Prof. : Drielle Caroline - SEJA-EaD · modo simplista, podemos dizer que ela é a Ciência Natural...

20
Prof. : Drielle Caroline Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080 Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234 site: www.seja-ead.com.br CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA QUÍMICA O QUE VOCÊ JÁ SABE? Antes de começar o estudo sobre o tema Introdução ao Estudo da Química reflita sobre o que você pensa em relação a Química. Pense nas seguintes questões: Existe Química no ar? Os alimentos apresentam Química? Roupas e calçados apresentam Química? Como a Ciência é desenvolvida? Situando-se ao assunto... A Química, Física, Biologia, Matemática e Astronomia são exemplos de Ciências Naturais. O substantivo ciência designa um modo organizado de trabalho que visa ao estudo de algo, e o adjetivo natural é referente à natureza. Assim, Ciências Naturais são aquelas ciências que têm por finalidade estudar objetos e fenômenos (acontecimentos) da natureza, quer esses fenômenos sejam observados em ambientes naturais, quer sejam produzidos ou reproduzidos em ambientes artificiais (isto é, ambientes criados pelo ser humano), como é o caso dos laboratórios. As Ciências Naturais têm um modo organizado de trabalho que permite a criteriosa observação dos fenômenos, a interpretação das observações e, em determinados momentos, a proposição de explicações para os fenômenos. É difícil apresentar uma definição rápida e simples para a Química. De modo simplista, podemos dizer que ela é a Ciência Natural que visa ao estudo das substâncias, da sua composição, da sua estrutura e das suas propriedades. Entre as propriedades das substâncias que mais interessam aos químicos está a tendência de elas tomarem parte, ou não, em transformações nas quais novas substâncias são formadas a partir de outras, denominadas reações químicas. Assim como as outras Ciências, a Química teve uma evolução histórica até chegar ao seu estágio moderno e às suas atuais características. Ter noções

Transcript of Prof. : Drielle Caroline - SEJA-EaD · modo simplista, podemos dizer que ela é a Ciência Natural...

Prof. : Drielle Caroline

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080

Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234

site: www.seja-ead.com.br

CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA QUÍMICA

� O QUE VOCÊ JÁ SABE?

Antes de começar o estudo sobre o tema Introdução ao Estudo da Química reflita

sobre o que você pensa em relação a Química. Pense nas seguintes questões:

• Existe Química no ar?

• Os alimentos apresentam Química?

• Roupas e calçados apresentam Química?

• Como a Ciência é desenvolvida?

Situando-se ao assunto...

A Química, Física, Biologia, Matemática e Astronomia são exemplos de

Ciências Naturais. O substantivo ciência designa um modo organizado de

trabalho que visa ao estudo de algo, e o adjetivo natural é referente à natureza.

Assim, Ciências Naturais são aquelas ciências que têm por finalidade

estudar objetos e fenômenos (acontecimentos) da natureza, quer esses

fenômenos sejam observados em ambientes naturais, quer sejam produzidos ou

reproduzidos em ambientes artificiais (isto é, ambientes criados pelo ser

humano), como é o caso dos laboratórios.

As Ciências Naturais têm um modo organizado de trabalho que permite

a criteriosa observação dos fenômenos, a interpretação das observações e, em

determinados momentos, a proposição de explicações para os fenômenos.

É difícil apresentar uma definição rápida e simples para a Química. De

modo simplista, podemos dizer que ela é a Ciência Natural que visa ao estudo

das substâncias, da sua composição, da sua estrutura e das suas propriedades.

Entre as propriedades das substâncias que mais interessam aos químicos está

a tendência de elas tomarem parte, ou não, em transformações nas quais novas

substâncias são formadas a partir de outras, denominadas reações químicas.

Assim como as outras Ciências, a Química teve uma evolução histórica

até chegar ao seu estágio moderno e às suas atuais características. Ter noções

Prof. : Drielle Caroline

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080

Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234

site: www.seja-ead.com.br

de história da Química ajuda a compreender melhor como certos conceitos

surgiram e por que seu surgimento foi importante.

A Química no cotidiano

Para a população em geral, uma expressão do tipo “pão sem química”

transmite a ideia de um pão isento de substâncias prejudiciais à saúde.

Tentando transmitir a ideia desejada, essa expressão é, além de infeliz,

totalmente incorreta, porque a produção do pão utiliza a farinha de trigo como

matéria-prima e parte dela sofre uma reação química (denominada

fermentação).

