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    ENSINO BSICO2. CICLO

    EDUCAO VISUAL E TECNOLGICA

    Educao Artstica e TecnolgicaEducao Visual e Tecnolgica

    ORGANIZAO CURRICULARE PROGRAMAS

    VOLUME I

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    1 - INTRODUCAO

    A abordagem integrada dos aspectos visuais e tecnolgicos dentro de

    uma rea pluridisciplinar de educao artstica e tecnolgica , de acordo com

    a Lei de Bases do Sistema Educativo, a soluo apresentada pela Proposta de

    Reorganizao dos Planos Curriculares para a formao esttica e tecnolgica

    ao nvel do 2 Ciclo do ensino bsico.

    Situada como ponte entre os 1 e 3 ciclos do ensino bsico, cabe

    Educao Visual e Tecnolgica estabelecer a transio entre os valores e as

    atitudes que se pretende promover ao longo de toda a escolaridade obrigatria.

    Assim, entre as exploraes plsticas e tcnicas difusas, atravs das

    experincias globalizantes do 1 ciclo e uma Educao Visual com

    preocupaes marcadamente estticas, ou uma Educao Tecnolgica com

    preocupaes marcadamente cientficas e tcnicas no 3 ciclo. Cabe

    Educao Visual e Tecnolgica promover a explorao integrada de problemas

    estticos, cientficos e tcnicos com vista ao desenvolvimento de competncias

    para a fruio, a criao e a interveno nos aspectos visuais e tecnolgicos do

    envolvimento.A Educao Visual e Tecnolgica promover, pois, a articulao dos

    aspectos histricos, fsicos, sociais, econmicos, de cada situao estudada,

    com a compreenso, a criao e a interveno nos domnios da tecnologia. E

    da esttica atravs de um processo integrado em que a reflexo sobre as

    operaes e a compreenso dos fenmenos so motores da criatividade.

    Tudo isto se vai desenvolver essencialmente a partir da aco onde

    fantasia e a liberdade de expresso, to importantes nesta fase etria, estosempre presentes.

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    Nesta perspectiva, a EDUCAO VISUAL E TECNOLGICA

    contribuir, conjuntamente com as outras disciplinas e reas curriculares, para:

    no plano da formao pessoal, A INTEGRAO DA SENSIBILIDADE, DOPENSAMENTO E DA ACO NUMA MESMA ATITUDE CRIADORA E

    CRITICA COMO BASE DE VERDADEIRA AUTONOMIA, e

    no plano da formao social, A ESTRUTURAAO DOS VALORES, DOS

    INTERESSES, DOS COMPORTAMENTOS INDIVIDUAIS, EM

    FUNO: DE UMA ATITUDE DE ABERTURA CRITICA,

    COMPREENSIVA E INTERVENIENTE, E DE UMA SOCIEDADE QUEDEMOCRATICAMENTE CONSTRI O FUTURO, PREZANDO,

    SIMULTANEAMENTE, AS EXPRESSES DO SEU PASSADO E AS

    DOS OUTROS POVOS, COMO MANIFESTAES DO PODER

    CRIADOR DA HUMANIDADE.

    A Educao Visual e Tecnolgica , portanto, uma disciplina

    inteiramente nova, que parte da realidade prtica para o conhecimento terico,numa perspectiva de integrao do trabalho manual e do trabalho intelectual, e

    que no pretende fazer formao artstica nem formao tcnica, porque se

    situa deliberadamente na interseco desses dois campos da actividade

    humana.

    Nessa interseco, explora a expresso, a resoluo de problemas e a

    relao dialctica indivduo/sociedade, em termos de avaliar e decidir para criar

    e fruir.

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    2 - FINALIDADES

    Desenvolver:

    A percepo.

    A sensibilidade esttica.

    A criatividade.

    A capacidade de comunicao.

    O sentido crtico.Aptides tcnicas e manuais.

    O entendimento do mundo tecnolgico.

    O sentido social.

    A capacidade de interveno.

    A capacidade de resolver problemas.

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    3 OBJECTIVOS GERAIS

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    4 CONTEDOS

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    5 ORIENTAO METODOLGICA

    Os objectivos propostos e a acelerao das transformaes que se

    operam na nossa sociedade levam a preferir uma pedagogia centrada nas

    atitudes a uma pedagogia excessivamente preocupada com os contedos, sem

    esquecer nem a importncia formativa destes nem a unidade que deve existir

    entre a aco formativa e o material informativo.

    Estando em causa a formao de cidados actuantes no seu

    envolvimento, a base de trabalho adequada a Educao Visual e Tecnolgica

    ser a PROSPECO DO MEIO.

