PRESERVAÇÃO DIGITAL. Por que preservar? A preservação de artefatos produzidos pelo homem permite...
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• Por que preservar?
A preservação de artefatos produzidos pelo homem permite às gerações futuras compreender e contextualizar a história e a cultura dos seus povos.
Por que preservar o digital?
Primeiramente, porque a maior parte da Primeiramente, porque a maior parte da produção intelectual humana é criada produção intelectual humana é criada por meios digitais.por meios digitais.
Para manter a habilidade de apresentar, Para manter a habilidade de apresentar, recuperar, manipular e usar a informação recuperar, manipular e usar a informação digital frente às constantes mudanças digital frente às constantes mudanças tecnológicas.tecnológicas.
Por que preservar o digital?
O material digital carrega consigo um problema estrutural que coloca em risco a sua longevidade (recuperação e acesso).
O material digital exige a presença de um contexto tecnológico, que muitas vezes não se encontra mais disponível.
O material digital pode ser manipulado sem deixar qualquer vestígio, sendo instáveis e extremamente vulneráveis à intervenção humana.
A dependência tecnológica torna o material digital vulnerável à rápida obsolescência..
FatoEm Março de 2003, foi anunciado que os computadores deixariam de integrar dispositivos capazes de ler Disquetes. Vários fabricantes seguiram imediatamente o exemplo.
Fato
Cartãoperfurado Cassete
FloppyDisk 5”
FloppyFloppyDisk 3.5”Disk 3.5” CD-ROM DVD Blu-rayPendrive
1960 1970 1980 1985 1990 1995
2002
2005
FloppyDisk 8”
1975
Cronologia das mídias de armazenamento
Fato
A capacidade de um documento digital sobreviver no tempo é:
1.Diretamente proporcional à facilidade em ser reproduzido
2.Inversamente proporcional à instabilidade do suporte utilizado
Conceito
Preservação Digital
A preservação digital consiste na capacidade de garantir que a informação digital permanece acessível e com qualidades de autenticidade suficientes para que possa ser interpretada no futuro recorrendo a uma plataforma tecnológica diferente da utilizada no momento da sua criação.
(FERREIRA, 2006, p.20)
InteresseInteresse
A preservação digital deve ser uma preocupação dos produtores e detentores da informação e dos responsáveis por grandes acervos de documentos em arquivos digitais.
Estratégias
As estratégias de preservação constituem-se em ferramentas projetadas para auxiliar o desenvolvimento do processo de preservação digital.
Ao longo do tempo inúmeras estratégias têm sido propostas com o fim de solucionar o problema da preservação digital.
Estratégias
A escolha da estratégia vai depender do dado, da natureza do material e quais aspectos devem ser mantidos, podendo variar de um repositório para outro.
Elas podem ser agrupadas em 2 classes :
• Estratégias Estruturais• Estratégias Operacionais
ADOÇÃO DE PADRÕESEstratégias Estruturais
ADOÇÃO DE PADRÕES
• Esta estratégia recomenda o uso preferencial de padrões e formatos de arquivos de dados abertos, com amplo acesso e assistência técnica, para os quais exista uma crescente tendência de estabilidade e suporte por longo prazo.
• A intenção é simplificar a aplicação das outras estratégias de preservação e maximizar a sua efetividade.
(THOMAZ E SOARES, 2005)
ADOÇÃO DE PADRÕESEstratégias Estruturais
ELABORAÇÃO DE MANUAIS
• Estes manuais fornecem orientações gerais quanto ao tratamento de objetos digitais e o gerenciamento dos riscos envolvidos na sua preservação.
• A intenção é reduzir os riscos de perda de informação de valor contínuo.
(THOMAZ E SOARES, 2005)
ADOÇÃO DE PADRÕESEstratégias Estruturais
METADADOS PARA PRESERVAÇÃO DIGITAL
• A adoção dessas estratégias tem como objetivo descrever os objetos digitais, assim como o hardware, o software, e o gerenciamento de requisitos do material digital.
• Os metadados de preservação devem conter informação técnica e administrativa sobre decisões e ações de preservação, registro e autenticidade dos recursos digitais ao longo do tempo.
(SARAMAGO, [s.d.])
ADOÇÃO DE PADRÕESEstratégias Estruturais
MONTAGEM DE INFRA-ESTRUTURA PARA PRESERVAÇÃO
• Uma instituição que decidiu assumir a responsabilidade de preservar objetos digitais por longo prazo só irá efetivamente concretizá-la através de uma infra-estrutura de hardware, software e pessoas, e um sistema de arquivamento digital adequado a esta finalidade, tendo em vista seu acesso a futuras gerações.
(THOMAZ E SOARES, 2005)
ADOÇÃO DE PADRÕESEstratégias Estruturais
FORMAÇÃO DE UMA REDE DE RELAÇÕES
• Um ambiente voltado para a preservação digital, para ser efetivo, deverá, organizar-se e envolver uma rede distribuída de relações.
(THOMAZ E SOARES, 2005)
ADOÇÃO DE PADRÕESEstratégias Operacionais
PRESERVAÇÃO DE TECNOLOGIA
• Conservação do contexto tecnológico (software e hardware, sistemas operacionais, entre outros) utilizado originalmente na concepção dos objetos digitais.
• Porém, esta não é uma estratégia utilizada por qualquer instituição, pois manter uma tecnologia obsoleta em forma utilizável requer um investimento considerável em equipamentos e pessoal, tornando-a inviável.
