Priscila de Oliveira Romcy Doutoranda do curso de Pós-Graduação em … · 2015. 1. 26. ·...
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Apontamentos para compreensão do Cariri cearense: estrutura de sentimento e
identidade dos artesãos do couro.
Priscila de Oliveira Romcy
Doutoranda do curso de Pós-Graduação em Geografia Universidade Estadual do Ceará.
e-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
O presente ensaio é uma reflexão inicial que visa discorrer sobre a importância do
artesanato em couro relacionado à formação regional do Cariri cearense. Para tanto,
temos o intento de expor uma análise da referida região e ressaltar a reprodução social
pautada no artesanato em couro como fomento do sentido cultural e simbólico para o
Cariri. Para o desenvolvimento dessa discussão cabe refletir o significado do trabalho
artesão, bem como seu sentido em diferentes conjunturas para apreendermos a estrutura
de sentimento que caracteriza a região.
O TRABALHO ARTESÃO E O CARIRI
O significado do indivíduo artesão, em sua origem, está relacionado diretamente
com a comunidade pré-capitalista. Ele, mesmo possuindo os instrumentos de trabalho
para confeccionar o seu produto, seu objetivo não é a criação de valor, mas a
“manutenção do proprietário individual e sua família, bem como da comunidade como
um todo.” (MARX, 2006, p.66). No que tange a reprodução social que engloba o
trabalho artesão, esta é explicitada por Marx (2006) da seguinte maneira:
Suas relações com as condições naturais de trabalho são os de proprietários; mas o trabalho pessoal tem de estabelecer
continuamente, tais condições como condições reais e elementos objetivos da personalidade do indivíduo, do seu trabalho pessoal (p.71).
Nesse sentido, vemos que o trabalho artesão produz uma obra, feita
cuidadosamente com base no conhecimento do ofício passado em gerações. Ainda nos
dias atuais, os artesãos reconhecem seus trabalhos realizados pela sua criatividade, que
seguem o tempo da criação e não o tempo do capital. Ou seja, o trabalho artesão é obra,
como nos afirma Lefebvre (2001), visto que atende uma necessidade social e não
subsiste como mero produto das relações de troca, apesar de estar inserido no mercado.
O trabalho artesão foi fundamental para a reprodução das relações sociais e
econômicas que se consolidavam no Brasil desde a colonização, e essas relações se
pautaram sobre o confronto entre os indígenas e a dominação dos colonos. Nas palavras
de Andrade (1995):
A influência cultural indígena se fez sentir de forma mais acentuada, de vez que a caça e a pesca abundantes promoveram uma intensa penetração dos alimentos indígenas na mesa dos colonizadores, muitas vezes já mamelucos. Também deu margem à utilização de utensílios de couro, como portas de casa, leitos, cordas, borracha de carregar água, alforge, malas, mochilas, peias para cavalo, bainhas de faca etc [...] (p. 48)
Podemos constatar que é através da atividade pecuária que a realização do
trabalho artesanal em couro será fomentada como atividade voltada para o suprimento
das necessidades da sociedade. Compreendemos ainda que a região do Cariri cearense é
rica em sentido pelo histórico de colonização que vem a se consolidar, seja pelos fatores
locacionais proporcionados pela Chapada do Araripe, seja pela inserção dos colonos em
conflito com o território indígena, como pela reprodução social de base sertaneja, em
decorrência da produção pecuária.
Esta região cresceu economicamente tendo por base a agropecuária, fato comum
ao sertão nordestino, o cultivo da cana-de-açúcar e os engenhos, em particular. A
criação de gado movimentou a economia, seja pela carne seca, como pelo trabalho em
couro dos artesãos, paripassu aos produtos vendidos nas mesmas feiras oriundos dos
engenhos. Beserra (2007) afirma que não se pode falar em indústrias propriamente
ditas até final do século XIX (p.33) pela já existência das oficinas de cunho artesanal
presentes na parte central dos povoados voltados para o comércio local. Ressaltamos
ainda que pela ruralidade das relações existentes, os artefatos em couro eram
demandados de várias ordens, para utensílios de usos agrícolas, voltadas ao vaqueiro,
bem como utensílios domésticos.
Concordamos que a região do Cariri tem grande apelo cultural construído
historicamente, e parte dessa característica se deve a força histórica que tem o artesanato
na região, inclusive àquele produzido com couro. É sob essa face da região, a de apelo
cultural que tem como símbolo a produção do artesão, que compreendemos o papel do
artesão do couro para a configuração do Cariri cearense, já que para nós, seu artesanato
é um processo inserido em relações sociais e não apenas um resultado ou objeto voltado
pra si mesmo (CANCLINI, 1983).