    A prospeco do meio presta-se especialmente ao desenvolvimento de

    unidades de trabalho centradas em assuntos e problemas bem definidos e cujopoder motivador Ihes advm de fazerem parte do campo de interesses dos

    alunos e da sua experincia quotidiana.

    Em torno das situaes-problema detectadas pelos alunos, ou por eles

    sentida como relevante, desenvolver-se- um conjunto de actividades

    conducentes resoluo dos problemas enunciados ao nvel a que os alunos

    podem trat-Ios, atravs de um processo solicitador da aquisio dos

    contedos a dominar.A situao inicial dar a estes contedos e actividades um sentido real,

    integrador das novas aquisies, num saber colectivamente construdo e

    individualmente integrado.

    O mesmo problema pode ser tratado de diversos modos pelos vrios

    grupos de uma turma, ou pelas vrias turmas de um mesmo professor, por

    forma a que essas mltiplas abordagens proporcionem uma viso mais ampla

    e profunda da situao, uma soluo mais rica do problema.

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    Ter-se- sempre presente que o maior contributo que a escola poder

    dar formao dos alunos pelo menos neste grau de ensino , talvez,

    proporcionar-lhes a experincia do mundo que os envolve.

    Por isso, para garantir um leque de experincias suficientemente abertoe enriquecedor do repertrio vivencial dos alunos, prope-se que, ao longo de

    cada ano, sejam desenvolvidas unidades de trabalho distribudas por trs

    grandes campos: AMBIENTE, COMUNIDADE e EQUIPAMENTO.

    A PLANIFICAO de unidades de trabalho, como as que se propem,

    no pode constituir um quadro rgido, definido partida, para toda a aco a

    desenvolver.

    Ela dever, antes, estabelecer uma estrutura a revestir gradualmente, medida que o trabalho se vai desenrolando.

    Para organizar essa estrutura, o professor dever ter em conta os

    seguintes factores:

    o nvel etrio dos alunos, quer quanto aos conhecimentos prvios que

    podem mobilizar, quer quanto sua capacidade de sustentar o interesse

    por um mesmo assunto;

    os objectivos gerais relativamente a atitudes, valores, aptides econhecimentos;

    as reas de explorao;

    as circunstancias e recursos existentes na escola, ou fora dela, e que

    possam ser utilizados.

    medida que os problemas prticos a resolver se colocam e os

    interesses dos alunos se polarizam, definir-se-o, claramente, numa

    corresponsabilizao de professores e alunos:os objectivos do trabalho;

    os contedos a desenvolver;

    os recursos a utilizar.

    O tempo a atribuir a unidade de trabalho e a organizao dos grupos de

    alunos ter em conta todos estes factores e ainda os ritmos prprios de cada

    criana e o seu estdio de desenvolvimento.

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    Para cada unidade de trabalho o devera considerar-se um nmero

    reduzido de objectivos e contedos, susceptvel de enriquecimento por uma

    franja de outras contribuies que o prprio desenrolar da aco

    eventualmente suscitar.Em esquema, trata-se de uma planificao cujo rigor de organizao

    permita a flexibilidade necessria correcta insero de contedos em funo

    dos problemas a resolver.

    Mais do que acumular conhecimentos, interessa que o aluno

    compreenda a forma de chegar a estes conhecimentos; mais do que conhecer

    solues para vrios problemas, interessa o aluno interiorizar processos que

    lhe permitam resolver problemas.E nesse sentido que se orientam as prticas actuais em educao: a

    autoformao futura do aluno e a sua independncia na resoluo dos

    problemas.

    Assim, a prpria natureza da disciplina define a sua metodologia,

    centrada no processo de resoluo de problemas.

    Reflectindo sobre as actividades em que nos envolvemos para resolver

    um problema, podemos verificar que elas se desenrolam por fases, comdeterminada sequncia.

    Uma situao ou determinados factos podem revelar problemas. Um

    problema que motive os alunos faz despoletar a actividade para o resolver.

    Comeamos por tentar definir melhor o problema, investigando as

    limitaes e os recursos para a sua soluo. Imaginamos solues alternativas

    entre as quais seleccionamos, avaliamos, tendo como referncia para essa

    avaliao os dados recolhidos.Desenvolvermos a soluo escolhida e planeamos a forma de a realizar.

