PORTFÓLIO - Volume I
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LABORATÓRIO I
Curso de Mestrado em TEATRO E COMUNIDADE
PORTFÓLIO
ESCOLA SUPERIOR DE TEATRO E CINEMA
Volume I – Parte Prática
O Porfólio
volume I – Parte Prática
MESTRADO EM TEATRO E COMUNIDADE LABORATÓRIO TEATRAL –
Rita Wengorovius
O que é um Portfolio de aprendizagem ?
“O Portfolio é um registo do progresso de aprendizagem de Um aluno: o que se aprendeu e como; como o aluno Pensa, questiona, analisa, sintetiza, produz, cria; e como é Que ela interage – intelectualmente, emocionalmente e Socialmente – com os outros.” in Cathy Grace (1995) “The
Portfolio and its use “
Portfolio é uma colecção intencional do trabalho do aluno que mostra à próprio, ou a outros os seus esforços ou as suas conquistas numa ou em mais áreas. Arter and Spandel
(1991) Using Portfolios of Students Work in Instruction and assessment.
O que são Portfolio? Um álbum do crescimento, da aprendizagem e do desenvolvimento (Parente, 2002) Portfolio In Dicionário de sinónimos: Selecção Caixa Colecção Arquivo Grupo Pasta Conjunto Dossier Sortido
Quando ouvimos falar em Portfolio, a primeira imagem que nos surge é a dos Portfolio dos artistas plásticos, fotógrafos, actores de teatro.
Normalmente, o seu Portfolio consiste numa colecção dos seus trabalhos já
realizados ou em desenvolvimento, através da qual procuram comprovar as
suas capacidades criadoras e artísticas, evidenciar as suas características
pessoais e profissionais.
No entanto, nos últimos anos, outras áreas profissionais têm descoberto no
Portfolio um instrumento autêntico e precioso na avaliação do desenvolvimento.
Concretamente na área da Educação, diversas experiências têm sido realizadas no sentido de utilizar o Portfolio quer na avaliação dos professores em formação, quer na aprendizagem dos alunos.
Um Portfolio de evidências de aprendizagens é uma "colecção organizada e devidamente planeada de trabalhos produzidos por um aluno ao longo de um dado período de tempo, e que procura evidenciar as diversas componentes do seu desenvolvimento (cognitivo, metacognitivo, moral, afectivo...) e do seu percurso escolar".
Utilizando as palavras de Sá-Chaves (1998:140), é como se fosse "uma longa, longa carta, sempre enviada a si próprio e ao formador (professor) e também sempre devolvida, porém, sempre enriquecida por nova informação".
O Portfolio pode apresentar inúmeras vantagens, quando bem planeado, organizado e planeado. A avaliação é mais autêntica, pois decorre directamente do desenvolvimento das tarefas da aprendizagem; é mais participada, porque envolve a partilha do poder entre professor, é reflexiva, pois permite rever critica, consciente e sistematicamente o trabalho feito; estimula o desenvolvimento da autonomia; promove a descoberta, a pesquisa e a experimentação; desempenha um papel importante na estruturação e organização do currículo; proporciona ao professor um melhor conhecimento acerca do aluno, das suas características, das suas necessidades, da metodologia que melhor se adapta a cada um; contribui para o aumento da auto-estima do aluno, na medida em que tem mais possibilidades de mostrar o que sabe e o que consegue fazer.
Pressupõe-se um ambiente de aprendizagem que valoriza as capacidade de reflexão, análise crítica, aprendizagem pelo erro, cooperação, partilha de poder, que propõe diversas oportunidades para os alunos mostrarem as suas reais capacidades (e não se centre nos testes de avaliação), que tem por base a responsabilização dos alunos pelo seu próprio trabalho e a sua crescente autonomia.
O aluno pode criar o seu Portfolio de trabalhos, ao ritmo das suas capacidades, e a partir deles criar jogos para treinar os conhecimentos adquiridos, de uma forma lúdica e desafiaste. O professor pode visitar esse Portfolio e desta forma melhor orientar o aluno quando necessário.
O Portfolio enquanto ferramenta pedagógica pode ser descrito como uma colecção organizada e planeada de trabalhos produzidos pelo(s) aluno(s), ao longo de um determinado período de tempo, de forma a poder proporcionar uma visão alargada e detalhada da aprendizagem efectuada bem como das
diferentes componentes do seu desenvolvimento cognitivo, metacognitivo e afectivo. Reflecte também a identidade de cada aluno, de cada professor, em determinado contexto.
Cada aluno enquanto construtor do seu desenvolvimento ao longo da vida. Permite uma verdadeira avaliação contínua.
. O uso de Portfolio de aprendizagem dá relevância e visibilidade ao processo formativo de aquisição, treino e desenvolvimento de competências. O seu carácter compreensivo, de registo longitudinal, permite detectar dificuldades e agir em tempo útil, ajudando o aluno a melhorar. Possibilita a compreensão tanto da complexidade, como das dinâmicas de flutuação do crescimento do saber pessoal. Valoriza e fomenta a reflexão sobre aprendizagem, o que conduz ao aprofundamento do auto-conhecimento.
Pequenos passos para a construção do Portfolio em Teatro e Comunidade
Pensar numa estrutura organizativa: • Como vou separar e organizar a informação? • Qual a linha do tempo (momentos em que serão Recolhidos dados e partilhadas as informações)
O Portfolio poderá, pois, incluir diversos itens, conforme a sua organização, e
de acordo com a sua expressão individual e criadora, mas deve apresentar:
Dividir o Portfolio como o programa do laboratório Teatral em
comunidades: Actor social 1, 2, 3,4
Relatórios, anotações, rascunhos, esboços das aulas/sessões de
trabalho e ensaios
Registo da construção da performance descrevendo processo criativo (ver texto meu sobre processo de construção da performance que reflecte as minhas estratégias de montagem)
Registo e reflexões do aluno enquanto actor da performance e como monitor do atelier com as crianças (o que sentiu/ o que reflectiu/o que aprendeu /que competências treinou)
Mapas mentais : para levantamento da infância para construção de guiões para improvisações, aulas, histórias, trabalhos plásticos realizados
Fotografias dos momentos de aprendizagem. (comentados por legendas e/ou sensações, imagens, ideias, conceitos, frases)
Pode incluir reflexões do aluno, pesquisas feitas por sua iniciativa acerca do Teatro e Comunidade
Vantagens da utilização dos Portfolio como avaliação: • Celebra o desenvolvimento / aprendizagem através do tempo (ênfase nos processos e nos produtos) • Acontece num contexto real • Apoia o planeamento; “avaliar para aprender” • Coloca o enfoque nos aspectos positivos do aluno: centra-se Na concepção de “aluno competente” • Proporciona a participação do aluno no processo de Avaliação; promove processos de negociação • Promove a reflexão e tomada de consciência sobre a Aprendizagem • Proporciona a partilha de informação com os outros O Portfolio deve apresentar: Trabalhos dos alunos – Produtos ou fotografias comentados Registos de observações (escritos + fotografias) Incidentes críticos ou anecdotal records Histórias de aprendizagem Observações orientadas Registos de actividades (mapa das actividades) Tarefas Projectos Gravações áudio e vídeo – entrevistas, discussões, apresentações de Trabalhos, etc. Registos de ensaios
Nota: Estas orientações são apenas para dar pistas para a construção do seu portofólio poderá acrescentar outras. A criação é bem vinda!
Bibliographic acerca do tema: CARR, M. (2001) “Assessment in Early Childhood Settings: Learning Átrios”. London: Paul Chapman Publishing. MACDONALD, S. (1997) “The Portfolio and its use - a Road Map for Assessment”. Little Rock: SECA. FORMOSINHO, J.; PARENTE, C. (2005) “Para uma pedagogia da Infância ao serviço da equidade: o Portfolio como visão alternativa da Avaliação. Infância e Educação” – Investigação e Práticas nº 7. GEDEI, Porto Editora SHORES, E.; GRACE, C. (2001) “Manual de Portfolio: Um guia passo a passo para o professor. Porto Alegre: Artmed Editora
Itens para Portfolio do Laboratório Teatral I
Professora: Rita Wengorovius
Data de entrega: Dia 24 Junho ás 14.00
Objectivos do Portofólios: - Construir um portofolio individual para o seu percurso teórico e pratico no âmbito do Teatro e comunidade .O portofolio é para ser partilhado com a turma de forma a sensibilizar os alunos para a importância da utilização de instrumentos de registo e avaliação em Teatro e Comunidade
- Desenvolver a auto-consciência nos processos de criação e expressão artística bem como a capacidade de comunicação no seio do grupo.
- Desenvolver a cultura artística e o sentido estético nos alunos através da reflexão das praticas através da ligação estabelecida entre o Laboratório e as suas praticas e contextos de intervenção teatral
- Capacitar os futuros Artistas Pedagogos e Criadores ( Directores de actores , encenadores, animadores de projectos etc.) para a prática Teatral através de criação de espectáculos e trabalho de projecto através de actividades de expressão dramática e criatividade teatral come para as diferentes comunidades
Guião do Portofolio
A organização do Portfolio deve exprimir de uma forma individual e criadora o perfil do aluno, e deve apresentar os seguintes itens:
1. Dividir o Portfolio como o programa do laboratório Teatral em comunidades: Actor social 1, 2, 3, 4
2. Para cada actor social fazer a ligação à prática de trabalho do aluno com as diferentes comunidades e a partir dela e da prática realizada em Laboratório estabelecer pontes com o trabalho autónomo dos alunos. Quem não tiver essa prática reflecte acerca do princípios que defende – os seus pressuposto estéticos e éticos em Teatro e comunidade
3. Acerca de cada actor social, e fazendo sempre relação com a sua prática teatral e pedagógica o aluno deve reflectir acerca de boas praticas e pressupostos éticos e estéticos do TEATRO E COMUNIDADE sempre de dois pontos de vista diferentes o COM a comunidade e o PARA a comunidade
Por exemplo que teatro quero/faço/defendo com a comunidade (crianças) e para a comunidade crianças.
Por exemplo que teatro quero/faço/defendo com a comunidade (idosos) e para a comunidade idosos
Esta visão deve ser teórica e prática deve ser sustentada em autores de referência( Viola Spolin, Peter Brook, Giselle Barret, Peter Slade, Augusto Boal, entre tantos outros) Pretende-se trabalhar os dois perfis de saída do mestrado através do “teatro com a comunidade” exprimir o perfil do aluno de artista pedagogo , e através da reflexão “ teatro para a comunidade”o perfil do criador.
4.Pretende-se com este Portofólio abordar e reunir as diferentes metodologias do teatro e comunidade, com relevância para aquelas que propõem a articulação entre uma estética cénica e uma investigação laboratorial direccionada para diferentes públicos: crianças, jovens, adultos, 3ªidade, grupos de risco e exclusão, movimentos associativos, empresas relatórios para tal deve apresentar anotações, rascunhos, diários de bordo, esboços das aulas/sessões de trabalho.
5.Registo dos trabalhos de Laboratório : Actor social 4 (Teatro Fórum para professores) Actor social 1 (Estendal Poesia) e trabalho final (Ensaios do trabalho final , a performance e aula aberta)
6. Registo da construção da performance descrevendo processo criativo do grupo (guião da performance e Planificação da sessão) este item pode ser realizado em grupo
7. Registo e reflexões do aluno enquanto actor da performance e como monitor do atelier em Teatro e comunidade (o que sentiu/ o que reflectiu/o que aprendeu /que competências treinou)
8. Anexos:
8.1: Ficha de Trabalho de projecto
8.2: Ficha de planificação de sessão de Teatro fórum
8.3: Avaliação da actividade Actor social 1
8.4. Mapas mentais: para levantamento de memorias, para construção de guiões para improvisações, aulas, histórias, trabalhos plásticos realizados
Fotografias dos momentos de aprendizagem. (comentados por legendas e/ou sensações, imagens, ideias, conceitos, frases)
9. Pode incluir reflexões do aluno, pesquisas feitas por sua iniciativa acerca do Teatro e Comunidade
Avaliação da Unidade Didáctica Laboratório Teatral I: Avaliação contínua. Parâmetros: Assiduidade (10%) Participação e Portofólios (20%) Portofólios Auto-avaliação (20%) Realização dos trabalhos propostos ao longo do semestre (10%) Concepção e realização dos projectos teatrais e de formação (40) * * Inclui sessão de Teatro fórum para professores de educação pela Arte ,Sessão para Actor Social 1 “Estendal da Poesia” e Trabalho Final de Performance e Aula Aberta
Metodologia - Trabalho prático de Laboratório em Teatro e Comunidade
- Aulas teórico-práticas onde foi dada prioridade ao envolvimento e à participação directa dos alunos na criação de projectos em Teatro e comunidade com os diferentes Actores Sociais
- Registo em avaliação continua em Portfolio do laboratório Teatral
Bibliografia:
CARR, M. (2001) “Assessment in Early Childhood Settings: Learning
Átrios”. London: Paul Chapman Publishing.
MACDONALD, S. (1997) “The Portfolio and its use - a Road Map for
Assessment”. Little Rock: SECA.
FORMOSINHO, J.; PARENTE, C. (2005) “Para uma pedagogia da
Infância ao serviço da equidade: o Portfolio como visão alternativa da
Avaliação. Infância e Educação” – Investigação e Práticas nº 7.
GEDEI, Porto Editora
SHORES, E.; GRACE, C. (2001) “Manual de Portfolio: Um guia passo
a passo para o professor. Porto Alegre: Artmed Editora
Breves reflexões e trabalhos sobre algumas sessões
Sessão I
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BREVE ENQUADRAMENTO HISTÓRICO DO TEATRO NA ARGENTINA !!
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En 1783 se creó en Buenos Aires la primer Casa de Comedias; el gestor de esta empresa fue el Virrey de las Luces, como se le llamaba al Virrey Vertiz. El teatro de La Ranchería desapareció por un incendio en 1792; allí se estrenó, tres años antes, Siripo de Manuel José de Lavarden, considerada la primera obra de un autor local. Cuatro años después del incendio de La Ranchería, se inauguró una nueva sala teatral, el Coliseo Provisional; y se la consideró como la sala de la revolución, quizá por lo cercana que ya se hallaba la revolución de mayo de 1810. En este teatro se estrenó El detalle de la acción de Maipú, cuyo autor se desconoce; una obra en la que se glosan con habilidad costumbres populares.
Más tarde estuvo en cartel El hipócrita político, sólo se conoce del autor lo que podrían ser sus iniciales: P.V.A. ; se trató de una comedia urbana, en la que se reflejaba el hogar porteño de la época. También en aquel teatro, se estrenó Túpac Amaru (o La revolución de Túpac Amaru), una tragedia escrita en verso, la historia registra la revolución indígena que se produjo en 1780 en Tungasuka, Perú.
!
Tiempo después, cuando Juan Manuel de Rosas se hallaba a la cabeza de un gobierno absolutista, apareció la petite pieza El gigante amapolas de Juan Bautista Alberdi; en esta ocasión Alberdi utiliza por primera vez elementos del absurdo y del grotesco en la dramática argentina.
Mientras esto ocurría, diversas compañías europeas visitaban el Río de la Plata en forma continuada. Por otra parte, el circo se desarrollaba bajo la influencia de los ejemplos europeos y latinoamericanos en este género, sobre todo de aquellos que en sus giras incluían a la Argentina.
Descuartizamiento de Túpac Amaru. Grabado de la época.
Juan Moreira, en versióde José Podestá.
