Portucel Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA · 1 Portucel Empresa Produtora de Pasta e Papel,...

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1 Portucel Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA Sociedade Aberta Matriculada sob o nº 503 025 798 na Conservatória do Registo Comercial de Setúbal Capital Social: 767 500 000 euros N.I.P.C. 503 025 798 Relatório e Contas Individual 2007

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Portucel Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA

Sociedade Aberta

Matriculada sob o nº 503 025 798 na Conservatória do Registo Comercial de Setúbal

Capital Social: 767 500 000 euros

N.I.P.C. 503 025 798

Relatório e Contas Individual 2007

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Índice 1. Mensagem do Presidente do Conselho de Administração

Mensagem do Presidente da Comissão Executiva

2. Análise dos Resultados

Ê Resultados Ê Investimentos Ê Endividamento Ê Gestão de Risco

3. Evolução do Título no Mercado de Capitais

Ê Mercado de Capitais 4. Evolução dos Mercados

Ê Papel Ê Pasta

5. Actividade Industrial 6. Perspectivas Futuras

Ê Perspectivas futuras Ê Referências finais

7. Proposta de distribuição de resultados 8. Contas individuais e Anexo às Demonstrações Financeiras

Ê Relatório de Auditoria Ê Relatório e Parecer do Conselho Fiscal Ê Relatório sobre o Governo da Sociedade

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1. Mensagem do Presidente Senhores Accionistas,

Em 2007 o grupo Portucel Soporcel conseguiu, uma vez mais, alcançar um sólido crescimento e melhorar substancialmente os seus resultados, a despeito de uma conjuntura

económica internacional reconhecidamente muito difícil.

Como se previa, acentuou-se no decorrer do ano a tendência para o agravamento dos

custos das principais matérias-primas que utilizamos, bem como da energia, com impacto

directo nos custos de produção e de logística.

A evolução da situação cambial, caracterizada por um contínuo fortalecimento do euro em

relação ao dólar norte-americano, também nos foi desfavorável, constituindo um permanente desafio à nossa capacidade competitiva em relação a produtores de outras bases

geográficas.

Neste contexto, provou-se ser correcta a estratégia que, de forma consistente, o grupo

Portucel Soporcel vem prosseguindo e que tem como alguns dos seus eixos mais

importantes manter a atenção concentrada na satisfação das necessidades dos Clientes, uma atitude de inovação permanente e o combate incessante pela maior eficiência.

O empenho e qualificação dos nossos Colaboradores, servidos por um parque produtivo moderno e de grande sofisticação tecnológica, têm permitido consolidar sucessivos

patamares de crescimento.

Temos, por isso, conseguido reforçar a nossa presença nos mercados mais exigentes,

melhorando sistematicamente a composição das nossas vendas e conquistando o

reconhecimento de algumas das nossas marcas mais importantes, que transportam valores tão importantes como a qualidade, o respeito pelo meio ambiente e a sustentabilidade.

Surge, assim, como natural o grande projecto de investimento a que o Grupo lançou ombros decisivamente de construir uma nova fábrica de papel, com a capacidade de produção de

500 000 toneladas anuais, numa única máquina, que colocará a Portucel num lugar ainda

mais destacado entre os principais produtores mundiais de papel de impressão e escrita.

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Este projecto possibilitará também um reposicionamento do Grupo na cadeia de valor acrescentado e uma diminuição da sua exposição ao mercado da pasta de papel,

compensando por esta via a desvantagem relativa que para nós constitui o não dispormos

de uma base florestal de produtivade comparável à de empresas concorrentes de outras regiões.

Se é verdade que este projecto reclamará, até à sua conclusão em 2009, uma grande parte das energias do Grupo, não deixaremos de ir lançando as fundações das etapas de

desenvolvimento a mais longo prazo. Também neste domínio seremos perseverantes e

muito rigorosos, cientes de que no nosso sector apenas por essa via é possível continuar o exigente caminho da criação de valor que os Senhores Accionistas esperam de nós.

A capacidade que o Grupo tem demonstrado de ultrapassar com êxito as dificuldades que se lhe têm deparado reforça a minha convicção de que continuará a saber vencer os desafios,

seguramente cada vez mais exigentes, que o o seu reforço e consolidação continuarão a

colocar.

Setúbal, 7 de Fevereiro de 2008

Pedro Queiroz Pereira Presidente do Conselho de Administração

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Mensagem do Presidente da Comissão Executiva Senhores Accionistas,

As indústrias de base florestal, onde se incluem as três fileiras florestais conhecidas, pinho,

sobreiro e eucalipto, não são susceptíveis de deslocalização e têm um peso na economia nacional que infelizmente não é do conhecimento geral e que se pode sintetizar nos

seguintes indicadores:

• Quase 9% das exportações portuguesas, ascendendo a mais de 3.000 milhões de

euros;

• Cerca de 170.000 empregos directos e envolvimento de mais de 400.000 proprietários florestais;

• Mais de 4.000 milhões de euros de Valor Acrescentado Bruto;

A floresta portuguesa ocupa 38,4% da superfície de Portugal Continental, representando a

área ocupada por eucalipto cerca de 8,2% da superfície do nosso País.

Todavia, a fileira florestal do eucalipto – pasta e papel - só por si representa quase metade

da totalidade das exportações das indústrias de base florestal, prevendo-se que esse valor

aumente significativamente nos próximos 2 anos em consequência dos projectos de investimento em fase de execução pelos Agentes do sector, onde se destaca pela sua

enorme importância a nova fábrica de papel que o grupo Portucel Soporcel vai edificar em

Setúbal.

Quando em 2010 as exportações da fileira florestal do eucalipto totalizarem 1.700 milhões de

euros, o nosso Grupo poderá representar cerca de 75% desse valor, i.e, 1.280 milhões de euros de exportações com um enorme valor acrescentado nacional, para além do impacto

na criação de emprego, na investigação e no desenvolvimento do conhecimento aplicado.

É um dos muito poucos sectores em que Portugal compete à escala global e disputa uma

posição de liderança. Após o arranque, que se deseja com sucesso, da nova fábrica de

papel, a Portucel irá disputar a liderança europeia no sector dos papéis de impressão e escrita não revestidos e tornar-se-à num dos mais importantes produtores mundiais desse

tipo de papel.

A principal ameaça à sustentabilidade desta parte muito significativa da economia nacional

reside na componente florestal e na capacidade do Governo e dos Agentes Económicos de

actuarem de forma racional e decidida na resolução de um conjunto de custos de contexto

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que requerem acção imediata, na medida em que o ciclo de produção florestal é longo e não se compadece com a omissão da quarta coordenada, o tempo.

É conhecido que a nossa floresta tem vindo a perder competitividade ao longo dos últimos 15 anos, que os grandes incêndios de 2003 e 2005 tiveram um impacto tremendo na

devastação das existências de madeira de eucalipto e consequentemente na distribuição

etária dos povoamentos e que os proprietários florestais, onde se inclui o Estado, tardam em aderir com entusiasmo aos sistemas de certificação florestal.

Também se sabe que não foi ainda criado um sistema fiscal para os produtores florestais adequado à realidade do ciclo longo de produção da floresta e que o cadastro das

propriedades continua sem se fazer, criando obstáculos insuperáveis ao redimensionamento

e ao emparcelamento das explorações florestais num País onde a muito pequena propriedade impera com parcelas de área inferior a 5 hectares.

Também se sabe que a componente formação profissional dos prestadores de serviços na floresta tem sido muito esquecida, isto apesar da importância da qualificação do factor mão-

de-obra ser por todos apregoado.

Simultaneamente quer em Portugal quer em Espanha estão em curso projectos de aumento

de capacidade de produção de pasta de celulose que vão induzir um aumento anual na

procura da madeira de eucalipto que se estima em cerca de 2 milhões de metros cúbicos.

Existe hoje conhecimento que se aplicado no terreno permitirá antever a 10 anos de vista

aumentos de produtividade significativos contribuindo assim para a minimização da situação de desequilíbrio hoje visível no mercado da matéria-prima. Para isso, é urgente que o

Governo, no quadro dos Regulamentos e Directivas existentes, negoceie junto da Comissão

Europeia, programas específicos de apoio à melhoria do eucaliptal português, à semelhança do que fez várias vezes para induzir a reconversão de outras produções (a título de exemplo

cite-se a vinha e a oliveira), criando sistemas de incentivos para os proprietários florestais

que lhes permitam lidar financeiramente com o risco e o ciclo de produção longo da floresta e introduzir nas suas explorações florestais as melhores práticas de silvicultura e de

prevenção contra incêndios, através da adesão aos sistemas de certificação florestal.

Não se pode pretender ter uma floresta melhor sem perceber que existem em Portugal mais

de 400.000 proprietários florestais, que não é possível ter como desígnio exportar bens de

elevado valor acrescentado sem compreender que as fileiras florestais, pelo que representam hoje e podem representar amanhã, são estratégicas para o País e que a

alocação de recursos – tempo e dinheiro - se deve pautar por critérios de sustentabilidade

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inequívocos, tendo presente a materialidade dos respectivos impactos na economia, no ambiente, no emprego e no desenvolvimento nacional.

Portugal precisa de tomar consciência da enorme riqueza que representam as indústrias de base florestal e de decidir de forma clara qual o futuro que pretende que essas fileiras

tenham no contexto dos desafios da economia global e definir sem ambiguidades um Plano

Estratégico para a Melhoria da Produtividade da Floresta Portuguesa que a todos vincule, ao Estado e aos Agentes Económicos.

Setúbal, 7 de Fevereiro de 2008

José Honório

Presidente da Comissão Executiva

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2. Análise dos Resultados Resultados

POC POC

2007 2006

(em milhões de euros)Vendas Totais 523,5 492,8Resultados Operacionais 42,0 53,9Resultados Financeiros 97,9 47,8Resultados Líquidos 123,9 90,9EBITDA (1) 127,0 146,8EBITDA / Vendas (em %) 24,3% 29,8%Cash Flow (2) 208,9 183,9Dívida líquida 530,9 562,9

(1) Resultados Operacionais + Amortizações + Provisões (2) Resultados Líquidos + Amortizaç ões + Provisões

Em 2007 o volume de negócios da Portucel atingiu € 523,5 milhões, mais € 30,7 milhões que

em 2006, o que representa um crescimento de 6,2%.

As vendas de papel registaram um crescimento de 7,3%, decorrente de uma evolução

positiva tanto no volume de vendas como no preço médio de venda.

Por seu lado, no negócio Pasta, o aumento na quantidade de pasta vendida no mercado

assim como a relativa estabilização do preço em Euros, permitiu registar um crescimento de cerca de 3% no valor das vendas de pasta,

Embora se tenha prosseguido num continuado esforço de melhoria de eficiência e de aumento de produtividade na actividade da Portucel, o qual se traduziu principalmente numa

maior eficiência energética e numa diminuição de alguns consumos específicos, os

resultados foram negativamente afectados pelo aumento significativo dos preços de alguns factores de produção, nomeadamente da madeira de eucalipto, dos produtos químicos e dos

transportes.

No caso particular da madeira, ao agravamento dos custos no mercado nacional juntou-se a

necessidade de recorrer a matéria-prima importada, cujo preço final, por via dos custos de

transporte, se tornou penalizador.

Neste contexto, a Portucel gerou um EBITDA de € 127,0 milhões, o que representa um

decréscimo de 13,5% comparativamente a 2006, devido essencialmente aos agravamentos de custos acima mencionados.

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Os resultados operacionais atingiram um valor de € 42 milhões, situando-se 22,1% abaixo

do valor registado em 2006.

Os resultados financeiros foram positivos em € 97,9 milhões, o que representa um

crescimento de € 50,1 milhões face ao ano anterior, devido ao bom desempenho das empresas subsidiárias neste exercício.

Deste modo, os resultados líquidos do exercício ascenderam a € 123,9 milhões, um aumento de 36,3% relativamente ao ano anterior.

O investimento no exercício foi de cerca de € 15,1 milhões. Endividamento

Em 2007 o endividamento líquido da Portucel registou uma redução de € 32 milhões, como

resultado de uma boa geração de caixa, não obstante o pagamento de € 60,6 milhões de

dividendos relativos ao exercício de 2006, o pagamento em Dezembro de € 53,7 milhões de dividendos antecipados (de forma a permitir aos pequenos accionistas usufruírem do

benefício fiscal que expirava em 31-12-2007) e o início dos desembolsos relativos ao

investimento na nova fábrica de papel de Setúbal.

Gestão de Risco

Tal como se detalha nas notas dos anexos às contas do período em análise, as actividades

da Portucel estão expostas a uma variedade de factores de risco financeiro e operacional. A

sociedade tem tido uma postura activa de gestão do risco, procurando minimizar os potenciais efeitos adversos a eles associados, nomeadamente no que respeita o risco

cambial, o risco de taxa de juro, o risco de crédito, o risco de liquidez e o risco do preço da

pasta.

Risco Cambial

No ano de 2007, o USD registou uma desvalorização de 10,5% face ao Euro. Uma vez que

as vendas de pasta e as exportações de papel do Grupo para países não europeus são

denominadas maioritariamente em USD, foi contratado um conjunto de instrumentos financeiros tendentes a minimizar os efeitos das variações cambiais, cobrindo cerca de 80%

das vendas sujeitas ao risco cambial neste período e a quase totalidade dos valores de

balanço denominados em moeda estrangeira.

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Risco de Taxa de Juro

O custo da quase totalidade da dívida financeira contraída pelo Grupo está indexado a taxas

de referência de curto prazo – geralmente Euribor 6m. Com o objectivo de reduzir a exposição a variações desfavoráveis da taxa de juro, o Grupo decidiu, para uma parte dos

seus empréstimos de médio longo prazo, contratar swaps de taxa de juro.

Como resultado destas operações, no final do ano cerca de 30% da sua dívida de médio

longo prazo estava sujeita ao regime de taxa de juro fixa.

Risco de Crédito

O Grupo está sujeito a risco no crédito que concede aos seus clientes, tendo adoptado uma política de maximização da cobertura do risco através da contratação de um seguro de

crédito. As vendas que não estão abrangidas por seguro de crédito estão sujeitas a regras

de controlo adicional que procuram assegurar a manutenção de um nível de risco aceitável, limitando a exposição a montantes máximos pré-definidos e aprovados para cada cliente.

Risco de Liquidez

A adequada maturidade da dívida da Portucel, face às características da indústria, a

contratação de linhas de crédito em regime de conta corrente com um conjunto alargado de instituições de crédito, assim como o montante significativo em caixa disponível no final do

exercício, garantem à sociedade um nível elevado de liquidez. Risco do Preço da Pasta

De modo a diminuir o risco associado a flutuações imprevisíveis do preço da pasta, a Portucel contratou no início de 2007, para um montante de cerca de 5% das suas vendas,

operações de cobertura, que permitem limitar a um intervalo definido o efeito da volatilidade

do preço.

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3. Evolução do Título no Mercado de Capitais

Mercado de Capitais

O ano de 2007 caracterizou-se por alguma volatilidade nos mercados de capitais, em

particular na segunda metade do ano. As principais bolsas europeias tiveram um desempenho misto, com alguns índices a registar ganhos expressivos, nomeadamente o

índice da bolsa de Lisboa, o PSI20, que se valorizou cerca de 16%, e com outros índices a

acumular perdas, caso do índice Ftse 30, que perdeu cerca de 4%.

As acções da Portucel tiveram um comportamento totalmente diferenciado entre o 1º e o 2º

semestre de 2007, já que, durante a 1ª parte do ano, as acções registaram um ganho de

25%, e no 2º semestre, a partir de meados de Agosto (na sequência de profit warnings de

algumas empresas do sector e da crise que se instalou nos mercados financeiros), o título

acumulou uma perda significativa.

Em resultado deste andamento diferenciado, as acções registaram uma perda anual de 7%,

que compara favoravelmente com o comportamento da maioria das empresas do sector. O

índice HX151050 PI, que agrupa as acções de empresas do sector como a Stora-Enso, a

UPM-Kymmene e a M-Real, entre outras, registou uma perda anual de cerca de 23%.

Importa realçar o aumento do volume transaccionado, fruto do acréscimo de dispersão de

capital realizado no final de 2006, com o título a transaccionar uma média diária de 3,5

milhões de acções em 2007, que compara com 0,6 milhões no ano anterior.

Portucel vs. PSI20 vs.HX Paper & Forest Index(30/12/2006= 100)

60

70

80

90

100

110

120

130

140

29-1

2-06

26-0

1-07

23-0

2-07

23-0

3-07

20-0

4-07

18-0

5-07

15-0

6-07

13-0

7-07

10-0

8-07

07-0

9-07

05-1

0-07

02-1

1-07

30-1

1-07

28-1

2-07

Portucel

PSI20

HX Paper & ForestIndex

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4. Evolução dos Mercados

Papel

Mercado

Em 2007 a procura de papéis finos não revestidos (UWF) na Europa cresceu cerca de 1%,

face a 2006, tendo o crescimento da procura de produtos transformados em folhas (cut-size ou papel de escritório e folio ou papel para a indústria gráfica) atingido os 2%,

acompanhando o ritmo de crescimento económico, estimado em 2,6% na Zona Euro.

Durante o ano de 2007 continuou o processo de redução de capacidade instalada de UWF

na Europa, com o fecho de duas fábricas com capacidade total anual de 420 mil toneladas,

sendo o impacto estimado, neste ano, de 250 mil toneladas. Estima-se que entre 2005 e 2007 a capacidade instalada na Europa tenha diminuído cerca de 650 mil toneladas em

termos líquidos.

Consequentemente, a produção de papéis UWF na Europa em 2007 regrediu 2% (-180 mil

toneladas) para 9,0 milhões de toneladas tendo, todavia, a taxa de ocupação da indústria

melhorado face ao ano anterior, por via da redução de capacidade, atingindo 97% nos produtores Cepifine.

As vendas totais destes produtores caíram em linha com a quebra de produção, com especial ênfase, tal como seria de esperar, nas vendas fora da Europa que caíram 17% (-

130 mil toneladas) face a 2006.

As importações de UWF para a Europa aumentaram significativamente ao longo do ano,

atingindo 590 mil toneladas, mais 170 mil toneladas do que no ano anterior. Este forte

crescimento mais do que compensou a quebra de 1% nas vendas de produtores europeus para esse mercado. Cerca de 80% das importações é de papéis de escritório (cut-size),

representando no total de UWF 7% do consumo aparente. O mercado de UWF nos EUA regrediu em relação a 2006. Todavia a indústria registou uma

elevada taxa de ocupação, estimada em 93%, na sequência do processo de encerramento

de capacidade que, nos últimos anos, retirou do mercado cerca de 1 milhão de toneladas em termos líquidos. Consequentemente o preço de referência dos papéis de escritório subiu

durante o ano, terminando 2007 com o nível de preços mais elevados desde 1999.

Em relação a outros mercados mundiais, estima-se que a procura de papéis UWF tenha

crescido 4% nos mercados Asiáticos e 2% na América Latina. Estes crescimentos foram

satisfeitos sobretudo por produtores locais.

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O Desempenho

As vendas globais de papel ascenderam a 272,9 mil toneladas, um aumento de 2,6% em

relação a 2006.

Os preços de referência de venda de papel UWF na Europa mantiveram a sua tendência de

crescimento, tendo o índice PIX “A4-copy B” valorizado 4,6% ao longo do ano de 2007. Por sua vez, o valor médio do índice neste ano foi 4,8% superior ao valor médio em 2006.

Evolução do Preço médio do PIX “A4 – copy B”

787

801

839

2005 2006 2007

Fonte: FOEX

O preço médio líquido das vendas da Portucel cresceu em linha com a evolução do PIX.

Pasta

O mercado mundial de pasta foi marcado em 2007 pela forte desvalorização cambial do

USD face às moedas de algumas das principais regiões produtoras de pasta, como Canadá, Brasil e Zona Euro.

Como se verifica no quadro seguinte, que reflecte a evolução do índice PIX em USD e em EUR, o preço médio da pasta de eucalipto foi de USD 702, o que representa o valor mais

elevado desde que há registo do PIX, correspondendo a uma valorização média no ano de

10%. No entanto, o preço médio em EUR em 2007 (€ 513) manteve-se praticamente inalterado face a 2006 (€ 509).

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350

400

450

500

550

600

650

700

750

800

350

400

450

500

550

600

650

700

750

800

2005 2006 2007

US

D/to

n

EU

R/to

n

Evolução do Preço PIX -BHKP Eucalipto / Birch em USD e EUR / ton

PIX - BHKP Euca / birch €/t PIX - BHKP Euca / birch USD/t

Por outro lado, a valorização do Real e do CAD face ao dólar, afectou a competitividade dos

produtores brasileiros e canadianos, contribuindo deste modo para a sustentação dos preços

elevados em USD.

O ano fica igualmente marcado por restrições de ordem diversa na disponibilidade de fibra

(Europa, Indonésia e América do Norte são os exemplos mais significativos), com forte impacto no respectivo custo e que originou diversas perturbações na oferta de pasta.

A nível do eucalipto, o ano de 2007 assistiu ao crescimento da capacidade instalada em 1,8 M tons, em particular devido à entrada em operação de novas linhas de produção na

América Latina.

No entanto, este movimento foi compensado por um aumento global da procura,

principalmente no mercado chinês onde prossegue um investimento muito expressivo em

novas capacidades de produção de papel com necessidade de pasta de mercado importada, assistindo-se por outro lado ao encerramento massivo, por questões ambientais, de

unidades de pequena dimensão que recorrem a fontes locais de fibra, tipicamente não à

base de madeira.

Este movimento de reforço da procura, a par das restrições na oferta de fibra, permitiu

manter os fundamentais do mercado intactos e a respectiva taxa de utilização elevada.

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Desempenho

A produção de pasta branca de eucalipto da Portucel ascendeu a 772,3 mil toneladas em

2007, evidenciando um aumento anual de 1,6%.

A Portucel colocou no mercado 572 mil toneladas de pasta, evidenciando um crescimento de

3% face ao volume vendido em 2006.

O preço médio líquido das vendas da Portucel estabilizou, em EUR, em relação ao nível de

preços de 2006, em linha com a evolução dos preços de referência do mercado nesta

moeda.

O destino da exportação de pasta continuou a reflectir a orientação dominante da empresa

no sentido de privilegiar os mercados europeus, onde se situam os produtores de papéis de maior qualidade, com capacidade tecnológica e know how para valorizar as qualidades

naturais da pasta de eucalipto globulus produzida pela Portucel.

A nível comercial foi preocupação da força de vendas manter um contacto estreito e

constante com os clientes, assegurando níveis de serviço compatíveis com as suas

necessidades e ultrapassando dificuldades pontuais de logística provocadas pelos aumentos dos custos dos combustíveis e por alguma escassez de oferta.

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5. Actividade Industrial

Qualidade e Eficiência

Fruto dos investimentos de melhoria contínua realizados nas unidades fabris foi possível

alcançar em 2007 um acréscimo global de produção de cerca de 1% em relação ao ano anterior. Destaca-se, na fábrica de Cacia, um incremento de 7,2% na produção de pasta,

como resultado da utilização integral da nova caldeira de recuperação, A obtenção de novos níveis máximos de produção de pasta foi possível graças ao pleno uso

da capacidade industrial instalada e à melhoria dos indicadores de eficiência.

Produções de Pasta (milhares de tAD)

700

800

2005 2006 2007

Por seu lado, a produção de papel decresceu cerca de 0,7% em relação ao ano anterior, devido essencialmente a atrasos nos trabalhos da paragem programada.

A análise dos custos verificados em 2007 revela um agravamento no valor dos principais factores de produção, a madeira e os produtos químicos, com reflexos ao nível do acréscimo

dos custos variáveis de produção. Esta situação deve-se à conjuntura dos mercados a nível

mundial e, especialmente, do mercado interno de abastecimento de madeira.

Por seu lado, o óptimo desempenho energético atingido e a grande estabilidade de operação

permitiram atenuar o acréscimo de custos das matérias-primas.

De registar importantes reduções dos custos fixos em todas as unidades fabris resultantes

dos programas de melhoria de eficiência realizados.

1,6% 3,7%

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Investimentos

A Portucel iniciou em 2007 um novo e ambicioso ciclo de investimentos de grande

envergadura, onde assumem particular relevância:

• o lançamento do projecto da nova Fábrica de Papel em Setúbal, com a adjudicação

da nova máquina; • a central de cogeração de ciclo combinado, a instalar no complexo industrial de

Setúbal, que terá uma produção líquida estimada em 543GWh/ano;

• as duas centrais de produção de energia a partir de biomassa, a instalar na fábrica de Cacia e no complexo industrial de Setúbal, que terão uma produção líquida de 167

GWh/ano;

• o retrofit para leito fluidizado da Caldeira a Biomassa de Cacia.

Na fábrica de pasta do complexo industrial de Setúbal foram concluídos os projectos de

ligação à rede da EDP em 60 Kv que permitiram reduzir o custo de aquisição de energia eléctrica, bem como o projecto de remoção de cloretos na caldeira de recuperação tendo em

vista a redução do consumo de químicos (sulfato de sódio).

Ainda nesta unidade, foi concretizada a primeira fase do revamping da caldeira de

recuperação tendo-se obtido uma melhoria significativa na disponibilidade deste

equipamento. Na fábrica de papel foram realizados importantes investimentos na PM III, com a substituição do accionamento da máquina e o revamping integral da bobinadora, o que

permitiu atingir um acréscimo na disponibilidade do equipamento.

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6. Perspectivas Futuras O ano de 2008 iniciou-se marcado por uma grande incerteza quanto ao impacto que a crise

que assola actualmente os mercados financeiros terá na economia internacional,

designadamente nos principais mercados de destino do Grupo.

É expectável que a economia norte-americana continue o processo de acentuado

arrefecimento que tem registado desde 2006, existindo mesmo a possibilidade de entrar em recessão durante o corrente ano. Espera-se igualmente que a economia europeia sofra um

abrandamento, mantendo embora um crescimento positivo. Como consequência, a economia

global deverá desacelerar também em 2008, admitindo-se, contudo, que as economias emergentes mantenham alguma pujança.

Neste contexto, perspectiva-se uma evolução ligeiramente positiva no nível de procura de papéis finos não revestidos na Europa, principal mercado para os produtos do Grupo. Este

desenvolvimento da procura, associado ao processo de reestruturação encetado por algumas

empresas concorrentes, traduzido, nomeadamente, em alguma redução da capacidade instalada mais ineficiente, deverá permitir a manutenção de bons níveis nas taxas de

ocupação da indústria europeia.

Por seu lado, a procura de pasta de eucalipto deverá manter-se forte durante o ano de 2008,

sustentada na continuação de um elevado ritmo de crescimento do mercado chinês, assim

como no crescimento do consumo de papel tissue e numa maior utilização de fibra virgem no respectivo processo de fabrico.

No entanto, a debilidade e risco de nova depreciação do dólar face ao euro constituem uma ameaça que poderá afectar negativamente os preços de venda de pasta e de parte das

vendas de papel, assim como aumentar a concorrência no mercado europeu, quer por parte

de produtores localizados em zonas de influência dominante da divisa norte-americana, quer por repatriação de exportações europeias.

O elevado custo da madeira representa um factor de grande preocupação, que poderá ter um impacto negativo nos resultados anuais do Grupo, não se prevendo que a situação difícil que

se vive neste mercado venha a ter uma evolução favorável no curto prazo.

Também a conjuntura vigente no mercado dos principais produtos químicos consumidos pelo

Grupo deverá, previsivelmente, traduzir-se num aumento dos custos de exploração.

Neste difícil contexto, o Grupo continuará a pautar a sua actividade pela exigente procura de

melhorias de eficiência operacional, de forma a preservar a competitividade nos exigentes

mercados internacionais em que a sua presença se tem vindo a afirmar ano após ano.

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O Grupo prosseguirá em 2008 uma fase de fortes investimentos, com particular destaque para a nova fábrica de papel que está a instalar no seu complexo industrial de Setúbal, a qual

visa reforçar a capacidade de produção de papéis finos de impressão não revestidos em

500.000 toneladas/ano, prevendo-se que o arranque da produção ocorra durante o terceiro trimestre de 2009. O investimento total previsto rondará os € 550 milhões e permitirá integrar

toda a pasta produzida em Setúbal, projectando o Grupo para um novo patamar no conjunto

dos maiores produtores mundiais de papéis não revestidos de impressão e escrita.

A nova Directiva das energias renováveis: um sério desafio para o futuro

No final de 2007 ficou ultimada a Directiva do Conselho sobre energia renovável – que viria a

ser anunciada nos primeiros dias de 2008 (23 de Janeiro) – e que constitui um enorme desafio colocado a todos os países membros da União Europeia, em geral, e uma séria

ameaça à indústria papeleira europeia, em particular.

Essa Directiva – que fixa em 20% o nível da energia renovável consumida na União em 2020

– embora admita finalmente a existência de consumos conflituais e concorrentes para a

biomassa florestal disponível, não acautela em nenhum momento a hierarquização dos usos de maior valor acrescentado (como é o caso da indústria papeleira) versus os usos

exclusivamente energéticos de valor acrescentado bem menor.

Paira pois sobre a indústria papeleira a ameaça de uma concorrência verdadeiramente

desleal de usos e práticas não sustentáveis, num momento em que este sector industrial está

irreversivelmente comprometido com a Sociedade em relação à sustentabilidade do uso das suas matérias-primas florestais.

O ano de 2008 e seguintes ficam pois dependentes dos melhoramentos que o Parlamento Europeu possa introduzir na versão final da directiva, em matérias como o comércio de

“certificados verdes” (GOO-guarantees of origin), como a promoção da co-geração a partir da

biomassa, como as prioridades e regras de acesso à rede de distribuição de energia e, especialmente, como os critérios e exigências de sustentabilidade do uso energético das

matérias primas lenhosas.

Para responder a todos estes desafios, particularmente ao último, a indústria papeleira,

juntamente com todas as partes interessadas (especialmente as autoridades públicas) tem de

ter condições para melhorar e incrementar a disponibilidade física da madeira, nomeadamente através de políticas florestais ambientalmente criativas, socialmente justas e

economicamente consequentes. Em Portugal, é sabido, esta matéria é crucial para o futuro

da fileira silvo-industrial do eucalipto.

20

Referências Finais O Conselho de Administração deseja, no final deste relatório do exercício de 2007, expressar

o seu reconhecimento a todos os que contribuíram para dar continuidade à visão e ao

desenvolvimento deste grupo empresarial e alcançar metas capazes de garantir o seu futuro.