Mapa11: Proposta de delimitação do Cariri cearense
1 Não obstantes às tentativas históricas de delimitar o Cariri cearense, temos ainda, mais
contemporaneamente, as divergentes configurações propostas pelo IBGE (Instituto brasileiro de Geografia e Estatística), IPECE (Instituto de pesquisa e estratégia econômica do Ceará) e Banco do Nordeste; bem como a recente problematização no que concerne a recente Região Metropolitana do Cariri (RMC) por sansão de lei estadual no ano de 2009. Nesse sentido, buscamos nos pautar em Edith de Menezes e Irineu Pinheiro para delimitar inicialmente a região do Cariri a ser estudada em nossa pesquisa, visto que estes autores aludem aos aspectos históricos e identitários para a configuração da referida região.
NO TRAJETO DA PESQUISA
Na busca de compreender os valores, ideais e vivências dos artesãos do couro,
prezamos por uma metodologia de aproximação com a vida cotidiana desses sujeitos,
não obstante ao levantamento bibliográfico e documental sobre a temática2. Na intenção
de colher essas informações, partimos primeiramente de observações simples para
reconhecer de maneira espontânea como esses fatos ocorrem e dessa maneira pudemos
nos situar no problema. Não obstante às observações realizadas, a narrativa é uma
ferramenta metodológica importante, que a partir dos sujeitos, que expõem uma visão
do singular para que possamos refletir sobre as experiências vividas e socializadas por
eles. Em outras palavras:
A narrativa, utilizada como técnica de produção de dados, possibilita a superação da ênfase na objetividade, ao considerar o sujeito como produtor de um discurso que o representa e que o situa em seu contexto histórico e social, permitindo, ainda, o seu pensar crítico sobre si e sobre a realidade na qual está imerso. (FERNANDES, ARAUJO, TEIXEIRA, 2011, p.104).
Os coureiros da região caririense originalmente produziram artefatos para valor
de uso, como coronas e selas para cavalos bem como a proteção para o vaqueiro
(chapéu, luva, gibão, paletó) e outros utensílios de uso doméstico, atividades estas
relacionadas diretamente ao trabalho no campo e existentes como produto de relações
sociais inseridas no contexto histórico já exposto. Tais atividades se remetem à
experiências sociais próprias de um contexto formado por necessidades, crenças, modo
de falar, valores, que se analisados, como atesta Williams (1979), tornam-se cada vez
mais passíveis de identificação, e são explicitamente articuladas.
2Concordamos com Martins (1992) que a versão escrita dos fatos e seus arquivos muitas vezes desconhecem ou negligenciam muitas informações presentes na realidade, repassadas por um modo de vida, costumeiramente de maneira oral, e vivenciadas pela experiência.
Vemos, a partir das entrevistas realizadas em trabalho de campo3, que a maior
parte dos artesãos iniciou seu oficio com alguém da família, podendo ser pai, tio, irmão
ou cunhado, tendo esses familiares alguma relação com o trabalho no campo, seja como
agricultores ou vaqueiros.
Os artesãos com quem realizamos entrevistas variam de faixa etária, mas a maior
parte deles são idosos, na faixa etária acima de 60 anos, e em sua grande maioria,
realizam “de cabeça” os preços e a elaboração do design das peças produzidas, sem
auxílio técnico ou administrativo de órgãos do Estado/ privados.
É importante ressaltar que ao serem inquiridos sobre o que acham do seu
trabalho, em unanimidade afirmaram que gostam do que fazem, ‘capricham’ na
execução das peças e se satisfazem ao saber que o comprador (ou quem encomendou a
peça) está feliz e gostou do produto. Entretanto, a realidade do artesão em couro é
diferenciada segundo tipo de produção e público comprador. Tal fato, a partir de nossas
observações, promove uma visibilidade desigual desse artesanato, sujeita às pressões de
mercado e transformações decorrentes da contemporaneidade.
Dentre a produção de arreios, chapéus, sandálias etc. os artesãos que fazem selas
para montar, cometam da diminuição do uso do cavalo a partir da massificação do uso
da motocicleta, o que impacta diretamente no uso dos artefatos até então
confeccionados. Sobre este fato, alguns artesãos comentam saudosistas sobre como eles
enfeitavam as selas e como elas eram admiradas em sua beleza (ao contrário dos dias de
hoje).
