Pro Ricardo
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Ricardo Tibola
Proposta de Melhorias dos Procedimentos dos Processos
de Soldagem de uma Empresa de Mdio Porte
Horizontina 2013
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Ricardo Tibola
Proposta de Melhorias dos Procedimentos dos Processos
de Soldagem de uma Empresa de Mdio Porte
Trabalho Final de Curso apresentado como requisito parcial para a efetivao da matrcula para cursar o componente curricular Trabalho Final de Curso do Curso de Engenharia de Produo da Faculdade Horizontina.
ORENTADOR: Vilmar Bueno Silva, Mestre
Horizontina
2013
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FAHOR - FACULDADE HORIZONTINA
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUO
A Comisso Examinadora, abaixo assinada, aprova a monografia:
Proposta de Melhorias dos Procedimentos dos Processos de Soldagem de
uma Empresa de Mdio Porte
Elaborada por:
Ricardo Tibola
Como requisito parcial para a obteno do grau de Bacharel em
Engenharia de Produo
Aprovado em: 03/12/2013 Pela Comisso Examinadora
________________________________________________________ Mestre. Vilmar Bueno Silva
Presidente da Comisso Examinadora Orientador
_______________________________________________________ Doutor. Ademar Michels
FAHOR Faculdade Horizontina
______________________________________________________ Especialista. Valmir Vilson Beck FAHOR Faculdade Horizontina
Horizontina
2013
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DEDICATRIA
Dedico este trabalho a toda a minha famlia e amigos, que me apoiaram ao longo desta jornada.
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AGRADECIMENTO.
Aos meus pais, Gentil e Nair e meu irmo, pelo exemplo de vida, pelo incentivo e motivao demonstrados em todos os momentos, sempre sonhando com esta conquista.
Aos professores que me ajudaram no decorrer da graduao, em especial ao professor Vilmar Bueno Silva pelas orientaes, dedicao e pelo apoio prestado durante a elaborao do trabalho.
Aos colegas de graduao, pela convivncia, amizades realizadas e pelas experincias trocadas no decorrer do curso.
A todos que colaboraram diretamente ou indiretamente com a realizao deste trabalho, o meu sincero agradecimento.
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Tudo o que um sonho precisa para ser realizado algum que acredite que ele possa ser realizado.
Roberto Shinyashiki
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RESUMO
O elevado grau de competitividade existente no ramo metalrgico exige que as empresas ofeream cada vez mais produtos de qualidade e com preo competitivo, desta forma as melhorias visando a diminuio da perdas dos processos pode contribuir para que as organizaes possam manter-se ativas neste mercado. O presente trabalho apresenta conceitos de vrios autores que auxiliam na compreenso e na percepo da importncia da aplicao de uma instruo de trabalho em um processo produtivo, capaz de auxiliar o operador na realizao das atividades de forma eficiente. Com base nestes dados, tem-se como objetivo principal deste estudo desenvolver e implantar melhorias dos procedimentos dos processos de soldagem em uma empresa de mdio porte localizada no noroeste do estado do Rio Grande do Sul, de modo a garantir a qualidade do processo. Bem como, identificar na reviso de literatura os elementos necessrios relacionados aos processos produtivos e dos procedimentos dos processos de solda; identificar os conjuntos soldados com maior ndice de no conformidade e dependncia dos soldadores; desenvolvimento e criao dos elementos de melhoria; desenvolver e criar procedimento para implantao do procedimento dos processos de solda; treinamento e qualificao das pessoas envolvidas; verificao e atualizao dos roteiros dos processos de solda e aplicao do modelo proposto. Tendo identificado que o maior ndice de no conformidades esta diretamente associada com a mo de obra, desenvolveu-se um modelo de instruo de trabalho, bem detalhada, que visa orientar e facilitar o trabalho do soldador, diminuindo assim no conformidades que possam ser causadas por sua falta de conhecimento ou informao. A aplicao deste modelo foi avaliada e os resultados preliminares encontrados foram muito significativos, comprovando a eficincia deste documento junto ao processo de soldagem, onde identificou-se uma melhora nos ndices das no conformidades, sendo todos os objetivos do presente estudo alcanados com xito.
Palavras-chaves: No conformidade da solda. Instruo de solda. Melhoria de
procedimentos.
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ABSTRACT
The high degree of competitiveness in the metal industry requires companies
increasingly offer quality products and competitive price , thus improvements aiming to reduce the loss of processes can help organizations to remain active in this market.This paper presents concepts of various authors that assist in the understanding and perception of the importance of applying a work instruction in a production process , able to assist the operator in carrying out the activities efficiently . Based on these data , it has been the main objective of this study to develop and implement improvements to the procedures of welding processes in a medium-sized company located in the northwest of the state of Rio Grande do Sul, in order to ensure process quality . As well, the literature review identified the necessary elements related to production processes and procedures of welding processes ; identify weldments with the highest noncompliance and dependence welders , development and creation of elements for improvement , developing and creating procedure to implement the procedure of welding processes , training and qualification of the persons involved , verification and update the roadmaps of welding processes and application of the proposed model . Having identified that the highest rate of noncompliance is directly associated with labor , developed a well detailed model statement of work that aims to guide and facilitate the work of the welder, thus reducing non-conformities that may be caused by their lack of knowledge or information . The application of this model was evaluated and preliminary results were very significant , proving the efficiency of this document by the welding process , which identified an improvement in rates of noncompliance , with all the goals of the present study successfully achieved .