Pelo seu envolvimento e esforço diários na construção dos bons resultados alcançados em

2007, queremos deixar uma palavra de agradecimento aos nossos clientes pela sua preferência, aos nossos colaboradores pela competência, empenho e dedicação, aos nossos

accionistas pela confiança depositada e a todos os nossos parceiros pelo interesse na

actividade e desenvolvimento do grupo Portucel Soporcel.

21

7. Proposta de Distribuição de Resultados O Conselho de Administração propõe aos Senhores Accionistas que, aos resultados líquidos

do exercício de 2007, no montante de 123.874.833,57 euros, seja dada a seguinte aplicação:

Para constituição da Reserva Legal, a importância de 6.193.741,68 euros.

Considerando que em Dezembro de 2007 foram pagos dividendos antecipados no montante

de 53.720.765,00 euros, propõe-se o pagamento de dividendos adicionais de 26.774.958,46 euros, correspondentes a 0,035 €/acção.

Para Constituição de Reservas 37.185.368,43 euros com a seguinte aplicação: . 3.003. 047 euros para cobertura de reserva de fusão negativa com a Ex-Inapa;

. 34.182.321,43 euros para resultados transitados. Setúbal, 7 de Fevereiro de 2008.

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Pedro Mendonça de Queiroz Pereira Presidente

José Alfredo de Almeida Honório Vogal

Manuel Soares Ferreira Regalado Vogal

Adriano Augusto da Silva Silveira Vogal

22

António José Pereira Redondo Vogal

José Fernando Morais Carreira Araújo Vogal

Luis Alberto Caldeira Deslandes Vogal

Manuel Maria Pimenta Gil Mata Vogal

Carlos Eduardo Coelho Alves Vogal

23

Declaração a que se refere a alínea a) do nº 1 do artigo 245º

do Código dos Valores Mobiliários

Dispõe a alínea a) do nº 1 do artigo 245º do Código de Valores Mobiliários que cada uma

das pessoas responsáveis dos emitentes deve fazer um conjunto de declarações aí previstas. No caso da Portucel foi adoptada uma declaração uniforme, com o seguinte teor:

Declaro, nos termos e para os efeitos previstos na alínea c) do n.º 1 do artigo 245.º do Código de Valores Mobiliários que, tanto quanto é do meu conhecimento, o

relatório de gestão, as contas anuais, a certificação legal de contas e demais

documentos de prestação de contas da Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel S.A., todos relativos ao exercício de 2007, foram elaborados em conformidade

com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e

apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados daquela sociedade e das empresas incluídas no perímetro da consolidação, e que o relatório

de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição

daquela sociedade e das empresas incluídas no perímetro da consolidação, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.

Considerando que os membros do Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas subscrevem uma declaração equivalente no âmbito dos documentos que são da sua

responsabilidade, a declaração independente com aquele texto foi subscrita apenas pelos

titulares do órgão de administração, pois só se considerou que estão compreendidos no conceito de “responsáveis do emitente” os titulares dos órgãos sociais. Nos termos da

referida disposição legal, faz-se a indicação nominativa das pessoas subscritoras e das suas

funções: Nome Funções Pedro Mendonça de Queiroz Pereira Presidente do Conselho de Administração José Alfredo de Almeida Honório Vogal do Conselho de Administração Manuel Soares Ferreira Regalado Vogal do Conselho de Administração Adriano Augusto da Silva Silveira Vogal do Conselho de Administração António José Pereira Redondo Vogal do Conselho de Administração José Fernando Morais Carreira Araújo Vogal do Conselho de Administração Luis Alberto Caldeira Deslandes Vogal do Conselho de Administração Manuel Maria Pimenta Gil Mata Vogal do Conselho de Administração Carlos Eduardo Coelho Alves Vogal do Conselho de Administração

24

Corpos Sociais Os Órgãos Sociais da Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. eleitos para o

quadriénio 2007-20101 têm a seguinte constituição:

Mesa da Assembleia Geral

Presidente: José Pedro Aguiar Branco

Vice-Presidente: Rita Maria Pinheiro Ferreira Secretário: António Alexandre de Almeida e Noronha da Cunha Reis

Conselho de Administração

Presidente: Pedro Mendonça de Queiroz Pereira

Vogais: José Alfredo de Almeida Honório

Manuel Soares Ferreira Regalado

Adriano Augusto da Silva Silveira António José Pereira Redondo

José Fernando Morais Carreira Araújo

Luis Alberto Caldeira Deslandes Manuel Maria Pimenta Gil Mata

Carlos Eduardo Coelho Alves

Comissão Executiva

Presidente: José Alfredo de Almeida Honório

Vogais: Manuel Soares Ferreira Regalado

Adriano Augusto da Silva Silveira António José Pereira Redondo

José Fernando Morais Carreira Araújo

Conselho Fiscal

Presidente: Duarte Nuno d´Orey da Cunha

Vogais efectivos: Miguel Camargo de Sousa Eiró

Gonçalo Nuno Palha Gaio Picão Caldeira Vogal Suplente: Marta Isabel Guardalino da Silva Penetra

25

Comissão de fixação de vencimentos:

Presidente: José Gonçalo Maury em representação da Egon Zehnder

Vogais: João Rodrigo Appleton Moreira Rato

Frederico José da Cunha Mendonça e Meneses

Revisor Oficial de Contas

Efectivo: PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, representado por

Abdul Nasser, Abdul Sattar ou por Ana Maria Ávila de Oliveira Lopes Bertão.

Suplente: José Manuel Henriques Bernardo (ROC)

26

8. Contas Individuais e Anexo às Demonstrações Financeiras

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

2006Activo Amortizações Activo Activo

ACTIVO Notas bruto e ajustamentos líquido líquido

IMOBILIZADO:Imobilizações incorpóreas:

Despesas de instalação 10 - - - -Despesas de investigação e de desenvolvimento 10 4.579.691 (4.558.158) 21.533 -Propriedade industrial e outros direitos 10 3.913 (1.715) 2.197 518.390Trespasses 10 428.132.254 (51.375.870) 376.756.384 376.756.384Imobilizações em curso - - - 148.678

432.715.858 (55.935.743) 376.780.115 377.423.452Imobilizações corpóreas:

Terrenos e recursos naturais 10 e 13 35.753.845 - 35.753.845 35.753.845Edifícios e outras construções 10 e 13 147.038.773 (91.992.500) 55.046.274 60.952.036Equipamento básico 10 e 13 971.760.626 (745.480.825) 226.279.801 276.988.064Equipamento de transporte 10 e 13 7.781.145 (7.104.234) 676.911 1.002.023Ferramentas e utensílios 10 e 13 2.335.826 (2.288.342) 47.483 87.043Equipamento administrativo 10 e 13 15.797.788 (15.037.160) 760.628 1.360.140Taras e vasilhame 10 e 13 253 (253) -Outras imobilizações corpóreas 10 e 13 15.415.214 (14.211.615) 1.203.600 2.049.358Imobilizações em curso 10 13.940.970 - 13.940.970 7.193.520Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 10 1.887.744 - 1.887.744 108.631

1.211.712.184 (876.114.929) 335.597.256 385.494.660Investimentos financeiros:

Partes de capital em empresas do grupo 10 e 16 893.180.315 893.180.315 817.775.346Partes de capital em empresas associadas 10 e 16 11.223 (11.223) -Títulos e outras aplicações financeiras 10 30.207 (30.207) -

893.221.745 (41.430) 893.180.315 817.775.346CIRCULANTE:

Existências:Matérias - primas, subsidiárias e de consumo 22 e 41 45.481.744 (720.976) 44.760.768 32.907.304Produtos e trabalhos em curso 22 e 42 3.767.369 - 3.767.369 4.043.515Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 22 e 42 245.667 - 245.667 484.243Produtos acabados e intermédios 22 e 42 14.188.696 - 14.188.696 14.955.963Mercadorias - - - -Adiantamentos por conta das vendas 41 750.850 - 750.850 1.760.413

64.434.326 (720.976) 63.713.350 54.151.438Dívidas de terceiros - Curto prazo:

Clientes, conta corrente 21 e 23 91.245.783 - 91.245.783 99.109.917Clientes de cobrança duvidosa 21 e 23 768.212 (527.212) 241.000 -Empresas do grupo 51 20.350.553 - 20.350.553 46.490.065Adiantamentos a fornecedores 1.792.839 - 1.792.839 290.809Estado e outros entes públicos 28 16.394.460 - 16.394.460 6.074.020Outros devedores 21, 23 e 49 90.103.068 (23.136) 90.079.932 18.471.719

220.654.915 (550.347) 220.104.567 170.436.530Títulos negociáveis

Outras aplicações de tesouraria 56 207.250.000 - 207.250.000 119.280.000207.250.000 - 207.250.000 119.280.000

Depósitos bancários e caixa:Depósitos bancários 56 944.663 - 944.663 701.090Caixa 56 10.475 - 10.475 10.475

955.138 - 955.138 711.565ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:Acréscimos de proveitos 50 1.163.239 - 1.163.239 988.086Custos diferidos 50 5.493.431 - 5.493.431 6.897.516Impostos diferidos activos 6 13.059.570 - 13.059.570 30.060.867

19.716.241 - 19.716.241 37.946.469

Total de amortizações (932.050.672) Total de ajustamentos (1.312.753) Total do activo 3.050.660.407 (933.363.425) 2.117.296.982 1.963.219.460

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

O anexo faz parte integrante do balanço em 31 de Dezembro de 2007

2007

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006

(Montantes expressos em Euros)

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006

(Montantes expressos em Euros)

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Notas 2007 2006

CAPITAL PRÓPRIO:Capital 36, 37 e 40 767.500.000 767.500.000Acções próprias - Valor nominal 40 (60.500) (60.500)Acções próprias - Valor Descontos e prémios 40 6.821 6.821Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas 16 e 40 (32.074.623) (42.758.463)Reservas de reavaliação 40 12.715.283 15.738.948Reservas: Reservas legais 40 30.800.855 26.254.373 Reservas estatutárias 40 52.934.256 52.934.256 Reservas livres 40 (3.003.047) (3.003.047)Resultados transitados 40 213.476.246 180.880.964Resultado líquido do exercício 40 123.874.834 90.929.641Dividendos antecipados (53.720.765) - Total do capital próprio 1.112.449.360 1.088.422.993

PROVISÕESOutras provisões 34 38.090.761 26.612.677

38.090.761 26.612.677DÍVIDAS A TERCEIROS - MÉDIO E LONGO PRAZO:Empréstimos por obrigações 48 675.000.000 700.000.000Dívidas a instituições de crédito 48 21.857.830 25.040.576

696.857.830 725.040.576

DÍVIDAS A TERCEIROS - CURTO PRAZO:Empréstimos por obrigações 48 25.000.000 -Dívidas a instituições de crédito 48 35.716.665 435.293Adiantamentos por conta de vendas 130.000 -Fornecedores - conta corrente 51 54.984.671 50.085.527Fornecedores - facturas em recepção e conferência 13.394.703 7.039.057Empresas do grupo e associadas 51 1.805.531 3.727.547Fornecedores de imobilizado, conta corrente 51 1.595.548 373.061Estado e outros entes públicos 28 51.599.694 4.561.080Outros credores 49 7.259.642 6.682.259

191.486.454 72.903.824

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:Acréscimos de custos 50 33.079.146 25.030.410Proveitos diferidos 50 33.017.955 2.421.926Passivos por impostos diferidos 6 12.315.476 22.787.054

78.412.577 50.239.390

Total do capital próprio e passivo 2.117.296.982 1.963.219.460

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

O anexo faz parte integrante do balanço em 31 de Dezembro de 2007

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

CUSTOS E PERDAS Notas 2007 2006

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 41 239.842.287 186.732.889

Fornecimentos e serviços externos 172.635.984 172.538.065 Custos com o pessoal:

Remunerações 33.466.231 30.364.000Encargos sociais:

Pensões e outros benefícios pós - emprego 31 1.728.393 2.475.417Outros 11.520.323 46.714.947 11.890.004 44.729.421

Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 10 65.465.516 73.247.943Ajustamentos 21 632.758 710.507Provisões 34 23.331.302 89.429.576 24.159.668 98.118.118

Impostos 727.748 543.292Outros custos operacionais 55 378.723 1.106.472 904.134 1.447.426

(A) 549.729.265 503.565.919

Perdas relativas a empresas do grupo e associadas 16 e 45 726.564 3.216.197 Amortizações e provisões de aplicações e investimentos

financeiros 10 e 45 - 41.430 Juros e custos similares:

Relativos a empresas do grupo e associadas 45 e 51 414.369 158.422Outros 45 58.505.877 59.646.810 46.135.079 49.551.128

(C) 609.376.075 553.117.047

Custos e perdas extraordinárias 46 25.493.165 2.774.232(E) 634.869.240 555.891.279

Imposto sobre o rendimento do exercício 6 10.196.312 10.208.264(G) 645.065.552 566.099.543

Resultado líquido do exercício 123.874.834 90.929.641768.940.385 657.029.184

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de AdministraçãoO anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por naturezas para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006

(Montantes expressos em Euros)

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

PROVEITOS E GANHOS Notas 2007 2006

Vendas 490.001.233 461.365.668Prestações de serviços 44 e 51 33.494.109 523.495.343 31.432.196 492.797.864

Variação da produção 42 (416.584) 950.672Trabalhos para a própria empresa 421.912 199.607Proveitos suplementares 51 62.761.803 57.212.350Subsídios à exploração 55 1.058.494 1.080.638Outros proveitos e ganhos operacionais 51 - -Reversões de amortizações e ajustamentos 21 e 34 4.370.618 68.190.915 5.184.512 63.477.500

(B) 591.691.586 557.425.643

Ganhos em empresas do grupo e associadas 16 e 45 131.690.643 81.740.377 Rendimentos de participações de capital - -Rendimentos de títulos negociáveis 45 8.542.913 1.944.040 Outros juros e proveitos similares:

Relativos a empresas do grupo e associadas 45 e 51 1.499.304 2.624.958Outros 45 15.770.403 157.503.263 11.011.279 97.320.654

(D) 749.194.850 654.746.297

Proveitos e ganhos extraordinários 46 19.745.536 2.282.887

(F) 768.940.385 657.029.184

Resultados operacionais: (B) - (A) 41.962.321 53.859.724Resultados financeiros: (D-B) - (C-A) 97.856.453 47.769.526Resultados correntes: (D) - (C) 139.818.774 101.629.250Resultados antes de impostos: (F) - (E) 134.071.145 101.137.905Resultado líquido do exercício: (F) - (G) 123.874.834 90.929.641

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de AdministraçãoO anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por naturezas para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006

(Montantes expressos em Euros)

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2007 2006

Vendas e prestações de serviços 44 523.495.343 492.797.864 Custo das vendas e das prestações de serviços 42 (382.408.918) (353.435.627) Resultados brutos 141.086.424 139.362.237

Outros proveitos e ganhos operacionais 19.745.536 2.802.649 Custos de distribuição (32.820.378) (30.853.247) Custos administrativos (24.778.169) (19.522.015) Outros custos e perdas operacionais (67.018.720) (38.421.245) Resultados operacionais 36.214.693 53.368.379

Custo líquido de financiamento 45 (33.107.626) (30.754.654) Ganhos (perdas) em empresas do grupo e associadas 45 130.964.079 78.524.180 Ganhos (perdas) em outros investimentos 45 - - Resultados correntes 134.071.146 101.137.905

Impostos sobre o rendimento do exercício 6 (10.196.312) (10.208.264)

Resultado líquido do exercício 123.874.834 90.929.641

Resultado por acção 0,16 0,12

O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por funções para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS

FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2007 2006ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Recebimentos de clientes 595.233.156 522.680.231 Pagamentos a fornecedores (413.304.037) (349.315.410) Pagamentos ao pessoal (44.143.589) (42.731.294) Fluxos gerados pelas operações 137.785.530 130.633.527

(Pagamentos)/Recebimentos do imposto sobre o rendimento 28 (13.304.593) 4.328.966 Outros (pagamentos)/recebimentos relativos à actividade operacional (8.311.138) 23.335.059 Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias 116.169.799 158.297.552

Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 657.469 453.212 Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias (2.726.958) (642.734) Fluxos das actividades operacionais (1) 114.100.310 158.108.030

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Recebimentos provenientes de: Investimentos financeiros 735.483 210.230 Imobilizações corpóreas 200.488 245.140 Subsídios de investimento 50 17.893 21.006 Juros e proveitos similares 23.335.924 12.505.379 Dividendos 10 e 16 71.911.368 57.976.996

96.201.156 70.958.751 Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros 10 e 16 (7.535.204) (46.067.213) Imobilizações corpóreas (13.470.153) (15.174.006) Imobilizações incorpóreas - (71.378)

(21.005.357) (61.312.597) Fluxos das actividades de investimento (2) 75.195.800 9.646.154

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Recebimentos provenientes de: Empréstimos obtidos de empresas do grupo 25.567.700 23.894.984 Outros empréstimos obtidos 32.098.626 -

57.666.326 23.894.984 Pagamentos respeitantes a: Empréstimos obtidos - (66.670.414) Empréstimos obtidos de empresas do grupo - (8.086.753) Amortização de contratos de locação financeira (6.071) (9.328) Juros e custos similares (44.394.306) (36.093.074) Dividendos 40 (114.348.486) (40.290.574)

(158.748.862) (151.150.143)

Fluxos das actividades de financiamento (3) (101.082.536) (127.255.159)

VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (4) = ( 1) + (2) + (3) 88.213.573 40.499.025 CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO EXERCÍCIO 56 119.991.565 79.492.540 CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO EXERCÍCIO 56 208.205.138 119.991.565

O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATIVAS AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 (Montantes expressos em euros) NOTA INTRODUTÓRIA

A Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. (adiante designada por Empresa ou Portucel) é uma sociedade aberta com o capital social representado por acções e foi constituída em 31 de Maio de 1993, ao abrigo do Decreto-Lei nº 39/93 de 13 de Fevereiro, como resultado do processo de reestruturação da Portucel – Empresa de Celulose e Papel de Portugal, S.A.

A actividade principal da Empresa consiste na produção e comercialização de papel de escritório não revestido, pastas celulósicas e seus derivados ou afins. Adicionalmente a Sociedade tem uma participação de 100% no capital da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. (adiante designada por Soporcel), empresa dedicada ao mesmo sector de actividade.

As demonstrações financeiras anexas foram obtidas a partir dos registos contabilísticos da Portucel, os quais foram preparados, em todos os seus aspectos materiais, em conformidade com as disposições do Plano Oficial de Contabilidade (POC) e das directrizes contabilísticas emitidas pela Comissão de Normalização Contabilística, excepto no que se refere aos aspectos mencionados na Nota 1.

As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade. As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis à Empresa ou a sua apresentação não é relevante para a apreciação das demonstrações financeiras anexas. Excepto quando especificamente indicado, todos os valores apresentados são expressos em euros.

1. DERROGAÇÕES AO PLANO OFICIAL DE CONTABILIDADE

As presentes demonstrações financeiras apresentam derrogações ao POC relacionadas com a aplicação do método de valorização subsequente do “goodwill”, conforme disposto pela Norma Internacional de Relato Financeiro nº 3 descrita na Nota 3 d). Adicionalmente, a empresa optou por seguir a metodologia de reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais conforme disposto na Norma Internacional de Contabilidade nº 19 descrita na Nota 3 i) e incorpora, pela utilização do método da equivalência patrimonial, a política contabilística utilizada por algumas subsidiárias no registo das florestas em crescimento nos termos da Norma Internacional de Contabilidade nº 41 - Activos Biológicos, descrita na Nota 16.

2. VALORES COMPARATIVOS

A Empresa não procedeu à alteração das principais práticas e políticas contabilísticas seguidas nas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2006.

3. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das

operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal, com excepção dos aspectos referidos na Nota 1.

Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram os seguintes:

a) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas são essencialmente constituídas por des pesas associadas a projectos considerados relevantes para o desenvolvimento das actividades no futuro e, a partir de 2006, pelas licenças de emissão de CO2 que foram registadas na rubrica de Propriedade industrial e outros direitos (ver Nota 3 p) e pelo trespasse resultante da aquisição da Soporcel (ver Nota 3 d). As imobilizações incorpóreas, com excepção das licenças de emissão e dos trespasses, são amortizadas pelo método das quotas constantes, durante um período entre 3 e 5 anos.

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b) Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas são originalmente registadas ao custo de aquisição, o qual, no caso das imobilizações transferidas no processo de reestruturação efectuado em 31 de Maio de 1993 (data de constituição da Empresa) referido na Nota Introdutória, foi determinado com base numa avaliação efectuada por uma entidade especializada.

O imobilizado corpóreo que se encontrava registado no activo em 31 de Dezembro de 1997 foi reavaliado no exercício de 1998, em conformidade com os critérios referidos na Nota 12, gerando a correspondente reserva de reavaliação referida na Nota 40.

As amortizações são calculadas pelo método das quotas anuais constantes, a partir do ano de entrada em funcionamento dos bens, utilizando de entre as taxas permitidas pela legislação fiscal em vigor, as que permitem a reintegração do imobilizado durante a sua vida útil estimada.

As taxas de amortização utilizadas correspondem às seguintes vidas úteis médias:

Anos de vida útil média Edifícios e outras construções 18 - 25 Equipamento básico 10 - 20 Equipamento de transporte 5 Ferramentas e utensílios 2 Equipamento administrativo 4 Taras e vasilhame 6 Outras imobilizações corpóreas 4

Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são registados na demonstração dos resultados do exercício em que são incorridos. Os custos associados às reparações programadas dos centros fabris, que ocorrem com intervalos pré-determinados, são imputados à demonstração dos resultados em base duodecimal ao longo do período que medeia cada intervenção desde que assumam valores materialmente relevantes (ver Nota 50).

As reparações que aumentam a utilidade económica dos activos imobilizados são registadas como imobilizações corpóreas e amortizadas durante a vida útil remanescente dos mesmos.

c) Contratos de locação financeira

Os bens adquiridos em regime de locação financeira encontram -se relevados na situação patrimonial da Empresa como estabelece a Directriz Contabilística nº 25, emanada da Comissão de Normalização Contabilística. Assim,

(i) o valor dos bens é registado em imobilizado corpóreo sendo depreciado em conformidade com a vida esperada; e,

(ii) a responsabilidade para com terceiros, pela parte de capital incluída nas rendas vincendas, é evidenciada no passivo.

A Empresa reconhece uma locação operacional ou financeira sempre que celebre um acordo, compreendendo uma transacção ou uma série de transacções relacionadas que, mesmo não assumindo a forma legal de uma locação, transmita um direito de usar um activo em retorno de um pagamento ou de uma série de pagamentos, conforme estabelecido pela Interpretação (IFRIC 4) emitida pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC).

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d) Investimentos financeiros

Método da equivalência patrimonial

Os investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas encontram -se registados pelo método da equivalência patrimonial tendo sido inicialmente contabilizados pelo custo de aquisição. Este foi acrescido ou reduzido da diferença ("goodwill") para o valor correspondente à proporção dos capitais próprios dessas empresas, quando aplicável, ajustados pelo efeito da atribuição do justo valor a determinados activos, reportados à data de aquisição ou da primeira aplicação do método da equivalência patrimonial.

De acordo com o método da equivalência patrimonial as participações financeiras são ajustadas pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas do grupo por contrapartida de ganhos ou perdas financeiros do período. Adicionalmente, os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma redução no saldo da rubrica de Investimentos financeiros.

Tratamento contabilístico do goodwill

O “goodwill” resultante da aquisição da totalidade do capital social da Soporcel, encontra-se registado no imobilizado incorpóreo (ver Nota 10) e foi amortizado até 31 de Dezembro de 2003, pelo método das quotas constantes considerando uma vida útil de 25 anos. Até 31 de Dezembro de 2005 este “goodwill” encontrava-se registado na rubrica de Partes de capital em empresas do grupo.

Em 2005 a Empresa passou a aplicar o método de valorização do “goodwill”, subsequente ao seu reconhecimento inicial, preconizado pela Norma Internacional de Relato Financeiro nº 3. De acordo com esta norma o “goodwill” não é amortizado e é sujeito a testes de imparidade, numa base mínima anual. As perdas por imparidade relativas ao “goodwill” não podem ser revertidas.

Outros investimentos financeiros

Os outros investimentos financeiros, nomeadamente os registados na rubrica de Títulos e outras aplicações financeiras são registados ao valor mais baixo de entre o custo de aquisição ou o valor esperado de realização. Os dividendos distribuídos são reconhecidos como proveitos no exercício em que é tomada a decisão de distribuição de dividendos.

e) Existências Matérias primas, subsidiárias e de consumo e mercadorias

As matérias -primas, subsidiárias e de consumo encontram -se valorizadas pelo seu custo médio ponderado de aquisição, que inclui o preço de factura e todas as despesas até à entrada em armazém, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado. Como método de valorização das saídas ou consumos é utilizado o custo médio.

Produtos acabados e intermédios e outros produtos e trabalhos em curso

Os produtos e trabalhos em curso, subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos e produtos acabados e intermédios encontram -se valorizados ao custo de produção mensal médio acumulado, que inclui o custo da matéria-prima incorporada, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico. Como método de valorização das saídas ou consumos é utilizado o cus to médio.

f) Ajustamentos para depreciação de existências e para créditos de cobrança

duvidosa e provisões É efectuado um ajustamento para depreciação de existências pela diferença entre o custo de produção dos produtos acabados e intermédios e o respectivo valor estimado de realização, sempre que este seja inferior ao primeiro.

O ajustamento para créditos de cobrança duvidosa é calculado tendo por base os riscos previstos de cobrança no final de cada ano.

As provisões são constituídas com o objectivo de reconhecer as responsabilidades cuja natureza esteja claramente definida e que à data do balanço sejam de ocorrência provável ou certa, mas incertas quanto ao seu valor ou data de ocorrência.

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g) Títulos negociáveis

Os títulos negociáveis são registados ao valor mais baixo de entre o custo de aquisição ou o valor esperado de realização. Os juros auferidos são reconhecidos como proveitos dos exercícios a que se referem.

h) Especialização dos exercícios A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos, sendo apresentado na Nota 50 um detalhe dessas rubricas .

i) Benefícios a empregados Complemento de pensões de reforma e sobrevivência

A Empresa regista as responsabilidades por estes complementos de acordo com o disposto na Norma Internacional de Contabilidade nº 19 (IAS 19), tendo passado a reconhecer, a partir de 2005, os ganhos e perdas actuariais directamente no capital próprio conforme permitido por aquela norma (Nota 31).

De acordo com a IAS 19, as empresas com planos de pensões reconhecem os custos com a atribuição destes benefícios à medida que os serviços são prestados pelos empregados beneficiários. Deste modo a responsabilidade total da Empresa é estimada, pelo menos, semestralmente, à data dos fechos intercalar e anuais de contas, para cada plano separadamente, por uma entidade especializada e independente de acordo com o método das unidades de crédito projectadas.

A responsabilidade assim determinada é apresentada no balanço, deduzida do valor de mercado dos fundos constituídos. Os custos com pensões são registados na rubrica Custos com o pessoal – encargos sociais – pensões . Os desvios actuariais, resultantes das diferenças entre os pressupostos utilizados para efeito de apuramento de responsabilidades e o que efectivamente ocorreu (bem como de alterações efectuadas aos mesmos e do diferencial entre o valor esperado da rentabilidade dos activos dos fundos e a rentabilidade real) são reconhecidos, quando incorridos, directamente em capitais próprios, na rubrica de Resultados transitados (Nota 40).

Os ganhos e perdas gerados por um corte ou uma liquidação de um plano de pensões de benefícios definidos são reconhecidos em resultados do exercício quando o corte ou a liquidação ocorrer. Um corte ocorre quando se verifica uma redução material no número de empregados ou o plano é alterado de forma a que os benefícios atribuídos sejam reduzidos, com efeito material.

Prémios de reforma

A Portucel assumiu igualmente a obrigação de pagar um prémio de reforma, equivalente a 6 meses de vencimento, caso o empregado decida reformar-se na data normal da reforma de 65 anos. O valor actual das responsabilidades por pagamentos futuros de reforma e prémios de reforma é determ inado por cálculo actuarial e registado como custo do período à medida em que os serviços são prestados pelos empregados, potenciais beneficiários .

j) Indemnizações pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho

Os encargos associados a indemnizações a trabalhadores pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho são registados, como custo, no exercício em que o respectivo acordo é concluído.

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k) Subsídios atribuídos para financiamento de imobilizado

Os subsídios recebidos a fundo perdido para o financiamento de imobilizado estão registados em balanço, na rubrica de Proveitos diferidos para posterior reconhecimento na demonstração dos resultados de cada exercício, proporcionalmente às amortizações das imobilizações subsidiadas. A parcela do subsídio reconhecida como proveito no exercício, bem como as correspondentes amortizações, integram os resultados extraordinários do exercício.

l) Transacções em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira são convertidas em euros aos câmbios vigentes à data da operação. As diferenças de câmbio realizadas no exercício, bem como as potenciais apuradas nos saldos existentes na data do balanço por referência às paridades vigentes nessa data, integram os resultados correntes do exercício.

m) Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício, inclui imposto corrente e diferido, nos termos da Directriz Contabilística nº 28. O imposto sobre o rendimento é reconhecido na demonstração dos resultados, excepto quando se relaciona com ganhos ou perdas directamente reconhecidos em Capital próprio, caso em que é também reconhecido directamente em Capital próprio, nomeadamente, no que se refere ao efeito das reavaliações, pensões e instrumentos financeiros derivados.

O imposto corrente sobre o rendimento é determinado com base nos resultados líquidos, ajustados em conformidade com a legislação fiscal vigente à data do balanço.

O imposto diferido é calculado, com base na responsabilidade de balanço sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a respectiva base de tributação. Para a determinação do imposto diferido é utilizada a taxa fiscal (decretada) que se espera estar em vigor no exercício em que as diferenças temporárias serão revertidas (Nota 6).

São reconhecidos impostos diferidos activos sempre que existe razoável segurança de que serão gerados lucros futuros contra os quais os activos poderão ser utilizados. Os impostos diferidos activos são revistos anualmente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos possam ser utilizados.