Tais elementos retirados das narrativas dos próprios artesãos mostram a
complexidade que é esse ofício nos dias atuais, pois mesmo numa conjuntura
capitalista, na qual o valor de uso é subsumido ao valor de troca, os artesãos do couro
valorizam a obra (no sentido de Lefebvre), além de reconhecerem suas peças, alegando
que cada qual é única. Entretanto, como atividade realizada voltada à subsistência,
ocorre uma adaptação produtiva, como relatado por alguns artesãos, visto que para
continuarem fazendo o que sabem, estes tem que ouvir o que o mercado pede para 3 Entrevistas realizadas em trabalhos de campo em Abril de 2013 e Fevereiro de 2014 com artesãos do couro nos municípios de Barbalha, Crato, Santana do Cariri, Assaré, Campos Sales e Várzea Alegre.
consumo. Nessa lógica, diminui a confecção de artefatos voltados à demandas rurais ao
longo da expansão da confecção de sandálias, e demais adereços.
REGIÃO E ESTRUTURA DE SENTIMENTO
O trabalho artesanal permanece nos dias de hoje, cada vez mais voltado ás
demandas urbanas como sandálias, bolsas, carteiras, chaveiros etc., ou adequadas a ela;
modificando o produto, requerendo novas habilidades do artesão, bem como
competindo no mercado junto às indústrias e manufaturas.
Podemos observar que na região do Cariri ainda nos dias atuais, coexistem o
trabalho artesanal do couro, a manufatura e as indústrias, principalmente àquelas
voltadas para a fabricação de calçados. Vale ressaltar que mesmo que haja uma
produção variada de objetos artesanais em couro (como selas, seletas, rédeas, chapéus
etc.), grande parte dessa produção tem sido realizada em calçados, como podemos
observar em trabalho de campo. A partir da realidade vivenciada, vemos a reinvenção
do artesanato em couro, como este tem se adequado às demandas legais e de mercado;
sua difusão pelo mercado nacional e internacional, bem como sua coexistência e
concorrência com os produtos industrializados.
Não obstante aos incentivos econômicos para o crescimento da região,
gostaríamos de enfatizar a permanecia da atividade artesã em couro como uma
manutenção do saber fazer artesão, expressão da não alienação do sujeito para com seu
trabalho, e desse modo, a manutenção de uma expressão cultural que possibilitou a
construção histórica de uma estrutura de sentimento para a região.
Em consonância com os aspectos empíricos, no que tange às relações sociais
vividas que dão conteúdo à consciência social, acreditamos que uma estrutura de
sentimento permeia o Cariri cearense, considerando que a concepção dessa noção
segundo Williams (1979) é de : “uma qualidade particular da experiência social e das
relações sociais, historicamente diferente de outras qualidades particulares, que dá o
senso de uma geração ou um período” (p.133).
Assim, propomos que tal estrutura de sentimento, que tem por base a identidade
artesã pautada no couro, é o que confere à região o seu sentido cultural, que a
particulariza, somado aos demais elementos que a permeiam.
Para refletir o recorte de nossa pesquisa, trabalhamos temporalidades desiguais
em uma região com resquícios de um ‘modus operandi’ sertanejo, no qual o aspecto
particular da reprodução social se imbrica com os preceitos legados pela modernidade
como universais. Assim, corroborando com Martins (2000), efetua-se uma “colagem”
pelo fato da modernidade incorporar a cultura popular, relações sociais datadas,
conjugando passado e presente, perfazendo uma modernidade que não se completa.
Posto isso, para compreender o significado da região e desvendar por fim a
dinâmica que configura o artesanato contemporaneamente nas suas múltiplas
dimensões, recorremos às bases de entendimento sobre o trabalho e a cultura bem como
as correlações destas para com a configuração regional do Cariri cearense, pautando o
artesanato em couro como expressão de um processo que dá significado à região.
Se acreditamos na importância da escala regional, não podemos negar a
interação dos processos sociais particulares e globais configurando uma coerência
própria (LENCIONI, 2009). Contudo, tais aspectos podem tencionar essa configuração
regional sob várias feições considerando a totalidade social. Desse modo, podem
destacar-se como elementos para o delineamento da coerência regional a sua
representação institucional; a experiência histórica; organização econômica; traços de
identidade cultural dentre outros.
Geógrafos como Paasi (2001) ao promover o debate regional dá ênfase e
importância à contribuição da leitura cultural e da análise indentitária para a região pela
relação com o mundo vivido. Ademais, consideramos a conceituação de Paasi4 (2001)
como a mais completa para a nossa pesquisa tendo em vista a importância que o autor
delega aos agentes que configuram a região, pois em sua perspectiva:
4 Citação original: Regions (…) are social constructs that are created in political, economic, cultural and administrative practices and discourses. Further, in these pratices and discourses regions may become crucial instruments of power that manifest themselves in shaping the spaces of governance, economy and culture.