Keywords:Failure of weld. Welding instruction. Improvement of procedures.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Exemplo folha de processo de operaes.. .......................................................... 22 Figura 2: Exemplo Folha de processo com operaes elementares.. .................................. 23 Figura 3: Eras da Qualidade.. .............................................................................................. 25 Figura 4: Classificao dos processos de junes. .............................................................. 26 Figura 5: Viso transversal de um cordo de solda. ............................................................. 27 Figura 6: Solda oxiacetilnica.. ............................................................................................ 28 Figura 7: Soldagem MIG/MAG.. ........................................................................................... 29 Figura 8: Soldagem TIG.. ..................................................................................................... 30 Figura 9: Empresa ARTEFACTO.. ....................................................................................... 35 Figura 10: Fluxograma do processo de soldagem.. ............................................................. 36 Figura 11: Ordem de produo da empresa ........................................................................ 38 Figura 12: Aparelho de solda.. ............................................................................................. 39 Figura 13: Prateleiras dos dispositivos. ................................................................................ 40 Figura 14: Dispositivo com o cdigo de identificao. .......................................................... 40 Figura 15: Controle de produtos no conformes.. ................................................................ 42 Figura 16: Tabela de quantidades produzidas vs quantidade de no conformidade... ......... 42 Figura 17: Indicador de no conformidades mensal.. ........................................................... 43 Figura 18: No conformidades de Maio e Junho.... .............................................................. 45 Figura 19: Causas de no conformidades... ......................................................................... 47 Figura 20: Instruo de solda ............................................................................................... 48 Figura 21: Antes e depois da aplicao do modelo de instruo.. ........................................ 52
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Descrio das no conformidades .................................................................................41
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SUMRIO 1 INTRODUO ........................................................................................................... 12
2 REVISO DA LITERATURA ..................................................................................... 14
2.1 PROCESSOS DE FABRICAO E PLANEJAMENTO DO PROCESSO ......................................... 14
2.1.1 INFORMAES BSICAS PARA O PLANEJAMENTO DO PROCESSO ............................................... 15
2.1.1.1 DESENHO E ESPECIFICAES DA PEA .......................................................................... 15
2.1.1.2 MATRIA-PRIMA .................................................................................................... 15
2.1.1.3 VOLUME DE PRODUO ............................................................................................ 16
2.1.1.4 EQUIPAMENTO DE PRODUO .................................................................................... 16
2.1.2 DOCUMENTAO NO PLANEJAMENTO DO PROCESSO ............................................................. 17
2.1.2.1 FOLHA DE PROCESSO ................................................................................................ 17
2.1.3 PROCESSOS NO ESTRUTURADOS ...................................................................................... 19
2.2 PRODUTIVIDADE ............................................................................................................. 20
2.3 QUALIDADE ..................................................................................................................... 21
2.4 PROCESSO DE JUNO ..................................................................................................... 22
2.4.1 PROCESSO DE JUNO POR SOLDAGEM ............................................................................... 22
2.4.1.1 PRINICPAIS PROCESSOS DE SOLDAGEM .......................................................................... 24
2.4.1.1.1 SOLDA OXIACETILNICA ..................................................................................... 24
2.4.1.1.2 SOLDAGEM A ARCO ELTRICO (MIG/MAG) ............................................................ 25
2.4.1.1.3 SOLDAGEM A ARCO ELTRICO (TIG) ...................................................................... 25
2.4.2 PRINCIPAIS FATORES QUE INFLUENCIAM O PROCESSO ........................................................... 26
3 METODOLOGIA ....................................................................................................... 27
3.1 MTODOS E TCNICAS ..................................................................................................... 27
4 APRESENTAO E ANLISE DOS RESULTADOS .......................................... 30
4.1 HISTRICO E CARACTERIZAO DA EMPRESA ................................................................. 30
4.2 ESTUDO DO PROCESSO PRODUTIVO ATUAL ...................................................................... 31
4.2.1 DESCRIO DO PROCESSO .............................................................................................. 31
4.2.2 INDICADORES DE QUALIDADE DO PROCESSO ........................................................................ 37
4.2.3 NO CONFORMIDADES CAUSADAS PELO OPERADOR ............................................................... 39
4.3 PROPOSTA DE UM NOVO PROCEDIMENTO PARA O PROCESSO DE SOLDAGEM .................... 42
4.3.1 IDENTIFICAO DA CAUSA RAIZ ....................................................................................... 42
4.3.2 DESCRIO DO NOVO PROCEDIMENTO PARA O PROCESSO DE SOLDAGEM ................................... 43
4.4 RESULTADOS QUANTITATIVOS OBTIDOS DO PROJETO ...................................................... 47
5 CONCLUSES .......................................................................................................... 49
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .............................................................................. 50
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1 INTRODUO
As grandes mudanas que vm ocorrendo nas empresas tanto em aspectos
ambientais, sociais, tecnolgicos e, sobretudo no comportamento do consumidor,
trazem para as organizaes ameaas sua sobrevivncia, sendo que o principal
ponto a ser destacado a perda de competitividade pelos mais variados motivos.
Uma forma de contornar essa situao experimentada pelas empresas a
implantao constante de melhoria e aperfeioamento de seus processos
produtivos, com a finalidade de aumentar a sua produtividade, reduzir as suas
perdas, e consequentemente aumentar a sua eficincia.
De acordo com Contador (1998), o conceito de produtividade muito
importante nos dias atuais. Unindo qualidade e produtividade apresenta-se possvel
um sistema mais eficaz, o qual se torna competitivo para a empresa, pois a
produtividade de uma organizao medida atravs da relao entre os resultados
obtidos na produo e o total de cada recurso produtivo.
Diante tambm da elevada concorrncia entre as empresas, as perdas nos
processos produtivos acabam refletindo diretamente no posicionamento competitivo
da organizao. Visando reverter esse cenrio, a empresa tem como foco
aperfeioar e agregar maior valor ao processo produtivo, eliminar perdas e
retrabalhos e principalmente maximizar a qualidade e eficincia dos processos.
A empresa estudada de origem familiar e iniciou seus trabalhos no ramo
metalomecnico h poucos anos, ampliando assim suas oportunidades de negcios.
Devido ao seu pequeno histrico nesse segmento, a organizao tem algumas
dificuldades nos processos de soldagem, que acabam impactando na qualidade dos
seus produtos. Salienta-se que os principais fatores que vm contribuindo para este
cenrio so a falta de padronizao dos procedimentos, e a falta de domnio de
conhecimento sobre os processos aplicados, sendo que os mesmos no esto
procedimentados.
Desta forma, foi definido que para o presente trabalho o problema de
pesquisa seria identificar se a implantao de algumas melhorias nos procedimentos
do processo de soldagem poderia garantir a qualidade dos produtos soldados.
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O desenvolvimento desse trabalho de grande importncia, pois tem como
objetivo desenvolver e implantar melhorias dos procedimentos dos processos de
soldagem em uma empresa de mdio porte, de modo a garantir a qualidade dos
mesmos. Alm de identificar na reviso de literatura os elementos necessrios
relacionados aos processos produtivos e dos procedimentos dos processos de
soldagem, identificar os conjuntos soldados com maior ndice de no conformidade e
dependncia dos soldadores, desenvolvimento e criao dos elementos de melhoria,
desenvolver e criar procedimento para implantao do procedimento dos processos
de soldagem, treinamento e qualificao das pessoas envolvidas, verificao e
atualizao dos roteiros dos processos de soldagem, aplicar o modelo proposto.
A motivao para elaborao desse assunto poder aplicar os conceitos
adquiridos durante a graduao, mais especificamente na rea de processos, por
questes de identificao com o assunto e afinidade, com a finalidade de contribuir
para o crescimento e desenvolvimento da organizao.
Para o acadmico em Engenharia de Produo a realizao da pesquisa na
rea de processos de soldagem possibilita melhorias e ganhos para a empresa,
alm de proporcionar o conhecimento de todos os processos dos produtos em
questo, aumentando o desenvolvimento pessoal e crescimento profissional dos
mesmos, tambm disponibilizando este estudo para utilizao em estudos futuros.
Com a implantao dos procedimentos de soldagem, a organizao ter
grandes benefcios, pois o mesmo ajudar na organizao dos processos e
consequentemente no aumento da produtividade. Sendo assim, esse trabalho de
fcil aplicao, realizao e concluso.
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2 REVISO DA LITERATURA
Neste capitulo ser apresentado s referencias bibliogrficas pertinentes
relacionadas ao assunto escolhido para o trabalho, para criar embasamento e
adquirir melhor conhecimento sobre o tema pesquisado.