Mesmo sem saber Química, o padeiro executa, todos os dias, essa

reação. Ao utilizar a expressão “pão sem química”, uma pessoa revela

desconhecer várias coisas:

• a Química não é um objeto para que possa ser colocada em um pão. A Química

é uma ciência, ou seja, um ramo do conhecimento humano que visa

compreender melhor alguns fenômenos que ocorrem na natureza e/ou em

laboratório, estudando-os com uma linha organizada de trabalho, denominada

método científico;

• ao fazer o pão, o padeiro utiliza processos químicos (reações químicas);

• todos os objetos e materiais existentes na Terra (incluindo os pães) são

constituídos por substâncias químicas.

Assim, o “pão sem química” é, na verdade, um pão obtido a partir de

substâncias e reações químicas, mas sem a adição de substâncias que possam

ser nocivas à saúde.

Analogamente, frases como “não tomo remédios, pois contêm muita

química”, “alimentos enlatados fazem mal porque os fabricantes adicionam muita

química” ou “instalei em minha piscina um novo sistema de tratamento

totalmente isento de química” também estão incorretamente

elaboradas, pois confundem uma importante ciência com substâncias tóxicas ou

com produtos e processos maléficos ao ser humano.

Em nosso dia a dia é muito frequente encontrarmos indicações de

substâncias químicas nas embalagens de alimentos, nos frascos de cosméticos,

Prof. : Drielle Caroline

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080

Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234

site: www.seja-ead.com.br

nos rótulos de produtos de limpeza, nas etiquetas de roupas, nas caixas e bulas

de remédios e em tantos outros objetos.

Da imensa variedade de produtos colocados à venda, a maioria deles, se

não todos, provém de indústrias químicas ou, então, entrou em contato durante

sua manufatura com produtos delas provenientes (por exemplo, sabões,

detergentes, remédios, cremes dentais, cosméticos, plásticos, borracha, metais,

papel, colas, tintas, álcool, sal, açúcar, vinagre, aditivos alimentares,

refrigerantes, CDs e DVDs etc.).

Virtualmente, tudo o que encontramos à venda se relaciona de alguma

forma com a indústria química. O produto usado nas embalagens — papel,

plástico, vidro ou metal — e a tinta nelas utilizada são obtidos por meio de

processos químicos.

Os materiais empregados na construção de casas, prédios, automóveis,

aviões, embarcações, computadores e eletrodomésticos constituem outros

exemplos que se relacionam com as indústrias de processos químicos, nas suas

mais diferentes modalidades e especialidades. Veja o exemplo abaixo:

Fonte: Química – volume único

Prof. : Drielle Caroline

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080

Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234

site: www.seja-ead.com.br

O tênis é um bom exemplo de produto final formado por um conjunto de

materiais encontrados na natureza ou sintetizados pelo ser humano.

Os medicamentos são substâncias químicas devidamente extraídas da

natureza ou fabricadas artificialmente, purificadas, dosadas e comercializadas.

Os notebooks e máquinas fotográficas digitais contêm materiais cuja

obtenção se deve, entre outros, a avanços da Química. Alguns exemplos são as

baterias recarregáveis, o display e o monitor de cristal líquido e os circuitos

eletrônicos miniaturizados.

Fonte: Química no cotidiano – volume 1

Do mesmo modo que substâncias químicas podem contribuir para o bem-

estar da humanidade, elas também podem — se usadas incorretamente (por

ignorância, incompetência, ganância ou ideologias duvidosas) — acarretar

doenças, poluição do ar e das águas, desequilíbrios ecológicos e mortalidade de

plantas e animais.

Assim, apesar de toda a importância desta ciência e de suas aplicações,

há muita confusão no que diz respeito à palavra química. É comum ouvirmos seu

nome sendo usado impropriamente como sinônimo de “substâncias tóxicas”,

“veneno” ou “poluição”.

Aprender Química é se envolver num apaixonante estudo das

substâncias ao nosso redor, de onde vêm, quais suas propriedades, que

utilidades possuem e quais as vantagens ou os problemas que eventualmente

podem trazer à humanidade.

Prof. : Drielle Caroline

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080

Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234

site: www.seja-ead.com.br

Assim, podemos perceber que a Química estuda a matéria, as

substâncias que a constituem e as suas transformações.