Calandria, de Martiniano Leguizam
En 1884 apareció el drama gauchesco Juan Moreira en forma de pantomima en el circo. Este folletín, de Eduardo Gutierrez, que apareció en un diario de Buenos Aires, fue la base de la primera pieza de teatro gauchesco, que más tarde se completó dramáticamente con textos extraídos de la novela (1886). Este ciclo se cerró en 1896, al estrenarse Calandria de Martiniano Leguizamón.
Por ese entonces Buenos Aires recibía gran cantidad de inmigrantes que llegaban a estas tierras en busca de una vida mejor. Con ellos, y de parte de los españoles, vino el sainete, estilo teatral que dio origen al sainete criollo. Surgió en ese momento, un grupo de autores que se inscribieron en este estilo y que contaban la vida de los porteños en los conventillos, en las calles y en los cafés. Entre ellos podemos citar a Roberto L. Cayol, Carlos M. Pacheco, José González Castillo, Alberto Novión y Alberto Vacarezza. !!
A partir del comienzo del siglo XX la actividad teatral en Buenos Aires fue intensa. Diferentes compañías estrenaron numerosas obras inaugurándose de este modo la época de oro. Florencio Sánchez, Gregorio de Laferrere y Roberto J. Payró, dieron a la actividad una creatividad poco común. !!
Todos los estilos aparecen uno a uno, el sainete criollo, la gauchesca, la comedia de costumbre y alcanzaron su más alto lugar con Armando Discépolo. Fueron treinta años de numerosos autores y actores.
Alberto Vacarezza
Las de Barranco de Gregorio de Laferrere.
Florencio Sánchez.
Barranca Abajo, de Florencio Sánch
Las Fotografías de la nota fueron gentilmente cedidas por el Instituto Nacional de Estudios de Teatro.
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Fonte: <http://www.surdelsur.com/teatro/teain/teain1.htm> !!
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José Galissa e a Cultura Mandiga da África Ocidental José Galissa é um dos raros especialistas em Portugal da Cultura Mandinga, uma das mais importantes da África Ocidental. No site deste músico guineense poderá ficar a conhecer um pouco melhor o grupo "Bé La Nafa" e também ouvir alguns trechos musicais. Tem revelado a sua formação pedagógica e humanista na transmissão desses saberes a crianças do ensino básico, a alunos da Escola Superior de Educação de Lisboa, a estudantes de cursos superiores de Música e Teatro, e em Conferências Internacionais em que participou (...)
(Domingos Morais) !!
De nacionalidade guineense, Galissa é um músico que pelas suas qualidades merece ser considerado um dos melhores representantes da cultura Mandinga, sendo um exímio tocador de Korá. Foi Director do Ensemble Instrumental do Grupo de Ballet do Instituto Nacional de Arte da Guiné-Bissau, tendo nessa qualidade realizado vários espectáculos na Guiné Bissau e no estrangeiro. Foi Professor de Korá na Escola Nacional de Música José Carlos Schwartz, em Bissau. !!
Das actividades realizadas em Portugal, merecem destaque a realização de uma gravação para a edição de um CD, a realização de vários cursos para alunos da Escola Superior de Educação de Lisboa e da Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa sobre a música e cultura guineense e de sessões musicais para crianças do 1º e 2º ciclo do ensino básico. !!
É de destacar também a realização de concertos com o músico português Gil Nave, em Évora, Beja, Guarda, Covilhã, Famalicão, Proença a Nova, Caldas da Raínha e Alpedrinha Participação em programas de rádio e televisão, nomeadamente na Antena 2, RTP Internacional, Rádio Renascença e RDP África. !!
Galissa participou ainda em concertos realizados por iniciativa da EXPO98, e Porto 2.001, e em trabalhos discográficos de João Afonso, Amélia Muje, Herménio Meno, e na colectânea "Mon na mon" Sobre o Grupo "Bé La Nafa" O grupo Bé la Nafa foi criado em Bissau por José Galissa em 6 de Junho de 1997. Bé la Nafa é uma frase em língua Mandinga que traduzida para português quer dizer "Bem estar para todos". Esta designação foi dada pelos habitantes dos bairros de Bissau a José Galissa e aos seus músicos, quando animavam casamentos, baptizados, cerimónias religiosas e outras. José Galissa, ao escolher este nome para o seu grupo, quis desta forma prestar homenagem aos seus compatriotas guineenses que muito têm contribuido para o seu reconhecimento e projecção internacional.. . !!
O grupo apresentou-se pela primeira vez em Portugal em Setembro de 1977, no Festival da Lusofonia organizado pelo CENDREV (Évora). O grupo Bé la Nafa é actualmente constituído pelos seguintes músicos: José Galissa: Korá, voz e direcção | Braima Galissa: Korá | Kimi Djebate: Balafon | Gueladjo Sané: Jimbé e percussões | Mamadi Djebaté: guitarra.
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O kora foi inventado por Djali Mady Wulen em Gabú. Os primeiros Kora’s eram
constituídos por 21 cordas feitas de pele de Gazela bem trançadas e finas. Com a chegada
dos Europeus as cordasforam mudadas para os fios de pesca (nylon). Em Gabú os
músicos de Kora são conhecidos pelo apelido Galissá.
Os materiais que constituem o kora são: a cabaça, metal, as cordas, madeira,recortes de
pano que servem para protecção do cavalete e rebites, sendo que antigamente, no lugar
desses rebites se usavam pedaços afiados de canas de bambu que seguravam a pele à
cabaça do instrumento.
Kora no dialecto Mandinga significa o "instrumento que abrange tudo".
Desempenha um importante papel na vida cultural da sociedade Mandinga e por outro lado
tem associado a história do povo Mandinga, que são recitadas em ocasiões especiais.
O Kora envolve tudo e todos, sejam trovadores ou historiadores. Implica a educação, a
saúde e a cultura. Para o Galissá, abarca mesmo tudo.
O Kora surgiu, segundo os familiares do Galissá, nos meados do século XIII.
Sucedeu o "tonkoron" que evoluiu para o "bolonbata" e de etapas em etapas desenvolveu-
se até aparecer o Kora que conhecemos com 21 (ou mais) cordas.
O kora já há algum tempo que tem servido aos psicólogos na avaliação de doentes
mentais. O kora actualmente é estudado por vários especialistas, quer educadores infantis,
antropólogos, etnomúsicólogos, por muitas culturas nas universidades europeias,
principalmente nas academias musicais e museus etnográficos.
Sessão VI
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Nasce em 1948, em Wuppertal!
1967
Estuda design gráfico na Folkwang Hochschule für Gestaltung em Essen
1990
Professor de ilustração na Fachhochschule Düsseldorf
Desde
1997 Professor nas áreas de arquitetura, design, arte na Bergische Universität
Wuppertal
Prémios Escolhidos:
2003 Prémio “Gutenberg” da cidade de Leipzig e Prémio Especial do „Deutschen
Jugendliteraturpreis“ para sua obra completa
2006 Prémio Hans Christian Andersen
Wolf Erlbruch mora, actualmente, com a sua familia em Wuppertal.
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1+&-'")0!-').!
temasInfância, crescimento,diferença, tempo, relações,filosofia.
antes de ler
depois de ler
Estas são algumas sugestões de actividades que se podem seguirà leitura do livro “A grande questão”.Sintam-se à vontade para adaptarem aos vossos níveis de ensino.Bom trabalho!
Explorar a capa e o título. Abrir o livro mostrando a capa e acontracapa de forma a visualizarem o menino em cima domundo.Pedir que formulem todas as hipóteses possíveis sobre o seuconteúdo, a partir destes elementos.Diferentes personagens respondem a uma grande questão. Masque questão é essa?
Como a questão nunca é colocada, pedir aos alunos que tentemadivinhar qual será afinal a grande questão.Depois de adivinhada, sugerir que cada um dê a sua respostaà grande questão.
Revisitar e comentar algumas ilustrações: o pássaro com acolagem de uma pauta musical sugerindo o seu canto. Osquadrados azuis do gato que também representam o fumo dobarco do marinheiro, o papel quadriculado para o barco, parao pato e o padeiro, etc.
O que diria...?Lançando um nome de um objecto, de uma pessoa ou de umanimal, os alunos sugerem qual seria a resposta desse objecto,pessoa ou animal. Aqui ficam alguns para começar:A chave, o piano, o perfume, a mala, o bilhete da lotaria, o macaco,o super-homem, o pintor, a casa, o livro, o calendário, etc.
A grande questãoW O L F E R L B R U C H
escrever Criar o seu próprio livro “A grande questão” com diferentespersonagens e diferentes respostas daquelas que Wolf Erlbruchnos apresenta.
Perguntas e respostas des(encontradas)*Em pares, um dos alunos escreve perguntas iniciadas por“Quem é...?” ou “O que é...?” e o outro, num papel separadoe sem saber qual será a pergunta, escreve uma resposta iniciadapor “É...”Quando ambos tiverem finalizado um número igual de perguntase respostas, podem ler as suas frases e registar perguntas erespostas.Ex:- O que é a nota dó?- É um fenómeno que ocorre ao fim da tarde.- O que é o pensamento?- É um homem de três cabeças.
Porquês vulgares/ Respostas extraordinárias*Criar perguntas sobre fenómenos e imaginar para elas respostasfantásticas.Ex:- Por que é que o mar é salgado?- Porque está mal temperado.- Por que é que Saturno tem nuitos anéis?- Porque tem muitos dedos.
* 70+7 propostas de Escrita Lúdica”, de M. Leão e H. Filipe, Porto Editora
A grande questãoW O L F E R L B R U C H
A grande questãoW O L F E R L B R U C H
ateliê filosófico Sendo este livro completamente propenso à discussão filosófica,aqui vos deixamos alguns tópicos de discussão que retiramos dedois capítulos do livro “O que é vida?” da colecção Filosofia paracrianças editado pela Dinalivro.
O homem existe. Isto é evidente. Porém, às vezes faz uma pausa,olha para si mesmo com um grande espanto e pergunta por queé que está aqui: será que a sua existênica tem realmente umsentido? É Deus ou a natureza que o fizeram existir? A Terra nãoseria melhor sem o homem? O homem é inteligente. Mas logo quevê aquilo que conseguiu fazer, divide-se entre a admiração e o medo.O homem terá bons motivos para existir, uma missão a cumprir oua sua existência é um acaso que precisamos de saber aceitar?
Por que é que o homem existe?
Porque Deus assim o quis.Sim, mas...O que é que Deus queria fazer com o homem?E de que Deus se trata?E se não acreditarmos em Deus?
Porque a vida evoluiu milhões de anos até se chegar ao homem.Sim, mas...Por que é que a vida apareceu na terra?Poderia o homem não ter existido?O objectivo final desta evolução é o homem?
Porque a Terra tinha de ser habitada.Sim, mas...A Terra precisava do homem?O homem precisava da Terra?O homem não corre o risco de destruir a Terra?
Porque é o único a poder compreender e a explicar as coisas.Sim, mas...Para que é que serve compreender e explicar’Isso quer dizer que o homem é superior a um animal, a uma árvoreou a uma estrela?Como é que sabemos que o homem é o único a compreender.
Para nada.Sim, mas...Será que dizemos isso porque não sabemos a resposta?O homem poderá existir apenas para si mesmo?O homem pode não servir para nada?É aflitivo estarmos cá para nada?
A grande questãoW O L F E R L B R U C H
Todos os dias nos levantamos, comemos, fazemos as nossas coisase continuamos a existir. Porquê? Para aprender, para nos divertirmos,para trabalhar, para amar, para ter filhos, para ajudar os outros.Ou simplesmente porque estamos de boa saúde. É mesmo precisosaber por que é que vivemos? Para alguns, a vida, com a sua riquezae com o seu mistério, é uma resposta suficiente. Para outros, torna--se necessário colocar esta questão para que a vida faça sentido.
Por que é que vivemos?
Para trabalhar.Sim, mas...Trabalhamos para viver ou vivemos para trabalhar?Afinal, trabalhar serve para quê?E se não gostarmos de trabalhar?E se não tivermos trabalho?
Para aproveitar a vida.Sim, mas...Podemos aproveitar a vida o tempo todo?Podemos aprender a aproveitar a vida?Será que toda a gente aproveita a vida?Isso é suficiente para preencher a vida?
Porque os nossos pais se encontraram.Sim, mas...Os pais escolhem os seus filhos?Quem serias tu se não tivesses nascido?São só os nossos pais que nos fazem?
Para ter filhos.Sim, mas...Fazemos uma criança por nós ou por ela?Estaremos menos vivos se não dermos vida?Podemos viver através dos filhos?
Porque estamos de boa saúde.Sim, mas...Escolhemos estar de boa saúde?É suficiente sentirmo-nos bem com o nosso corpo para vivermos bem?Deixamos de viver quando estamos doentes?
Para que os outros não estejam sozinhos.Sim, mas...Por que é que precisamos uns dos outros?Vivemos para nós ou para os outros?Os outros seriam os mesmos se tu não existisses?
Bom trabalho. Enviem os resultados das vossas actividadespara a Bruaá.
Ideias gerais
Ficha de improvisação Estas fichas são inspiradas nos ensinamentos de Viola Spolin Introduzem-se no início da reunião dizendo que no fim , na última ! hora haverá uma improvisação A aplicação de Quebra-gelos depende do grupo, deve no entanto haver algum à-vontade entre os elementos do grupo com que se vai trabalhar.
Há uma ficha de improvisação que se dá ao grupo que inclui:
Temática Cena Tempo de criação Tempo de realização QUEM? O QUÊ? ONDE? Tópicos para intervir na improvisação Guião do debate
Pode indicar os nomes dos intervenientes, se for relevante, bem como dar nome à peça e ao grupo
Por um Teatro Umano- Rita wengorovius
Cena I “ NOME DA CENA”
Temática : “A relação Escola / Sistema” é um exemplo
Tempo de Criação: não deve ultrapassar os 15 minutos
Dá-se 8’ para se poder ir até aos 15’.
Este tempo inclui a preparação do grupo para a improvisação e
dar 3 respostas de solução para a situação em análise.
Tempo de realização: A apresentação não deverá exceder os 5’
QUEM São as personagens. Diz-se quem é (o pai, a ministra), e quanto
mais adjectivos usamos para o caracterizar, mais enriquecemos o
personagem. Os adjectivos podem vir entre ( ).
ONDE Onde se passa a acção
Para cada ficha só há um local de acção
O QUÊ Apresenta a temática através de um conflito teatral- é um
problema que nesta ficha vai ser resolvido.
Os problemas devem ser pequenos mas polémicos para terem
muitas soluções.
Apresentar duas soluções para cada problema.
Por um Teatro Umano- Rita wengorovius
A ficha de improvisação inclui, para o técnico
Tópicos para intervir na improvisação Haverá alguns dos outros pais que queira experimentar?
E o que é que cada um de nós pode fazer para melhorar esta
situação?
Tópicos específicos para intervir na improvisação
Possíveis soluções
Guião do debate Orientações, ideias essenciais, vectores para o técnico que se
propõe promover e orientar o debate
NOTA:
A ficha de improvisação (Ficha-mãe), pode sugerir outras
situações de debate (fichas-filhas).
Por um Teatro Umano- Rita wengorovius
Ideias gerais
Ficha de improvisação Ficha de improvisação Temática :
Cena:
QUEM? O QUÊ? ONDE? Por um Teatro Umano- Rita wengorovius
Ficha de improvisação Cena I “ Eu quero, posso e mando”
Temática : A relação Escola / Sistema
QUEM
A Ministra da Educação (obstinada e autoritária)
Agente Educativo que pode ser professor, educador, animador,
monitor (entra submisso, sai inconformado)
Pai, Representante da Associação de Pais ( do preocupado ao
inconsequente)
ONDE No Ministério da Educação, em Lisboa, na Av. 5 de Outubro, às
10 horas.
