações com cabos de massa (fibras naturais e sintéticas).

2. Objectivos de Aprendizagem

O aluno deverá:

• Conhecer a fraseologia e terminologia utilizada a bordo dos navios;

• Identificar e caracterizar a arte de marinheiro;

• Identificar e caracterizar os utensílios (ferramentas) utilizadas em marinharia;

• Identificar os diversos tipos de cabos, linhas e fios, incluindo o seu material de construção,

conservação, torções e medição da sua bitola (diâmetro);

• Identificar os tipos, propriedades e madres dos cabos de fibra;

• Executar os diversos nós mais utilizados a bordo dos navios e reconhecer em que circunstâncias

se consideram mais apropriados;

• Executar uma costura de forma a unir dois cabos pelos chicotes;

• Executar o remate no chicote da boça de uma embarcação;

• Executar um contrapeso que facilite a passagem de cabos, na manobra de atracação;

• Executar correctamente as voltas mais utilizadas a bordo e reconhecer como o trabalho fica

facilitado. Entender a facilidade no seu desfazer assim como as suas resistências;

• Executar emendas em cabos de fibra;

• Executar uma alça no chicote de um cabo e entender o porquê da utilização do nó em substituição

da costura;

• Executar costuras de mão (mãozinhas) em cabos de fibra de 3 cordões;

• Executar coxins em cabos de fibra;

• Executar balões em cabos de fibra;

• Identificar e caracterizar os principais equipamentos do convés de um navio;

• Identificar as principais rotinas de marinharia;

• Identificar e respeitar as normas de higiene e segurança.

Marinharia I

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MÓDULO 4: Marinharia I

3. Âmbito dos Conteúdos

1. ARTE DE MARINHEIRO 2. UTENSÍLIOS (FERRAMENTAS) DE MARINHARIA 3. CABOS DE MASSA E DE POLIETILENO

.1 - Tipos

.2 - Propriedades

.3 - Madres

4. OPERAÇÕES COM CABOS DE FIBRA (NATURAIS E SINTÉTICAS) .1 - Nós

.2 - Estropos

.3 - Pinhas

.4 - Emendas

.5 - Costuras de mão (mãozinhas)

.6 - Coxins

.7 - Balões

5. EQUIPAMENTOS DO CONVÉS 6. ROTINAS DE MARINHARIA

4. Bibliografia / Outros Recursos

• Silva, R. C. Arte Naval Moderna. Editorial da Marinha.

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MÓDULO 5

Duração de Referência: 36 horas

1. Apresentação

Neste módulo faz-se uma identificação e caracterização da arte de marinheiro, incluindo as

operações com cabos de fibras (naturais e sintéticas), ao nível da qualificação necessária para a

promoção à categoria de contramestre.

2. Objectivos de Aprendizagem

O aluno deverá:

• Identificar e caracterizar a arte de marinheiro;

• Identificar os diversos tipos de cabos, linhas e fios, incluindo o seu material de construção,

conservação, torções e medição da sua bitola (diâmetro);

• Identificar os tipos e as propriedades de flexibilidade, resistência, duração e conservação dos

cabos de massa;

• Identificar as diversas operações com cabos de massa;

• Executar os diversos nós mais utilizados a bordo dos navios e reconhecer em que circunstâncias

se consideram mais apropriados;

• Executar correctamente as voltas mais utilizadas a bordo e reconhecer como o trabalho fica

facilitado. Entender a facilidade no seu desfazer assim como as suas resistências;

• Executar os diferentes tipos de falcassas e reconhecer a necessidade das mesmas;

• Executar uma alça num chicote e reconhecer o porquê da sua utilização;

• Executar uma costura de forma a unir dois cabos pelos chicotes;

• Executar através de uma costura uma emenda de dois cabos polietileno;

• Executar uma alça no chicote de um cabo, tendo a noção de que o sapatilho a protege do desgaste

por atrito;

• Distinguir os dois tipos de sapatilho (de bico e redondo);

• Executar uma costura de forma a unir dois cabos sem que estes aumentem de diâmetro;