Os vários aspectos da Química Diversos ramos do conhecimento humano, por vezes, se utilizam de

códigos para expressar as ideias de maneira concisa.

A Química, assim como a Música, a Computação e a Eletrônica (apenas

para citar alguns poucos exemplos), utiliza-se de representações que podem ser

entendidas por qualquer pessoa familiarizada com elas. Ao longo do curso será

possível compreender as linguagens da química, como por exemplo:

Fonte: Química no cotidiano – volume 1

A música tem linguagem própria, que é registrada nas partituras musicais.

Da mesma maneira, a Química também tem linguagem própria.

Fonte: Química no cotidiano – volume 1

Prof. : Drielle Caroline

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080

Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234

site: www.seja-ead.com.br

A Química utiliza ferramentas de outras áreas

A Química utiliza conceitos de outras áreas, principalmente da

Matemática e da Física.

O caráter experimental da Química Assim como acontece com as outras Ciências Naturais (Física, Biologia

etc.), a Química baseia-se na observação de acontecimentos (fenômenos) da

natureza. Mais do que isso, a pesquisa química envolve a execução de

experiências em laboratório e a cuidadosa observação e interpretação dos

resultados.

Quando um cientista realiza algumas experiências e obtém resultados

importantes, geralmente ele os publica em revistas especializadas de circulação

mundial. Sua descrição deve ser precisa o suficiente para que outros cientistas

possam reproduzi-las e chegar aos mesmos resultados. Caso contrário, suas

conclusões não serão aceitas pela comunidade científica mundial.

Assim, uma preocupação importante relacionada com as experiências é

a sua reprodutibilidade.

O caráter puro e aplicado da Química Uma pesquisa química pode estar voltada apenas para o melhor

entendimento de algum fato da natureza; nesse caso temos uma pesquisa pura.

Por sua vez, ela pode estar focada em resolver um problema prático, tratando-

se, então, de uma pesquisa aplicada.

Fonte: Química no cotidiano – volume 1

Prof. : Drielle Caroline

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080

Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234

site: www.seja-ead.com.br

As imagens representam a pesquisa aplicada e a pesquisa pura, onde

químicos realizam constante trabalho experimental, contribuindo para centenas

de novas descobertas que provocarão mudanças na vida das pessoas a partir

do desenvolvimento das pesquisas.

O caráter interdisciplinar da Química Muitas vezes, para a resolução de um problema prático, é necessário que

ela atue em conjunto com outras ciências.

Ao se aliar à Engenharia, a Química tem propiciado a elaboração de novos

materiais, como, por exemplo, as cerâmicas que suportam altas temperaturas,

os plásticos altamente resistentes e os materiais supercondutores.

A Medicina, talvez a mais antiga das ciências associadas à Química, é

uma das maiores beneficiadas com os modernos avanços dessa área.

Anualmente, são descobertas centenas de novas substâncias que podem atuar

como medicamentos.

Todas essas fascinantes aplicações descritas representam apenas parte

do que existe em termos de avanço científico e tecnológico ligado à Química.

É importantíssimo salientar que nenhum progresso nesse campo será possível se os conceitos básicos da Química não forem bem compreendidos. São esses conceitos, que serão abordados ao longo do curso que formam o alicerce de todo o conhecimento químico atual. Embora se trate de conhecimentos básicos, você poderá perceber a grande diversidade de aplicações práticas que eles possuem.

No século XX, com o grande avanço tecnológico, presenciou-se uma

vertiginosa evolução do conhecimento químico. O átomo teve sua estrutura

interna pesquisada, elementos artificiais foram sintetizados e modernas técnicas

de investigação foram desenvolvidas, utilizando conceitos de Química, Física,

Matemática, Computação e Eletrônica.

Prof. : Drielle Caroline

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080

Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234

site: www.seja-ead.com.br

Alguns recentes progressos da pesquisa química aplicada: (A) Chip plástico para identificação por radiofrequência (RFID), usado em lojas para evitar furto de mercadorias. Tais dispositivos também podem armazenar informações, como preço e data de validade. (B) Caneca revestida com camada de material termocrômico (muda de cor com a temperatura). À medida que o líquido quente provoca seu aquecimento, a coloração escura passa a transparente, revelando a imagem que existe na camada abaixo dela.