As regiões (...) são construções sociais criadas nas práticas políticas, econômicas, culturais e nas práticas administrativas bem como nos discursos. Além disso, nessas práticas e discursos as regiões podem tornar-se instrumentos fundamentais de poder que se manifestam na formação dos espaços de economia, governança e cultura. (p.18)
Desse modo, percebemos que o trato das características identitárias e culturais
são importantes para o debate regional. Sendo o trabalho artesanal um marco para a
região do Cariri cearense devido à sua construção histórica com base na vivência e
reprodução das relações sociais pautada nas atividades agropecuárias, acreditamos
possível refletir o Cariri como região, principalmente pelo traço cultural que tem por
base o trabalho artesanal, enfatizando àquele voltado para o trabalho em couro. Nesse
aspecto, entendemos que o desenvolvimento da sociedade se refere a uma vida social na
qual existe um sentido pleno criado, vivido e expandido pelo próprio homem em
sociedade, mesmo que não autoconsciente.
Posto isso, entendemos que as necessidades humanas a serem supridas não são
apenas de ordem natural de sobrevivência, mas de ordem socialmente construída, e
porque não dizer cultural, já que este conjunto delineia a totalidade social.
É importante ressaltar que o suprimento das necessidades humanas e as novas
necessidades criadas não são passíveis de compreensão apenas pela teorização. Faz-se
necessário entender a significação do processo, e este acontece por meio da experiência
dos sujeitos como atesta Thompson (2009):
[...] a experiência é um termo médio necessário entre o ser social e a consciência social: é a experiência (muitas vezes a experiência de classe) que dá cor à cultura, aos valores e ao pensamento: é por meio da experiência que o modo de produção exerce uma pressão determinante sobre outras atividades: e é pela prática que a produção é mantida. (p, 139)
Essa experiência, vivida no âmbito da coletividade, é base para a consciência e
para a cultura. Contudo, qualquer análise dos processos deve considerar os períodos
históricos e respectivos recortes espaciais em que acontecem os fenômenos. Posto isso,
a cultura historicamente se desenvolve como uma prática social, e desse modo, não
acontece senão, de modo paradoxal, marcando o cotidiano.
A partir do cotidiano do artesão do couro, observamos que sua história é
coletiva, mesmo que nem todos se conheçam ou morem em municípios diferentes da
região do Cariri. O que os aproxima é uma historia comum de autonomia e valorização
do seu trabalho como componente necessário à sociedade, uma identidade do artesão
para com o seu produto, e a inserção dessas habilidades e valores a partir de um
contexto sócio econômico histórico. Nesse sentido, entendemos que a estrutura de
sentimento pautada por Willams existe dentre os artesãos em couro, e isso é captado
atualmente pelo discurso do Estado cearense como um traço da região caririense a ser
particularizado e valorizado pela população como um todo. Entretanto, tal difusão desse
discurso pouco tem trazido possiblidades de valorização da memória e manutenção
desse saber fazer.
No que tange à contemporaneidade, vemos uma mudança do quadro econômico
e produtivo no Cariri, que Segundo Beserra (2007), até o período entre 1960-1970 o
PIB da região era definido pelas atividades voltadas à agropecuária, mas desde então,
com a mudança do cenário político estadual (em conformidade com a tendência
internacional de neoliberalismo) percebe-se que a indústria segue como propulsor
econômico e responsável também pelo fomento ao mercado de trabalho até os dias
atuais. É importante ressaltar que a referida região é reconhecida nacionalmente pela
produção industrial voltada aos calçados, que era um dos artefatos antes somente
produzidos pelos artesãos do couro.
Sobre essa nova realidade, vemos cada vez mais a influência da modernização
do setor coureiro e sua repercussão para os trabalhadores em âmbito regional, não
apenas formando novos trabalhadores para essas empresas, mas transformando antigos
artesãos em trabalhadores assalariados nas fábricas locais, sendo o couro sua matéria-
prima, e que consolidam seu produto final sob a imagem cultural do Cariri, num modelo
de produção que foge às raízes culturais.
CONCLUSÃO
Esta região do cariri Cearense, mesmo que indefinida em seus limites, no século
XXI, acumula novos elementos e partilha de outra conjuntura, a qual confere funções e
características particulares de processos econômicos e políticos descontínuos daqueles
que fomentaram as bases da produção artesanal em couro.
A região que buscamos compreender e que propala o artesanato como uma
identidade cultural está permeada de intencionalidades políticas e econômica pelas
instituições publica e privadas vigentes, que a mitificam ao trazerem para o âmbito do
discurso a contribuição cultural e histórica para a identidade regional. Entretanto,
negligenciam os sujeitos e suas relações cotidianas, fomentando cada vez mais uma
modernização material pautada na industrialização e permitindo o arrefecimento da
memória construída historicamente, o que possibilita um discurso cultural deturpado
para a presente manutenção política.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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