• Executar o remate no chicote da boça de uma embarcação;

• Executar um contrapeso que facilite a passagem de cabos, na manobra de atracação;

• Executar pontos para unir dois cabos ou duas partes do mesmo cabo;

• Executar emendas em cabos de massa;

• Executar uma alça no chicote de um cabo e entender o porquê da utilização do nó em substituição

da costura;

Marinharia II

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MÓDULO 5: Marinharia II

• Executar costuras de mão (mãozinhas) em cabos de massa de 3 e de 4 cordões;

• Executar coxins em cabos de massa;

• Executar balões em cabos de massa;

• Identificar e caracterizar os principais equipamentos do convés;

• Identificar as principais rotinas de marinharia;

• Identificar e respeitar as normas de higiene e segurança.

3. Âmbito dos Conteúdos

1. ARTE DE MARINHEIRO 2. UTENSÍLIOS (FERRAMENTAS) DE MARINHARIA 3. CABOS DE FIBRAS (NATURAIS E SINTÉTICAS)

.1 - Tipos

.2 - Propriedades

.1 - Flexibilidade.

.2 - Resistência

.1 - Cargas de rotura

.2 - Carga de trabalho e coeficientes de segurança

.3 - Tabelas e fórmulas práticas

.4 - Comparação entre os diversos tipos de cabos

.3 - Duração

.4 - Conservação. Deterioração

3. OPERAÇÕES COM CABOS EM FIBRAS .1 - Nós

.2 - Voltas

.3 - Estropos

.4 - Falcassas

.5 - Pinhas

.6 - Embotijos

.7 - Botões

.8 - Emendas

.9 - Mãozinhas (costuras de mão)

.10 - Alinhavos

.11 - Pontos

.12 - Bocas de lobo

.13 - Coxins

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MÓDULO 5: Marinharia II

.14. Balões

4. ROTINAS DE MARINHARIA. BALDEAÇÃO DO CONVÉS

4. Bibliografia / Outros Recursos

• Silva, R. C. Arte Naval Moderna. Editorial da Marinha.

• Quadro de faróis e de balões.

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MÓDULO 6

Duração de Referência: 36 horas

1. Apresentação

Neste módulo faz-se uma identificação e caracterização da arte de marinheiro, incluindo as

operações com cabos de arame de aço, ao nível da qualificação necessária para a promoção à

categoria de contramestre.

2. Objectivos de Aprendizagem

O aluno deverá:

• Identificar os tipos e as propriedades de flexibilidade, resistência, duração e conservação dos

cabos de massa e de polietileno;

• Saber executar gachetas, estropos, balsos, cozeduras, unhões garrunchos redes e costuras em

cabos de arame de aço;

• Executar uma costura que una dois cabos de arame;

• Executar uma costura em cabo de aço com sapatilho de forma a este proteger o cabo de desgaste

por atrito;

• Executar através de uma costura uma alça no chicote de um cabo de arame;

• Reconhecer a utilização de paus de carga;

• Gornir os diversos aparelhos de força;

• Distinguir as diferenças de esforço a aplicar;

• Identificar a utilização dos diferentes aparelhos de força;

• Identificar as diferenças de esforço, entre aparelhos de força, para elevar o mesmo peso;

• Gornir a estrilheira singela;

• Colocar correctamente a trabalhar (pôr clara) uma talha furada;

• Executar as operações para forrar um cabo e entender a sua utilidade (protecção dos agentes da

natureza ou de acções mecânicas que podem deteriorar as características do cabo e afectar a sua

duração);

• Alcear uma peça de poleame;

• Operar os equipamentos de convés;

• Identificar e respeitar as normas de higiene e segurança.