O QUÊ Reunião no Ministério acerca do prolongamento de horários no
1º ciclo.
A Ministra da Educação vai transmitir os novos despachos
O Agente Educativo questiona a qualidade das actividades, dos
conteúdos, dos espaços no prolongamento de horário
Pai, Representante da Associação de Pais questiona acerca da
gratuitidade, das férias escolares e os horários
Por um Teatro Umano- Rita wengorovius
Ficha de improvisação
(para o técnico) Cena I “ Eu quero, posso e mando” Temática : A relação Escola / Sistema Tempo de Criação: 8’ Tempo de realização: 5’ QUEM
1. A Ministra da Educação (obstinada e autoritária)
2. Agente Educativo que pode ser professor, educador, animador, monitor (entra submisso, sai inconformado)
3. Pai, Representante da Associação de Pais ( do preocupado
ao inconsequente) ONDE No Ministério da Educação, em Lisboa, na Av. 5 de Outubro, às 10 horas. O QUÊ Reunião no Ministério acerca do prolongamento de horários no 1º ciclo.
A Ministra da Educação vai transmitir os novos despachos O Agente Educativo questiona a qualidade das actividades,
dos conteúdos, dos espaços no prolongamento de horário Pai, Representante da Associação de Pais questiona acerca
da gratuitidade, das férias escolares e os horários É aqui que se gera a grande discussão
Nota: a seguir pode ser a continuação da cena, o pai sai e fala com outros pais sobre sugestões alternativas (fichas-filhas)
Ficha de improvisação Cena I “ Eu quero, posso e mando”
Temática : A relação Escola / Sistema
Tópicos para intervir na improvisação
E O QUE É QUE CADA UM DE NÓS PODE FAZER PARA MELHORAR ESTA SITUAÇÃO? (Tópicos para intervir na improvisação)
(Possíveis soluções)
1. A ministra ouvir os parceiros
2. o agente educativo procura entender as razões das leis
3. os pais , o que poderiam fazer pela escola?
Repete-se a cena mas os intervenientes têm uma atitude diferente
Guião do debate
Trabalhar a atitude participativa dos pais, agentes educativos e
ministra
Promover a reflexão conjunta
Promover a explicitação de diferentes pontos de vista
Por um Teatro Umano- Rita wengorovius
Ideias gerais
Ficha de improvisação
Fichas-mãe e fichas-filhas
A ficha mãe e as fichas-filhas têm a mesma temática
Um grupo apresenta o conflito, ficha.mãe
Outros dois grupos apresentam 2 soluções, cada um a sua -
fichas-filhas.
Apresentar duas soluções para cada problema.
O que quer que tenhamos tem de ser muito concreto.
Por um Teatro Umano- Rita wengorovius
Ficha de improvisação-
ficha -filha
Cena I “ Eu quero, posso e mando”
Temática : A relação Escola / Sistema
Ficha solução 1 Tempo de Criação: 8’
Tempo de realização: 5’
ONDE Na escola.
QUEM 4 pais ou mães
O QUÊ Estão numa reunião e os pais procuram todos juntos estratégias de
participação / cooperação na escola. Dividem tarefas e apresentam
soluções
Tópicos para intervir na improvisação
1-identificar os problemas existentes na escola
2-o que é que elels podem fazer face aos problemas existentes?
E como?
3- Apresentação do plano à escola, personificada no público.
Guião do debate
Promover a reflexão,o espírito de equipa e a iniciativa conjunta.
Por um Teatro Umano- Rita wengorovius
Ficha de improvisação-
ficha -filha
Cena I “ Eu quero, posso e mando”
Temática : A relação Escola / Sistema
Ficha solução 2 Tempo de Criação: 8’
Tempo de realização: 5’
ONDE Numa sala da Instituição (escola, ATL, espaço lúdico,...)
QUEM Agentes educativos
O QUÊ Com o problema que temos de prolongamento de horários que
soluções poderemos encontrar?
Tópicos para intervir na improvisação
1-mantermo-nos como solução alternativa à escola
2-irmos à escola
3-aceitar as mais valias dos pais e promover a sua participação na
escola
Guião do debate
Minimizar a resistência à mudança face a directrizes ministeriais
Por um Teatro Umano- Rita wengorovius
Ficha de improvisação
Temática : participação dos pais na escola
Cena Deixem-me entrar!!
Deixem-me sair!!!!
QUEM Os pais
ONDE Na escola
O QUÊ Quando éramos mais pequenos queríamos sair da escola, agora
que lá estão os nossos filhos queremos entrar! Como poderemos
ter uma atitude construtiva face à escola e participar nela?
Por um Teatro Umano- Rita wengorovius
Ficha de improvisação (para o técnico)
Temática : participação dos pais na escola
Cena Deixem-me entrar!!
Deixem-me sair!!!!
Tempo de Criação: 8’
Tempo de realização: 5’
Tópicos para intervir na improvisação Falar da sua profissão
Mostrar competências (tocar um instrumento, cantar,
representar,..--)
Contar histórias
Dar know-how face a iniciativas da escola (ajudar a montar a peça
de teatro)
Dar receitas de culinária (multiculturalidade)
Dar a conhecer os países de origem
Organizar lanches
Guião do debate Escola organizar a participação dos pais e inclui-los no
planeamento do ano escolar
Estratégias de promoção da participação dos pais na escola
Por um Teatro Umano- Rita wengorovius
FALTAM AS PÁGINAS DO DOCUMENTO:Componentes do
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VOZ- Exercícios de Dicção – Laboratório Teatral I Prof. Rita Wengorovius M ma, me, mi, mo, mu Momo, mimi,mêmme, mumie,memo N na, ne, ni, nó, un Naná, néne, nini, nónó,nuno S sá, se, si, só ,su Saia, sucesso, sim-sim,sapato,sasso R rua, rei, ria ,raia ,raia ,rara L lua, leu, lia, léa, lili,loló, lúlú F feio, faia, foz, fula, fofa,fila G geito, geleia, joga, jugo,jinga X xuxa, xeque,xerez, xita, Xá
EXPLOSIVAS CONSONANTES B D K P Q T Bata, dado, kómem, pato, quero, tanto Exercícios
! Se Cesar saisse , Zázá e Cecy cessariam de se zangar com ele
! Rosa ri para o rei de Roma e repara no rico ramo de rosas raras que ele recebeu
! Lulu lava a louça e limpa a lama da janela com a luva liláz
! O avô devolveu o veículo ao vendedor e ele vingou-se vomitando
palavras venenosas
! Eu fica fula com a facilidade com que fulano de Fafe fala da famosa família da Foz
Fazer diariamente 3 ou 4 exercícios de voz Criar novas frases
Sessão VII
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Sessão VIII
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TEATRO E COMUNIDADE / TEATRO FÓRUM Temática: A violência nos recreios
Actores Sociais: Formação de professores de educação pela arte nas escolas do 1ºciclo da Amadora do projecto AEC /Educação pela arte Formadores: Rita Wengorovius e alunos do 1ºano do mestrado em Teatro e comunidade da ESTC Local: ESTC – sala 116 Data: 2/04/09 das 14.30 ás 17.30 1. PERSPECTIVA GLOBAL DA SESSÃO TEATRO FÓRUM Pretende-se sensibilizar o grupo para o seu percurso de professores de educação pela arte no 1º ciclo, através do teatro fórum como técnica teatral de metodologias participativas e activas, partindo da tomada de consciência dos nossos opressões externos e internos, e vice-versa do nosso opressor, e de encontrar as armas expressivas que nos libertem e que permitam assim alterar esta situação. Noção de teatro fórum dentro da temática da violência nos recreios. Tónica: Percepção do grupo; consciência corporal; sensibilização aos códigos teatrais; Dar gramática de teatro imagem e teatro fórum através dos indutores de Viola Spolin:”O Quê? Quem? Onde?
2. PLANIFICAÇÃO DA SESSÃO: ACTIVIDADES NO ESPAÇO E NO TEMPO
2.1- APRESENTAÇÃO DA ACTIVIDADE DE FORMA LÚDICA POR PARTE DO PROFESSOR Jogos de quebra-gelo para auto-conhecimento do grupo e foco na temática da sessão Violência nos recreios
2.2- PÔR-SE EM CENA – AQUECIMENTO MOTOR /VOCAL E JOGO TEATRAL Jogos de pares com jogos de força 2 A 2 empurrar costas com costas (em pé) Mãos com mãos No chão: empurrar e ser empurrado
Laboratório Teatral – Teatro Fórum
Planificação da Sessão
Mestrado em Teatro e comunidade 2009 ESTC
- Tonificar pelo lúdico; dramatizar a temática da sessão - Fiscalizar o eu criador - Trabalhar ritmos de movimentos: em câmara lenta. 3. Desenvolvimento da actividade (gramática da criatividade /improvisação) JOGO DE ALMOFADAS: Com todo o grupo até a jogo pares, foco no autêntico, procurar a criação artística na relação -O corpo no espaço / com o objectivo de explorar tríade corpo/ som/ espaço; utilizar o espontâneo - Como exprimir e catalizar a agressividade pelo jogo? JOGO DOS GANGS Duas filas paralelas que simbolizam gangs, estabelecem diálogo com corpo e voz como se fossem 2, através do jogo um faz e os outros repetem, de seguida da outra fila um responde e os outros repetem, vai-se tecendo uma cena TEATRO IMAGEM Teatro Imagem em 6 tempos
1. Pré acção apenas com intenção e olhar 2. 2. Vão ao encontro do outro só movimento 3. Com movimento e som 4. Movimento e palavra que deve nascer de forma orgânica 5. Jogo da máquina (o coro vai-se mecanizando em som e movimento de forma
integrada) 6. Criar um final
4.SESSÃO DE TEATRO FÓRUM 1ªcena: No recreio 2ªcena: reunião mães, professora e directora 3ª Cena: Os professores de educação artística e suas dificuldades no sistema… O público assiste a todas as cenas de seguida voltam a repetir em teatro fórum ou seja, o publico vai substituir os protagonistas procurando resolver os conflitos apresentados em palco Relaxamento Criativo / Avaliação vivencial Sentir o corpo a descontrair por partes (primeiro físico), descrição do realizado para vivência do silêncio na procura de sentir um espaço interior onde habita o centro e por isso nasce a não-violência
5. RECURSOS NECESSÁRIOS Organização do espaço: 1.Construção do espaço vazio (limpo, organizado, disponível) 2.Materiais cénicos: almofadas e adereços para teatro fórum 3. Musica CD 6. ORGANIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO - Expressão ao grupo da sua vivência na sessão -Possibilidades de aplicação da sessão à pratica profissional de cada um
Sessão IX
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Minha avó era uma pulga
minha mãe era um sardão.
Sou neto dum corno velho
(não há pulga sem senão).
Refrão:
Nascemos intempestivos
dum coito de ideias tolas
estamos vivos estamos vivos
fomos feitos em ceroulas.
Arre lagarto lagarto
lagarta da geração
mais vale morrer de parto
que nascer de inspiração.
Refrão:
Nascemos intempestivos
duma réstia de cebolas
estamos vivos estamos vivos
fomos feitos em ceroulas.
De sete primos que tinha
quatro são peixes da horta
dois peixes da ribeirinha
e um peixe de retorta.
Peixe-espada peixe-cama
avó pescada do alto
titicaca citirama
paisagem de pó de talco.
Refrão:Nascemos intempestivos
do rolo das pianolas
estamos vivos estamos vivos
fomos feitos em ceroulas
Jesu jesu que não posso
dar passada no passado
sem que tropece no osso
de algum avô desusado.
Ossos que dançam o tango
caveiras valsificadas
orangonassaugotango
esgotado de almas panadas.
Refrão:Nascemos intempestivos
do tango das castanholas
estamos vivos estamos vivos
fomos feitos em ceroulas
Tíbias perónias famílias
rotuladas titulares
chi de burro chá de tília
esqueletos protocolares.
Sentimentos sedimentos
sacramentos sedativos
alimentos excrementos
mas nunca preservativos.
Refrão:
Nascemos intempestivos
duma união de santolas
estamos vivos estamos vivos
fomos feitos em ceroulas.
Jesu jesu que pecado
impedir a criancinha
de passar um mau bocado
quando sair da bainha
Jesu jesu que pecado
pôr o ovo na sentina.
Final:
Nascemos rebarbativos
dum coito de ideias tolas
estamos vivos estamos vivos
fomos feitos em ceroulas.
Nascemos intempestades
dum parto de ideias falsas.
Somos homens na verdade assim o provam as calças.”!!
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Trovas
Genealógicas
Sessão X
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Sessão XIII
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E no entanto...o cem existe
A criança É feita de cem. A criança tem
Cem linguagens Cem mãos
Cem pensamentos Cem maneiras de pensar
De brincar e de falar Cem sempre cem Maneiras de ouvir
De surpreender de amar Cem alegrias para cantar e perceber
Cem mundos para descobrir Cem mundos para inventar Cem mundos para sonhar.
A criança tem Cem linguagens
(e mais cem, cem, cem) mas roubam-lhe noventa e nove
A escola e a cultura Separam-lhe a cabeça do corpo
Dizem-lhe: para pensar sem mãos para fazer sem cabeça para ouvir sem falar
para compreender sem alegria para amar e para se admirar só no Natal e na Páscoa.
Dizem-lhe:
para descobrir o mundo que já existe.
E de cem roubam-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe:
que o jogo e o trabalho
a realidade e a fantasia
a ciência e a imaginação
o céu e a terra
a razão e o sonho
são coisas
que não estão bem juntas.
Ou seja, dizem-lhe
Que o cem não existe.
E a criança por sua vez repete:
o cem existe!
Loris Malaguzzi reggio emiglia
TEATRO E COMUNIDADE - ACTOR SOCIAL 1 Temática: Partituras sonoras, plásticas e musicais como activadores teatrais
Actores Sociais: Alunos do 1º ciclo – 3º ano Formadores: Alunos do 1ºano do mestrado em Teatro e comunidade da ESTC Local: ESTC – sala 108 Data: 06/05/09 das 14.30 ás 17.30
1. PERSPECTIVA GLOBAL DA SESSÃO
“Estendal de partituras poéticas” Na continuidade do trabalho desenvolvido no laboratório teatral “Estendal da poesia” a aluna Felipa, também pela professora do 1º ciclo aplicou a ideias à sua turma de 3ªano do 1ªciclo do ensino Básico, desta forma pretende-se proporcionar a prática de metodologias teatrais por parte dos alunos de mestrado aplicadas ao “actor social 1”. Pretende-se sensibilizar o grupo para as partituras sonoras e poética das palavras através das expressões artísticas integradas. A expressão teatral, musical e plástica serão os “activadores da criatividade” da sessão. O processo será da criação à experimentação. Os mestrandos realizam duas cenas no estendal que se “contagiam” de forma natural para os alunos do 1 ciclo – construindo e criando com eles partituras sonoras, plásticas e musicais em espaço de Laboratório
2. PLANIFICAÇÃO DA SESSÃO: ACTIVIDADES NO ESPAÇO E NO TEMPO
2.1- APRESENTAÇÃO DA ACTIVIDADE DE FORMA LÚDICA POR PARTE DO PROFESSOR--------------------------------------20M A Elsa e Célia vão receber a turma da Felipa, iram de personagens, conversam com eles do que se vai passar e porque estão ali. De seguida darão uma mola com o nome de cada aluno do 1º ciclo. As crianças iram colocar a mola no estendal dizendo”olá, eu sou a…” diz o seu nome, o grupo resposde” o João está no estendal olá João” e assim sucessivamente (ao som da musica realizado por grupo B).
