Professor Pleno A SAÚDE DE NOSSOS FILHOS da Disciplina …
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Renata D. Waksm
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Cláudio Schvartsman
| Eduardo Juan Troster
| Sulim
Abramovici
Renata D. Waksman | Cláudio Schvartsman | Eduardo Juan Troster | Sulim Abramovici
A SA
ÚD
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OSSO
S FILHO
S
A SAÚDE DE NOSSOS FILHOS4ª EDIÇÃO
GRAVIDEZ E PRIMEIRA INFÂNCIA
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE 1 MÊS À 6 ANOS
CRESCIMENTO FÍSICO, ROTINA E QUESTÕES MAIS COMUNS
MARCOS DO DESENVOLVIMENTO E SINAIS DE ALERTA
SONO
ALIMENTAÇÃO, RECEITAS E CARDÁPIO
IMUNIZAÇÕES
SEGURANÇA
VIDA SAUDÁVEL
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO
ATIVIDADE FÍSICA/ESPORTES
SAÚDE ORAL
ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO E COMPORTAMENTO
CRIANÇAS EM SITUAÇÕES ESPECÍFICAS
ADOÇÃO
CÂNCER
DOENÇAS CRÔNICAS
CRIANÇA HOSPITALIZADA E OPERADA
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
BULLYING
Conteúdo deste volume
2
A SAÚDE DE
NOSSOS FILHOS
4ª EDIÇÃO
VOLUME
2 TUDO DE CRESCIMENTO MARCOS DO DESENVOLVIMENTO E ALTERAÇÕES
VIDA SAUDÁVEL
SITUAÇÕES ESPECÍFICAS ADOÇÃO CÂNCER VIOLÊNCIA BULLYING
SOBRE OS EDITORES
RENATA D. WAKSMAN
Doutora em Pediatria pela FMUSP. Médica Pediatra do Departamento Materno Infantil do Hospital Israelita Albert Einstein.
CLÁUDIO SCHVARTSMAN
Reitor da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein. Professor Livre Docente pela FMUSP.
EDUARDO JUAN TROSTER
Professor Pleno da Disciplina de Humanidades do Curso de Medicina da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein. Professor Livre Docente pela FMUSP.
SULIM ABRAMOVICI
Presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo. Médico Pediatra do Departamento Materno Infantil do Hospital Israelita Albert Einstein.
editora dosEditoresEe
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ISBN: 978-65-86098-34-1
9 7 8 6 5 8 6 0 9 8 3 4 1
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Sumário
Capítulo 1 – CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ......................................................................... 25
Coordenadores: Renata D. Waksman e Erica Santos
O BEBÊ DE 1 A 6 MESES
CRESCIMENTO FÍSICO, ROTINA E QUESTÕES MAIS COMUNS ....................................................................................................25
Laís Pereira Bueno Millan / Marcelo Bernasconi Daniel
MARCOS DO DESENVOLVIMENTO E SINAIS DE ALERTA .............................................................................................................28
Mariana F Granato / Luiz Guilherme A Florence
SONO ....................................................................................................................................................................................................30
Gustavo Antonio Moreira
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR .....................................................................................................................................................31
Renata D Waksman / Adalberto Stape
IMUNIZAÇÕES .....................................................................................................................................................................................32
Alfredo Elias Gilio
SEGURANÇA ........................................................................................................................................................................................33
Claudio Reingenheim / Renata D Waksman
O BEBÊ DE 6 A 12 MESES
CRESCIMENTO FÍSICO, ROTINA E QUESTÕES MAIS COMUNS ....................................................................................................34
Laís Pereira Bueno Millan / Marcelo B Daniel
MARCOS DO DESENVOLVIMENTO E SINAIS DE ALERTA .............................................................................................................37
Mariana F Granato / Luiz Guilherme A Florence
SONO ....................................................................................................................................................................................................38
Gustavo Antonio Moreira
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR .....................................................................................................................................................39
Renata D Waksman / Adalberto Stape
RECEITAS E CARDÁPIO ......................................................................................................................................................................42
Mirna Maria Dourado Gomes da Silva / Adalberto Stape / Ana Lúcia Salgado Potenza
IMUNIZAÇÕES .....................................................................................................................................................................................48
Alfredo Elias Gilio
SEGURANÇA ........................................................................................................................................................................................48
Claudio Reingenheim / Renata D Waksman
A CRIANÇA DE 1 A 2 ANOS
CRESCIMENTO FÍSICO, ROTINA E QUESTÕES MAIS COMUNS ....................................................................................................50
Laís Pereira Bueno Millan / Marcelo B Daniel
MARCOS DO DESENVOLVIMENTO E SINAIS DE ALERTA .............................................................................................................52
Mariana F Granato / Luiz Guilherme A Florence
SONO ....................................................................................................................................................................................................53
Gustavo Antonio Moreira