O foco não está no objeto conceitual, mas no objeto digital e seu ambiente (níveis físico e lógico).
ADOÇÃO DE PADRÕESEstratégias Operacionais
ARQUEOLOGIA DIGITAL
• Estratégia de recuperação de emergência e, geralmente, envolve técnicas especializadas para resgatar o conteúdo de mídias danificadas ou de hardware obsoletos ou danificados e ambientes de software.
• Não é tanto uma estratégia em si mesma, mas uma substituta para quando materiais digitais ficaram fora de um programa de preservação sistemática.
ADOÇÃO DE PADRÕESEstratégias Operacionais
REFRESCAMENTO
• Consiste na transferência de informação de um suporte físico de armazenamento para outro mais atual antes que o primeiro se deteriore ou se torne irremediavelmente obsoleto.
• Refrescamento ou atualização de dados são pré-requisitos para qualquer estratégia de preservação.
• O foco não está no objeto conceitual, mas no objeto digital e seu ambiente (níveis físico e lógico).
Exemplo: Cópia de arquivos de disquete para CD’s.
ADOÇÃO DE PADRÕESEstratégias Operacionais
UNIVERSAL VIRTUAL COMPUTER (UVC)
• Estratégia viável para garantir a preservação digital a nível técnico.
• A Universal Virtual Computer (UVC) é uma máquina virtual especialmente concebida para a preservação de objetos digitais, tais como em bibliotecas, arquivos e instituições similares.
• É uma estratégia de preservação descrita para facilitar a manutenção dos programas do computador através do tempo.
• É considerado um tipo de emulador
ADOÇÃO DE PADRÕESEstratégias Operacionais
EMULAÇÃO
• Estratégia utilizada para preservar informações de documentos digitais em seu formato original, por meio de programas emuladores.
• A grande vantagem desta estratégia está na capacidade de preservar as características e as funcionalidades do objeto digital original
• Essa estratégia é defendida como o melhor método na busca pela solução ideal de se preservar. (ROTHENBERG, 1998)
• Alguns afirmam que os emuladores ao ficarem obsoletos, se tornam tão problemáticos como manter os objetos digitais em formatos obsoletos.
ADOÇÃO DE PADRÕESEstratégias Operacionais
MIGRAÇÃO
• Migração para copiar dados, ou converter dados, de uma tecnologia para outra, seja de hardware ou software, preservando as características essenciais dos dados.
• Ela tem o objetivo de manter os objetos digitais compatíveis com tecnologias atuais de forma que um usuário seja capaz de recuperar a informação sem necessidade de recorrer a artefatos menos convencionais com, por exemplo, emuladores.
• O formato destino encontra-se, também, sob constante ameaça de se tornar obsoleto o que significa que será apenas uma questão de tempo até que uma nova migração tenha de ser administrada.
Técnica de preservação digital a nível do objeto conceitual.
ADOÇÃO DE PADRÕESEstratégias Operacionais
NORMALIZAÇÃO
• A estratégia de normalização simplifica o processo de preservação através de número controlado de formatos, que são escolhidos de acordo com cada sistema.
• Se baseia em normas internacionais abertas, o que torna capaz a interoperabilidade entre sistemas distintos.
• Tem como objetivo a redução dos custos da preservação.
ADOÇÃO DE PADRÕESEstratégias Operacionais
ENCAPSULAMENTO
• Estratégia que preserva, além do objeto digital, todas as informações necessárias para que seja decifrado e compreendido no futuro.
• Uma estratégia útil em conjunto com outros métodos de preservação digital.
ADOÇÃO DE PADRÕESEstratégias Operacionais
ATUALIZAÇÃO DE VERSÕES
• Estratégia de preservação mais utilizada.
• Ela consiste em atualizar os materiais digitais produzidos por um determinado software recorrendo a uma versão mais atual do mesmo.
• Permitem geralmente gravar os objetos importados no formato mais atual.
Exemplo: MS-Windows (doc e docx).
ADOÇÃO DE PADRÕESEstratégias Operacionais
CONVERSÃO PARA FORMATOS CONCORRENTES
• Estratégia que garante que objetos digitais sobrevivam a rupturas tecnológicas, convertendo-os para formatos de uma linha de produtos concorrente.
• Pretende resguardar conteúdos da descontinuidade dos softwares, ou seja, quando o software não passar por versões atuais;
ADOÇÃO DE PADRÕESEstratégias Operacionais
BACKUP
• Refere-se ao processo de fazer uma cópia exata de um objeto digital.
• Deve ser considerada a estratégia de manutenção mínima.
• A cópia em si não é uma técnica de manutenção a longo prazo.
Avaliação das estratégias
Apesar do número de estratégias de preservação não parar de aumentar, nenhuma foi até ao momento seriamente validada ou universalmente aceita.
A preferência por uma alternativa de preservação exige a ponderação de diversos fatores, entre eles:
Características da coleção, Satisfação da comunidade de interesse, Os custos associados ao processo de
preservação.
Avaliação das estratégias
O objetivo final de todas as atividades de preservação digital é manter valioso, acessível e útil o material digital disponível para as futuras gerações de estudiosos, pesquisadores e outros grupos de usuários.
ATIVIDADE
Resenha:
INNARELLI, H. C. Preservação digital: a influência da gestão dos documentos digitais na preservação da informação e da cultura. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, v. 8, n. 2, p. 72-87, jan./jun. 2011. Disponível em: <http://www.sbu.unicamp.br/seer/ojs/index.php/sbu_rci/article/view/487>. Acesso em: 01 jun. 2011.