Laboratório Teatral –“Estendal de partituras poéticas”
Planificação da Sessão
Mestrado em Teatro e comunidade 2009 ESTC
No estendal também estão os nomes dos alunos do mestrado, para se criar um jogo de apresentação, através de uma dinâmica sonora. Fazer jogo de roda “Fia, fia fia maninha, fia fia fo, vamos fazer a manta maninha para fazer o nó” da aula anterior 2.2-PÔR-SE EM CENA – AQUECIMENTO MOTOR /VOCAL E JOGO TEATRAL-------------------------30M Os alunos assistem à PERFORMANCE “Estendal de partituras poéticas”
Dinâmica da cena:
1ºMOMENTO/GRUPO A: actores estão escondidos atrás de pano de cena, entram com o Prof. Domingos a tocar guitarra e o grupo a cantar, realizam a partitura sonora conforme ensaiado na aula anterior. O grupo B está no seu estendal e sonoriza criando um ambiente sonoro para o Estendal de grupo A
2º MOMENTO /GRUPO B: actrizes constroem monte de alguidares e começam sua partitura poética apoiados em pequenos excertos de textos de Ana Hartely. Terminam cantando a música com os alguidares”Escravos de Jó” O grupo A está no seu estendal e sonoriza criando um ambiente sonoro para o Estendal de grupo B
3º MOMENTO / GRUPO A e B
Convidam as crianças a cantar a musica ”Escravos de Jó” acompanhado pelo movimento com os alguidares. Primeiro todos juntos em roda depois em grupos de 6 (2 adultos +4 crianças)
3. Desenvolvimento da actividade (gramática da criatividade /improvisação) JOGO DAS PARTITURAS SONORAS-------------------------------20M Explorar a voz e sua expressividade através das partituras sonoras Com todo o grupo, foco no autêntico, procurar a criação artística na relação O grupo A com a maestrina Amélia Videira realiza com as crianças a sua partitura, repetem o que realizaram mas envolvendo todos. PINTAR UM SOM / O QUE É QUE O SOM TEM? ---------------------30M Em pequenos grupos apoiados por 2 adultos as crianças vão pintar um som ou uma palavra, depois musicam e criam uma frase de moviemnto para o som desenhado. Pendurar por grupos , e por ordem ,no estendal, criando assim uma nova partitura sonora , visual e de moviemnto. 4.PIC NIC Será colocado no chão um papel de cenário que servira de toalha para o lanche, cada adultos conversa com cada criança sobre POESIA e SER CRIANÇA E ESCUTA depois vão desenhar JUNTOS (Adulto+ criança) com canetas de cor mapas mentais na mesa do pic nic com as ideias centrais e desenhos. Dá-se inicio ao lanche, á boa maneira do Agostinho da Silva estar e construir “A vida conversável” Estar com… a criança, em atitude de escuta…entendendo a criança como ser competente
5. Relaxamento Criativo / Avaliação vivencial --------10m Filmar e fotografa a sessão, estar atento á participação das crianças, escuta e olhares. Pedir que escrevam numa folha de cor o que sentiram nesta sessão e pendurar no estendal. Fazer um vulcão final e uma formiga. Agradecer. 5. RECURSOS NECESSÁRIOS Organização do espaço: 1.Construção do espaço vazio (limpo, organizado, disponível) 2.Tintas e papel de cenário, canetas, molas,papeis, algidares, 3. Luzes na sala para criar ambiente (prof.Espada) 6. ORGANIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO - Expressão ao grupo da sua vivência na sessão -Possibilidades de aplicação da sessão à pratica profissional de cada um
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COMPETÊNCIAS PARA OS ATELIERS /ACÇÕES A REALIZAR NO MESTRADO EM TEATRO E COMUNIDADE
Trabalho base obrigatório: Planificar de acordo com os interesses do grupo e com
propostas que envolvam desafio. Preparação dos materiais e da sala. Trabalho de ensaio e preparação autónomo, por grupos, fora do momento de laboratório.
Aquecimento do grupo.
Nota: Este momento não aconteceu no actor social 1 e comprometeu toda a acção, os
proximas serão realizados pelos alunos com os seus tempos
Condições necessárias :
- Conhecer a forma de actuação “no terreno” do outro, ou seja, a existência de
experiência prévia de “trabalho com…” (Domínio da matéria teatral, e de
conhecimento dos actores sociais e diagnóstico de projecto de que falamos nas aulas)
- Ter características comuns nas formas de intervenção, não tanto nos métodos mas
sobretudo nos conceitos que alicerçam os métodos.
- Ter a capacidade de intuir acerca da reacção “ao momento” do grupo.
- Pressentir em que estádio de desenvolvimento da proposta se situa, sendo sensível
tanto ao o grupo como aos orientadores (trabalho em equipe de formadores)
- Ter prática na alternância de papeis, para que rapidamente passar do de observador
para o de orientador, já que não deve haver quebras de ritmo em momentos mais frágeis
ou sensíveis.
- Criar diferentes focos de atenção (em alerta).
- Conseguir para si um efeito de distanciação ou de envolvimento, alternando conforme
o necessário.
- Estar receptivo a intervenções que eventualmente alterem o rumo do trabalho, desde
que reforcem o objectivo principal.
Este é um dos grandes saberes de quem mobiliza um grupo e o dirige: encontrar o ponto
de equilíbrio entre alguma tensão geradora de energia, mas acolher a descontracção;
aparentemente, relaxamento e energia são dois fenómenos que se opõem, mas na
realidade é na sua junção que se cria uma maior receptividade e força estimuladora.
Este equilíbrio já há muito que vem sendo apontado pela filosofia oriental, o In e o
Yang, mas a sua aplicação na prática criativa nem sempre é evidente para nós,
ocidentais. Criar um clima em que as coisas menos previstas são aceites, em que as
pessoas estão lá de cabeça coração e corpo.
Avaliações do atelierA minha avaliação ...
Filipa Albuquerque
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Performance poético-musical
Criadores Artísticos/Actores
Grupo de alunos do 1º ano
do Curso de Mestrado em Teatro e Comunidade
Público
Turma do 3º ano C da Escola Básica do 1º Ciclo n.º 54 de Lisboa (Zona J de Chelas)
(professora, alunos, familiares e auxiliares de acção educativa)
Data do Atelier
7 de Maio de 2009
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Contextualização desta Avaliação:
Na sequência do trabalho de laboratório, no âmbito do estudo do Actor I, foi proposto realizar-se uma
performance para uma turma de crianças do 1º Ciclo.
Porque na minha actividade profissional trabalho com um grupo de alunos do 3º ano de escolaridade
propus que se realizasse a performance com os elementos desse grupo de trabalho escolar.
Para além de a faixa etária dos meninos se adequar ao trabalho de laboratório pretendido, esta turma
trazia já consigo uma ligação mediada a este mestrado.
Enquanto professora, trabalho com os meus alunos numa perspectiva de troca de saberes. Levamos
connosco, para a sala de aula, a nossa construção, as pessoas com quem nos cruzámos, as experiencias
que fomos traçando ao longo da vida, os nossos fracassos e as nossas conquistas, Desta forma, e ao
longo do ano lectivo foi frequente levar das aulas de Laboratório I algumas sugestões de trabalho,
metodologias e propostas de actividades que fui, após cuidada reflexão e planificação, experimentando
e experienciando com os meus alunos. Assim, por ocasião do dia das Bibliotecas escolares, propus que
fizéssemos com a comunidade escolar e com a comunidade da Zona J, um estendal poético que
celebrasse a leitura enquanto fonte de prazer. O estendal foi realizado, vivido e saboreado com
resultados muito positivos.
Uma vez que a turma tinha realizado um estendal poético na escola, sugeriu-se os alunos do mestrado
oferecessem aos alunos do 3º C, uma performance poética que enquadrasse o estendal poético, numa
óptica de criação artística e de construção colectiva de saberes.
A avaliação que aqui faço está, pela própria natureza do objecto, inquinada de subjectividade, o que
resulta do facto de me encontrar nos dois lados do espelho. Assumirei, assim, dois papeis ao longo
deste processo de avaliação. Um primeiro de observadora (ligeiramente participante) na fase a que
chamo desenho da performance e um segundo papel de público na fase de recepção da acção
performativa e do atelier criativo.
! !
Desenho da Performance, sessão preparatória:
Dadas as circunstâncias do contexto acima exposto, pareceu-me que o meu papel nesta actividade de
laboratório deveria manter-se numa perspectiva de observadora e que apenas deveria participar
pontualmente, sempre que me parecesse pertinente, ou que fosse interpolada pelo grupo de mestrado.
Fiquei, portanto, na linha ténue que divide o actor e o público. Em pleno espaço suspenso. Pensei, na
altura, que ia ser uma experiencia pessoal muito interessante. O que não poderia ser mais verdade.
O facto de ter decidido filmar esta sessão preparatória ajudou-me a manter esta postura mais
observadora. Para mim o acto performativo tinha começado. Filmei o trabalho dos meus colegas como
se visse, ali mesmo, uma performance. O processo de criação artística estava diante de mim como se
de uma acção performativa se tratasse. Penso que o facto de ter começado muito recentemente filmar
e, portanto, a ver a realidade enquadrada num ecrã minúsculo, reforçou, ainda mais, esta minha
sensação outsider, de público intrometido num momento que não lhe pertence. Apesar destas sesações,
o momento era contraditório na medida em que sentia, como um elemento muto presente, o calor do
empenho dos meus colegas na realização de um momento especial para miúdos especiais.
Foi estranho, foi bom. criar
Foram formados dois grupos para construir duas cenas inspiradas na ideia de estendal poético.
Em relação à preparação exponho aqui alguns elementos positivos a destacar:
! Capacidade de organização e trabalho de equipa dos colegas de mestrado.
! O bom ambiente de trabalho conseguido.
! Existência de propostas de actividades muito interessantes.
! A capacidade de aceitação e enquadramento das opiniões de cada um dos elementos do grupo.
! A criação de duas propostas distintas, ambas, com muita qualidade.
! O registo escrito das duas propostas de acção performativa e de algumas propostas de
actividades a realizar no dia do estendal poético.
Refiro, também, três aspectos a melhorar que me pareceram estar presentes nesta sessão de trabalho.
! Escassez de tempo para se desenhar as duas propostas.
! O facto dos dois grupos estarem a experimentar as suas propostas em simultâneo na mesma
sala criou alguns momentos de grande confusão.
! O grupo dois (grupo dos alguidares) não teve espaço/tempo para expor o seu trabalho criativo
até ao fim, como aconteceu com o primeiro grupo.
! !
Encontros preparatórios e de planificação: Uma vez que não estive presente em nenhuma destas sessões de trabalho não vou avaliar esta fase do
trabalho.
Farei, aqui, apenas uma breve exposição da preparação da viagem poética dos meus alunos à Escola
Superior de Teatro e Cinema.
! Os alunos, seguindo um roteiro de pesquisa que lhes propus, pesquisaram na Internet vários
elementos para a preparação da aula-passeio.: - O que é a Escola Superior de Teatro e Cinema?
Onde fica? Como se consegue lá chegar de transportes? (ver guião de pesquisa em anexo)
! Recordámos o estendal realizado no mês anterior, através da criação de um pequeno filme
construído com algumas fotografias da acção e com uma música africana que os alunos
aprenderam, através de um encarregado de educação, no dia do estendal.
! Recebemos na nossa sala de Aula um Mestre em Filosofia para percebermos melhor o que é
um Mestrado. Nessa sessão de esclarecimento expliquei como é o trabalho de um aluno de
mestrado em Teatro e Comunidade. O que fazemos? O que estudamos?
! Desenhámos o nosso roteiro de viagem, verificámos os transportes a apanhar e vimos o
percurso através do programa Google Earth.
! Preenchemos a lista de material necessário para a aula-passeio.
! Fizemos os convites para os encarregados de educação e familiares.
Pontos positivos:
! Toda a preparação correu como esperado, tendo-se realizado, na sala de aula, sessões
muito interessantes e proveitosas.
A melhorar …
! Esqueci-me que tinha ficado de informar os colegas do mestrado sobre o nome dos
meninos da turma
! Uma vez que a prática habitual que tenho, em saídas da escola, com os familiares
implica que apenas confirmem a sua presença no dia da aula passeio (aparece quem
quiser!); não foi possível avisar os colegas de mestrado sobre o número de encarregados
de educação que nos iam acompanhar.
! !
Performance Poético-musical:
1. Recepção da Escola Superior de Teatro e Cinema à turma 3º C
A chegada dos alunos à escola foi um pouco confusa!
Uma vez que chegámos um pouco mais cedo do que esperávamos fizemos um piquenique no jardim
em frente da Escola Superior de Teatro e Cinema. O piquenique correu bastante bem. Os meninos
tiveram tempo suficiente para comer e correr e brincar.
Após arrumarmos as sobras do piquenique e verificarmos se o espaço estava limpo como o
encontrámos, partimos para a recta final que nos conduziria a um anunciado espaço mágico.
Quando chegámos à escola dirigimo-nos à recepção e anunciámos a nossa chegada. Uma vez que
ninguém sabia que era suposto estarmos ali, pediram-nos que esperássemos na entrada. Estas
esperas são muito agitadoras para os meninos, que não se sentem confortáveis numa situação de
espera, de pé. Houve queixas da parte dos pais e dos meninos.
Após 10 minutos de espera, ouvi um violino na sala de alunos. Entrei e perguntei a um colega da
licenciatura que estava a tocar se se importava que os meninos se sentassem por ali a ouvi-lo.
Acedeu, (também ficou sem grandes hipóteses) e tocou para eles. Os meninos acalmaram-se e,
apesar de continuarem com as orelhas em pé a tentar perceber quando é que se ia para o tal sítio
mágico, aproveitaram o momento sentados de pernas cruzadas em volta dos sofás!
Passados mais 10 minutos, chegaram duas pessoas ligadas á direcção da escola a quem expliquei,
pela segunda vez, o que se estava a passar.
Finalmente, após 20 minutos de perfeita loucura, lá conseguimos descer a escadas em direcção ao
nosso tão esperado estendal mágico.
Infelizmente, parece que mesmo com 20 minutos de espera ainda era cedo de mais. A culpa é dos
transportes públicos que andam a ficar cada vez mais rápidos!
Vimos o professor Domingos que nos recebeu com um largo sorriso e nos encaminhou para o pátio,
onde fomos espontaneamente acolhidos por estudantes da escola que faziam o seu intervalo. Fez-se
magia, cantou-se, lançou-se o iô-iô e como era um espaço ao ar livre cheio de gente divertida os
meninos ficaram bem e ambientaram-se rapidamente. Aquele pátio já era deles!
Os familiares foram povoando o local, lentamente, entre conversas musicais com o professor
Domingos e a observação atenta dos seus rebentos.
Resumo das situações a melhorar…
! Falta de coordenação entre a organização da sessão e a recepção e direcção da ESTC.
! Excessivo tempo usado pela recepção/seguranças da escola e da direcção para
solucionar aquele imprevisto.
! !
Resumo dos pontos positivos:
! Bom ambiente da ESTC.
! Simpatia e disponibilidade do colega violinista e dos colegas que animaram, no pátio,
pequenas actividades lúdicas para os meninos.
! Capacidade de animação dos meninos num ambiente de improvisação da parte dos
colegas que faziam o seu intervalo
! Enquadramento dos familiares pelo professor Domingos.
