Power Point Música de Intervenção

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“Foram dias, foram anos a esperar por um só dia! Alegrias! Desenganos! Foi o tempo que doía com seus riscos e seus danos.

Foi a noite, foi o dia, na esperança de um só dia!” Manuel Alegre

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Antes do dia 25 de Abril de 1974, o nosso país vivia mergulhado na tristeza e no medo. Durante mais de 40 anos, quem governou Portugal até esse dia foi Salazar e, logo a seguir, Marcelo Caetano. Não havia democracia, não se realizavam eleições livres e ficavam sempre os mesmos a mandar. As pessoas não tinham liberdade para dizer o que pensavam sobre o governo. Havia a PIDE, uma polícia política que vigiava, prendia e torturava quem tivesse ideias contrárias às do governo.

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Após o 25 de Abril acabou a ditadura e começou a democracia. Com a Revolução dos Cravos o povo português passou a ter liberdade, os soldados colocaram cravos nos canos das suas espingardas, simbolizando uma mudança pacífica de regime. Muitos distribuíam cravos vermelhos e Para os militares saberem quando avançar foram lançadas duas "senhas" na rádio. A primeira foi a música "E Depois do Adeus", de Paulo de Carvalho, a segunda foi "Grândola, Vila Morena", de Zeca Afonso, que ficou ligada para sempre ao 25 de Abril. As Pessoas gritavam:

«O POVO, UNIDO, JAMAIS SERÁ VENCIDO!».

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E nesta revolução singular, onde cravos foram símbolo e a música o código para uma nova era, Portugal cantou nas praças, nas ruas, nos campos que:”O povo é quem mais ordena, dentro de ti, ó cidade…” Vasco Lourenço

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O golpe de estado militar do dia 25 de Abril de 1974 derrubou, num só dia, o regime político que vigorava em Portugal desde 1926, sem grande resistência das forças leais ao governo, que cederam perante a revolta das forças armadas. Este levantamento é conhecido por Dia D, 25 de Abril ou Revolução dos Cravos. O levantamento foi conduzido pelos oficiais intermédios da hierarquia militar (o MFA), na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial. Considera-se, em termos gerais, que esta revolução trouxe a liberdade ao povo português (denominando-se "Dia da Liberdade" o feriado instituído em Portugal para comemorar a revolução).

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Manuel Paulo de Carvalho Costa nasceu em Lisboa em 15 de Maio de 1947. Em 1962 foi um dos fundadores dos Sheiks. Fez parte de vários grupos, entre eles a Banda 4 e o projecto Fluido, que fundou, e o Thilo´s Combo. Apesar de nos dois primeiros projectos ser o vocalista principal, só em 1970 inicia uma carreira verdadeiramente a solo ao ser convidado para cantar "Corre Nina", no Festival RTP da Canção.

Em 1974, venceu o Festival RTP da Canção, com “E Depois do Adeus”. Esta canção foi uma das senhas para o Revolução dos Cravos. Na Eurovisão

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E Depois do AdeusPaulo de Carvalho

Quis saber quem souO que faço aquiQuem me abandonouDe quem me esqueciPerguntei por mimQuis saber de nósMas o marNão me trazTua voz.Em silêncio, amorEm tristeza e fimEu te sinto, em florEu te sofro, em mimEu te lembro, assimPartir é morrerComo amarÉ ganharE perder. Tu viste em florEu te desfolheiTu te deste em amorEu nada te deiEm teu corpo, amor

Eu adormeciMorri nele E ao morrerRenasci.E depois do amorE depois de nósO dizer adeusO ficarmos sósTeu lugar a maisTua ausência em mimTua pazQue perdiMinha dorQue aprendi.De novo vieste em florTe desfolhei...E depois do amorE depois de nósO adeusO ficarmos sós

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José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos nasceu a 2 de Agosto de 1929, em Aveiro. Em 1930 os pais foram para Angola. José Afonso permanece em Aveiro, na casa da Fonte das Cinco Bicas, por razões de saúde. Por insistência da mãe, em 1933, Zeca segue para Angola, com três anos e meio. Em 1936 regressa a Aveiro, para casa de umas tias pelo lado materno. Parte em 1937 para Moçambique ao encontro dos pais.

Regressa a Portugal, em 1938. A família parte de Moçambique para Timor. Com a ocupação de Timor pelos Japoneses, José Afonso fica sem notícias dos pais durante três anos, até ao final da II Guerra Mundial, em 1945.Não obstante o seu trabalho com o fado de Coimbra e a música tradicional, e o folk português, realiza também as célebres actuações no TEP (Teatro Experimental do Porto) com Adriano Correia de Oliveira entre outros. José Afonso ficou indelevelmente associado pelo imaginário colectivo à música de intervenção, através da qual criticava o Estado Novo, regime de ditadura vigente em Portugal entre 1933 e 1974.

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1.Grândola, vila morena Grândola, vila morenaEm cada rosto igualdadeO povo é quem mais ordena

2.Dentro de ti, ó cidadeO povo é quem mais ordenaTerra da fraternidadeGrândola, vila morena

3.Em cada esquina um amigoEm cada rosto igualdadeGrândola, vila morena Terra da fraternidade

4.Terra da fraternidadeGrândola, vila morenaEm cada rosto igualdadeO povo é quem mais ordena

5.À sombra duma azinheiraQue já não sabia a idadeJurei ter por companheiraGrândola, a tua vontade

6.Grândola, a tua vontadeJurei ter por companheiraÀ sombra duma azinheira

Grândola Vila MorenaZeca Afonso

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Sérgio Godinho nasceu em 1945, no Porto. Com apenas 18 anos de idade parte para o estrangeiro. Primeiro destino: Suíça, onde estuda psicologia durante dois anos. Mais tarde muda-se para França. Vive o Maio de 68 na capital francesa. No ano seguinte integra a produção francesa do musical "Hair", onde se mantém por dois anos.

Em 1971 participa no álbum de estreia a solo de José Mário Branco, "Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades", como músico e como autor de quatro letras. É ainda neste ano que Sérgio faz a sua estreia discográfica, com o seu primeiro longa-duração, "Os Sobreviventes", e com a edição do EP "Romance de Um Dia na Estrada". Recebe o prémio da Imprensa para "Melhor Autor do Ano" e, no ano seguinte, com "Sobreviventes" - que três dias após a sua edição é interditado, depois autorizado, depois novamente interditado - é eleito "Melhor Disco do Ano".

Em 1975 participa, com José Mário Branco e Fausto, na banda sonora do filme de Luís Galvão Teles, "A Confederação". No ano seguinte escreve a canção-tema do filme de José Fonseca e Costa "Os Demónios de Alcácer Quibir", onde participa como actor. Este tema viria a ser incluído no seu novo álbum, "De Pequenino se Torce o Destino" (1976).