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR .....................................................................................................................................................55
Renata D Waksman / Adalberto Stape
RECEITAS E CARDÁPIO ......................................................................................................................................................................57
Mirna Maria Dourado Gomes da Silva / Adalberto Stape / Ana Lúcia Salgado Potenza
IMUNIZAÇÕES .....................................................................................................................................................................................63
Alfredo Elias Gilio
SEGURANÇA ........................................................................................................................................................................................63
Renata D Waksman / Claudio Reingenheim
A CRIANÇA DE 2 A 4 ANOS
CRESCIMENTO FÍSICO, ROTINA E QUESTÕES MAIS COMUNS ....................................................................................................64
Laís Pereira Bueno Millan /Marcelo B Daniel
MARCOS DO DESENVOLVIMENTO E SINAIS DE ALERTA .............................................................................................................68
Mariana F Granato / Luiz Guilherme A Florence
SONO ....................................................................................................................................................................................................68
Gustavo Antonio Moreira
ALIMENTAÇÃO.....................................................................................................................................................................................70
Renata D Waksman / Adalberto Stape
RECEITAS E CARDÁPIO ......................................................................................................................................................................72
Mirna Maria Dourado Gomes da Silva / Adalberto Stape / Ana Lúcia Salgado Potenza
IMUNIZAÇÕES .....................................................................................................................................................................................76
Alfredo Elias Gilio
SEGURANÇA DE 2 A 4 ANOS ...........................................................................................................................................................77
Renata D Waksman / Claudio Reingenheim
A CRIANÇA DE 4 A 6 ANOS
CRESCIMENTO FÍSICO, ROTINA E QUESTÕES MAIS COMUNS ....................................................................................................78
Laís Pereira Bueno Millan / Marcelo B Daniel
MARCOS DO DESENVOLVIMENTO E SINAIS DE ALERTA .............................................................................................................81
Mariana F Granato / Luiz Guilherme A Florence
SONO ....................................................................................................................................................................................................82
Gustavo Antonio Moreira
ALIMENTAÇÃO.....................................................................................................................................................................................83
Renata D Waksman / Adalberto Stape
IMUNIZAÇÕES .....................................................................................................................................................................................85
Alfredo Elias Gilio
SEGURANÇA ........................................................................................................................................................................................85
Renata D Waksman / Claudio Reingenheim
Capítulo 2 – VIDA SAUDÁVEL ............................................................................................................ 89
Coordenadora: Renata D. Waksman
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO
Coordenador: Adalberto Stape
REQUERIMENTOS NUTRICIONAIS E DE VITAMINAS .....................................................................................................................89
Mirna Maria Dourado Gomes da Silva / Adalberto Stape
DIETA PARA REDUZIR COLESTEROL E TRIGLICÉRIDES ...............................................................................................................96
Ana Lúcia Salgado Potenza / Adalberto Stape
DIETA PARA OBSTIPAÇÃO INTESTINAL ........................................................................................................................................101
Marcela Asanuma Odaira / Adalberto Stape
DIETA PARA DIARREIA ....................................................................................................................................................................108
Marcela Asanuma Odaira / Adalberto Stape
ALIMENTO ORGÂNICO......................................................................................................................................................................111
Mirna Maria Dourado Gomes da Silva / Adalberto Stape
ALIMENTO TRANSGÊNICO ..............................................................................................................................................................114
Cláudio Schvartsman / Thomaz Bittencourt Couto / Danilo Yamamoto Nanbu / Samuel Schvartsman – in memoriam
DIETA VEGETARIANA NA INFÂNCIA ..............................................................................................................................................117
Mirna Maria Dourado Gomes da Silva / Adalberto Stape
DIETA PARA REDUZIR PESO ..........................................................................................................................................................121
Ana Lúcia Salgado Potenza / Adalberto Stape
ATIVIDADE FÍSICA / ESPORTES