Panorama histórico

Da Alquimia à Química

Antes de o oceano existir, ou a Terra, ou o firmamento, A natureza era toda igual, sem forma, Caos era chamada, Com a matéria bruta, inerte, átomos discordantes Guerreando em total confusão: Não existia o Sol para iluminar o universo; Não existia a Lua, com seus crescentes que lentamente se preenchem; Nenhuma Terra se equilibrava no ar. Nenhum mar se expandia na beira de longínquas praias. Terra, sem dúvida, existia, e ar e oceano também, Mas terra onde nenhum homem pode andar, a água onde Nenhum homem pode nadar, e ar que nenhum homem pode respirar; Ar sem luz, substância em constante mudança, Sempre em guerra: No mesmo corpo, quente lutava contra o frio, Molhado contra o seco, duro contra o macio. O que era pesado coexistia com o que era leve. Até que Deus, ou a Natureza generosa, Resolveu todas as disputas, e separou o Céu da Terra, a água da terra firme, o ar Da estratosfera mais elevada, uma liberação.

Prof. : Drielle Caroline

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080

Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234

site: www.seja-ead.com.br

E as coisas evoluíram, achando seus lugares a partir Da cega confusão inicial. O fogo, esse elemento etéreo, Ocupou seu lugar no firmamento, Sobre o ar; sob ambos, a terra, Com suas proporções mais grosseiras, afundou; e a água Se colocou acima, e em torno, da terra. Esse Deus, que do Caos Trouxe ordem ao universo, dando-lhe Divisão, subdivisão, quem quer que ele seja, Ele moldou a Terra na forma de um grande globo, Simétrica em todos os lados, e fez com que as águas se Espalhassem e elevassem, sob a ação dos ventos uivantes [...] (Trecho de Metamorfoses, de Ovídeio (43ª.C.18.d.C), em Marcelo Gleiser, A dança do

universo – Dos mitos de criação do Big-Bang, São Paulo, Companhia das letras, 1997, p.32).

Fonte: Química – volume único

Um pouco de história

Madeira, ossos, rochas e peles foram os primeiros materiais

utilizados pelo seu humano. Aprendendo a transformá-los, nossos antepassados

puderam fabricar ferramentas e objetos. Assim, uma pedra podia ser

transformada em um objeto cortante, desde que fosse devidamente lascada e

talhada; um pedaço de pau ou osso podia ser utilizado como clava ou, se adiado

em uma das pontas, como lança.

Quando o ser humano dominou a técnica de iniciar e manter o fogo,

ele pôde provocar novas transformações. O calor foi empregado para cozinhar,

modificando a textura, a cor e o sabor dos alimentos. O barro pôde ser cozido, e

objetos, como potes para armazenar água e alimentos, foram fabricados.

Desse modo, a utilização e a transformação dos materiais e o domínio

do fogo significaram um grande avanço para a humanidade, dando início a

civilização.

As causas dos fenômenos naturais do mundo físico eram sempre

atribuídas ao mundo dos espíritos, e para se relacionar com esse mundo, o

homem primitivo se valeu de procedimentos impregnados de magia, acreditando

Prof. : Drielle Caroline

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080

Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234

site: www.seja-ead.com.br

poderem submeter e controlar as forças naturais e persuadir os espíritos a

cooperar.

Apesar dessa visão mágica do mundo, o ser humano já percebia

alguma relação entre ele e o mundo que o cercava. Assim, o mago tentava

provocar a chuva porque notava a relação entre ela e o crescimento das

plantações; percebia a relação entre a sobrevivência humana e o

comportamento do mundo natural. Procurava encontrar, então, com invocações,

feitiços e porções, procedimentos que pudessem controlar as forças da natureza

e colocá-las a seu serviço. Com isso, lentamente foi acumulando conhecimentos

práticos que, usados e aprimorados, levaram ao desenvolvimento de técnicas

como fermentação, curtição, tingimento, vitrificação e metalurgia.

Representação dos deuses trabalhando em uma Faraó Ahkenaton e sua mina de ouro. esposa Nefertite oferecendo sacrifícios ao deus Sol. Fonte: Química – volume único

Os metais na história

Os primeiros metais que o ser humano utilizou (6000 a.C a 4000 a.C)

foram o ouro (Au) e o cobre (Cu), que podiam ser encontrados praticamente

puros na superfície do solo. A partir de 3000 a.C, o ser humano aprendeu a

extrair metais, como o cobre e o estanho, de seus minérios. Acredita-se que, ao

acender fogueiras em regiões ricas em minérios, tenha observado a separação

do metal, passando, desde então, a aperfeiçoar técnicas para sua obtenção. A

primeira liga utilizada foi o bronze, formado por cobre e estanho.