2.1 PROCESSOS DE FABRICAO E PLANEJAMENTO DO PROCESSO
O processo de manufatura de uma indstria consiste basicamente na
combinao dos processos envolvidos na converso de matria-prima ou de
produtos semiacabados em produtos finais (LORINI, 1993).
Ainda Segundo Lorini (1993), existem vrios processos de fabricao usados
para converter matria-prima em peas acabadas como a estampagem, usinagem,
soldagem, tratamentos trmicos, tratamentos qumicos, e outros. Dentre estes, os
processos de soldagem desempenham um papel muito importante na fabricao de
peas, como em todos os outros processos. Para que se alcance a qualidade
desejada de uma pea, so necessrios planos de processo bem estabelecidos.
Sempre que um novo produto projetado, deve-se efetuar o planejamento do
processo para a fabricao dos seus componentes, que Pereira (2010), define como
uma atividade de engenharia que transforma as informaes de projeto em
sequncia de operaes. um dos pontos chaves para garantir a integrao, obter
produtividade e alta qualidade na engenharia.
Lorini (1993) cita ainda como principais decises que so tomadas no
planejamento do processo de soldagem:
Seleo da matria-prima;
Seleo dos processos de usinagem das superfcies das peas;
Determinao da sequncia de operaes;
Determinao do mtodo de fixao da pea para cada operao;
Seleo dos equipamentos e ferramentas para as operaes de
usinagem;
Determinao das cotas e tolerncias de fabricao para as operaes
de usinagem;
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Seleo das condies de usinagem e determinao dos tempos
padres para cada operao.
A qualidade dos planos de processo, o documento resultante do
planejamento, influencia diretamente no trabalho preparatrio para a manufatura, e
consequentemente na sua durao, na qualidade das peas e produtos fabricados,
no grau de complexidade da programao da produo e nos custos de produo.
Por isso, o planejamento do processo fundamental para a manufatura (GASPAR,
2009).
2.1.1 Informaes bsicas para o planejamento do processo
No planejamento dos processos, devem ser feitas anlises pormenorizadas
da estrutura da pea, especificaes do material, volume de produo e condies
de fabricao, para que se tomem decises de forma apropriada quanto fabricao
da pea (FERREIRA, 2002).
2.1.1.1 Desenho e especificaes da pea
Segundo Lorini (1993), o desenho e as especificaes tcnicas da pea so
informaes bsicas para o planejamento do processo. Essas informaes podem
estar em desenho ou em arquivo de CAD, onde devem estar explcitas informaes
como:
Formas e dimenses da pea;
Cotas e tolerncias dimensionais e geomtricas;
Acabamentos superficiais;
Tipo de matria prima, propriedades do material.
2.1.1.2 Matria-prima
Existem diferentes tipos de matria-prima, como fundidos, forjados, laminados
a quente, a frio, entre muitas outras, bem como diferentes espessuras e
classificaes de acordo com as qualidades (FERREIRA, 2002).
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Entretanto, a seleo da matria-prima deve levar em considerao o material
solicitado no desenho da pea, alm das exigncias de propriedades mecnicas e o
custo da pea, pois dependendo das caractersticas mecnicas dos materiais das
peas pode haver limitaes para a escolha do processo. Como por exemplo, pode-
se citar a obteno de eixos de ferro fundido que limitam a utilizao de processos
de conformao (BENEDETTI, 2008).
2.1.1.3 Volume de produo
de grande importncia no planejamento do processo produtivo conhecer a
quantidade de peas a serem fabricadas num intervalo de tempo definido e a data
de entrega, para que assim se alcancem as exigncias de eficincia e eficcia na
produo dos itens e nos custos da manufatura. Assim tambm, pode-se identificar a
necessidade de mtodos alternativos, mquinas e ferramentas que devem ser
selecionadas para suprir essas exigncias. Portanto, o volume de produo de uma
pea determina o seu tipo de produo, e por consequncia o seu plano de processo
(FERREIRA, 2002).
Segundo Paranhos Filho (2007), os produtos podem ser iguais e servirem
para a mesma finalidade, mas a tecnologia de produo pode ser diferente em
funo das quantidades e serem produzidas.
Paranhos Filho (2007, p. 4) cita ainda que:
O baixo volume de produo implica organizaes simples e processos pouco padronizados, j o grande volume de produo exige organizaes complexas, altos nveis de padronizao de processos e do produto, alm de mquinas especiais, tudo para viabilizar economicamente a alta produo.
2.1.1.4 Equipamento de produo
Muitas vezes a modernizao de algumas mquinas necessria, visando
melhorar as suas funes e aumentar a produtividade, porm nem sempre a melhor
alternativa necessariamente aquela que emprega as mquinas mais avanadas.
Segundo Ferreria (2002), a escolha dos equipamentos que sero utilizados na
fabricao das peas, necessrio analisar alguns critrios bsicos, como por
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exemplo o nmero de ferramentas necessrias, tamanho do lote, preciso,
capacidades, tempos de preparao, ajustes e custo hora.
2.1.2 Documentao no planejamento do processo
De acordo com Ferreira (2002), depois que o planejamento do processo
estiver efetuado, documentos descrevendo o processo devem ser arquivados. Estes
documentos servem para guiar a organizao da produo no ambiente de fbrica,
inclusive a programao da produo, e para o operador realizar as operaes.
2.1.2.1 Folha de processo
Estes documentos, geralmente na forma de tabelas, so chamados de folha
ou plano de processos ou de operaes. Estas folhas de processo podem conter
informaes sobre operaes, ou detalhamento das operaes elementares
(FERREIRA, 2002).
A primeira folha contm uma descrio genrica do processo de manufatura a
ser executado. Incluem-se neste plano as operaes do processo, o equipamento a
ser utilizado em cada operao, o ferramental e o tempo padro estimado para cada
operao. Na Figura 1 ilustra-se um exemplo de folha de processo de operaes.
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Figura 1 - Exemplo de folha de processo de operaes
Fonte: Ferreira (2002).
J a folha de processos de operaes elementares contm o detalhamento
destas operaes e utilizada para direcionar o operador para a forma que deve
executar corretamente a operao. Neste plano incluem-se informaes como o
mtodo de fixao da pea, contedo e sequncia das operaes, equipamento e
ferramental utilizado, condies do processo, estimativas de tempos padres, entre
outras. Como o objetivo desta folha de processo descrever claramente cada
operao ao operador, faz-se necessrio que haja um desenho de fabricao da
pea nesta folha (FERREIRA, 2002).
A Figura 2 ilustra um exemplo de plano de processo para operaes
elementares.
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Figura 2 - Exemplo de Folha de processo com operaes elementares
Fonte: Ferreira (2002).
2.1.3 Processos no estruturados
comum identificar nas pequenas e mdias empresas processos no
estruturados adequadamente e a maneira de execut-los s est clara para quem o
faz e s est registrada na memria das pessoas. Alm disto, se vrias pessoas
executam o mesmo trabalho, normalmente cada uma faz de uma maneira diferente.
