PROGRAMA DE DISCIPLINA - ippri.unesp.br · Categorias geográficas e cartografia para a análise do...
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Cátedra UNESCO de Educação do Campo
e Desenvolvimento Territorial
Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho
Organização
das Nações Unidas
para a Educação,
a Ciência e a Cultura
Praça da Sé, 108, 3º andar - salas 307 e 308 - Centro – São Paulo - SP - CEP 01001-900 Fone: (11) 3105-7052
PROGRAMA DE DISCIPLINA
Disciplina Código Categorias geográficas e cartografia para a
análise do território
Semestre Ano Letivo
2016
Área de Concentração
“Desenvolvimento Territorial”
Linha de Pesquisa: Ambiente, Saúde e Sustentabilidade;
Curso: MESTRADO
Número de créditos: 4 Carga Horária: 60 horas
Professores responsáveis:
Eduardo Paulon Girardi – Bernardo Mançano Fernandes - João Osvaldo Rodrigues Nunes – Carlos Alberto Feliciano – Raul Borges Guimarães – Janaina Francisca de Souza Campos Vinhas
DISCIPLINA OFERECIDA NOS DIAS: Horário:
Aulas teóricas: 25 Aulas práticas: 15 Atividades extraclasse: 20
EMENTA
Apreender as categorias geográficas e associá-las ao desenvolvimento territorial; estudar as teorias geográficas no contexto das teorias das ciências sociais; fornecer aos alunos bases teóricas, metodologias e instrumentais que possibilitem a compreensão do mapa como instrumento de pesquisa e parte constituinte do discurso sobre os territórios.
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Fundamentos e teorias da Geografia a. A história da Geografia; b. A construção das categorias e conceitos; c. superando dicotomias sociedade-natureza, sujeito-espaço
2. Fundamentos e teorias da cartografia a. A história da cartografia; b. Definições da cartografia e dos mapas; c. Teoria crítica do mapa.
3. Abordagens cartográficas: teorias, metodologias e a elaboração de mapas a. Semiologia gráfica; b. Visualização cartográfica; c. Modelização gráfica; d. Cartografia social participativa
4. A prática dos mapas: ferramentas de cartografia geográfica a. Elaboração e adaptação de bases cartográficas; b. Fontes, coleta e tratamento de informações; c. Philcarto (curso completo); d. Edição e publicação de mapas.
OBJETIVOS
O objetivo da disciplina é fornecer aos alunos os fundamentos teóricos para o conhecimento da produção das categorias geográficas e relacionar com as bases teóricas, metodologias e instrumentais que possibilitem a compreensão do mapa como instrumento de pesquisa e parte constituinte do discurso sobre os territórios. Para isso, serão utilizados textos que apresentam uma leitura crítica da cartografia e do mapa baseada na teoria social. Este nível de compreensão e aplicação do mapa será alcançado por meio da exploração das teorias e metodologias de quatro abordagens cartográficas: a semiologia gráfica, a visualização cartográfica, a modelização gráfica e a cartografia social
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participativa. Serão fornecidas aos alunos ferramentas para que possam produzir seus próprios mapas de acordo com seus objetivos e compreensões. A principal dessas ferramentas é o programa Philcarto, contemplado na disciplina com um curso completo. A cartografia social participativa será abordada a partir das teorias e do desenvolvimento de um exercício participativa com a comunidade de um assentamento rural.
METODOLOGIA
• Aulas expositivas; • Discussão dos textos; • Exercício de desconstrução de mapas; • Instrumental: bases de dados e bases cartográficas; • Curso de Philcarto.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Participação dos alunos nos debates de textos e temas escolhidos; • Desconstrução/análise de um artigo da revista M@ppemonde ou mapas da mapoteca
do Institut SciencesPo (grupo de até três alunos); • Produção de um trabalho final que utilize o mapa (e a teoria cartográfica) na análise de
um tema, preferencialmente ligado à pesquisa dos alunos.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
1. ACSELRAD, H. e COLI, L. R. Disputas territoriais e disputas cartográficas. In: ACSELRAD, H. (org.). Cartografias sociais e territórios. Rio de Janeiro: UFRJ/IPPUR, 2008. p.13-43.
2. ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DE BAIRRO NOVO, PENALVA, MARANHÃO. A nova cartografia social da Amazônia: quebradeiras de coco do Quilombo de Enseada da Mata – Maranhão. Penalva: [s.n.], 2007. Disponível em: <www.novacartografiasocial.com>.
3. BERTIN, J. Brève présentation de la graphique: diagrammes, réseaux, cartes. [S.l.: s.n.], 2001. Disponível em: <http://www.sciences-po.fr/cartographie/semio/graphique_bertin2001/>. Acesso em 15 jan. 2005.