Apesar de conhecido desde 3000 a.C, o ferro (Fe) somente começou a

ser utilizado com mais frequência a partir de 1400 a.C. Obtido de seu minério,

Prof. : Drielle Caroline

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080

Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234

site: www.seja-ead.com.br

passou a ser empregado na fabricação de aço, uma liga formada por carbono e

ferro.

As descobertas metalúrgicas tiveram tal importância que, durante muito

tempo, foram utilizadas para classificar o desenvolvimento humano em três

períodos: Idade do Cobre, anterior a 3000 a.C.; Idade do Bronze, entre 3000 a.C.

e 1100 a.C.; Idade do Ferro, de 1100 a.C. em diante.

Entretanto, a sociedade que se desenvolveu em função da mineração e

da metalurgia manteve a visão mágica e sagrada do universo que herdou das

sociedades agrícolas e caçadoras. Para o ser humano dessa época, os metais,

protegidos pelos espíritos, desenvolviam-se como sementes no ventre da terra.

Com oferendas e rituais, ele procurava conquistar a simpatia divina e obter a

permissão dos espíritos da terra para extrair e transformar o minério.

Buscando explicações Em meados do século VI a.C., uma nova percepção do mundo se

cristalizou entre pensadores das colônias gregas da Jônia. Mitos e dogmas

religiosos foram postos de lado, em um primeiro esforço de compreensão da

realidade. Para Tales, nascido em Mileto no século VI a.C., todas as coisas se

originavam da água. Anaxímedes que viveu no mesmo século, acreditava que

tudo provinha do ar. Empédocles, um grego das colônias sicilianas, reuniu a

água, o ar, a terra e o fogo, combinando tudo na teoria dos quatro elementos.

No século V a.C., Leucipo e seu discípulo Demócrito introduziram a

ideia de que o mundo seria formado por átomos. Estes, segundo eles, eram

indivisíveis, estavam em constante movimento e distinguiam-se uns dos outros

por aspectos como tamanho, forma e posição.

A teoria dos quatro elementos Um dos mais poderosos e influentes pensadores da Grécia foi

Aristóteles, nascido em 384 a.C. em Estagira e famoso discípulo de Platão.

Aristóteles rechaça o atomismo de Demócrito e aperfeiçoa a teoria dos quatro

elementos de Empédocles acrescentando um quinto elemento: a quintessência

Prof. : Drielle Caroline

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080

Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234

site: www.seja-ead.com.br

ou éter. Este seria a base do mundo material e existiria apenas potencialmente

até tomar a forma que daria origem aos quatro outros elementos, que se

distinguiam ente si por suas qualidades: calor, frio, secura e umidade. Nenhum

dos quatro elementos, segundo Aristóteles, era imutável; cada um podia

transformar-se no outro por meio da qualidade que possuíam em comum. Só a

forma mudava; a matéria-prima que compunha os elementos era imutável. Essa

teoria perdurou por cerca de 2000 anos.

Os quatro elementos e suas propriedades fundamentais. Fonte: Química – volume único

Alquimia e a Arte

De todas as Artes desenvolvidas pelo ser humano, a Alquimia é a mais

rica em compreensão da natureza, sendo uma Arte capaz de assumir a

observação do mundo natural, ao seu redor e fazê-lo compreender certas

similaridades com o seu próprio desenvolvimento espiritual, com a mesma carga

de beleza e de profundidade.

A palavra Alquimia vem do árabe e quer dizer AL-Khemy, A Química.

Iniciou-se no século III a.C. na Alexandria, apresentando um caráter místico que

veio das ciências ocultas da Mesopotâmia, Pérsia, Caldéia, Egito e Síria.

Combinava química, física, astrologia, filosofia, arte, metalurgia, medicina,

misticismo e religião. Os alquimistas usavam fórmulas e recitações mágicas para

invocar deuses e demônios favoráveis às operações químicas.

Dois mil anos antes da nossa era atual, os babilônios e os egípcios

procuravam sintetizar ouro (Au) e transformar outros metais neste, conhecido

Prof. : Drielle Caroline

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080

Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234

site: www.seja-ead.com.br

como transmutação. Também buscavam a preparação do elixir da longa vida,

que curasse todos os males e desenvolvesse a juventude. Nesta época, era

realizada em sigilo porque era considerada uma ciência oculta.