Portanto, de fundamental importncia montar um plano de produo bem
estruturado para que se resolva este problema. Como principal vantagem de ter um
processo bem estruturado assegurar que os produtos ou servios sejam
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20
padronizados, com as mesmas caractersticas de qualidade e satisfao as
exigncias dos clientes (GONALVES, 2000).
2.2 PRODUTIVIDADE
Em sua definio mais abrangente, produtividade uma medida da relao
entre o nvel de produo e o uso de insumos. Severiano Filho (1999) cita que a
definio de produtividade e eficincia est intimamente associada, e Macedo (2002)
complementa dizendo que o panorama competitivo vivenciado pelas organizaes
sem produtividade ou sem a eficincia do processo produtivo, dificulta para que
estas sejam bem-sucedidas ou at mesmo para que sobrevivam no mercado.
Zaccarelli (1990) cita que nos ltimos anos descobriu-se que o foco da
produtividade havia mudado, pois as empresas bem-sucedidas passaram a
perseguir um aumento constante da produtividade, no apenas para reduzir o custo
da mo-de-obra, mas principalmente para obter vantagens competitivas.
O autor cita ainda um exemplo, no qual se a empresa que escolhe competir
com novos produtos, precisa de agilidade para projetar, preparar prottipo, construir
ferramental, divulgar o novo produto, estudar processos, preparar mquinas e
fabricar. E a empresa s alcana esses atributos, necessrios competio no
campo escolhido se tiver alta produtividade e em virtude disso que muitos autores
como Severiano Filho e Macedo falam que a alta produtividade condio para
alcanar vantagens competitivas.
Severiano Filho (1999) faz uma anlise mais clssica sobre produtividade, e
toma como referncia trs definies:
Produtividade de Fator simples: quando utiliza apenas um dos insumos
usados no processo produtivo como medida, tais como capital, mquina, energia,
homem;
Produtividade de Valor Agregado: medido pela relao entre o valor
agregado e os diversos recursos de produo utilizados;
Produtividade de Fator Total: quando so considerados mais de um
insumo ao mesmo tempo, geralmente mo-de-obra e capital.
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Severiano Filho (1999) foi quem criou o conceito de produtividade mltipla dos
fatores, onde designa a relao entre alguma medida de produo e os possveis
fatores de produo: capital, trabalho, matrias-primas, energia.
2.3 QUALIDADE
Dentro do contexto mundial, a busca da competitividade tem exercido um
papel relevante para o aprimoramento e conquista de novos mercados e assim a
qualidade est sendo visualizada como uma forma de gerenciamento que, quando
implementada, melhora de modo contnuo o desempenho organizacional (VERAS,
2009).
A evoluo da qualidade passou por trs grandes eras, conforme mostrado na
Figura 3.
Figura 3 - Eras da Qualidade
Fonte: Maximiano (2000) apud Oliveira (2006).
No planejamento do processo, a qualidade pea fundamental, e quando um
plano de processo implementado, este deve considerar que todas as exigncias de
qualidade sejam atingidas, sem depender da habilidade do operador (FERREIRA,
2002).
Para complementar a justificativa da importncia da qualidade no
planejamento do processo produtivo, cita-se a definio que CROSBY (1998 p.31)
fez da qualidade, "Qualidade a conformidade do produto s suas especificaes".
As necessidades devem ser especificadas no planejamento do processo, e a
qualidade possvel quando essas especificaes so obedecidas sem ocorrncia
de defeitos.
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2.4 PROCESSO DE JUNO
O processo que consiste na ligao permanente ou contato de duas ou mais
peas, denominado de juno, conforme Martins (2009). Este processo classifica-
se de acordo com a forma de juno empregada, podendo ser direto, como por
exemplo, a soldagem e brasagem, ou ainda pela ao de elementos adicionais de
fixao, como parafusos e rebites. A Figura 4 mostra o esquema da classificao
das junes.
Figura 4 - Classificao dos processos de junes.
Fonte: Martins (2009).
2.4.1 Processo de juno por soldagem
Segundo SENAI (1996, p.5):
A soldagem pode ser definida como uma unio de peas metlicas, cujas superfcies se tornaram plsticas ou liquefeitas, por ao de calor ou de presso, ou mesmo de ambos. Poder ou no ser empregado metal de adio para se executar efetivamente a unio.
Na soldagem, os materiais das peas a serem soldadas devem ser se
possveis iguais, ou no mnimo semelhantes em termos de composio, assim como
tambm o material de adio, que deve ser igual em termos de caractersticas, pois
os materiais se fundem na regio da solda. O metal de adio deve ter uma
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23
temperatura de fuso prxima quela do metal-base ou, ento, um pouco abaixo
dela, para que no ocorra deformao plstica (SENAI, 1996).
A Figura 5 mostra uma viso transversal de um cordo de solda.
Figura 5 - Viso transversal de um cordo de solda
Fonte: Felizardo (S/D).
Martins (2009) cita como principais vantagens das junes soldadas
comparadas com outros processos, tais como rebitagem e parafusamento:
Reduo do peso;
Economia de tempo;
Melhor fluxo da fora;
Menores exigncias de limpeza das superfcies;
Sem envelhecimento;
Suporte de elevadas solicitaes mecnicas, tanto quanto a pea.
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2.4.1.1 Principais processos de soldagem
2.4.1.1.1 Soldagem oxiacetilnica
Conforme Marques et al (2007) a soldagem oxiacetilnica consiste no
processo de unio de peas pela fuso localizada do metal por uma chama gerada
na reao entre o oxignio e o acetileno. O material de adio, na forma de fio ou
barra, quando utilizado, aplicado pelo soldador com uma das mos, enquanto que,
com a outra, ele manipula o maarico, como se pode observar na Figura 6.
Figura 6 - Solda oxiacetilnica
Fonte: Marques et al (2007).
A temperatura alcanada com a chama oxiacetilnica de 3200C na ponta
do cone. A soldagem oxiacetilnica utiliza equipamento simples e de baixo custo e
pode ser usada para a soldagem de diversos tipos de metais. Marques (2007, p.)
comenta ainda que:
O mesmo equipamento, com pequenas alteraes no maarico, pode ser utilizado para corte, brasagem e tratamento trmico de pequenas peas. Contudo, devido sua baixa intensidade de calor e, consequemente, baixa produtividade, a soldagem oxi-acetilnica foi largamente suplantada pelos processos de soldagem a arco, sendo atualmente mais usada em manuteno e soldagem de chapas e tubos de parede fina.
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25
2.4.1.1.2. Soldagem a arco eltrico (MIG/MAG)
O processo de soldagem MIG/MAG considerado um processo
semiautomtico, pois utiliza como material de adio o arame eletrodo de
alimentao contnua, no qual o soldador precisa apenas controlar a velocidade de
avano durante a operao, mantendo a distncia do bico de contato pea
constante. Tambm so utilizados gases inertes ou ativos para proteger a regio de
solda. (SOLCI, 2012).
A Figura 7 ilustra o processo.
Figura 7 - Soldagem MIG/MAG
Fonte: ESAB (2005).