Os incentivos fiscais atribuídos no âmbito de projectos de investimento a desenvolver pela empresa são reconhecidos em resultados do exercício atendendo à fase de desenvolvimento do projecto e quando exista segurança de que a empresa cumprirá as condições inerentes.

n) Instrumentos financeiros derivados

Na gestão dos riscos de taxa de juro e cambiais inerentes às suas actividades a Empresa utiliza instrumentos financeiros derivados (ver Notas 49 e 52). Na sequência da publicação do Decreto-Lei 88/2004 de 20 de Abril, os ganhos e perdas apurados nesses instrumentos financeiros derivados, quer sejam de negociação quer de cobertura, passaram a ser registados pelo seu justo valor.

Apesar de os derivados contratados pela Empresa corresponderem a instrumentos de cobertura económica de riscos, nem todos qualificam como instrumentos de cobertura contabilística. As variações do justo valor dos derivados que não qualifiquem como instrumentos de cobertura contabilística são reconhecidas nas rubricas da demonstração dos resultados do exercício. As variações no justo valor dos derivados que qualifiquem como de cobertura são registadas por contrapartida de uma rubrica de reservas do capital próprio sendo reclassificadas para as rubricas da demonstração dos resultados à medida do seu vencimento (ver Notas 40 e 45).

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o) Passivos e dispêndios de carácter ambiental

A área tradicional de negócio da Empresa, a produção de pasta e papel, tem como principais aspectos ambientais:

(i) o consumo de energia térmica e eléctrica; e,

(ii) as emissões atmosféricas, nomeadamente de partículas, estando sujeita a legislação e regulamentos ambientais.

A Empresa adopta como política contabilística para reconhecimento dos passivos e dos dispêndios de carácter ambiental, os critérios consagrados pela Directriz Contabilística nº 29, emanada da Comissão de Normalização Contabilística.

Assim, os dispêndios com equipamentos e técnicas operativas que assegurem o cumprimento da legislação e dos regulamentos aplicáveis, bem como a redução dos impactos ambientais para níveis que não excedam os correspondentes a uma aplicação viável das melhores técnicas disponíveis (desde os referentes à minimização do consumo energético, das emissões atmosféricas, da produção de resíduos e do ruído, aos estabelecidos para a execução de planos de requalificação visual e paisagística) são:

(i) imputados a resultados do período, quando não proporcionem benefícios económicos futuros; ou,

(ii) capitalizados, quando se destinam a servir de modo durável a actividade da Empresa, bem como relacionarem -se com benefícios económicos futuros e que permitam prolongar a vida, aumentar a capacidade ou melhorar a segurança ou eficiência de outros activos detidos pela Empresa.

p) Licenças de emissão de CO2

Até 31 de Dezembro de 2005, as emissões de CO2 efectuadas pela Empresa e as “licenças de emissão de CO2” que lhe foram atribuídas, no âmbito do Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão de CO2, a título gratuito não davam origem a qualquer registo contabilístico, desde que não se estimasse como provável a existência de custos a incorrer pela Empresa com a aquisição de licenças de emissão no mercado.

A partir de 2006, na sequência da publicação pela Comissão de Normalização Contabilística da Interpretação Técnica nº 4, as licenças de emissão de gases com efeitos de estufa detidas pela Empresa, quando adquiridas a título gratuito, são reconhecidas como um activo na rubrica Imobilizado incorpóreo (Nota 10), sendo valorizadas pelo seu justo valor à data do seu depósito a favor da Empresa no Registo Português de Licenças de Emissão, por contrapartida da rubrica de Proveitos diferidos (Nota 50) ou ao custo de aquisição, quando adquiridas a título oneroso. O justo valor das licenças atribuídas gratuitamente é imputado durante o período em que se fazem sentir os respectivos efeitos económicos na rubrica de Subsídios à exploração.

No final de cada período o valor contabilístico deste activo corresponde ao mais baixo entre o valor de aquisição das licenças e o seu justo valor. Aquando da alienação das licenças é reconhecida na demonstração dos resultados a diferença entre o valor contabilístico do activo e o seu valor de venda, deduzida do correspondente subsídio do Estado.

q) Uso de estimativas

A preparação de demonstrações financeiras exige que a gestão da Empresa efectue julgamentos e estimativas que afectam os montantes de proveitos, despesas, activos, passivos e divulgações à data do balanço. Estas estimativas são determinadas pelo juízo da gestão da empresa, baseado:

(i) na melhor informação e conhecimento de eventos presentes, suplementada, em alguns casos, em relatos de peritos independentes; e,

(ii) nas acções que a empresa considera poder vir a desenvolver no futuro. Todavia, na data de desfecho das operações, os resultados das mesmas poderão ser diferentes destas estimativas.

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4. COTAÇÕES UTILIZADAS PARA CONVERSÃO EM EUROS As taxas de câmbio utilizadas, em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, para converter para euros os principais activos e passivos do Balanço, expressos em moeda estrangeira, foram as seguintes: Valorização/

2007 2006 (desvalorização) Câmbios em 31 de Dezembro GBP (libra inglesa) 0,7334 0,6715 (9,21%) USD (dólar americano) 1,4721 1,3170 (11,78%) Câmbios médios anuais GBP (libra inglesa) 0,7202 0,6817 (5,65%) USD (dólar americano) 1,4570 1,2556 (16,04%)

6. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

A Empresa encontra-se sujeita ao regime especial de tributação de grupos de sociedades desde 1 de Janeiro de 2003, nos termos do artigo 63º e seguintes do Código do IRC, liderando o grupo de sociedades que inclui as suas subsidiárias portuguesas. A Empresa apura e regista o imposto sobre o rendimento numa óptica individual, mas regista como imposto a pagar, por contrapartida de valores a receber na parte atribuível às suas subsidiárias, a responsabilidade total atribuível ao grupo que encabeça. Caso sejam apurados ganhos na aplicação deste regime, estes são registados como um proveito da Portucel.

As declarações anuais de rendimentos estão sujeitas a revisão e eventual ajustamento por parte das autoridades fiscais durante um período de 4 anos. No caso de serem apresentados prejuízos fiscais, estes podem ser utilizados por um período de 6 anos. Des te modo, as declarações fiscais da Empresa relativas aos anos de 2004 a 2007 podem ainda ser revistas, sendo certo que foram já objecto de inspecção fiscal os exercícios de 2004 e 2005. A Administração da Empresa entende que as correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais às declarações de impostos sujeitas a revisão não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2007.

Todas as restantes situações que possam vir a afectar significativamente os impostos futuros encontram -se registadas nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2007 por via da aplicação da Directriz Contabilística nº 28, conforme descrito na Nota 3 m).

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No exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, o movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos foi o seguinte:

Demonstração dos resultados

Saldo inicial Aumentos Reduções

Justo valor

Resultados transitados

(Nota 40) Saldo final

Diferenças temporárias que originaram Activos por impostos diferidos

Ajustamentos e provisões (Nota 21 e 34) 4.364.406 1.456.604 (3.079.349)

-

- 2.741.661

Responsabilidades com pensões de reforma (Nota 31) 6.297.781

- (1.608.652)

- (3.673.324) 1.015.805

Instrumentos financeiros derivados (Nota 52)

-

-

- 284.968

- 284.968

Perdas em empresas do Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades 102.775.047 (57.536.082)

-

- 45.238.965

113.437.234 1.456.604 (62.224.083) 284.968 (3.673.324) 49.281.398

Diferenças temporárias que originaram Passivos por impostos diferidos

Reavaliação de activos imobilizados (Nota 13) (18.203.698)

- 4.136.853

-

- (14.066.845)

Instrumentos financeiros derivados (Nota 52) (6.725.785)

-

- (4.110.226)

- (10.836.011)

Menos-valias contabilísticas intra grupo (61.059.399) 39.488.762

-

- (21.570.637)

(85.988.882)

- 43.625.615 (4.110.226)

- (46.473.493)

Valores reflectidos no balanço

Activos por impostos diferidos 30.060.867 386.000 (16.489.382) 75.516 (973.431) 13.059.570

Passivos por impostos diferidos (22.787.054)

- 11.560.788 (1.089.210)

- (12.315.476)

Esta análise é como segue, com referência a 31 de Dezembro de 2006:

Demonstração dos resultados

Saldo inicial

Aumentos

Reduções

Justo valor Resultados Transitados

(Nota 40) Saldo

final

Diferenças temporárias que originaram Activos por impostos diferidos

Ajustamentos e provisões (Nota 21 e 34) 9.346.836 580.000 (5.562.430) - - 4.364.406

Responsabilidades com pensões de reforma (Nota 31) 11.488.986 - (7.871.827) 2.680.622 - 6.297.781

Instrumentos financeiros derivados 1.879.007 - - (1.879.007) - -

Perdas em empresas do Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades 113.086.319 11.169.983 (21.481.255) - - 102.775.047

135.801.148 11.749.983 (34.915.512) 801.615 - 113.437.234

Diferenças temporárias que originaram Passivos por impostos diferidos

Reavaliação de activos imobilizados (Nota 13) (20.673.021) - 2.469.323 - - (18.203.698)

Instrumentos financeiros derivados (Nota 52) - - - (6.725.785) - (6.725.785)

Menos-valias contabilísticas intra grupo (30.234.731) (30.824.668) - - - (61.059.399)

(50.907.752) (30.824.668) 2.469.323 (6.725.785) - (85.988.882)

Valores reflectidos no balanço

Activos por impostos diferidos 37.345.316 3.231.245 (9.601.766) 220.444 - 31.195.239

Activos por impostos diferidos - alteração de taxa (1.134.372)

37.345.316 3.231.245 (9.601.766) 220.444 - 30.060.867

Passivos por impostos diferidos (13.999.632) (8.476.784) 679.064 (1.849.591) - (23.646.943)

Passivos por impostos diferidos - alteração de taxa 859.889

(13.999.632) (8.476.784) 679.064 (1.849.591) - (22.787.054)

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

A reconciliação da taxa efectiva de imposto é evidenciada como segue:

2007 2006

Resultado antes de impostos 134.071.145 101.137.905 Taxa nominal de imposto 26,50% 27,50% Imposto esperado 35.528.853 27.812.924 Diferenças permanentes (a) (22.238.373) (15.234.585) Ajustamentos à colecta: - Benefícios fiscais (1.369.977) (1.267.519) - (Ganhos) / Perdas na tributação de grupos de sociedades (1.826.612) (1.158.779) - Tributações autónomas 102.421 56.223 10.196.312 10.208.264

Taxa efectiva de imposto 7,61% 10,09% Taxa efectiva de imposto sem o efeito da aplicação do método da Equivalência Patrimonial 33,49%

31,44%

O imposto sobre o rendimento do período tem a seguinte composição:

2007 2006 Imposto corrente (Nota 28) 5.653.716 (2.690.422) Imposto diferido 4.542.596 12.898.686 10.196.312 10.208.264

(a) Este valor respeita essencialmente a: 2007 2006 Efeito da aplicação do método da Equivalência Patrimonial (Nota 45) (130.964.079) (78.524.182) Juros compensatórios 9.690.278 - Provisões não dedutíveis 29.004.152 23.317.402 Mais valias contabilísticas (Nota 46) (107.511) (34.904) Mais valias fiscais 7.797 17.398 Outros 8.450.974 (174.204)

(83.918.389) (55.398.490)

Impacto fiscal (2007: 26,5%; 2006: 27,5%) (22.238.373) (15.234.585)

7. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAS AO SERVIÇO DA EMPRESA

O número médio de pessoas ao serviço da Empresa, durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 foi de 887 e de 907, respectivamente.

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

10. MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, o movimento ocorrido no valor das imobilizações incorpóreas, imobilizações corpóreas e investimentos financeiros, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e ajustamentos foi o seguinte:

Activo bruto

Saldo inicial Aumentos Alienações

Transferências, regularizaçõ es

e abates Saldo final

Imobilizações incorpóreas:

Despesas de instalação 3.246.773 - - (3.246.773) -

Despesas de investigação e desenvolvimento 40.373.303 - - (35.793.612) 4.579.691

Propriedade industrial e outros direitos 664.240 391.737 (907.807) (144.257) 3.913

Trespasses 428.132.254 - - 428.132.254

Imobilizações em curso 634.842 - (634.842) -

473.051.412 391.737 (907.807) (39.819.484) 432.715.858

Imobilizações corpóreas:

Terrenos e recursos naturais 35.753.845 - - - 35.753.845

Edifícios e outras construções 145.973.005 - (92.404) 1.158.172 147.038.773

Equipamento básico 967.312.823 - (83.435) 4.531.238 971.760.626

Equipamento de transporte 8.109.533 - (375.987) 47.599 7.781.145

Ferramentas e utensílios 2.322.165 - - 13.661 2.335.826

Equipamento administrativo 15.605.557 - (20.956) 213.187 15.797.788

Taras e vasilhame 253 - - - 253

Outras imobilizações corpóreas 14.790.393 - - 624.822 15.415.214

Imobilizações em curso 7.193.520 13.336.128 - (6.588.678) 13.940.970

Adiantamentos por conta de imobilizações

corpóreas 108.631 1.779.113 - - 1.887.744

1.197.169.725 15.115.241 (572.781) - 1.211.712.184

Investimentos financeiros:

Partes de capital em empresas do grupo (Nota 16) 817.775.346 139.084.884 (74.404.155) 10.724.240 893.180.315

Partes de capital em empresas associadas (Nota 16) 11.223 - - - 11.223

Títulos e outras aplicações financeiras 30.207 - - - 30.207

817.816.776 139.084.884 (74.404.155) 10.724.240 893.221.745

2.488.037.913 154.591.862 (75.884.744) (29.095.243) 2.537.649.787

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

Amortizações acumuladas

Saldo inicial Aumentos Alienações

Transferências, regularizações

e abates Saldo final

Imobilizações incorpóreas:

Despesas de instalação (3.246.773) 3.246.773 -

Despesas de investig. e desenvolvimento (40.373.303) (1.525.756) 37.340.902 (4.558.158)

Propr. industrial e outros direitos (145.850) (123) - 144.257 (1.715)

Trespasses (51.375.870) - - - (51.375.870)

Imobilizado em curso (486.164) - - 486.164 -

(95.627.960) (1.525.879) - 41.218.095 (55.935.743)

Imobilizações corpóreas:

Edifícios e outras construções (85.020.969) (6.998.630) 27.099 - (91.992.500)

Equipamento básico (690.324.759) (55.239.501) 83.435 - (745.480.825)

Equipamento de transporte (7.107.510) (346.773) 350.050 - (7.104.234)

Ferramentas e utensílios (2.235.122) (53.220) - - (2.288.342)

Equipamento administrativo (14.245.417) (810.964) 19.221 - (15.037.160)

Taras e vasilhame (253) - - - (253)

Outras imobilizações corpóreas (12.741.035) (1.470.580) - - (14.211.615)

(811.675.065) (64.919.669) 479.805 - (876.114.929)

(907.303.025) (66.445.548) 479.805 41.218.095 (932.050.672)

Investimentos financeiros:

Partes de capital em empresas associadas (11.223) - - (11.223)

Títulos e outras aplicações financeiras (30.207) - - (30.207)

(41.430) - - - (41.430)

Os movimentos verificados no exercício na rubrica Propriedade industrial e outros direitos incluem o registo das licenças de CO2, conforme referido na Nota 3 p) (ver Nota 53).

Os aumentos e as reduções verificados no exercício na rubrica de Partes de capital em empresas do grupo resultaram, essencialmente, dos ganhos e das perdas associadas à aplicação do método da equivalência patrimonial na valorização das participações financeiras de, respectivamente, Euro 131.690.643 e de Euro 726.564. Adicionalmente, os aumentos incluem aquisições de novas participações e o investimento na incorporação de novas subsidiárias, no valor global de Euro 7.394.241. Por outro lado, as reduções registam a alienação de participações, no montante de Euro 317.906, a devolução de prestações acessórias da Arboser e de suprimentos da S.P.C.G., no montante de Euro 698.317 e Euro 750.000, respectivamente, bem como os dividendos recebidos das participadas no montante de Euro 71.911.368 (ver Nota 16).

Na sequência da aquisição de 100% do capital social da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, S.A., pelo valor de Euro 1.154.842 milhares, o “goodwill” apurado após ajustamentos pelo efeito da atribuição do justo valor dos activos imobilizados da Soporcel foi amortizado até 31 de Dezembro de 2003, pelo método das quotas constantes para um período de 25 anos. Contudo, em 2005, conforme referido na Nota 3 d) a Empresa passou a adoptar o método de valorização do “goodwill”, subsequente ao seu reconhecimento inicial, preconizado pela Norma Internacional de Relato Financeiro nº 3, pelo que, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, não foi efectuado o registo da amortização do exercício do “goodwill”.

Caso a Empresa não tivesse alterado este tratamento contabilístico, os resultados transitados em 31 de Dezembro de 2007 e o resultado líquido do exercício findo naquela data seriam inferiores em Euro 51.375.870 e Euro 17.125.290, respectivamente. De referir que em 2006 o “goodwill” foi transferido da rubrica de Partes de capital em empresas do grupo para a rubrica de Trespasses.

Em 2007, as amortizações do exercício de imobilizado corpóreo e incorpóreo ascenderam a Euro 66.445.548, tendo sido reclassificados Euro 980.032 para a rubrica de Custos extraordinários (ver Nota 46).

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

O movimento na coluna de transferências relativo às amortizações do imobilizado incorpóreo, resulta da transferência da provisão para regularização de activos incorpóreos , conforme referido na Nota 34 e das regularizações dos valores totalmente amortizados, no montante de Euro 39.819.484.

O movimento ocorrido no valor das imobilizações incorpóreas, imobilizações corpóreas e investimentos financeiros, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e ajustamentos foi o seguinte, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006:

Activo bruto

Saldo inicial Aumentos Alienações

Transferências, regularizações e

abates Saldo final

Imobilizações incorpóreas:

Despesas de instalação 3.246.773 - - - 3.246.773

Despesas de investigação e desenvol vimento 38.401.041 - - 1.972.262 40.373.303

Propriedade industrial e outros direitos 146.708 1.794.061 - (1.276.529) 664.240

Trespasses - - - 428.132.254 428.132.254

Imobilizações em curso 3.093.297 68.378 - (2.526.833) 634.842

44.887.819 1.862.439 - 426.301.154 473.051.412

Imobilizações corpóreas:

Terrenos e recursos naturais 35.753.845 - - - 35.753.845

Edifícios e outras construções 144.101.147 55.180 - 1.816.678 145.973.005

Equipamento básico 890.434.908 10.822.717 (337.404) 66.392.602 967.312.823

Equipamento de transporte 8.069.754 11.362 (88.486) 116.903 8.109.533

Ferramentas e utensílios 2.210.211 55.912 - 56.042 2.322.165

Equipamento administrativo 15.029.049 75.041 - 501.467 15.605.557

Taras e vasilhame 253 - - - 253

Outras imobilizações corpóreas 14.097.387 59.772 - 633.234 14.790.393

Imobilizações em curso 74.132.492 2.023.382 - (68.962.354) 7.193.520

Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 35.199 73.432 - - 108.631

1.183.864.245 13.176.798 (425.890) 554.572 1.197.169.725

Investimentos financeiros:

Partes de capital em empresas do grupo (Nota 16) 1.131.740.842 127.857.591 (65.066.703) (376.756.384) 817.775.346

Partes de capital em empresas associadas (Nota 16) 11.223 - - - 11.223

Títulos e outras aplicações financeiras 30.207 - - - 30.207

1.131.782.272 127.857.591 (65.066.703) (376.756.384) 817.816.776

2.360.534.336 142.896.828 (65.492.593) 50.099.342 2.488.037.913

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

Amortizações acumuladas

Saldo inicial Aumentos Alienações

Transferências, regularizações

e abates Saldo final

Imobilizações incorpóreas:

Despesas de instalação (3.246.773) (143.092) - 143.092 (3.246.773)

Despesas de investig. e desenvolvimento (38.401.041) (3.312.451) - 1.340.189 (40.373.303)

Propr. industrial e outros direitos (115.477) (30.373) - - (145.850)

Trespasses - - - (51.375.870) (51.375.870)

Imobilizado em curso (3.093.297) - - 2.607.133 (486.164)

(44.856.588) (3.485.916) - (47.285.456) (95.627.960)

Imobilizações corpóreas:

Edifícios e outras construções (77.985.490) (7.028.363) - (7.116) (85.020.969)

Equipamento básico (629.453.739) (60.990.540) 112.404 7.116 (690.324.759)

Equipamento de transporte (6.785.563) (404.747) 82.800 - (7.107.510)

Ferramentas e utensílios (2.163.589) (71.533) - - (2.235.122)

Equipamento administrativo (13.132.960) (1.112.457) - - (14.245.417)

Taras e vasilhame (253) - - - (253)

Outras imobilizações corpóreas (10.940.497) (1.800.538) - - (12.741.035)

(740.462.091) (71.408.178) 195.204 - (811.675.065)

(785.318.679) (74.894.094) 195.204 (47.285.456) (907.303.025)

Investimentos financeiros:

Partes de capital em empresas associadas - (11.223) - - (11.223)

Títulos e outras aplicações financeiras - (30.207) - - (30.207)

- (41.430) - - (41.430)

Os movimentos verificados no exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 na rubrica Propriedade industrial e outros direitos incluíam o registo das licenças de CO2, conforme referido na Nota 3 p) (ver Nota 53).

Em 2006, os aumentos e as reduções verificados na rubrica de Partes de capital em empresas do grupo resultaram, nomeadamente, das variações associadas à aplicação do método da equivalência patrimonial na valorização das participações . Adicionalmente, os aumentos incluíam prestações acessórias efectuadas às subsidiárias, e capital social de novas subsidiárias no montante global de Euro 46.117.213, e as reduções incluíam os dividendos pagos pela Soporcel, no montante de Euros 57.736.910.

Em 2006, as amortizações do exercício ascenderam a Euro 74.894.094, tendo sido reclassificados Euro 1.646.151 para a rubrica de Custos extraordinários, de acordo com o critério referido na Nota 3 k) (ver Nota 46).

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, existiam bens totalmente amortizados, e ainda em uso, que se resumem como segue:

31 Dez 2007 31 Dez 2006

Despesas de instalação 3.246.773 3.246.773

Despesas de investig. e desenvolvimento 32.996.312 11.768.890

Propr. industrial e outros direitos 142.525 142.525

Total Imobilizado Incorpóreo 36.385.610 15.158.188

Terrenos e recursos naturais - -

Edifícios e outras construções 199 -

Equipamento básico 76.279 76.279

Equipamento de transporte 889.085 8.053

Ferramentas e utensílios 48.673 48.673

Equipamento administrativo 10.625.849 1.264.715

Taras e vasilhame 253 253

Outras imobilizações 7.551.199 7.551.199

Total Imobilizado corpóreo 19.191.537 8.949.172

55.577.147 24.107.360

12. CRITÉRIOS UTILIZADOS NA REAVALIAÇÃO DO IMOBILIZADO

As imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 1997 foram reavaliadas em 1998, de acordo com os critérios estabelecidos no Decreto-Lei nº 31/98, de 11 de Fevereiro (ver Notas 13 e 40).

A reserva de reavaliação do imobilizado corpóreo, apurada em 1998 pelo previsto no Decreto-Lei nº 31/98, de 11 de Fevereiro, ascendeu a Euro 44.531.430, tendo a este valor sido deduzido o inerente imposto diferido passivo, estimado à data em Euro 6.219.574.

13. REAVALIAÇÃO DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

O detalhe dos custos históricos de aquisição de imobilizações corpóreas em 31 de Dezembro de 2007, líquidos de amortizações acumuladas, é o seguinte:

Valores

Custos Reavaliações contabilísticos

Históricos reavaliados

Bens reavaliados

Terrenos e recursos naturais 18.473.268 2.954.388 21.427.656

Edifícios e outras construções 11.973.572 1.843.972 13.817.544

Equipamento básico 22.764.242 687.695 23.451.937

53.211.082 5.486.055 58.697.137

Bens não reavaliados 276.900.119 - 276.900.119

330.111.201 5.486.055 335.597.256

Em 31 de Dezembro de 2007, sobre o montante total da reserva de reavaliação por realizar, Euro 5.486.055, deduzido de parte do valor das reservas de reavaliação dos terrenos não amortizáveis, a empresa registou impostos diferidos passivos, de Euro 525.789, correspondente à fracção da reserva de reavaliação não relevante para tributação (Nota 6).

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

A base da reserva de reavaliação utilizada para determinação do imposto diferido passivo inclui o efeito da reavaliação dos activos incorporados aquando da fusão da Empresa com a Papéis Inapa, S.A., a qual não tem reflexo directo na rubrica de Reservas de reavaliação apresentada no capital próprio da Portucel e que ascende a Euro 15.353.905 (2006: Euro 16.807.763).

O detalhe dos custos históricos de aquisição de imobilizações corpóreas em 31 de Dezembro de 2006, líquidos de amortizações acumuladas, era o seguinte:

Valores Custos Reava- contabilísticos

históricos liações reavaliados Bens reavaliados: Terrenos e recursos naturais 18.473.268 2.954.388 21.427.656 Edifícios e outras construções 18.508.743 2.860.857 21.369.600 Equipamento básico 34.110.282 6.124.573 40.234.855 71.092.293 11.939.818 83.032.111 Bens não reavaliados 302.462.549 - 302.462.549

373.554.842 11.939.818 385.494.660

14. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS (INFORMAÇÃO ADICIONAL)

Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, o valor dos bens do imobilizado corpóreo afectos às principais áreas de actividade da Empresa analisa-se como segue:

Valores brutos Valores líquidos contabilísticos

31 Dez 2007 31 Dez 2006 31 Dez 2007 31 Dez 2006

Produção de pasta 782.710.849 770.031.798 220.748.599 250.184.760 Produção de papel 388.529.304 383.978.630 107.184.292 123.773.591 Actividades auxiliares e comuns 40.472.031 43.159.297 7.664.365 11.536.309

1.211.712.184 1.197.169.725 335.597.256 385.494.660

15. BENS UTILIZADOS EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA

Em 31 de Dezembro de 2007, o imobilizado corpóreo da Empresa incluía bens considerados como locação financeira, nas seguintes rubricas:

Data de início Valor de mercado dos Período de

do contrato bens no início do contrato contrato (meses)

Equipamento de transporte 2004 627.155 48

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

As responsabilidades ainda não liquidadas relativas a contratos de locação financeira podem ser resumidas da seguinte forma:

31Dez 2007 31Dez 2006

Capital em dívida:

- a menos de 1 ano 67.621 127.119

- a mais de 1 ano - 67.969

67.621 195.088

Juros em dívida 1.968 4.589

16. EMPRESAS DO GRUPO, ASSOCIADAS E PARTICIPADAS

Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, os investimentos financeiros em empresas do grupo, associadas e participadas, detalhavam-se como segue: 31 Dez 2007 30 Dez 2006

Empresa Sede social Capitais próprios

Resultado líquido %.