!
2. Recepção dos alunos pelo Grupo de mestrado
(Neste e nos próximos itens da avaliação, serei menos descritiva uma vez que a partir deste ponto todos os
elementos do grupo de mestrado estiveram presentes.)
! Fomos recebidos pela Célia e Elsa que organizaram o grupo num pequeno círculo
apertado e nos propuseram jogos de quebra-gelo.
Pontos Positivos
! Criação de um momento de recepção no exterior.
! A Célia e a Elsa foram extremamente eficazes na recepção dos alunos e na criação de
um ambiente que se diferenciasse do que até aí tinha acontecido.
! Boa capacidade de escuta entre as duas actrizes.
! Utilização de estratégias de construção de espírito de grupo, como foi o caso da criação
de um nome para o grupo e de um “grito unificador”.
! Utilização de um objecto relacionado com o estendal e a sua inscrição escrita com o
nome de cada aluno. Penso que foi positivo o momento de escrita do nome nas molas.
Cada aluno teve oportunidade de se apresentar e de deixar a sua marca na mola.
! A caminhada em fila até ao local do espaço cénico interior foi interessante e engraçada
fazendo lembrar o caminho dos anões da Branca de Neve de regresso ao acolhimento da
sua casa na floresta.
A melhorar …
! A hora de início da sessão não foi cumprida, tendo deixado alguma margem para os
meninos se dispersarem.
! O grito de grupo era demasiadamente extenso para meninos daquela faixa etária e para
o pouco tempo que tínhamos para memorizar. “ somos leões jona jota, jona jota, jona
jota” – alguns elementos não conseguirão memorizar o nome.
! Os familiares podiam ter sido enquadrados no momento de quebra-gelo como
participantes e não, apenas, como observadores ( mesmo que incluídos no grupo dos
meninos).
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3. Momento performativo
Pontos positivos:
! O espaço era acolhedor e criava uma sensação de entrada num local poético, de
comunicação e celebração com os deuses.
! Habitar o espaço cénico através da colocação das molas no estendal.
! A recepção dos meninos através do confronto da musicalidade dos seus nomes.
! As passagens/Transições entre os vários momentos da performance foram bem
conseguidos.
! Introdução de momentos de participação dos meninos na performance (dizer / cantar as
partituras)
! Uma enorme e visível capacidade de escuta entre os actores.
! Dedicação e profissionalismo de todos os elementos do grupo de mestrado.
! Colaboração do professor Domingos em todas as fases do processo.
! Equilíbrio entre todos os momentos da apresentação.
! Apesar das apresentações terem características diferentes, os dois grupos conseguiram
um trabalho equilibrado de qualidade
! A música em presença foi uma forma muito interessante de solucionar a transição para
o segundo grupo.
! Existência de musicas que se iam repetindo. (conta-me um conto … conta-me um conto
… conta… conta… conta… conta).
! Pessoalmente, não achei que se sentisse, enquanto espectadora, qualquer diferença de
qualidade ou segurança entre um grupo e outro.
! Fantástica capacidade de escuta dos actores. É absolutamente espantoso a forma como,
sem ensaios, se conseguiu a qualidade que apresentaram na acção performativa.
A melhorar …
! Do ponto de vista do público não se fizeram notar qualquer tipo de fragilidades nesta fase
da performance poética.
! Numa observação mais cuidada e mesmo minuciosa poderemos dizer que a coordenação
do som instrumental com a acção da segunda performance mostrou algumas fragilidades
e poderia melhorar com alguns ensaios.
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4. Momento de Oficina: Dois Exercícios
1º Exercício – “Escravos de Jó”
Pontos positivos
! Exercício extremamente divertido e estimulador de diversas competências
! Todos os actores conheciam o exercício com segurança.
! Material disponível atempadamente.
! Actores em número suficiente para dar apoio aos alunos
! Ambiente descontraído dos participantes.
! Alguns grupos mostraram um muito bom trabalho no pequeno grupo – ambiente amigável e
calmo.
! O trabalho no pequeno grupo, de uma forma geral, foi muito positivo tendo havido um muito
bom trabalho de entrosamento dos meninos com os actores.
! Verificação de um verdadeiro trabalho de equipa nos trabalhos de pequeno grupo.
! Presença do suporte musical do professor Domingos.
A melhorar…
! Não existência de uma pessoa responsável por gerir o exercício, fazendo com que as directrizes
viessem de uma forma difusa.
! O período de exposição e explicação do exercício foi muito curto para meninos daquela faixa
etária.
! A explicação deveria ter sido feita por partes.
! Dispersão dos meninos nalgumas situações, durante o trabalho do grande grupo.
! A escolha dos pequenos grupos não deveria ter sido aleatória. Os grupos eram muito díspares.
Grupos apenas com meninos com grandes dificuldades educativas e grupos com meninos com
mais competência cognitiva. É melhor criar grupos onde se misturem os meninos.
! Passagem abrupta do trabalho do grande grupo para o pequeno grupo.
! Falta de tempo de alguns grupos para maturarem o trabalho com os alunos. Os meninos têm
tempos e ritmos diferentes de aprendizagem. Teria sido útil verificar se já todos os grupos
tinham conseguido atingir os seus objectivos. Um dos grupos quando, finalmente, começou a
ganhar confiança e a sentir-se bem sucedido com um movimento fluído, não teve a
oportunidade de fazer mais uma ou duas vezes o seu exercício. Por vezes é preferível fazer
menos coisas para conseguir respeitar o tempo de todas as crianças.
! Alguma confusão e stress no momento da mudança do trabalho de grande grupo para os
pequenos grupos. Alguns meninos ficaram sem saber para onde ir, com quem, fazer o quê!
! !
2º Exercício – “partituras sonoras”
Pontos positivos
! Construção das partituras em equipa, com a participação dos meninos e dos actores a
desenvolver um trabalho conjunto
! Materiais diversificados
! Momento de explicação do exercício realizado dentro do pequeno grupo, com mais calma
e serenidade
! Bom trabalho de estímulo à criatividade, apesar da condicionante tempo.
! Apresentação dos trabalhos fluida e bem coordenada
A melhorar …
! Passagem brusca para o exercício.
! Momento de confusão durante o momento de passagem.
! Verificação de gritos na comunicação com os meninos para se fazerem ouvir. É
preferível parar e esperar do que gritar com meninos que vêm de ambientes muito
poluídos do ponto de vista sonoro. Estão habituados ao grito e, por isso, não reagem a
este tipo de estratégias.
! Manifesta falta de tempo para a conclusão do exercício com a calma desejável. Com mais
tempo para maturar as partituras e acomodar as sonoridades tetr-se-iam conseguidos
resultados melhores
! O Tomás não ficou até ao final do exercício. Talvez por excessiva dependência do Sr.
Carlos. Como queria estar com o auxiliar abandonou as tarefas. Talvez fosse necessário
pensar melhor os exercícios e a forma dos expor aos meninos com necessidades
educativas especiais.
! Alguma dispersão dos meninos no final da acção. Houve meninos a passear, sozinhos,
pela escola, sem o conhecimento da professora.
! !"
Conclusão:
De uma forma global a oficina poético-performativa foi um momento bastante positivo. Apenas
uma observação mais minuciosa e exploratória fazem notar algumas fragilidades, que na
globalidade se diluem.
Apesar dos elementos a melhorar estarem mais explicados e, por isso, pareçam mais
significativos, a acção, no seu todo, foi muito positiva e resultou como um passeio poético-
musical que maravilhou os mais pequenos.
Na avaliação de final de ano a ida à ESCT foi dos mais referidas como melhor momento fora da
escola (mesmo em comparação com o planetário, o CCB, o Jardim Zoológico (com golfinhos e
tudo), as oficinas musicais da Gulbenkian, o cinema, os desportos radicais em Monsanto, etc).
Encarregados de educação e crianças saíram plenamente satisfeitos com o programa apresentado.
Foi com este Estendal que me apercebi da necessidade e urgência de implicar a restante
comunidade de Chelas em projectos culturais de qualidade, capazes de transformar.
Pessoalmente, para além da aprendizagem e experiencia que daqui retirei, o estendal funcionou
como um momento extremamente interessante de partilha e de comunhão de duas dimensões da
minha vida. O lanche veio celebrar esse momento de uma forma natural, despreocupada e
divertida. Agradeço a todos os que trabalharam arduamente para que tudo parecesse simples!
Obrigado a todos pelo empenho, pelo trabalho, pelo profissionalismo e pela amizade.
Reflexão realizada pelos colegas...
Ana Oliveira
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ANA LÚCIA SANTOS Mestrado de Teatro e Comunidade – ESTC
Maio de 2009
AA CTOR CTOR SS OCIAL OCIAL 11
AA VALIAÇÃO DA VALIAÇÃO DA SS ESSÃOESSÃO 07/M07/M AIOAIO /2009/2009
! INFORMAÇÕES GERAIS
PÚBLICO:
Turma 3ºC da E. B. do 1ºCiclo n.º 54 de Lisboa – Zona J, Chelas (turma da Filipa)
A turma apresenta-se no seu blog desta forma: “Somos divertidos e adoramos aprender!”
(in http://turmadaprofessorafilipa.blogs.sapo.pt/)
O grupo de Crianças é acompanhado por alguns familiares
SESSÃO:
Em quatro fases: Recepção, Espectáculo, Oficina e “Lanche Comunitário”
Em dois espaços: Jardim Interior do Dep. de Teatro da ESTC (Recepção e Lanche); sala da
aula dos Mestrandos, com espaço demarcado pelo seu “Estendal”
Com a duração de cerca de 3 horas
Ana Santos
2
! AVALIAÇÃO GERAL
OBJECTIVOS:
Trabalhar para/com o Actor Social I (Criança), recebendo o grupo da melhor forma
Desenvolver uma sessão em duas fases principais: Espectáculo e Oficina
Trabalhar as Expressões (musical, corporal e plástica) de forma integrada
PONTOS NEGATIVOS:
Falha dos Mestrandos por não se ter executado uma planificação detalhada e completa,
atempadamente.
Introdução de actividades não previstas na sessão de preparação, nem trabalhadas em
sessões anteriores (nomeadamente, o exercício de pintar um som).
Demasiadas actividades para desenvolver no tempo disponível – na tentativa de
experimentar “tudo”, acabam por ser experiências vazias, sem tempo para maturar.
PONTOS POSITIVOS:
O grupo dos Mestrandos entendeu-se muito bem, em termos de confiança e escuta mútua,
pelo que o Espectáculo correu muito bem.
O grupo das Crianças correspondeu às propostas e deixou-se envolver pelo Espectáculo.
Aplicação das expressões integradas como elemento deveras importante, sobretudo no caso
do Actor Social I.
PROPOSTAS/SUGESTÕES:
Continuar o bom trabalho do grupo enquanto tal, desenvolvendo a escuta que é cada vez
melhor e a co-cordenação aplicada nas sessões com/para público.
Planear mais atenta e atempadamente as sessões para que não se introduzam elementos não
experimentados em contexto de aula ou preparação e para que todos e cada um saiba
exactamente o que se vai fazer.
Preferir a qualidade do desenvolvimento das actividades propostas à quantidade das
mesmas – por exemplo, respondendo à tentativa de aplicar as expressões integradas, poder-
se-ia ter proposto um trabalho de grupo (o que, de qualquer forma, muitos grupos acabaram
por fazer) em vez de um exercício individual e não envolver tantos elementos,
exemplificando, escolher um som das histórias (partir de um tema teria sido mais fácil) e
depois discutir ideias para o desenhar e “corporalizar”, um trabalho conjunto de cada grupo
pouparia tempo pela diversidade de ideias.
3
! AVALIAÇÃO PESSOAL
OBJECTIVOS:
Experienciar/aprender coordenação em pares (ou trios, enfim, mais do que uma pessoa por
grupo de crianças).
Perceber até onde consigo criar relação e trabalhar em pouco tempo com um grupo que não
conheço.
Proporcionar ao grupo de crianças momentos lúdicos de estar com/para os outros
(respondendo aos seus objectivos, pretendo diverti-los e ensinar-lhes).
PONTOS NEGATIVOS:
Sentir-me castradora com o meu papel de coordenadora do atelier que enchia as crianças de
actividades que rapidamente se substituíam.
Não poder experienciar a coordenação em parceria por ter ficado apenas com a Filipa que,
embora se tenha revelado uma grande ajuda e boa companheira, estava com um papel
ligeiramente diferente do de simples coordenadora de atelier.
PONTOS POSITIVOS:
A primeira fase, do Espectáculo, foi bastante divertida pelo tipo de apresentação, que
deixava um grande espaço à improvisação, possibilitado por um trabalho de base forte e por
uma boa relação do grupo “em palco”.
A interacção com o público (tanto as crianças como os pais), durante a fase do Espectáculo.
Conseguir, apesar de tudo, adaptar-me às circunstâncias e desenvolver a sessão até ao fim,
correspondendo a todos os pontos previstos pela planificação.
PROPOSTAS/SUGESTÕES:
De futuro, ser mais fiel aos meus objectivos pessoais sendo, no entanto, flexível o
suficiente para o sucesso das sessões e dos objectivos gerais.
Conseguir continuar a ultrapassar as minhas dúvidas em proveito do sucesso das sessões.
Conseguir sempre tirar o melhor de cada sessão (com ou sem público).
Conseguir responder o melhor possível aos apelos dos colegas, professores e, sobretudo,
do(s) público(s).
REFLEXÃO / AVALIAÇÃO
ACTOR SOCIAL 1
ATELIER
O Estendal com Partitura
PÚBLICO
Turma 3ºC da E. B. do 1ºCiclo n.º 54 de Lisboa – Zona J, Chelas
(turma da Filipa)
SESSÃO
07 de Maio de 2009
ALUNA
Célia Maria da Silva Ramos
O ANTES…
Célia Ramos
Mestrado em Comunidade - cadeira Semestral - Laboratório da Comunidade – ESTC Célia Maria da Silva Ramos
2
Actor 1 - São duas e tal da tarde, já devíamos estar a preparar tudo!
Actor ! - Mas estamos nós para os receber!
Actor 1 - Pois pois..então porque não começa a função?
Actor ! - Acho que falta só um pedacinho assim…para tudo se começara organizar!
Actor 1 - Vá começa tu!
Actor ! - Ai….começa tu!
Actor 1/3 - Porque não começamos todos!!
…
….Shiu…!! A Rita esta falar comigo, diz-me que tenho molas de madeira para poder escrever os
nomes dos meninos. Já deveríamos saber os nomes…mas a Filipa teve aquele problemazito no PC de
casa e não conseguiu enviar a tempo. Ai! Não faz mal! - diz a Elsa, eu aceno com a cabeça, a Rita
pisca o olho. Boa…vamos lá receber os garotos! A minha cabeça já esta a mil, já não sei qual é o
caracol que esta a aquecer o miolo da criatividade ao lume. A Rita continua a dar-nos na
cabeça…DEVIAM TER LIDO O MAIL QUE VOS ENVIEI! Sim Rita tens razão, mas…pronto ela
acaba de nos dizer que também deveria ter enviado mais cedo. Pronto, acabamos todos aos beijinhos!