    Realizamo-la e testamos os resultados (que, por sua vez, podero

    levantar novos problemas). Os alunos mais novos, envolvidos na resoluo de

    um problema, interessam-se, sobretudo, pela soluo, pelo produto final. S a

    pouco e pouco, conforme vo amadurecendo, iro tomando conscincia do

    processo. E s mais tarde ainda conseguiro dissocia-lo do produto para

    analisar o processo isoladamente.

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    O professor deve acompanhar esta evoluo para ajudar os alunos a

    ascender a sucessivos nveis de desenvolvimento, sem forar nunca uma

    anlise antes que esse nvel de desenvolvimento o permita.

    As etapas do processo sero encaradas, porm, a qualquer nvel dedesenvolvimento, como referncias de um percurso til e nunca como passos

    obrigatrios.

    Daqui pode resultar:

    no 5 ano - unidades em que as vrias fases so pouco desenvolvidas,

    levando rapidamente as solues, atravs de um processo

    em que os contedos so abordados de forma genrica;no 6 ano - unidades em que algumas fases sero mais desenvolvidas,

    implicando no s o conhecimento de novos materiais e

    tcnicas mas, tambm, o seu aperfeioamento e o

    aprofundamento das suas razes cientficas.

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    6 AVALIAO

    A AVALIAO em Educao Visual e Tecnolgica continua, feita com

    base no desenrolar dos trabalhos e no em provas criadas exclusivamente

    para esse efeito.

    Tem como referncia as FINALIDADES e os OBJECTIVOS da disciplina

    e define-se segundo PARMETROS que seguidamente se apresentam por

    ordem crescente da dificuldade de aplicao:

    6.1 - Tcnicas:

    So objecto de avaliao as tcnicas utilizadas no desenvolvimento das

    unidades de trabalho e s essas.

    Neste campo, a avaliao feita em ordem a:

    domnio da tcnica;

    utilizao expressiva da tcnica.

    6.2 -Conceitos:

    So objecto de avaliao os conceitos aplicados no desenvolvimento

    das unidades de trabalho e s esses.

    Neste campo avalia-se:

    o processo de formao e de alargamento de conceitos;

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    a eficcia dos conceitos aplicados;

    a expresso verbal de conceitos na apreciao de objectos e do

    envolvimento.

    6.3 -Processo:

    O processo criativo avaliado tendo em conta:

    anlise das situaes;

    sensibilidade aos problemas;

    clareza na definio dos problemas;

    relevncia e quantidade dos dados recolhidos;eficcia na comunicao visual das ideias;

    diversidade de propostas alternativas;

    integrao do pensamento e da aco;

    fundamentao na escolha entre alternativas.

    6.4 -Percepo:Neste campo, avalia-se a sensibilidade, as qualidades do envolvimento,

    dos objectos e dos materiais:

    qualidades formais (interaces linha/cor/forma/textura/etc.);

    qualidades expressivas;

    qualidades fsicas.

    A sensibilidade observada atravs da realizao (representaes

    visuais, novas abjectos) e da verbalizao crtica fundamentada.

    6.5- Valores e atitudes:

    Os valores relevantes para a Educao Visual e Tecnolgica exprimem-

    se atravs de atitudes de:

    superao das obstculos na realizao de um projecto;

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    respeito pelas diferenas individuais;

    cuidado com segurana e a higiene no trabalho;

    organizao do plano de trabalho;

    contribuio para 0 trabalho de grupo;interveno na melhoria do envolvimento;

    autonomia no trabalho individual.

    reflexo sobre sentimentos, situaes e fenmenos.

    6.6- Expresso:

    Neste campo s tem lugar a AVALIAO FORMATIVA.

    Avalia-se a relao entre a inteno do sujeito que exprime e o produtode expresso.

    De acordo com o j referido na ORIENTAO METODOLGICA,

    haver incidncias especiais:

    5 ano - expresso, representao, alargamento da experincia

    (dos materiais, das tcnicas, do mundo vivido dos alunos), relacionamento

    entre causas e efeitos;

    6 ano conhecimento de novos materiais, aperfeioamento dastcnicas e aprofundamento das suas razes cientficas e metodolgicas.

    O LEVANTAMENTO DE DADOS PARA A AVALIAO far-se- atravs

    de:

    produtos tcnicos e de expresso (bi e tridimensionais);

    todos os materiais arquivados ao longo do processo: enunciados, dados

    (esboos. fotografias, esquemas, amostras, elementos verbais, etc.),

    alternativas, projectos;

    observao directa das operaes tcnicas;

    fichas de auto-avaliao.

    A CLASSIFICAO assentar, igualmente, neste conjunto de

    elementos, valorizando o processo e no apenas os produtos finais.

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