Marinharia III

Programa de PRÁTICAS OFICINAIS Cursos Profissionais

CONTRAMESTRE (Marinha Mercante)

21

MÓDULO 6: Marinharia III

3. Âmbito dos Conteúdos

1. CABOS DE ARAME DE AÇO .1 - Tipos

.2 - Propriedades

.1 - Flexibilidade

.2 - Resistência

.1 - Cargas de rotura

.2 - Carga de trabalho e coeficientes de segurança

.3 - Tabelas e fórmulas práticas

.4 - Comparação entre os diversos tipos de cabos

.3 - Duração

.4 - Conservação

.1 - Deterioração

.2 - Corrosão

2. OPERAÇÕES COM CABOS DE ARAME .1 - Gachetas

.2 - Estropos

.3 - Balsos

.4 - Cozeduras

.5 - Unhões

.6 - Garrunchos

.7 - Redes

.8 - Costuras

3. EQUIPAMENTOS DO CONVÉS .1 - Paus de carga

.2 - Aparelhos de força

.3 - Amarras

.4 - Bóias e vaivém com bóia-calção

.5 - Baleeiras e sua palamenta

.6 - Balões

.7 - Escadas

.8 - Prumo de mão

.9 - Amarração

.1 - Operações com cabos de amarração e boças

.2 - Retenidas

4. OPERAÇÕES DE EQUIPAMENTOS DE CONVÉS

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CONTRAMESTRE (Marinha Mercante)

22

MÓDULO 6: Marinharia III

4. Bibliografia / Outros Recursos

• Silva, R. C. Arte Naval Moderna. Editorial da Marinha.

• Quadro de faróis e de balões.

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23

MÓDULO 7

Duração de Referência: 36 horas

1. Apresentação

Neste módulo faz-se uma identificação da caracterização, em termos práticos, das principais

acções de manutenção do convés a serem realizadas a bordo de um navio.

2. Objectivos de Aprendizagem

O aluno deverá:

• Identificar e caracterizar as operações de manutenção geral do navio;

• Identificar e saber executar as acções de manutenção do equipamento de combate a incêndios;

• Identificar e saber executar as acções de manutenção dos meios individuais e colectivos de

salvamento;

• Identificar e saber executar as acções de manutenção dos equipamentos de carga e do aparelho

fixo de laborar;

• Identificar e saber executar as acções de manutenção do material de estiva e de peação da carga;

• Identificar e saber executar as acções de manutenção dos equipamentos de fecho de abertura e

fecho de porões, cobertas e portas estanques;

• Saber executar correctamente as técnicas para evitar a corrosão;

• Saber aplicar correctamente tintas e vernizes;

• Executar diversos trabalhos de beneficiação e conservação das embarcações;

• Identificar e respeitar as normas de higiene e segurança.

3. Âmbito dos Conteúdos

1. MANUTENÇÃO GERAL DO NAVIO 2. MANUTENÇÃO DO EQUIPAMENTO DE COMBATE A INCÊNDIOS

.1 - Sistema de encanamentos polivalentes de combate a incêndios/baldeação

.2 - Mangueiras e agulhetas

.3 - Centrais de espuma e de dióxido de carbono

.4 - Garrafas de pó químico e de dióxido de carbono

.5 - Estações de serviço e canhões de combate a incêndios

.6 - Portas estanques

Manutenção do Convés (Práticas)

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MÓDULO 7: Manutenção do Convés (Práticas)

3. MANUTENÇÃO DOS MEIOS INDIVIDUAIS E COLECTIVOS DE SALVAMENTO .1 - Baleeiras e turcos .2 - Jangadas pneumáticas

.3 - Coletes e bóias de salvação

4. MANUTENÇÃO DO EQUIPAMENTO DE CARGA E DO APARELHO FIXO DE LABORAR .1 - Paus de carga e gruas

.2 - Guinchos e respectivos motores

.3 - Poleame surdo e de laborar

.4 - Aparelho fixo e de laborar

5. MANUTENÇÃO DO MATERIAL DE ESTIVA E PEAÇÃO DA CARGA 6. MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE ABERTURA E FECHO DE PORÕES, COBERTAS E PORTAS ESTANQUES 7. TÉCNICAS PARA EVITAR A CORROSÃO 8. APLICAÇÃO DE TINTAS E DE VERNIZES

4. Bibliografia / Outros Recursos

• Silva, R. C. Arte Naval Moderna. Editorial da Marinha.