Coordenador: Amancio Ramalho Junior
ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTES DA CRIANÇA NA PRIMEIRA INFÂNCIA.................................................................................126
Mario Pozzi / Susana dos Reis Braga / Amancio Ramalho Junior
MEU FILHO NÃO QUER FAZER ATIVIDADE FÍSICA / ESPORTES ..............................................................................................130
Amancio Ramalho Júnior / Susana dos Reis Braga
ACIDENTES NOS ESPORTES ...........................................................................................................................................................132
Amancio Ramalho Júnior / Susana dos Reis Braga
SAÚDE ORAL ............................................................................................................................................... 137
Adriana Mazzoni
Capítulo 3 – DESENVOLVIMENTO, COMPORTAMENTO E DINÂMICAS FAMILIARES ...................... 147
Coordenadores: Erasmo B Casella e Sulim Abramovici
ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO E COMPORTAMENTO
Coordenadores: Mariana F. Granato e Luiz Guilherme A. Florence
FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL ....................................................................................................147
Saul Cypel
DÉFICIT DE ATENÇÃO / HIPERATIVIDADE .....................................................................................................................................151
Erasmo Barbante Casella
DIFICULDADE DE APRENDIZADO ...................................................................................................................................................155
Mariana F Granato
ATRASO DE FALA E LINGUAGEM ..................................................................................................................................................158
Sulene Pirana
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA .......................................................................................................................................163
Caio Borba Casella
DEPRESSÃO E ANSIEDADE NA INFÂNCIA ....................................................................................................................................167
Fábio Pinato Sato
Capítulo 4 – CRIANÇAS EM SITUAÇÕES ESPECÍFICAS ................................................................... 171
Coordenadores: Cláudio Schvartsman e Ana Claudia Brandão
ADOÇÃO
Marcia Podgornik Abramovici / Suzan Rak
O OLHAR MÉDICO E DOS PAIS COM A CRIANÇA ADOTADA .....................................................................................................175
Thomaz Bittencourt Couto / Monica Ellen Olsen Bittencourt Couto
CÂNCER ..............................................................................................................................................................................................179
Lilian Maria Cristofani / Vicente Odone Filho
DOENÇAS CRÔNICAS .......................................................................................................................................................................184
Denise Varella Katz
HOSPITALIZAÇÃO E A CRIANÇA QUE VAI SER OPERADA .........................................................................................................187
Graziela F. Teodoro Bomfim / Melina Blanco Amarins / Simone Brandi
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA CRIANÇAS ..............................................................................................................................190
Mário R Hirschheimer / Renata D Waksman
BULLYING OU VIOLÊNCIA ENTRE IGUAIS .....................................................................................................................................197
Renata D Waksman
CRIANÇAS EM SITUAÇÕES ESPECÍFICAS
175
Por lei, a adoção é irrevogável. Deve ficar bem claro aos interessados que, mesmo que tenham um filho natural, nada poderá alterar a condição de filho legítimo da criança adotada. Mesmo se os pais adotivos vierem a falecer, não é permitido que se restabeleçam os vínculos legais com a família natural.
No entanto, os pais adotivos podem ser destituídos do poder familiar, caso se caracterize um motivo justificado. Não existe a devolução de uma criança adotada; pode ocorrer um choque de uma segunda perda, com graves problemas psicológicos.
A adoção é uma escolha consciente e clara, mediante uma decisão legal, a partir da qual
uma criança ou adolescente não gerado biologicamente pelo adotante torna-se irrevoga-
velmente filho.
IMPORTANTE
O OLHAR MÉDICO E DOS PAIS COM A CRIANÇA ADOTADAThomaz Bittencourt Couto / Monica Ellen Olsen Bittencourt Couto
ESCOLHA DO PERFIL — DOENÇA CRÔNICA TRATÁVEL E NÃO TRATÁVELAo se deparar com a escolha do perfil da criança a ser adotada, uma dúvida comum é entender
o que significa na prática doença crônica tratável e não tratável, e isso é questionado no momento da escolha do perfil. Cerca de um quarto das crianças e adolescentes que estão aguardando adoção tem alguma condição de saúde. No momento de classificar essas condições, a equipe técnica faz essa divisão, o que nem sempre é intuitivo para entender, mesmo para profissionais de saúde.
São consideradas doenças tratáveis as condições consideradas leves como asma, rinite,
dermatite atópica, constipação, defeitos cardíacos sem necessidade de medicação,
atrasos de linguagem, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade e atrasos
leves de desenvolvimento. Doenças não tratáveis incluem déficits neurológicos
severos, doenças degenerativas, epilepsia de difícil controle, malformações de
membros, HIV e diabetes.
Essa divisão não é sempre clara mesmo para a equipe técnica. Via de regra, doenças leves são consideradas tratáveis e graves são as intratáveis, mas condições moderadas podem ficar no limbo e serem classificadas de um jeito ou outro.