Na soldagem MIG/MAG, a altura do arco eltrico controlada pela diferena
de potencial (voltagem) aplicada entre os eletrodos.
ESAB (2005) cita como principais vantagens da soldagem MIG,MAG a
possibilidade de ser efetuada em todas as posies, no haver a necessidade de
remoo de escria, altas velocidades de soldagem e menos distoro das peas.
2.4.1.1.3 Soldagem a arco eltrico (TIG)
A soldagem TIG (tungstnio-inerte-gs), conforme SENAI (1996) uma das
que requer maior treinamento e habilidade do soldador, o calor necessrio para essa
soldagem provm de um arco eltrico estabelecido entre um eletrodo de tungstnio,
e o metal-base, mostrado na Figura 8.
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Figura 8 - Soldagem TIG
.
Fonte: SENAI (1996).
por no consumir o eletrodo que o processo TIG se diferencia da soldagem
convencional e do MIG/MAG, sendo que quando necessrio utilizar metal de adio,
procede-se como na solda oxiacetilnica, onde se utiliza a vareta, mas no se
devem estabelecer comparaes entre os dois processos (ASM TREINAMENTOS,
2013).
Na soldagem TIG a altura do arco eltrico controlada pela distncia eletrodo
pea, diferentemente da soldagem MIG, MAG.
As principais vantagens da soldagem TIG que solda todos os metais, tem
bom controle da penetrao, tambm possibilita ser efetuada em todas as posies
e possui baixos nveis de Hidrognio (ASM TREINAMENTOS, 2013).
2.4.2 Principais fatores que influenciam o processo
Segundo Bracarense (2004) existem vrios fatores que influenciam
diretamente a qualidade da soldagem, dentre os quais podemos citar como mais
importantes:
Espaamento entre eletrodos;
Condies dos materiais;
Uniformidade dos pontos de solda;
Rebarbas e ondulaes;
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Aquecimento;
Tempo;
Presso;
Resistncia mecnica.
Porm, Bracarense no cita um fator relevante no processo de soldagem, que
Santos e Mainier (2006) descrevem como sendo o fator humano. Quando o
processo de soldagem no automtico (executado por robs), o processo
realizado por operadores, e chamado de manual. Os processos manuais so
influenciados diretamente pela ao do homem e podem estar sujeitos a erros mais
frequentes.
Com a disponibilizao aos operadores de instrues detalhadas para
execuo das atividades, esses erros tendem a serem menos frequentes. Essas
informaes podem estar contidas em um documento chamado de plano de
processo. Uma vez definidas as atividades de cada operador, este responsvel por
realizar as suas soldagens conforme o plano de processo, nas especificaes e no
tempo definido pela rea de planejamento de processo.
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28
3 METODOLOGIA
Tendo definidos os objetivos da pesquisa e executado o embasamento terico
para a proposta do estudo, define-se ento o procedimento metodolgico de
pesquisa, que tem a funo de definir os parmetros utilizados no desenvolvimento
do estudo, bem como aspectos relevantes neste processo para que se alcancem os
objetivos finais.
Desta forma, para o presente estudo definiu-se a pesquisa-ao como
mtodo. Segundo Gil (2002), este tipo de pesquisa tem como objetivo proporcionar
maior familiaridade com o problema, com vistas a torn-lo mais explcito ou a
constituir hipteses.
O estudo foi realizado em uma empresa metalrgica de mdio porte situada
no municpio de Horizontina RS, com o objetivo de propor melhorias atravs de
estudos bibliogrficos e aplicaes junto empresa, podendo assim definir que a
pesquisa torna-se de natureza aplicada e descritiva, pois os procedimentos esto
detalhados aos procedimentos da mesma.
3.1 MTODOS E TCNICAS
O trabalho inicia com a etapa exploratria, com a pesquisa de campo, no qual
se buscou identificar em outras indstrias, formas de conter as no conformidades
da soldagens, quais documentos e instrues as mesmas utilizam, e que benefcios
tm com a utilizao dos mesmos.
Concluda a pesquisa preliminar, iniciou-se uma pesquisa aprofundada do
assunto, caracterizada pela busca de conhecimentos especializados na rea de
estudo, atravs de livros, peridicos e artigos, que contribuam com o embasamento
necessrio para fazer a proposta de um modelo de instruo de soldagem.
Em seguida, concentrou-se no estudo detalhado do processo realizado
atualmente pela empresa, e buscou-se conferir in loco a realizao do trabalho, os
procedimentos utilizados, informaes que os operadores tm e quais as
dificuldades encontradas pelos mesmos.
-
29
A partir de levantamentos de dados junto ao setor de qualidade da empresa,
pode-se analisar os indicadores existentes para o processo, descrio de no
conformidades e principais variveis que afetam estes indicadores e a partir da
anlise destes dados detectaram-se os principais causadores dos problemas
relacionados soldagem, definindo o problema de pesquisa do trabalho.
Na sequncia, descreveu-se o modelo de instruo de soldagem proposto,
utilizando fotos dos dispositivos e das peas, descrevendo como foi elaborado, que
informaes este documento contm e de que forma ele deve ser utilizado e
atualizado.
Como fase final do trabalho, as melhorias esperadas com a implantao da
instruo de soldagem proposta foram abordadas. Utilizando trs itens considerados
os mais crticos em nvel de no conformidades, avaliaram-se os ndices de
problemas antes e depois da aplicao da instruo, na qual se pode constatar uma
considervel reduo dos problemas relacionados soldagem.
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30
4 APRESENTAO E ANLISE DOS RESULTADOS
Nos resultados e discusses sero apresentados os processos estudados na
reviso da literatura, com base nos requisitos e orientaes para a elaborao do
procedimento do processo de soldagem, bem como os estudos do processo atual e
fatores que influenciam este processo, sendo que na sequncia, ser apresentada a
proposta de um modelo de procedimento para o processo de soldagem da empresa,
seguido dos resultados quantitativos da aplicao deste projeto.
4.1 HISTRICO E CARACTERIZAO DA EMPRESA
Criada em 1985, a Artefacto uma empresa de origem familiar que atua no
ramo metalomecnico e est situada na regio Noroeste do Rio Grande do Sul.
Inicialmente, a empresa fabricava apenas brinquedos e embalagens em madeira que
eram utilizadas principalmente para o transporte de peas e componentes.
A partir de 2003, a empresa passa a fabricar tambm peas metlicas e
introduz um processo inovador no mercado brasileiro, o emborrachamento de peas
metlicas, sendo uma das nicas empresas do Brasil a possuir este processo. Por
volta de 2003, identificando a necessidade de atender um mercado cada vez mais
exigente, a Artefacto implementa mais dois processos diferenciados, no segmento
de proteo superficial, o processo de galvanoplastia, ou seja, zincagem, e o
processo de pintura a p e liquida, alm de investir na melhoria dos processos de
corte com a aquisio de uma mquina de corte a laser.
