PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …
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Presidente Prudente – SP 2017
ESTABELECIMENTO DO DRIS PARA LIMA ÁCIDA TAHITI NA REGIÃO NOROESTE DO PARANÁ
RICARDO AUGUSTO DA SILVA
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO EM AGRONOMIA
Presidente Prudente – SP
2017
ESTABELECIMENTO DO DRIS PARA LIMA ÁCIDA TAHITI NA REGIÃO NOROESTE DO PARANÁ
RICARDO AUGUSTO DA SILVA
Tese apresentada a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade do Oeste Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Agronomia.- Área de Concentração: Produção Vegetal Orientador: Professor Dr. José Eduardo Creste
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO EM AGRONOMIA
633.73 S586d
Silva, Ricardo Augusto da. Estabelecimento do DRIS para Lima Ácida Tahiti na região Noroeste do Paraná / Ricardo Augusto da Silva. – Presidente Prudente, 2017.
82 p. f.: il.
Tese (Doutorado em Agronomia) -Universidade do Oeste Paulista – Unoeste, Presidente Prudente, SP, 2017.
Bibliografia. Orientador: Professor Dr. José Eduardo Creste
1. DRIS. 2. Lima Ácida Tahiti. 3. Nutrição. I. Título.
DEDICATÓRIA
Dedico aos meus Pais Sebastião Aurélio da Silva e Lizete Ap. Schelbauer
da Conceição da Silva, as minhas irmãs Heloisa Celis da Silva e Renata Camila da
Silva, ao meu filho Bryan Braido Schelbauer da Silva e a todos que ajudaram a
concretizar mais um dos meus sonhos, afinal, a caminhada continua, sempre com
Fé, Força e Foco.
AGRADECIMENTOS
À DEUS, pela vida, saúde, inteligência minha e de todos que participaram do
trabalho.
Ao orientador professor Dr. José Eduardo Creste, pela parceria,
compreensão (muitas vezes agindo como um PAI), convivência e transmissão de
conhecimentos relacionados a pesquisa e conduta pessoal e profissional, bem como
sua assessoria na reitoria (Karine Lima e Maria do Carmo).
À todos os Professores, ao Coordenador do Curso e funcionários da
UNOESTE, pelo companheirismo e compreensão. Aproveito também para
agradecer aos funcionários da Fazenda Escola da UNOESTE Rosa e Edson
(Negão), bem como o professor Dr. Paulo Claudeir (Paulinho) e o professor Pedro
Veridiano Baldotto “Tomate” (estágio na docência).
Aos membros da banca examinadora professores Dr. Carlos Sérgio Tiritan e
Dra. Maira Uliana da UNOESTE, pesquisador Dr. Rodrigo Marcelli Boareto do
Centro de Citricultura Sylvio Moreira (APTA – IAC) e professor Dr. José Francisco
Grillo da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) .
À mãe do meu filho Alizete Braido de Oliveira, pelo apoio e compreensão
durante todo o trabalho.
Aos colegas de trabalho e amigos do Instituto EMATER Evalton Turci
Sidney, Cesar Lopes Scucuglia, Edimilson Moreira, Laércio Thomazella, Luis Carlos
Zacharias, Paulo Lavacqui, Josilvam José Antunes, Leda Mariza Freires de Araujo
Rodrigues, Icléya Martins Gabriel, Carlos Eduardo Peixoto Fontes, Paulo Roberto
Milagres, Eduardo Libanori, Rodolfo Mayer, Ailton Donizete Silverio (Ailtão), José
Francisco Lopes Junior (Chicão), Cristovon Videira Ripol, Douglas Mochi Victor,
Valdir Koch, Matheus Ribeiro, Jair Klein, Liane Poyer e Luiz Marcelo Franzin que
também me apoiaram durante a realização do Curso.
À todos os colegas da Pós-graduação Strictu Sensu (Mestrado e
Doutorado), em especial Eng. Agr. Dr. Wellington Guerra, Amarildo, Luanda Febo,
Alexandre Paião, Lucas Prado Paço (NEAGEO), Vinicius Jose Souza Peres,
professores Doutores William Takata, Tiago Catuchi Aranda, Alexandrius e Frank,
bem como todos os membros do Grupo de Pesquisa Agropecuária do Oeste
Paulista (GPAGRO) que estiveram juntos durante todo período na UNOESTE, foram
momentos valiosos.
Ao Governo do Paraná (Governador Beto Richa), através da Casa Civil
(secretário Valdir Luiz Rossoni), Secretaria da Administração e Previdência (SEAP)
(secretária Dinorah Botto Portugal Nogara) e Secretaria da Agricultura e
Abastecimento (SEAB) (secretário Norberto Anacleto Ortigara) pela liberação de
forma oficial para que eu pudesse cursar o Doutorado em Agronomia.
À gerência regional do EMATER de Maringá, representada pelo gerente
regional Cesar Miguel Candeo dos Santos, coordenadores Egberto Zulian e Carlos
Eduardo Vercesi pelo apoio prestado durante todo o curso, bem como à todos que
trabalham na unidade regional de Maringá.
Ao grupo de profissionais que trabalham com a cadeia produtiva da
Horticultura do Instituto EMATER, representado pelo extensionista José Odair Mazia
pelo apoio e acreditar no trabalho, bem como ao engenheiro agrônomo da
Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (SEAB)/Departamento de Economia
Rural (DERAL) Paulo Fernando de Souza Andrade.
Aos ex-prefeitos Edson Palotta Netto (Santa Fé), Sebastião Aurélio da Silva
(Iguaraçu), Pedro Vicentin (Ângulo), Gerson Zanusso (Nova Esperança) e Amarildo
Novato (Altônia), municípios participantes do projeto, pela autorização e apoio
durante a realização do trabalho.
Ao Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), pela parceira na realização do
trabalho, representado pelo Diretor Presidente Florindo Dalberto e Diretor Técnico-
Científico Tiago Pellini. A Dra. Heverly Morais, pela ajuda na obtenção dos dados
meteorológicos e aos Doutores Ademir Calegari, Rafael Fuentes Llanillo, Tumoru
Sera e Cezar Francisco Araujo Junior pelo apoio, bem como a todos os servidores
lotados no laboratório de análises agronômicas (solos e folhas).
À todos os agricultores familiares de Santa Fé, Altônia, Nova Esperança,
Ângulo e Iguaraçu – PR, em especial aos que participaram deste trabalho, ao amigo
Engenheiro Agrônomo da AHORTA e fruticultor Greder Maicon Laverde, cedendo os
dados e material para pesquisa, meu muito obrigado pela confiança e paciência. Aos
engenheiros agrônomos David Urgnani e Renan Oliveira da MINORGAN
fertilizantes. A equipe da COCAMAR de Altônia e ao engenheiro agrônomo Bruno
Sander Zulian.
Aos amigos Médico Veterinário M.Sc Rogério Morcelles Dereti da EMBRAPA
Gado de Leite, Engenheiro Agrônomo Dr. Moacir José Sales Medrado da MCA
Consultoria, Professor Dr. Arney Eduardo do Amaral Ecker, Engenheiro Civil José
Carlos Schiavinato, Engenheira Agrônoma Maria Helena da Cruz, Professor José
Henrique Campana (UNOPAR Londrina) e Engenheiro Agrônomo Ângelo Liberio
Robertina e sua esposa Ana Paula. Aos amigos de Iguaraçu e região Matheus
Milani, Jorge Fernando dos Santos (Jorge Barboza), Jorge Luiz Vitor de Souza
(Jorge Rasteira), Jhonatan Silva (Gaiteiro), Renan Jesus da Silva (Larva), Rômulo
Moreira da Silva, Walter Ferreira, Luiz Alberto Hirata, Aparecido Sena, Almir
Azevedo dos Santos (Banho e Tosa), Sebastião Roque Omenário (Tiãozinho da Ná),
Wanderson Goulart, Adão Francisco dos Santos, Adilson Nunes Pinheiro, Demilson
Gomes, família Pereira (Vitor, Vitor JR, Tia Ana), família Yamada de Mamborê - PR,
Osvaldo Bessa (agricultor Santa Fé), Ednilson Pedrazzani (Nicinho), família de
agricultores Sussai, Beloto (Liqueta e família), Ferreira (Jacarezinho), Pedrazzani
(José Arlindo e irmãos), José Luiz Zordan Passeri (Zé Luiz Café Acácia), João Rosa
Neto (João Bomba), administradora Janaína Aparecida da Silva (Pitangueiras –
Santa Fé) e administrador Valteir Galdino de Nóbrega (SANEPAR) pela parceria e
apoio.
Aos meus colegas de trabalho na Universidade Norte do Paraná (UNOPAR)
campus Arapongas Luiz Carlos Vidotto (coordenador do curso de Agronomia), Nilton
Fukushima, Ricardo Vignoto, Amanda Leticia Pit Nunes, Fabrício Gonzeli e Diego
Flavio Vieira (obrigado pela ajuda na elaboração de gráficos na tese), bem como
todos os funcionários (as) e a todos os acadêmicos (as) dos quais convivo
diariamente.
À todos os componentes da equipe da unidade municipal do Instituto
EMATER de Santa Fé e da prefeitura do Município de Santa Fé, em especial a todos
os diretamente envolvidos no trabalho diário Rosangela (mãe), Antonio Galindo e
Maria Almeida.
Por fim, aos Santafeenses Ivo (Mais Uma Obra), Cleusa Crivelari, Maria de
Fátima Almeida, Dalva Santos, Mirian Carla Favarin, Juvenal Scandelai Junior, Victor
Bottan, Severino, Irmão Doracil e Jornalista Marcelo Soares da Silva (Jornal O
Pioneiro) obrigado equipe.
"Toda sabedoria vem do Senhor DEUS e com ele esteve sempre e está antes de
todos os séculos; o temor a DEUS é plenitude da sabedoria, é o que enche dos seus
frutos aos que possuem (Eclesiástico cap. 1, ver. 1 e 20)”
RESUMO Estabelecimento do DRIS para Lima Ácida Tahiti na região Noroeste do Paraná O Brasil possuí uma área de 715.580 mil hectares de frutas cítricas (Laranja e Limão), resultando em uma produção no ano de 2015 de 17.926.518,00 milhões de toneladas, sendo que desse montante 47.391 mil ha são de Limão e Lima Ácida (IBGE, 2017), o que demonstra a importância da atividade para o país. No Paraná, o Limão/Lima Ácida Tahiti ocupa uma área de 1034 hectares, resultando em uma produção de 30.141 toneladas, gerando um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 50.637.384,00 milhões (1,8% da produção da fruticultura estadual), mostrando a importância da cultura para o estado. O trabalho foi realizado entre os meses de Fevereiro de 2015 à Julho de 2016 (safras 2014/2015, 2015/2016), em propriedades rurais situadas nos municípios de Santa Fé, Ângulo, Iguaraçu, Nova Esperança e Altônia, ambos no estado do Paraná. Obteve-se o estabelecimento das normas DRIS para a diagnose nutricional da Lima Ácida Tahiti (Citrus latifolia Tanaka) para o Estado do Paraná, utilizando como padrão a produtividade de 32,5 t ha-1 (safras 2014/2015 e 2015/2016). Observou-se nos dados das amostras do ponto de corte escolhido (acima de 32,5 t ha-1) que, no ano agrícola 2014/2015 a deficiência maior foi do nutriente B (40%), seguido do Mg (26%). Quanto aos teores dos nutrientes excessivos, verificou-se nos nutrientes S (25%), seguidos do Ca (20%) e K (18%). Já, nos resultados com os dados do ano agrícola 2015/2016, verificou-se deficiência de P (21%), seguido dos nutrientes B e Fe (20% ambos). Em relação aos teores de nutrientes excessivos, pode-se observar o K (21%), seguido dos nutrientes N (16%) e Mn (14%). Pode-se definir um critério para escolha de qual matriz gerada pelo sistema DRIS utilizar à nível de campo, haja vista que quanto maior a produtividade menor foi o IBN, através do cálculo e análise da correlação (r) entre o Índice de Balanço Nutricional (IBN) e matrizes DRIS para os diferentes níveis produtivos. obteve-se o estabelecimento das normas DRIS para a Lima Ácida Tahiti (Citrus latifolia Tanaka) para o estado do Paraná, utilizando como padrão, a produtividade acima de 32,5 t ha-1. Palavras-chave: Citros, Diagnose Foliar, Fertilidade do Solo, Citrus latifolia, Nutrição Mineral de Plantas.
ABSTRACT
Establishment of DRIS for Tahiti Lime in the Northwest of Paraná Brazil has an area of 715,580 thousand hectares of citrus fruits (Orange and Lemon), resulting in a production in the year 2015 of 17,926,518.00 million tons, of which 47,391 thousand ha are of Lemon and ‘Tahiti’ Lime (IBGE, 2017), which demonstrates the importance of the activity for the country. In the state of Paraná, the Lemon / ‘Tahiti’ Lime area occupies an area of 1034 hectares, resulting in a production of 30,141 tons, generating a Gross Production Value (VBP) of R$ 50,637,384.00 million (1,8% of state fruit production), showing the importance of the crop to the state. The work was carried out between February 2015 and July 2016 (2014/2015, 2015/2016), in rural properties located in the municipalities of Santa Fé, Ângulo, Iguaraçu, Nova Esperança and Altônia, both in the state of Paraná . It was obtained the establishment of the DRIS norms for the nutritional diagnosis of Tahiti Lime (Citrus latifolia Tanaka) for the State of Paraná, using as standard the productivity of 32.5 t ha-1 (2014/2015 and 2015/2016 crops). It was observed in the data of the samples of the selected cut point (above 32.5 t ha-1) that in the agricultural year 2014/2015 the major deficiency was nutrient B (40%), followed by Mg (26%). As for nutrient contents, nutrients S (25%), Ca (20%) and K (18%) were observed. Already, in the results with the data of the agricultural year 2015/2016, deficiency of P (21%) was verified, followed by the nutrients B and Fe (20% both). In relation to the contents of excessive nutrients, one can observe K (21%), followed by nutrients N (16%) and Mn (14%). It is possible to define a criterion for choosing which matrix generated by the DRIS system to use at the field level, since the higher the productivity, the lower the IBN was obtained by calculating and analyzing the correlation (r) between the Nutritional Balance Index IBN) and DRIS matrices for the different productive levels. it was obtained the establishment of the DRIS standards for Tahiti Lime (Citrus latifolia Tanaka) for the state of Paraná, using as standard, productivity above 32.5 t ha-1. Keywords: Citrus, Leaf Diagnosis, Soil Fertility, Citrus latifolia, Mineral Nutrition of Plants.
LISTA DE SIGLAS
MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
EMATER – Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural
IAPAR – Instituto Agronômico do Paraná
IAC – Instituto Agronômico de Campinas
UNOPAR – Universidade Norte do Paraná
AHORTA – Associação dos Hortifruticultores de Altônia
SEAB – Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná
DERAL – Departamento de Economia Rural do Paraná
DRIS - Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação
CND – Diagnose de Composição Nutricional
N – Nitrogênio
P - Fósforo
K - Potássio
Ca – Cálcio
Mg - Magnésio
S - Enxofre
B - Boro
Cl - Cloro
Zn - Zinco
Mn – Manganês
Cu – Cobre
Fe – Ferro
DVC – Divisão Celular
DFC – Diferenciação Celular
EC – Expansão Celular
M – Maturação
MOS – Matéria Orgânica do Solo
PRA – Índice Potencial de Resposta à Adubação
LVd – Latossolo Vermelho Distrófico
PVd – Argissolo Vermelho Distrófico
IBN – Índice de Balanço Nutricional
HLB – Huanglongbing – Doença Greening causada pelas bactérias Candidatus
Liberibacter asiaticus e Candidatus Liberibacter americanus.
AVINOPAR – Associação dos Avicultores do Norte do Paraná.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Imagem de satélite mostrando os municípios de Santa Fé (verde), Ângulo (preto), Iguaraçu (azul), Nova Esperança (vermelho) e Altônia (laranja)....................................................
29
FIGURA 2 - Mapa de localização mostrando os municípios de Santa Fé (laranja), Ângulo (rosa), Iguaraçu (roxo), Nova Esperança (marrom) e Altônia (verde)........................................................
30
FIGURA 3 - Imagem de satélite mostrando as plantas amostradas (pontos vermelhos e marcos amarelos).................................................
36
FIGURA 4 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Nitrogênio em 2015.......................................
40
FIGURA 5 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Nitrogênio em 2016.......................................
41
FIGURA 6 - Relação entre a produtividade das amostras de l Lima Ácida Tahiti e o teor de Fósforo em 2015...........................................
42
FIGURA 7 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Fósforo em 2016...........................................
42
FIGURA 8 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Potássio em 2015.........................................
43
FIGURA 9 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Potássio em 2016.........................................
44
FIGURA 10 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Cálcio em 2015.............................................
45
FIGURA 11- Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti o teor de Cálcio em 2016................................................
46
FIGURA 12- Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Magnésio em 2015........................................
47
FIGURA 13 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Magnésio em 2016........................................
48
FIGURA 14 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Enxofre em 2015...........................................
49
FIGURA 15 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Enxofre em 2016...........................................
49
FIGURA 16 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Boro em 2015...............................................
50
FIGURA 17 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Boro em 2016................................................
51
FIGURA 18 - Relação entre produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e teor de Cobre em 2015................................................
52
FIGURA 19 - Relação entre produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e teor de Cobre em 2016................................................
52
FIGURA 20 - Relação entre a produtividade dos lotes de Lima Ácida Tahiti e o teor de Ferro em 2015........................................................
53
FIGURA 21 - Relação entre a produtividade dos lotes de Lima Ácida Tahiti e o teor de Ferro em 2016........................................................
54
FIGURA 22 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Manganês em 2015......................................
55
FIGURA 23 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Manganês em 2016......................................
55
FIGURA 24 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Zinco em 2015..............................................
56
FIGURA 25 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Zinco em 2016..............................................
57
FIGURA 26 - Correlação (r) entre o Índice de Balanço Nutricional (IBN) e matrizes DRIS para os diferentes níveis produtivos.................
59
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - Exigências climáticas para cultivo da Lima Ácida Tahiti... 20 TABELA 2 - Dados climáticos no período de 2015 à 2016 das
Estações Meteorológicas do IAPAR em Londrina (LON) e Umuarama (UMU) - PR..................................................
31
TABELA 3 - Resultados de análises físicas de solos de áreas com cultivo de Lima Ácida Tahiti na profundidade de 0 a 50 cm safra 2015/2016...........................................................
31
TABELA 4 - Resultados de análises de solos de áreas com cultivo de Lima Ácida Tahiti nas profundidades de 0 a 20 e 20 à 40 cm safra 2014/2015...........................................................
32
TABELA 5 - Resultados de análises de solos de áreas com cultivo de Lima Ácida Tahiti nas profundidades de 0 a 20 e 20 à 40 cm safra 2015/2016...........................................................
33
TABELA 6 - Características das diferentes variedades porta-enxertos utilizadas para elaboração do banco de dados do DRIS Lima Ácida Tahiti para a região Noroeste do estado do Paraná................................................................................
34
TABELA 7 - Teores de macro e micronutrientes presentes em cama de aviário com 10 criadas (maravalha)..............................
35
TABELA 8 - Valores médios de macro e micronutrientes em folhas de Lima Ácida Tahiti em função da fase de desenvolvimento da planta para a diferenciação das sub populações de alta produtividade (A) e de baixa produtividade (B)...........
58
TABELA 9 - Resultados das análises químicas das amostras de folhas de Lima Ácida Tahiti ano 2015................................
60
TABELA 10 - Resultados das análises químicas das amostras de folhas de Lima Ácida Tahiti ano 2016................................
61
TABELA 11 - Valores médios e as relações possíveis entre os nutrientes, variância, coeficiente de variação, relação de variância entre sub populações A e B e (Teste F).............