GRAVIDEZ E PRIMEIRA INFÂNCIA – A SAÚDE DE NOSSOS FILHOS
176
Como nem sempre o seguimento de saúde das crianças é ideal, uma vez que foi feito o parea-mento pela equipe técnica, é interessante consultar um pediatra para esclarecer dúvidas relacionadas às condições de saúde da criança a ser adotada.
INFECÇÕES NEONATAIS, HIV E LUES (SÍFILIS)A prevalência de sífilis na população brasileira, especialmente nas populações vulneráveis de
grandes centros urbanos, é bem maior do que a maioria das pessoas imagina. Desse modo, é extre-mamente comum, nas maternidades no Brasil, o diagnóstico de sífilis neonatal.
Na maioria das crianças, esse diagnóstico é feito por exames de sangue colhidos ao nascimento, sem necessariamente a criança apresentar sintomas. Quando adequadamente identificada e tratada na maternidade, a sífilis neonatal geralmente não deixa sequelas, e essa criança se desenvolverá normalmente.
De forma semelhante, o teste rápido de HIV é feito durante o pré-natal e também colhido na maioria das gestantes antes do parto. Quando existe diagnóstico de HIV na parturiente, é possível fazer tratamento para diminuição de carga viral durante a gestação, medicação profilática (AZT) durante o parto e nas primeiras 6 semanas de vida do recém-nascido. Quando são feitas todas essas medidas, a chance de infecção da criança é inferior a 2%.
Desse modo, a maioria das crianças filha de mãe HIV positivo não se infecta quando tomadas as medidas adequadas. Essas crianças demandam seguimento específico nos primeiros meses de vida e o diagnóstico definitivo de que não estão infectadas demanda um exame de carga viral negativo entre 1 e 6 meses de vida, um segundo após o 4o. mês de vida e um exame de sorologia negativa aos 12 meses de vida, já que nos primeiros meses a sorologia pode ser positiva por transmissão de anticorpos maternos, sem significar infecção presente na criança.
ALIMENTAÇÃO E CRESCIMENTOUm seguimento específico deve ser feito com a criança adotiva, principalmente quando a adoção
ocorre nos primeiros anos de vida. Apesar de muitos abrigos terem acompanhamento de nutricionis-tas e uma dieta teoricamente balanceada, a influência de eventuais carências nutricionais no período gestacional e antes da criança ser abrigada determina por vezes déficits nutricionais.
Além disso, eventuais erros alimentares são mais difíceis de ser controlados quando poucas pessoas supervisionam a alimentação de muitas crianças, o que frequentemente ocorre em abrigos.
Especial atenção deve ocorrer em relação ao risco de anemia por carência de ferro, a
desnutrição e a obesidade.
Baixa estatura é um problema também frequente em crianças abrigadas, secundário a múltiplos fatores. Um elemento que atrapalha o seguimento dessas crianças é que por vezes não sabemos as caraterísticas físicas dos genitores, que determinam o potencial genético de cada um, o que atrapalha
CRIANÇAS EM SITUAÇÕES ESPECÍFICAS
177
a diferenciação de um crescimento deficitário versus uma baixa estatura constitucional por exemplo. Por isso, o seguimento médico regular dessas características é muito importante.
DESENVOLVIMENTOO desenvolvimento neuropsicomotor depende de vários fatores; determinantes ambientais, socioe-
conômicos e biológicos. Embora aspectos biológicos não possam ser desprezados, os outros aspectos podem ser modificados e, por isso, dificuldades de desenvolvimento são muitas vezes superáveis.
No momento inicial de acolhimento, é comum uma infantilização nas crianças mais velhas e até a perda de marcos de desenvolvimento já adquiridos, como o controle esfincteriano. Existe um tempo inicial de adaptação, em que a criança pode, de maneira muitas vezes inconsciente, tentar resgatar sua infância.
O apoio e compreensão dos pais são cruciais, pois a sensação de segurança é necessária
para a conexão emocional e para o pensamento crítico e aprendizado.
É essencial que a criança seja adequadamente estimulada e por vezes é necessário auxílio de profissionais específicos a depender das necessidades de cada criança, como psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Assim como um filho biológico, o filho adotivo tem poten-cial que deve ser desenvolvido a partir de um ambiente saudável e estímulos adequados de seus pais e educadores.
Figura 4.2 Olhar dos pais.Fonte: Arquivo da autoria.