4. _____. Sémiologie graphique: les diagrammes, les réseaux, les cartes. Paris: Gauthier-Villars,
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1973 [1962].
5. _____. A neográfica e o tratamento gráfico da informação. Curitiba: UFPR, 1986 [1977].
6. BLACK, J. Maps and politics. Chicago: The University of Chicago Press, 1997.
7. BRUNET, R. Le déchiffrement du monde: théorie et pratique de la géographie. Paris: Belin, 2001 [1990].
8. CAMPOS, M. D. Sulear VS. Nortear: representações e apropriações do espaço entre emoção, empiria e ideologia. In: SÉRIE DOCUMENTA. Ano VI, n.8. Rio de Janeiro: UFRJ, 1997. p.41-70.
9. CASTRO, I. E. et ali. Categorias, conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.
10. CRAMPTON, J. W. e KRYGIER, J. Uma introdução à cartografia crítica. In: ACSELRAD, H. (org.). Cartografias sociais e territórios. Rio de Janeiro: UFRJ/IPPUR, 2008.
11. FERNANDES, Bernardo Mançano. Construindo um estilo de pensamento na questão agrária:o debate paradigmático e o conhecimento geográfico. 2013 (Livre-Docência em Geografia) – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Campus de Presidente Prudente, Presidente Prudente.
12. FERRAS, R. Les modèles graphiques em Géographie. Paris: Economica, 1993.
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15. GRANELL-PÉREZ, M. Trabalhando Geografia com as cartas topográficas. 2.ed. Ijuí: Unijuí, 2004.
16. GRATALOUP, C. Modélisation spatial. Travaux de l’Institut de Géographie de Reims. n.95-6, v.24. Reims : ERIGUR, 1996. p.3-7;57-71.
17. HABEGGER, S. e MANCILA, I. La cartografía social en las prácticas contrahegemónicas o la cartografía social como estrategia para diagnosticar nuestro territorio. [S.l.]: Areaciega, 2006. Disponível em: <http://areaciega.net/index.php/plain/>.
18. HARLEY, J. B. A nova história da cartografia. In: UNESCO. O correio da UNESCO. Ano 19, n.8. Paris: UNESCO, 1991. p.4-9.
19. _____. Cartography, ethics and social theory. Cartographica. v.27, n.2. Toronto: University of Toronto Press, 1990. p.1-23.
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21. IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Noções básicas de Cartografia. Rio de Janeiro: IBGE, 1999.
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22. LACOSTE, Y. A Geografia – isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. 7.ed. Campinas: Papirus, 2003 [1985].
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26. MARTINELLI, M. Gráficos e mapas: construa-os você mesmo. São Paulo: Moderna, 1998.
27. _____. Os mapas da Geografia. In: XXI Congresso Brasileiro de Cartografia. 2005, Macaé. Anais do XXI Congresso Brasileiro de Cartografia. Macaé, 2005.
28. MONMONIER, M. S. How to lie with maps. 2.ed. Chicago: The University of Chicago Press, 1991.
29. RAFFESTIN, C. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993 [1980].
30. REVISTA MAPPEMONDE. Disponível em: <http://mappemonde.mgm.fr>
31. SANTOS, M. A natureza do espaço. São Paulo: Edusp, 2002 [1996].
32. SIVIGNON, M. Chorèmes: élements pour un débat. Herodote. Jan./mar., n.76. [S.l.: s.n.], 1995. p.93-109.
33. SLOCUM, T. A. Thematic cartography and visualization. New Jersey: Prentice-Hall, 1999.
34. THÉRY, H. Modelização gráfica para análise regional: um método. Revista GEOUSP. n.15. São Paulo, 2004. p.179-188.
35. _____. e MELLO, N. A. de. Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: Edusp, 2005.
36. WANIEZ, P. Philcarto. Bordeaux: [s.n.], 2008. Disponível em: <http://philcarto.free.fr/>.
37. INPE – INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS. SPRING 4.3.3. São José dos Campos: INPE, 2007. Disponível em: <http://www.dpi.inpe.br/spring/>.
38. TELLO, C. e GOROSTIAGA, J. M. El enfoque de la cartografía social para el análisis de debates obre políticas educativas. Práxis Educativa. V.4, n.2, Ponta Grossa, 2009. p.159-168.
Professor Responsável pela disciplina: Eduardo Paulon Girardi – Bernardo Mançano Fernandes - João Osvaldo Rodrigues Nunes – Carlos Alberto Feliciano – Raul Borges Guimarães – Janaina Francisca de Souza Campos Vinhas.
Disciplina APROVADA no Conselho do Curso de Pós-Graduação ____/____/____