64
TABELA 12 - Diagnóstico nutricional de plantas de Lima Ácida Tahiti segundo as normas desenvolvidas para produtividades acima de 32,5 t ha-1 ano 2015...........................................
68
TABELA 13 - Diagnóstico nutricional de plantas de Lima Ácida Tahiti segundo as normas desenvolvidas para produtividades acima de 32,5 t ha-1 ano 2016...........................................
70
TABELA 14 - Relação dos nutrientes estudados, faixas de padrões existentes e normas DRIS estabelecidas para a Lima Ácida Tahiti........................................................................
73
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................... 17 2 REVISÃO DE LITERATURA.................................................................... 19 2.1 Cultura da Lima Ácida Tahiti – Aspectos Gerais................................. 19 2.2 Fisiologia da Lima Tahiti........................................................................ 20 2.3 Aspectos Nutricionais da Lima Ácida Tahiti........................................ 21 2.4 Sistema DRIS.......................................................................................... 23 2.4.1 Sistema DRIS na Citricultura..................................................................... 3 MATERIAL E MÉTODOS.........................................................................
26 29
3.1 Caracterização Climática........................................................................ 30 3.2 Caracterização dos Solos....................................................................... 31 3.3 Coleta de Dados, Tratos Culturais e Cultivares................................... 33 3.3.1 Unidades de Amostragem......................................................................... 35 3.4 Métodos.................................................................................................... 3.4.1 Forma de Interpretação dos Resultados...................................................
36 38
3.4.2 Definição do Índice de Balanço Nutricional (IBN)..................................... 38 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................ 39 4.1 Estudo das Relações entre a Composição Foliar e a Produção..... 39 4.1.1 Macronutrientes......................................................................................... 39 4.1.2 Micronutrientes.......................................................................................... 50 4.2 Desenvolvimento da Metodologia DRIS na Cultura da Lima Ácida Tahiti.........................................................................................................
57
4.2.1 Definição das normas foliares................................................................... 58 4.2.2 Apresentação das normas de acordo com os parâmetros nutricionais.... 63 4.2.3 Relação DRIS estabelecida e faixas de padrões existentes .................... 73 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................... 74 6 CONCLUSÕES......................................................................................... 75 REFERÊNCIAS......................................................................................... 76
17
1 INTRODUÇÃO
A profissionalização da fruticultura é de extrema importância, pois
tornam-se cada vez mais elevados os custos de insumos e mão de obra. Assim,
deve-se racionalizar a produção, aumentar a produtividade e, paralelamente à
qualidade dos frutos. Muitos avanços têm sido observados, buscando-se a eficiência
no cultivo da Lima Ácida Tahiti, utilizando-se plantas mais produtivas obtidas por
meio do melhoramento genético, tanto nas variedades copa quanto nos porta-
enxertos.
Apesar destes avanços, o conhecimento profundo sobre a nutrição
mineral da Lima Ácida Tahiti, objetivando a recomendação de adubação racional
mostra-se um dos passos mais relevantes a serem considerados. Porém, faz-se
necessário a geração de conhecimentos relacionados a nutrição mineral de plantas
cítricas, haja visto que os parâmetros utilizados no estado do Paraná foram gerados
em pesquisas do estado de São Paulo.
A forma comum de suprir as necessidades nutricionais da planta é
feita, em sua maioria com base em análise química dos solos e quando se faz
análise foliar os resultados são comparados aos índices tabelados, sendo os níveis
de nutrientes analisados de forma isolada, não se considerando a interação entre
estes (SCUCUGLIA, 2012).
Embora tenha sido desenvolvido a partir de 1956, o desenvolvimento
do Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação - DRIS (Diagnosis and
Recommendation Integrad System) relaciona os teores de nutrientes e os analisa
aos pares, tendo como fundamento a Diagnose Fisiológica (BEAUFILS, 1957), esta
metodologia ainda não é bem conhecida e/ou divulgada aos técnicos de campo.
Estudos, com algumas culturas, utilizando o DRIS, têm sido realizados,
inclusive no Brasil, com boas perspectivas (BATAGLIA; SANTOS, 1990; CRESTE,
1996; CRESTE; NAKAGAWA, 1997; BATAGLIA et al., 2004; WADT, 2005;
PARTELLI; VIEIRA; COSTA, 2005; PARTELLI et al., 2006a; PARTELLI et al., 2006b;
CAMPOS, 2009; PIPERAS; CRESTE; ECHER, 2009; FARNEZI; SILVA;
GUIMARÃES, 2009; CRESTE; ECHER, 2010; LANA et al., 2010; FARNEZI et al.,
2010; MAIA, 2012; DIAS et al., 2013a; DIAS et al., 2013b; SCUCUGLIA; CRESTE,
2014; SILVA et al., 2015; DEZORDI et al., 2016; SALDANHA et al., 2017).
18
Devido à carência do conhecimento relativo à cultura da Lima Ácida
Tahiti aliada ao sucesso encontrado pela utilização do DRIS em diversas culturas,
procurou-se neste trabalho conhecer o ranking dos principais nutrientes exigidos e
as interações entre eles que influenciam a produção de lima ácida, bem como
algumas das variáveis capazes de afetá-los, e então derivar os seus resultados para
o estabelecimento do método DRIS nessa cultura, de acordo com as condições
edafoclimáticas predominantes para região Noroeste do Estado do Paraná.
19
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Cultura da Lima Ácida Tahiti – Aspectos Gerais
O Brasil possuí uma área de 715.580,00 mil hectares de frutas cítricas
(Laranja e Limão), resultando em uma produção no ano de 2015 de 17.926.518,00
milhões de toneladas, sendo que desse montante 47.391 mil ha são de Limão e
Lima Ácida (IBGE, 2017), o que demonstra a importância da atividade para o país.
No Paraná, o Limão e Lima Ácida Tahiti ocupa uma área de 1034
hectares, resultando em uma produção de 30.141 toneladas (SEAB/DERAL, 2017),
gerando um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 50.637.384,00 milhões (1,8% da
produção da fruticultura estadual), mostrando a importância da cultura para o
estado. Porém, para que essa atividade continue sendo rentável para os
agricultores, há necessidade de aumentar a produtividade e tornar a produção de
Lima Ácida Tahiti mais competitiva em relação as outras variedades cítricas.
A Lima Ácida Tahiti (Citrus latifolia Tanaka), conhecida e consagrada
entre os consumidores brasileiros como “limão Tahiti” é uma das preciosidades da
citricultura. Seu cultivo se difundiu pelos países das três Américas, único continente
onde o Lima Ácida Tahiti é produzido comercialmente (CEASA CAMPINAS, 2017).
O Centro de Origem da Lima Ácida Tahiti no mundo não é claramente conhecido
(LUCHETTI et al., 2003).
A seguir, tem-se conforme Luchetti et al. (2003) a classificação
taxonômica desta espécie:
• Família: Rutaceae
• Gênero: Citrus
• Espécie: Citrus latifolia (Yu. Tanaka) Tanaka.
O ciclo de desenvolvimento pode variar de 6 à 16 meses entre o
florescimento e a maturação dos frutos (MATTOS JR; QUAGGIO; CANTARELLA,
2009). Quanto às exigências climáticas, o Lima Ácida Tahiti tem grande adaptação
aos diferentes tipos de clima, conforme a Tabela 1.
20
TABELA 1 – Exigências climáticas para cultivo da Lima Ácida ‘Tahiti’. FATORES CLIMÁTICOS Precipitação média ideal 700 à 1200 mm Temperatura média ideal 22 à 33oC Fonte: (MEDINA; SILVA, 2003).
No Brasil, existem apenas duas seleções de plantas conhecidas
disponíveis, o 'IAC-5', também conhecido como 'Peruano' e a seleção 'Quebra-
Galho ' (contaminada por viróides), sendo as mais estudadas na Região Sudeste
do País (SANTOS et al., 2016).
Sob o aspecto nutricional, a lima ácida é rica em vitamina C, ácido
fólico, niacina e piridoxina, além de possuir, em sua constituição, compostos
fenólicos, entre outros compostos bioativos (substâncias com alto potencial
antioxidante) (VIANA, 2010).
2.2 Fisiologia da Lima Tahiti
A Lima Ácida Tahiti tem como característica o porte arbustivo, tronco
cilíndrico, raiz pivotante, profunda e amplamente ramificada, próxima à superfície do
solo. Trata-se de uma planta com metabolismo C3, sendo o desenvolvimento
vegetativo influenciado pela temperatura do ar, haja vista que as plantas brotam em
qualquer época do ano, sendo a brotação mais importante a da primavera, por ser
aquela que desenvolve mais flores (MEDINA, 2003).
Possuí folhas simples, coriáceas, glabras e lustrosas, de 3 – 7 cm de
comprimento, com pecíolo brevemente alado. As flores são solitárias ou em cachos
e os botões tingidos de púrpura, dispostos em racemos terminais curtos
(MACHADO, 2014). Seus frutos são robustos, de formato arredondado, casca lisa
ou ligeiramente rugosa, de coloração verde. A polpa é verde clara, muito suculenta e
sem sementes (TRUCOM, 2014).
A temperatura determina a velocidade das reações enzimáticas,
afetando a taxa de respiração nas plantas (MARENCO; LOPES, 2009) e no Tahiti
causa influência nos diversos processos fisiológicos, mas principalmente no
florescimento. Com temperaturas mais altas, o período de floração-maturação é
bastante encurtado e os frutos permanecem pouco tempo na planta depois de
21
maduros. Os climas quentes são propícios ao cultivo dos pomelos e toranjas, limas
doces e ácidas (JUNQUEIRA, 2013), haja vista que a faixa de temperatura ideal
para a cultura é de 22 à 33oC.
Além da temperatura, a umidade é outro fator considerado de
importância no cultivo da Lima Ácida Tahiti, tendo em vista sua alta suscetibilidade à
doenças fúngicas, especialmente a gomose, causada por fungos do gênero
Phytophthora (COELHO et al., 1998).
Os citros passam pelos seguintes estádios fenológicos: Indução Floral
(estímulos ambientais ligados a redução crescimento, ocasionados pela diminuição
de temperatura); Repouso Vegetativo (redução de taxa de crescimento ocasionados
pela seca ou inverno rigoroso); Florescimento (ocorre após o período de indução e
repouso, com maior intensidade quando existirem condições térmicas e hídricas
favoráveis, podendo ocorrer durante todo o ano); Fixação do fruto (fase bastante
extensa, iniciando-se após a polinização, podendo ocorrer queda dos frutos
ocasionado principalmente por fatores de ordem fisiológica, ambiental e
fitossanitária, acontecendo a maior queda em novembro); Crescimento do fruto
[(subdividido em 4 fases – DVC (divisão celular – define tamanho potencial fruto);
DFC (diferenciação celular); EC (expansão celular – rápido crescimento de 2 à 12
meses) e M (maturação – lento crescimento fruto, pequeno aumento sólidos solúveis
e rápido decréscimo acidez total)] (JUNQUEIRA, 2009), sendo recomendado o
estudo da fenologia do citros para cada condição edafoclimática de onde é cultivada.
2.3 Aspectos Nutricionais da Lima Ácida Tahiti
A Lima Ácida Tahiti por ser uma planta de ciclo perene, com porte
arbustivo, tem exigências nutricionais diferentes, de acordo com o seu ciclo
fenológico, onde a nutrição adequada dos pomares, por meio do manejo adequado
da calagem e adubação em pomares de citros torna-se importante fator de
produção, qualidade dos frutos e rentabilidade da atividade citrícola (MATTOS JR;
QUAGGIO; CANTARELLA, 2003), porém, poucas são as informações sobre
avaliação e manejo nutricional da Lima Ácida Tahiti.
Os macronutrientes primários atuam na planta cítrica de forma
significativa, o nitrogênio compõe a clorofila, proteínas, aminoácidos, amidos, dentre
outros. Já o fósforo é componente da Adenosina Trifosfato (ATP) e tem função
22
importante nas reações de oxidação e redução das células. Por fim, o potássio não
possuí função estrutural, mas sim metabólica, atuando como regulador e catalisador
do metabolismo das plantas (JUNQUEIRA, 2013).
O fornecimento desses nutrientes são, em sua totalidade, realizados
via adubações (fertilizantes minerais e orgânicos) preferencialmente no período das
águas (primavera – verão). Silva, Silva e Simão (2016), em trabalho realizado
avaliando a produção e nutrição da Lima Ácida Tahiti em função da adubação com
nitrogênio e potássio em cinco safras na região do Norte de Minas, concluíram que
as doses de N para alcançar a máxima eficiência técnica do limão são 90, 99, 69, 66
e 100 kg ha-1 de N, sendo que para alcançar a máxima eficiência econômica são 85,
95, 67, 64 3 93 kg ha-1 de N, na primeira, segunda, terceira, quarta e quinta safra,
respectivamente e as doses de K estimadas para alcançar a maior eficiência técnica
de limão são 126, 116, 101, 98 e 95 kg ha-1 de K2O, bem como as doses para obter
máxima eficiência econômica são 112, 105, 94, 90 e 88 kg ha-1 de K2O na primeira,
segunda, terceira, quarta e quinta safra, respectivamente.
Com relação aos micronutrientes (B, Zn e Mn), são estes os mais
importantes para a produção cítrica, cuja deficiência também é mais frequente em
condições edáficas brasileiras, sendo a deficiência de B a mais frequente na
citricultura (MATTOS JR; QUAGGIO; CANTARELLA, 2003).
Visando evitar os excessos, faz-se necessário a aplicação de
tecnologias eficazes no diagnóstico e recomendação de fertilizantes e corretivos. Em
trabalho realizado na Espanha, Martínez-Alcántara et al. (2016) constataram que no
passado, a produção de citros era focada exclusivamente na maximização do
rendimento para os mercados comerciais e que taxas de fertilizantes excessivas
foram assim fornecidas às culturas, assim, como consequência existiu um aumento
dos teores de macronutrientes, resultando em efeitos fitotóxicos no crescimento da
planta e contaminação das águas subterrâneas.
Uma tecnologia bastante eficaz no fornecimento de nutrientes e com
bom potencial para crescimento do seu uso na citricultura são as plantas de
cobertura, que de acordo com estudos científicos, aumentam o teor de Matéria
Orgânica do Solo (MOS), promove a reciclagem de nutrientes, levando para
camadas mais profundas do solo Ca, Mg, K, P e micronutrientes (RAGOZO;
LEONEL; TECCHIO, 2014).
23
Visando obter um diagnóstico nutricional das plantas, Malavolta (1992)
relatou que faz-se necessário recorrer a análise foliar como uma ferramenta a mais
para se fazer uma adubação adequada. De posse dos resultados, o método
tradicional de interpretação desses resultados é através da utilização da
comparação dos laudos laboratoriais contendo os teores de nutrientes encontrados
nas folhas com os valores médios de nutrientes para Citrus tabelados. Os teores de
nutrientes encontrados nas folhas não dependem exclusivamente da disponibilidade
dos mesmos no solo e sim de diversos fatores como combinações entre porta-
enxertos e copas, idade da folha e interações entre nutrientes.
Mattos Jr., Quaggio e Cantarella (2003) relataram que as faixas de
interpretação dos resultados da análise de folhas para a cultura de Lima Ácida Tahiti
foram inicialmente estabelecidas com base em estudos, principalmente, nos EUA e
depois adaptadas para as condições brasileiras.
2.4 Sistema DRIS
O Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS) tem como
objetivo o de disponibilizar, através de correlações de resultados de análises de
tecidos vegetais (folhas) com a produtividade das lavouras em questão, gerar
índices de cada nutrientes, facilitando assim a diagnose nutricional das plantas.
Souza et al. (2000) concluíram que as normas DRIS em lavouras cafeeiras do
Estado de Minas Gerais devem ser regionalizadas, haja vista que as diferentes
diagnoses nutricionais dos teores foliares reforçam a necessidade do
estabelecimento de padrões locais para avaliação do estado nutricional do cafeeiro
no Sul de Minas Gerais (REIS JUNIOR et al., 2000). Ainda segundo Reis Junior et.
al. (2000), normas DRIS preliminares foram estabelecidas para cafeeiros do Sul de
Minas Gerais, sendo que faz-se necessário redobrar cuidados com contaminações
decorrentes de aplicações foliares de micronutrientes, haja visto que as mesmas
podem prejudicar a diagnose nutricional de outros nutrientes pelo DRIS no cafeeiro
(BATAGLIA; SANTOS; QUAGGIO, 2000).
O monitoramento da fertilidade dos cafezais, utilizando de análises de
solos e folhas, tem sido cada vez mais recomendados, transformando-se em uma
prática indispensável, visando recomendações de corretivos e fertilizantes mais
equilibradas e economicamente mais interessantes.
24
Porém, mesmo utilizando análises de solo e folhas, existem limitações
que influenciam na recomendação, que com o Sistema Integrado de Diagnose e
Recomendação (DRIS) podem ser superadas, pois o sistema permite o cálculo de
índices para cada nutriente, utilizando-se relações entre um determinado nutriente e
os demais e comparando-as com uma população de referência (BATAGLIA et al.,
2004), proporcionando a determinação da sequência de limitação nutricional
(PARTELLI et al., 2006a), configurando-se como um método de interpretação da
análise foliar que considera o equilíbrio nutricional (FAQUIN, 2002).
Visando viabilizar o cálculo rápido do índice DRIS e índice potencial de
resposta a adubação (PRA) para o cafeeiro arábica por pesquisadores,
extensionistas e produtores, foi desenvolvido o programa eletrônico denominado
DRIS-PRA Café – Arábica, que utilizou normas DRIS geradas a partir de uma
população de referência composta por 159 lavouras de café das regiões de
Patrocínio, Guaxupé, São Sebastião do Paraíso, Manhuaçu e Viçosa, cujas
produtividades nos anos agrícolas de 1996 a 1999 superaram 30 sacas ha-1 na
média de dois anos consecutivos (LEITE et al., 2003). Andrade et al. (2005), em
trabalho realizado no Estado do Rio de Janeiro, concluíram que baseado no banco
de dados gerados foi possível estabelecer normas DRIS preliminares para a cultura
do cafeeiro o cálculo do índice DRIS permitiu detectar em cada lavoura de alta
produtividade amostrada a ordem decrescente dos nutrientes mais limitantes, seja
tanto por excesso, quanto por deficiência.
Wadt (2005) relata que o DRIS utiliza relações entre pares de
nutrientes, tanto macro quanto micro, e transforma os valores da concentração em
índices que variam entre positivo e negativo. Os dados para composição das normas
DRIS podem ser oriundos tanto de experimentos de adubação como de áreas de
plantios comerciais. Quando são utilizados resultados de áreas comerciais,
geralmente os dados não seguem a distribuição normal, sendo necessária a
normalização das populações com base em suas produtividades (PIPERAS;
CRESTE; ECHER, 2009).
O índice DRIS permite definir o grau de desvio dos nutrientes da
amostra com relação a uma referência, qual a sua localização em relação ao estado
nutricional, se adequado, em deficiência ou excesso, indicando a amplitude de cada
situação (PARTELLI; VIEIRA; COSTA, 2005). Com a utilização do DRIS, também
podem ser observados os nutrientes mais limitantes para as culturas para os
25
diversos locais, sendo que para a produtividade do café de sequeiro, na região do
Alto Paranaíba – MG, o DRIS apontou como principais nutrientes limitantes
(deficientes) o P (18,6%), Fe (15,3%), K=Mn (13,5%) e Zn=B (10,2%) nas amostras
foliares, sendo que as correlações entre os índices DRIS permitiram visualizar o
antagonismo e sinergismo entre os nutrientes (CAMPOS, 2009). Assim, o DRIS é
considerado um método menos afetado por pequenos efeitos locais de ambiente e
da própria planta quando comparado ao nível crítico (FARNEZI; SILVA;
GUIMARÃES, 2009).