Continua a explicação da recepção dos meninos Filipinos. Então Célia, tens as molas, as canetas das
cores do arco-íris, o cestinho…e eu só penso agora na Elsa, pergunto-me como será ela no terreno?! A
Rita continua, ela quer que tudo esteja bem…eu já não sou eu, a Rita fala e eu já sou um Pirata…a Rita
fala-me dos pequenos Filipinos que agora já são os pequenos piratas que tenho que conquistar para
uma missão arriscada em alto mar na sala. A SALA… A ELSA… OS MENINOS CHEGARAM!! AI
MÂE!! Volto a pensar na Elsa, o que será que lhe vai na alma? Será ela o Miguel? Ouço-a dizer; EU
NÂO QUERO SER O MIGUEL!! Instintivamente concordo com ela, ela tem que ser um chefe
qualquer, porra não consigo delinear um plano de imediato para as duas. Caraças! O tempo urge! As
vozes dos pequenos piratas estão muito perto. SOU UM MILITAR, e são precisos recrutas para a tal
missão, mas eles têm que passar por algumas provas e assistir a pequenas apresentações que os meus
colegas já prepararam e depois têm que ser eles a fazer as partituras…hum, ok eu e a Elsa fomos
destacadas para lhes dar as boas vindas e lhes ensinar as primeiras regras. A minha caracolada na
cabeça não para de mexer salada mista com criatividade. Olho para a Elsa e ambas sabemos que vai
correr bem, sorrimos com os olhos marotos e atiramo-nos a eles!
Cá fora, fora da sala a Rita expressa no corpo um certo nervoso, é normal, é normal, então claro que é
normal! No pátio onde estão os pequenos recrutas, vejo adultos ao lado deles, dizem-me que são os
pais, está sol, eles estão dispersos, há gargalhadas, saltos, sorrisos a medo e pinchos no ar. É preciso
mostrar aos pais que eles agora são nossos e a grande missão vai COMEÇAR:
Mestrado em Comunidade - cadeira Semestral - Laboratório da Comunidade – ESTC Célia Maria da Silva Ramos
3
Salto para a arena, meto os dedos na boca e puxo de lá um gigante assobio! O pátio por uns momentos
estremece, parece que para, os adultos agem como estátuas, não sabendo se me dão murros ou se
deixam a prole ao meu cuidado! Afinal não têm tempo para pensar, pois os pequenos recrutas saltaram
num ápice para perto de mim, como se compreendendo a primeira regra de chamamento. Pensei:
Hum…ok tenho aqui um grupo potencial! Estendo o braço ao alto e eles voltam a reagir em sentido.
Hum…ok ok tá-se! EM SENTIDO!
A Elsa, onde está a Elsa não esqueças a Elsa Célia! Mas um novo Martelo começou a martelar na
minha cabeça dizendo; tens que formar o grupo, é preciso que este grupo perceba que grupo é, é
urgente é urgente que este grupo perceba o que tem que fazer, fazer é preciso é preciso que eles entrem
no ritmo, no jogo, é preciso, é preciso, pimba, pimba, é urgente que eles não se dispersem! E do outro
lado da cabeça, começou a Chave Inglesa num ritmo também frenético; Célia tens que dar espaço á
Elsa, á Elsa e tunga tunga, espligue espligue…E EIS QUE NÂO ERA PRECISO pois a ELSA lá
estava ao meu lado, com as molas e as canetas o arco-íris e tudo o mais nas mãos, pronta para a
demandada!
Formamos o grupo, inventamos em grupo o nome do grupo que implicava as palavras LEÂO; JONA
JOTA JONA JOTA JONA JOTA e um grito de força. Formamos um círculo e á vez cada um se
apresentou e todos se imitavam. Eu e a Elsa puxávamos por eles, pela sua expressividade corporal e
vocal apelando por vezes a espécie de personagens que na hora iam saindo e também lá estva a recruta
Filipina, lá ia dando pela calada o exemplo de mestre recruta mor! E no fim, como uma pequena tropa
de elite, lá fomos todos em fila marchando até a sala, entrando pelo novo espaço mágico.
_ Olá Olá Zé ele é o Zé la la la
- Ela chama-se Maria olá Maria Maria lai lai lai…
A EXPERIENCIA ….
Assim, a experiência de criação teatral foi-se dando por intermédio da brincadeira, séria e criativa,
tendo o jogo como encaminhamento para o texto a ser encenado. “Para o aluno apropriar-se das
técnicas teatrais é necessário um ambiente em que a experiência se realize e que faça a espontaneidade
acontecer” (Spolin, 1992,p. 4). Esse ambiente é propiciado pelo jogo, por meio do qual o aluno inicia a
sua experiência teatral, realizando as suas primeiras conquistas em relação a esta linguagem. O jogo,
no qual se preserva o espaço do lúdico, da brincadeira, lança o desafio de integrar a construção do
conhecimento ao prazer das descobertas, entre alunos, professores pais e artistas.
Segundo Koudela (1984), o processo de jogos teatrais visa efectivar a passagem do jogo dramático
(subjectivo) para a realidade objectiva no palco, o qual não constitui uma extensão da vida, mas tem a
Mestrado em Comunidade - cadeira Semestral - Laboratório da Comunidade – ESTC
Célia Maria da Silva Ramos
4
sua própria realidade. A passagem do jogo dramático ou jogo de faz-de-conta para o jogo teatral pode
ser comparada com a transformação do jogo simbólico (subjectivo) no jogo de regras (socializado).
Envolve o problema de tornar manifesto o gesto espontâneo e depois levar a criança à compreensão do
seu significado, até que ela o utilize conscientemente, para estabelecer o processo de comunicação com
a plateia. Disto decorre a compreensão da estrutura da linguagem teatral.
A investigação desta estrutura, proporcionada pelos jogos teatrais, possibilita aos participantes,
apreender, de maneira livre e prazerosa, os diferentes aspectos particulares que envolvem o teatro: a
imaginação, fazendo com que a consciência possa reflectir sobre si próprio, e invente a si mesma,
abrindo-se para diferentes formas de compreender e retratar o mundo; a acção, quando nos
predispomos para fazer algo, quando nos disponibilizamos a fazer e actuamos efectivamente,
transformando o presente, executando aquilo que a imaginação manifestou; e a reflexão, que nos
permite analisar os factos e as circunstâncias, e traçar parâmetros para a sua criação e a sua actuação,
tanto na arte como na da vida”. Para Spolin (1992), o jogo estimula o aluno a penetrar no mundo físico
que o cerca, a explorar esse mundo tocando-o, vendo-o, sentindo o seu sabor, o seu aroma e a sua
textura, ouvindo os seus sons, aventurando-se e enfrentando sem medo os problemas com os quais vir
a se deparar. O ambiente deve ser investigado, questionado, aceite ou rejeitado. Spolin (1992), ainda
enfatiza que durante o acto de jogar a criança é livre para enfrentar os desafios e alcançar o seu
objectivo da maneira que escolher, pois não existe uma maneira certa ou errada para solucionar um
problema, desde que se respeite as regras do jogo. Quando o aluno sabe que há muitas maneiras de
fazer e dizer uma coisa sente-se mais livre para experimentar, a ingenuidade, a espontaneidade e o acto
de inventar aparecem para solucionar os desafios que o jogo apresenta, desencadeando um
comportamento mais fluente no jogo e consequentemente no palco.
Diante dos primeiros jogos propostos às crianças, (Alguidares – Os escravos de Jo e mais tarde a
construção de partituras) por nós atores, muitas delas mostraram dificuldades em lidar com este espaço
de liberdade para o movimento, para a expressão livre., por um lado por alguma dificuldade da nossa
parte, sobretudo o desafio, ou a metodologia das partituras não estar de facto exercitadas,
compreendidas e vividas o suficiente para podermos desenvolver com as crianças. Por outro lado pode
ser que algumas das crianças estarem habituadas à rigidez das regras estabelecidas ou pela escola, ou
pela educação dos pais fundadas em princípios construídos historicamente.
No entanto, foi por meio desta experiência que a imaginação começou a ser libertada e se iniciaram as
primeiras experiências vivas, as primeiras manifestações de emancipação das crianças em relação a
essas regras, uma nova maneira de relação entre os envolvidos, de se ver, se olhar, ouvir e dialogar
com o outro.
Mestrado em Comunidade - cadeira Semestral - Laboratório da Comunidade – ESTC Célia Maria da Silva Ramos
5
Este processo propiciou aos alunos serem autores de sua produção artística, tanto no que diz respeito a
encenação quanto no que se refere a criação do texto encenado
É importante compreendermos que quando falamos em texto, não estamos falando somente de texto
escrito e dito por meio de diálogos, mas também por meio de narrativas constituídas de gestos, sons e
outros elementos que compõem a linguagem teatral, ou das partituras.
A concepção que se tem de teatro feito com crianças, é reflexo da própria visão de infância
estabelecida pelas nossas sociedades, concebendo a criança como ser incompleto, alguém que está em
vias de, em estado de aperfeiçoamento. Para o filósofo alemão Walter Benjamin, a criança é também
portadora de capacidade perceptiva, de sentimentos, sensibilidades e singularidades; é sujeito de suas
próprias elaborações cognitivas, capaz de inventar possibilidades, propor aventuras, construir suas
visões e intercambiá-las; é produtora de conhecimentos, sujeito da história.
Na sua relação com o brinquedo, afirma Benjamin, a criança desmonta-o para conhecê-lo, para
aproximar-se dele e estabelecer uma relação afectiva. A criança desconstrói para descobrir e construir
a partir de seus significados próprios. Nesta relação mostra-se sempre disposta a olhar curiosamente
outra vez. E neste sentido acho que o jogo que foi feito com os alguidares, não foi, quanto a mim, a
melhor escolha para esta construção, penso que deveria ter sido explorado o objecto em sim, nas suas
varias particularidades, nos seus cinco sentidos e nos seus potenciais significados ajudando mais tarde
a construir as partituras sonoras.
Ao realizar práticas de criação teatral é necessário que escola compreenda que o teatro é um espaço de
acção que deve ser ocupado especialmente pelo aluno desenvolvendo a sua autonomia e
descentralizando a figura do professor, pois “a verdadeira liberdade pessoal e a auto-expressão só
podem florescer numa atmosfera onde as atitudes permitam igualdade entre o aluno e o professor”
(Spolin,1992, p. 8). Não devemos tratar a criança como alguém que está presente na brincadeira, mas
como alguém que é convidado a brincar de facto, a participar efectivamente do evento teatral.
No entanto, a mudança de postura do professor/ animador/encenador não ocorre imediatamente. É ao
longo do processo formativo que esta entidade triangular ou maia que triangular encontrará o seu
caminho, ao conhecer e considerar verdadeiramente as necessidades do teatro, o que inclui aceitar,
junto com as crianças, as regras do jogo. E neste sentido este nosso laboratório deve servir também
para esta prática ocorrer, ou seja devemos criar mais espaço de criação entre nós e espaços de análise e
reflexão dos resultados. È fundamental que se projectem pequenos ateliers pensados para determinados
grupo e que em conjunto se possa planear, discutindo estratégias e metodologias para melhor
Mestrado em Comunidade - cadeira Semestral - Laboratório da Comunidade – ESTC
Célia Maria da Silva Ramos
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reflectirem resultados, resultados estes definidos por processos sustentados em objectivos claros de
querer chegar.
O DESEJO…
Acredito neste nosso grupo nesta nossa turma, pela maturidade e experiencias que cada um já leva da
sua própria vida, e não me refiro somente a profissional. Somos um grupo que sobretudo se respeita e
que por possuir a tal maturidade profissional consegue contornar qualquer obstáculo e isto verificou-se
na passada quinta feira. Acredito que o nosso poder de escuta advêm muito dessa maturidade, pois
ainda não trabalhamos o suficiente em pequeno grupo para de facto desenvolvermos essa escuta tão
necessária a construção de qualquer diálogo. Sabemos que qualquer criação onde exista mais do que
um criador pode ser complicada de gerir sobretudo se o tempo para a criar for muito reduzido. O poder
de escuta existe na Contracena da vida, não há dúvida, existe para que possamos comunicar uns com
os outros e para que cada um tenha o seu momento quer de acção quer de escuta. Como exercício
parece-me excelente, mas neste momento urge desenvolve-lo e se queremos também trabalhar em
parceria nos nossos trabalhos de projecto nos próximos semestres, seria importante desenvolver tais
momentos de construção colectiva (pequeno grupo) do que cada grupo deve fazer/dizer para que possa
evoluir nesta cadeia estético criativa de comunicação / acção. E neste sentido desejaria planear esta
escrita/acção criativa entre nós, para que possamos de facto dizer que este nosso poder de escuta em
acção planeada, elaborada e executada funcione. Digo isto porque no final da atelier, quando a Rita me
lançou para a Arena e eu “encarnei”a personagem da maestrina, chamei a Elsa para o meu lado, porque
fazia-me todo o sentido ela finalizar comigo, algo que até encetamos as duas. Mas depois fui incapaz
de a escutar e de enriquecer o trabalho com a sua prestação. E aqui fica as minhas mais sinceras
desculpas pelo meu certo egoísmo e incapacidade.
A REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BENJAMIN, Walter. Reflexões: A criança, o brinquedo, a educação. S. Paulo,
Summus, 1984, p. 13-16, 83-88.
KOUDELA, Ingrid D. Jogos Teatrais. São Paulo, Perspectiva, 1984.
SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. São Paulo, Perspectiva, 2001.
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Sessão XIV
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Documentos facultados pelo professor Amílcar
BERTOLT BRECHT — MEMÓRIAS E DESAFIOS PARA A DIDÁCTICA DAS EXPRESSÕES E DAS ARTES Amílcar Martins 1
AMÍLCAR MARTINS, Ph.D. Ciências de Educação, Artes, Montreal
Professor no Departamento de Educação e Ensino a Distância Coordenador do Mestrado em Arte e Educação
Investigador no CEMRI – Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais Rua da Escola Politécnica, nº 147 1269-001 Lisboa Portugal
Portal da UAb: www.univ-ab.pt Email: [email protected]
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BERTOLT BRECHT — MEMÓRIAS E DESAFIOS
PARA A DIDÁCTICA DAS EXPRESSÕES E DAS ARTES
Amílcar Martins
Universidade Aberta
RESUMO
Num primeiro momento reenviamos a nossa narrativa para o era uma vez… a nossa história
brechtiana… ou, dito de outro modo, para o nosso encontro com Brecht. Esboça-se, por isso,
uma retroacção memorial e reflexiva sobre o roteiro de formação inicial de actores e
encenadores na Escola Superior de Teatro do Conservatório Nacional de Lisboa, instituição
que frequentávamos na época, no período imediatamente posterior à reforma do ensino
artístico de 1971. Num segundo momento indagam-se alguns dos contributos de Bertolt
Brecht para a concepção e prática do teatro, da formação e da educação, selecionando
alguns tópicos orientadores do seu pensamento focados no domínio da didáctica.
Finalmente, num terceiro momento, questionam-se alguns dos conceitos brechtianos que
interpelam e reconfiguram a didáctica das expressões e das artes, particularmente a sua
incidência na didáctica da expressão dramática, da arte dramática e do teatro.
MAE ESTÁGIO A MAGIA DA ARTE Casa Grande da Barroca (5 a 12 Abril 2009) 1
Casa Grande da Barroca
Barroca — Concelho do Fundão
5 a 12 de Abril de 2009
ESTÁGIO A MAGIA DA ARTE
Organização
Mestrado em Arte e Educação
Apoios
Estágio a magia da arte
Bertol brecht – Memórias e desafios para a didáctica das expressçoes e das artes
DE ANGOLA PARA O MUNDO: ESTAMOS JUNTOS! Por Amílcar Martins, em Luanda, Angola 1 Citação bibliográfica:
MARTINS, Amílcar. (2009). De Angola para o Mundo: Estamos Juntos! In LusoPresse (Jornal da Lusofonia), 6 de Março de 2009. Montréal.