Para os chineses, o seu objetivo era atingir a imortalidade, pois,

acreditavam que o ouro (Au) era imortal porque não reagia com quase nenhum

elemento químico. Fizeram elixires contendo arsênio (As), enxofre (S) e mercúrio

(Hg). Muitos imperadores morreram envenenados pensando estar tomando o

elixir da longa vida.

Fonte: Alquimiando a Química – Química Nova na Escola

Da Alquimia surge a Química

Em 1597, o alemão Andreas Libavius publicou o livro Alchemia, no qual

afirmava que a Alquimia tem por objetivo a separação de misturas em seus

componentes e o estudo das propriedades desses componentes.

Em 1661, o irlandês Robert Boyle publicou The sceptical chemist (O

químico cético — cético significa desconfiado, que só acredita mediante provas),

no qual atacava violentamente a concepção aristotélica de quatro “elementos”.

Para Boyle, elemento é tudo aquilo que não pode ser decomposto por nenhum

método conhecido.

Esses dois livros são considerados, por alguns estudiosos, o marco

inicial da Química. Há outros estudiosos que creditam a Antoine Laurent

Prof. : Drielle Caroline

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080

Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234

site: www.seja-ead.com.br

Lavoisier o mérito de ser o “pai” da Química. Os trabalhos desse cientista

francês, realizados no século XVIII, deram à Química bases mais sólidas. Ele

realizou experimentos controlados envolvendo medidas da massa de frascos

(incluindo a dos materiais neles contidos) antes e depois de acontecerem

reações químicas dentro deles. Uma de suas conclusões, a de que a massa se

conserva durante as reações químicas, é considerada por alguns o marco inicial

da Química.

Fonte: Química Cidadã – volume 1

A Ciência moderna No século XVII, começa a se estabelecer um novo modo de justificar os

conhecimentos, com base em um moderno método experimental, centrado em

observações meticulosamente controladas que pudessem desenvolver teorias

demonstráveis matematicamente. O inglês Francis Bacon (1561-1626) e o

francês Renè Descartes (1596-1650) estão entre os vários pensadores que

contribuíram para o estabelecimento desse modo de pensar: o método científico.

O físico italiano Galileu Galilei (1564-1642) e o químico Robert Boyle (1627-

1691) estão entre os primeiros estudiosos a fazer uso dessa metodologia.

O novo método científico se consolidou e caracterizou o que chamamos

hoje Ciência moderna. Seu objetivo é explicar a natureza e o universo no qual

estamos inseridos.

A principal característica dos campos de conhecimento que se tornaram

Ciência, como as Ciências Sociais (História, Geografia, Sociologia) e as Ciências

Prof. : Drielle Caroline

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080

Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234

site: www.seja-ead.com.br

da Natureza (Física, Biologia, Química), está na forma sistemática de

desenvolver seus estudos: o método científico. Esses métodos científicos

estão em constante mudança.

Um método clássico e ainda utilizado nas Ciências Naturais, apesar de

não ser o único, consiste na realização da sequência organizada de etapas para

o estudo de fenômenos: observação do fenômeno, elaboração de hipóteses,

teste de hipóteses, generalização e proposição de uma teoria explicativa para o

fenômeno.

A hipótese apoia-se em uma afirmação prévia para explicar um

determinado fenômeno, podendo ser testada por meio de experimentos. A

comparação de resultados diferentes, podem levar a generalizações, que em

Ciência chamamos de leis ou regras científicas. As explicações que estiverem

de acordo com os resultados encontrados passam a constituir as teorias

científicas. Teoria científica é o conjunto de afirmações consideradas válidas

pela comunidade científica para explicar determinado fenômeno.

O nascimento da Química moderna Os estudos sobre processos químicos eram desenvolvidos por

diversos filósofos e, sobretudo, pelos alquimistas. O médico, filósofo e alquimista

suiço Paracelso (1493-1541), desenvolveu estudos que deram início a Química

médica. Uma das teorias mais marcantes ainda seguindo modelos da alquimia

foi a teoria do flogístico, proposta pelo químico alemão Georg Ernst Stahl

(1660-1734). Em 1731, ele propôs uma teoria explicativa para a combustão,

segundo a qual os corpos combustíveis teriam como constituinte um “elemento”,

denominado flogístico, liberado durante a queima. Embora, as explicações

baseadas na teoria do flogístico fossem razoáveis, ela apresentava

incongruências em relação a variação da massa.