Quando o índice DRIS de um nutriente assume valor negativo, é sinal
de que ocorre limitação desse nutriente por deficiência; no caso do índice desse
nutriente assumir valor positivo, indica limitação do nutriente por excesso e quanto
próximo de zero estiver, indicará que a planta encontra-se nutricionalmente
equilibrada (LANA et al., 2010). Farnezi et al. (2010), em trabalho realizado
avaliando a qualidade da bebida do café e aspecto nutricional dos cafeeiros do Alto
do Jequitinhonha – MG, através do DRIS, concluíram que o melhor equilíbrio do
estado nutricional das lavouras cafeeiras proporcionou produtividade de 65 sacas
ha-1 de café beneficiado e qualidade de bebida “mole” e “apenas mole” e que a
manutenção do equilíbrio do estado nutricional da lavoura proporciona elevada
produtividade e qualidade da bebida do café.
O DRIS também tem sido utilizado como ferramenta em outras
culturas. Sema et al. (2010), em pesquisa realizada na Índia utilizando o sistema
DRIS na cultura do abacaxi, concluíram que o diagnóstico gerado mostrou uma boa
concordância dos dados presentes nas análises de solos e folhas, dando forte apoio
a sua utilização na identificação e manejo de nutrientes em lavouras. Assim, ao
DRIS é atribuída a vantagem de identificar alguns casos em que a produção está
limitada por desequilíbrio nutricional, mesmo quando nenhum dos seus nutrientes
está abaixo de seu nível crítico (SILVA; RODRIGUES, 2013).
Scucuglia e Creste (2014) estabeleceram em trabalho realizado com a
cultura do tomateiro em cultivo protegido na região Norte Pioneiro do estado do
Paraná, as normas DRIS para produtividade de 8 kg planta-1 e diagnosticaram com o
DRIS, em lavouras com produtividades abaixo de 6 kg planta-1, deficiências relativas
de K e B e excesso relativo de Mg.
Dezordi et al. (2016) concluíram, em trabalho avaliando métodos de
diagnóstico para avaliar o status nutricional em cultivo de cenoura, que os métodos
26
univariados (faixa de suficiência e nível crítico), bivariados (DRIS) e multivariados
(CND) são igualmente eficazes no diagnóstico nutricional, reafirmando que a
avaliação do estado nutricional de plantas por meio da diagnose foliar, como o
Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS), vem destacando-se dos
métodos tradicionais de interpretação dos resultados da análise de tecido vegetal
(SALDANHA et al., 2017).
Savita et al. (2017) concluíram em seu trabalho no diagnóstico de
desequilíbrios nutricionais e nutrientes limitantes de rendimento em pomares com
baixo rendimento de Lichia (Litchi chinensis Sonn.), utilizando o DRIS na Índia, que a
abordagem utilizando o método DRIS é holística para identificar desequilíbrios
nutricionais na cultura, tornando-se uma técnica importante e ideal para a evolução
das estratégias de manejo de nutrientes para obter maiores rendimentos de frutos.
2.4.1 Sistema DRIS na Citricultura
O Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS) tem sido
cada vez mais utilizado visando melhorar o diagnóstico nutricional e recomendação
de fertilizantes para diversas culturas, inclusive as do gênero Citrus, onde trabalhos
estabelecendo normas foram realizados nas diversas partes do mundo (BATAGLIA;
SANTOS, 1990; BEVERLY, 1992; CRESTE, 1996; MORENO; LUCENA; CARPENA,
1996; CRESTE; NAKAGAWA, 1997; RODRÍGUEZ; ROJAS; SUMNER, 1997;
MOURÃO FILHO; AZEVEDO, 2003; MOURÃO FILHO, 2005; SANTANA et al., 2008;
SRIVASTAVA; SINGH, 2008; TORRES et al., 2010; HUANG et al., 2012; CAMACHO
et al., 2012; DIAS et al., 2013a; DIAS et al., 2013b; REZENDE, 2014; HERNANDES
et al., 2014; REZENDE et al. 2017).
Creste (1996), em trabalho realizado com o uso do DRIS na avaliação
do estado nutricional do Limoeiro Siciliano (Citrus limon (L.) Burmann) no estado de
São Paulo, Brasil, concluiu que o DRIS mostrou-se um método de fácil manipulação
e interpretação, com eficiência comprovada e as vantagens relatadas para o método
DRIS em relação ao método convencional de interpretação também foram
constatadas. Moreno, Lucena e Carpena (1996) em trabalho realizado na Espanha,
avaliando o efeito do fornecimento de Ferro na nutrição de diferentes combinações
de variedades de Citrus (copa e porta-enxerto), utilizando o DRIS, concluíram que é
27
possível identificar desequilíbrios nutricionais antes do aparecimento visual de
sintomas de deficiência nutricional.
Dias et al. (2013a) avaliaram cento e vinte glebas comerciais de
laranjeira ‘Pera’ enxertadas com limoeiro ‘Cravo’ no estado do Amazonas, Brasil e
concluíram que em mais de 50% das glebas monitoradas, os nutrientes K, Ca, Mg,
B, Mn e Zn foram, nesta ordem, os elementos que se encontram em maior
desequilíbrio nutricional por deficiência ou excesso a partir de normas genéricas com
o uso do método DRIS (PARENT, 2011).
Na Venezuela, Rodríguez, Rojas e Sumner (1997), concluíram em
trabalho utilizando o sistema DRIS para laranja ‘Valência’, que nem porta-enxerto e
a idade da árvore tiveram algum efeito apreciável sobre o valor
das normas DRIS desenvolvidas. Também na Venezuela, Torres et al. (2010)
concluíram que, ao utilizar a metodologia DRIS em Laranja (Citrus sinensis L.
Osbeck), principal limitação nutricional é a deficiência de P e Zn, seguida por
excesso de N e Fe.
Mourão Filho (2005) utilizando o DRIS no diagnóstico nutricional para
laranja ‘Valência’ sob três porta-enxertos diferentes no estado de São Paulo, Brasil,
concluiu que o DRIS, quando comparado com as faixas de suficiência, complementa
o diagnóstico nutricional, porque estabelece uma ordem de deficiência ou excesso
para cada nutriente, detectando deficiências ou excessos não considerados pelas
faixas de suficiência.
Santana et al. (2008) concluíram, em trabalho realizado com normas
DRIS para interpretação de análises de folha e solo, em laranjeira Pêra, na região
central de Goiás, que os resultados indicam a importância do desenvolvimento de
normas regionais, em vez da universalização, para aplicação do método DRIS.
Srivastava e Singh (2008) trabalhando com normas DRIS e seu campo de validação
em Tangerina na Índia, concluíram que o diagnóstico de restrições de nutrientes
com base na análise DRIS mostrou um boa combinação de dados de análise de
folhas e solo e essas observações dão um forte apoio à utilidade do DRIS na
identificação e gerenciamento de restrições de nutrientes em pomares de Tangerina.
Na China, Huang et al. (2012) em trabalho comparando três
abordagens sobre o equilíbrio de nutrientes, concluíram que o DRIS e o método de
Diagnose de Composição Nutricional (CND) foram adequados para diagnosticar o
estado de equilíbrio de nutrientes de árvores cítricas. O diagnóstico pode ser feito
28
em diferentes estádios do desenvolvimento da planta, independentemente da
cultivar, sendo que os nutrientes limitantes da produção podem ser facilmente
identificados e ordenados, de acordo com sua importância na limitação da
produtividade (HERNANDES et al., 2014).
Rezende et al. (2017) em trabalho estabelecendo as normas DRIS
para porta-enxertos Limão Cravo e Citrumelo Swingle no estado de Goiás – Brasil,
constataram que para os porta-enxertos, o nutriente foliar que mais limita o
desenvolvimento por deficiência foi o S e o que mais limita o desenvolvimento por
excesso foi o N e que a comparação entre a faixa de suficiência estabelecida pelo
DRIS e a faixa de suficiência estabelecida pelo método tradicional constituem uma
valiosa ferramenta para avaliação do estado nutricional de porta-enxertos.
Portanto, é de extrema importância o estabelecimento do sistema DRIS
nas diversas culturas para cada região produtiva, melhorando assim a diagnose
nutricional e auxiliando na recomendação mais acertiva de corretivos e fertilizantes.
29
3 MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi realizado no período de fevereiro de 2015 à julho de
2016 (safras 2014/2015, 2015/2016), em propriedades rurais situadas nos
municípios de Santa Fé, Ângulo, Iguaraçu, Nova Esperança e Altônia, todos no
estado do Paraná, pertencentes à região Noroeste do estado, com altitude de 538 m
(Santa Fé), 380 m (Altônia), 300 m (Ângulo), 558 m (Iguaraçu) e 550 m (Nova
Esperança) (IPARDES, 2016), conforme Figuras 1 e 2 abaixo.
FIGURA 1 – Imagem de satélite mostrando os municípios de Santa Fé (verde), Ângulo (preto), Iguaraçu (azul), Nova Esperança (vermelho) e Altônia (laranja).
Fonte: Google Earth elaborado por Próprio autor (2016).
30
FIGURA 2 – Mapa de localização mostrando os municípios de Santa Fé (laranja), Ângulo (rosa), Iguaraçu (roxo), Nova Esperança (marrom) e Altônia (verde).
Fonte: Elaborado por Paço (2017).
A produtividade das lavouras de lima ácida ‘Tahiti’ estudadas neste
período variou de 22 à 35 toneladas ha-1 de frutos, sendo estas obtidas nas safras
2014/2015 (julho de 2015) e 2015/2016 (julho de 2016).
3.1 Caracterização Climática
O clima dos municípios de Santa Fé, Iguaraçu, Ângulo, Nova
Esperança e Altônia é classificado, conforme Koppen como Cfa - Clima subtropical,
temperatura média no mês mais frio inferior a 18oC (mesotérmico) e temperatura
média no mês mais quente acima de 22oC, com verões quentes, geadas pouco
frequentes e tendência de concentração das chuvas nos meses de verão, contudo
sem estação seca definida (IAPAR, 2016). A Tabela 2 mostra os dados climáticos
obtidos nas estações meteorológicas do Instituto Agronômico do Paraná - IAPAR em
Londrina e Umuarama – PR, entre 2015 e 2016, estações oficiais que estão mais
próximas dos municípios que participaram do trabalho.
31
TABELA 2 - Dados climáticos no período de 2015 à 2016 das Estações Meteorológicas do IAPAR em Londrina (LON) e Umuarama (UMU) - PR.
Fonte: (IAPAR, 2017).
3.2 Caracterização dos Solos
Os solos onde foram coletadas as amostras de folhas de Lima Ácida
Tahiti predominantemente são classificados como LATOSSOLO VERMELHO
Distrófico – (LVd) e ARGISSOLO VERMELHO Distrófico (PVd) (EMBRAPA, 2013),
com classe textural média, amostragem realizada na profundidade 0,50 m (BRASIL,
Ministério da Agricultura, 2008), conforme Tabela 3 que segue.
TABELA 3 - Resultados de análises físicas de solos de áreas com cultivo de Lima Ácida Tahiti na profundidade de 0 a 50 cm safra 2015/2016.
Fonte: Próprio autor, 2016.
A Tabela 4 mostra resultados de 10 laudos de análises de solos de
áreas em estudo neste trabalho nas profundidades de 0 à 20 e 20 – 40 cm na safra
2014/2015 e a Tabela 5 mostra resultados de 10 laudos de análises de solos das
mesmas áreas e profundidades na safra 2015/2016, com determinações de pH em
2015 2016 MÊS LON UMU LON UMU LON UMU LON UMU
T OC T OC PREC. PREC. T OC T OC PREC. PREC. (mm) (mm) (mm) (mm)
JANEIRO 26,4 24,8 159,4 201,2 25,7 24,5 236,3 418,6 FEVEREIRO 25,0 23,6 242,6 173,8 25,4 24,7 260,9 308,4
MARÇO 24,5 23,3 89,9 120,3 24,1 23,7 114,3 131,9 ABRIL 23,2 22,4 100,9 65 25,2 24,0 78,0 79,0 MAIO 19,5 18,8 275,6 145,4 17,9 17,8 332,1 293,0
JUNHO 19,6 18,3 49,4 10,3 16,1 15,5 51,9 108,5 JULHO 17,9 17,4 434,7 346,2 19,0 17,5 58,2 33,8
AGOSTO 22,5 20,3 57,7 33,2 19,8 18,7 164,3 120,7 SETEMBRO 23,1 22,1 296,7 201,9 20,7 19,4 38,4 56,2 OUTUBRO 24,2 23,6 199,3 256,5 22,9 22,0 362,3 187,8
NOVEMBRO 23,5 23,1 416,2 516,1 24,6 23,5 77,8 87,3 DEZEMBRO 24,2 23,7 302,9 390,6 24,3 23,9 168,8 152,1
ANO 22,8 21,7 2625,3 2460,5 22,1 21,2 1943,3 1977,3
LOTES PESQUISADOS %
Argila Silte Areia
71 – 90 (Santa Fé) 36 8 56 50, 61 e 62 (Altônia) 19 4 77 11- 20 (Santa Fé) 24 5 71 21 – 30 (Santa Fé) 43 11 46
32
CaCl2, matéria orgânica, Al, P, K, Ca e Mg, conforme a metodologia descrita por
Pavan et al. (1992), com o objetivo de demonstrar as características químicas dos
solos onde são cultivadas as plantas de Lima Ácida Tahiti nos municípios relatados.
TABELA 4 - Resultados de análises de solos de áreas com cultivo de Lima Ácida
Tahiti nas profundidades de 0 a 20 e 20 à 40 cm safra 2014/2015.
Fonte: Próprio autor (2015).
Observou-se uma grande variabilidade nos dados das análises de
solos apresentados, demonstrando os diferentes níveis de fertilidade dos lotes
pesquisados, porém, percebem-se teores elevados do nutriente fósforo [P] (extrator
Mehlich 1), em ambas as profundidades amostradas, fato inverso ocorre com o
nutriente Cálcio, que de acordo com Albrecht (2011), nos solos agrícolas deve-se
almejar na composição da Capacidade de Troca Catiônica (CTC) de 50 à 70% de
Cálcio, 10 à 15% de Magnésio e 3 à 5% de Potássio.
LOTES PESQUISADOS pH M.O. P H + Al Al K Ca Mg CTC Sat bases
CaCl2 g kg-1 Mehlich mg dm-3
mmol dm-3
(V%)
PROFUNIDADE 00-20 cm
71 – 90 6,0 15,6 58,9 25,4 0,0 3,0 30,2 13,5 72,1 64,8 92 – 100 5,5 11,4 23,2 18,8 0,0 1,8 27,0 10,6 58,2 67,7 21 – 30 5,5 7,7 34,8 25,4 0,0 1,8 16,2 6,1 49,5 48,7 11- 20 6,0 25,1 103,5 27,3 0,0 5,0 52,2 10,6 95,1 71,3 51 – 60 5,5 16,5 73,9 29,4 0,0 2,3 23,5 11.5 66,7 55,9
PROFUNDIDADE 20-40 cm 71 – 90 5,7 9,1 25,6 27,3 0,0 5,3 21,0 9,4 63,0 56,7 92 – 100 5,3 5,0 18,0 29,4 0,0 1,4 12,5 5,7 49,0 40,0 21 – 30 4,4 5,4 11,2 31,7 3,0 2,0 7,2 5,7 46,6 32,0 11 – 20 6,0 16,1 81,3 27,3 0,0 3,8 45,5 10,2 86,8 68,5 51 – 60 4,7 6,1 31,1 36,8 1,0 3,0 8,0 4,5 52,3 29,6
33
TABELA 5 - Resultados de análises de solos de áreas com cultivo de Lima Ácida Tahiti nas profundidades de 0 a 20 e 20 à 40 cm safra 2015/2016.
Fonte: Próprio autor (2016).
Observou-se uma grande variabilidade nos dados das análises de
solos apresentados, demonstrando os diferentes níveis de fertilidade dos lotes
pesquisados.
3.3 Coleta de Dados, Tratos Culturais e Cultivares
Na formação do banco de dados que alicerçou todo o desenvolvimento
dos padrões nutricionais do DRIS para a cultura da Lima Ácida Tahiti, procurou-se
armazenar informações que contemplassem uma ampla variabilidade de dados,
como diferentes idades, variedades, espaçamentos, tratos culturais, adubação, etc.
Esta variabilidade é interessante, uma vez que, segundo Beaufils (1973), ela
representará ‘n’ repetições de um grande experimento desenvolvido ao acaso.
Pretendeu-se detectar aspectos produtivos aleatórios, porém significativos para a
caracterização dos componentes nutricionais pertencentes à produtividades
elevadas.
Assim, na realização deste trabalho, foram coletadas amostras de
folhas de 100 talhões de Lima Ácida Tahiti (Citrus latifólia Tanaka), presentes em 13
propriedades rurais, durante duas safras agrícolas 2014/2015 e 2015/2016,
totalizando 200 amostras foliares, enxertadas nas variedades porta-enxertos Limão
Cravo (Citrus limonia Osbeck), Flying Dragon (Poncirus trifoliata var. monstrosa) e
Trifoliata (Poncirus trifoliata), as quais tem características apresentadas na Tabela 6.
LOTES PESQUISADOS pH M.O. P H + Al Al K Ca Mg CTC Sat bases
CaCl2 g kg-1 Mehlich mg dm-3
mmol dm-3
(V%)
PROFUNIDADE 00-20 cm
71 – 90 6,2 15,9 85,7 27,3 0,0 2,0 33,0 11,1 73,4 62,8 92 – 100 6,5 9,8 17,2 23,5 0,0 1,6 30,0 10,6 65,7 64,2 50, 61 e 62 5,0 22,6 22,7 39,7 0,0 4,7 16,7 6,5 67,6 41,3 11- 20 5,7 17,9 157,1 31,7 0,0 3,8 33,2 10,2 78,9 59,8 51 – 60 5,1 19,3 106,7 36,8 0,0 2,0 20,5 7,8 67,1 45,1
PROFUNIDADE 20-40 cm 71 – 90 5,9 10,3 57,7 29,4 0,0 3,5 21,2 11,5 65,6 55,2 92 – 100 5,8 8,9 13,3 29,4 0,0 1,8 26,2 11,1 68,5 57,1 50, 61 e 62 4,7 18,7 10,5 39,7 1,3 1,6 11,2 5,3 57,8 31,3 11- 20 5,8 16,5 55,4 31,7 0,0 3,8 33,2 10,2 78,9 59,8 51 – 60 4,8 11,6 56,7 34,2 0,5 1,8 11,5 6,1 53,6 36,2
34
TABELA 6 – Características das diferentes variedades porta-enxertos utilizadas para formação do banco de dados do DRIS Lima Ácida Tahiti para a região Noroeste do estado do Paraná.
Fonte: (CITROLIMA, 2016).
Os pomares amostrados neste trabalho possuem cultivares copa IAC-5
“Peruano”, “Quebra-galho” e IPR 165. As coletas foram realizadas na 3a ou 4a folha,
a partir do fruto, exposição N, S, L e O, uma de cada quadrante, conforme
metodologia descrita por Malavolta (2006). O espaçamento utilizado nas áreas
variou de 2,5 à 8,0 m entre plantas e 6 à 8,0 m entrelinhas, configurando a presença
de pomares tanto no sistema adensado como no sistema tradicional de produção de
Lima Ácida Tahiti.
A adubação média realizada nos talhões amostrados tem como base a
aplicação de cama de aviário (20 t ha-1 em média), com a utilização na grande
maioria (90%) de adubação mineral com a preferência pelo formulado 20-05-20 na
dosagem média de 400 kg ha-1 (considerando espaçamento de 7 X 4 m) (1,1 kg por
planta), parceladas em três aplicações entre os meses de agosto à novembro.
Também, na metade dos talhões (50%) utilizados na pesquisa, foram aplicados
adubos foliares via pulverização, contendo em sua composição nutrientes como
Zinco, Boro e Cobre. Os teores de nutrientes médios presentes em cama de aviário
são apresentados na tabela 7 que segue.