Em 2005 a organizao, auxiliada pelo SEBRAE, inicia seus trabalhos
voltados qualidade, participando no Programa Gacho de Qualidade, e investe
esforos para, em fevereiro de 2008, obter a certificao ISO 9001:2000 atravs da
Bureau Veritas Certification, e passar em 2009 a ser a primeira empresa do interior
do estado a obter certificao ISO 9001:2008.
Por volta de 2009, a Artefacto buscou inserir-se em um novo mercado
consumidor, onde identificou grande potencial de crescimento, o mercado
marmorista. Atravs da realizao de estudos, com o intuito de identificar as
expectativas das empresas marmoristas, desenvolveu o projeto de uma mquina
-
31
polidora de rochas, (mrmores e granitos) a qual tem por objetivo facilitar o processo
de polimento de tais rochas e incluir a empresa no segmento de mquinas do setor.
No ano de 2010, a empresa identifica a necessidade de setorizar os seus
diferentes ramos de atuao, separando assim o segmento de madeira e de metal
em duas fbricas distintas, montando uma estrutura nica para a fabricao de itens
de madeira e outra para a alocao dos processos de fabricao em metal.
A partir do ano de 2010 at os dias atuais, a empresa vem vivenciando um o
crescimento constante das demandas, alm da expanso de sua carteira de clientes,
formada hoje principalmente pelas maiores montadoras do setor de mquinas
agrcolas. Desta forma, a Artefacto vem investindo cada vez mais na aquisio de
novos equipamentos, maquinrios, melhorias em infraestrutura e principalmente na
melhoria constante de seus processos de fabricao, para que desta forma possa
continuar atendendo de forma eficaz a todas as expectativas dos seus clientes, na
Figura 9, encontra-se uma imagem rea da estrutura da empresa.
Figura 9 Empresa Artefacto
4.2 ESTUDO DO PROCESSO PRODUTIVO ATUAL
4.2.1 Descrio do processo
O processo de soldagem realizado na empresa consiste no processo de MIG
MAG, o qual j foi citado anteriormente como sendo um processo que utiliza como
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32
material de adio o arame eletrodo de alimentao contnua, e no qual o soldador
precisa apenas controlar a velocidade de avano durante a operao de soldagem.
A empresa conta atualmente com 03 operadores realizando este processo e
esta mo de obra que se torna a principal preocupao dos gestores. Em virtude de
a rotatividade neste setor ser alta e do desenvolvimento deste processo exigir
habilidade de quem o executa, a qualidade e a produtividade tm grande tendncia
de diminuir, j que o volume de trabalho torna praticamente impossvel para o
operador concluir o perodo de adaptao e treinamento, vindo a soldar os itens de
produo antes mesmo de possuir o conhecimento mnimo dos procedimentos da
empresa.
Quanto s instrues e procedimentos de soldagem que a empresa possui,
todos os conjuntos soldados possuem roteiro de produo, no qual constam as
informaes referentes regulagem dos aparelhos de solda, bem como o desenho
da pea. A seguir, segue o fluxograma do procedimento para a realizao da solda.
Figura 10- Fluxograma do processo de soldagem
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33
Fonte: Elaborado pelo autor.
Segue o detalhamento do fluxograma do processo de soldagem apresentado.
a) O operador recebe a ordem de produo do supervisor. A ordem a
forma que ele tem para visualizar qual item deve ser produzido, em que
quantidade, qual o cdigo do dispositivo que ele deve utilizar e o desenho tcnico
do item, que deve conter as informaes sobre os cordes de solda a serem
feitos. A Figura 11 mostra um exemplo de ordem de produo utilizada hoje pela
empresa, onde as informaes referentes solda do item esto localizadas logo
abaixo da descrio dos componentes.
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34
Figura 11 - Ordem de produo da empresa
Fonte: Adaptado pelo autor.
b) O operador verifica se a voltagem, a amperagem e a vazo de gs
esto conforme especificado na Ordem de Produo, e se algum destes no
estiver conforme estipula a OP, deve ser feita a regulagem do aparelho de solda
para que o mesmo esteja de acordo com o especificado. Na Figura 12 tem-se
uma imagem dos equipamentos utilizados pela empresa para a soldagem
(aparelho de solda e o cilindro de gs).
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35
Figura 12 - Aparelho de solda.
Fonte: Elaborado pelo Autor.
c) O operador verificar na OP o cdigo do dispositivo de solda que deve
ser utilizado e aps buscar o mesmo na prateleira dos dispositivos. Todas as
ferramentas e dispositivos de solda so identificados com um cdigo e ficam
armazenados em prateleiras prximas s cabines de solda. Porm, devido ao
tempo de uso de alguns dos dispositivos, os cdigos podem acabar caindo ou
sendo danificados, ou ainda devido falta de organizao, o processo de
procurar os dispositivos nestas prateleiras acaba se tornando algo demorado,
alm de muitas vezes o operador no encontrar o que precisa. As Figuras 13
mostra de que forma esto dispostos os dispositivos e ferramentas nas
prateleiras e como a identificao dos cdigos.
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36
Figura13 - Prateleiras dos dispositivos
A Figura 14, mostra a identificao do cdigo do dispositivo preso junto ao
mesmo, da mesma forma como identificado o local onde o mesmo fica
armazenado na prateleira.
Figura 14 - Dispositivo com o cdigo de identificao
d) Operador analisa o desenho que est anexado atrs da O.P e verifica
os cordes de solda que ele deve executar. A empresa possui muitos itens que
necessitam de soldagem, e alguns com particularidades prprias quanto forma
de fazer o cordo, medidas, entre outros, ficando assim em certos itens
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37
dependncia direta da empresa com o operador que, por tempo maior de
empresa e prtica, conhece bem o processo, por isso da grande preocupao da
gesto com a rotatividade de funcionrios. Normalmente quando ocorre de o
operador no encontrar a informao que necessita para executar a soldagem,
ele recorre engenharia, que por sua vez o auxilia na identificao de
dimenses, desenhos atualizados, formas de cordes, entre outras.
e) Tendo todas as informaes necessrias para o desenvolvimento do
trabalho, o operador solda a 1 pea do lote, comunica o inspetor da qualidade
para que faa a verificao da pea, para garantir que a mesma esteja conforme
a especificao. Alm da verificao executada na primeira pea, realizada
outra checagem a cada 30 peas soldadas, evitando que, caso tenha alguma no
conformidade com o processo, o lote inteiro fique incorreto.
f) Aps soldar todo o lote das peas, o operador responsvel por
encaminhar as mesmas para o setor de respingos, pois diferentemente de
algumas empresas onde o prprio soldador retira os respingos resultantes da
soldagem, a Artefacto possui um setor em que h operadores especificamente
para realizar esta tarefa. Aps passar por este processo, a pea segue no fluxo
normal, seja para a pintura, zincagem ou direto para o estoque.