Valor de balanço

Valor de balanço

Empresas do grupo

Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. Fig. da Foz 614.276.711 127.277.272 100 790.300.508 726.872.356

PortucelSoporcel Floresta, SGPS, S.A.. Fig. da Foz 169.377.196 7.708.133 50 84.688.598 80.391.642

Arboser - Serviços Agro-Industriais, S.A. Setúbal 731.359 83.876 100 731.359 3.547.356

Enerpulp - Cogeração Energética de Pasta, S .A. Setúbal 5.625.160 1.634.307 100 5.625.160 3.990.852

Raiz Instituto de Investigação da Floresta e do Papel Aveiro 3.931.238 291.265 43 1.690.432 1.302.715

Setipel - Serviços Técnicos para a Indústria Papeleira, S.A. Setúbal 139.842 (9.085) 100 139.842 130.757

Tecnipapel - Sociedade de Transformação e Distribuição de Papel, Lda. Setúbal 127.250 13.784 100 127.250 113.466

SPCG - Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, S.A. Setúbal 2.106.975 701.092 100 2.106.975 467.466

EMA 21 - Engenharia e Manutenção Industrial Século XXI, S.A. Setúbal 759.138 291.109 100 759.138 468.028

About the Future, Empr. Prod. de Papel, S.A. Setúbal (565.012) (613.539) 100 (565.012) 48.527

Cutpaper – Transformação, Corte e Embalagem de Papel, ACE Fig. da Foz 127.254 127.254 50% 63.627 -

Socortel – Sociedade de Corte de Papel, S.A. (e) Fig. da Foz (10.470) (10.224) 0 - (123)

Headbox – Operação e Controlo Industr., SA (e) Setúbal 47.653 (1.269) 0 - 48.923

ImpactValue SGPS, S.A. (a) Setúbal 49.772 (228) 100 49.772 -

PortucelSoporcel Papel, SGPS S.A. (a) Setúbal 49.776 (224) 100 49.776 -

PortucelSoporcel Energia, SGPS S.A. (a) Setúbal 6.800.903 903 100 6.800.903 -

PortucelSoporcel Participações, SGPS S.A. (a) Setúbal 45.021 (15.646) 100 45.021 -

Portucel Internacional Trading Luxemburg (b) Luxemburgo - - - - 386.233

Portucel Internacional Trading GMBH (c) Alemanha 618.062 173.821 100 618.062 -

Portucel Brasil (d) Brasil - - 100 - -

PortucelSopocel Papel - Sales e Marketing, ACE Fig. da Foz (102.191) (102.191) 50 (51.096) 7.150

893.180.315 817.775.346

Empresas associadas

TASC - Tecnologias de Automação Sistemas e Controlo, Lda. Setúbal - - - 11.223 11.223

(a) Empresa constituída em 2007

(b) Empresa liquidada em 2007

(c) Empresa adquirida em 2007 por via da liquidação da Portucel Internacional Trading Luxemburg

(d) Empresa em processo de liquidação

(e) Empresas alienadas em 2007

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

Os ganhos e perdas apropriados no exercício de 2007, relativos a empresas do grupo e associadas, foram registados por contrapartida das seguintes rubricas:

Valor proporcional no resultado

(Nota 45) Empresas do Grupo Perdas em

empresas do grupo

Ganhos em empresas do

grupo

Ajustamentos de partes de

capital (Nota 40)

Distribuição de

dividendos

Devolução de prestações acessórias / suprimentos

PortucelSoporcel Floresta, SGPS, S.A. - 3.854.066 442.890 - -

ImpactValue SGPS, S.A. 228 - - - -

PortucelSoporcel Papel, SGPS S.A. 224 - - - -

PortucelSoporcel Energia, SGPS S.A. - 903 - - -

PortucelSoporcel Participações, SGPS S.A. 15.646 - 10.667 - -

Arboser – Serviços Agro-Industriais, S.A. - 83.876 - (2.201.556) (698.317)

Enerpulp – Cogeração Energética de Pasta, S.A. - 1.634.307 - - - Setipel – Serviços Técnicos para a Indústria papeleira, S.A. - 9.085 - - -

Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. - 124.700.338 8.437.627 (69.709.812) -

Socortel – Sociedade de Corte de Papel, S.A. - 14.905 (24.717) - - S.P.C.G. – Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, S.A. - 701.092 1.688.418 - (750.000) Tecnipapel – Sociedade de Transformação e Distribuição de Papel, Lda. - 13.784 - - - EMA 21 – Engenharia e Manutenção Industrial Século XXI, S.A. - 291.109 - - -

Headbox – Operação e Controlo Industrial, S.A. - 1.415 - - -

About the Future, Empr. Prod. De Papel, S.A. 613.539 - - - - Cutpaper – Transformação, Corte e Embalagem de Papel, ACE - 63.627 - - -

Portucel Internacional Luxemburgo 22.999 23.071 (133.518) - -

Portucel Internacional Alemã - 173.821 - - -

Raiz Instituto de Investigação da Floresta e do Papel - 125.244 262.474 - -

Atlantic Forests, S.A. 22.832 - - - -

PortucelSopocel Papel - Sales e Marketing, ACE 51.096 - - - -

726.564 131.690.643 10.683.841 (71.911.368) (1.448.317)

Os ganhos e perdas apropriados no exercício de 2006, relativos a empresas do grupo e associadas, foram registados por contrapartida das seguintes rubricas:

Valor proporcional no resultado

(Nota 45) Empresas do Grupo Perdas em

empresas do grupo

Ganhos em empresas do

grupo

Ajustamentos de partes de

capital

Distribuição de

dividendos

PortucelSoporcel Floresta, SGPS, S.A. 3.166.702 - (494.478) -

Arboser - Serviços Agro-Industriais, S.A. - 118.564 - (240.086)

Enerpulp - Cogeração Energética de Pasta, S.A. - 3.792.811 - -

Setipel - Serviços Técnicos para a Indústria papeleira, S.A. 46.944 - - -

Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. - 75.054.220 (3.229.246) (57.736.910)

Socortel - Sociedade de Corte de Papel, S.A. - 32.917 - -

S.P.C.G. - Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, S.A. - 2.084.636 (2.310) -

Tecnipapel - Sociedade de Transformação e Distribuição de Papel, Lda. - 99.713 - -

EMA 21 - Engenharia e Manutenção Industrial Século XXI, S.A. - 419.299 - -

Headbox - Operação e Controlo Industrial, S.A. 1.078 - - -

About the Future, Empr. Prod. de Papel, S.A. 1.473 - - -

Portucel Internacional Luxemburgo - - 146.565 -

Raiz Instituto de Investigação da Floresta e do Papel - 131.067 (52.392) -

PortucelSopocel Papel - Sales e Marketing, ACE - 7.150 - -

3.216.197 81.740.377 (3.631.860) (57.976.996)

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

Os movimentos ocorridos nas rubricas de investimentos financeiros no exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 analisam -se como segue:

Partes de capital

Empresas do

grupo Empresas associadas

Títulos e outras

aplicações Total

Saldo inicial 817.775.346 11.223 30.207 817.816.776

Alienações / liquidação de participações:

Socortel (14.782) - - (14.782)

Headbox (50.337) - - (50.337)

Portucel Internacional Luxemburgo (liquidada) (252.787) - - (252.787)

(317.906) - - (317.906)

Resultado apropriado pela aplicação do método

da equivalência patrimonial :

- Ganhos 131.690.643 - - 131.627.016

- Perdas (726.564) - - (726.564)

Ajustamento de partes de capital em filiais e associadas:

- por outras variações dos capitais próprios das empresas

filiais e associadas: 10.683.841 - - 10.683.841

Distribuição de dividendos (72.661.368) - - -

Devolução de prestações acessórias (698.317) - - -

Aquisição de novas participações

Portucel Internacional GMBH 444.241 - - 444.241

Capital social de novas empresas

ImpactValue - SGPS SA 50.000 - - 50.000

PortucelSoporcel Papel, SGPS SA 50.000 - - 50.000

PortucelSoporcel Energia, SGPS SA 6.800.000 - - 6.800.000

PortucelSoporcel Participações, SGPS SA 50.000 - - 50.000

Outros 40.399 40.399

Saldo final 893.180.315 11.223 30.207 966.517.803

Os valores relativos a partes de capital em empresas associadas e a títulos e outras aplicações financeiras encontram -se integralmente ajustados.

No registo dos produtos e trabalhos em curso (florestas em crescimento), uma das subsidiárias da Empresa adopta a política contabilística consagrada na Norma Internacional de Contabilidade nº 41, que preconiza que os activos biológicos sejam registados pelo seu justo valor, sendo as variações no justo valor registadas nos resultados do exercício em que ocorrem. Adicionalmente, em consequência desta situação, foi registado directamente na Portucel um activo por impostos diferidos relativo ao impacto decorrente deste critério de valorização que, em 31 de Dezembro de 2007, ascendia a Euro 11.629.594. Caso a subsidiária não tivesse alterado a política contabilística de registo dos produtos e trabalhos em curso (florestas em crescimento) o resultado líquido do exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 viria diminuído em Euro 5.933.840 (2006: Euro 4.314.860) e os resultados transitados aumentados em Euro 38.188.952 (2006: Euro 33.874.092).

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

Em 31 de Dezembro de 2007 a rubrica de Ajustamentos de partes de capital detalha-se como segue:

Empresas do Grupo

Ajustamentos de partes de capital

(Nota 40)

Arboser - Serviços Agro-Industriais, S.A. 47.483

Soporcel SGPS, S.A. (202.391)

PortucelSoporcel Participações, SGPS S.A. 10.667

Setipel - Serviços Técnicos para a Indústria papeleira, S.A. 7.928

Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. (20.872.081)

S.P.C.G. - Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, S.A. (11.039.292)

Tecnipapel - Sociedade de Transformação e Distribuição de Papel, Lda. (795)

Raiz Instituto de Investigação da Floresta e do Papel (26.143)

(32.074.623)

19. VALORES DE MERCADO DO ACTIVO CIRCULANTE

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, não existiam diferenças significativas, não cobertas pelos ajustamentos constituídos pela Empresa, entre os valores das rubricas do activo circulante calculados de acordo com os critérios valorimétricos adoptados pela Empresa (Nota 3) e o respectivo valor de mercado.

21. MOVIMENTOS DOS AJUSTAMENTOS NO ACTIVO CIRCULANTE

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, o movimento ocorrido no valor dos ajustamentos do activo circulante, foi o seguinte:

Saldo inicial Reforço Reversão Saldo final

Investimentos Financeiros 41.430 - - 41.430

41.430 - - 41.430

Existências (Nota 22) 316.206 620.270 (215.500) 720.976

316.206 620.270 (215.500) 720.976

Dívidas de terceiros

Clientes de cobrança duvidosa (Nota 23) 1.501.107 12.488 (986.383) 527.212

Outros devedores 23.136 - - 23.136

1.524.243 12.488 (986.383) 550.348

1.881.879 632.758 (1.201.883) 1.312.753

A reversão dos ajustamentos para clientes de cobrança duvidosa foi efectuada por contrapartida dos respectivos saldos devedores.

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

Relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, estes movimentos analisam -se como segue:

Saldo inicial Reforço Reversão Saldo final

Investimentos financeiros - 41.430 - 41.430

- 41.430 - 41.430

Existências (Nota 22) 25.053 291.153 - 316.206

25.053 291.153 - 316.206

Dívidas de terceiros

Clientes de cobrança duvidosa (Nota 23) 1.049.935 510.324 (59.152) 1.501.107

Outros devedores 23.136 - - 23.136

1.073.071 510.324 (59.152) 1.524.243

1.098.124 842.907 (59.152) 1.881.879

22. EXISTÊNCIAS

Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, o saldo desta rubrica registado no activo de curto prazo apresentava a seguinte composição:

31 Dez 2007 31 Dez 2006

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo:

Matérias-primas 12.913.580 2.986.250

Matérias subsidiárias 2.038.246 1.901.985

Materiais diversos 26.849.539 24.417.012

Embalagens de consumo 3.680.379 3.918.263

45.481.744 33.223.510

Produtos e trabalhos em curso

Florestas 31.649 509.980

Outros 3.735.720 3.533.535

3.767.369 4.043.515

Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 245.667 484.243

Produtos acabados e intermédios:

Pasta 5.638.093 6.862.161

Papel 4.125.792 5.451.786

Aparas 4.424.811 2.642.016

14.188.696 14.955.963

Adiantamentos por conta de compras 750.850 1.760.413

64.434.326 54.467.644

Ajustamento para depreciação de existências (720.976) (316.206)

63.713.350 54.151.438

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

Em 31 de Dezembro de 2007 as existências à guarda de terceiros em armazéns exteriores à Empresa localizados no estrangeiro ascendiam a Euro 3.636.701 (31 de Dezembro de 2006: Euro 3.096.952) e detalham -se como segue:

31 Dez 2007 31 Dez 2006

Pasta Papel Total Pasta Papel Total

Escócia - 92.841 92.841 - - -

Alemanha 2.203.347 492 2.203.839 2.315.244 28.929 2.344.173

Holanda 678.417 15.897 694.314 9.269 16.596 25.865

Inglaterra - 311.312 311.312 - 483.583 483.583

França - 101.162 101.162 - 70.151 70.151

Polónia 107.218 - 107.218 - - -

Itália 67.445 - 67.445 140.165 - 140.165

Suíça - 58.571 58.571 - 33.015 33.015

3.056.427 580.274 3.636.701 2.464.678 632.274 3.096.952

23. DÍVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA

Em 31 de Dezembro de 2007 existiam dívidas de clientes de cobrança duvidosa no montante de Euro 768.212 (31 de Dezembro de 2006: Euro 1.501.107.) O ajustamento para clientes de cobrança duvidosa ascende a Euro 527.212 (31 de Dezembro de 2006: Euro 1.501.107.).

25. DÍVIDAS ACTIVAS E PASSIVAS COM O PESSOAL

Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, analisam -se como segue os saldos em balanço relacionados com o pessoal (ver Nota 49):

31 Dez 2007 31 Dez 2006 Valores a receber 141.770 163.402 Valores a pagar 344.583 309.309

28. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 não existiam dívidas em situação de mora com o Estado e outros entes públicos. Os saldos com estas entidades eram os seguintes:

Saldos devedores Saldos credores

31 Dez 2007 31 Dez 2006 31 Dez 2007 31 Dez 2006

Imposto sobre o Valor Acrescentado 16.367.605 6.073.394 1.761.634 2.965.489 Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - - 48.305.095 649.801 Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares - retenções na fonte - - 884.990 272.387 Segurança Social - - 647.975 673.403

Outros 26.855 626 - -

16.394.460 6.074.020 51.599.694 4.561.080

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

O saldo a pagar da rubrica do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas é assim constituído:

31 Dez 2007 31 Dez 2006

IRC da Empresa 5.653.716 (2.690.422)

IRC das empresas incluídas no RETGS 35.197.235 4.906.915

Pagamentos por conta (11.467.681) (1.159.503)

Retenções na fonte (1.927.238) (401.749)

Liquidações Adicionais 20.854.503 -

IRC a recuperar de anos anteriores (5.440) (5.440)

Saldo final 48.305.095 649.801

Os valores relativos a liquidações adicionais de imposto incluem os respectivos juros compensatórios e encontram -se deduzidos dos pagamentos por conta efectuados . O saldo em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 detalha-se como segue:

31 Dez 2007 31 Dez 2006

Liquidação adicional 2003 - IRC 3.000.333 -

Liquidação adicional 2004 - IRC 289.330 -

Acção inspectiva 2005 - RETGS 10.498.592

Outros 7.066.248 -

20.854.503 -

31. COMPROMISSOS FINANCEIROS COMPROMISSOS RELATIVOS A COMPLEMENTOS DE REFORMA E PENSÕES

Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados do quadro permanente com mais de cinco anos de serviço, têm direito após a passagem à reforma ou em situação de invalidez, a um complemento mensal de pensão de reforma ou de invalidez. Esse complemento está definido de acordo com uma fórmula que tem em consideração a remuneração mensal ilíquida actualizada para a categoria profissional do empregado à data da reforma e o número de anos de serviço, no máximo de 30, sendo ainda garantidas pensões de sobrevivência ao cônjuge e a descendentes directos .

Para cobrir esta responsabilidade o fundo de pensões autónomo denominado Fundo de Pensões Portucel, gerido por entidade externa, foi constituído pela Empresa em conjunto com algumas das empresas do Grupo PortucelSoporcel.

Os estudos actuariais desenvolvidos por entidade independente, com referência a 31 de Dezembro de 2007 e 31 de Dezembro de 2006, para efeitos de apuramento nessas datas das responsabilidades acumuladas tiveram por base os seguintes pressupostos:

31 Dez 2007 31 Dez 2006

Tabela de Invalidez EKV-80-Suiça EKV-80-Suiça Tabelas de mortalidade TV 88/90 TV 88/90 Taxa de rotação dos funcionários 1% 1% Taxas de crescimento salarial 2,50% 2,50% Taxa de juro técnica 5,25% 4,50% Taxa de crescimento das pensões 2,25% 2,25% Formula de Benefícios da Segurança Social

Decreto-Lei nº 35/2002 de 19 de

Fevereiro

Decreto-Lei nº 35/2002 de 19 de

Fevereiro

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

Para efeitos do reconhecimento dos custos com os serviços correntes do exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, a Empresa procedeu ao seu apuramento considerando uma taxa de juro técnica de 5,00%. No entanto, por força da apreciação efectuada à evolução dos mercados de capitais e à expectativa da sua evolução futura, com referência a 31 de Dezembro de 2007, procedeu-se à mensuração das responsabilidades de balanço com pensões utilizando a taxa de juro técnica de 5,25%.

No exercício de 2007, a variação para menos da insuficiência de cobertura verificada entre 31 de Dezembro de 2006 e 31 de Dezembro de 2007, no montante de Euro 5.275.712, foi registada a débito da rubrica de Acréscimos de custos, por contrapartida de (i) um débito na rubrica de Custos com o pessoal pelo montante de Euro 1.728.393 (ii) um crédito em resultados transitados pelo montante de Euro 3.804.105 que inclui a diferença entre o rendimento esperado dos activos do fundo e o real, no montante de Euro 1.223.914 e (iii) de um crédito em caixa e bancos pela dotação efectuada no exercício no montante de Euro 3.200.000.

De acordo com os estudos actuariais, reportados a 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, o valor presente da obrigação correspondente aos planos de reforma, bem como o valor de mercado dos fundos a eles afectos, eram como segue:

2007 2006 Responsabilidades por serviços passados Activos 38.695.709 41.564.561 Aposentados 9.347.150 8.294.427

(A) 48.042.859 49.858.988

Valor de mercado do fundo (B) 47.020.790 43.561.207

Excesso / (Insuficiência) do fundo (Nota 50)

(1.022.069)

(6.297.781) Percentagem de cobertura (B)/(A) 98% 87%

A evolução do património dos Fundos de Pensões Portucel, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, foi como segue:

2007 2006 Saldo inicial 43.561.207 37.226.975 Rendimento do fundo durante o exercício 935.231 1.858.192 Contribuições para o fundo 3.200.000 4.986.000 Pensões pagas no exercício (675.649) (509.960) Saldo final 47.020.790 43.561.207

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

As responsabilidades da Em presa nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, registaram a seguinte evolução:

2007 2006

Responsabilidades no início do exercício 49.858.988

48.715.961

Custo com os serviços correntes 1.582.225

1.872.539

Custo financeiro 2.305.314

2.265.258

Perdas / (ganhos) actuariais

(10.837)

(2.484.810)

Alteração de pressupostos

(5.017.182) -

Pensões pagas no exercício

(675.649)

(509.960)

Responsabilidades no final do exercício 48.042.859

49.858.988

Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o movimento dos capitais próprios (Nota 40) e a Demonstração dos Resultados reflectem os seguintes valores, relativos aos planos de reforma:

2007 2006

Impacto da alteração dos pressupostos (5.017.182) -

Perdas / (Ganhos) actuariais (10.837) (2.680.622)

Diferença entre o rendimento esperado e real do fundo 1.223.914 (2.680.622)

(3.804.105) (2.680.622)

Serviços correntes 1.582.225 1.872.539

Custo dos juros 2.305.314 2.265.258

Retorno estimado dos activos do plano (2.159.146) (1.662.380)

Alteração do plano - -

1.728.393 2.475.417

(4.391.283) (205.205)

O efeito da alteração de pressupostos resulta essencialmente da alteração da taxa de desconto de 4,5% em 2006 para 5,25%, utilizada na mensuração das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2007.

PRÉMIOS DE REFORMA

A empresa assumiu responsabilidades de pagamento de um prémio de reforma, equivalente a 6 meses de vencimento, caso o empregado se decida reformar na data normal de reforma de 65 anos. A evolução das responsabilidades reflectidas no balanço relativamente a este compromisso detalha-se como segue:

2007 2006

Responsabilidade no início do período -

-

Alteração de pressupostos 2.547.555

-

Responsabilidades no final do período 2.547.555

-

À semelhança dos complementos de reforma e pensões e conforme referido na Nota 3 i), a Empresa reconheceu o impacto da alteração de pressupostos relativamente à responsabilidade com prémios de reforma por contrapartida da rubrica de Resultados transitados (ver Nota 40).

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COMPROMISSOS DE INV ESTIMENTO

Foram celebrados contratos entre diversas empresas do Grupo e a API, no âmbito do investimento do Grupo Portucel Soporcel num total de Euro 900.000.000, com incentivos fiscais e financeiros para os investimentos a iniciar após a referida data de assinatura dos contratos.

Em 12 de Julho de 2006, foram celebrados entre a Portucel e a API – Agência Portuguesa para o Investimento (actual AICEP), dois contratos de investimento, em curso e a realizar no futuro, que compreende incentivos financeiros a receber nos exercícios de 2007 a 2010, no montante de Euro 55.205.270.

Os contratos acima referidos com benefícios fiscais foram homologados pela União Europeia em 2007, estando pendente de desenvolvimento o investimento das centrais térmicas de biomassa em Cacia e Setúbal, orçados em cerca de Euro 73.579.000 O desenvolvimento destes projectos ocorrerá em 2008 e 2009.

OUTROS COMPROMISSOS FINANCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2007, o Grupo tinha assumido compromissos contratuais, não reflectidos no balanço, relativos à aquisição de bens e serviços, como segue:

Euro Revamping da Caldeira de Recuperação 2.369.550

Nova Prensa para Eop 1.512.000

Ecofiltro III 1.107.305

Sistema de Controlo Bobina III 1.561.183

Sistema de Recuperação de Sulfato e Remoção de Cloro 725.082

Outros 4.185.821

11.460.941 32. GARANTIAS PRESTADAS

Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, as responsabilidades assumidas perante terceiros, por garantias bancárias, tinham a seguinte composição:

31 Dez 2007 31 Dez 2006

Alfândega de Setúbal 2.235.036 839.731

Direcção Geral dos Impostos 1.787.014 -

IAPMEI - Empréstimos a fundo perdido 1.343.343 1.343.343

SIMRIA 514.361 514.361

INGA - 289.804

Outros 3.247 3.247

5.883.001 2.990.486

As garantias bancárias prestadas à Direcção Geral de Contribuições e Impostos detalham -se como segue:

31 Dez 2007 31 Dez 2006

Liquidações adicionais IRC - 2003 1.032.317 -

Liquidações adicionais - Retenções na fonte 2004 470.482 -

Liquidações adicionais de IVA - 2004 284.215 -

1.787.014 -

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34. MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, os movimentos ocorridos nas rubricas de provisões detalham -se como segue:

Saldo inicial Aumento Redução Transferências

Saldo final

Provisões para regul. de activos incorporeos - - (1.398.613) 1.398.613 -

Provisões para regul. de activos corporeos 1.326.678 836.334 (480.466) - 1.682.546

Processos judiciais em curso 1.245.701 218.621 (699.936) - 764.386

Processos fiscais 12.126.128 11.330.294 (118.687) 2.547.555 25.885.290

Outras provisões 11.914.170 10.946.053 (10.554.129) (2.547.555) 9.758.539

26.612.677 23.331.302 (13.251.830) 1.398.613 38.090.761

O movimento ocorrido nas rubricas de provisões durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, analisa-se como segue:

Saldo inicial Aumento Redução Transferências

Saldo final

Provisões para regul. de activos incorporeos 119.518 - (4.209.932) 4.090.414 -

Provisões para regul. de activos corporeos 1.807.144 - (480.466) - 1.326.678

Processos judiciais em curso 1.399.811 225.328 (379.438) - 1.245.701

Processos fiscais - 11.983.232 - 142.896 12.126.128

Outras provisões 265.098 11.914.170 (122.202) (142.896) 11.914.170

3.591.571 24.122.730 (5.192.038) 4.090.414 26.612.677

O saldo da provisão para regularização de activos corpóreos inclui (i) o montante de Euro 604.590 relacionado com a parcela ainda não utilizada da provisão constituída em 2000, na sequência da aquisição pela Portucel do capital social da Papéis Inapa, S.A. , entretanto incorporada na Portucel, e que se destina a fazer face a perdas a incorrer com regularizações dos activos e materialização de eventuais responsabilidades daquela empresa, (ii) o montante de Euro 241.622, que corresponde à estimativa de perdas permanentes no valor dos equipamentos fabris de Cacia em 31 de Dezembro de 2007 e (iii) o montante de Euro 836.334 que corresponde à estimativa de perdas permanentes no valor das Caldeiras 3 e 7 da fábrica de papel de Setúbal em 31 de Dezembro de 2007.

Em 31 de Dezembro de 2007 as provisões para processos fiscais incluem contingências fora de Portugal em sede de IVA, bem como, em Portugal, de IVA e IRC.

Por seu turno, o reforço das Outras provisões respeitam essencialmente a benefícios complementares de Segurança Social para o pessoal

A redução verificada no período nas provisões foi registada na demonstração dos resultados por naturezas nas rubricas de Reversões de amortizações e ajustamentos e de Redução de provisões (Proveitos extraordinários).

36. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL

A Portucel é uma sociedade Aberta com acções cotadas no Euronext Lisboa.

Em 31 de Dezembro de 2007, o capital social da Portucel, encontrava-se totalmente subscrito e realizado, sendo representado por 767.500.000 acções com o valor nominal de Euro 1 cada, das quais 60.500 correspondem a acções próprias (valor nominal).

Durante os exercícios de 2007 e 2006 não se verificou qualquer movimento nesta rubrica.

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37. IDENTIFICAÇÃO DAS PESSOAS COLECTIVAS COM CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, as pessoas colectivas que detinham posições de valor igual ou superior a 20% do capital eram as seguintes:

31 Dez 2007 31 Dez 2006 Seinpar – Investments, BV 36,63% - Seinpart – Participações, SGPS, S.A. (ver Nota 53) 30,08% 30,08% Semapa SGPS 7,22% 3,03% Outras entidades do Grupo Semapa 1,26% 2,08% Outros accionistas 24,81% 28,18% Semapa – Investments, BV - 36,63% 100,00% 100,00%

Em 31 de Dezembro de 2007 as acções representativas do capital social estavam cotadas pelo valor de Euro 2,26, a que corres ponde um “market value” de Euro 1.734.550.000

40. MOVIMENTO OCORRIDO NAS RUBRICAS DE CAPITAL PRÓPRIO O movimento ocorrido nas rubricas de capital próprio durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 foi como segue:

Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições Transferências Saldo final

Capital 767.500.000 - - - 767.500.000

Acções próprias - Valor nominal (60.500) - - - (60.500)

Acções próprias - Descontos e prémios 6.821 - - - 6.821

Ajustamentos de partes de capital em filiais

e associadas (Nota 16) (42.758.463) 17.243.415 (6.311.241) (248.335) (32.074.623)

Reservas de reaval iação (Nota 13) 15.738.948 2.811.565 - (5.835.230) 12.715.283

Reservas:

Reservas legais 26.254.373 - - 4.546.482 30.800.855

Reservas estatutárias 52.934.256 - - - 52.934.256

Outras reservas (3.003.047) - - - (3.003.047)

Resultados transitados 180.880.964 4.527.274 (3.770.996) 31.839.004 213.476.246

Resultado líquido do período 90.929.641 123.874.834 - (90.929.641) 123.874.834

Dividendos antecipados - - (53.720.765) - (53.720.765)

1.088.422.993 148.457.088 (63.803.002) (60.627.720) 1.112.449.360

Por deliberação da Assembleia Geral da Portucel, realizada em 14 de Março de 2007, a aplicação do resultado líquido do exercício de 2006 foi como segue, apresentando-se igualmente a informação relativa à aplicação do resultado líquido do exercício de 2005:

2006 2005 Reservas legais 4.546.482 2.959.760 Reservas estatutárias - 5.623.546 Resultados transitados 25.755.438 10.321.336 Distribuição de dividendos 60.627.721 40.290.574 90.929.641 59.195.216

Ajustamentos de partes de capital em empresas filiais e associadas A rubrica Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas reflecte o efeito da utilização do método da equivalência patrimonial como critério de registo das participações financeiras detidas pela Portucel (ver Nota 16).

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Reserva de reavaliação

A reserva de reavaliação decompõe-se da seguinte forma:

31 Dez 2007 31 Dez 2006 Reavaliação do imobilizado corpóreo (ver Notas 12 e 13) 5.486.055 11.939.818 Imposto diferido (525.789) (1.144.322) Reserva de justo valor dos instrumentos financeiros derivados (ver Notas 3n) e 52), líquida de imposto diferido 7.755.017 4.943.452

12.715.283 15.738.948

A reserva de reavaliação e o montante transferido para resultados transitados relativo a valores realizados até essa data, quer pela alienação quer pelo uso dos bens, no montante de Euro 39.045.375, não estão disponíveis para distribuição (em 2007 foram transferidos Euro 5.835.230). As variações verificadas nesta rubrica, líquidas de imposto diferido, correspondem ainda ao movimento na reserva de justo valor relacionada com os instrumentos financeiros derivados, na sequência da aplicação do tratamento contabilístico referido na Nota 3 n) (ver Nota 52).

Reservas legais A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinada ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

Reservas estatutárias Até 2006, os Estatutos da Empresa dispunham que pelo menos 10% do resultado líquido anual deveriam ser aplicados na constituição ou reforço de uma reserva especial destinada à estabilização de dividendos. Em 2006 os Estatutos da Empresa foram alterados e deixaram de prever a constituição ou reforço daquela reserva.

Outras reservas O saldo da rubrica de Outras reservas corresponde à diferença apurada em 1 de Janeiro de 2000 entre o valor de aquisição da Papéis Inapa, S.A. e o valor dos seus capitais próprios ajustados, a qual, na sequência da operação de fusão em que esta empresa foi incorporada na Portucel, veio a ser classificada como reserva de fusão.

Resultados transitados

Os movimentos ocorridos nesta rubrica nos exercício findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 foram os seguintes:

2007 2006

Aumentos Diminuições Aumentos Diminuições

Perdas / ganhos actuariais apurados na avaliação das responsabilidades com benefícios pós-emprego (Nota 31) 3.628.252 - 2.680.622 -

Impostos diferidos relativos às perdas/ actuariais apuradas na avaliação das responsabilidades com benefícios de reforma pós-emprego (Nota 6) (973.432) - (710.365)

Transferência de parte do resultado do exercício anterior 25.755.439 - 10.321.336 - Realização da reserva de reavaliação pela amortização dos activos reavaliados 6.453.763 - 4.159.627 - Efeito dos impostos diferidos relativos à reserva de reavaliação pela amortização dos activos reavaliados (Nota 6) - (618.533) (457.559) Realização por venda das participações de ajustamentos de partes de capital em filiais e afiliadas 248.335 - - (28.077) Regularização da reversão da imparidade da S.P.C.G. registada em ajustamentos de partes de capital (1.898.543) - -

36.085.789 (3.490.508) 17.161.585 (1.196.001)

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Demonstrações financeiras consolidadas

Por via das disposições legais em vigor, as demonstrações financeiras individuais da Portucel são preparadas de acordo com os Princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal (PCGAP). No entanto, para efeitos de apresentação das demonstrações financeiras consolidadas ao Mercado, a Empresa utiliza as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) conforme adoptadas na União Europeia.

Em 31 de Dezembro de 2007, a reconciliação entre estes dois conjuntos de princípios contabilísticos analisa-se como segue:

Capital / Lucros retidos

Lucros retidos do período Total

Demonstrações financeiras individuais (PCGAP)

988.574.526

123.874.834

1.112.449.360

Reavaliação de activos fixos tangíveis

35.566.068

29.388.768

64.954.836

Outros ajustamentos

(1.848.174)

688.460

(1.159.714)

Interesses minoritários

(237.401)

-

(237.401)

1.022.055.019 153.952.062 1.176.007.081

Sendo as demonstrações financeiras individuais as relevantes do ponto de vista de determinação da capacidade distributiva da empresa, essa capacidade é medida tendo por base os lucros retidos e outras reservas calculadas de acordo com os PCGAP.

Em 31 de Dezembro de 2007, o montante distribuível aos accionistas ascendia a Euro 256.247.777, detalhados como segue:

Valor distribuível

aos accionistas

Outras reservas 49.931.209

Lucros retidos de exercícios anteriores 142.356.241

192.287.450

Resultado líquido do exercício 123.874.834

Dividendos antecipados (53.720.765)

Reserva legal (6.193.742)

63.960.327

256.247.777

As diferenças apresentadas entre as demonstrações financeiras individuais (preparadas de acordo com os PCGAP) e as demonstrações financeiras consolidadas (preparadas de acordo com os IFRS) resultam essencialmente do facto de que a determinação da vida útil dos activos fixos tangíveis para efeitos nas últimas ter por base uma avaliação técnica independente realizada em exercícios anteriores que resultou na extensão dessas vidas úteis comparativamente às que são utilizadas na preparação das primeiras.

41. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS

O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, foi determinado como segue:

2007 2006 Existências iniciais 33.223.510 43.789.161 Compras 250.780.630 173.636.874 Regularização de existências 1.319.891 2.530.364 Existências finais (45.481.744) (33.223.510)

239.842.287 186.732.889

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42. VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO A variação da produção durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 foi determinada como segue:

Produtos acabados e

intermédios Subprodutos, desperdícios,

resíduos e refugos Produtos e trabalhos em

curso Total

2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006

Existências finais 14.188.696 14.955.963 245.667 484.243 3.767.369 4.043.515 18.201.732 19.483.721

Regularizações 865.405 2.594.971 - - - - 865.405 2.594.971

Existências iniciais (14.955.963) (14.844.870) (484.243) (286.200) (4.043.515) (5.996.950) (19.483.721) (21.128.020)

Aumento/(redução) no período 98.138 2.706.064 (238.576) 198.043 (276.146) (1.953.435) (416.584) 950.672

O custo das vendas e das prestações de serviços, relevado na demonstração dos resultados por funções, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, foi determinado como segue:

Mercadorias

Produtos acabados e intermédios

Subprodutos, desperdícios,

resíduos e refugos

Prestações de serviços Total

Existências iniciais - 14.955.963 484.243 - 15.440.206

Compras/entradas provenientes da produção 4.096.674 537.797.942 24.375.596 33.494.109 599.764.321

Regularização de existências - (218.919) - - (218.919)

Saídas para a produção e imobilizado - (193.528.155) (24.614.172) - (218.142.327)

Existências finais - (14.188.696) (245.667) - (14.434.363)

Custo das vendas e prestações de serviços 4.096.674 344.818.135 - 33.494.109 382.408.918

A mesma análise, com referência a 31 de Dezembro de 2006, detalha-se como segue:

Mercadorias

Produtos acabados e intermédios

Subprodutos, desperdícios,

resíduos e refugos

Prestações de serviços Total

Existências iniciais 182.006 14.844.870 286.200 - 15.313.076

Compras/entradas provenientes da produção 5.847.338 470.517.434 26.403.887 31.432.196 534.200.855

Regularização de existências - (67.630) - - (67.630)

Saídas para a produção e imobilizado - (154.364.624) (26.205.844) - (180.570.468)

Existências finais - (14.955.963) (484.243) - (15.440.206)

Custo das vendas e prestações de serviços 6.029.344 315.974.087 - 31.432.196 353.435.627

43. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

As remunerações atribuídas aos órgãos sociais da Empresa, exluindo prém ios de desempenho, durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, foram as seguintes:

2007 2006 Conselho de Administração 760.378 1.053.685 ROC 56.700 54.422 Conselho Fiscal 70.565 - Assembleia Geral 5.500 -

893.143 1.108.107

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44. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS A Portucel encontra-se organizada em duas áreas, uma associada à produção de pasta de papel e a outra à produção de papéis de impressão e escrita. Estas duas áreas são a base para o relato da informação segmental principal da Empresa. A pasta de papel é produzida em duas fábricas, localizadas em Setúbal e em Cacia e os papéis de impressão e escrita são produzidos em Setúbal numa fábrica localizada junto da fábrica de pasta de papel. Na produção de papel a principal matéria prima é a pasta, sendo consumida uma parte da produção própria de pasta. As vendas de ambos os produtos (pasta e papel) destinam -se essencialmente ao mercado externo.

Os investimentos financeiros da Portucel incluem uma participação de 100% no capital da Soporcel, empresa que produz igualmente papel de impressão e escrita, consumindo na sua produção a quase totalidade da produção própria de pasta.

A informação financeira do exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 relativa aos segmentos de negócio analisa-se como segue:

Pasta Papel Eliminações Total

Réditos

Vendas e prestações de serviços - Externas 259.527.184 213.117.104 - 472.644.288

Vendas e prest. de serviços - Intersegmental 62.499.429 - (62.499.429) -

Vendas e prestações de serviços - Não imputados - - - 50.851.055

322.026.612 213.117.104 (62.499.429) 523.495.343

Resultados

Resultados segmentais 69.664.643 25.341.459 - 95.006.102

Custos não imputados - - - (58.791.409)

Resultados operacionais * - - - 36.214.693

Custo de financiamento - - - (58.920.246)

Proveitos financeiros - - - 25.812.620

Ganhos (perdas) em filiais e associadas 3.250.552 123.798.969 - 127.049.521

Ganhos (perdas) em filiais e associadas não imputados - - - 3.914.558

Impostos sobre os resultados correntes - - - (10.196.312)

Resultados de actividades segmentais - - - 123.874.834

Resultados extraordinários * - - - -

Resultados extraordinários não imputados* - - - -

Impostos sobre os resultados extraordinários - - - -

Resultado líquido - - - 123.874.834

Outras informações

Activos do segmento 284.558.796 153.803.416 - 438.362.212

Investimentos financeiros 90.453.599 792.534.733 - 882.988.333

Activos da Empresa não Imputados - - - 795.946.437

Activos totais 375.012.395 946.338.149 2.117.296.982

Passivos do segmento - - - -

Passivos da Empresa não Imputados - - - 1.004.847.622

Passivos totais - - - 1.004.847.622

Dispêndio de Capital Fixo 9.921.855 4.190.221 - 14.112.076

Dispêndio de Capital Fixo não imputado - - - 1.003.165

Depreciações (41.241.445) (21.068.757) - (62.310.202)

Depreciações não imputadas - - - (3.155.314)

* Apresentação conforme demonstração dos resultados por funções (ver Nota 54).

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

A informação financeira de 2006 relativa a segmentos de negócio é a seguinte:

Pasta Papel Eliminações Total

Réditos

Vendas e prestações de serviços - Externas 255.803.755 199.308.092 - 455.111.847

Vendas e prest. de serviços - Intersegmental 85.444.420 - (85.444.420) -

Vendas e prestações de serviços - Não imputados - - - 37.686.017

341.248.175 199.308.092 (85.444.420) 492.797.864

Resultados

Resultados segmentais 92.120.314 (13.968.577) - 78.151.737

Custos não imputados - - - (24.783.358)

Resultados operacionais * - - - 53.368.379

Custo de financiamento - - - (46.334.931)

Proveitos financeiros - - - 15.580.277

Ganhos (perdas) em filiais e associadas (4.545.565) 82.679.056 - 78.133.491

Ganhos (perdas) em filiais e associadas não imputados - - - 390.689

Impostos sobre os resultados correntes - - - (10.208.264)

Resultados de actividades segmentais - - - 90.929.641

Resultados extraordinários * - - - -

Resultados extraordinários não imputados* - - - -

Impostos sobre os resultados extraordinários - - - -

Resultado líquido - - - 90.929.641

Outras informações

Activos do segmento 311.350.871 172.313.995 - 483.664.866

Investimentos financeiros 84.513.250 1.104.209.671 - 1.188.722.921

Activos da Empresa não imputados - - - 290.831.673

Activos totais 395.864.121 1.276.523.666 - 1.963.219.460

Passivos do segmento 11.469.619 2.746.266 - 14.215.885

Passivos da Empresa não Imputados - - - 860.580.582

Passivos totais 11.469.619 2.746.266 - 874.796.467

Dispêndio de Capital Fixo 11.939.848 932.870 - 12.872.718

Dispêndio de Capital Fixo não imputado - - - 2.166.521

Depreciações (46.385.882) (24.288.499) - (70.674.381)

Depreciações não imputadas - - - (4.219.713)

* Apresentação conforme demonstração dos resultados por funções (ver Nota 54).

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A informação relativa à distribuição das vendas e das prestações de serviços por mercados geográficos é a seguinte:

PASTA PAPEL TOTAL

2007 2006 2007 2006 2007 2006

Internas - Portugal 24.549.175 11.643.304 24.150.862 25.652.339 48.700.037 37.295.643

Europa 221.540.163 237.246.981 186.981.398 151.098.771 408.521.561 388.345.752

Américas 8.983.759 - 351.737 - 9.335.496 -

Overseas 4.454.087 6.913.470 1.633.107 22.556.982 6.087.194 29.470.452

259.527.184 255.803.755 213.117.104 199.308.092 472.644.288 455.111.847

45. DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS

Os resultados financeiros para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, têm a seguinte composição:

Custos e perdas 2007 2006

Juros suportados com empréstimos bancários (Nota 48) 1.247.360 1.006.098

Juros suportados com empréstimos obrigacionistas (Nota 48) 35.892.284 27.510.367

Juros suportados com empréstimos obtidos de partes relacionadas (Nota 51) 414.369 158.422

Outros juros suportados , incluindo compensatórios 9.778.753 627.666

Perdas em empresas do grupo e associadas (Notas 6 e 16) 726.564 3.216.197

Diferenças de câmbio desfavoráveis 3.240.711 3.335.332

Descontos de pronto pagamento concedidos 606.044 5.501.681

Outros custos e perdas financeiros 7.740.726 8.195.365

59.646.810 49.551.128

Resultados financeiros 97.856.453 47.769.526

157.503.263 97.320.654

Proveitos e ganhos

Juros obtidos com empréstimos concedidos a partes relacionadas (Nota 51) 1.499.304 2.624.958

Juros obtidos com outros empréstimos concedidos 2.665.718,86 580.297

Ganhos em empresas do grupo e associadas (Notas 6 e 16) 131.690.643 81.740.377

Rendimento de títulos negociáveis 8.542.913 1.944.040

Diferenças de câmbio favoráveis 2.412.535 2.969.106

Descontos de pronto pagamento obtidos 64.162 105.792

Outros proveitos e ganhos financeiros 10.627.987 7.356.084

157.503.263 97.320.654

Os montantes incluídos nas rubricas ganhos e perdas em empresas do grupo e associadas referem -se ao reconhecimento pelo método da equivalência patrimonial dos resultados apurados pelas subsidiárias no exercício.

Em 31 de Dezembro de 2007 os outros custos e perdas financeiros e os outros proveitos e ganhos financeiros incluem Euro 6.323.942 e Euro 10.591.253, respectivamente, relativos aos instrumentos financeiros derivados contratados pela Empresa (ver Nota 52).

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46. DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS Os resultados extraordinários dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 têm a seguinte composição:

2007 2006 Custos e perdas Donativos 361.727 293.639 Dívidas incobráveis 682.126 7.114 Perdas em existências 555.273 2.413 Perdas em imobilizações corpóreas (Nota 6) 6.575 1.789 Multas e penalidades 6.002 338.038 Correcções relativas a exercícios anteriores 8.156 4.055 Amortizações do exercício (Nota 10) 980.032 1.646.151 Insuficiência na estimativa para impostos 4.447.652 474.032 Outros custos e perdas extraordinários (Nota 28) 18.445.622 7.001 25.493.165 2.774.232 Resultados extraordinários (5.747.629) (491.345) 19.745.536 2.282.887

Proveitos e ganhos: Ganhos em existências 1.261.179 213.202 Ganhos em investimentos financeiros (Nota 16) 168.116 - Ganhos em imobilizações corpóreas (Nota 6) 143.036 34.904 Alienação de licenças de emissão de CO2 51.840 - Redução de provisões (Nota 34) 11.236.254 9.887 Correcções relativas a exercícios anteriores 566.288 292.703 Subsidios ao investimento (Nota 50) 6.160.779 1.571.681 Outros proveitos e ganhos extraordinários 158.044 160.510 19.745.536 2.282.887

Em 2007 e em 2006, os proveitos e ganhos extraordinários incluem o reconhecimento em resultados da parcela dos subsídios ao investimento transferida da rubrica de Proveitos diferidos, em conformidade com o procedimento descrito na Nota 3 k) (ver Nota 50). Por outro lado, foram reclassificados para custos extraordinários Euro 980.032 (2006: 1.646.151) relativos a amortização de activos financiados por esses incentivos.

Atendendo à fase de desenvolvimento dos projectos, a Empresa reconheceu até 31 de Dezembro de 2007 ganhos com os incentivos financeiros relativos à utilização dos investimentos elegíveis de Euro 6.160.779.

O valor de Euro 4.447.652 referente à insuficiência na estimativa para impostos inclui Euro 1.635.949 relativos a insuficiência na estimativa de imposto do exercício de 2006, Euro 1.078.403 relativos a liquidações adicionais de imposto (ano de 2004) e ainda Euro 1.733.300 relativos a Imposto apurado na declaração de substituição referente ao exercício de 2003.

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48. DÍVIDAS A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31 Dez 2007 31 Dez 2006

Curto prazo Médio e longo

prazo Total Curto prazo Médio e longo

prazo Total

Empréstimos obrigacionistas 25.000.000 675.000.000 700.000.000 - 700.000.000 700.000.000

Empréstimos de médio e longo prazo 3.142.170 21.857.830 25.000.000 - 25.000.000 25.000.000

Descobertos bancários 4.033.919 - 4.033.919 354.143 - 354.143

Empréstimos de curto prazo 28.500.000 - 28.500.000 - - -

Financiamento do IAPMEI 40.576 - 40.576 81.150 40.576 121.726

60.716.665 696.857.830 757.574.495 435.293 725.040.576 725.475.869

Empréstimos obrigacionistas

No decurso de 2005, o Grupo contraiu cinco empréstimos obrigacionistas, remunerados a taxa variável indexada à Euribor 6 meses, acrescido de um prémio de risco de mercado, num montante total de Euros 700.000.000, os quais serão reembolsados numa única prestação e detalham -se conforme segue:

Designação Montante Data de emissão Data de reembolso Index rate

Portucel 2005/2010 300.000.000 Março de 2005 Março de 2010 Euribor 6m

Portucel 2005/2013 200.000.000 Maio de 2005 Maio de 2013 Euribor 6m

Portucel 2005/2012 150.000.000 Outubro de 2005 Outubro de 2012 Euribor 6m

Portucel 2005/2008 25.000.000 Dezembro de 2005 Dezembro de 2008 Euribor 6m

Portucel 2005/2010 II 25.000.000 Dezembro de 2005 Dezembro de 2010 Euribor 6m

700.000.000

Os empréstimos de Euro 300.000.000 e Euro 150.000.000 encontram-se cotados na Euronext Lisboa sob as designações de “Obrigações Portucel 2005 / 2010” e “Obrigações Portucel 2005 / 2012”. O valor unitário destes títulos em 31 de Dezembro de 2007 era de Euro 100,71 e Euro 100,26 respectivamente (2006: Euro 100,00 e Euro 100,25 respectivamente).

Empréstimos de Médio e Longo Prazo Em Janeiro de 2005 foi contraído um empréstimo bancário de Euro 25.000.000, por um período de 7 anos. O reembolso será efectuado em 8 prestações semestrais, vencendo-se a primeira em Julho de 2008. O empréstimo vence juros à taxa equivalente à EURIBOR para seis meses acrescida de um spread.

Descobertos bancários

Os descobertos bancários correspondem a contas correntes que vencem juros a taxas correntes de mercado.

Empréstimos de curto prazo No final do ano foram também efectuadas operações de Hot Money no valor de Euro 28.500.000, as quais vencem juros a taxas correntes de mercado.

Financiamento do IAPMEI Este financiamento, obtido no âmbito do PEDIP corresponde a um empréstimo com o valor inicial de Euro 406.000, reembolsável em prestações semestrais iguais no período compreendido entre 2003 e 2008 e não vence juros.

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49. OUTROS DEVEDORES E CREDORES Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, estas rubricas tinham a seguinte composição:

Saldo devedor Saldo credor

31 Dez 2007 31 Dez 2006 31 Dez 2007 31 Dez 2006

Empresas do grupo e associadas (Nota 51) 35.486.264 5.061.571 3.532.523 2.279.107 Justo valor dos instrumentos fin. Derivados (Nota 52) 13.038.984 12.990.973 284.968 1.421.511

Licenças de emissão de CO2 (Nota 10 e 53) - - 1.462 461.938

Pessoal (Nota 25) 141.770 163.402 344.583 309.309

AICEP (Nota 50) 36.794.508 - - -

Outros 4.641.542 278.909 3.096.106 2.210.394

90.103.068 18.494.855 7.259.642 6.682.259

Em 31 de Dezembro de 2007, o saldo a receber de empresas do grupo e associadas regista essencialmente Euro 35.211.141,14 relativos à responsabilidade com o imposto sobre o rendimento apurada no exercício numa base individual por cada uma das empresas abrangidas pela aplicação do regime especial de tributação de grupos de sociedades, a liquidar pela Portucel (ver Nota 28).

50. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 os saldos destas rubricas apresentavam a seguinte composição:

31 Dez 2007 31 Dez 2006

Acréscimos de proveitos

Juros a receber 438.574 51.887

Indemnização por sinistro

- 682.126

Outros 724.665 254.073

1.163.239 988.086

Custos diferidos

Encargos com emissão de obrigações 4.759.349 5.850.019

Custos imputáveis a existências 532.727 329.566

Grandes reparações

- 603.308

Encargos suportados com empréstimos bancários 86.071 107.500

Outros 115.284 7.123

5.493.431 6.897.516

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31 Dez 2007 31 Dez 2006

Acréscimos de custos

Fundo de pensões (Notas 3i) e 31) 1.022.069 6.297.781

Prémios de reforma (Notas 3i) e 31) 2.547.555

Encargos com férias, subsídio de férias e prémios 9.821.403 8.009.344

Juros a liquidar 6.499.037 6.508.447

Juros compensatórios - IVA 9.929.182

-

Comissões 37.509 994.181

Descontos de vendas 386 7.349

Descontos financeiros 437.424

-

Diversos f ornecimentos e serviços prestados por terceiros 2.784.581 3.213.308

33.079.146 25.030.410

Proveitos diferidos

Subsídios ao investimento:

Programa Estratégico de Dinamização e Modernização da

Indústria Portuguesa 1.012.727 1.796.076

AICEP 31.613.761

-

Outros 391.467 570.256

33.017.955 2.366.332

Licenças de emissão de CO2 (ver Nota 10 e 53) - 55.594

33.017.955 2.421.926

Os encargos incorridos com a emissão de empréstimos obrigacionistas são diferidos, sendo reconhecidos na demonstração dos resultados pela parte proporcional correspondente ao período decorrido.

A rubrica de Encargos com férias, subsídio de férias e prémios inclui Euro 3.747.865 (2006: Euro 3.450.944) referente à especialização de prémios.

Os descontos de vendas referem -se a descontos atribuídos a clientes e revendedores em função do volume de vendas no exercício, os quais são processados e liquidados no exercício seguinte.

A estimativa para custos com fornecimentos e serviços prestados por terceiros refere-se essencialmente a valores a pagar relacionados com energia, matérias consumidas e serviços prestados .

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, a rubrica Subsídios ao investimento apresentou o seguinte movimento:

2007 2006 Saldo inicial 2.366.333 3.917.007 Subsídio recebido no exercício 17.893 21.006

Estimativa de subsídio a receber (Nota 49) 36.794.508

- Subsídios reconhecidos nos resultados (Nota 46) (6.160.779) (1.571.681)

Saldo final 33.017.955 2.366.332

Em 12 de Julho de 2006 foi celebrado entre a Portucel e a API – Agência Portuguesa para o Investimento, dois contratos de investimento, em curso, que compreendem incentivos financeiros no montante de Euro 55.205.270. Estes contratos foram homologados pela Comissão Europeia em 2007.

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51. SALDOS E TRANSACÇÕES COM PARTES RELACIONADAS Os saldos em 31 de Dezembro de 2007 e as transacções efectuadas durante o exercício findo naquela data com as principais empresas do Grupo Portucel Soporcel, associadas e outras empresas relacionadas, sumarizam -se como segue:

Activo Passivo

Clientes conta

corrente

Empresas do grupo-curto

prazo Outros

devedores Fornecedores

Empresas do grupo-curto

prazo Outros

credores Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. 4.985.171 1.222.738 34.250.970 685.471 - - Soporcel – Gestão de Participações Sociais, SGPS, S.A. 3.953 - - - 566.274 340 Portucel Florestal - Empresa de Desen volvimento Agro-Florestal,S.A. 224.186 9.027 - 3.613.087 - -

Arboser - Serviços Agro-Industriais, S.A. 163.432 - 61.975 1.605.833 73.742 - Setipel - Serviços Técnicos para a Indústria Papeleira, S.A. - - 3.274 - 111.240 -

Socortel - Sociedade de Corte de Papel, S.A. 13.790 57.132 10.790 - - - Enerpulp - Cogeração Energética de Pasta, S.A. 8.670.275 973.258 589.176 5.577.800 - - Aliança Florestal - Sociedade para o Desenvolvimento Agro-Florestal, S.A. 278.921 - 14.256 1.849.050 - -

Viveiros Aliança, S.A. 19.540 - 1.365 20.074 - - Sociedade de Vinhos da Herdade de Espirra - Produção e Comercialização de Vinhos, S.A. 22.649 - - 21.082 - - Raiz Instituto de Investigação da Floresta e do Papel 26.043 - - (990.000) - - Tecnipapel - Sociedade de Transformação e Distribuição de papel, Lda - - 210 - 116.890 - SPCG - Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, S.A. 308.621 - - - - 3.789 Portucel Soporcel Papel - Sales e Marketing, ACE 150.453 930.966 - 481.592 - - EMA 21 - Engenharia e Manutenção Industrial Século XXI, S.A. 941.960 33.524 104.897 1.311.048 - - EMA Cacia - Engenh. e Manutenção Industrial ACE - - - 951.765 - - EMA Setúbal - Engenharia e Manut. Industrial ACE - - - 2.647.530 - - EMA Figueira - Engenharia e Manut. Industrial ACE - - - - - - Enerforest-Empresa de Biomassa para Energia, S.A. 44.786 - 92.289 - - - About the Future, Empresa Prod. Dd Papel, S.A. 21.686 17.102.545 - - - -

Headbox - Operação e Controlo Industrial, S.A. - 15.637 3.586 118.920 - - Soporcel 2000 - Serviços Comerciais de Papel, Sociedade Unipessoal, Lda 19.245 - 25.356 - - 27.925

Empremédia - Correctores de Seguros, Lda - - 36.257 - - - Cofotrans - Empresa de Exploração Florestal, S.A. - - 10.841 - - -

Soporcel España S.A. - - - - - 100.232

Soporcel France EURL - - - - - 18.727

Soporcel Deutschland, GmbH - - - - - 16.980 Semapa - Soc. de Investimentos e Gestão, SGPS, S.A. - - - 66.549 - 3.250.000

ImpactValue SGPS, S.A. - - - - - 199

PortucelSoporcel Energia, SGPS, S.A. - - - - 937.386 178

PortucelSoporcel Papel, SGPS, S.A. - 1.099 - - - 200

PortucelSoporcel Participações, SGPS, S.A. - 1.099 65.119 - - 200 Aflotrans - Empresa de Exploração Florestal, Lda - - 1.181 - - - Aflomec - Empresa de Exploração Florestal, S.A. - - 1.839 - - - Cut paper - Transf., Corte e Embalag. de Papel, ACE 5.688 - - - - -

Outras 5.390 3.528 212.881 347.892 - 113.752

15.905.788 20.350.553 35.486.264 18.307.693 1.805.531 3.532.523

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

Os saldos a pagar e a receber com empresas do grupo a curto prazo, vencem juros a taxas correntes de mercado.

Transacções

Compras

Fornecimentos e serviços externos

Juros e custos

similares Vendas Prestações de

serviços Proveitos

suplementares

Juros e proveitos similares

Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. 560.809 2.229.410 - (28.193.391) (3.512.946) (697.680) (1.223.601) Soporcel – Gestão de Participações Sociais, SGPS, S.A. - - 14.983 - (3.267) - (863) Portucel Florestal - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal,S.A. 10.385.933 10.836 - - (185.182) (233.165) -

Arboser - Serviços Agro-Industriais, S.A. - 5.869.350 73.886 - (189.562) (723.358) - Setipel - Serviços Técnicos para a Indústria Papeleira, S.A. - - 4.176 - - - -

Socortel - Sociedade de Corte de Papel, S.A. - - 801 - (11.397) - - Enerpulp - Cogeração Energética de Pasta, S.A. - 33.771.329 218.755 - (17.346.771) (55.352.946) - Aliança Florestal - Sociedade para o Desenvolvimento Agro-Florestal, S.A. 20.655.446 279.744 - - (307.053) (12.090) -

Viveiros Aliança, S.A. - 107.263 - - (16.149) - - Sociedade de Vinhos da Herdade de Espirra - Produção e Comercialização de Vinhos, S.A. - 45.064 - - (18.718) (1.000) - Raiz Instituto de Investigação da Floresta e do Papel - 2.351.031 - - (279.695) - (11.293) Tecnipapel - Sociedade de Transformação e Distribuição de papel, Lda - - 14.682 - - - - SPCG - Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, S.A. - 10.075.989 - - (47.753) (502.137) (153.974)

Portucel International Trading, S.A. - 322.179 - - - - - Portucel Soporcel Papel - Sales e Marketing, ACE - 1.748.587 - - (1.527.289) - (26.155) EMA 21 - Engenharia e Manutenção Industrial Século XXI, S.A. - 5.084.710 73.869 - (8.680.165) (38.856) - EMA Cacia - Engenh. e Manutenção Industrial ACE - 5.088.409 - - - - - EMA Setúbal - Engenharia e Manut. Industrial ACE - 13.952.294 - - - - - EMA Figueira - Engenharia e Manut. Industrial ACE - - - - - - - Enerforest-Empresa de Biomassa para Energia, S.A. - - - - - - - About the Future, Empresa Prod. Dd Papel, S.A. - - - - (17.922) - (73.781)

Headbox - Operação e Controlo Industrial, S.A. - 300.892 1.924 - (13.973) (905) - Soporcel 2000 - Serviços Comerciais de Papel, Soc. Unipessoal, Lda - 293.049 - - (15.877) - -

Empremédia - Correctores de Seguros, Lda - 134.800 - - - - - Cofotrans - Empresa de Exploração Florestal, S.A. - - - - (13.303) - -

Soporcel España S.A. - 662.033 - - - - -

Soporcel France EURL - 470.603 - - - - -

Soporcel North America Inc. - - - - - - -

Soporcel Deutschland, GmbH - 228.622 - - - - -

Soporcel Handels, GmbH - - - - - - -

Soporcel UK, Ltd - 434.936 - - - - - Semapa - Soc. de Investimentos e Gestão, SGPS - - - - - - - Aflotrans - Empresa de Exploração Florestal, Lda - - - - - - - Aflomec - Empresa de Exploração Florestal, S.A. - - - - - - - Cut paper - Transf., Corte e Embalag. de Papel, ACE - - - - (1.175) - -

Bosques do Atlântico, SL 2.731.909 - - - - - -

ImpactValue SGPS, S.A. - - - - - - -

PortucelSoporcel Energia, SGPS, S.A. - - - - - - (1.551)

PortucelSoporcel Papel, SGPS, S.A. - - - - - - -

PortucelSoporcel Participações, SGPS, S.A. - - - - - - -

Outras 522.262 437.827 11.293 - (44.199) (4.419) (8.086)

34.856.359 83.898.957 414.369 (28.193.391) (32.232.396) (57.566.556) (1.499.304)

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

Os saldos em 31 de Dezembro de 2006 e as transacções efectuadas durante o exercício findo naquela data com as principais empresas do Grupo Portucel Soporcel, associadas e outras empresas relacionadas, sumarizam-se como segue:

Activo Passivo

Clientes conta

corrente

Empresas do grupo - curto

prazo Outros

devedores Fornecedores

Empresas do grupo -

curto prazo Outros

credores

Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA 7.030.749 34.702.495 3.149.778 696.817 - -

Soporcel – Gestão de Participações

Sociais, SGPS, SA 7.644 2.850.327 - - - 165

Portucel Florestal - Empresa de Desen-

volvimento Agro-Florestal,SA 135.052 - - 1.504.647 - 4.672

Arboser - Serviços Agro-Industriais, SA 271.969 - 48.245 1.163.662 3.096.773 -

Setipel - Serviços Técnicos para a Indústria

Papeleira, SA 7.644 - - - 107.528 -

Socortel - Sociedade de Corte de Papel, SA 9.794 77.353 252 - - -

Enerpulp - Cogeração Energética de Pasta, SA 7.098.991 2.253.193 1.438.652 3.274.699 - -

Aliança Florestal - Sociedade para o

Desenvolvimento Agro-Florestal, SA 358.890 - 12.620 999.479 - -

Viveiros Aliança, SA 12.163 - 28.811 18.189 - -

Sociedade de Vinhos da Herdade de Espirra

- Produção e Comercialização de Vinhos, SA 34.792 - - 31.062 - -

Raiz Instituto de Investigação da Floresta e do

Papel 94.751 - - - - -

Tecnipapel - Sociedade de Transformação e

Distribuição de papel, Lda 9.592 - - - 112.397 -

SPCG - Sociedade Portuguesa de Co-Geração

Eléctrica, SA 62.650 6.189.877 155.637 1.800.461 - -

Portucel Soporcel Papel - Sales e Marketing, ACE 135.209 120.223 - 163.409 - -

EMA 21 - Engenharia e Manutenção Industrial

Século XXI, SA 2.253.224 285.988 159.044 937.098 - - EMA Cacia - Engenh. e Manutenção Industrial ACE 8.618 - - 964.756 - -

EMA Setúbal - Engenharia e Manut. Industrial ACE 8.618 - - 4.309.371 - - EMA Figueira - Engenharia e Manut. Industrial ACE 8.618 - - - - - Enerforest-Empresa de Biomassa para Energia, SA 49.588 - - - 410.849 172

About the Future, Empresa Prod. Dd Papel, SA - 1.473 - - - -

Headbox - Operação e Controlo Industrial, SA - 6.393 - 63.335 - -

Soporcel 2000 - Serviços Comerciais de Papel,

Soc. Unipessoal, Lda 17.940 - 28.345 - - 378.623

Empremédia - Correctores de Seguros, Lda - - 25.878 - - -

Cofotrans - Empresa de Exploração Florestal, SA 7.644 - - 3.098 - - -

Soporcel España SA - - - 23.839 - 44.786

Soporcel France EURL - - - - - 33.125

Soporcel Deutschland, GmbH - - - - - 16.784

Semapa - Soc. de Investimentos e Gestão, SGPS 104 - - 751.477 - 1.750.000

Aflotrans - Empresa de Exploração Florestal, Lda 7.644 - 6.064 - - -

Aflomec - Empresa de Exploração Florestal, SA 7.644 - 3.151 - - - Cut paper - Transf., Corte e Embalag. de Papel, ACE 7.644 - - - - -

Outras 9.646 2.743 1.996 - - 50.780

17.656.822 46.490.065 5.061.571 16.702.301 3.727.547 2.279.107

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

Transacções

Compras

Fornecimentos e serviços externos

Juros e custos

similares Vendas

Prestações de

serviços Proveitos

suplementares

Juros e proveitos similares

Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. 9.362.063 507.933 - 7.788.285 3.427.829 44.083 1.078.542 Soporcel – Gestão de Participações Sociais, SGPS, S.A. - - - - 6.317 - 884.293 Portucel Florestal - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal,S.A. 10.270.827 - - - 362.161 - -

Arboser - Serviços Agro-Industriais, S.A. - 5.676.852 88.392 - 217.872 688.053 - Setipel - Serviços Técnicos para a Indústria Papeleira, S.A. - - 4.263 - 6.317 - - Socortel - Sociedade de Corte de Papel, S.A. 8.094 28.424 Enerpulp - Cogeração Energét ica de Pasta, S.A. - 29.833.723 14.248 72.701 15.863.677 50.083.555 - Aliança Florestal - Sociedade para o Desenvolvimento Agro-Florestal, S.A. 433.051 2.087.402 - - 363.192 19.688 - Viveiros Aliança, S.A. - 96.068 - - 10.052 - Sociedade de Vinhos da Herdade de Espirra - Produção e Comercialização de Vinhos, S.A. - 36.752 - - 28.754 - - Raiz Instituto de Investigação da Floresta e do Papel - 1.997.020 - - 293.358 - - Tecnipapel - Sociedade de Transformação e Distribuição de papel, Lda - - 10.532 - 7.927 - - SPCG - Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, S.A. - 10.200.922 - - 31.752 510.893 613.137

Portucel International Trading, S.A. - 321.227 - - - - - Portucel Soporcel Papel - Sales e Marketing, ACE 1.473.357 2.373 - 1.517.612 - - EMA 21 - Engenharia e Manutenção Industrial Século XXI, S.A. - 4.018.601 - - 8.581.905 35.467 20.113 EMA Cacia - Engenh. e Manutenção Industrial ACE - 5.025.046 - - 7.122 - - EMA Setúbal - Engenharia e Manut. Industrial ACE - 13.915.092 - - 7.122 - - EMA Figueira - Engenharia e Manut. Industrial ACE - - - - 7.122 - - Enerforest-Empresa de Biomassa para Energia, S.A. - - 38.614 - 42.416 27.406 - About the Future, Empresa Prod. Dd Papel, S.A. - - - - - - - Headbox - Operação e Controlo Industrial, S.A. - 114.854 - - - 139 449 Soporcel 2000 - Serviços Comerciais de Papel, Soc. Unipessoal, Lda - 324.798 - - 14.577 - - Empremédia - Correctores de Seguros, Lda - 134.800 - - - - - Cofotrans - Empresa de Exploração Florestal, S.A. 278.273 - - - 6.317 - -

Soporcel España S.A. - 598.686 - - - - -

Soporcel France EURL - 466.793 - - - - -

Soporcel North America Inc. - 221.244 - - - - -

Soporcel Deutschland, GmbH - 215.740 - - - - -

Soporcel Handels, GmbH - 108.333 - - - - - Semapa - Soc. de Investimentos e Gestão, SGPS - 2.622.797 - - - - - Aflotrans - Empresa de Exploração Florestal, Lda - - - - 6.317 - - Aflomec - Empresa de Exploração Florestal, S.A. - - - - 6.317 - - Cut paper - Transf., Corte e Embalag. de Papel, ACE - - - - 6.317 - -

Outras - 15.499 - - 6.317 - -

20.344.214 80.013.539 158.422 7.860.986 30.836.763 51.409.284 2.624.958

A Arboser presta serviços de movimentação de madeira e pasta nos parques industriais de Setúbal e Cacia. O EMA Cacia, o EMA Setúbal e o EMA Figueira da Foz constituídos em 2006 e participados em 91,15%, 92,56% e 91,47%, respectivamente, pela EMA21 – Engenharia e Manutenção Industrial, S.A., uma subsidiária da Portucel, prestam serviços de manutenção do equipamento fabril da Empresa.