GRAVIDEZ E PRIMEIRA INFÂNCIA – A SAÚDE DE NOSSOS FILHOS
178
RELATO
Nossa história na adoção começou antes mesmo de nos conhecermos. Carregá-
vamos o desejo de constituir família também por essa via. Conhecemo-nos no
hospital no período da residência médica, namoramos e fomos morar juntos e
2 anos depois estávamos casados. Engravidei logo na sequência e com isso foi
fácil definir que os próximos filhos viriam por adoção.
Quando Sofia fez 2 anos e regressamos de uma temporada fora do país, decidi-
mos que era hora de entrar na fila.
O processo de habilitação, que o torna apto a adotar, levou 7 meses, entre en-
trevista com assistente social e psicóloga e as muitas idas e vindas do processo
pelo cartório (apesar de digital, é o cartório que faz o caminho entre as áreas e
a juíza).
Estávamos enfim habilitados, aí então era apenas esperar. Iniciava-se um cami-
nho no escuro, talvez a maior angústia de quem espera. Uma gestação sem data
definida para acabar.
O nosso caso correu de forma rápida para os padrões (o que depende total-
mente do perfil da criança desejada). Dez meses depois de iniciado o processo,
Laís chegou!
Tinha 7 meses, era pequena para a idade e ainda não se sentava sem apoio. Três
semanas depois, havia ganhado 1 kg e já se arrastava pela casa. A introdução
alimentar foi o maior desafio. Mas à parte isso, era um bebê risonho, ativo e que
ganhou o coração da família. Para Sofia, sua chegada transcorreu como a che-
gada de qualquer irmão, um misto de encantamento e ciúmes.
Passado 1 ano, decidimos que era enfim o momento de adicionar o terceiro filho
a essa equação.
O processo de habilitação dessa vez transcorreu de forma muito mais rápida,
pois o fórum já tinha em mãos toda a nossa história e documentos. A espera,
no entanto foi um pouco mais longa. Após um ano e meio, Gabriel chegou. Um
bebê de 7 meses cheio de desafios. Foi um prematuro extremo, passou 3 meses
na UTI neonatal e tinha todo um seguimento especial pelas circunstâncias da
prematuridade. Hoje tem 3 anos, é um menino extremamente carinhoso, de
desenvolvimento absolutamente normal para a faixa etária e que interage com
as irmãs trazendo ainda mais vida para a casa.
E, com muita alegria, recebemos recentemente mais três filhos, Gustavo (6 anos),
Victoria (4 anos) e Milene (2 anos), que vieram para completar a nossa turma!
Adotar é uma decisão que vem de dentro, precisa ser amadurecida e tem um
processo que, apesar de burocrático, protege os interesses da criança e a forma-
ção de uma família sólida e de laços indestrutíveis.
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Cláudio Schvartsman
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A SA
ÚD
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OSSO
S FILHO
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A SAÚDE DE NOSSOS FILHOS4ª EDIÇÃO
GRAVIDEZ E PRIMEIRA INFÂNCIA
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE 1 MÊS À 6 ANOS
CRESCIMENTO FÍSICO, ROTINA E QUESTÕES MAIS COMUNS
MARCOS DO DESENVOLVIMENTO E SINAIS DE ALERTA
SONO
ALIMENTAÇÃO, RECEITAS E CARDÁPIO
IMUNIZAÇÕES
SEGURANÇA
VIDA SAUDÁVEL
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO
ATIVIDADE FÍSICA/ESPORTES
SAÚDE ORAL
ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO E COMPORTAMENTO
CRIANÇAS EM SITUAÇÕES ESPECÍFICAS
ADOÇÃO
CÂNCER
DOENÇAS CRÔNICAS
CRIANÇA HOSPITALIZADA E OPERADA
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
BULLYING
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2
A SAÚDE DE
NOSSOS FILHOS
4ª EDIÇÃO
VOLUME
2 TUDO DE CRESCIMENTO MARCOS DO DESENVOLVIMENTO E ALTERAÇÕES
VIDA SAUDÁVEL
SITUAÇÕES ESPECÍFICAS ADOÇÃO CÂNCER VIOLÊNCIA BULLYING
SOBRE OS EDITORES
RENATA D. WAKSMAN
Doutora em Pediatria pela FMUSP. Médica Pediatra do Departamento Materno Infantil do Hospital Israelita Albert Einstein.
CLÁUDIO SCHVARTSMAN
Reitor da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein. Professor Livre Docente pela FMUSP.
EDUARDO JUAN TROSTER
Professor Pleno da Disciplina de Humanidades do Curso de Medicina da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein. Professor Livre Docente pela FMUSP.
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