Limão Cravo Trifoliata Flying Dragon Espaçamento Convencional Convencional Adensado Origem China China Japão Porte Grande Médio Pequeno Tamanho frutos da copa Grande Médio Médio Porcentagem ocorrência (168 lotes pesquisados) 76 4 20
35
TABELA 7 – Teores de macro e micronutrientes presentes em cama de aviário com 10 criadas (maravalha).
Fonte: (AVINOPAR, 2010).
A produtividade média dos talhões foi obtida com base em anotações
realizadas pelos agricultores em cada colheita, durante os 30 dias de cada mês,
onde foi feita a quantificação de quantos quilos cada planta amostrada produziu
durante o ano.
As amostras de folhas foram acondicionadas em sacos de papel e
transportadas para o Laboratório de Análise de Tecidos Vegetais da UNOESTE –
Presidente Prudente, onde foram lavadas, secas, moídas e submetidas às análises,
conforme metodologia descrita por Malavolta, Vitti e Oliveira (1997). Os resultados
foram então utilizados para a formação do banco de dados do DRIS.
3.3.1 Unidades de Amostragem
Dentro de cada talhão referenciado, escolheram-se de forma aleatória
plantas que foram definidas como UNIDADE de amostragem. Portanto, as amostras
foliares e a produtividade tem por base plantas individuais, as quais foram
georrefenciadas através do Global Positioning System (GPS), conforme Figura 3
abaixo.
C MO N Total CaO MgO K2O P2O5 pH H2O Fe Cu Mn Zn
% mg kg-1
36,73 66,90 2,84 3,41 2,84 7,80 1,14 6,42 2812 336 2038 562
36
FIGURA 3 – Imagem de satélite mostrando as plantas amostradas (pontos vermelhos e marcos amarelos).
Fonte: Google Earth elaborado por Próprio autor (2017).
3.4 Métodos
O cálculo dos índices para cada nutriente foi realizado através da
fórmula geral, proposta por Walworth e Sumner (1987). Assim, para o nutriente X, o
índice será:
IndiceX f X A f X B f X C f X Nz
=+ + + +( ( / ) ( / ) ( / ) ... ( / ) )
, onde:
X = nutriente em estudo
A,B,C ... N = nutrientes que aparecem no numerador ou denominador das relações
com o elemento X,
Z = é o número de funções envolvidos no cálculo do índice,
f(X/A) = é considerado como uma ‘função intermediária’, utilizada para o cálculo dos
índices. Cada função intermediária é uma comparação da relação encontrada numa
amostra individual com o padrão para aquela relação.
O método que foi utilizado para o cálculo das funções intermediárias foi
o proposto em Jones (1981), aliado ao método proposto em Hallmark et al. (1987),
37
que inclui o índice da matéria seca nos cálculos. Dessa forma, considerando-se uma
relação entre o nutriente X e o nutriente genérico A tem-se:
f X A M X A m x a
s x aK( / ) ( ( / ) ( / )
( / )).=
−
, onde
M(X/A) = valor da relação nutricional X/A na população em estudo;
m(x/a) = valor da relação nutricional X/A na população de referência;
s(x/a) = desvio padrão da relação nutricional na população de referência,
K = constante de sensibilidade, adotada nesta equação de acordo com Bataglia e
Santos (1990), para permitir valores inteiros dos índices de diagnose calculados.
Possui valor arbitrário. Neste trabalho adotou-se o valor 1,0.
Foram analisadas as interações entre os nutrientes foliares (N, P, K,
Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn) que influenciam a produção da Lima Ácida Tahiti,
bem como algumas das variáveis capazes de afetá-los, derivando-se então os seus
resultados para o estabelecimento do método DRIS nessa cultura.
Buscou-se analisar a correlação entre a produtividade obtida, o teor
nutricional encontrado na planta através de análise foliar, além da relação dos
diferentes nutrientes. Foram estudadas as produtividades obtidas na cultura do
‘Tahiti’, em relação ao teor de nutrientes encontrados nas plantas.
Dos 200 talhões (100 em cada safra), em função de problemas
fitossanitários (erradicação de plantas infectadas pela doença Greening), no período
das duas safras (2014/2015 e 2015/2016), foi gerado um único banco de dados,
eliminando-se nos procedimentos de coletas 32 talhões (safras 2014/2015 e
2015/2016), totalizando 168 talhões com suas 168 repetições.
Para a subdivisão do banco de dados, adotou-se a extratificação em 4
níveis produtivos da safra 2015/2016: Acima de 27,5 t ha-1, acima de 30 t ha-1, acima
de 32,5 t ha-1 e acima de 35 t ha-1.
Considerando-se que, foram realizadas coletas aleatórias a nível de
campo, os dados obtidos apresentam distribuição normal de suas variáveis ao nível
de 5%.
Assim, todo o banco de dados foi dividido em duas sub-populações (A
= alta produtividade e B = baixa produtividade) em função do nível produtivo. Após
este procedimento, todos os nutrientes foram expressos em todas as relações
possíveis entre eles e a seguir tiveram calculadas as médias, desvio padrão,
38
variâncias, para cada concentração de nutriente, como também para as relações
entre estes.
Os índices obtidos pelo DRIS são na verdade resultantes de uma
equação que engloba todos os nutrientes em estudo numa função de relação entre
eles. Nutrientes que aparecem no denominador da relação levarão consigo o sinal
positivo, e negativo, caso apareçam no numerador (CRESTE, 1996).
3.4.1 Forma de interpretação dos resultados
Após os cálculos dos índices de cada nutriente, verificou-se qual ou
quais destes nutrientes poderiam estar limitando à máxima produção e
desenvolvimento da cultura.
Walworth e Sumner (1987) relatam que a soma de todos os valores
dos índices calculados deveria ser zero. Quanto maior a deficiência de um nutriente,
mais negativo será o valor do índice, em relação aos outros nutrientes. Um índice
com valor elevado e positivo indica que o nutriente está em quantidades excessivas.
Teoricamente, para que ocorra o balanço nutricional adequado todos os índices
devem ser iguais a zero.
De acordo com Beaufils (1973) nem sempre quando o índice de um
elemento qualquer estiver próximo de zero haverá produção ótima, pois outro fator
pode limitar a produção, obtendo-se com frequência baixas produções.
3.4.2 Definição do Índice de Balanço Nutricional (IBN)
No decorrer deste trabalho, o conceito básico do IBN foi utilizado com o
propósito de se definir o nível produtivo que separaria as duas sub-populações, para
a escolha das normas foliares do DRIS.
Beaufils (1973) define que a soma dos valores absolutos de todos os
índices de diagnose encontrados são inversamente relacionados com a produção,
sendo denominada como Índice de Balanço Nutricional (IBN). Assim haverá maiores
intensidades de desequilíbrios entre os nutrientes quanto maior for o valor do IBN.
O valor do IBN para cada amostra foi calculado através da seguinte fórmula:
IBN IN IP IK ICa IMg IS IB ICu IFe IMn IZn IMs= + + + + + + + + + + +
39
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Estudo das Relações entre a Composição Foliar e a Produção
Diversos autores citam os teores adequados de cada nutriente nas
folhas de citros, assim, neste sentido utilizamos para este trabalho os resultados
apresentados por Malavolta (1992) e por Mattos Jr., De Negri e Figueiredo (2003).
Assim, foram feitas comparações entre as produtividades obtidas nas 168 amostras
analisadas nos anos de 2015 e 2016 e os teores de macro e micronutrientes
encontrados nas análises foliares destas amostras.
4.1.1 Macronutrientes
A. Nitrogênio
Analisando a Figura 4, utilizando os teores médios de Malavolta (1992)
que são de 24 a 26 g kg-1, observou-se que 64 talhões apresentaram teores de
nitrogênio abaixo do adequado, podendo resultar em manifestação de sintomas de
deficiência nas folhas. Também, foi observado que 12 talhões apresentaram teores
dentro da faixa adequada e apenas 3 com teores de N excessivos para a cultura, o
que diferiram-se quando comparados aos teores médios descritos por Mattos Jr., De
Negri e Figueiredo (2003), onde apenas 8 talhões demonstraram deficiência de N,
27 talhões apresentaram teores excessivos e 44 talhões estiveram com os teores na
faixa adequada para a cultura.
40
FIGURA 4 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Nitrogênio em 2015.
Já para os talhões amostrados no ano de 2016, pode-se observar
através da Figura 5, que apenas 5 talhões apresentaram deficiência, 45 talhões
amostrados com teores excessivos e 39 talhões dentro dos níveis adequados para a
cultura, considerando os teores médios descritos por Mattos Jr., De Negri e
Figueiredo (2003), diferentemente do que foi observado ao comparar os teores com
Malavolta (1992), onde 62 talhões apresentaram deficiência, 15 talhões com
excesso e apenas 12 talhões encontraram-se na faixa adequada para a cultura.
41
FIGURA 5 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Nitrogênio em 2016.
B. Fósforo
Os teores foliares de fósforo adequados para a cultura da Lima Ácida
Tahiti, de acordo com Mattos Jr., De Negri e Figueiredo (2003), são de 1,6 à 2,4 g
kg-1. Na Figura 6, observou-se que mais da metade dos talhões amostrados (42)
estão com os níveis de fósforo foliares deficientes, 33 talhões se encontram com
teores adequados e apenas 4 talhões manifestaram teores excessivos de P,
diferente do observado se comparando os teores com Malavolta (1992), onde
demonstra que 24 talhões apresentaram deficiência, 32 talhões com teores
adequados de P e 33 talhões demonstraram teores excessivos.
42
FIGURA 6 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Fósforo em 2015.
Já no ano de 2016 (Figura 7), a quantidade de lotes observados com teores
médios de P foi semelhante, comparando-se com Malavolta (1992) e Mattos Jr., De
Negri e Figueiredo (2003), onde 39 e 50 talhões apresentaram teores dentro do
adequado para cultura, respectivamente.
FIGURA 7 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Fósforo em 2016.
43
C. Potássio
Verificou-se na Figura 8 que 22 talhões dos 100 amostrados estão com
teores foliares de potássio dentro do nível adequado e 21 talhões em excesso, haja
visto que o teor adequado de potássio nas folhas é de 10 a 14 g kg-1 (MALAVOLTA,
1992).
FIGURA 8 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Potássio em 2015.
Porém, 36 talhões apresentaram deficiência de K, segundo teores
considerados adequados descritos em Malavolta (1992), fator que pode ser atribuído
pela produtividade desses talhões (de 15 até 30 t ha-1), que ocasionou elevada
extração do nutriente pela limeira na fase de frutificação e falta de adubação mineral
na dosagem adequada de potássio.
No ano de 2016, pode-se observar através da Figura 9 que segue, 34
talhões estão com teores de K considerados adequados, 2 talhões com teores
deficientes e 53 talhões apresentaram teores de K excessivos, fato resultante da
crescente aplicação de fertilizantes com Potássio (80 kg K2O por ha), o que diferiu-
se quando comparamos com os teores descritos por Mattos Jr., De Negri e
Figueiredo (2003), onde 82 talhões apresentaram teores de K adequados, 4 lotes
com teores excessivos e apenas 3 talhões com teores deficientes.
44
FIGURA 9 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Potássio em 2016.
D. Cálcio
A concentração adequada de cálcio nas folhas de Lima Ácida Tahiti
segundo Malavolta (1992) é de 35 a 40 g kg-1. Na Figura 10, pode-se perceber que
49 amostras estiveram acima do nível adequado e 13 amostras dentro do nível
adequado do cálcio nos tecidos foliares, demonstrando uma variação muito grande
de produtividade, pois o cálcio atua no crescimento e desenvolvimento de raízes,
retenção de folhas, desenvolvimento de gemas, maturação dos frutos e na formação
de proteínas (GUIMARÃES; MENDES, 1998), haja vista que no universo dos 100
lotes amostrados, tivemos lotes com produtividades desde 0 até 37 t ha-1.
45
FIGURA 10 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Cálcio em 2015.
Pode-se observar que no ano de 2016 (Figura 11) 25 talhões amostrados
estão com deficiência de Ca, 16 talhões com teores considerados adequados e 48
dos talhões com teores excessivos de Ca, o que pode ser justificado pela aplicação
em superfície de calcário sem a realização de incorporação, aumentando
consideravelmente os teores de Ca nas camadas superficiais do solo, o que não foi
obtido ao comparar com os descritos por Mattos Jr., De Negri e Figueiredo (2003),
que apontaram que apenas 13 talhões apresentaram teores excessivos de Ca, 25
talhões apresentaram deficiência e 51 talhões demonstraram teores considerados
adequados de Cálcio.
46
FIGURA 11 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Cálcio em 2016.
E. Magnésio
Na Figura 12, verificou-se que 20 talhões dos 100 analisados possuem
deficiência nutricional de magnésio, 35 talhões com níveis de Mg excessivos e 24
talhões com níveis de magnésio adequados, pois o teor adequado de magnésio nas
folhas da Lima Ácida Tahiti é de 2,5 a 3,0 g kg-1 (MALAVOLTA, 1992), justificando
assim a produtividade de 50% das lavouras amostradas (15 à 30 t ha-1), haja visto
que menos Mg quer dizer menos síntese de proteína, um dos componentes da
qualidade (MALAVOLTA, 2006).
47
FIGURA 12 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Magnésio em 2015.
Em 2016, verificou-se na Figura 13 que 24 talhões amostrados
manifestaram teores de Mg adequados, 20 talhões estão com deficiência e 35
talhões amostrados encontraram-se com teores excessivos de Mg, conforme teores
médios descritos por Malavolta (1992). Porém, se comparar com os teores médios
descritos por Mattos Jr., De Negri e Figueiredo (2003), 83 talhões manifestaram
teores adequados de Mg, 4 talhões apresentaram deficiência e apenas 2 talhões
encontraram-se com teores excessivos de Mg, o que pode ter sido consequência da
aplicação superficial de Calcário nos pomares, elevando os níveis do nutriente nas
camadas superficiais do solo.
48
FIGURA 13 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Magnésio em 2016.
F. Enxofre
Conforme resultados das análises foliares, na Figura 14 que segue
mostra que, de acordo com os teores médios descritos por Malavolta (1992), 4
amostras apresentaram teores excessivos, 33 se enquadraram dentro dos níveis
adequados e 42 apresentaram deficiência de enxofre, que não somente na Lima
Ácida Tahiti mas em muitas espécies, os sintomas de deficiência de S ocorrem
primeiramente nas folhas jovens, muita embora, o S seja classificado como um
elemento móvel na planta (SOUZA, 1999).
49
FIGURA 14 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Enxofre em 2015.
Verificou-se que no ano de 2016, conforme Figura 15, que 49 dos talhões
apresentaram deficiência de enxofre, nenhum talhão apresentou teores excessivos e
40 talhões demonstraram teores adequados de S, segundo Mattos Jr., De Negri e
Figueiredo (2003), o que diferiu-se quando se comparado aos teores descritos por
Malavolta (1992), onde 62 talhões manifestaram deficiência, 5 talhões apresentaram
teores excessivos de S e 22 talhões demonstraram teores adequados de S.
FIGURA 15 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Enxofre em 2016.
50
4.1.2 Micronutrientes
A. Boro
A concentração adequada de boro nos tecidos foliares da Lima Ácida
Tahiti, segundo Malavolta (1992), varia de 60 a 140 mg kg-1. A Figura 16 mostra
muita dispersão dos dados obtidos entre as produtividades e os teores de boro. De
acordo com as análises, 36 talhões estão com teores adequados e 43 apresentam-
se abaixo dos teores adequados de boro nos tecidos foliares (deficiência), resultado
preocupante haja visto que Malavolta (2006) relata que o Boro possuí várias funções
nas plantas, da formação de diois à biossíntese de lignina, de raízes adventícias (em
conjunção com hormônios) e à germinação do grão de pólen e nenhum talhão
apresentou teores excessivos de Boro.
FIGURA 16 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Boro em 2015.
No ano de 2016, conforme Figura 17, que 3 dos talhões
apresentaram deficiência de Boro, 1 talhão apresentou teores excessivos e 85
talhões manifestaram teores considerados adequados de Boro nos tecidos foliares,
segundo Mattos Jr., De Negri e Figueiredo (2003), que não obtiveram diferenças
significativas se comparado aos teores médios descritos por Malavolta (1992).
51
FIGURA 17 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Boro em 2016.
B. Cobre
O teor adequado de cobre nas folhas da Lima Ácida Tahiti varia de 10
a 30 mg kg-1 (MALAVOLTA, 1992). Na Figura 18, verificou-se que 5 talhões
amostrados possuem deficiência, 38 em níveis adequados e 36 com excessos de
concentração de cobre nas folhas, resultado que justifica a boa sanidade da maioria
das lavouras amostradas neste trabalho, haja vista que o cobre desempenha função
importante na prevenção de doenças nas plantas, devido ao papel fungistático do
elemento ou a sua função na síntese de lignina que dificulta a entrada do patógeno
na célula (MALAVOLTA, 2006), bem como constante aplicação de produtos à base
de cobre para proteção dos pomares contra doenças fúngicas.
52
FIGURA 18 – Relação entre produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e teor de Cobre em 2015.
Pode-se observar que no ano de 2016 (Figura 19), conforme teores
médios relatados por Mattos Jr., De Negri e Figueiredo (2003), que apenas 1 talhão
amostrado apresentou deficiência de Cu, 17 talhões manifestaram teores
considerados adequados e 71 talhões apresentaram teores excessivos de Cu.
FIGURA 19 – Relação entre produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e teor de Cobre em 2016.
53
C. Ferro
As concentrações adequadas de ferro nos tecidos foliares da Lima
Ácida Tahiti variam de 130 a 300 mg kg-1 (MALAVOLTA, 1992). Observou-se que na
Figura 20, dos 79 talhões amostrados, 50 estão com níveis adequados, 24
apresentaram problemas com deficiência nas folhas e apenas 5 talhões
manifestaram teores excessivos de Fe. Uma das explicações é a de que o solo
predominante dos talhões amostrados é o LATOSSOLO VERMELHO Distrófico, solo
caracterizado por teor médio de Fe2O3.
FIGURA 20 – Relação entre a produtividade dos lotes de Lima Ácida Tahiti e o teor de Ferro em 2015.
Já para os lotes amostrados no ano de 2016, pode-se observar através
da Figura 21 que 5 talhões apresentaram teores excessivos de Fe, 39 talhões
manifestaram teores adequados e 45 talhões apresentaram deficiência de Fe, fato
justificado pela inserção de plantas em pomares situados nos municípios de Altônia
e Nova Esperança, pomares estes formados sob solos com teores de areia acima
dos 70%, resultando em teores baixos de Fe2O3.
54
FIGURA 21 – Relação entre a produtividade dos lotes de Lima Ácida Tahiti e o teor de Ferro em 2016.
D. Manganês
Pode-se verificar, baseado nos dados da Figura 22, que 42 talhões
amostrados estão com teores excessivos, 33 talhões com teores adequados e 4
com deficiência de manganês, haja visto que os níveis considerados adequados
segundo Malavolta (1992) para manganês nas folhas cítricas variam de 130 a 300
mg kg-1. O Manganês está presente no tecido vegetal e tem como especial
importância seus papéis como cofatores enzimáticos e na regulação de potenciais
osmóticos (TAIZ; ZEIGER, 2006).
55
FIGURA 22 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Manganês em 2015.
No ano de 2016, pode-se observar através da Figura 23 que,
comparando os resultados obtidos com os teores descritos por Mattos Jr., De Negri
e Figueiredo (2003), 75 talhões encontram-se adequados, 12 manifestaram teores
excessivos e apenas 2 talhões demonstraram deficiência.
FIGURA 23 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Manganês em 2016.