DE ANGOLA PARA O MUNDO: ESTAMOS JUNTOS!
Por Amílcar Martins, em Luanda, Angola
Havemos de voltar, de Agostinho Neto
Às casas, às nossas lavras às praias, aos nossos campos havemos de voltar Às nossas terras vermelhas do café brancas de algodão verdes dos milharais havemos de voltar Às nossas minas de diamantes ouro, cobre, de petróleo havemos de voltar Aos nossos rios, nossos lagos às montanhas, às florestas havemos de voltar
À frescura da mulemba às nossas tradições aos ritmos e às fogueiras havemos de voltar À marimba e ao quissange ao nosso carnaval havemos de voltar À bela pátria angolana nossa terra, nossa mãe havemos de voltar Havemos de voltar À Angola libertada Angola independente
Escrito em 1960, o poema de Agostinho Neto «Havemos de Voltar», é apresentado com pujante relevância plástica e estética num grande mural do centro de Luanda. É neste lugar que o poema do primeiro presidente do país envolve as paredes da estátua que homenageia o fundador da Angola independente, após a longa luta da libertação contra o poder colonial português.
De angola para o mundo estamos juntos!
Contos do Espírito num Jogo de Espelhos Virtual e Multimédia Amílcar Martins 1
CONTÉM 39 PÁGINAS
AMÍLCAR MARTINS, Ph.D. Ciências de Educação, Artes, Montreal Professor no Departamento de Ciências de Educação
Coordenador do Mestrado em Arte e Educação Investigador no CEMRI – Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais
Rua da Escola Politécnica, nº 147 1269-001 Lisboa Portugal www.univ-ab.pt [email protected]
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CONTOS DO ESPÍRITO
NUM JOGO DE ESPELHOS VIRTUAL E MULTIMÉDIA 1
Amílcar Martins
2
ÍNDICE
1. Resumo, p. 2 2. A Promessa de Los Cuentos del Espíritu, p. 3 3. O Contador, o Espaço Cénico e a Audiência, p. 4 4. O Debate Final entre o Contador e a Audiência, p. 6
4.1. A Escolha de Los Cuentos del Espíritu, p. 6
4.2. O Contador como Mediador dos Cuentos, p. 6
4.3. A Recepção dos Cuentos, p. 7
5. Conclusões, p. 8 19 Figuras: Mandala da Magia da Palavra, pp. 9–27
6. 7 Vídeos do espectáculo, pp. 28–29 7. 8 Fotos do espectáculo, pp. 30-37 8. Bibliografia, pp. 38–39 9. CDáudio, p. 39
10. CDrom, p. 39 11. DVD, p. 39 12. Internet, p. 39
1 Este artigo corresponde à adaptação do anteriormente publicado com a seguinte citação bibliográfica: MARTINS, Amílcar. (2007).
“’Cuentos del Espíritu’ num Jogo de Espelhos Virtual”, in Revista "… à Beira", nº 7 , vol. 1, pp. 183-194. Covilhã: Departamento de Letras da Universidade da Beira Interior.
2 Agradeço a Nicolás Buenaventura Vidal (contador, actor e encenador do espectáculo Los Cuentos del Espíritu) e a Joaquim Benite
(director do Festival Internacional de Teatro de Almada), a autorização para a captura e a disponibilização, em registos fotográficos e em mini-vídeos no canal Youtube, dos elementos essenciais que proporcionaram a produção deste documento multimédia.
Conto do espírito
TEATRO NA ESCOLA – Entrevista a Amílcar Martins (em Lisboa), por Luciene Ribeiro (em Fortaleza) Maio 2008 1
CONTÉM 13 PÁGINAS
AMÍLCAR MARTINS, Ph.D. Ciências de Educação, Artes, Montreal
Professor no Departamento de Ciências de Educação Coordenador do Mestrado em Arte e Educação
Investigador no CEMRI – Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais Rua da Escola Politécnica, nº 147 1269-001 Lisboa Portugal
www.univ-ab.pt Email: [email protected] _____________________________________________________________________________________________________________
Fortaleza e Lisboa, Maio, 2008
ENTREVISTA TEATRO NA ESCOLA
PROTAGONISTAS DA REALIDADE: COMO O TEATRO TRANSFORMA ACTOR E ESPECTADOR EM PROTAGONISTAS DA ACÇÃO SOCIAL
Luciene Ribeiro em
Fortaleza, Ceará, Brasil
Amílcar Martins
em
Lisboa, Portugal
Jovens Saltimbancos na XII Mostra de Teatro do CERE, Dezembro 2007, Fortaleza, Ceará, Brasil
Foto de Amílcar Martins
Entrevista : Teatro EscolaProjecto no Brasil ‐ Fortaleza
TEATRO NA ESCOLA – Entrevista a Amílcar Martins (em Lisboa), por Luciene Ribeiro (em Fortaleza) Maio 2008 11
Saltimbancos 2 Duração: 01’17’’
RESUMO: Excerto do espectáculo Saltimbancos, de Chico Buarque, Sérgio Bardotti e
Luiz Bacalov, apresentado por jovens na XII Mostra de Teatro do CERE -
Antônio Bezerra.
http://br.youtube.com/watch?v=fUnTyLEPRbg&feature=related
Saltimbancos 3 Duração: 02’26’’
RESUMO: Excerto do espectáculo Saltimbancos, de Chico Buarque, Sérgio Bardotti e
Luiz Bacalov, apresentado por jovens na XII Mostra de Teatro do CERE -
Antônio Bezerra.
http://br.youtube.com/watch?v=Fg4Jj_u6UgY&feature=user
Saltimbancos 4 Duração: 00’59’’
RESUMO: Um jovem actor Saltimbanco — a personagem Jumento —, responde à
questão do que significa para ele a prática do teatro na sua escola e o
que representa para si.
http://br.youtube.com/watch?v=P7ixqZWsLCk&feature=user
Saltimbancos 5 Duração: 1’12’’
RESUMO: Excerto do espectáculo Saltimbancos, de Chico Buarque, Sérgio Bardotti e
Luiz Bacalov, apresentado por jovens na XII Mostra de Teatro do CERE -
Antônio Bezerra.
http://br.youtube.com/watch?v=gCdHCtNj2Kk&feature=user
Saltimbancos 6 Duração: 00’27’’
RESUMO: Os jovens actores Saltimbancos apresentam-se no final do espectáculo na
XII Mostra de Teatro do CERE - Antônio Bezerra.
http://br.youtube.com/watch?v=oc_vP7thSQw&feature=user
Saltimbancos 7 Duração: 00’58’’
RESUMO: Excerto do espectáculo Saltimbancos, de Chico Buarque, Sérgio Bardotti e
Luiz Bacalov, apresentado por jovens na XII Mostra de Teatro do CERE -
Antônio Bezerra.
http://br.youtube.com/watch?v=OgTNWtVHhPY&feature=related
Saltimbancos 8 Duração: 00’51’’
RESUMO: No palco, após o espectáculo Saltimbancos, há uma breve apresentação
dos participantes juntamente com outros especialistas de teatro e
educadores que participaram na retroacção final.
http://br.youtube.com/watch?v=lJPzio_YX_E&feature=user
Saltimbancos 9 Duração: 01’41’’
RESUMO: A mãe de dois jovens, bem como três dos actores Saltimbancos
(personagens Galinha, Cachorro e Gata) respondem à questão do que
significa para eles a prática do teatro.
http://br.youtube.com/watch?v=HhT4cFdFfwE&feature=user
Sessão XV
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A respeito da Educação Artística parece‐me interessante ler as competências essenciais do Ensino Básico e a organização curricular e programas das diferentes àreas artísticas. Estes documentos encontram‐se disponíveis no sítio do Ministério da Educação.
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A criação de um clube que visa promover a Educação Artística em Portugal resulta, antes de mais, da constatação da existência de uma lacuna importante no nosso sistema educativo e, logicamente, de uma necessidade correspondente. A lacuna é a ausência de uma efectiva Educação Artística para todos no nosso país, tornando necessária, senão mesmo urgente, a percepção desta como componente essencial de uma educação de qualidade para todos, formadora de uma cidadania mais participativa e consciente. O Clube Unesco de Educação Artística surge assim para se constituir como espaço permanente de discussão e afirmação da importância da Educação Artística em Portugal, e de difusão dos seus modelos e práticas. Ao reunir entidades de natureza diversa – a ASPREA e a Fundação EDP - a particulares com diferentes percursos profissionais e pessoais, acolhendo-se à sombra protectora e responsabilizadora da Comissão Nacional da UNESCO, este clube constitui-se também como um parceiro da comunidade educativa na promoção da Educação Artística, e ainda como um interlocutor disponível para todos os que sobre ela agem, a nível institucional e particular. Porque não tem um objecto vago nem objectivos difusos, o Clube propõe-se desde já a realizar dois trabalhos concretos. Antes de mais clarificar a diferença, por irmanadas que estejam, entre Educação Artística e Ensino Artístico, aquela uma componente fundamental e necessária da educação de todos, este um caminho vocacional, mesmo que não exclusivamente profissionalizante. A percepção desta diferença é fundamental para a definição das políticas educativas e culturais que permitam formar cidadãos completos e não apenas uma força de trabalho. Depois chamar a atenção de que a questão da Educação pela Arte, nas suas várias declinações, não é assunto de uma tutela só. Ao lado da Educação, o Ministério da Cultura não pode deixar de se interessar por uma área da qual provêm grande parte dos profissionais que criam cultura em Portugal, assim como a Economia não pode deixar de ver nela uma componente essencial da Inovação e Criatividade pela qual pugna, ou um Ministério do Trabalho e Assuntos Sociais perceber a especificidade das suas vias profissionalizantes e até o seu potencial na reinserção social. Mas se a Educação Artística não é assunto para uma tutela governamental única, não pode nem deve ser assumida como uma responsabilidade exclusiva do Estado mas sim como uma prioridade de toda a Sociedade, educadores e cidadãos incluídos. É para contribuir para essa consciencialização que criamos o Clube Unesco para a Educação Artística. Clube porque espaço de encontro livre dos seus membros, mas clube aberto, necessariamente, à participação de todos os que se preocupam com a Educação Artística, qualquer que seja a sua motivação. É isso que esperamos tornar realidade e é também para isso que manteremos este sítio como espaço de acolhimento das participações de todos e de difusão da nossa actividade. !!
Clube Unesco !!
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Sessão XVI
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Breve resumo de Currículo
Berta Teixeira
Actriz; Licenciada em Sociologia pela Universidade de Coimbra (1996);
Mestre em Estudos de Teatro pela Universidade de Lisboa e Diplomada (D.E.A.) pela
Universidade Paris VIII Vincennes-Saint
Denis na Área de Estudos: Esthétiques, Technologies et Créations Artistiques (2001);
Como doutoranda na especialidade de Sociologia da Cultura, Conhecimento e Comunicação
sob a orientação de João Arriscado
Nunes (2005) desenvolve uma investigação sobre os processos criativos nas artes
performativas enquanto dinâmicas de
Constelações porosas;
Estudante associada do NECTS (Núcleo de Estudos sobre Ciência, Tecnologia e Sociedade) do
CES (Centro de Estudos Sociais) e Bolseira do Instituto de Investigação Interdisciplinar
(2007/2008), entidades afectas à Universidade de Coimbra, Portugal.
Participou como encenadora-estagiária (2008) no projecto Auto-Peças (20º aniversário) da Cia
dos Atores-Brasil.
Concebeu e coordena desde 2007 a residência de troca m.a.r.e.s. em Benguela-Angola.
SessÕES XVII e XVIII
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Directrizes de trabalho:
Mail de Rita Wengorovius
1- Trabalhar o perfil de saida do aluno do mestrado em Teatro e comunidade nas suas 2 vertentes, a saber, ARTISTA PEDAGOGO (aqui entendido enquanto animador de grupos através do Teatro, capacidades projectar, planificar, gerir grupos, dar aulas, cursos etc, com as diferentes comunidades / actores sociais e enquanto criador CRIADOR ( saber fazer com... a comunidade, construir espectáculos partindo da comunidade, resgatando memórias, etc. E saber fazer para a comunidade, capacidades de encenação, direcção de actores entre outras ) 2- Para dar resposta á necessidades de trabalhar o vosso perfil de saida , faremos 3 grupos GRUPO A -IDOSOS GRUPO B . EMPRESAS GRUPO C- TEMÁTICA DA IMIGRAÇÃO (INDEFERIDO E PENDENTE) 3- Cada grupo trabalhará as 2 vertentes : Artista-pedagogo e Criador, ou seja,cada grupo fará um trabalho de pesquisa , planificação para a criação colectiva de um ATELIER para a comunidade escolhida , o atelier terá a duracção de 2 horas, deve ter uma parte de criação (no máximo 15m) que se insere no fazer para e apresentar o tema da sessão , seguido de um momento de exploração e prática criativa com os participantes do atelier e incluir um momento de criação com os partipantes , e no final um momento de retroaação com o público alvo. 4- O grupo C Imigração , irá apresentar o seu trabalho de pesquisa ou grupo através de um formato de acção /performace ou teatro conferência (duração de 15m de "espectáculo/performance" seguido de 30m de apresentação da temática. 5- De forma a enriquecer a componente teórica e sustentar a vossa prática, o atelier deverá ser planeado de acordo com as seguintes metodologias/ metódos de teatro e expressão dramática( na sua vertente comunitária) á vossa escolha: Giselle Barret Viola Spolin Eugenio Barba Peter Brook Peter Slade Pierre Voltz Brecht Stanislavski Jaques copeau Augusto boal Living theatre Grotowski 6- Trabalharemos por grupos mas criando se-energias para toda a turma, apoiando o trabalho no portofólio enquanto forma de registo e troca de práticas e pesquisas. 7- A data de apresentação será dia 18 de Junho, no auditório João Mota com o seguinte horário: 14.00/ 16.00 IDOSOS 16.30/ 17.30 IMiGRAÇÃO 18.00/ 20.00 EMPRESAS No final jantar da comunidade para festejar passagem ao 2ºsemestre( importância dos rituais de passagem) e sobretudo aniversário da actriz Amélia Videira 8- Este trabalho vai de acordo ás necessidades de o grupo trabalhar mais em grupo e com tempo a criação e planificação de estrategias de acção. Presupõe um trabalho autonomo por partes dos alunos e um forte componente prática no Laboratório Teatral. Podem contar comigo , para tal! 9- Falaremos na próxima sessão de trabalho para esclarecer se houver dúvidas a este mail,
O processo dos Ensaios
Ensaios de leitura – Também chamados ensaios de mesa. Os actores lêem o texto, analisando-o e
tentando aprofundar o seu conhecimento do mesmo. O encenador aponta, logo nesta fase, qual a leitura
que pretende fazer do texto, direccionando uma interpretação que os actores tentam reconstituir na
leitura.
Ensaios de marcação (ou levantamento) – Nesta fase os actores deixam a mesa e passam para o
espaço de ensaios. O encenador pode definir qual a movimentação dos actores no espaço ou deixar que
esta surja do jogo de representação sugerido pelos actores. Este trabalho funciona como espaço de
descoberta semelhante ao dos ensaios de leitura, só que alargado à movimentação e ao jogo de
representação.
Ensaios de repetição – Fase do trabalho que serve sobretudo para que os actores memorizem o texto e
os movimentos, esboçando já o jogo de representação entre si.