No século XVIII, Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794) percebeu a

importância do oxigênio para esse processo. Com bases em experiências bem

elaboradas e controladas, utilizando balanças de alta precisão, ele mediu a

variação da massa durante a combustão de diversas substâncias. Os resultados

dos experimentos demonstraram que havia conservação de massa durante as

Prof. : Drielle Caroline

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080

Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234

site: www.seja-ead.com.br

reações e permitiram que ele demonstrasse que a queima é uma reação com o

oxigênio e que a cal metálica da teoria do flogístico era, na verdade, uma nova

substância. Lavoisier contribuiu de maneira significativa para o surgimento da

Química através de seus experimentos com a utilização de balanças.

Fonte: Lavoisier e a Revolução Química – Imagem da Internet

Essa nova forma de estudar processos químicos mudou de paradigma

no estudo desta área de conhecimento. Paradigma é o padrão ou modelo que

norteia nosso modo de viver, trabalhar, fazer Ciência. É pela mudança de

paradigmas, segundo o físico e filósofo alemão Thomas Kuhn (1922-1996), que

a Ciência se desenvolve, sendo também chamada de Revolução Científica.

Conhecimento Científico e Senso Comum As transformações químicas não são estudadas apenas pelos

químicos. Os cozinheiros, por exemplo, estudam constantemente melhores

maneiras de combinar diferentes temperos e técnicas para transformar alimentos

em apetitosos pratos. Muitos dos processos desenvolvidos por eles são de

natureza química.

Podemos dizer que muitos dos objetos de estudo dos cientistas são

também estudados por pessoas que não tem conhecimentos científicos sobre o

assunto. Sabemos, por exemplo, que os índios podem conhecer mais sobre o

ciclo de plantas e os hábitos de animais de sua região do que os biólogos.

Todavia, o que diferencia o conhecimento científico do senso comum é a maneira

como ele é construído e organizado. Os cientistas utilizam rígidos critérios e

métodos de investigação para obter, justificar e transmitir o conhecimento

científico. No senso comum, o conhecimento é conquistado sem,

Prof. : Drielle Caroline

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080

Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234

site: www.seja-ead.com.br

necessariamente, seguir métodos e técnicas específicos. No senso comum não

existe uma organização sistematizada do conhecimento.

Apesar da sua larga aplicação, as teorias científicas têm seus limites.

Não conseguem explicar tudo. Compreender a natureza e as limitações do

conhecimento científico é fundamental para sabermos até que ponto e como

poderemos usar esse conhecimento. Por isso, é preciso antes de tudo

reconhecer que a Química, como toda a Ciência, não expressa uma verdade

absoluta. Ela apresenta a explicação que é mais bem-aceita pela comunidade

científica. Isso pode valer em um período histórico e não ser aceito em outro

período.

Em foco...

A Química é dinâmica

Um cientista decidido a atuar em certo ramo da Química precisa, antes

de mais nada, estudar o que já se descobriu a respeito do assunto escolhido. A

partir daí, deve decidir qual será o problema a investigar e elaborar experiências

de laboratório, que lhe permitirão executar observações experimentais. Essas

observações podem ser de dois tipos:

• qualitativas: aquelas que não envolvem dados numéricos;

• quantitativas: as que provêm de medidas, com a utilização de instrumentos, e

constituem-se de dados numéricos.

Após a execução das experiências, é possível notar quais as

regularidades observadas e, a partir delas, enunciar um princípio ou uma lei, ou

seja, uma frase ou uma equação matemática que expresse a regularidade

observada.

Em seguida, pode-se apresentar uma teoria, ou seja, uma proposta de

explicação para os fatos experimentais e as leis. Uma teoria é considerada

satisfatória quando, ao ser testada em novas situações, obtém sucesso em suas

previsões.

Quando tal sucesso não é conseguido, ela deve ser modificada ou,

dependendo do caso, abandonada e substituída por outra melhor.

Prof. : Drielle Caroline

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080

Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234

site: www.seja-ead.com.br

Todo esse processo não para de acontecer. A Química é uma Ciência e,

como tal, está em contínuo processo de evolução e aperfeiçoamento.

O esquema abaixo representa uma relação lógica entre os conceitos que

envolvem a Química, denominado mapa conceitual.

Fonte: Química no cotidiano – volume 1

Não paramos de perguntar

A questão “o que não sei?”, participa estreitamente da vida de todo

pesquisador.