56
E. Zinco
Os níveis adequados de Zinco nas folhas da Lima Ácida Tahiti variam
de 25 a 50 mg kg-1. Na Figura 24, pode-se observar que 42 talhões amostrados
estão em níveis adequados e 12 com níveis excessivos em relação aos teores
foliares adequados de zinco para as folhas de citros segundo Malavolta (1992), que
pode ser explicado pelas aplicações via pulverizações por parte dos citricultores de
fertilizantes foliares que tem em sua composição o nutriente Zn.
Por fim, 25 talhões apresentaram deficiência nutricional, que pode
comprometer a manutenção da integridade estrutural das membranas, como
constituinte de um grande número de enzimas, dentre elas a álcool desidrogenase
(ADH) e Cu-Zn superóxido dismutase (Cu-Zn SOD) (ARAÚJO, 2010).
FIGURA 24 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Zinco em 2015.
Observou-se no ano de 2016 (Figura 25) 53 talhões amostrados estão
com deficiência de Zn, 27 talhões manifestaram teores dentro da faixa adequada e
apenas 9 apresentaram teores excessivos, conforme Mattos Jr., De Negri e
Figueiredo (2003).
57
FIGURA 25 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Zinco em 2016.
4.2 Desenvolvimento da Metodologia DRIS na Cultura da Lima Ácida Tahiti
Na implantação do Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação
(DRIS), procurou-se verificar algumas das variáveis possíveis que poderiam afetar
em maior ou menor proporção a composição nutricional das folhas da Lima Ácida
Tahiti e, consequentemente, poderiam refletir no diagnóstico através do método
DRIS. Neste trabalho, foram utilizadas no ano de 2015, 79 amostras foliares de 100
que foram analisadas e em 2016, 89 amostras de 100 que foram realizadas
análises, devido a seleção das lavouras em produção, haja vista que 21 (2015) e 11
(2016) foram amostradas em lavouras que não relataram a produtividade de suas
plantas (talhões) ou tiveram a erradicação motivada pela doença Greening
(Huanglongbing/HLB), causadas pelas bactérias Candidatus Liberibacter asiaticus e
Candidatus Liberibacter americanus.
Para o desenvolvimento desse trabalho, foram estabelecidos 4 níveis
de produtividade (acima de 20 t ha-1, acima de 25 t ha-1, acima de 27 t ha-1 e acima
de 30 t ha-1 de frutos de Lima Ácida Tahiti) no ano de 2015 e 4 níveis de
produtividade (acima de 27,5 t ha-1, acima de 30 t ha-1, acima de 32,5 t ha-1 e acima
de 35 t ha-1 de frutos de lima ácida tahiti) no ano de 2016, sendo que em cada nível
considerou-se dois níveis produtivos diferentes, o de alta produtividade, denominado
58
sub-população A e o de baixa produtividade, denominado de sub-população B. Por
exemplo, o nível acima de 35 t ha-1, haverá a sub população A, com produtividades
iguais ou superiores a 35 t ha-1 e a sub população B, com todas as produtividades
abaixo de 35 t ha-1 e assim sucessivamente para os demais níveis de produtividade.
4.2.1 Definição das normas foliares
Os valores encontrados nas análises químicas de folhas de todos os
macro e micronutrientes, tanto para as sub-populações de alta produtividade (A)
como para as de baixa produtividade (B), nos anos de 2015 e 2016, encontram-se
na Tabela 8.
TABELA 8 - Valores médios de macro e micronutrientes em folhas de Lima Ácida Tahiti em função da fase de desenvolvimento da planta para a diferenciação das sub populações de alta produtividade (A) e de baixa produtividade (B).
Ponto de corte
Macronutrientes Micronutrientes
Prod. (t ha-1)
sub-pop.
N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn
-------- ------ g kg-1 ------ -------- ------ ------ -------- ------ mg kg-1 -----
> 35 A 23,19 1,91 13,50 48,55 4,11 1,85 103,91 56,55 211,48 74,75 42,14 B 21,66 1,55 13,83 42,61 3,28 1,90 73,33 51,43 153,08 74,52 39,92
> 32,5 A 22,84 1,91 13,40 49,20 4,16 1,85 107,65 39,66 201,00 70,42 49,34 B 21,65 1,53 13,86 42,18 3,22 1,90 71,05 53,55 151,24 75,12 38,76
> 30 A 22,30 1,91 12,92 49,31 4,05 1,84 105,21 33,78 198,57 70,58 43,80 B 21,67 1,51 13,97 41,84 3,20 1,90 69,89 55,32 149,49 75,30 39,36
> 27,5 A 21,37 1,87 12,38 48,57 4,00 1,88 101,00 33,51 204,91 71,51 46,92 B 21,88 1,55 14,18 41,57 3,16 1,89 68,78 56,76 144,66 75,35 38,24
Conforme os dados apresentados na Tabela 8, observaram-se que
para os níveis produtivos >27,5, >30, >32,5 e >35 t ha-1, ocorreram semelhanças em
algumas situações entre os teores dos nutrientes com valores maiores na população
de maior produtividade (A) e menores nas de menor produtividade (B), dependendo
do nutriente. Porém, em algumas situações aconteceram alternâncias nos teores de
nutrientes, sendo maiores na população de maior produtividade (A) ou na de menor
produtividade (B).
Mediante a realização dos cálculos para o estabelecimento das normas
DRIS para a cultura da Lima Ácida Tahiti, obteve-se os cálculos da correlação (r)
59
entre o Índice de Balanço Nutricional (IBN) e matrizes DRIS para os diferentes níveis
produtivos, conforme Figura 26.
FIGURA 26 – Correlação (r) entre o Índice de Balanço Nutricional (IBN) e matrizes DRIS para os diferentes níveis produtivos.
Analisando a Figura 26, pode-se definir um critério para escolha de
qual matriz gerada pelo sistema DRIS utilizar à nível de campo, haja vista que
quanto maior a produtividade menor foi o IBN, apresentando a correlação (r) de -
0,408.
Também, foram realizados cálculos com os resultados de análise
química de folhas existentes no banco de dados de todas as amostras realizadas,
com a finalidade de igualar o potencial produtivo dos diferentes talhões e comparar
os resultados. Nas Tabelas 9 e 10 são apresentadas a descrição de cada amostra
visando o conhecimento mais detalhado dos efeitos que ocorreram nos anos de
2015 e 2016, respectivamente.
60
TABELA 9 - Resultados das análises químicas das amostras de folhas de Lima Ácida Tahiti ano 2015.
Continua Lote N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn
------ ------ ------ g kg-1 ------ ------ ------ ------ mg kg-1 ------ ------
1 22,90 1,41 8,80 57,10 2,60 2,00 52,50 51,30 120,90 46,40 39,00 2 25,00 1,41 9,10 53,70 2,60 2,00 57,50 42,80 129,00 49,10 34,30 3 18,60 1,37 9,20 63,20 2,70 1,90 57,00 36,00 130,90 47,10 26,00 4 21,40 1,61 7,20 64,80 3,20 2,10 57,00 51,90 128,80 50,00 34,80 5 23,70 1,33 11,00 56,00 2,40 2,10 59,50 51,00 154,50 49,40 29,40
Lote N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn ------ ------ ------ g kg-1 ------ ------ ------ ------ mg kg-1 ------ ------
6 22,50 1,19 10,20 59,00 2,30 2,00 57,00 42,10 138,80 50,30 30,10 7 19,10 1,44 10,70 54,60 2,10 2,00 60,50 54,80 138,10 48,50 39,60 8 25,30 1,38 7,70 61,50 3,40 1,90 59,00 34,00 134,60 58,20 28,60 9 21,60 1,47 9,20 59,90 2,30 1,90 53,00 45,60 136,50 59,10 23,10
10 23,40 1,31 10,10 47,60 2,30 1,60 55,50 66,90 144,80 45,00 35,90 11 17,70 1,19 9,30 49,30 1,70 1,70 63,50 53,50 104,70 35,40 32,10 13 25,60 0,94 7,90 52,90 1,60 1,60 57,00 50,60 111,30 35,00 41,70 14 20,80 1,15 5,70 61,90 2,30 1,20 64,50 31,30 156,00 44,50 37,00 15 23,00 1,46 8,90 57,60 2,30 1,80 62,50 48,50 134,50 40,70 41,50 16 23,10 1,22 10,40 63,60 3,30 1,90 60,50 38,90 116,90 46,20 34,70 17 19,40 1,30 9,30 55,70 1,90 2,10 51,00 45,20 219,80 39,10 36,00 18 24,80 0,72 9,80 37,80 2,50 1,70 68,00 28,10 60,90 28,90 26,30 19 24,20 1,24 9,10 50,40 1,40 1,90 68,00 51,10 99,30 37,30 37,30 20 21,30 1,14 11,30 53,80 2,40 1,90 66,00 56,10 124,70 45,10 40,60 22 20,40 1,36 10,10 39,80 2,90 1,70 52,50 35,60 205,30 47,70 17,50 23 18,20 0,66 12,60 19,00 2,70 1,30 53,00 10,20 72,50 20,60 7,60 24 21,80 1,27 12,10 35,30 2,50 1,50 62,50 18,50 120,80 34,90 9,00 25 24,10 1,26 10,60 45,00 4,40 1,10 70,00 47,50 20,80 49,90 16,00 26 21,90 1,45 16,20 42,90 3,70 1,70 49,50 24,30 124,80 37,50 12,20 27 19,30 1,44 17,50 33,40 2,20 1,60 57,00 23,60 152,00 36,30 11,10 28 21,70 1,84 23,60 38,70 2,20 1,60 48,00 34,10 175,50 43,50 13,30 29 24,40 1,68 26,30 35,60 2,80 1,60 44,00 38,60 187,50 40,90 12,10 30 21,10 0,71 22,50 31,00 8,40 1,70 54,50 23,60 97,70 23,10 5,40 31 21,40 0,75 13,00 19,40 1,40 1,70 48,50 13,70 35,80 24,30 8,10 32 21,60 1,74 16,00 33,30 2,90 1,80 53,00 20,00 99,10 47,70 13,50 33 19,80 0,65 10,60 15,50 1,70 1,40 62,00 14,70 44,40 28,80 10,40 34 18,80 1,66 15,70 42,10 3,40 2,00 42,50 41,90 115,00 60,50 13,60 35 20,20 1,59 10,80 41,60 3,30 2,00 61,00 16,20 156,10 48,70 14,90 36 19,50 1,27 9,60 43,70 2,50 2,00 84,50 19,80 177,30 57,40 12,30 39 22,90 1,35 10,90 54,70 2,60 2,20 64,00 49,10 115,00 53,90 36,60 40 20,80 1,12 13,30 35,60 3,00 2,10 74,50 17,40 35,90 42,60 13,20 51 19,70 4,13 12,90 45,20 2,40 1,60 171,00 12,60 103,80 45,70 21,30 52 18,90 4,05 16,10 49,60 2,30 1,80 225,00 20,50 139,50 48,90 14,50 53 24,40 1,88 18,80 39,90 3,30 2,50 56,50 37,20 199,00 169,70 96,40 54 24,40 1,86 16,10 30,60 2,60 1,90 58,00 38,20 163,80 197,90 38,30 55 29,30 2,29 19,40 29,90 3,10 2,80 48,50 53,20 182,60 141,40 38,60 56 25,10 1,91 22,30 36,20 3,30 2,50 56,00 52,60 190,90 153,80 35,20 57 24,90 1,80 13,40 41,50 3,40 2,40 55,50 41,10 229,40 111,70 35,50 58 22,10 1,78 15,80 32,40 2,70 2,00 48,50 49,40 214,50 70,10 23,50 59 26,00 1,93 19,80 35,60 2,90 2,40 51,50 49,00 217,40 102,90 23,40 60 21,80 2,00 23,00 31,70 2,80 2,60 57,00 67,90 317,10 80,50 108,50 71 25,00 1,74 19,10 18,00 2,80 1,50 21,50 61,50 103,10 22,50 48,20
61
Conclusão Lote N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn
------ ------ ------ g kg-1 ------ ------ ------ ------ mg kg-1 ------ ------ 72 26,50 2,52 19,20 20,90 3,10 2,00 35,50 36,80 159,00 36,90 52,60 73 21,10 1,72 8,00 40,60 3,80 1,50 75,50 7,50 186,30 76,30 26,00 74 19,50 2,33 12,60 46,30 4,10 2,10 92,00 22,70 300,40 113,40 47,30 75 18,70 2,46 6,80 48,60 4,30 2,30 100,50 18,10 327,40 76,70 120,50 76 20,20 2,46 10,00 65,20 5,00 2,90 116,00 19,30 284,90 103,30 91,50 77 18,60 2,48 7,90 47,10 4,00 1,80 94,00 25,10 233,40 80,50 76,70 78 18,7 1,35 7,9 36 3 1,6 85,5 16,6 210,3 84,5 25,1 79 16,7 1,95 8,7 57,1 3,7 2,2 100 8,1 221,8 95 48,6 80 17,1 2,2 8,4 59,5 4,4 2,1 90 10,8 205 81 49,7 81 16,6 2,38 7,6 64,2 5,3 2,2 91,5 19 285,8 91 84,7
Lote N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn ------ ------ ------ g kg-1 ------ ------ ------ ------ mg kg-1 ------ ------ 82 18,9 1,14 8,1 28,7 1,7 1 101 24 159,6 40,1 18,9 83 20,2 2,16 9,2 42,7 4 2,3 91,5 12,4 312,7 62,7 93,9 84 16,7 1,99 7,5 57,7 4,8 1,8 99,5 13,5 275 89,6 40,6 85 16,9 1,53 6,7 45,4 3,6 1,5 90 21,6 275,3 71 61,3 86 19,6 2,11 7,8 52,2 4,2 2,4 90 21,1 271,8 64,4 105,1 87 20,1 2,11 9,4 46,8 3 2,2 98,5 24,4 283 52,3 49 88 19,8 2,23 8,6 60,9 3,9 2,3 100,5 16,3 253,7 55,8 88,7 89 16,5 1,63 9,2 42,6 3,7 1,8 94,5 15,5 267,3 69,3 47,9 90 18,1 2,15 9,6 55,7 4,6 2,2 95,5 21,2 386,7 95,3 47,2 91 20,7 1,71 13,9 39,8 2,9 2,1 53,5 15,1 176,6 51,5 19 92 17,3 1,23 9,8 19,7 2,4 1,1 30,5 8,2 134,8 27,7 15,6 93 13,3 1,97 9 36,6 2,7 1,5 30 10,5 134,1 38,1 20,8 94 22,4 1,49 8,3 27,9 3 1,3 39 8,9 124,3 36,4 17,3 95 17,1 1,89 14,5 41 2,8 2 51,5 23,5 123,5 57,3 28,9 96 15,5 1,58 12,6 43,8 3 1,7 33 17,8 175 56,1 27,8 97 17,5 2,04 13,4 47,3 3,5 2,4 32 14,3 191,5 66,2 27,9 98 16,9 2,17 14,4 38,3 2,8 1,9 31,5 22,8 211,6 58,9 27,5 99 14,3 1,5 12,9 37,9 2,1 1,5 26 15,8 166,2 50 42,2
100 18,2 1,76 14,1 50,2 2,9 2,3 38,5 29,1 190,9 64,1 30,4 TABELA 10 - Resultados das análises químicas das amostras de folhas de Lima Ácida Tahiti ano 2016.