A Enerpulp fornece energia eléctrica e vapor à Portucel utilizando para a sua produção (i) os equipamentos desta última empresa, pagando uma renda que se encontra registada em prestações de serviços e (ii) o vapor cedido pela Portucel cujo proveito se encontra registado na rubrica de Proveitos suplementares. A SPCG fornece energia e vapor à Portucel.

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

52. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS Os instrumentos financeiros derivados analisam -se como segue (Nota 3 n), com referência a 31 de Dezembro de 2007 e de 2006:

31 de Dezembro de 2007

Base Maturidade Tipo Justo valor

EUR 150.000.000 29-Mar-10 cobertura 4.074.151 Swap de taxa de juro EUR 75.000.000 27-Out-10 cobertura 2.479.167

USD 19.206.000 17-Mar-08 negociação 96.264 Forwards cambiais (saldos)

GBP 3.350.000 11-Mar-08 negociação 143.709

USD 81.000.000 31-Mar-08 cobertura 4.406.750 Opções cambiais USD 30.000.000 31-Dez-08 cobertura 1.838.943

Forwards de preços (pasta) EUR 3.056.550 29-Fev-08 cobertura (284.968)

12.754.016

31 de Dezembro de 2006

Base Maturidade Tipo Justo valor

EUR 75.000.000 29-Set-07 cobertura 286.946 Swap de taxa de juro EUR 150.000.000 29-Mar-10 cobertura 4.006.061

EUR 75.000.000 27-Out-10 cobertura 2.292.440

CAP EUR 75.000.000 29-Set-07 negociação (15)

USD 30.471.000 30-Mar-07 negociação 60 Forwards cambiais (saldos)

GBP 1.900.000 9-Mar-07 negociação (21.368)

USD 165.150.000 31-Dez-07 cobertura 4.456.147 Opções cambiais USD 165.150.000 31-Mar-07 cobertura 1.949.380

Forwards de preços (pasta) EUR 15.250.125 31-Mar-07 cobertura (1.400.188)

11.569.463

Tendo por objectivo a gestão do risco de taxa de juro associado aos empréstimos obrigacionistas (ver Nota 48), a Empresa contratou diversos swaps de taxa de juro.

Com o objectivo de gerir o risco cambial associado aos recebimentos dos saldos de clientes em 31 de Dezembro de 2007 e das vendas previstas para o ano de 2008, foram contratados forwards e opções que se vencem ao longo daquele exercício. Os contratos efectuados incluem um prémio pago pela Empresa, que em 31 de Dezembro de 2007 correspondia a Euro 1.963.000 (2006: Euro 4.865.000), ainda não reconhecido em resultados .

Por forma a reduzir o risco associado às flutuações dos preços da pasta das vendas previstas em 2008, foram contratados forwards que se vencem ao longo desse exercício.

Em resultado do tratamento contabilístico aplicado aos instrumentos financeiros derivados que qualificam como de cobertura contabilística, foi registado na reserva de reavaliação o montante de Euro 7.755.017, líquido de imposto diferido (31 de Dezembro de 2006: Euro 4.943.452) (ver Nota 40).

53. INFORMAÇÕES SOBRE MATÉRIAS AMBIENTAIS

Encargos de carácter ambiental No âmbito do desenvolvimento da sua actividade, a Empresa incorre em diversos encargos de carácter ambiental, os quais, dependendo das suas características, estão a ser capitalizados ou reconhecidos como um custo nos resultados operacionais do exercício.

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

Os dispêndios de carácter ambiental incorridos para preservar recursos ou para evitar ou reduzir danos futuros, e que se considera que permitem prolongar a vida ou aumentar a capacidade ou melhorar a segurança ou eficiência de outros activos detidos pela Empresa, são capitalizados. Os dispêndios capitalizados durante o exercício de 2007 e 2006 têm as seguintes características:

Domínios 2007 2006

Caldeira de recuperação 522.552 8.677.506

Outros 1.516.327 622.735

2.038.879 9.300.241

Os dispêndios de carácter ambiental reconhecidos com o um custo nos resultados dos exercícios de 2007 e de 2006 foram os seguintes:

Domínios 2007 2006

Tratamento de efluentes líquidos 6.739.455 6.885.688

Despesas com electrofiltros 799.072 689.765

Reciclagem de materiais 348.709 300.341

Aterro de resíduos sólidos 164.733 182.984

Rede de esgotos 53.007 113.358

Outros 258.246 311.449

8.363.222 8.483.585

Em 31 de Dezembro de 2007 não se encontra registado nas demonstrações financeiras qualquer passivo de carácter ambiental nem é divulgado qualquer contingência ambiental, por ser convicção da Administração da Empresa que não existem a essa data obrigações ou contingências provenientes de acontecimentos passados de que resultem encargos materialmente relevantes para a Empresa.

Licenças de emissão de CO2 No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia comprometeu-se em reduzir, a emissão de gases de efeito de estufa. Neste contexto foi emitida uma Directiva Comunitária que prevê a comercialização das chamadas “Licenças de emissão de CO2”, entretanto transposta para a legislação portuguesa e que é aplicável, desde 1 de Janeiro de 2005, entre outras, à indústria de pasta e papel.

Conforme referido na Nota 3 p) a Empresa passou a adoptar como política contabilística para o registo das “Licenças de emissão de CO2” os critérios definidos na Interpretação Técnica nº 4 da Comissão de Normalização Contabilística. Assim, em 31 de Dezembro de 2007, encontram -se registados no imobilizado incorpóreo, em outros credores e em proveitos diferidos os montantes de Euro 1.462, Euro 1.462 e Euro 0, respectivamente. No decorrer dos exercícios de 2007 e de 2006, a Empresa realizou emissões de 72.060 e 71.287 toneladas de CO2, respectivamente, tendo sido reconhecidos Euro 1.462 em outros custos e perdas operacionais pelas emissões efectuadas no exercício de 2007 e o mesmo montante na rubrica de Subsídios à exploração pelo reconhecimento de proveitos com licenças atribuídas a título gratuito.

Em 31 de Dezembro de 2007, excluindo as licenças correspondentes às emissões do exercício findo nessa data, a Empresa não detém quaisquer licenças de emissão de CO2. Em 7 de Fevereiro de 2008 a Ton de CO2 tinha uma cotação de mercado de Euro 0,02.

O movimento no exercício de 2007 das “Licenças de emissão de CO2” detidas pela Empresa foi o seguinte (toneladas):

2007 2006 Saldo inicial 8.579 8.385 Licenças atribuídas 71.481 71.481 Consumos (72.060) (71.287) Licenças alienadas (8.000) -

Saldo final - 8.579

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

54. DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES

Reconciliação da rubrica de resultados extraordinários evidenciada na demonstração dos resultados por naturezas e na demonstração dos resultados por funções

A demonstração dos resultados por funções foi preparada em conformidade com o estabelecido pela Directriz Contabilística nº 20, a qual apresenta um conceito de resultados extraordinários diferente do definido no Plano Oficial de Contabilidade (POC) para preparação da demonstração dos resultados por naturezas.

Assim, em 31 de Dezembro de 2007, o valor dos custos e perdas extraordinários no montante de Euro 25.493.165 (31 de Dezembro de 2006: Euro 2.774.232) e os proveitos e ganhos extraordinários no montante de Euro 19.745.536 (31 de Dezembro de 2006: Euro 2.282.887), apresentados na demonstração dos resultados por naturezas (ver Nota 46), foram reclassificados, para as rubricas de resultados operacionais. Estas reclassificações proporcionam as seguintes diferenças nas diversas naturezas de resultados:

Demonstração dos resultados em 2007 Demonstração dos resultados em 2006

Por naturezas Reclassificação Por funções Por naturezas Reclassificação Por funções

Resultados operacionais 41.962.321 (5.747.629) 36.214.692 53.859.724 (491.345) 53.368.379

Resultados financeiros 97.856.453 - 97.856.453 47.769.526 - 47.769.526

Resultados correntes 139.818.774 (5.747.629) 134.071.145 101.629.250 (491.345) 101.137.905

Resultados extraordinários (5.747.629) 5.747.629 - (491.345) 491.345 -

Resultado líquido do exercício 123.874.834 - 123.874.834 90.929.641 - 90.929.641

55. ACTIVOS CONTINGENTES

Reclamações /Impugnações

Nos termos do Dec. Lei n.º 36 /93 de 13 de Fevereiro, as dívidas fiscais de empresas privatizadas referentes a períodos anteriores à data da privatização são da responsabilidade do Fundo de Regularização da Dívida Pública. Neste contexto, os valores abaixo, bem como as dívidas pagas e não reclamadas , no montante global de Euro 7.439.173, deverão ser ressarcidas pelo respectivo Fundo. Retenções na fonte

Nos últimos exercícios a Administração Fiscal tem vindo a apresentar liquidações relativas a retenções na fonte alegadamente em falta por não terem sido efectuadas pela Empresa, que se detalhavam como segue, com referência a 31 de Dezembro de 2007 e 2006:

Exercício 31 Dez 2007 31 Dez 2006 Garantias prestadas

2004 372.659 - 470.482 2005 216.536 - -

589.195 - 470.482

Com efeito, a alteração incorporada no art. 90º - A do CIRC vem no sentido da interpretação efectuada pela empresa, pelo que se espera a breve trecho a decisão favorável das reclamações apresentadas. IRC 2001

A Portucel recebeu em Maio de 2005 – quando se encontrava a decorrer a inspecção fiscal ao exercício de 2002 – uma notificação de correcções resultantes de análise interna ao IRC de 2001, o qual deu origem a uma liquidação adicional, entretanto paga, de IRC e juros compensatórios de Euro 314.340.

A referida liquidação foi no entanto objecto de impugnação judicial, apresentada em 4 de Setembro de 2006, por incumprimento de formalidades legais pela Administração Fiscal, como a ausência de

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

audição prévia e a caducidade do direito de liquidação desde 18 de Março de 2004, em virtude de já se ter verificado a análise externa ao exercício de 2001 efectuada pelos Serviços de Inspecção Tributária, a qual de resto já tinha dado origem a uma liquidação adicional de IRC em 2003, igualmente liquidada. IRC Agregado 2003

Em 15 de Outubro de 2007 a Portucel apresentou uma reclamação parcial do IRC liquidado de Euro 3.000.615, dos quais Euro 2.607.145 de imposto e Euro 393.480 de juros compensatórios , tendo pois pago os remanescentes Euro 157.915, dos quais Euro 131.807 de imposto e Euro 26.108 de juros compensatórios, totalizando a liquidação o montante de Euro 3.158.530.

O valor reclamado foi ainda em 5 de Novembro de 2007 objecto de compensação parcial em Euro 2.242.329 com o reembolso pendente de IVA de Agosto de 2007, tendo o valor remanescente sido garantido em 26 de Novembro de 2007, pelo valor de Euro 1.032.317. A Portucel interpôs recurso desta compensação tendo o Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada ordenado por sentença de 15 de Janeiro de 2008 a restituição do montante compensado.

A liquidação respeita essencialmente ao impacto fiscal de operações de reestruturação decididas pelo accionista Estado, no âmbito da privatização da Portucel, às quais foi aplicado indevidamente o regime de neutralidade fiscal previsto no IRC, por a Soporcel não ter cessado a exploração do negócio da floresta e por inexistirem motivos económ icos válidos para se terem apurado de imediato mais -valias na alienação das partes de capital recebidas em troca dos activos transmitidos. IRC Agregado de 2004

A Portucel pagou em 10 de Dezembro de 2007 a liquidação adicional de imposto de Euro 1.078.403 e correspondentes juros compensatórios de Euro 89.227, num total de Euro 1.167.629, a qual será reclamada parcialmente dentro dos prazos legais.

Do montante total de correcções à matéria colectável de Euro 3.539.759, será reclamado o montante de Euro 1.961.515 correspondentes a regularização de rolaria, perdas na alienação de prestações suplementares, dedução de rendimentos de partilha na liquidação e benefícios ao 1º emprego para jovens. IRC Agregado de 2005

Da fiscalização ao exercício de 2005, no qual o prejuízo fiscal agregado declarado foi de Euro 30.381.815, resultou a emissão de relatórios finais em 28 de Dezembro de 2007 e 8 de Setembro de 2007 respectivamente na Portucel e Soporcel, encerrando a fiscalização ao exercício de 2005, nos quais são apresentadas correcções à matéria colectável da Portucel de Euro 67.612.268, cujo imposto se encontra adequadamente relevado no passivo.

Do montante total corrigido, Euro 66.636.141 corresponde a perda na alienação de investimentos financeiros, incluindo prestações suplementares, as quais a Administração Fiscal entende constituírem partes de capital no conceito plasmado no nº 5 do artigo 23º do Código do IRC.

Não é esse o entendimento da empresa, nem dos seus consultores e advogados suportados quer no parecer de reputados professores de contabilidade e de direito, quer na letra da lei em especial a redacção introduzida pelo Orçamento do Estado de 2006 ao artigo 42º do Código do IRC, quer pela proibição de presunções inilidíveis plasmada na Constituição da República Portuguesa, em especial no seu artigo 103º, no que se refere ao artigo 23º, n.º 5 e 6 do CIRC. Retenções na fonte em Espanha

A ENCE – Empresa Nacional de Celulose, S.A. , sociedade na qual a Portucel deteve 8% do capital social até 2004, pagou, entre 2001 e 2004, dividendos no montante global de Euro 3.444.862, os quais foram sujeitos a retenção na fonte no montante de Euro 516.729.

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

O valor retido foi contestado pela Portucel, junto da Administração Tributária Espanhola, com fundamento na violação do direito de livre estabelecimento consagrado no Tratado de Roma (os mesmos dividendos pagos a uma entidade residente em Espanha não seriam sujeitos a qualquer retenção na fonte). A reclamação foi indeferida em 2007, pelo que seguiu recurso para o Tribunal em 2008.

Adicionalmente, em 2006, a Comissão Europeia solicitou formalmente a Espanha a alteração da lei que regula as retenções na fonte efectuadas a não residentes, nomeadamente no que respeita a dividendos pagos, dado que esta viola a lei comunitária por se tratar de uma norma discriminatória face à que regula a tributação dos rendimentos da mesma natureza, quando pagos entre sociedades residentes fiscais em Espanha.

Em 8 de Novembro de 2007, o Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias (Primeira Secção) veio julgar favoravelmente um contribuinte português num processo idêntico, no conhecido caso Amurta (Acórdão sobre o processo C-379/05), motivo pelo qual o referido activo foi reconhecido nas demonstrações financeiras do Grupo. IVA 2004

Em 3 de Outubro de 2007 a Portucel reclamou a liquidação adicional de IVA de Euro 206.580 e correspondentes juros compensatórios de Euro 18.541, a qual foi garantida em 23 de Outubro de 2007 pelo valor de Euro 284.215.

Do montante total de imposto, Euro 20.227 referem-se a abates contabilísticos de peças de reserva, os quais todavia não foram abatidos fisicamente, tendo o valor contabilístico das mesmas sido reposto em 2005 e constituída a correspondente provisão.

Os remanescentes Euro 186.353 correspondem a regularizações de rolaria, dos quais Euro 170.401 correspondem a períodos anteriores a 1 de Janeiro de 2004.

56. DISCRIMINAÇÃO DOS COMPONENTES DE CAIXA E DOS SEUS

EQUIVALENTES A discriminação de caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 analisa-se como segue:

31 Dez 2007 31 Dez 2006 Numerário 10.475 10.475 Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 944.663 701.090 955.138 711.565 Outras aplicações de tesouraria 207.250.000 119.280.000 208.205.138 119.991.565

57. RESPONSABILIDADES CONTINGENTES

Em 31 de Dezembro de 2007, encontrava-se em fase de conclusão o processo de liquidação e dissolução da subsidiária Portucel Brasil. O balanço da Empresa a esta data regista as responsabilidades identificadas e quantificáveis decorrentes deste processo, podendo esta vir a incorrer em custos adicionais com a conclusão destes procedimentos que, no entanto, estima não serem materialmente relevantes.

58. PROCESSO DE PRIVATIZAÇÃO

Com a publicação do Decreto-Lei 6/2003, de 15 de Janeiro, o Estado definiu o modelo para a segunda fase do processo de reprivatização da Empresa, o qual previa que esta se realizasse em dois segmentos.

Um segmento, que se concretizou em Maio de 2004, correspondeu à realização de um concurso para a alienação de um lote indivisível de acções representativas de um valor de 30% do capital da Portucel. O vencedor do concurso foi o Grupo Semapa tendo adquirido a referida participação através da Seinpart – Participações, SGPS, S.A. (ver Nota 37).

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

O Decreto-Lei acima referido previa também um segundo segmento que correspondia à venda directa de até 115.125.000 acções do capital da Empresa a um conjunto de instituições financeiras que deveriam proceder à subsequente dispersão de acções junto de investidores institucionais.

Com a publicação do Decreto-Lei 143/2006, de 28 de Julho, o Estado definiu o modelo para a terceira fase de reprivatização da Empresa, que consistiu na alienação de acções representativas até 25,72% do capital social da Empresa, o qual ocorreu através de uma Oferta Pública de Venda (OPV) realizada em 14 de Novembro, após o que a Empresa ficou totalmente privatizada.

59. CUSTOS SUPORTADOS COM SERVIÇOS PRESTADOS PELOS ACTUAIS

AUDITORES / REVISORES Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, os custos suportados com serviços prestados à Empresa, pelos actuais auditores/ revisores, foram os seguintes:

2007 2006 Serviços de Revisão Legal de contas 56.700 54.422 Serviços de consultoria fiscal e outros 246.351 140.887

303.051 195.309

60. ACONTECIMENTOS SUBSEQUENTES

Subsídios ao investimento

Conforme referido na nota 49, a empresa tem firmados contratos com a AICEP relativamente aos incentivos atribuídos por este organismo aos investimentos em desenvolvimento nas suas unidades industriais.

Em 10 de Janeiro de 2008, foi recebida a primeira tranche relativa ao incentivo financeiro atribuído para o co-financiamento dos investimentos na unidade de Cacia, no valor de Euros 9.239.308.

Relativamente aos investimentos na unidade de Setúbal, foi concluído em Janeiro o processo de apresentação de comprovativos de despesa ao abrigo destes contratos, relativos ao pedido da primeira tranche da componente financeira dos incentivos atribuídos. Aguarda-se a liquidação desta tranche, de Euros 3.844.561 durante o primeiro semestre de 2008.

Acções próprias

Em 2008, o Grupo PortucelSoporcel adquiriu através da sua subsidiária Portucel Florestal, S.A. vários lotes de acções da Portucel como segue:

Quantidade Valor Custo unitário de

aquisição

23 de Janeiro 1.150.000 2.066.500 1,80

23 de Janeiro 350.000 644.750 1,84

24 de Janeiro 150.000 280.000 1,87

4 de Fevereiro 105.000 218.400 2,08

5 de Fevereiro 330.000 677.550 2,05

2.085.000 3.887.200

A esta data a Portucel passou a deter, directamente, e através de participadas, 2.145.500 acções próprias representativas de 0,28% do seu capital social.

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

O TÉCNICO DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Joaquim Dias Batista Pedro Mendonça de Queiroz Pereira Presidente José Alfredo de Almeida Honório Vogal Manuel Soares Ferreira Regalado Vogal Adriano Augusto da Silva Silveira Vogal António José Pereira Redondo Vogal José Fernando Morais Carreira de Araújo Vogal

Luis Alberto Caldeira Deslandes Vogal Manuel Maria Pimenta Gil Mata

Vogal

Carlos Eduardo Coelho Alves

Vogal

PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. Inscrita na lista dos Revisores Oficiais de Contas sob o nº 183

Sede: Palácio Sottomayor, Rua Sousa Martins, 1 - 3º, 1069 - 316 Lisboa NIPC 506628752 Capital Social Euros 245.500

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial sob o nº 506 628 752 (ex nº 11912) Inscrita na Comissão de Valores Mobiliários sob o nº 9077

PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda.

Palácio Sottomayor Rua Sousa Martins, 1 - 3º 1069-316 Lisboa

Portugal Tel +351 213 599 000 Fax +351 213 599 999

Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria elaborado por auditor registado na CMVM sobre a Informação Financeira Individual

Introdução 1 Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira contida no Relatório de gestão e nas demonstrações financeiras anexas da Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2007, (que evidencia um total de €2.117.296.982 e um total de capital próprio de €1.112.449.360, incluindo um resultado líquido de €123.874.834), as Demonstrações dos resultados, por naturezas e por funções, a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e o correspondente Anexo. Responsabilidades 2 É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa (i) a preparação do Relatório de gestão e de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e (v) a divulgação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou resultados. 3 A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame. Âmbito 4 O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras não contêm distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: (i) a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações

Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA

(2)

financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; (ii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iii) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; (iv) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras; e (v) a apreciação se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. 5 O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de contas. 6 Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião 7 Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA em 31 de Dezembro de 2007, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, derrogados pela aplicação de Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), conforme referido na Nota 1 do Anexo às demonstrações financeiras, e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. Lisboa, 19 de Fevereiro de 2008 PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda Inscrita na Comissão de Valores Mobiliários sob o nº 9077 representada por: ____________________________ Abdul Nasser Abdul Sattar, R.O.C.

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

Senhores Accionistas,

1. Nos termos da lei, dos estatutos da empresa e do mandato que nos conferiram

apresentamos o nosso relatório sobre a actividade fiscalizadora desenvolvida e damos o nosso parecer sobre o Relatório Individual de Gestão e Demonstrações Financeiras individuais apresentadas pelo Conselho de Administração da Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA , relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2007.

2. No decurso do exercício acompanhámos com a periodicidade e extensão que

considerámos adequada, a actividade da empresa. Verificámos a regularidade da escrituração contabilística e da respectiva documentação. Vigiámos pela observância da lei e dos estatutos.

3. Acompanhámos os trabalhos desenvolvidos pela PriceWaterhouseCoopers &

Associados, SROC, Lda. e apreciámos a Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria, concordando com a Certificação Legal de contas apresentada.

4. No âmbito das nossas funções verificámos que:

a) o Balanço individual, a Demonstração de Resultados individual por natureza e por

funções, a Demonstração individual dos Fluxos de Caixa e o correspondente Anexo permitem uma adequada compreensão da situação financeira da empresa e dos seus respectivos resultados;

b) as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados são adequados e

conformes com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, tendo-se dado seguimento às análises e recomendações emitidas pelo auditor externo;

c) o Relatório Individual de Gestão é suficientemente esclarecedor da evolução dos

negócios e da situação da empresa, evidenciando com clareza os aspectos mais significativos da actividade;

d) a proposta de aplicação de resultados é adequada e devidamente fundamentada. 5. Nestes termos, tendo em consideração as informações recebidas do Conselho de

Administração e Serviços da empresa, bem como as conclusões constantes da Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria, somos do parecer que:

a) seja aprovado o Relatório Individual de Gestão; b) sejam aprovadas as Demonstrações Financeiras individuais;

c) seja aprovada a proposta de aplicação de resultados. 6. Finalmente, os membros do Conselho Fiscal expressam o seu reconhecimento e agradecimento pela colaboração prestada, ao Conselho de Administração, aos principais responsáveis da empresa e demais Colaboradores da empresa.

Lisboa, 21 de Fevereiro de 2008

O Presidente do Conselho Fiscal Duarte Nuno d’Orey da Cunha O Vogal Miguel Camargo de Sousa Eiró O Vogal Gonçalo Nuno Palha Gaio Picão Caldeira

RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE (Regulamento da C.M.V.M. n.º 7/2001, alterado pelos regulamentos 11/2003, 10/2005 e 3/2006)

CAPÍTULO 0

Declaração de cumprimento

Recomendação nº 1

A sociedade assegura a existência de um permanente contacto com o mercado, respeitando

o princípio da igualdade de tratamento dos accionistas e prevenindo as assimetrias no

acesso à informação por parte dos investidores. Funciona para o efeito na sociedade um gabinete de apoio ao investidor, nos termos adiante desenvolvidos.

A recomendação é pois integralmente adoptada.

Recomendação nº 2

Não existe na sociedade qualquer tipo de restrição ao exercício do direito de voto ou à

representação dos accionistas, sendo os prazos estatutários existentes para apresentação

de documentação necessária à participação directa na assembleia ou exercício de voto por correspondência inferiores aos mínimos recomendados.

É por isso também uma recomendação integralmente cumprida.

Recomendação nº 3

A recomendação no sentido de criar um sis tema interno de controlo de riscos é adoptada

pela sociedade.

Funciona na sociedade uma Comissão de Controlo Interno com competências específicas

na área de controlo de risco, nos termos adiante descritos.

Recomendação nº 4

Não existem quaisquer medidas adoptadas com o objectivo de impedir o êxito de ofertas públicas de aquisição, sendo por isso esta recomendação plenamente acolhida.

Recomendação nº 5

O Conselho de Administração é composto por uma pluralidade de membros que exercem

uma orientação efectiva em relação à gestão da sociedade e aos seus responsáveis, nos

termos adiante mais desenvolvidos.

A recomendação neste sentido é pois adoptada pela sociedade.

Recomendação nº 5-A

Na sociedade existe um número de administradores não executivos que assegura o acompanhamento e avaliação contínua da gestão da sociedade por parte dos

administradores executivos.

O Conselho de Administração é composto por 5 membros executivos e 4 membros não

executivos, ultrapassando assim a percentagem de 1/3 de membros não executivos que são

necessários para dar cumprimento a esta recomendação.

Esta recomendação é assim adoptada pela sociedade.

Recomendação nº 6

Não existem no Conselho de Administração da Portucel administradores não executivos independentes, sendo esta uma recomendação não adoptada pela sociedade.

Recomendação nº 7

Funciona na sociedade uma Comissão do Governo Societário, com atribuições específicas

na avaliação da estrutura e governo societário, nos termos adiante desenvolvidos. É uma recomendação que a sociedade adopta plenamente.

Recomendação nº 8

A estrutura da remuneração do Conselho de Administração, que nos termos estatutários

pode ser diferenciada, é determinada por uma Comissão de Fixação de Vencimentos, eleita pela Assembleia-Geral para o efeito, por períodos de 4 anos. A referida remuneração pode

ser constituída por uma parte fixa e outra variável, sendo que a parte variável está

relacionada com os resultados obtidos nos vários exercícios, o que permite o alinhamento dos interesses dos administradores com os da sociedade.

Não é adoptada a recomendação no sentido da divulgação da remuneração dos

administradores em termos individuais. A não adopção fica a dever-se à ponderação de todos os interesses em causa que, no entender do Conselho de Administração, para além de

outros potenciais efeitos negativos, aponta no sentido de não serem os ganhos resultantes

dessa divulgação superiores ao direito de reserva e privacidade de cada administrador.

A recomendação é assim apenas parcialmente acolhida.

Recomendação nº 8-A

Esta recomendação é adoptada com a integração nos documentos de prestação de contas, que serão submetidos à próxima Assembleia Geral, da declaração sobre política de

remunerações dos órgãos sociais, da responsabilidade da Comissão de Fixação de

Vencimentos. Poderão assim os accionistas discutir e votar a declaração nos moldes recomendados.