4.2.2 Indicadores de qualidade do processo
A empresa possui controle rgido dos seus processos de fabricao. Desta
forma, todas e quaisquer no conformidades encontradas durante a produo, ou
mesmo no estoque, so contabilizadas. De forma detalhada, o setor da qualidade
toma nota destas no conformidades, nas quais mantm registros de todos os
meses do ano, e de anos anteriores tambm, uma vez que o indicador destas no
conformidades utilizado como parmetro para a bonificao que a empresa
oferece ao final de cada ano. A planilha utilizada para o controle destes dados segue
na Figura 15.
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38
Figura 15 Controle de produtos no conformes
Fonte: Adaptado pelo autor.
Os dados que so coletados para gerar o indicador de no conformidades so
basicamente a quantidade da OP a ser produzida e quantas destas no esto em
conformidade, que podem muitas vezes ser um lote inteiro ou no. A Figura 16
mostra a forma como estes dados so contabilizados, para a gerao do indicador.
Figura 16 Tabela de quantidades produzidas vs quantidade de no conformidade
Fonte: Adaptado pelo autor.
O indicador gerado a partir destes dados, que segue na Figura 17, e tem
como mtrica Partes Por Milho, ou seja, divide-se a quantidade de no conformes
pela quantidade produzida, levando em considerao todos os problemas
relacionados soldagem naquele ms, e o resultado desta diviso multiplicado por
1 milho. O indicador tem como meta 5000 Partes Por Milho mximas de no
conformidades mensais.
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39
Figura 17 Indicador de no conformidades mensal
Fonte: Adaptado pelo autor.
Como se pode verificar no grfico da Figura 17, a meta de 5000 PPM no
vem sendo alcanada desde dezembro de 2012, quando j ultrapassava os 20000
PPM. No ms de janeiro h uma pequena reduo neste ndice, porm ainda assim
ultrapassa a meta, j o ms de abril teve o pior desempenho dos seis meses, onde o
PPM de no conformidades atingiu 64710 PPM, ou seja, um nmero 12 vezes maior
que o parmetro aceitvel. Analisando-se estes dados, percebe-se a necessidade da
avaliao das causas que esto levando a ndices no aceitveis de no
conformidades.
4.2.3 No conformidades causadas pelo operador
Feita a anlise dos dados e tendo a informao de que o maior ndice de no
conformidades surge em virtude de falhas do operador, realizou-se uma anlise de
todas as no conformidades ocasionadas por falha humana nesses primeiros seis
meses de 2013, das quais as mais recorrentes seguem descritas na Tabela 1.
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Tabela 1 Descrio das no conformidades
Descrio da NC Componentes soldados fora do esquadro ou desalinhados
Qtde total de NC 53 peas
Status 22 - Retrabalho 31 Sucata
Descrio da NC Excesso de solda
Qtde total de NC 134 peas
Status 125 - Retrabalho 9 Sucata
Descrio da NC Falta de penetrao da solda
Qtde total de NC 23 peas
Status 23 Retrabalho
Descrio da NC Excesso de respingo
Qtde total de NC 215 peas
Status 215 - Retrabalho
Fonte: Elaborado pelo autor.
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41
A expectativa quanto aplicao do modelo se no eliminar, reduzir
drasticamente os ndices de no conformidades existentes atualmente na empresa.
Para que se pudesse fazer uma anlise preliminar dos resultados desta aplicao,
observaram-se nos meses de maio e junho os itens que se destacaram mais pelas
quantidades de no conformidades. Foram escolhidos os trs itens com os mais
altos ndices de defeitos de soldagem, elaborando-se os grficos a seguir que sero
comparados mais tarde com os resultados obtidos aps a aplicao do modelo.
Figura 18 No conformidades de maio e junho
Fonte: Elaborado pelo autor.
O grfico da Figura 18 mostra os trs itens que foram escolhidos como
parmetro para o estudo das melhorias da instruo de soldagem proposta. Os
mesmos apresentavam um elevado ndice de no conformidades, como se pode
constatar comparando a quantidade produzida com a quantidade de itens com
problemas conforme o grfico. O item 71407659 teve 100 peas, das 170
produzidas, com problemas. J o 71431069 foram 123 peas no conformes de 165
produzidas, mas o item que mais se destacou foi o DQ71833 que teve todo o lote
condenado, ou seja, 100% dos itens no conformes.
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42
4.3 PROPOSTA DE UM NOVO PROCEDIMENTO PARA O PROCESSO DE
SOLDAGEM
Com o objetivo de contribuir com a melhoria contnua nos processos da
Artefacto e buscando um atendimento mais eficiente aos requisitos do cliente,
estudaram-se formas de aprimoramento para o processo de soldagem realizado pela
empresa. Primeiramente, buscou-se investigar o que outras empresas do ramo
estavam utilizando como instruo aos seus operadores, e que vantagens as
mesmas vinham lhes trazendo. Diferentes modelos foram analisados, layouts e
informaes que estes documentos deveriam conter, para serem eficientes,
buscando um melhor entendimento do operador quanto as suas atividades; bem
como padronizar a forma de realizar as tarefas e propor uma viso mais organizada
e produtiva do processo. A partir deste estudo, desenvolveu-se um modelo de folha
de processo, ou instruo de soldagem, contemplando as necessidades especficas
do processo de soldagem realizado na empresa, que ser apresentado a seguir.
4.3.1 Identificao da causa raiz
Para identificar a causa raiz destes problemas de qualidade na soldagem,
avaliaram-se as informaes dos seis primeiros meses do ano de 2013 listadas na
planilha de controle de no conformes da qualidade. Esta avaliao foi feita reunindo
os dados da planilha e identificando as causas mais recorrentes, onde se
evidenciaram dois fatores principais que afetam o processo, como mostra a Figura
19. Faz-se necessrio saber que nos dados apresentados no grfico a seguir esto
o nmero de registros na planilha, e no o nmero de peas no conformes,
podendo um registro abranger uma quantidade variada de vrias peas com
problemas.
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43
Figura 19 Causas de no conformidades
Fonte: Elaborado pelo autor.
Este grfico demonstra uma informao muito relevante para este estudo, e
foi com base na matriz de priorizao, feita inicialmente pela empresa, e nos
resultados desta avaliao que o presente estudo direcionou seus esforos. E por
isso se evidenciou que, apesar de o ndice de contribuio da engenharia e de
variveis do processo em si tambm serem altos, o operador o grande agente
influenciador neste caso, sendo o maior ndice de no conformidades associado
diretamente com a mo de obra. Dentre as causas das no conformidades
especificadas pela qualidade, as mais recorrentes foram a falta de ateno ou de
treinamento do operador.
4.3.2 Descrio do novo procedimento para o processo de soldagem
O conjunto de informaes enviado aos operadores de mquinas, atualmente,
impresso junto ordem de produo, como j foi colocado anteriormente, porm
identificou-se que as informaes de como fabricar o produto no esto sendo
eficientes. Desta forma, o modelo de instruo de soldagem que ser apresentado
agora, utiliza uma sistemtica um pouco diferente, e busca principalmente
complementar as informaes que j existem hoje.
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44
Utilizou-se como exemplo o item 6269532M91, o qual tem relatos de um
grande nmero de no conformidades, relacionadas posio dos itens no
dispositivo, falta de solda, soldas desalinhadas, entre outros. A Figura 20 mostra o
exemplo da instruo de solda proposta para a empresa. A seguir, ser feito seu
detalhamento.