Cada descoberta nova – o que significa cada elemento novo de

conhecimento – constitui uma etapa que obriga a nos interrogarmos uma vez

mais.

O processo científico é uma longa cadeia de interrogações. Cada questão

que encontrou sua resposta abre novo campo de investigação a explorar. O

programa avança lentamente em direção a uma resposta final ainda

desconhecida.

Se todos os cientistas fazem perguntas específicas no quadro de seu

programa de pesquisa, raros são os que se arriscam a ampliar suas

investigações a um campo ou a um ramo da ciência.

Prof. : Drielle Caroline

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080

Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234

site: www.seja-ead.com.br

Os pesquisadores de hoje são formados para avançar passo a passo, com

lentidão e precaução, a fim de evitar fazer perguntas de ordem geral, exceto se

possuem boas razões e bons instrumentos para isso.

No entanto, os que estendem suas interrogações ao domínio geral se

encontram muitas vezes na origem das aberturas científicas maiores.

Não paramos de nos perguntar quais eram as coisas que não sabíamos

e que queríamos compreender. [...]

Ao mesmo tempo conseguimos fornecer inúmeras respostas assumidas

e aceitáveis.

No entanto, muitas coisas permanecem ainda na sombra.

Gostaríamos de saber como as células e seus componentes se adaptam

a novas circunstâncias e como elas corrigem os desequilíbrios.

Estima-se entre 100 e 200 mil números de genes que formam o genoma

humano – o código genético que condiciona nosso desenvolvimento e nossas

particularidades. Mesmo nos pequenos mamíferos de laboratório, esse número

é considerável.

Gostaríamos de saber quantos genes são necessários para construir uma

célula pancreática e quantos para construir um pâncreas.

E, na mesma ordem de ideias, gostaríamos de saber quantos genes são

necessários para fabricar um rim ou um cérebro.

O número de perguntas sem respostas que nos fazemos é infinito.

No entanto, responder a essas questões equivaleria a privilegiar o

conhecimento por amor ao conhecimento. Mas em um futuro mais ou menos

próximo poderíamos chegar a identificar os genes que condicionam um

desenvolvimento normal.

(Artigo de George E. Palade, publicado na Folha de S. Paulo, em 26 de março de 1995. Palade, romeno, ganhou o prêmio Nobel de Medicina em 1974 por suas descobertas sobre a organização estrutural e funcional da célula.)

Prof. : Drielle Caroline

Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020-080

Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234

site: www.seja-ead.com.br

� O QUE VOCÊ APRENDEU?

• Ao longo dos séculos, o ser humano, em sua busca para entender os

fenômenos naturais, desenvolveu diferentes formas de interpretar o

mundo.

• A Química é a Ciência Natural que visa ao estudo das substâncias, da

sua composição, da sua estrutura e das suas propriedades.

• Uma das teorias mais marcantes foi a teoria do flogístico, proposta pelo

químico alemão Georg Ernst Stahl (1660-1734), ele propôs uma teoria

explicativa para a combustão que foi lapidada por Lavoisier, contribuindo

de maneira significativa para o surgimento da Química através de seus

experimentos com a utilização de balanças.

• A Química, como toda a Ciência, não expressa uma verdade absoluta.

Ela apresenta a explicação que é mais bem-aceita pela comunidade

científica. Isso pode valer em um período histórico e não ser aceito em

outro período.

Referências Bibliográficas

CHASSOT, A. Alquimiando a Química. Química Nova na Escola, n. 1, maio. 1995. Disponível em <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc01/historia.pdf> Acesso em 02. nov. 2017.

Lavoisier e a Revolução Química. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/nutricao/referencias-bibliograficas-tiradas-na-internet-como-colocar-no-trabalho/48764>. Acesso em 02. nov. 2017.

NÓBREGA, Olívio Salgado; SILVA, Eduardo Roberto; SILVA, Ruth Hashimoto.

Química - Volume único. Ed. Ética, São Paulo, 2007.

PERUZZO, Francisco Miragaia; CANTO, Eduardo Leite. Química na abordagem

do cotidiano. Ed. Moderna, v.2, São Paulo, 2010.

SANTOS, Wildson; MOL, Gerson. Química Cidadã. Ed. Nova Geração, v.1, São

Paulo, 2010.

USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Química – Volume único. Ed. Saraiva, São Paulo, 2013.