Recomendação nº 9

Também esta recomendação é adoptada com a independência de todos os membros da

Comissão de Fixação de Vencimentos.

Recomendação nº 10

Esta recomendação não é aplicável por não ter sido até hoje adoptado pela sociedade

qualquer plano de atribuição de acções e/ou opções de aquisição de acções.

Recomendação nº 10-A

A sociedade adoptou um regime interno de comunicação de irregularidades alegadamente ocorridas no seu seio, no qual são consagrados os meios de comunicação, as pessoas com

legitimidade para as receberem, o regime de tratamento e outros elementos adiante

desenvolvidos.

Trata-se de uma recomendação plenamente adoptada pela sociedade.

Recomendação nº 11

Esta recomendação não é aplicável à sociedade por ser dirigida apenas a investidores institucionais.

CAPÍTULO I Divulgação de Informação

1. Organograma da Sociedade*

DESENV. E QUALIDADE PRODUTOS

Pedro Sarmento

FÁBRICA PASTA

Óscar Arantes

DIRECÇÃO MARKETING

Hermano Mendonça

DIRECÇÃO LOGÍSTICA

"SUPPLY CHAIN" Figueira da Foz

Eduardo Veiga

"SUPPLY CHAIN" Setúbal

José Geraldes

CONSELHO ADMINISTRAÇÃO

ÁREA FLORESTAL

Vitor Coelho

Gonçalo Veloso Sousa

José Gonçalves Raposo

José Alfredo Honório

Manuel Regalado

Serafim Tavares

João Lé

António Redondo

Adriano Silveira

Manuel Gil MataCarlos Eduardo Alves

Ana Nery

ÁREA INDUSTRIAL

Jerónimo Ferreira

AUDITORIA INTERNA E ANÁLISE DE RISCO

Pedro Vaz Pinto

Manuel Regalado

Fernando Araújo

AMBIENTE

Julieta Sansana

ENGENHARIA

Guilherme Pedroso

Luís Caldeira Deslandes

COMISSÃO EXECUTIVA

FÁBRICA SETÚBAL

ENERGIA

José Rodrigues

INOVAÇÃO

José Maria Ataíde

Carlos Vieira

FÁBRICA PAPEL

Carlos Brás

Jorge Peixoto

FÁBRICA FIGUEIRA FOZ

FÁBRICA CACIA

José Nordeste João Ventura

COMPRAS

VENDAS EUROPA

António Monteiro

VENDAS INTERNACIONAL

André Leclercq

José Freire

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Pedro Queiroz Pereira

José Alfredo Honório

ASSESSORIA DA COMISSÃO EXECUTIVA

Manuel Arouca

IMAGEM E COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL

Fernando Araújo

Álvaro Ricardo Nunes

SECRETÁRIO DA SOCIEDADE

António Cunha Reis

José Alfredo Honório

Adriano Silveira

Manuel Regalado

António Redondo

João Manuel Soares

PESSOAL

Nuno Neto

INFORMÁTICA

Mário Póvoa

CONTABILIDADE E FISCALIDADE

Joana Lã Appleton

Candido Dias Almeida

ÁREA COMERCIAL

PASTA

PAPEL

COMISSÃO DE AUDITORIA

António Serrão

GABINETE JURÍDICO

José Paredes

José Tátá Anjos

RELAÇÕES COM INVESTIDORES

ÁREA CORPORATIVA

PLAN.E CONTROLO DE GESTÃO

FINANCEIRA

Manuel Arouca

* A actual estrutura da actividade florestal resultou de uma alteração ocorrida em Fevereiro de 2008; os responsáveis pelas áreas de Contabilidade e Fiscalidade e Informática foram nomeados em Janeiro de 2008

No que concerne à distribuição de pelouros entre os titulares do Conselho de Administração, nomeadamente no âmbito da Comissão Executiva entre os administradores que a compõem, esta é a seguinte:

• José Alfredo de Almeida Honório: - Auditoria Interna e Externa

• Manuel Soares Ferreira Regalado: - Actividade Florestal

- Finanças

- Recursos Humanos, Organização e Secretarias - Compras

- Relações com Investidores

• Adriano Augusto da Silva Silveira:

- Actividade industrial Pasta, Energia e Papel

- Manutenção e Engenharia - Ambiente, Qualidade e Segurança

- Inovação

• António José Pereira Redondo

- Actividade Comercial Pasta e Papel

- Marketing - Comunicação e Imagem

- Desenvolvimento de Produtos

• José Fernando Morais Carreira de Araújo

- Contabilidade e Fiscalidade

- Controlo de Gestão - Gabinete Jurídico

- Sistemas de Informação

2. Lista de comissões específicas

Funcionam no âmbito da sociedade três comissões específicas: Comissão de Controlo do

Governo Societário, Comissão de Sustentabilidade e Comissão de Controlo Interno.

Comissão de Controlo do Governo Societário

A Comissão de Controlo do Governo Societário tem a responsabilidade de supervisionar a aplicação das normas do governo societário do Grupo e a elaboração do respectivo código

de conduta.

Esta comissão é composta por Luís Alberto Caldeira Deslandes (Presidente), José Fernando

Morais Carreira de Araújo (Vogal) e António Alexandre de Almeida e Noronha da Cunha Reis

(Vogal).

Comissão de Sustentabilidade

À Comissão de Sustentabilidade ficou atribuída a formulação da política corporativa e estratégica em assuntos de responsabilidade social e ambiental, sendo responsável pela

produção do relatório anual de sustentabilidade.

A Comissão de Sustentabilidade é composta por Manuel Maria Pimenta Gil Mata

(Presidente), Adriano Augusto Silveira (Vogal) e João Manuel Alves Soares (Vogal).

Comissão de Controlo Interno

A Comissão de Controlo Interno tem como responsabilidade avaliar qualquer irregularidade

ocorrida no seio da Sociedade, sendo que considera-se irregularidade qualquer alegada violação de disposições legais, regulamentares e/ou estatutárias ocorrida na Sociedade,

assim como o incumprimento dos deveres e princípios éticos constantes dos Princípios

Deontológicos, princípios referidos adiante no capítulo III. A Comissão de Controlo Interno tem também como responsabilidade a detecção e controlo de todos os riscos relevantes na

actividade da sociedade, nomeadamente os riscos jurídicos e financeiros.

A Comissão de Controlo Interno é composta pelos seguintes membros: António Duarte

Serrão (Presidente), José Miguel Gens Paredes (Vogal) e Álvaro Ricardo Nunes (Vogal).

3. Controlo de riscos

Tal como já referido, a Comissão de Controlo Interno tem como missão a detecção e o controlo dos riscos relevantes na actividade da sociedade.

De facto, a sociedade está sujeita a um conjunto diversificado de riscos que podem ter um

impacto negativo na sua actividade. Todos estes riscos são devidamente identificados, avaliados e monitorados, cabendo a diferentes estruturas dentro da sociedade a sua gestão

e/ou mitigação.

Para além dos riscos inerentes ao próprio negócio de produção de pasta e papel, onde se

insere, os principais riscos a que o grupo está sujeito são os seguintes:

- financeiros; - patrimoniais;

- ambientais;

- higiene e segurança

As acções tomadas no sentido de gerir estes riscos, assim como as estruturas internas

responsáveis por essa função, são descritas de seguida.

Risco financeiro

As actividades do Grupo estão expostas a uma variedade de factores de riscos financeiros:

risco cambial, risco de taxa de juro, risco de crédito e risco de liquidez. O Grupo detém um

programa de gestão do risco que foca a sua análise nos mercados financeiros procurando minimizar os potenciais efeitos adversos na performance financeira do Grupo.

A gestão do risco é conduzida pela Direcção Financeira de acordo com polít icas aprovadas pelo Conselho de Administração. A Direcção Financeira avalia e realiza coberturas de riscos

financeiros em estrita cooperação com as unidades operacionais do Grupo.

O Conselho de Administração providencia princípios para a gestão do risco como um todo e

políticas que cobrem áreas específicas, como o risco cambial, o risco de taxa de juro, risco

de crédito, o uso de derivados e outros instrumentos financeiros não derivados e o investimento do excesso de liquidez.

Riscos patrimoniais

As unidades fabris do Grupo estão sujeitas aos riscos inerentes a qualquer actividade

económica industrial, como é o caso de acidentes, avarias ou catástrofes naturais, que podem causar prejuízos nos seus activos e interrupções no processo produtivo.

O Grupo efectua uma gestão criteriosa desses riscos, através de duas linhas de actuação complementares:

(i) Pondo em prática um exigente plano de prevenção em todas as suas unidades fabris,

com especial ênfase na detecção e protecção automática contra incêndios, sistemas

de vigilância, sistemas dedicados de protecção de máquinas e equipamento, com

especial relevo para a Manutenção e Formação de Corpos Internos de Prevenção e Combate a Sinistros especialmente dotados de meios materiais e Humanos;

(ii) Contratando um programa abrangente de seguros patrimoniais, que inclui seguros multiriscos (sinistros provocados por factores externos, incluindo catástrofes), quebra

e avaria de máquinas e perdas de exploração associadas a estes sinistros.

Adicionalmente, as empresas resseguradoras do programa de seguros, através da sua líder,

efectuam, cada dois anos, uma inspecção a todas as unidades fabris, resultando daí um

relatório com um conjunto de recomendações que são adoptadas pelo Grupo.

Existe uma Comissão de Análise e Acompanhamento de Riscos Patrimoniais, coordenada

pelo Administrador responsável pelo pelouro e constituída pelos Directores Fabris, pelo Director Financeiro e pelo Director de Auditoria Interna, que reúne sempre que necessário, e

que tem como objectivo:

(i) Pronunciar-se sobre os sistemas de prevenção de risco patrimonial em vigor na empresa, nomeadamente sobre as medidas tomadas para ir ao encontro das

recomendações resultantes das inspecções efectuadas pelos resseguradores;

(ii) Pronunciar-se sobre a adequação, em termos de âmbito, tipo de coberturas e

capitais, dos seguros contratados pelo Grupo.

Riscos ambientais

Os riscos ambientais são alvo de particular atenção por parte do Conselho de Administração, sendo geridos, centralmente, por um órgão com a responsabilidade do Ambiente, que

reporta directamente à Comissão Executiva, e, a nível das unidades industriais, pelas

respectivas Direcções Fabris. São também acompanhados e apreciados pelo Conselho Ambiental, que é nomeado pelo Conselho de Administração e que é constituído por três a

cinco personalidades, de reconhecida competência na área de defesa do ambiente.

Ao conselho ambiental compete fazer o acompanhamento e dar parecer sobre aspectos

ambientais da actividade da empresa e, sempre que para tal for solicitado pelo Conselho de

Administração, dar parecer e formular recomendações acerca do impacte ambiental dos empreendimentos da sociedade, tendo especialmente em atenção as disposições legais

sobre a matéria.

Higiene e segurança

Durante o ano de 2007 foi estabelecida, nos vários complexos fabris do Grupo, uma nova

organização da função higiene e segurança social correspondendo aos requisitos legais e

implementada uma estrutura semelhante em todas as unidades industriais.

À luz do novo Código do Trabalho existem nas várias unidades fabris Comissões de

Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, responsáveis pela avaliação das várias situações de potencial risco nas unidades fabris e pela elaboração de recomendações com vista a

eliminar os potenciais riscos.

Em todas as unidades fabris do Grupo foram desenvolvidas, no decurso do ano de 2007,

várias acções de formação que abrangeram no seu conjunto cerca de 1000 colaboradores.

Foram também implementadas todas as recomendações efectuadas por peritos respeitantes

a riscos industriais com base em auditorias realizadas, melhorando de forma contínua e

sustentada os meios de prevenção e combate a incêndios.

4. Descrição da Evolução da Cotação das Acções da Portucel

Os títulos da Portucel acabaram o ano de 2007 registando uma quebra de 7,08% em relação

ao final de 2006. As acções atingiram um valor máximo de 3,18 €/acção (no dia 18 de Julho) e um valor mínimo de 2,22 €/acção (no dia 31 de Dezembro), tendo fechado o ano a cotar

nos 2,23 €.

.

O volume médio diário de transacções durante o ano situou-se em cerca de 3.560.476

acções.

As acções da Portucel tiveram um comportamento totalmente diferenciado entre o 1º e o 2º

semestre de 2007, já que, durante a 1ª parte do ano, as acções registaram um ganho de 25%, e no 2º semestre, a partir de meados de Agosto (na sequência de profit warnings de

algumas empresas do sector e da crise que se instalou nos mercados financeiros), o título

acumulou uma perda significativa.

Em resultado deste andamento diferenciado, as acções registaram uma perda anual de 7%,

que compara favoravelmente com o comportamento da maioria das empresas do sector. O índice HX151050 PI, que agrupa as acções de empresas do sector como a Stora-Enso, a

UPM-Kymmene e a M-Real, entre outras, registou uma perda anual de cerca de 23%.

No gráfico abaixo apresenta-se a evolução da cotação das acções da sociedade,

identificando os principais factos que foram objecto de comunicação ao mercado.

Comportamento em Bolsa (desde 29/12/2006 a 31/12/07)

1,50

1,70

1,90

2,10

2,30

2,50

2,70

2,90

3,10

3,30

3,50

29-1

2-20

06

24-0

1-20

07

19-0

2-20

07

14-0

3-20

07

10-0

4-20

07

03-0

5-20

07

28-0

5-20

07

20-0

6-20

07

13-0

7-20

07

07-0

8-20

07

30-0

8-20

07

24-0

9-20

07

17-1

0-20

07

09-1

1-20

07

04-1

2-20

07

31-1

2-20

07

€/acção

5. Política de Dividendos

A proposta de distribuição de dividendos é da competência do Conselho de Administração

da Portucel, subordinada à legislação em vigor e aos estatutos da sociedade. De acordo

com o texto actualizado dos estatutos, em vigor após a alteração parcial do pacto social efectuada por deliberação da assembleia-geral de 14-03-2007, compete à assembleia-geral

deliberar por maioria simples dos votos emitidos sobre o montante de dividendos a distribuir.

Nos últimos três exercícios foi distribuído o seguinte dividendo por cada acção em

circulação:

2005 (relativo ao exercício de 2004) 0,0371 € por acção 2006 (relativo ao exercício de 2005) 0,0525 € por acção

2007 (relativo ao exercício de 2006) 0,0790 € por acção

O Conselho de Administração deliberou, em 26 de Novembro de 2007, proceder ao

pagamento de um dividendo antecipado relativo ao exercício de 2007, de forma a permitir

aos pequenos accionistas usufruírem do benefício fiscal que expirava em 31 de Dezembro de 2007. O dividendo pago foi de 0,070 € por acção e ocorreu a 18 de Dezembro de 2007.

6. Planos de atribuição de Acções e de Opções de Aquisição de Acções

Não existem quaisquer planos de atribuição de acções e de opções de aquisição de acções

em vigor.

Divulgação dos resultados de

2006

Divulgação dos resultados do 1º Trimestre 2007

Assembleia Geral de Accionistas

Divulgação dos resultados do 3º Trimestre 2007

Divulgação dos resultados do 1º Semestre 2007

7. Negócios com titulares dos órgãos sociais, titulares de participações

qualificadas e sociedades dominadas

Neste âmbito não há informação relevante.

8. Gabinete de Apoio ao Investidor

A Portucel dispõe de um Gabinete de Relações com Investidores desde Novembro de 1995,

criado com o objectivo de assegurar um contacto permanente e adequado com a

comunidade financeira – investidores, accionistas, analistas e entidades reguladoras - e promover a comunicação da informação financeira da Empresa, ou outra que seja relevante

para a evolução do desempenho da Portucel no mercado de capitais, de acordo com

princípios de coerência, regularidade, equidade, credibilidade e oportunidade. Todas as divulgações de resultados trimestrais, os relatórios e contas semestrais e anuais, bem como

os respectivos comunicados e press releases, a informação relativa às Assembleias Gerais e

aos órgãos sociais, o calendário financeiro, os estatutos da Empresa, bem como todos os factos relevantes que ocorram são disponibilizados pelo Gabinete na página da Internet da

Portucel, com o endereço www.portucelsoporcel.com.

Joana de Avelar Pedrosa Rosa Lã Appleton é a representante para as Relações com o

Mercado da Portucel e pode ser contactada através do telefone com o nº 265 700 566 ou do

seguinte endereço electrónico: [email protected]

9. Comissão de Fixação de Vencimentos

A remuneração dos Administradores é fixada por uma Comissão de Fixação de

Vencimentos, estando implantado um sistema que prevê que esta remuneração seja

composta por uma parte fixa e por uma parte variável, esta última em função do desempenho do Grupo, medido em termos de indicadores consolidados.

A Comissão de Fixação de Vencimentos é composta por José Gonçalo Maury (em representação da Egon Zehnder) (Presidente), João Rodrigo Appleton Moreira Rato (Vogal)

e Frederico José da Cunha Mendonça e Meneses (Vogal).

10. Remuneração do Auditor

O montante de remuneração paga em 2007, pelo Grupo, aos auditores das empresas do Grupo totalizou 524.097 euros, assim distribuídos:

a) 43,6 % pela prestação de serviços de revisão legal de contas

b) 43,6 % por serviços de assessoria fiscal

c) 12,9 % por outros serviços

Os nossos auditores têm instituídas exigentes regras internas para garantir a salvaguarda da

sua independência.

CAPÍTULO II – Exercício de Direito de Voto e Representação de Accionistas

1. Regras societárias sobre direito de voto

Não existem regras societárias que de alguma forma limitem o direito de voto ou que excluam o direito de voto por correspondência. As regras societárias pertinentes no que

respeita ao exercício do direito de voto pelos accionistas são apenas as que se desenvolvem

nos pontos seguintes.

2. Modelo para voto por correspondência

A sociedade disponibiliza um modelo para o exercício do direito de voto por

correspondência. Este modelo está disponível no sítio da sociedade na internet e pode ser pedido através dos serviços de apoio ao investidor.

3. Voto por meios electrónicos

Não é ainda possível o exercício do direito de voto por meios electrónicos. Anota-se que até esta data a sociedade não teve qualquer solicitação ou manifestação de interesse por parte

de accionistas ou investidores na disponibilização desta funcionalidade.

4. Antecedência de bloqueio Os estatutos da sociedade exigem que os accionistas apresentem à sociedade o documento

comprovativo da titularidade das acções até cinco dias antes da data da assembleia.

5. Prazo de recepção de voto por correspondência Os votos por correspondência podem ser recebidos até à véspera da data da reunião da

Assembleia-Geral.

6. Número de acções a que corresponde um voto Corresponde um voto a cada 1.000 acções da sociedade.

CAPÍTULO III – Regras Societárias 1. Códigos de conduta

Na sociedade vigora um conjunto de “Princípios Deontológicos” aprovados pelo Conselho de Administração que estabelecem regras e princípios de natureza deontológica aplicáveis aos

trabalhadores e aos membros dos órgãos sociais. Estes princípios são descritos de seguida.

São deveres essenciais de todos os colaboradores da Portucel a diligência, lealdade e

confidencialidade, nos termos desenvolvidos de seguida:

I. Dever de diligência

Os colaboradores da Portucel têm o dever de ser diligentes, agindo sempre com

profissionalismo, responsabilidade e usando os seus melhores esforços no exercício das funções que lhes são confiadas, de forma a participarem

activamente no desenvolvimento harmonioso e sustentado da sociedade.

II. Dever de lealdade

Os colaboradores da Portucel estão vinculados pelo dever de lealdade para com

a empresa, os colegas e os superiores hierárquicos, devendo agir sempre com honestidade, integridade e respeito pelos interesses e objectivos da empresa.

São deveres específicos neste âmbito:

a) Comunicação aos superiores hierárquicos de todas as situações de potencial conflito de interesse quando do estabelecimento de

relações entre a empresa e alguma entidade que mantenha ou tenha

tido com o colaborador alguma relação relevante, directa ou indirecta, pessoalmente ou através de familiares ou pessoas

próximas.

b) Sujeição a autorização prévia dos superiores hierárquicos de

qualquer forma de colaboração com entidades concorrentes ou com interesses susceptíveis de colidir com os da empresa.

c) Não aceitação de ofertas de qualquer espécie, que não tenham

natureza meramente simbólica, por parte de entidades ou pessoas com quem a empresa tenha relações.

III. Dever de confidencialidade – informação relevante 1. Os colaboradores da Portucel devem guardar absoluta confidencialidade

sobre todos os factos relativos à sociedade de que tenham tido ou venham a

ter conhecimento no exercício da sua actividade ou por causa dela, devendo igualmente abster-se de usar pessoalmente esses factos em proveito próprio

ou de terceiros.

2. São especialmente sujeitos a confidencialidade os factos susceptíveis de influenciar o valor de cotação das acções da soc iedade, antes de serem

divulgados, não podendo o próprio transaccionar esses títulos durante o

período em causa.

IV. Outros deveres

1. A defesa do ambiente deve ser respeitada como pilar essencial das decisões e do comportamento de todos os colaboradores da Portucel.

2. No relacionamento com outras entidades no exercício das suas funções,

sejam clientes, fornecedores, prestadores de serviços, entidades públicas ou outros, devem os colaboradores da Portucel comportar-se com respeito pelos

interesses dessas entidades, com transparência e com elevado nível ético.

3. Os colaboradores da Portucel devem actuar sempre de forma a proteger os interesses de todos os accionistas, concretamente dos accionistas

minoritários, assegurando designadamente o cumprimento de deveres de

informação e um tratamento igual e justo. 4. Nas relações internas da empresa e desta com terceiros não devem os

colaboradores da Portucel fazer ou aceitar discriminações de qualquer

natureza, designadamente em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução,

situação económica ou condição social.

2. Controlo de risco na actividade

Os riscos a que a actividade da Empresa está sujeita, assim como os respectivos mecanismos de controlo estão amplamente descritos no ponto 3, do capítulo I.

3. Medidas susceptíveis de interferir em OPAs Não existem disposições estatutárias ou medidas adoptadas pela sociedade susceptíveis de

interferir no êxito de ofertas públicas, nem a sociedade tem conhecimento de acordos

parassociais que possam ter esse efeito, sem prejuízo da assumida coordenação de direitos de voto por parte de accionistas titulares de mais de metade do capital da sociedade, nos

termos indicados na listagem de participações qualificadas.

CAPÍTULO IV – Órgão de Administração

1. Caracterização dos órgãos de Administração A Portucel tem um Conselho de Administração composto por nove membros, um Presidente

e oito Vogais. Cinco dos seus membros exercem funções executivas e formam uma

Comissão Executiva, que foi eleita e cujos poderes foram delegados pelo Conselho de Administração, e outros quatro Administradores exercem funções não executivas, de acordo

com o quadro seguinte:

Executivos Não executivos

Pedro Mendonça de Queiroz Pereira X

José Alfredo de Almeida Honório X

Manuel Soares Ferreira Regalado X

Adriano Augusto da Silva Silveira X

António José Pereira Redondo X

José Fernando Morais Carreira de Araújo X

Luís Alberto Caldeira Deslandes X

Manuel Maria Pimenta Gil Mata X

Carlos Eduardo Coelho Alves X

Todos os membros do Conselho de Administração exercem funções em órgãos de

administração de outras sociedades, como se especifica em seguida (as empresas do grupo

Portucel Soporcel são assinaladas com “GPS” entre parêntesis):

Pedro Mendonça de Queiroz Pereira

1. Natureza das funções no órgão de administração: Não executivas.

2. Nº de acções da sociedade detidas: não é titular de acções da sociedade.

3. Qualificações profissionais: Curso Geral dos Liceus em Lisboa e frequência do

Instituto Superior de Administração.

4. Data da 1ª designação e termo do mandato: 2004-2010.

5. Funções desempenhadas em órgãos de administração de sociedades:

­ Presidente do Conselho de Administração da Portucel - Empresa Produtora de

Pasta e Papel, S.A. (GPS) ­ Presidente do Conselho de Administração da Soporcel – Sociedade Portuguesa

de Papel, S.A. (GPS)

­ Presidente do Conselho de Administração da About the Future – Empresa Produtora de Papel, S.A. (GPS)

­ Gerente da Cimentospar – Participações Sociais, SGPS, Lda.

­ Presidente do Conselho de Administração da Cimimpart - Investimentos e Participações, SGPS, S.A.

­ Presidente do Conselho de Administração da Cimo - Gestão de Participações,

SGPS, S.A. ­ Presidente do Conselho de Administração da CMP - Cimentos Maceira e Pataias,

S.A.

­ Gerente da Ecovalue – Investimentos Imobiliários, Lda. ­ Presidente do Conselho de Administração da Longapar, SGPS, S.A.

­ Presidente do Conselho de Administração da OEM - Organização de Empresas,

SGPS, S.A.. ­ Presidente do Conselho de Administração da Secil - Companhia Geral de Cal e

Cimento, S.A.

­ Presidente do Conselho de Administração da Secilpar, SL ­ Presidente do Conselho de Administração da Seinpart Participações, SGPS, S.A.

­ Presidente do Conselho de Administração da Semapa - Sociedade de

Investimento e Gestão, SGPS, S.A. ­ Presidente do Conselho de Administração da Seminv - Investimentos, SGPS,

S.A.

­ Presidente do Conselho de Administração da Sodim SGPS, S.A. ­ Administrador da Tema Principal – SGPS, S.A.

­ Presidente do Conselho de Administração da Vertice – Gestão de Participações,

SGPS, S.A.

6. Outras actividades profissionais exercidas nos últimos 5 anos:

­ Presidente do Conselho de Administração da CMPartin – Inversiones y

Participaciones Empresariales SL ­ Presidente do Conselho de Administração da Cimipar – Sociedade Gestora de

Participações Sociais, S.A.

­ Presidente do Conselho de Administração da Parsecil, SL ­ Presidente do Conselho de Administração da Parseinges – Gestão de

Investimentos, SGPS, S.A.

­ Presidente do Conselho de Administração da Semapa Inversiones, SL ­ Presidente do Conselho de Administração da Sociedade Agrícola da Quinta da

Vialonga, S.A.

­ Gerente da Ecolua – Actividades Desportivas, Lda. ­ Administrador da Imocipar – Imobiliária, S.A.

José Alfredo de Almeida Honório

1. Natureza das funções no órgão de administração: Executivas.

2. Nº de acções da sociedade detidas: não é titular de acções da sociedade.

3. Qualificações profissionais: Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia

da Universidade de Coimbra, em 1980.

4. Data da 1ª designação e termo do mandato: 2004-2010.

5. Funções desempenhadas em órgãos de administração de sociedades: ­ Presidente da Comissão Executiva e Vogal do Conselho de Administração da

Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. (GPS)

­ Presidente da Comissão Executiva e Vogal do Conselho de Administração da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. (GPS)

­ Presidente da Comissão Executiva e vogal do Conselho de Administração da

About the Future – Empresa Produtora de Papel, S.A. (GPS) ­ Presidente do Conselho de Administração da Portucel Florestal – Empresa de

Desenvolvimento Agro-Florestal, S.A. (GPS)

­ Presidente do Conselho de Administração da Aliança Florestal – Sociedade para o Desenvolvimento Agro-Florestal, S.A. (GPS)

­ Presidente do Conselho de Administração da PortucelSoporcel Energia

SGPS,S.A. (GPS)

­ Presidente do Conselho de Administração da PortucelSoporcel Floresta SGPS,

S.A. (anteriormente denominada Soporcel – Gestão de Participações Sociais, SGPS, S.A) (GPS)

­ Presidente do Conselho de Administração da Impactvalue – SGPS, S.A. (GPS)

­ Presidente do Conselho de Administração da PortucelSoporcel Papel, SGPS, S.A. (GPS)

­ Presidente do Conselho de Administração da PortucelSoporcel Participações,

SGPS, S.A. (GPS) ­ Presidente do Conselho de Gerência da Tecnipapel, Lda (GPS)

­ Presidente da Direcção do IBET – Instituto de Biologia Experimental e

Tecnológica ­ Membro da Comissão Executiva da CEPI – Confederation of European Paper

Industries

­ Presidente do Conselho Geral e Vogal da Comissão Executiva da CELPA – Associação da Indústria Papeleira

­ Administrador da Seminv – Investimentos, SGPS, S.A.

­ Administrador da Semapa Inversiones, SL ­ Gerente da Cimentospar – Participações Sociais, Lda.

­ Administrador da Longapar, SGPS, S.A.

­ Administrador da Ciminpart– Investimentos e Participações, SGPS, S.A. ­ Administrador da Seinpart Participações, SGPS.,S.A.

­ Administrador da Cimo -Gestão de Participações, SGPS,S.A.

­ Administrador da CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A. ­ Administrador da Secil - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A.

­ Administrador e Membro da Comissão Executiva da Semapa – Sociedade de

Investimento e Gestão, SGPS, S.A.

6. Outras actividades profissionais exercidas nos últimos 5 anos:

­ Presidente da Comissão Executiva e Vice-Presidente do Conselho de Administração da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. (GPS)

­ Presidente do Conselho de Administração da About the Future – Empresa

Produtora de Papel, S.A. (GPS) ­ Gerente da Hewbol, SGPS, Lda

­ Gerente da Florimar – Gestão e Participações, SGPS, Sociedade Unipessoal,

Lda ­ Administrador da Parsecil, SL

­ Administrador da CMPartin – Inversiones y Participaciones Empresariales SL

­ Administrador da Betopa, SL ­ Administrador da Parseinges – Gestão de Investimento, SGPS, S.A.

­ Administrador da ParcimInvestments BV

­ Administrador da Secipar, SL

­ Administrador da Cimpor – Cimentos de Portugal, SGPS, S.A.

­ Administrador da Cimianto – Gestão de Participações SGPS, S.A. ­ Administrador da CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A.

­ Administrador da Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A.