Figura 20 Instruo de solda
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45
Fonte: Elaborado pelo autor.
O exemplo apresentado na Figura 20 mostra primeiramente, os dados gerais
da instruo de soldagem, ou seja, os que devem ser informados em todas as
instrues. Porm, este modelo pode variar um pouco de acordo com o item a ser
soldado, j que dependendo da complexidade da pea so necessrias informaes
adicionais ou mais detalhadas.
a) Descrio: refere-se ao item a ser soldado, sua descrio, como o
mesmo identificado, e seu nome;
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46
b) Cdigo: o nmero de identificao, cada item produzido tem um nmero
nico de identificao;
c) Cliente: refere-se a quem o item ser produzido, que empresa fez o
pedido e espera pela entrega do mesmo;
d) Gabarito: este campo deve ser preenchido com o cdigo do dispositivo a
ser utilizado nesta soldagem;
e) ITS: cada instruo recebe um cdigo de identificao, e este cdigo deve
estar descrito na ordem de produo, para que o operador que necessite desta
informao saiba qual das instrues deve seguir;
f) Proprietrio: nome da empresa proprietria do dispositivo.
g) Reviso: trata-se da reviso do desenho da pea. Este dado tem a funo
de garantir que todas as informaes estejam sempre atualizadas e na ltima
verso.
Estes so os dados gerais que devem estar descritos no documento. A partir
do preenchimento destas informaes, segue-se para o prximo passo, no qual se
observa o desenvolvimento da instruo de trabalho em si. Nesta etapa do
documento, as informaes so organizadas de acordo com os passos que cada
item exige para o desenvolvimento da sua soldagem, mas que devem seguir o
padro de formatao.
a) Foto do dispositivo: a primeira informao que se julgou importante
conter neste documento, foi a foto e o cdigo do dispositivo a ser utilizado, pois a
empresa possui muitos dispositivos de solda e alguns destes so
consideravelmente parecidos, podendo confundir o operador. Assim, alm de
economizar tempo na identificao e procura do mesmo, ele tem a certeza de
estar utilizando o equipamento correto.
b) 1 e 2 Passo: Neste exemplo, definiu-se como 1 passo, posicionar os
componentes a serem soldados. Para facilitar, foram colocados os cdigos dos
itens que devem ser montados para a soldagem, alm da foto dos mesmos, que
auxilia na visualizao e evita que seja feita de outra forma, a no ser a que est
descrita;
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47
c) 3 Passo: no passo trs, inicia-se a instruo dos pontos de soldagem das
peas. Com o auxlio da foto e das indicaes, o operador tem bem claro como
deve realizar o trabalho, evitando soldagens fora de posio e empenamentos.
Neste caso, s h pontos de solda, mas em casos onde h cordes maiores, este
passo deve ser dividido em mais etapas, tantas quantas se julgar necessrio para
que o operador possa compreender perfeitamente como executar a solda.
Tambm tendo em vista que as informaes dos produtos como desenho,
medidas, material entre outros, podem sofrer alteraes com o tempo, h uma
necessidade de estas instrues manterem-se atualizadas. Por este motivo, o
procedimento de trabalho da engenharia, responsvel pela criao das instrues,
deve receber um item adicional no qual institui a reviso de todas as instrues uma
vez ao ano, para garantir que as informaes cheguem sempre atualizadas ao
ambiente de fbrica.
Contemplando todas as informaes necessrias, as instrues devem ser
disponibilizadas em uma pasta protegida que ficar em um pedestal, sempre no
setor de soldagem na rea da superviso, de forma acessvel a todos os soldadores.
Apesar de esta instruo ser um documento simples e de fcil entendimento,
todos os operadores receberam treinamento sobre a mesma, para que saibam o
significado de cada informao contida neste documento, bem como de que forma
devem interpretar essas informaes e que vantagens tm com a sua utilizao.
4.4 RESULTADOS QUANTITATIVOS OBTIDOS DO PROJETO
Em virtude dos fatos apresentados na explanao do problema, no qual foram
identificados os trs itens com o mais elevado numero de defeitos, foram feitas as
instrues de solda, conforme o modelo proposto, para os trs itens e
disponibilizadas aos operadores j devidamente treinados. Iniciou-se ento o
monitoramento dos trs itens selecionados e aps dois meses da implantao das
instrues, pode-se formular um novo grfico com a comparao das no
conformidades encontradas nos meses de maio e junho, e nos meses aps a
implantao da nova instruo, julho e agosto.
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Figura 21 Antes e depois da aplicao do modelo de instruo
Fonte: Elaborado pelo autor.
O grfico demonstra uma situao muito diferente da apresentada naquele
anterior, pois os trs itens tiveram uma reduo significativa de no conformidades.
O Item 71407659 apresentou apenas 13 itens com defeitos, enquanto nos
meses anteriores apresentou 100. O item 71431069 tivera 22 no conformes nos
ltimos dois meses enquanto que antes tinha apresentado 123. J o item DQ71833,
que anteriormente tivera o lote todo condenado, apresentou apenas 40 falhas, uma
reduo de mais de 85% dos problemas, quando comparado aos meses de maio e
junho.
Estes dados comprovam a eficincia deste documento junto ao processo de
soldagem, onde se identificou uma melhora significativa nos ndices das no
conformidades, sendo todos os objetivos do presente estudo alcanados com xito.
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CONCLUSO
Visto que as organizaes esto inseridas hoje em um cenrio muito
competitivo e que vlida toda a melhoria que venha a contribuir para mant-la
neste mercado, evidencia-se inicialmente que o objetivo geral do TFC foi o de
desenvolver e implantar melhorias nos procedimentos dos processos de soldagem
em uma empresa metalrgica. O objetivo foi atingido conforme o item 4.4, no qual se
observou a avaliao realizada na empresa aps a utilizao da instruo.
Deve-se ressaltar que, atravs do conhecimento adquirido na reviso da
literatura, da compreenso do processo de produo realizado na empresa, e da
pesquisa de exemplos utilizados por outras organizaes, foi possvel atravs da
elaborao do modelo de instruo definir os padres para a realizao de tal
processo, layout, e demais informaes necessrias. Ainda destaca-se que a partir
da implantao do novo procedimento de soldagem, dedicaram-se esforos ao
treinamento e orientao dos operadores, atendendo a todos os objetivos
especficos definidos inicialmente para o estudo.
Atravs do presente trabalho, foi possvel proporcionar que a empresa, no que
diz respeito ao processo de soldagem, estabelecesse um padro das atividades,
melhorasse o entendimento do operador e facilitasse o acesso s informaes,
tornando o processo muito mais confivel e reduzindo significativamente as no
conformidades.
A partir destes resultados positivos, percebe-se a necessidade de estender a
aplicao do modelo a outros setores, analisando as particularidades de cada
processo, visando aumentar a qualidade e produtividade da empresa como um todo.
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50
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