Continua Lote N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn
------ ------ ------ g kg-1 ------ ------ ------ ------ mg kg-1 ------ ------
1 22,90 1,20 12,60 36,90 2,40 1,90 58,50 53,50 92,00 50,60 23,10 2 21,40 1,19 12,30 45,50 3,00 1,90 43,00 74,20 138,40 57,70 79,70 3 22,30 0,99 8,10 47,00 2,10 1,90 82,00 75,70 181,90 58,40 15,30 4 21,70 1,60 10,30 42,90 2,90 1,90 77,50 63,60 90,30 81,40 19,80 5 22,90 1,36 10,70 48,00 3,00 1,80 68,50 69,30 229,00 73,70 18,60 6 23,30 1,44 11,10 44,40 3,00 2,20 21,50 48,50 63,,6 77,80 15,30 7 21,80 1,46 10,90 48,10 3,50 2,20 68,50 68,20 143,70 76,00 121,80 8 24,10 1,31 11,40 38,40 3,00 1,50 77,50 52,70 94,30 70,00 24,80 9 22,50 1,33 11,30 42,30 2,70 1,90 68,00 70,40 163,40 85,40 14,50
10 19,90 0,95 11,00 57,90 3,10 1,60 102,00 61,10 173,20 69,30 21,60
62
Continua Lote N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn
------ ------ ------ g kg-1 ------ ------ ------ ------ mg kg-1 ------ ------
11 22,30 0,91 13,90 49,60 4,10 1,70 79,50 42,40 72,60 42,20 16,80 13 22,00 0,74 11,30 46,90 2,70 1,60 83,00 57,40 85,40 58,50 11,50 14 22,10 1,13 10,00 55,50 2,80 1,60 72,50 49,60 103,50 45,50 18,50 15 23,10 1,05 13,40 45,70 2,60 1,70 89,00 70,70 78,10 54,90 42,50 16 22,10 1,82 12,40 47,40 3,00 1,90 71,50 46,40 87,90 49,50 26,40 17 20,80 0,86 10,40 51,20 2,70 2,40 75,50 63,90 140,00 52,90 46,60 18 21,50 0,50 11,00 49,20 3,30 1,20 71,00 60,70 111,10 50,90 13,40 19 23,20 0,71 9,90 38,70 2,10 1,20 73,50 59,10 90,70 53,20 60,40 20 21,20 1,03 14,80 45,20 4,40 1,60 55,00 32,20 87,90 59,90 11,60 21 20,50 1,26 17,10 44,20 4,00 1,60 72,50 84,90 142,10 72,00 59,10 22 21,60 1,60 20,50 37,10 4,10 1,40 52,50 87,60 108,10 54,70 40,90 23 19,90 1,29 14,30 41,50 3,60 1,60 72,50 76,10 136,50 64,90 41,20 24 18,90 1,17 17,50 33,60 3,90 1,90 82,00 25,50 170,50 69,90 8,90 25 20,40 1,06 12,70 38,60 3,20 1,40 88,50 37,70 172,60 70,70 33,50 26 20,40 1,10 19,40 34,40 2,90 1,50 89,50 36,50 119,10 59,70 26,90 28 19,60 1,51 19,10 34,70 3,70 1,90 48,50 41,60 146,20 57,80 43,00
Lote N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn ------ ------ ------ g kg-1 ------ ------ ------ ------ mg kg-1 ------ ------ 29 21,30 1,69 10,80 32,40 3,40 1,70 60,50 36,70 126,90 48,80 18,60 30 24,10 1,31 13,10 35,30 4,30 1,60 69,50 26,40 179,00 52,20 15,20 41 24,80 1,72 20,30 39,30 5,90 2,50 54,00 41,90 154,60 72,10 34,50 42 24,80 1,47 19,80 40,50 4,70 2,00 109,00 51,00 90,30 84,20 86,50 43 24,60 1,55 16,50 33,90 3,40 1,70 103,00 366,60 77,60 92,80 22,50 44 28,00 1,64 20,10 32,60 4,20 1,70 99,00 394,40 119,30 82,70 74,90 45 24,70 1,50 25,70 31,10 3,30 1,60 92,50 355,20 62,30 76,80 18,50 46 22,20 1,78 21,70 27,80 3,40 1,60 97,00 25,70 79,20 107,30 25,10 47 23,00 1,72 20,20 21,90 3,30 1,50 84,50 29,90 93,10 84,20 11,70 48 23,40 2,15 18,80 27,10 4,30 1,70 83,00 53,10 34,00 93,20 14,30 49 23,90 1,65 14,60 35,90 3,90 1,70 77,50 148,40 50,90 69,70 20,90 50 21,10 1,71 20,90 41,50 5,50 1,80 90,50 162,50 69,30 69,40 25,60 51 28,60 1,75 23,10 30,50 3,30 2,00 105,50 106,40 97,70 283,40 14,70 52 27,60 1,92 25,70 37,00 3,80 2,30 99,00 194,00 171,80 209,20 54,90 53 26,60 2,06 19,00 33,00 4,00 2,20 95,50 108,70 175,30 157,80 46,50 54 27,50 1,75 19,20 31,80 3,40 2,00 111,00 81,60 107,50 205,80 9,40 55 27,60 1,60 20,10 38,60 3,30 1,70 107,00 130,50 93,10 237,60 20,40 56 25,90 1,69 26,10 33,10 3,20 1,90 96,00 92,70 117,80 102,10 192,90 57 22,00 1,64 22,50 35,10 3,20 2,30 109,50 111,30 132,30 195,60 29,40 58 28,80 1,74 21,40 26,70 3,00 2,20 91,50 80,00 139,20 203,30 45,40 59 26,70 1,80 25,40 26,40 2,90 2,50 106,00 100,80 131,10 271,30 84,60 60 32,50 1,83 19,40 33,70 3,80 2,60 75,50 79,80 109,00 126,70 60,30 61 21,70 1,56 18,60 44,30 3,20 2,20 74,00 115,30 101,80 89,20 102,20 62 21,70 1,62 14,70 39,40 4,00 2,20 59,50 127,30 151,90 76,20 107,20 63 23,40 1,54 15,20 53,00 3,70 2,30 107,00 344,30 144,90 121,40 25,00 64 21,40 1,63 14,70 47,90 3,70 2,40 108,00 147,30 128,10 120,00 176,40 65 25,00 2,06 16,20 18,90 2,70 1,70 34,00 25,20 135,50 42,30 102,40 66 17,30 1,24 13,60 49,90 4,30 2,50 112,50 112,90 305,10 83,40 35,60 67 15,90 1,53 18,40 36,40 3,60 3,10 88,00 72,70 231,00 72,10 130,70 68 15,10 1,40 13,20 39,00 3,50 2,70 96,50 87,20 159,30 85,80 75,70 69 18,70 1,28 16,40 43,60 4,40 2,70 73,00 52,90 108,70 77,90 76,40 70 15,20 1,27 15,80 45,30 4,00 2,70 90,50 68,30 157,10 79,10 99,00 71 25,30 1,50 14,30 43,90 4,70 1,60 100,50 11,20 166,40 57,30 11,60
63
Conclusão Lote N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn
------ ------ ------ g kg-1 ------ ------ ------ ------ mg kg-1 ------ ------ 72 24,10 1,63 17,60 49,10 4,40 1,30 89,50 7,10 100,80 33,80 10,60 73 25,80 1,90 16,40 46,10 4,60 2,00 112,00 18,10 164,40 72,70 243,40 74 19,60 1,78 16,60 46,00 4,90 2,10 123,00 12,20 106,00 60,10 9,60 75 21,80 2,13 16,70 49,60 3,90 1,80 91,00 8,00 195,60 91,70 2,40 76 23,70 2,19 15,80 47,90 4,50 2,00 97,00 11,30 153,90 53,40 22,20 77 25,10 1,73 12,70 40,30 3,80 1,80 99,50 13,20 186,30 66,50 2,90 78 23,20 1,78 12,40 58,80 4,80 2,40 112,50 11,60 150,20 72,00 11,30 79 21,50 1,76 12,00 53,10 3,90 1,80 138,50 10,50 254,40 85,60 11,00 80 17,10 2,36 12,90 54,60 4,30 1,60 105,00 13,10 144,70 63,10 87,30 81 22,80 2,70 11,70 47,60 3,90 2,00 95,50 11,10 155,00 57,50 67,70 82 26,80 2,08 14,20 42,70 4,40 1,90 125,00 11,60 155,00 44,70 31,10 83 22,80 1,98 10,90 46,00 3,50 1,50 106,00 21,30 267,40 65,20 48,40 84 21,90 1,93 11,70 52,30 3,80 1,80 166,00 14,50 327,80 69,30 100,30 85 20,90 2,13 11,60 59,90 4,30 1,80 57,50 36,50 332,80 58,30 25,60 86 27,10 1,75 11,60 50,70 3,90 1,80 98,50 13,00 220,20 69,60 28,30 87 24,90 1,85 10,20 55,40 4,10 1,90 103,50 23,00 207,10 65,70 10,20 88 21,30 1,99 13,70 59,00 4,00 1,60 113,00 15,30 330,20 72,00 10,20 89 24,40 2,25 15,80 54,70 4,70 1,80 104,50 23,40 237,50 74,10 20,40
Lote N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn ------ ------ ------ g kg-1 ------ ------ ------ ------ mg kg-1 ------ ------ 90 22,50 2,30 16,10 35,90 4,50 1,90 97,00 33,30 300,10 71,30 37,70 91 24,40 1,68 14,70 32,60 3,50 1,70 62,50 24,30 74,10 57,60 38,90 92 17,60 1,63 21,00 32,50 2,80 1,30 47,00 22,90 78,50 54,20 15,80 93 18,00 1,44 13,90 39,40 2,50 1,30 53,00 31,40 54,60 64,10 16,80 94 19,70 1,47 16,30 33,90 2,50 1,40 62,50 10,30 92,40 56,50 17,60 95 20,90 1,61 21,40 28,80 2,80 1,30 59,50 22,50 99,00 67,00 49,20 96 19,30 1,69 16,70 31,80 2,90 1,20 38,00 15,70 73,90 58,50 18,50 97 20,00 1,85 20,80 27,50 3,40 1,40 44,50 22,70 88,90 70,10 19,00 98 19,90 1,70 19,20 31,90 2,90 1,30 45,50 15,60 59,00 65,30 26,50 99 24,40 1,70 18,40 42,70 2,90 1,40 44,50 14,40 82,40 59,20 19,30
100 22,60 1,83 18,30 42,30 3,40 1,60 54,50 11,60 65,20 58,00 12,50
4.2.2 Apresentação das normas de acordo com os parâmetros nutricionais
Beaufils (1973) relata que não existe uma metodologia definida para a
definição do nível de corte entre as 2 sub-populações, sendo que o mais importante
é a validade dos resultados finais obtidos. Com base nesta afirmação e revendo-se
um dos conceitos básicos do DRIS, que diz respeito ao Índice de Balanço Nutricional
(IBN), procurou-se utilizar este Índice no auxílio da definição das normas que
alicerçou todo o trabalho de diagnose nutricional em situações de campo.
Como já mencionado anteriormente, o IBN é o resultado do somatório
dos valores absolutos de todos os índices nutricionais envolvidos no diagnóstico e
64
para fins de interpretação, seus valores são correlacionados de forma negativa com
a produção.
Para tanto, observando a metodologia citada por Beaufils (1973),
obteve-se as melhores correlações (r) quando utilizou-se o ponto de corte de 32,5 t
ha-1 (Figura 26), mediante o teste de todas as correlações. Estas correlações devem
expressar os maiores valores negativos, ou seja, entre todas as amostras
analisadas, foram correlacionados os valores das produções em 32,5 t ha-1 com os
valores dos Índices de Balanço Nutricional (IBN) de cada uma delas. Com base na
correlação encontrada entre a produção e o IBN, foi estabelecido que o nível
produtivo de 32,5 t ha-1 será utilizado como fonte de referência dos padrões
nutricionais para a cultura da lima tahiti por ter a maior correlação negativa. Os
padrões obtidos neste nível produtivo foram utilizados para definição e
estabelecimento das normas DRIS.
Baseado nos resultados das análises químicas foliares de todas as
amostras cujas produtividades foram iguais ou maiores que 32,5 t ha-1, elaborou-se
a Tabela 11 onde se encontram as médias, variâncias e desvios padrões
encontradas para sub-população A e a sub-população B (média e variância), a
relação de variância entre a sub-população A e B (variância de B/variância de A),
estabelecendo-se a relação nutricional que entrará no processamento do DRIS, bem
como os níveis de significância nas relações de variância das sub populações A e B,
através do teste F.
TABELA 11 - Valores médios e as relações possíveis entre os nutrientes, variância, coeficiente de variação, relação de variância entre sub populações A e B e (Teste F).
Continua Elementos e parâmetros Média A
Desvio Coeficiente de variação A
Variância A Média B Variância B Teste F
Padrão A
N 22,8 2,5267 11,0606 6,3847 21,6 12,3729 1,9379 P 1,9 0,31784265 16,6279 0,1010 1,5 0,1954 1,9351 K 13,4 2,6494 19,7644 7,0194 13,9 26,3162 3,7490
Ca 49,2 6,5264 13,2637 42,5942 42,2 120,0866 2,8193
Mg 4,2 0,4547 10,9299 0,2067 3,2 0,9562 4,6250
S 1,9 0,2911 15,7349 0,0847 1,9 0,1672 1,9730
B 107,7 21,1063 19,6064 445,4763 71,1 471,0579 1,0574
Cu 39,7 77,7784 196,0882 6049,4782 53,6 3310,5099 0,5472
Fe 201,0 76,7828 38,2004 5895,5990 151,2 5041,9740 0,8552
Mn 70,4 20,5418 29,1703 421,9638 75,1 2142,8962 5,0784
Zn 49,3 61,8338 125,3091 3823,4163 38,8 958,7091 0,2507
N/P 12,3 2,4623 20,0543 6,0632 15,5 36,2886 5,9851
65
Continua Elementos e parâmetros Média A Desvio Coeficiente de
variação A Variância
A Média B Variância B Teste F
P/N 0,1 0,0193 22,7558 0,0004 0,1 0,0006 1,6423
N/K 1,8 0,4621 25,9562 0,2135 1,8 0,4302 2,0152
K/N 0,6 0,1251 21,1753 0,0156 0,6 0,0480 3,0691
N/Ca 0,5 0,0931 19,6325 0,0087 0,6 0,0419 4,8336
Ca/N 2,2 0,4389 20,0493 0,1926 2,0 0,4193 2,1771
N/Mg 5,5 0,7799 14,0656 0,6083 7,3 6,3843 10,4956
Mg/N 0,2 0,0286 15,5292 0,0008 0,2 0,0029 3,5275
N/S 12,6 2,4057 19,0474 5,7875 11,8 8,3181 1,4372 Elementos e parâmetros Média A Desvio Coeficiente de
variação A Variância
A Média B Variância B Teste F
Padrão A
S/N 0,1 0,0153 18,7331 0,0002 0,1 0,0006 2,5815
N/B 0,2 0,0511 23,1810 0,0026 0,3 0,0149 5,7037
B/N 4,8 1,1240 23,5564 1,2634 3,3 1,3204 1,0451
N/Cu 1,5 0,8125 54,7674 0,6602 0,7 0,2962 0,4486
Cu/N 1,8 3,3642 191,8066 11,3179 2,4 5,2158 0,4608
N/Fe 0,1 0,0471 36,3687 0,0022 0,2 0,0182 8,2091
Fe/N 8,9 3,6559 41,0224 13,3653 7,3 15,7436 1,1779
N/Mn 0,4 0,1237 35,0968 0,0153 0,4 0,0296 1,9366
Mn/N 3,1 0,9975 31,8468 0,9950 3,4 2,9890 3,0041
N/Zn 1,4 1,8632 129,5233 3,4714 1,0 0,8896 0,2563
Zn/N 2,2 2,6468 120,6996 7,0054 1,8 2,3618 0,3371
P/K 0,1 0,0416 27,9008 0,0017 0,1 0,0040 2,3074
K/P 7,2 1,8512 25,8096 3,4270 9,8 19,2450 5,6158
P/Ca 0,0 0,0088 22,1837 0,0001 0,0 0,0002 2,6679
Ca/P 26,3 4,8362 18,3807 23,3889 30,0 164,0804 7,0153
P/Mg 0,5 0,0831 17,9319 0,0069 0,5 0,0197 2,8558
Mg/P 2,2 0,3881 17,4597 0,1507 2,3 1,2123 8,0472
P/S 1,1 0,2270 21,4833 0,0515 0,8 0,0495 0,9604
S/P 1,0 0,2349 23,6568 0,0552 1,3 0,1637 2,9669
P/B 0,0 0,0059 31,5466 0,0000 0,0 0,0001 3,9473
B/P 57,8 14,0367 24,2875 197,0281 50,5 485,2002 2,4626
P/Cu 0,1 0,0631 51,2825 0,0040 0,1 0,0027 0,6692
Cu/P 23,5 50,6451 215,8540 2564,9286 37,7 1452,7273 0,5664
P/Fe 0,0 0,0038 35,3251 0,0000 0,0 0,0001 4,3158
Fe/P 105,4 36,1263 34,2722 1305,1089 100,0 1497,8621 1,1477
P/Mn 0,0 0,0099 33,4688 0,0001 0,0 0,0001 0,7796
Mn/P 38,3 15,2042 39,7237 231,1663 49,1 622,3467 2,6922
P/Zn 0,1 0,1287 115,9630 0,0166 0,1 0,0063 0,3774
Zn/P 25,9 33,9265 131,1731 1151,0070 25,5 353,9346 0,3075
K/Ca 0,3 0,0729 26,2608 0,0053 0,4 0,0437 8,2053
Ca/K 3,9 1,0979 28,4649 1,2054 3,7 4,0430 3,3540
K/Mg 3,2 0,5308 16,5084 0,2817 4,6 3,7057 13,1550
Mg/K 0,3 0,0687 21,3860 0,0047 0,3 0,0143 3,0200
K/S 7,4 1,9475 26,3510 3,7926 7,5 9,1390 2,4097
S/K 0,1 0,0388 26,9645 0,0015 0,2 0,0036 2,4146
K/B 0,1 0,0352 27,3071 0,0012 0,2 0,0120 9,6606
B/K 8,4 2,7164 32,2825 7,3789 5,9 8,5213 1,1548
K/Cu 0,9 0,5422 62,2154 0,2940 0,4 0,1217 0,4141
Cu/K 2,9 5,1134 177,6382 26,1473 3,8 9,3601 0,3580
K/Fe 0,1 0,0388 49,8736 0,0015 0,1 0,0081 5,3998
66
Continua Elementos e parâmetros Média A Desvio Coeficiente de
variação A Variância
A Média B Variância B Teste F
Padrão A
Fe/K 15,9 7,1923 45,2331 51,7297 13,1 89,5105 1,7304
K/Mn 0,2 0,0914 43,9157 0,0083 0,2 0,0170 2,0398
Mn/K 5,5 2,1914 39,5274 4,8024 5,7 7,4510 1,5515
K/Zn 0,8 0,9901 118,6491 0,9802 0,6 0,5846 0,5964
Zn/K 3,7 4,0653 109,8757 16,5268 3,2 8,6083 0,5209
Ca/Mg 11,9 1,8979 15,8847 3,6020 14,1 30,1175 8,3613
Mg/Ca 0,1 0,0154 17,8743 0,0002 0,1 0,0009 3,9100
Ca/S 27,2 5,4812 20,1573 30,0430 22,9 46,4955 1,5476
S/Ca 0,0 0,0075 19,7349 0,0001 0,0 0,0003 4,4090
Ca/B 0,5 0,1495 31,2987 0,0223 0,7 0,0833 3,7298 Elementos e parâmetros Média A Desvio Coeficiente de
variação A Variância
A Média B Variância B Teste F
Padrão A B/Ca 2,2 0,4811 21,6381 0,2315 1,8 0,5590 2,4152
Ca/Cu 3,2 1,6849 53,2791 2,8389 1,4 1,4503 0,5109
Cu/Ca 0,8 1,4846 186,7664 2,2041 1,4 3,0673 1,3916
Ca/Fe 0,3 0,1005 36,2755 0,0101 0,3 0,0474 4,6940
Fe/Ca 4,1 1,5977 38,7878 2,5527 3,7 2,8088 1,1003
Ca/Mn 0,7 0,2304 30,7185 0,0531 0,7 0,1093 2,0596
Mn/Ca 1,4 0,4332 29,9166 0,1876 2,0 2,5235 13,4486
Ca/Zn 2,9 3,1585 107,1548 9,9760 1,8 3,6518 0,3661
Zn/Ca 1,0 1,3154 127,9798 1,7303 0,9 0,6438 0,3721
Mg/S 2,3 0,4160 18,1088 0,1730 1,7 0,3347 1,9343
S/Mg 0,4 0,0825 18,3766 0,0068 0,6000 0,0407 5,9818
Mg/B 0,0 0,0103 25,6376 0,0001 0,0000 0,0004 4,1079
B/Mg 26,2 6,1376 23,4185 37,6696 23,3000 68,1051 1,8080
Mg/Cu 0,3 0,1484 54,5380 0,0220 0,1000 0,0104 0,4725
Cu/Mg 10,3 21,1408 205,6609 446,9354 17,2000 264,0249 0,5907
Mg/Fe 0,0 0,0098 41,0727 0,0001 0,0000 0,0005 5,3701
Fe/Mg 49,2 20,0710 40,8195 402,8431 48,9000 466,6942 1,1585
Mg/Mn 0,1 0,0225 34,8707 0,0005 0,1000 0,0010 2,0757
Mn/Mg 17,3 6,2772 36,1981 39,4038 23,9000 204,3752 5,1867
Mg/Zn 0,3 0,2938 114,4038 0,0863 0,1000 0,0376 0,4362
Zn/Mg 12,1 14,7395 121,9073 217,2536 12,3000 79,5318 0,3661
S/B 0,0 0,0044 24,7905 0,0000 0,0000 0,0002 8,0224
B/S 59,2 13,2985 22,4568 176,8511 38,6000 181,6650 1,0272
S/Cu 0,1 0,0577 50,2395 0,0033 0,1000 0,0024 0,7306
Cu/S 19,1 33,1460 173,7594 1098,6586 28,9000 1116,0062 1,0158
S/Fe 0,0 0,0045 42,2625 0,0000 0,0000 0,0001 3,5875
Fe/S 112,2 48,2561 43,0136 2328,6559 79,4000 1097,9147 0,4715
S/Mn 0,0 0,0064 23,1006 0,0000 0,0000 0,0002 3,8074
Mn/S 37,9 8,0911 21,3293 65,4652 39,1000 446,5137 6,8206
S/Zn 0,1 0,1360 121,7789 0,0185 0,1000 0,0056 0,3009
Zn/S 25,8 29,9671 116,0836 898,0283 19,6000 189,7212 0,2113
B/Cu 7,0 3,8402 54,5170 14,7472 2,4000 4,9313 0,3344
Cu/B 0,4 0,7291 189,4409 0,5316 0,8000 0,3874 0,7287
B/Fe 0,6 0,2289 37,6446 0,0524 0,6000 0,1876 3,5817
Fe/B 2,0 1,0784 54,8653 1,1629 2,3000 1,5221 1,3088
B/Mn 1,6 0,5133 31,4808 0,2635 1,1000 0,2409 0,9143
Mn/B 0,7 0,2122 31,5888 0,0450 1,1000 0,3664 8,1374
67
Conclusão Elementos e parâmetros Média A Desvio Coeficiente de
variação A Variância
A Média B Variância B Teste F
Padrão A
B/Zn 6,5 7,6925 117,9199 59,1751 3,1000 13,2834 0,2245
Zn/B 0,5 0,5495 120,5736 0,3020 0,6000 0,1633 0,5408
Cu/Fe 0,3 0,5547 220,5008 0,3076 0,5000 0,5651 1,8369
Fe/Cu 12,3 6,2247 50,6641 38,7464 5,6000 32,9191 0,8496
Cu/Mn 0,4 0,6154 140,7865 0,3787 0,8000 0,4762 1,2576
Mn/Cu 4,1 1,8653 46,0397 3,4795 2,3000 3,7432 1,0758
Cu/Zn 1,6 3,0228 190,7965 9,1376 2,0000 6,0675 0,6640
Zn/Cu 2,6 3,2928 127,6404 10,8426 1,2000 1,7433 0,1608
Fe/Mn 3,0 1,1999 39,8675 1,4397 2,4000 1,3083 0,9088
Mn/Fe 0,4 0,1971 49,6125 0,0389 0,6000 0,2417 6,2220
Fe/Zn 11,9 14,5555 122,0615 211,8614 6,0000 54,8861 0,2591
Zn/Fe 0,3 0,4152 143,2739 0,1724 0,3000 0,0458 0,2659
Mn/Zn 4,1 5,0080 121,6950 25,0804 3,1000 16,4659 0,6565
Zn/Mn 0,7 0,7819 114,5963 0,6114 0,6000 0,1547 0,2531
Posteriormente, realizou-se o cálculo de Índice de Diagnose de acordo
com Walworth e Sumner (1987) obtendo-se as equações matemáticas
intermediárias definidas para o DRIS (BEAUFILS, 1973), baseadas na maior relação
entre dois nutrientes considerando-se as sub-populações A e B.