Manuel Soares Ferreira Regalado

1. Natureza das funções no órgão de administração: Executivas

2. Nº de acções da sociedade detidas: não é titular de acções da sociedade

3. Qualificações profissionais: Licenciatura em Finanças, pelo Instituto Superior de

Ciências Económicas e Financeiras, Lisboa (ISEG) em 1972; Senior Executive Programme (SEP), London Business School (1997)

4. Data da 1ª designação e termo do mandato: 2004- 2010

5. Funções desempenhadas em órgãos de administração de sociedades:

­ Vogal da Comissão Executiva e do Conselho de Administração da Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. (GPS)

­ Vogal da Comissão Executiva e do Conselho de Administração da Soporcel –

Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. (GPS) ­ Vogal da Comissão Executiva e do Conselho de Administração da About the

Future – Empresa Produtora de Papel, S.A. (GPS)

­ Presidente do Conselho de Administração da Aflomec – Empresa de Exploração Florestal, S.A. (GPS)

­ Presidente do Conselho de Gerência da Aflotrans – Empresa de Exploração

Florestal, Lda. (GPS) ­ Vogal do Conselho de Administração da Aliança Florestal – Sociedade para o

Desenvolvimento Agro-Florestal, S.A. (GPS)

­ Presidente do Conselho de Administração da Atlantic Forests – Comércio de Madeiras, S.A. (GPS)

­ Presidente do Conselho de Administração dos Bosques do Atlântico, SL (GPS)

­ Presidente do Conselho de Administração Cofotrans – Empresa de Exploração Florestal, S.A. (GPS)

­ Presidente do Conselho de Administração da Enerforest – Empresa de Biomassa

para Energia, S.A. (GPS) ­ Vogal do Conselho de Administração da Impactvalue, SGPS, S.A. (GPS)

­ Vogal do Conselho de Administração da Portucel Florestal – Empresa de

Desenvolvimento Agro-Florestal, S.A. (GPS)

­ Vogal do Conselho de Administração da PortucelSoporcel Energia SGPS, S.A.

(GPS) ­ Vogal do Conselho de Administração da PortucelSoporcel Floresta, SGPS, S.A.

(anteriormente denominada Soporcel – Gestão de Participações Sociais, SGPS,

S.A) (GPS) ­ Vogal do Conselho de Administração da PortucelSoporcel Papel, SGPS, S.A.

(GPS)

­ Vogal do Conselho de Administração da PortucelSoporcel Participações SGPS, S.A. (GPS)

­ Presidente do Conselho de Administração da Sociedade de Vinhos de Espirra –

Produção e Comercialização de Vinhos (GPS) ­ Vogal do Conselho de Gerência da Tecnipapel, - Sociedade de Transformação e

Distribuição de Papel, Lda. (GPS)

­ Presidente do Conselho de Administração dos Viveiros Aliança – Empresa Produtora de Plantas, S.A. (GPS)

6. Outras actividades profissionais exercidas nos últimos 5 anos: ­ Vogal do Conselho de Administração de Edinfor – Sistemas Informáticos, S.A.,

­ It-Log, S.A., It-Geo, S.A., Edinfor, Ldª. (Brasil). Gerente de Copidata, Ldª e

Escritomática, Ldª. ­ Vice-Presidente do CA da ACE Holding, S.A. (a partir de Julho de 2003)

Adriano Augusto da Silva Silveira

1. Natureza das funções no órgão de administração: Executivas.

2. Nº de acções da sociedade detidas: titular de 2.000 acções da sociedade.

3. Qualificações profissionais: Licenciatura em Engenharia Química pela Universidade

do Porto em 1975.

4. Data da 1ª designação e termo do mandato: 2007- 2010.

5. Funções desempenhadas em órgãos de administração de sociedades: ­ Vogal da Comissão Executiva e do Conselho de Administração da Portucel –

Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. (GPS)

­ Vogal da Comissão Executiva e do Conselho de Administração da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. (GPS)

­ Vogal da Comissão Executiva e do Conselho de Administração da About The

Future – Empresa Produtora de Papel, S.A. (GPS)

­ Vogal do Conselho de Administração da Impactvalue, SGPS, S.A. (GPS)

­ Vogal do Conselho de Administração da PortucelSoporcel Energia, SGPS, S.A. (GPS)

­ Vogal do Conselho de Administração da PortucelSoporcel Floresta, SGPS, S.A.

(anteriormente denominada Soporcel – Gestão de Participações Sociais, SGPS, S.A) (GPS)

­ Vogal do Conselho de Administração da PortucelSoporcel Papel, SGPS, S.A.

(GPS) ­ Vogal do Conselho de Administração da PortucelSoporcel Participações, SGPS,

S.A. (GPS)

­ Vogal do Conselho de Gerência da Tecnipapel - Sociedade de Transformação e Distribuição de Papel, Lda (GPS)

­ Presidente do Conselho de Administração da SPCG – Sociedade Portuguesa de

Co-geração, S.A. (GPS) ­ Presidente do Conselho de Administração da Enerpulp – Co-geração Energética

de Pasta, S.A. (GPS)

­ Presidente do Conselho de Administração da EMA 21, S.A. (GPS) ­ Administrador da Ema Cacia – Engenharia e Manutenção Industrial, ACE (GPS)

­ Administrador da Ema Setúbal – Engenharia e Manutenção Industrial, ACE (GPS)

­ Administrador da Ema Figueira da Foz – Engenharia e Manutenção Industrial, ACE (GPS)

­ Vogal da Direcção do RAIZ – Instituto de Investigação na Floresta e do Papel

(GPS)

6. Outras actividades profissionais exercidas nos últimos 5 anos:

­ Director Central de Engenharia do Grupo Portucel Soporcel

António José Pereira Redondo

1. Natureza das funções no órgão de administração: Executivas.

2. Nº de acções da sociedade detidas: titular de 6.000 acções da sociedade.

3. Qualificações profissionais: Licenciado em Engenharia Química pela FCTUC (1987);

frequência do 4º ano de Gestão de Empresas da Universidade Internacional; MBA

com especialização em Marketing pela Universidade Católica Portuguesa (1998).

4. Data da 1ª designação e termo do mandato: 2007- 2010.

5. Funções desempenhadas em órgãos de administração de sociedades:

­ Vogal da Comissão Executiva e do Conselho de Administração da Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. (GPS)

­ Vogal da Comissão Executiva e do Conselho de Administração da Soporcel –

Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. (GPS) ­ Vogal da Comissão Executiva e do Conselho de Administração da About The

Future, S.A. (GPS)

­ Administrador da PortucelSoporcel Energia, SGPS, S.A. (GPS) ­ Administrador da PortucelSoporcel Floresta, SGPS, S.A. (anteriormente

denominada Soporcel – Gestão de Participações Sociais, SGPS, S.A) (GPS)

­ Administrador da PortucelSoporcel Papel, SGPS, S.A. (GPS) ­ Administrador da PortucelSoporcel Participações, SGPS, S.A (GPS)

­ Administrador da Impactvalue, SGPS, S.A. (GPS)

­ Presidente do Conselho de Administração da Soporcel España S.A. (GPS) ­ Vogal do Conselho de Gerência da Tecnipapel, Lda (GPS)

­ Vogal do Conselho de Gerência da PIT – Portucel International Trading GmbH

(GPS)

6. Outras actividades profissionais exercidas nos últimos 5 anos:

­ Director Comercial e Director de Marketing – (GPS) ­ Director de Marketing (GPS)

José Fernando Morais Carreira de Araújo

1. Natureza das funções no órgão de administração: Executivas.

2. Nº de acções da sociedade detidas: não é titular de acções da sociedade.

3. Qualificações profissionais: Bacharelato em Contabilidade e Administração pelo

Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP) (1986); Curso

de Estudos Superiores Especializados em Controle Financeiro pelo Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP) (1992); Revisor Oficial de Contas

desde 1995; Licenciado em Direito pela Universidade Lusíada do Porto (2000);

Mestrando em Contabilidade pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa de Lisboa (ISCTE); Pós-Graduado em Contabilidade Financeira Avançada;

Pós-Graduado em Direito Fiscal pela Faculdade de Direito de Lisboa (FDL) –

2002/2003 Pós-Graduado em Corporate Governance pelo Instituto Superior de

Economia e Gestão de Lisboa (ISEG) – 2006/2007.

4. Data da 1ª designação e termo do mandato: 2007-2010.

5. Funções desempenhadas em órgãos de administração de sociedades:

­ Vogal da Comissão Executiva e do Conselho de Administração da Portucel –

Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. (GPS) ­ Vogal da Comissão Executiva e do Conselho de Administração da Soporcel –

Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. (GPS)

­ Vogal da Comissão Executiva e do Conselho de Administração da About The Future, S.A. (GPS)

­ Presidente da PortucelSoporcel Cogeração de Energia, S.A. (GPS)

­ Presidente da Setipel, S.A. (GPS) ­ Administrador da Bosques do Atlântico, S.L. (GPS)

­ Administrador da PortucelSoporcel Energia, SGPS, S.A. (GPS)

­ Administrador da PortucelSoporcel Floresta, SGPS, S.A. (anteriormente denominada Soporcel – Gestão de Participações Sociais, SGPS, S.A) (GPS)

­ Administrador da PortucelSoporcel Papel, SGPS, S.A. (GPS)

­ Administrador da PortucelSoporcel Participações, SGPS, S.A. (GPS) ­ Administrador da Impactvalue, SGPS, S.A.. (GPS)

­ Administrador da Soporcel España S.A. (GPS)

­ Vogal do Conselho de Gerência da Tecnipapel, Lda (GPS) ­ Presidente do Conselho de Gerência da PIT – Portucel International Trading

GmbH (GPS)

6. Outras actividades profissionais exercidas nos últimos 5 anos:

­ Director de Contabilidade e Impostos da Semapa, SGPS, S.A. desde Maio de

2002, em acumulação na Secil S.A. de Maio de 2002 a Junho de 2006 e na Portucel S.A. desde Julho de 2006 a Março de 2007.

Luis Alberto Caldeira Deslandes

1. Natureza das funções no órgão de administração: Não executivas.

2. Nº de acções da sociedade detidas: não é titular de acções da sociedade.

3. Qualificações profissionais: Engenheiro Químico - Instituto Superior Técnico de Lisboa; Engenheiro Cervejeiro – Inst. Superieur D’Agronomie de Louvain.

4. Data da 1ª designação e termo do mandato: 2001- 2010.

5. Funções desempenhadas em órgãos de administração de sociedades: ­ Vogal do Conselho de Administração da Portucel – Empresa Produtora de Pasta

e Papel, S.A. (GPS)

­ Vogal do Conselho de Administração da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. (GPS)

­ Vogal do Conselho de Administração da About The Future, S.A. (GPS)

6. Outras actividades profissionais exercidas nos últimos 5 anos:

­ Vice-Presidente do Conselho de Administração da Portucel - Empresa Produtora

de Pasta e Papel, S.A. ­ Membro da Comissão Executiva da Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel,

S.A.

­ Membro da Comissão Executiva da Portucel-Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.

­ Presidente do Conselho de Administração das empresas do Grupo Portucel

Soporcel: - Soporcel Italy SRL

- Soporcel France EURL

- Soporcel UK LTD - Soporcel International BV

- Soporcel North America INC

- Soporcel Deutschland GmbH - Soporcel Austria GmbH

Manuel Maria Pimenta Gil Mata

1. Natureza das funções no órgão de administração: Não executivas.

2. Nº de acções da sociedade detidas: titular de 20.000 acções da sociedade.

3. Qualificações profissionais: Engenheiro Químico pela Faculdade de Engenharia do

Porto, 1966; Curso Internacional de Alta Direcção da Indústria de Pasta e Papel, Federação das Indústrias Papeleiras Suecas, Markaryd, 1987.

4. Data da 1ª designação e termo do mandato: 1998 - 2010.

5. Funções desempenhadas em órgãos de administração de sociedades: ­ Vogal do Conselho de Administração da Portucel – Empresa Produtora de Pasta

e Papel, S.A. (GPS)

­ Vogal do Conselho de Administração da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. (GPS)

­ Vogal do Conselho de Administração da About The Future, S.A. (GPS)

6. Outras actividades profissionais exercidas nos últimos 5 anos:

­ Vogal da Comissão Executiva da Portucel – Empresa Produtora de Pasta e

Papel, S.A. (GPS) ­ Membro da Comissão Executiva da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel,

S.A. (GPS)

­ Membro do Conselho de Administração da Soporcel – Gestão de Participações Sociais, SGPS, S.A. (GPS)

­ Presidente do Conselho de Administração da Enerpulp, (GPS)

­ Presidente do Conselho de Gerência da Setipel, (GPS) ­ Presidente do Conselho de Gerência da SPCG, (GPS)

­ Presidente do Conselho de Administração da Socortel, (GPS)

­ Vogal do Conselho de Gerência da Arboser (GPS) ­ Vogal da Direcção da Portucel Soporcel Papel Sales e Marketing, ACE, (GPS)

­ Assessor do Conselho de Administração da Semapa - Sociedade de Investimento

e Gestão, SGPS, S.A. Carlos Eduardo Coelho Alves

1. Natureza das funções no órgão de administração: Não executivas.

2. Nº de acções da sociedade detidas: não é titular de acções da sociedade.

3. Qualificações profissionais: Licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto

Superior Técnico em 1971.

4. Data da 1ª designação e termo do mandato: 2004-2010.

5. Funções desempenhadas em órgãos de administração de sociedades:

­ Administrador da Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. (GPS)

­ Administrador da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. (GPS) ­ Vogal do Conselho de Administração da About The Future, S.A. (GPS)

­ Presidente da Sonaca – Sociedade Nacional de Canalizações, S.A.

­ Administrador da Sodim, SGPS, S.A. ­ Administrador e Presidente da Comissão Executiva da Secil – Companhia Geral

de Cal e Cimento, S.A.

­ Administrador e Presidente da Comissão Executiva da CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A.

­ Administrador e Membro da Comissão Executiva da Semapa – Sociedade de

Investimento e Gestão, SGPS, S.A ­ Administrador da Cimo - Gestão de Participações, SGPS.,S.A.

­ Presidente do Conselho de Administração da SCG – Société des Ciments de

Gabès, S.A. ­ Administrador da Secilpar, SL

­ Administrador da Seminv Investimentos, SGPS, S.A. (nova denominação da Secil

– Investimentos) ­ Administrador da Cimimpart – Investimentos e Participações, SGPS, S.A.

­ Administrador da Parcim Investments B.V.

­ Administrador da Seinpart - Participações, SGPS.,S.A. ­ Administrador da Longapar, SGPS, S.A.

­ Administrador da Betopal, S.L

­ Administrador da Semapa Inversiones, SL ­ Gerente da Cimentospar Participações Sociais, Lda.

­ Gerente da Florimar – Gestão e Participações, SGPS, Sociedade Unipessoal,

Lda. ­ Gerente da Hewbol, SGPS, Lda.

­ Administrador da Société de Ciment de Sibline, S.A.

6. Outras actividades profissionais exercidas nos últimos 5 anos: ­ Administrador-Delegado da Cimianto - Gestão de Participações, S.A.

­ Presidente do Conselho de Administração da Parseinges – Gestão de Investimentos,

SGPS, S.A. ­ Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Enersis, SGPS, S.A.

­ Administrador da Betopal, S.L.

­ Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Enersis II – Sociedade de Gestão de Participações, SGPS, S.A.

­ Administrador da Fespect – Serviço de Consultadoria, S.A.

­ Administrador da CMPartin-Inversiones y Participaciones Empresariales, SL ­ Administrador da Parsecil, SL

­ Administrador da Semapa Inversiones, SL

Não existem quaisquer incompatibilidades especificamente definidas pelo órgão de Administração, nem tão pouco se fixou um número máximo de cargos acumuláveis pelos

Administradores em órgãos de outras sociedades.

Todos os membros actuais do Conselho de Administração têm exercido nos últimos 5 anos

funções nos Conselhos de Administração, nas empresas acima referidas.

2. Comissão executiva

Os poderes delegados na Comissão Executiva são os seguintes:

a) Propor ao Conselho de Administração as políticas, objectivos e estratégias da

Sociedade; b) Propor ao Conselho de Administração, os orçamentos de exploração e os planos de

investimento e desenvolvimento a médio e longo prazo, e executá-los após a sua

aprovação;

c) Aprovar alterações orçamentais no ano social, incluindo transferência entre centros de

custo, desde que em cada ano, não ultrapassem os vinte milhões de euros;

d) Aprovar contratos de aquisição de bens ou de serviços cujo valor global em cada ano

não ultrapasse vinte milhões de euros;

e) Aprovar contratos de financiamento, solicitação de garantias bancárias, ou assumir quaisquer outras responsabilidades que representem acréscimo de endividamento, de

valor globalmente inferior em cada ano a vinte milhões de euros;

f) Adquirir, alienar ou onerar bens do activo imobilizado da Sociedade até ao valor

individual de cinco por cento do capital social realizado;

g) Tomar ou dar de arrendamento quaisquer bens imóveis;

h) Representar a sociedade em juízo ou fora dele, activa ou passivamente, bem como propor e seguir quaisquer acções, confessá-las e delas desistir, transigir e

comprometer-se em árbitros;

i) Adquirir, alienar ou onerar participações noutras sociedades até ao máximo de vinte milhões de euros em cada ano;

j) Deliberar sobre a execução da aquisição e alienação de acções próprias, quando tal

tenha sido deliberado pela Assembleia Geral, e com observância do que por aquela tenha sido deliberado

k) Gerir as participações noutras sociedades, em conjunto com o Presidente do

Conselho de Administração, nomeadamente designando com o acordo daquele os representantes nos respectivos órgãos sociais, e definindo orientações para a

actuação desses representantes;

l) Celebrar, alterar e fazer cessar contratos de trabalho;

m) Abrir, movimentar e encerrar contas bancárias;

n) Constituir mandatários da sociedade;

o) Em geral todos os poderes que por lei são delegáveis, com as eventuais limitações

resultantes do disposto nas alíneas anteriores.

3. Descrição do modo de funcionamento do órgão de Administração

O Presidente do Conselho de Administração tem as competências que lhe são atribuídas por Lei e pelos Estatutos.

A Comissão Executiva pode discutir todos os assuntos da competência do Conselho de Administração, sem prejuízo de só poder deliberar nas matérias que lhe estão delegadas.

Todos os assuntos tratados na Comissão Executiva, mesmo que incluídos na sua

competência delegada, são dados a conhecer aos Administradores não executivos, que têm acesso às respectivas actas e documentos de suporte.

Em conjunto com o Presidente do Conselho de Administração, a Comissão Executiva poderá também deliberar sobre as matérias previstas nas alíneas c), d), e) e i) atrás referidas

quando os respectivos valores, calculados nos termos ali referidos, ultrapassem vinte

milhões de euros mas não excedam cinquenta milhões.

A competência para a alteração de quaisquer condições de contratos anteriormente

celebrados e abrangidos pelas referidas alíneas c), d), e) e i) caberá ao órgão ou órgãos que teriam competência para os celebrar.

O Conselho de Administração deliberou constituir uma Comissão de Auditoria composta por: António Duarte Serrão (Presidente)

José Miguel Gens Paredes (Vogal)

Álvaro Ricardo Nunes (Vogal)

As competências da Comissão de Auditoria são aquelas que se especificam em seguida e

as que lhe forem atribuídas explicitamente pelo Conselho de Administração.

As competências genéricas são:

1. A Comissão de Auditoria não tem poderes independentes daqueles que lhe são atribuídos neste regulamento ou explicitamente pelo Conselho de Administração.

2. À Comissão de Auditoria cabe avaliar os procedimentos de controlo da informação financeira (contas e relatórios) divulgada, e dos prazos da sua divulgação, devendo,

nomeadamente, rever as contas anuais, semestrais e trimestrais do Grupo a publicar e

reportar sobre elas ao Conselho de Administração antes de este proceder à sua

aprovação e assinatura.

3. A Comissão de Auditoria aconselha o Conselho de Administração na escolha do Auditor

Externo e pronuncia-se sobre o âmbito de actuação do Auditor Interno.

4. A Comissão de Auditoria discute com o Auditor Externo os seus relatórios anuais,

aconselhando o Conselho de Administração sobre eventuais medidas a tomar.

5. No desempenho das suas funções a Comissão de Auditoria terá em atenção os seguintes factos:

(i) Alteração de políticas e práticas contabilísticas;

(ii) Ajustamentos significativos devidos a intervenção do auditor;

(iii) Progresso nos rácios financeiros relevantes e eventuais alterações no rating formal ou informal do Grupo;

(iv) Exposições financeiras significativas da tesouraria (tais como riscos de divisas, taxa de juro ou derivados);

(v) Procedimentos ilegais ou irregulares.

6. Sem prejuízo da competência normal do Conselho de Administração, a Comissão de

Auditoria é autorizada pelo Conselho de Administração a exercer os poderes de

fiscalização e auditoria do Conselho, podendo, nomeadamente, inspeccionar todos os registos contabilísticos da Empresa e suas associadas e obter informações

contabilísticas e financeiras dos funcionários do Grupo, na medida em que tais

diligências sejam necessárias para cumprimento das suas responsabilidades.

No exercício de 2007 o Conselho de Administração reuniu 7 vezes e a Comissão Executiva

44 vezes

4. Política de remuneração

As remunerações pagas em 2007 aos membros do Conselho de Administração da Portucel

totalizaram 7.101.058,20 euros, dos quais 3.558.964,30 euros pagos a administradores

executivos (5 administradores) e 3.542.093,90 euros a administradores não executivos (4 administradores). O montante total de remunerações inclui 198.037 euros pagos pela

Semapa, SGPS, S.A., onde alguns dos membros do Conselho de Administração são

igualmente Administradores. O montante total pago inclui 3.825.803,00 euros de remuneração variável e 3.275.255,20 euros de remuneração fixa.

Refira-se ainda que os montantes anteriormente apresentados, na componente da

remuneração fixa, diferem dos divulgados na nota 7 das Notas às Demonstrações Financeiras, sendo a respectiva reconciliação como segue:

Euro Remunerações fixas processadas no exercício 3.275.255 Especialização de encargos com férias e subsídio de férias 280.888 Remuneração fixa dos membros do Conselho de Administração de acordo com o Anexo às demonstrações financeiras 3.556.143 Auferidas na Portucel, S.A. 760.378 Auferidas noutras empresas do grupo 2.795.765 3.556.143

5. Política de comunicação de irregularidades

Existe nesta sociedade um “Regulamento Relativo à Comunicação de Irregularidades” que

tem como objecto regular a comunicação pelos trabalhadores da sociedade de irregularidades alegadamente ocorridas no seu seio.

Este regulamento consagra o dever geral de comunicação de alegadas irregularidades, indicando o Conselho Fiscal como entidade com competência para as receber, e prevendo

também uma solução alternativa na eventualidade de existir conflito de interesses por parte

do Conselho Fiscal no âmbito da comunicação em causa.

O Conselho Fiscal, podendo para o efeito socorrer-se da colaboração da Comissão de

Controlo Interno, deve proceder à averiguação de todos os factos necessários à apreciação da alegada irregularidade. Este processo termina com o arquivamento ou com a

apresentação ao Conselho de Administração ou à Comissão Executiva, conforme esteja ou

não em causa um titular dos órgãos sociais, de uma proposta de aplicação das medidas mais adequadas face à irregularidade em causa.

O regulamento contém ainda outras disposições, designadamente no sentido de salvaguardar a confidencialidade da comunicação, o tratamento não prejudicial do

trabalhador comunicante e a difusão do respectivo regime na sociedade.

Relatório Explicativo das matérias a que se refere o nº1 do artigo 245º- A do CMVM

Dispõe o n.º 3 do artigo 245.º-A do Código de Valores Mobiliários que o órgão de administração de sociedades emitentes de acções admitidas à negociação em mercado

regulamentado apresenta anualmente à assembleia geral um relatório explicativo de um

conjunto de matérias de governo societário identificadas no n.º 1 do mesmo artigo.

É essa explicação que se faz de seguida, com a identificação exacta das alíneas a que

respeita, sendo que, nos casos em que o conteúdo informativo resulta já do relatório sobre a estrutura e as práticas do governo societário elaborado nos termos do Regulamento da

CMVM n.º 7/2001, para aí nos limitamos a remeter.

a) Estrutura de capital, incluindo indicação das acções não admitidas à negociação,

diferentes categorias de acções, direitos e deveres inerentes às mesmas e

percentagem de capital que cada categoria representa

O capital social da Portucel é composto exclusivamente por acções ordinárias, com o valor

nominal de 1 euro cada, sendo iguais os direitos e deveres inerentes a todas as acções.

O capital é composto por um total de 767.500.000 acções, correspondentes a igual valor

nominal total em euros, encontrando-se admitidas à negociação apenas 537.250.000 acções, uma vez que 230.250.000 acções pertencentes indirectamente à Semapa, estão

actualmente indisponíveis (desde 2004 e por um período de 5 anos), em resultado da 2ª fase

de privatização da sociedade. b) Eventuais restrições à transmissibilidade das acções, tais como cláusulas de

consentimento para a alienação, ou limitações à titularidade de acções

Não existem na Portucel restrições de qualquer natureza à transmissibilidade ou titularidade

das suas acções.

c) Participações qualificadas no capital social da sociedade

Remete-se o conteúdo informativo para a respectiva parte do relatório onde é exposta essa

informação.

d) Identificação de accionistas titulares de direitos especiais e descrição desses

direitos

Não há na Portucel nenhum accionista ou categoria de accionistas que sejam titulares de direitos especiais.

e) Mecanismos de controlo previstos num eventual sistema de participação dos

trabalhadores no capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos

directamente por estes

Não existe também na Portucel qualquer mecanismo de participação dos trabalhadores no

seu capital.

f) Eventuais restrições em matéria de direito de voto, tais como limitações ao exercício do voto dependente da titularidade de um número ou percentagem de acções, prazos

impostos para o exercício do direito de voto ou sistemas de destaque de direitos de

conteúdo patrimonial

Os estatutos da Portucel determinam que para cada 1.000 acções se conte 1 voto. Existem

também prazos para apresentação da documentação necessária à participação na assembleia e para o voto por correspondência.

A participação dos accionistas com direito de voto nas reuniões da Assembleia Geral depende da apresentação à sociedade, até cinco dias antes da data da assembleia, de

documento comprovativo da titularidade das acções e do seu bloqueio até ao termo da

assembleia. Os instrumentos de representação voluntária de accionistas, quer sejam pessoas singulares ou colectivas, devem ser entregues ao Presidente da Mesa de

Assembleia-Geral até cinco dias antes do dia da reunião

g) Acordos parassociais que sejam do conhecimento da sociedade e possam conduzir

a restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto

A sociedade desconhece a existência de qualquer acordo parassocial que possa conduzir a

restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto.

h) Regras aplicáveis à nomeação e substituição dos membros do órgão de administração e à alteração dos estatutos da sociedade

Não existem na Portucel quaisquer regras especiais relativas à nomeação e substituição dos

membros dos órgãos de administração ou à alteração dos seus estatutos. Há pois nestas matérias que aplicar o regime geral que resulta do Código das Sociedades Comerciais.

i) Poderes do órgão de administração, nomeadamente no que respeita a deliberações

de aumento do capital

O contrato social da Portucel não autoriza o Conselho de Administração a deliberar

aumentos de capital.

j) Acordos significativos de que a sociedade seja parte e que entrem em vigor, sejam

alterados ou cessem em caso de mudança de controlo da sociedade na sequência de uma oferta pública de aquisição, bem como os efeitos respectivos, salvo se, pela sua

natureza, a divulgação dos mesmos for seriamente prejudicial para a sociedade,

excepto se a sociedade for especificamente obrigada a divulgar essas informações por força de outros imperativos legais

Não existem acordos de qualquer natureza que produzam efeitos em caso de mudança de controlo da sociedade na sequência de uma oferta pública de aquisição.

l) Acordos entre a sociedade e os titulares do órgão de administração ou

trabalhadores que prevejam indemnizações em caso de pedido de demissão do

trabalhador, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma oferta pública de aquisição

Não existem também acordos entre a soc iedade e os titulares dos órgãos sociais ou trabalhadores que prevejam indemnizações em caso da cessação da relação na sequência

de uma oferta pública de aquisição.

m) Sistemas de controlo interno e de risco de gestão implementados na sociedade

Existem sistemas de controlo interno e de risco de gestão implementados nos moldes descritos no ponto 3 do capítulo I do relatório sobre a estrutura e as práticas do governo

societário elaborado nos termos do Regulamento da CMVM n.º 7/2001, para onde se

remete.

Informações a que se referem os artigos 447º e 448º do CSC

1. NÚMERO DE ACÇÕES DETIDAS PELOS TITULARES DOS ÓRGÃOS SOCIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007

(ao abrigo do artº 9º do Regulamento da CMVM nº4/2004)

Informa-se que o Presidente da Comissão Executiva, José Alfredo de Almeida Honório e que

o Presidente do Conselho Fiscal, Duarte Nuno d´Orey da Cunha, são titulares,

respectivamente, de 20.000 e 1.455 acções da Semapa – Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, SA.

Informa-se também que os membros do Conselho de Administração abaixo indicados são titulares das seguintes acções da Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.:

­ Manuel Maria Pimenta Gil Mata 20.000 acções ­ António José Pereira Redondo 6.000 acções

­ Adriano Augusto da Silva Silveira 2.000 acções

Os restantes membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização da sociedade e das

sociedades que com ela se encontram em relação de domínio ou grupo, não são titulares de acções ou obrigações das mesmas sociedades.

Durante o ano de 2007 foram efectuadas pelos membros dos Órgãos de Administração e

Fiscalização da Sociedade as seguintes transacções:

Conselho de Administração Transacção Nº Acções Data Preço Uni.

Carlos Eduardo Coelho Alves Venda 153 600 28/02/2007 2,63

Duarte Nuno D´Orey da Cunha Compra 2 000 23/07/2007 3,12

Duarte Nuno D´Orey da Cunha Compra 5 000 21/08/2007 2,86

Duarte Nuno D´Orey da Cunha Compra 1 200 31/12/2007 2,24

2. LISTA DE PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS À DATA DO RELATÓRIO (em cumprimento do artº 9º do Regulamento da CMVM nº 04/2004):

Entidade Imputação Nº de acções

% capital e direitos de

voto

Semapa - Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A.

Directa 48.205.723 6,28%

Seinpar Investments BV Soc. Dominada 281.152.015 36,63%

Seinpart - Participações, SGPS, SA Soc. Dominada 230.839.400 30,08%

Credit Suisse InternationalAcções que a Semapa pode adquirir em virtude de acordo celebrado com o titular

8.708.5001,13%

Semapa Inversiones S.L. Soc. Dominada 8.507.018 1,11%

Seminv - Investimentos, SGPS, SA Soc. Dominada 590.400 0,08%

Cimentospar - Particiapções Sociais SGPS, Lda Soc. Dominada 589.400 0,08%

Duarte Nuno d´Orey da Cunha Membro dos orgãos sociais 13.900 0,002%

António Paiva de Andrada Reis Membro dos orgãos sociais 4.400 0,001%

Total de acções imputáveis à Semapa 578.610.756 75,4%