Os resultados obtidos são apresentados na Tabela 12 para os 100
dados amostrados em plantas de Lima Ácida Tahiti no ano de 2015, onde estão
definidos o número da amostra (coluna 1), os índices do nitrogênio (IN, coluna 2), do
fósforo (IP, coluna 3), potássio (IK, coluna 4), do cálcio (ICa, coluna 5), do magnésio
(IMg, coluna 6), do enxofre (IS, coluna 7), do boro (IB, coluna 8), do cobre (ICu, coluna
9), do ferro (IFe, coluna 10), do manganês (IMn, coluna 11), e do zinco (IZn, coluna
12), da matéria seca (Ims, coluna 13), o valor do Índice de Balanço Nutricional, (IBN,
coluna 14) e nas colunas 15 e 16 os elementos diagnosticados como mais
deficientes e mais excessivos, respectivamente, utilizando-se para isso das normas
gerais estabelecidas para o DRIS nos níveis de 32,5 t ha-1.
TABELA 12 - Diagnóstico nutricional de plantas de Lima Ácida Tahiti segundo as
normas desenvolvidas para produtividades acima de 32,5 t ha-1 ano 2015.
Continua
Am
ostra
IN IP IK ICa IMg IS IB ICu IFe IMn IZn IMS IBN
Def
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nte
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sivo
1 1,2 -0,6 -0,6 1,8 -1,7 1,4 -2,0 0,5 -0,5 -0,6 0,3 0,9 12,0 B Ca 2 1,6 -0,7 -0,6 1,4 -1,8 1,3 -1,6 0,4 -0,3 -0,5 0,2 0,8 11,2 Mg N 3 0,1 -0,7 -0,4 2,3 -1,4 1,1 -1,5 0,3 -0,2 -0,5 0,1 1,0 9,7 B Ca
68
Continua A
mos
tra
IN IP IK ICa IMg IS IB ICu IFe IMn IZn IMS IBN
Def
icie
nte
E
xces
sivo
4 0,5 -0,3 -1,3 2,1 -0,7 1,4 -1,8 0,5 -0,4 -0,5 0,2 0,6 10,4 B Ca 5 1,2 -1,0 0,0 1,6 -2,4 1,5 -1,6 0,5 0,0 -0,5 0,1 0,8 11,3 Mg Ca 6 1,2 -1,4 -0,1 2,1 -2,5 1,4 -1,6 0,4 -0,1 -0,4 0,1 0,9 12,3 Mg Ca 7 0,3 -0,5 0,1 1,7 -2,9 1,5 -1,3 0,6 -0,1 -0,5 0,3 1,0 10,7 Mg Ca 8 1,3 -1,0 -1,2 1,8 -0,4 0,8 -1,7 0,2 -0,3 -0,1 0,1 0,6 9,6 B Ca 9 0,9 -0,4 -0,4 2,1 -2,4 1,1 -2,0 0,4 -0,2 0,1 0,0 0,9 11,1 Mg Ca 10 1,5 -0,7 -0,1 1,1 -2,1 0,4 -1,6 0,8 0,1 -0,6 0,2 1,1 10,3 Mg N 11 0,6 -0,7 0,1 1,9 -3,4 1,3 -0,6 0,7 -0,5 -0,9 0,2 1,5 12,5 Mg Ca 12 3,0 -1,9 -0,3 2,5 -4,2 1,1 -1,1 0,7 -0,4 -0,9 0,3 1,4 17,8 Mg N 13 1,1 -1,1 -1,3 2,6 -1,7 -0,4 -0,6 0,3 0,3 -0,4 0,3 1,3 11,5 Mg Ca 14 1,2 -0,4 -0,5 1,9 -2,4 0,9 -1,2 0,5 -0,2 -0,9 0,3 1,0 11,3 Mg Ca 15 1,0 -1,5 -0,2 2,2 -0,5 0,9 -1,5 0,3 -0,6 -0,7 0,2 0,7 10,3 P e B Ca 16 0,6 -0,8 -0,2 2,0 -3,4 2,0 -1,9 0,5 0,8 -0,9 0,2 1,1 14,4 P Ca e S 17 2,8 -3,1 0,3 0,8 -0,9 1,5 -0,2 0,3 -2,0 -1,1 0,2 1,5 14,8 P N 18 2,5 -0,8 0,0 2,1 -5,5 1,9 -0,6 0,6 -0,8 -0,9 0,3 1,3 17,1 Mg N 19 0,8 -1,5 0,2 1,6 -2,1 1,1 -1,0 0,6 -0,3 -0,7 0,3 1,0 11,3 Mg Ca 20 1,4 -0,9 -0,9 2,2 -1,5 1,0 -2,3 0,5 -0,1 -0,4 0,2 1,0 12,5 B Ca 22 0,6 -0,5 -0,2 0,1 -0,7 0,7 -1,7 0,3 0,7 -0,4 -0,1 1,2 7,3 B S e Fe 23 1,7 -2,6 2,0 -1,9 0,4 1,1 -0,6 -0,2 -0,8 -1,5 -0,4 2,1 15,1 P K 24 1,3 -0,5 0,7 -0,1 -1,3 0,4 -0,7 0,0 -0,1 -0,9 -0,4 1,4 8,0 Mg N 25 3,0 0,1 0,8 2,1 2,8 -0,3 0,4 0,8 -11 0,6 0,0 1,0 23,2 Fe N 26 0,8 -0,5 1,6 0,3 0,2 0,5 -2,3 0,1 -0,3 -1,0 -0,3 0,9 8,8 B K 27 0,5 -0,2 2,4 -0,5 -2,3 0,7 -1,3 0,1 0,3 -1,0 -0,3 1,3 11,0 Mg K 28 0,8 0,4 3,9 -0,3 -3,1 0,4 -2,7 0,3 0,3 -0,8 -0,3 0,8 14,1 Mg K 29 1,2 -0,1 4,3 -0,9 -1,9 0,3 -3,5 0,4 0,4 -1,1 -0,4 0,6 15,0 B K 30 0,8 -5,6 4,1 -1,0 6,4 1,1 -2,4 0,2 -1,2 -2,1 -1,2 0,2 26,3 P K 31 3,9 -1,7 3,0 -1,8 -3,7 3,3 -0,7 0,0 -3,6 -1,0 -0,3 2,2 25,2 Mg N 32 0,9 0,5 1,6 -0,8 -1,0 1,0 -1,9 0,0 -0,9 -0,4 -0,2 1,0 10,2 B K 33 3,2 -2,2 1,5 -2,7 -1,9 2,0 0,3 0,1 -2,3 -0,6 -0,1 2,3 19,2 Ca N
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IN IP IK ICa IMg IS IB ICu IFe IMn IZn IMS IBN D
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xces
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34 0,0 0,1 1,4 0,1 -0,2 1,3 -3,4 0,4 -0,6 0,2 -0,3 0,8 9,0 B K 35 0,3 0,0 -0,2 0,1 -0,3 1,2 -1,3 -0,1 0,2 -0,5 -0,2 0,9 5,2 B S 36 0,2 -0,9 -0,4 0,4 -1,7 1,3 -0,1 0,0 0,4 -0,1 -0,3 1,1 6,9 P S 37 1,0 -1,0 -0,1 1,4 -2,0 1,7 -1,3 0,5 -0,7 -0,3 0,2 0,7 10,8 Mg S 38 1,4 -0,9 1,4 0,2 -0,2 2,5 0,2 0,0 -5,4 -0,3 -0,2 1,2 13,8 Fe S 39 0,1 -0,1 0,2 0,5 1,5 0,7 -2,9 -0,1 -0,5 0,8 -0,2 -0,1 7,6 B Mg 40 2,5 -1,7 1,9 -1,5 -4,3 2,6 0,2 -0,3 -1,1 -1,0 0,1 2,1 19,3 Mg N 51 0,1 -0,4 1,3 -1,5 -1,7 1,3 -3,6 0,1 0,0 3,8 0,8 -0,4 15,0 B Mn 52 0,8 -0,1 1,0 -2,5 -2,7 0,1 -2,9 0,2 -0,3 5,8 0,2 0,1 16,7 B Mn 53 1,7 0,6 1,4 -3,0 -2,1 2,4 -4,4 0,4 -0,2 3,1 0,2 -0,4 19,9 B Mn 54 0,4 -0,3 2,1 -2,0 -1,8 1,4 -3,5 0,4 0,0 3,3 0,1 -0,4 15,6 B Mn 55 0,7 -0,2 0,0 -0,8 -1,0 1,4 -2,8 0,2 0,5 1,7 0,1 0,1 9,6 B Mn 56 0,7 0,2 1,2 -1,3 -1,7 1,2 -2,8 0,5 0,6 0,5 0,0 0,7 11,4 B K e S 57 1,1 0,0 1,8 -1,6 -2,2 1,6 -3,4 0,4 0,4 1,5 -0,1 0,0 14,0 B K 58 -0,2 0,1 2,4 -2,4 -2,4 2,1 -3,0 0,6 1,0 0,5 0,9 -0,1 15,6 B K 59 1,6 0,0 2,3 -3,3 -4,8 3,1 -2,9 0,6 0,3 2,3 0,3 0,1 21,4 Mg S
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Conclusão A
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IN IP IK ICa IMg IS IB ICu IFe IMn
IZn IMS IBN D
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xces
sivo
60 0,0 0,4 2,7 -2,3 -1,9 1,3 -3,1 0,3 0,6 1,4 0,4 -0,3 14,7 B K 71 0,3 0,3 -1,0 -0,2 0,3 -0,3 -0,6 -0,5 0,4 0,7 0,1 0,8 5,5 K Mn 72 -1,0 0,5 -0,4 -0,5 -0,3 0,2 -0,7 -0,1 0,9 1,4 0,2 -0,2 6,4 N Mn 73 -1,0 0,8 -1,9 -0,2 0,1 1,1 -0,3 -0,2 1,0 0,1 0,9 -0,2 7,8 K S 74 -1,3 0,3 -1,3 0,5 0,2 1,5 -0,2 -0,2 0,6 0,6 0,6 -1,0 8,3 N e K S 75 -0,8 1,0 -1,4 -0,1 0,0 0,0 -0,3 0,0 0,5 0,4 0,6 0,2 5,4 K P 76 1,9 0,7 -2,1 -1,1 -0,5 0,7 -0,9 0,0 0,9 1,1 0,6 -1,0 11,4 K N 77 0,2 -0,3 -1,7 0,1 -0,1 0,1 0,2 0,1 0,0 0,6 0,1 1,0 4,4 K Mn 78 0,0 -0,6 -1,0 -0,5 -0,6 0,1 -0,1 -0,1 0,7 1,1 0,1 1,1 6,0 K Mn 79 -1,3 0,3 -1,1 0,7 -0,5 0,9 -0,1 -0,6 0,5 0,9 0,3 0,2 7,2 N S e Mn 80 -1,2 0,6 -1,2 0,8 0,3 0,6 -0,5 -0,4 0,3 0,4 0,3 0,1 6,8 N e K Ca 81 -1,6 0,5 -1,6 0,8 0,9 0,6 -0,7 -0,2 0,7 0,5 0,6 -0,4 9,4 N e K Mg 82 1,2 -0,5 -0,3 -0,4 -2,5 -0,7 0,9 0,2 0,5 -0,4 0,0 1,9 9,5 Mg N 83 -0,5 0,6 -1,1 -0,6 -0,1 1,1 -0,4 -0,4 1,0 -0,3 0,7 0,1 6,8 K S 84 -1,2 0,2 -1,5 0,7 0,8 -0,1 -0,1 -0,3 0,8 0,7 0,2 0,1 6,6 K Mg e Fe 85 -0,7 -0,3 -1,5 0,3 0,1 -0,3 0,0 0,0 1,0 0,4 0,4 0,8 5,8 K S 86 -0,7 0,3 -1,6 0,2 0,1 1,3 -0,6 -0,1 0,8 -0,3 0,8 0,0 6,7 Mg S 87 -0,3 0,5 -0,9 0,1 -1,3 1,1 0,0 0,0 0,9 -0,6 0,3 0,4 6,4 Mg S 88 -0,7 0,5 -1,3 0,8 -0,4 1,0 -0,2 -0,2 0,6 -0,6 0,6 -0,1 7,0 K S 89 -1,0 -0,2 -0,9 -0,1 0,0 0,3 0,0 -0,2 0,9 0,2 0,3 0,7 4,8 N Fe 90 -1,2 0,2 -1,1 0,3 0,3 0,5 -0,5 -0,1 1,2 0,7 0,2 -0,3 6,8 N Fe 91 0,4 0,2 0,8 -0,2 -1,2 1,4 -2,0 -0,2 0,3 -0,4 -0,1 0,8 8,0 B S 92 1,4 0,4 0,8 -1,6 -0,2 0,2 -2,9 -0,3 0,5 -0,8 0,0 2,2 11,5 B N 93 -0,6 1,8 0,2 0,5 -0,2 1,0 -3,9 -0,3 0,2 -0,4 0,1 1,7 10,8 B P 94 1,9 0,6 -0,3 -0,8 0,1 0,2 -2,4 -0,4 0,1 -0,6 0,0 1,6 9,0 B N 95 -0,5 0,7 1,1 0,1 -1,2 1,3 -2,2 0,0 -0,4 0,0 0,1 1,0 8,5 B K 96 -0,5 0,3 1,0 0,8 -0,4 1,0 -4,2 -0,1 0,5 0,3 0,2 1,2 10,3 B K e S 97 -0,5 1,0 0,8 0,6 -0,1 2,4 -5,6 -0,3 0,4 0,5 0,1 0,6 12,9 B S 98 -0,3 1,5 1,3 -0,1 -1,0 1,4 -5,1 0,0 0,7 0,3 0,1 0,9 12,7 B P 99 -0,3 0,6 1,8 0,7 -1,7 1,1 -5,2 -0,1 0,5 0,3 0,5 1,6 14,5 B K
100 -0,3 0,2 1,0 0,9 -1,3 2,0 -4,1 0,1 0,4 0,3 0,2 0,7 11,4 B S
Analisando-se os dados apresentados pela Tabela 12, pode-se
perceber que os valores apresentados pelo DRIS, através das normas originadas de
diferentes níveis de produtividade, menores valores das magnitudes dos Índices de
Diagnose e, consequentemente, menores valores de IBN para normas originadas de
populações com produtividades acima de 32,5 t ha-1. Como exemplo, toma-se a
amostra 82, com produtividade obtida de 30 t ha-1, onde tem-se como nutriente
diagnosticado como deficiente o Mg.
Também, observou-se nos dados das amostras da Tabela 12 que a
deficiência maior foi do nutriente B (40% dos talhões), devido a alta extração por
parte do ‘Tahiti’ e os baixos teores de Matéria Orgânica dos solos dos pomares,
seguido do Mg (26% dos talhões), sendo que uma grave deficiência deste nutriente
70
provoca distúrbios no metabolismo das plantas que certamente afetará na qualidade
e rendimento (GERENDÁS; FUHRS, 2013). No entanto, Dias et al. (2013a), que
verificaram em seu trabalho utilizando normas DRIS multivariadas para avaliação do
estado nutricional de laranjeira ‘Pera’ no estado do Amazonas, observaram que os
elementos com índices DRIS mais negativos nas glebas seguiram a ordem
K>B=P>Mn>Mg>Cu=Fe>S>Ca>N>Zn.
Em termos de excesso, verificou-se nos nutrientes S, Ca e K (25%,
20% e 18% dos talhões, respectivamente), fato que se justificou devido às
aplicações demasiadas de fertilizantes minerais ricos em Potássio, que tem efeito
sobre o tamanho das frutas, acompanhado pelo aumento da relação da quantidade
de suco por fruta pela casca (MATTOS JR et al., 2010), bem como aplicação de
calcário em superfície sem incorporação, aumentando assim os teores de Ca.
Já para os dados de 2016, são apresentados na Tabela 13 para os 89
dados amostrados em plantas de Lima Ácida ‘Tahiti’, onde estão definidos o número
da amostra (coluna 1), os índices do nitrogênio (IN, coluna 2), do fósforo (IP, coluna
3), potássio (IK, coluna 4), do cálcio (ICa, coluna 5), do magnésio (IMg, coluna 6), do
enxofre (IS, coluna 7), do boro (IB, coluna 8), do cobre (ICu, coluna 9), do ferro (IFe,
coluna 10), do manganês (IMn, coluna 11), e do zinco (IZn, coluna 12), da matéria
seca (Ims, coluna 13), o valor do Índice de Balanço Nutricional, (IBN, coluna 14) e
nas colunas 15 e 16 os elementos diagnosticados como mais deficientes e mais
excessivos, respectivamente, utilizando-se para isso das normas gerais
estabelecidas para o DRIS nos níveis de 32,5 t ha-1.
TABELA 13 - Diagnóstico nutricional de plantas de Lima Ácida Tahiti segundo as normas desenvolvidas para produtividades acima de 32,5 t ha-1 ano 2016.
Continua
Am
ostra
IN IP IK ICa IMg IS IB ICu IFe IMn IZn IMS IBN
Def
icie
nte
Exc
essi
vo
1 1,5 -1,0 0,7 -0,1 -1,9 1,4 -1,3 0,6 -1,0 -0,3 0,0 1,2 11,0 Mg N 2 0,8 -1,3 0,5 0,6 -0,8 1,1 -3,3 0,8 -0,2 0,0 0,8 0,9 11,1 B S 3 1,2 -2,0 -0,8 1,1 -2,7 1,3 -0,2 0,9 0,4 0,0 -0,2 1,1 11,9 Mg S 4 0,6 -0,1 -0,4 0,1 -1,2 0,8 -0,5 0,7 -1,5 0,9 -0,1 0,8 7,7 Fe Mn 5 0,7 -1,0 -0,4 0,5 -1,2 0,3 -1,1 0,7 0,7 0,4 -0,2 0,6 7,8 Mg Cu – Fe - N 6 2,5 0,2 0,9 1,3 -0,1 3,2 -8,9 0,7 -2,6 2,0 -0,2 0,9 23,5 B S 7 0,1 -0,9 -0,5 0,2 -0,5 1,2 -1,5 0,6 -0,4 0,4 1,0 0,4 7,7 B S 8 1,4 -0,8 0,0 -0,2 -0,8 -0,2 -0,4 0,5 -1,1 0,6 0,0 1,0 7,0 Fe N 9 0,8 -1,0 -0,1 0,0 -1,7 0,7 -1,1 0,8 0,1 1,0 -0,3 0,8 8,4 Mg Mn
71
Continua
12 1,4 -3,5 0,5 1,4 -1,0 0,6 0,1 0,7 -1,3 0,3 -0,4 1,2 12,2 P N e Ca 13 1,0 -1,5 -0,2 1,8 -1,1 0,3 -0,5 0,6 -0,8 -0,6 -0,1 1,0 9,4 P Ca 14 1,3 -1,8 0,8 0,8 -1,7 0,5 0,1 0,8 -1,9 -0,2 0,3 0,9 11,1 Fe N 15 0,7 0,4 0,2 0,6 -1,1 0,8 -0,8 0,4 -1,5 -0,5 0,1 0,7 7,9 Fe S 16 0,6 -3,1 -0,2 1,3 -1,5 2,4 -0,6 0,6 -0,2 -0,4 0,3 0,8 12,0 P S 17 1,7 -6,1 0,7 2,2 0,8 -0,3 -0,4 0,8 -0,4 0,1 -0,3 1,3 15,0 P Ca 18 1,4 -2,6 0,6 0,8 -1,9 0,2 -0,3 0,8 -0,7 0,5 -0,3 1,5 11,5 P N 19 2,3 -3,1 0,3 0,8 -2,0 -0,3 -0,1 0,7 -0,9 0,2 0,5 1,5 12,7 P N 20 0,7 -2,2 1,2 0,7 1,5 0,3 -1,8 0,3 -1,3 0,2 -0,4 0,8 11,4 P Mg 21 -0,1 -1,5 1,2 -0,1 0,2 -0,3 -1,2 0,9 -0,3 0,3 0,4 0,5 7,0 P K 22 0,4 -0,3 2,2 -0,7 0,5 -0,5 -2,5 1,1 -1,0 -0,4 0,3 0,6 10,4 B K 23 0,0 -1,1 0,6 -0,1 -0,1 -0,1 -0,9 0,8 -0,3 0,1 0,2 0,8 5,1 P Cu 24 -0,3 -1,7 1,5 -1,1 0,3 0,8 -0,5 0,1 0,2 0,4 -0,6 0,7 8,2 P K 25 0,4 -1,8 0,3 -0,2 -0,4 -0,5 0,0 0,3 0,3 0,5 0,2 1,0 5,9 P Mn 26 0,4 -1,7 2,2 -0,8 -1,2 -0,1 0,0 0,3 -0,5 0,0 0,1 0,9 8,1 P K 28 -0,1 -0,5 2,0 -1,0 0,0 0,9 -2,8 0,3 -0,1 -0,1 0,3 0,7 8,9 B K 29 0,7 0,3 -0,2 -0,9 0,0 0,6 -1,2 0,3 -0,2 -0,4 -0,1 1,1 6,0 B N 30 1,0 -1,1 0,2 -0,8 0,9 0,0 -0,9 0,1 0,4 -0,4 -0,2 0,7 6,7 P N 41 0,4 -0,7 1,5 -1,2 1,8 1,5 -3,3 0,2 -0,4 0,1 0,1 -0,4 11,6 B Mg 42 0,4 -1,3 1,3 -0,9 0,6 0,3 0,1 0,3 -2,2 0,6 0,7 -0,2 9,0 Fe K 43 0,7 -0,5 0,9 -1,8 -1,1 -0,5 -0,1 4,7 -3,0 0,9 -0,5 0,1 14,8 Fe Cu 44 0,9 -0,7 1,2 -2,6 -0,4 -0,9 -0,7 4,4 -1,6 0,0 0,4 -0,4 14,3 Ca Cu 45 0,8 -0,7 3,4 -2,4 -1,4 -0,5 -0,5 5,1 -4,2 0,2 -0,7 0,0 19,9 Ca Cu 46 0,4 0,1 2,2 -2,4 -0,8 -0,3 0,0 0,0 -2,3 2,2 0,0 0,4 11,1 Fe Cu 47 1,0 0,1 2,0 -3,3 -0,7 -0,1 -0,3 0,2 -1,4 1,4 -0,4 0,7 11,7 Ca K 48 1,4 1,7 2,1 -2,1 1,1 0,6 -0,1 0,7 -7,9 2,2 -0,4 0,3 20,5 Fe Mn 49 1,2 0,2 0,8 -0,8 0,4 0,2 -0,5 2,1 -4,5 0,4 -0,2 0,5 11,8 Fe Cu 50 -0,3 -0,4 1,8 -0,7 1,6 -0,1 -0,5 2,0 -3,4 -0,1 -0,2 -0,2 11,1 Fe Cu 51 0,9 -1,0 2,0 -3,8 -2,4 -0,6 -0,8 1,1 -2,8 8,5 -0,8 -0,9 25,7 Ca Mn 52 0,1 -0,9 2,0 -2,8 -1,8 -0,1 -1,4 1,7 -0,8 4,5 0,2 -1,2 17,4 Ca Mn 53 0,4 -0,2 0,7 -2,7 -0,9 0,2 -1,0 0,9 -0,4 3,0 0,2 -0,6 11,0 Ca Mn 54 0,9 -0,7 1,2 -2,8 -1,6 -0,1 -0,2 0,9 -1,9 5,5 -1,1 -0,5 17,4 Ca Mn 55 0,8 -1,2 1,5 -1,9 -2,0 -1,3 -0,5 1,4 -2,7 6,7 -0,4 -0,6 21,0 Fe Mn 56 0,5 -0,7 2,7 -2,5 -1,9 0,1 -0,8 0,8 -1,5 1,3 1,7 -0,3 14,9 Ca K 57 -0,7 -1,1 1,9 -2,4 -2,2 0,5 -0,4 1,0 -1,2 4,7 -0,1 -0,5 16,8 Ca Mn 58 1,3 -0,9 1,6 -4,1 -2,6 0,5 -1,2 0,7 -1,0 5,3 0,2 -0,5 19,9 Ca Mn 59 0,3 -1,1 2,4 -5,1 -3,5 0,8 -1,0 0,9 -1,7 7,6 0,6 -1,1 26,2 Ca Mn 60 2,0 -0,5 1,1 -2,5 -1,0 1,5 -1,9 0,7 -1,7 2,1 0,4 -0,5 16,0 Ca N 61 -0,1 -0,7 1,5 -0,4 -1,4 1,0 -1,5 1,2 -1,6 0,8 0,9 0,1 11,3 Fe K
Am
ostra
IN IP IK ICa IMg IS IB ICu IFe IMn IZn IMS IBN
Def
icie
nte
Exc
essi
vo
60 2,0 -0,5 1,1 -2,5 -1,0 1,5 -1,9 0,7 -1,7 2,1 0,4 -0,5 16,0 Ca N 61 -0,1 -0,7 1,5 -0,4 -1,4 1,0 -1,5 1,2 -1,6 0,8 0,9 0,1 11,3 Fe K 62 -0,1 -0,5 0,4 -1,0 0,0 1,0 -2,4 1,3 -0,4 0,3 0,9 0,2 8,6 B Cu 63 -0,4 -1,2 0,2 -0,1 -1,2 0,3 -0,5 3,5 -1,0 1,4 -0,5 -0,6 10,9 P e Mg Cu 64 -0,8 -0,9 0,1 -0,5 -0,9 0,9 -0,4 1,3 -1,3 1,6 1,4 -0,4 10,5 Fe Mn
Am
ostra
IN IP IK ICa IMg IS IB ICu IFe IMn IZn IMS IBN
Def
icie
nte
Exc
essi
vo
10 0,1 -2,7 -0,1 1,6 -0,8 -0,1 0,3 0,6 0,2 0,3 -0,1 0,7 7,6 P Ca 11 1,0 -2,8 0,9 1,2 1,0 0,6 -0,2 0,4 -2,1 -0,8 -0,1 0,8 12,1 P Ca
72
Conclusão
67 -2,2 -1,0 1,2 -1,6 -0,9 3,0 -0,9 0,6 0,4 0,0 1,1 0,0 13,0 N S 68 -2,0 -1,1 0,1 -0,9 -0,6 2,4 -0,2 0,8 -0,2 0,7 0,6 0,4 10,0 N S 69 -0,9 -1,7 0,9 -0,4 0,6 2,3 -1,4 0,4 -1,2 0,5 0,7 0,2 11,1 P S 70 -2,1 -1,8 0,7 -0,3 0,0 2,2 -0,6 0,6 -0,3 0,4 0,8 0,2 10,0 N S 71 0,7 -0,8 0,4 -0,2 0,9 -0,4 0,1 -0,4 0,0 -0,3 -0,4 0,3 4,8 P Mg 72 0,8 0,0 1,8 0,5 0,7 -0,7 -0,1 -0,7 -1,1 -1,3 -0,4 0,5 8,7 Mn K 73 0,1 -0,3 0,4 -0,8 0,2 0,0 -0,2 -0,2 -0,5 -0,1 1,8 -0,5 5,1 Ca Zn 74 -0,6 -0,1 0,9 -0,1 1,0 0,7 0,7 -0,4 -1,3 -0,3 -0,6 0,0 6,7 Fe Mg 75 -0,3 1,1 1,4 0,0 0,0 0,2 -0,5 -0,7 0,2 1,4 -3,0 0,0 8,8 Zn K e Mn 76 0,1 0,6 0,5 -0,1 0,3 0,3 -0,2 -0,5 -0,3 -0,7 -0,1 0,0 3,8 Mn P 77 0,8 0,2 0,2 -0,6 0,1 0,4 0,1 -0,2 0,3 0,3 -2,1 0,4 5,7 Zn N 78 -0,1 -0,4 -0,3 0,7 0,6 1,0 0,2 -0,4 -0,5 0,0 -0,5 -0,3 4,8 Fe e Zn S 79 -0,3 -0,3 -0,3 0,3 -0,3 -0,2 0,8 -0,4 0,7 0,5 -0,5 0,0 4,6 Zn B 80 -1,2 1,0 0,0 0,5 0,3 -0,5 0,1 -0,4 -0,5 -0,2 0,7 0,2 5,4 N P 81 0,0 1,5 -0,4 -0,1 -0,3 0,4 -0,3 -0,5 -0,3 -0,5 0,5 0,0 4,8 Cu e Mn P 82 0,8 0,4 0,1 -0,5 0,2 0,1 0,6 -0,4 -0,3 -1,0 0,1 0,0 4,6 Mn N 83 0,2 0,2 -0,6 0,0 -0,6 -0,7 0,2 -0,1 0,8 -0,1 0,3 0,3 4,2 S Fe 84 -0,4 -0,1 -0,6 0,1 -0,6 -0,3 1,1 -0,3 1,0 -0,2 0,6 -0,3 5,6 K e Mg B 85 -0,2 0,4 -0,3 1,0 0,3 0,1 -2,2 0,2 1,1 -0,4 0,0 0,1 6,3 B Fe 86 0,9 -0,3 -0,4 0,2 -0,3 -0,1 -0,1 -0,3 0,5 0,0 0,0 0,1 3,4 K N 87 0,5 -0,1 -0,8 0,6 0,0 0,2 0,0 0,0 0,4 -0,1 -0,5 0,1 3,2 K Ca 88 -0,4 0,1 0,1 0,7 -0,3 -0,7 0,2 -0,3 1,1 0,1 -0,5 -0,1 4,4 S Fe 89 0,0 0,3 0,2 0,2 0,2 -0,5 -0,2 -0,1 0,5 0,0 -0,2 -0,4 2,8 S Fe 90 -0,2 0,5 0,3 -1,4 0,2 0,0 -0,4 0,1 0,9 -0,1 0,1 -0,1 4,3 Ca Fe 91 1,4 0,2 0,9 -1,0 -0,1 0,5 -1,3 0,0 -2,1 0,0 0,3 0,8 8,7 Fe N 92 0,0 0,5 3,4 -0,7 -1,0 -0,2 -2,3 0,0 -1,5 0,2 -0,1 1,2 11,1 B K 93 0,5 0,2 1,5 0,6 -1,2 -0,1 -1,4 0,3 -2,8 0,9 -0,1 1,4 11,0 Fe K 94 0,6 0,1 1,9 -0,5 -1,5 0,0 -0,9 -0,4 -0,9 0,2 -0,1 1,3 8,5 Mg K 95 0,6 0,0 2,9 -1,6 -1,4 -0,5 -1,6 0,0 -1,0 0,6 0,5 1,0 11,7 Ca e B K 96 0,9 0,9 2,3 -0,5 -0,4 -0,4 -3,3 -0,2 -1,6 0,6 0,0 1,4 12,4 B K 97 0,5 0,8 2,8 -1,8 -0,2 -0,1 -3,0 0,0 -1,3 0,9 -0,1 0,9 12,5 B K 98 0,8 0,8 2,9 -0,7 -0,7 -0,2 -2,5 -0,2 -2,7 0,9 0,2 1,2 13,9 B K 99 1,6 0,4 2,4 0,4 -1,1 -0,2 -3,0 -0,3 -1,6 0,3 0,0 0,9 12,2 B K
100 1,0 0,8 2,3 0,2 -0,3 0,3 -2,0 -0,4 -2,6 0,1 -0,3 0,7 11,1 B K
Com base nos dados apresentados na Tabela 13, pode-se perceber que
21% dos talhões estavam com excesso de K, o que se justificou pela utilização
demasiada de fertilizantes com K2O, onde a média utilizada nos pomares
amostrados foi de 80 kg ha-1, seguido do N (16% dos talhões) e Mn (14% dos
talhões).
Em se tratando de talhões com deficiência, demonstrou-se pelos dados
que 21% dos talhões com deficiência de P e 20% dos talhões manifestaram
deficiência de B e Fe, fato justificado pela origem dos solos dos lotes amostrados e
Am
ostra
IN IP IK ICa IMg IS IB ICu IFe IMn IZn IMS IBN
Def
icie
nte
Exc
essi
vo
65 2,5 1,4 1,8 -3,7 -1,1 1,3 -4,7 0,1 -0,2 -0,4 1,3 1,0 19,6 B N 66 -1,5 -2,1 -0,1 0,0 0,1 1,3 0,0 1,0 0,9 0,3 0,0 -0,1 7,5 P S
73
classes texturais, haja vista que os dois principais tipos de solos onde os pomares
estão presentes são LATOSSOLO VERMELHO Distrófico (LVd) e ARGISSOLO
VERMELHO Distrófico (PVd) com 25 % de argila, 10 % de silte e 65% de areia, em
média, além dos baixos teores de Matéria Orgânica (MO), cerca de 20 g kg-1, em
média. Srivastava e Singh (2008) encontraram resultados semelhantes em seu
trabalho com tangerina, onde os índices DRIS desenvolvidos com base na análise
das folhas e do solo revelaram deficiência de N,
P, K, Fe e Zn.
4.2.3 Relação DRIS estabelecida e faixas de padrões existentes
Visando uma comparação do Sistema DRIS com os padrões
nutricionais apresentados por Malavolta (1992) e Mattos Jr., De Negri e Figueiredo
(2003), a relação das faixas de todos os nutrientes utilizadas como forma geral de
interpretação das análises químicas foliares para a cultura da Lima Ácida Tahiti e as
normas DRIS estabelecidas nas amostras neste estudo, foram apresentadas na
Tabela 14.
TABELA 14 – Relação dos nutrientes estudados, faixas de padrões existentes e normas DRIS estabelecidas para a Lima Ácida Tahiti.
NUTRIENTE N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn
g kg-1 mg kg-1
Malavolta (1992)
24 - 26 1,2 - 1,7 10 - 14 35 - 40 2,5 – 3,0 2,0 – 2,5 60 - 140 10 - 30 130 - 300 25 - 50 25 – 50
Mattos Jr., De Negri e
Figueiredo (2003)
18 - 22 1,8 – 2,2 15 - 20 35 - 45 2,5 – 4,0 2,0 – 3,0 36 - 100 4,1 -10,0 50 - 120 35 - 50 35 - 50
Padrões gerados pelo DRIS Tahiti
21 - 25 1,7 – 2,1 12 – 15 43 – 54 3,8 – 4,4 1,7 – 2,0 90 – 118 43 – 70 161 - 262 57 – 93 37 – 48
Fonte: Malavolta (1992); Mattos Jr.; De Negri; Figueiredo (2003); Próprio autor (2017), elaborado pelo autor (2017).
Conforme os dados apresentados pela Tabela 14, observou-se que
para a produtividade de lavouras de ‘Tahiti’ acima de 32,5 t ha-1, as normas DRIS
foram estabelecidas e que, os padrões nutricionais obtidos das lavouras avaliadas
(Tabelas 13 e 14) resultaram em diferentes dos padrões propostos por Malavolta
(1992) e Mattos Jr., De Negri e Figueiredo (2003), que são utilizadas na
74
interpretação das análises químicas foliares para a cultura da Lima Ácida Tahiti,
exceto para os nutrientes N, K, B e Fe que foram semelhantes aos de Malavolta
(1992) e P e Zn teores que ficaram próximos dos teores médios descritos por Mattos
Jr., De Negri e Figueiredo (2003). Os teores médios de Ca, Mg, Cu e Mn ficaram
acima dos padrões existentes e o nutriente S ficou abaixo dos padrões existentes.
75
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mediante a realização desta pesquisa, obteve-se o estabelecimento
das normas DRIS para a Lima Ácida Tahiti (Citrus latifolia Tanaka) para o estado do
Paraná, utilizando como padrão, a produtividade acima de 32,5 t ha-1.
Observaram-se nos dados das amostras do ponto de corte escolhido
(acima de 32,5 t ha-1) que as deficiências maiores foram dos nutrientes B, Mg, P e
Fe. Quanto aos teores dos nutrientes excessivos, verificaram-se os nutrientes S, K,
Cu e N.
As recomendações para nutrição e adubação da Lima Ácida Tahiti no
Estado do Paraná, atualmente são realizadas utilizando normas e padrões gerais da
pesquisa gerada pelo Estado de São Paulo (IAC – APTA). No estado do Paraná, as
pesquisas para citricultura partem em sua totalidade do IAPAR, porém existe a
necessidade de avanços na área da nutrição mineral de plantas, em especial na
utilização da diagnose via análise foliar.
Fruto deste trabalho, as normas DRIS geradas serão utilizadas pelo
IAPAR e EMATER, com o auxílio dos agricultores (familiares e patronais) do estado
do Paraná, visando a melhoria na recomendação de fertilizantes de forma mais
equilibrada, haja vista que foi o primeiro trabalho no estado para estabelecimento
das normas DRIS para a cultura.
Na busca de uma alternativa mais completa de recomendação
nutricional, este trabalho servirá como opção também para a assistência técnica,
pois existem grupos de técnicos que já se dedicam a buscar soluções para aumento
de produtividade e renda ao agricultor, com uso racional de fertilizantes.
A opção de gerar a matriz utilizando o ponto de corte acima de 32,5 t
ha-1 de Tahiti, foi utilizada como padrão neste trabalho por apresentar melhor
correlação entre produção e IBN dentre as 168 amostras analisadas.
Além da utilização da norma DRIS, outros trabalhos de pesquisa
utilizando as informações deste estudo, poderão validar e incrementar o uso do
DRIS na Lima Ácida Tahiti, como forma de realizar um diagnóstico preciso e
recomendação nutricional adequada.
76
6 CONCLUSÕES
Mediante a realização desta pesquisa, obteve-se o estabelecimento
das normas DRIS para a Lima Ácida Tahiti (Citrus latifolia Tanaka) para o estado do
Paraná, utilizando como padrão, a produtividade acima de 32,5 t ha-1.
Observou-se nos dados das amostras do ponto de corte escolhido
(acima de 32,5 t ha-1) que, no ano agrícola 2014/2015 a deficiência maior foi do
nutriente B (40%), seguido do Mg (26%). Quanto aos teores dos nutrientes
excessivos, verificou-se nos nutrientes S (25%), seguidos do Ca (20%) e K (18%).
Já, nos resultados com os dados do ano agrícola 2015/2016, verificou-se deficiência
de P (21%), seguido dos nutrientes B e Fe (20% ambos). Em relação aos teores de
nutrientes excessivos, pode-se observar o K (21%), seguido dos nutrientes N (16%)
e Mn (14%).
Pode-se definir um critério para escolha de qual matriz gerada pelo
sistema DRIS utilizar em nível de campo, haja vista que quanto maior a
produtividade menor foi o IBN, através do cálculo e análise da correlação (r) entre o
Índice de Balanço Nutricional (IBN) e matrizes DRIS para os diferentes níveis
produtivos.
77
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