Ensaios de apuro (ou pormenor) – O foco está no pormenor. Coordenam-se melhor os movimentos,
aperfeiçoam-se os jogos de intenções dos actores, definem-se as nuances da representação. Avança-se
lentamente no texto, parando para acertar pormenores, voltando atrás para rectificar.
Ensaios corridos (ou encadeados) – Findo o trabalho de pormenor, torna-se necessário articular todas
as cenas, ensaiando-as de seguida, do princípio até ao fim, numa aproximação ao que será o resultado
final do espectáculo. As instruções, rectificações e acertos indicados pelo encenador têm lugar no fim do
ensaio: as chamadas “notas”. Estas permitirão aos actores corrigir ou fixar a sua interpretação nos
ensaios subsequentes.
Ensaios técnicos – Marcam-se e ensaiam-se as luzes, o som, a maquinaria de cena no enquadramento
do cenário montado. Os actores experimentam os figurinos e adereços. A atenção do encenador está
menos direccionada para o jogo de representação do actor e mais para a forma como este deverá
articular-se com os elementos técnicos e vice-versa.
Ensaios gerais – Os ensaios em que todos os actores e técnicos envolvidos representam o que foi
ensaiado, como se fosse o espectáculo. Esta fase permite ainda acertos técnicos, de pormenor de
representação, ajustando cada elemento isolado em função do conjunto, mas sobretudo permite uma
certa «rodagem», «oleando» bem as engrenagens do espectáculo
Sessão XIX
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Materiais Vários
PENDENTE E INDEFERIDO
Espaço cénico
Espaço vazio. Uma mesa e uma cadeira. (Direita baixa) Uma estante de
pautas de música.( Esquerda baixa) Nessa estante estarão a(s) folha(s) com a
Constituição Portuguesa
Início do espectáculo. Luz de público. Palco em black-out.
1. Entrada do público. As 4 estarâo na frente de sala a receber o público.
A cada espectador é pedido o seguinte:
“ Identificação. Bilhete de identidade. Número da Segurança Social.
Número de Contribuinte. Data de Nascimento.” (etc)
Quando o público está sentado, nós colocamos as fitas de controle,
isolando o público.A Amélia é a primeira a sair. Black-out. Silêncio.
2. Entrada da Amélia que carrega malas. Luz seguindo o percurso da
Améla. Poisa as malas. Diz o texto
“ Demasiado velha para pegar nas malas e emigrar como as outras,
foi-me concedida- por graça- o ínfimo papel de cronista.
Luz na mesa. Dirige-se à mesa, senta-se e começa a escrever.
“Eu registo – sem saber para quem- a história do êxodo.
Devo ser exacta, mas não sei quando começou a emigração.
Duzentos anos atrás em Dezembro Setembro talvez até ontem ao
amanhecer....
Roteiro para a performance
Todos aqui sofrem de uma perda do sentido do tempo.
Escrevo o melhor que posso ao ritmo das semanas intermináveis
Segunda: as lojas estão vazias e as ratazanas tornaram-se moeda corrente
Terça: Não há água. Ontem choveu, mas não tínhamos alguidares.
Quarta: O começo da epidemia de cólera.
Quinta..... Eu sei que tudo isto é monótono e não comoverá ninguém.
Evito comentários, mantenho as emoções sobre controlo, registo factos.
Parece que só eles são apreciados nos mercados estrangeiros.
Mas gostaria de informar o mundo que graças a esses factos
Nós criámos uma nova espécie de crianças.
As nossas crianças sem futuro não gostam de contos de fadas
Acordadas ou durante o sono, elas sonham com sopa pão e ossos
Exactamente como cães e gatos.”
3. Fade out suave na Amélia. Cláudia entra com um carrinho de mão
com sapatos. Corredor de luz para a Cláudia . Foco nos sapatos.
Despeja-os e sai. Entrada da Filipa que se dirige à estante e lê os
artigos da Constituição. Recorte na estante.
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Enquanto isso , Cristina entra e arruma os sapatos. Quando a Filipa terminar
de ler, black-out e saímos as duas.
Projecção do documentário os lisboetas, o tempo suficiente para trocarmos
de roupa. ( Ou o Galissa com as Finka Pé ?)
4. Entramos as quatro, com roupas das 4 regiões que elegemos, a cantar e a
embalar um bebé imaginário. Recortes em 4 lugares, ou uma outra solução
que nos ilumine a todas. Os outros com menos intensidade. ( Sapatos, malas,
estante, mesa.) A
Alerta!! Precisamos da ajuda do Prof. Domingos para esta harmonização.
4. Uma a uma, terminamos as canções, levantamo-nos e avançamos para a
boca de cena,. Falamos com o público. Luz na boca de cena.
CORO DAS DESCULPAS
EM CORO
“ Desculpem por estarmos aqui
por estarmos a ocupar o vosso tempo
Desculpem.
CLÁUDIA- Desculpem por respirarmos o vosso ar
FILIPA- Por pisarmos a vossa terra
CRISTINA- Por vos taparmos a vista
CORO- Desculpem
AMÉLIA- Desculpem o aspecto que temos
CRISTINA- Tão feio
FILIPA- Feio não, diferente.
CRISTINA- Feio.
Somos gente feia.
CLÁUDIA- Desculpem por interrompermos a vossa tranquilidade.
AMÉLIA- Como se já não fizessem o suficiente por nós
CORO- Desculpem por não estarmos agradecidas e contentes
E por não nos chamarmos maria ou inês
CRISTINA-Desculpem por vivermos numa casa normal
FILIPA- Numa das vossas casas
CLAUDIA-Por não a termos recusado
AMÉLIA- Desculpem por nos sentarmos nos vossos comboios e autocarros
CRISTINA- E nos vossos bancos ao sol
CORO- E desculpem também por não termos trazido nada
FILIPA- Nem um prato típico
CLAUDIA- Nem uns bonecos pintados à mão
AMÉLIA- Ou qualquer coisa exótica
CORO-
A única coisa que temos é a nossa história
E ainda por cima não é uma história agradável.”
5. Sai a Cláudia do Coro. Corre feliz e diz, eufórica por ter conseguido
finalmente a legalização. Tem carradas de papéis em sacos, mochilas, o que
seja. Enquanto isso, Amélia e Cristina dirigem-se para a zona dos guichets. (
Direita alta?).
“ Consegui! Finalmente!Já estou legalizada! “ – Mostra um papel, deferido.
“ Tudo começou em 21 de Janeiro de 1997.”
Música rápida e ritmada. (Galissa e as Finka Pé)
Dirige-se ao guichet nº1-Amélia. Amélia atende a situação
Amélia: Os documentos por favor ... Bom, de acordo com o Decreto -Lei
n.º 244/98, de 8 de Agosto, com as alterações introduzidas pela Lei n.º
97/99, de 26 de Julho a senhora terá que proceder à substituição do título
de que é portadora pelo cartão previsto no n.o 1 do artigo 212. Ora este
serviço é tratado no guiché 2.!!
e manda para 2º guichet – Cristina.
2º Guichet atende a situação e diz:
“A senhora está enganada. Isto é no guichet nº 3.
”Cláudia dirige-se ao guichet nº 3 e espera , porque não está lá ninguém.
Cristina passa de um para o outro. Põe cartaz: Volto Já.
Cláudia espera. Cristina muda o cartaz e pergunta
“ Em que posso ajudá-la?”
CLAUDIA- “ A sua colega mandou-me aqui...”
Pede à Claúdia todos os seguintes documentos.
“ Atestado de robustez, boletim de vacinas actualizado, comprovativo de
morada, extracto de conta bancária, comprovativo de telefone, inscrição no
Centro de Saúde, declaração da entidade patronal, carta de motivação, a
letra do Hino Nacional.”
A Claúdia , que até aí tinha tudo, começa a cantar o Hino:
“ Heróis do mar, nobre povo
nação valente e imortal.
Mergulhai hoje de novo”
No “mergulhai” , Cristina interrompe e diz.
Cristina: Não!! Dirija-se ao guichet nº 1 e peça a vinheta azul.
Claudia dirige-se ao guichet, tentando lembrar-se da letra . Quando lá chega,
lembra-se da letra e volta ao guichet nº3.
No entretanto, entra Filipa que se dirige ao guichet Amélia que diz:
Amélia: Tem consigo o documento de viagem reconhecido como válido ou o
visto de entrada estipulados e previstos nos números 1 e 2 e números 1, 2, e
3 dos artigos nono e décimo da lei reguladora da directiva 2003/109/CE de
25 de Novembro que prevê especificamente a sua situação?
Filipa: Mas… eu…quer dizer, a minha patroa deu-me aqui um papel… que
… eu até subsisto mais ou menos bem e isso.
Amélia: Quanto aos meios de subsistência tem que cumprir o disposto no
art.º 11, sendo que os quantitativos fixados são actualizados de acordo com
as percentagens de aumento da remuneração mínima nacional mais
elevada. E sem os documentos supracitados não poderemos continuar o seu
processo. Já para não falar em todos os emolumentos e taxas adicionais que
terá de pagar por falta de documentação exigível para o acto.
Filipa faz o movimento de sair e entrar já com os documentos. Volta ao 1º
guichet.
Amélia: A senhora está enganada. Esse assunto é no guichet nº 3.
Amélia põe cartaz- Almoço e come uma sandocha.
Filipa vai para o 3º onde já está Cláudia. Tenta passar à frente.(Diálogo entre as duas para passar à frente) Entrega os documentos.
Cristina: A Senhora está enganada. Esse papel não é preciso.
Filipa: Mas a sua colega disse-me...
Cristina: Peço desculpa, mas aqui também não é para as senhas verdes. É só para as azuis. Dirija-se ao guichet nº1”
Filipa volta ao guichet Amélia e diz:
Filipa: A senhora enganou-me. A sua colega diz que este papel não é preciso.
Tira um desdobrável gigante de decretos.Lê.
Amélia: Ah, desculpe, tem razão. Enganei-me. Deixe-me cá ver os novos regulamentos. Pois… Aqui está. Vê? De acordo com as alíneas c),d) e e) do artigo 72º da lei n.º 23de 4 de Julho a prorrogação de permanência pode ser concedida até 90 dias, se o interessado for titular de um visto de residência; !"#$%&$'()*+$,-.--./012(*$,.-$ 34$ (/3)5$ ,2-6.'.+$ *2$ .$ (7"2-2**)'.$ 8.-$ "("35)-$ '2$ 34$ 1(*".$ '2$ 93-")$
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9.4$ .$ *3,-)$ -282-('.$ artigo e Sem prejuízo dos documentos específicos exigíveis para cada tipo de visto, os pedidos são instruídos com os seguintes documentos: Alínea a) Duas fotografias iguais, tipo passe, a cores e fundo liso, actualizadas e com boas condições de identificação do requerente; Alínea b) Passaporte ou outro documento de viagem válido; Alínea c)
Certificado do registo criminal emitido pela autoridade competente do país de nacionalidade do requerente ou do país em que este resida há mais de um ano, quando sejam requeridos vistos de estada temporária e de residência; alínea d) Requerimento para consulta do registo criminal português pelo SEF, quando sejam requeridos vistos de estada temporária e de residência; alínea e) Seguro de viagem válido, que permita cobrir as despesas necessárias por razões médicas, incluindo assistência médica urgente e eventual repatriamento; f) Comprovativo da existência de meios de subsistência, tal como definidos por portaria conjunta dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da administração interna e do trabalho e da solidariedade social, atenta a natureza do tipo de visto solicitado; Agora, o mais importante é que, a acrescer à documentação referida, a senhora terá de obter através dos nossos serviços a Vinheta autocolante exigida nos termos da Portaria n.º 397/08 de 6 de Junho Que estipula que de acordo com o disposto no n.º 6 do artigo 72.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, a prorrogação de permanência de cidadãos estrangeiros admitidos em território nacional que desejem permanecer no País por período superior ao inicialmente autorizado é concedida sob a forma de vinheta autocolante de modelo a aprovar por portaria do Ministro da Administração Interna. Nos termos do Regulamento (CE) n.º 1683/95, do Conselho, de 29 de Maio, os vistos emitidos pelos Estados membros devem revestir a forma de modelo -tipo de visto (vinheta autocolante) e ser conformes com as especificações constantes do anexo respectivo. Assim: Ao abrigo do n.º 6 do artigo 72.º da Lei n.º 23/07, de 4 de Julho, manda o Governo, pelo Ministro da Administração Interna, o seguinte: 1.º É aprovado, em anexo à presente portaria, dela fazendo parte integrante, o modelo de vinheta autocolante para a concessão de prorrogação de permanência de cidadãos estrangeiros em território nacional. 2.º É revogada a Portaria n.º 1025/99, de 22 de Novembro.
A Cláudia está comigo- guichet nº 3. Canta o Hino correctamente.
CRISTINA- “ Parece-me que falta aqui qualquer coisa. Deixe-me ver os
regulamentos.”
Lê, acompanhando a Amélia, um arrazoado de decretos.
Cristina: Claro! De acordo com o estabelecido na portaria 727/07 de 6 de
Setembro os !"#$%&'()*$*#'+%$%*,!-'*.!%/01'*2!*3(4%$"&!0%'(*!*5%'"4!0%$(6*7$%$"4!8(!* 9:!* '(* ;'"4$"4!(* $&'%$* 2!<0"02'(* (!* 4%$2:=$;* ":;$*$#4:$-0=$1>'* (!;* !?,%!((>'* (0&"0<0#$40/$* %!-$40/$;!"4!* $'(* ,%!/0(4'(* "$*@'%4$%0$*"6A* BC8DEBFFB)* 2!*G*2!* H$"!0%')* $-4!%$2$*,!-$*@'%4$%0$*"6A* IFJ8DEBFFJ)*2!*BK*2!*H:-L'6*D#'-L!8(!*$0"2$*$*M!#0(>'*"6A*BFFIEGGFEN3)*2!*K*2!*H:"L')*2'*N'"(!-L')*9:!*<0?$*'(*!;'-:;!"4'(*$*#'+%$%*#'%%!(,'"2!"4!(*$*#:(4'(*$2;0"0(4%$40/'(*2!*4%$4$;!"4'*2'(*,!202'(*2!*/0(4'6*D((0;O*D'*$+%0&'*2'*20(,'(4'*"'*"6A*B*2'*$%40&'*BFP6'*2$*Q!0*"6A*BREBFFC)*2!*G*2!*H:-L')*;$"2$*'*7'/!%"')*,!-'*S0"0(4%'*2$*D2;0"0(4%$1>'*T"4!%"$)*'*(!&:0"4!O* "U;!%'* K6* D(* 4$?$(* !* '(* 2!;$0(* !"#$%&'(* 2!/02'(* ,!-'(*,%'#!20;!"4'(*$2;0"0(4%$40/'(*0"!%!"4!(*V*#'"#!((>'*2!*/0(4'(*!;*,'(4'(*2!* <%'"4!0%$)* V* ,%'%%'&$1>'* 2!* ,!%;$"W"#0$* !;* 4!%%04X%0'* "$#0'"$-)* V*!;0((>'* 2!* 2'#:;!"4'(* 2!* /0$&!;)* V* #'"#!((>'* !* %!"'/$1>'* 2!*$:4'%0=$1Y!(*2!* %!(02W"#0$)*V*20(,'"0+0-0=$1>'*2!*!(#'-4$)*V* #'-'#$1>'*2!*!(4%$"&!0%'(* ">'* $2;0402'(* !;* #!"4%'(* 2!* 0"(4$-$1>'* 4!;,'%Z%0$* !* V*,%Z40#$*2'(*2!;$0(*$#4'(*%!-$#0'"$2'(*#';*$*!"4%$2$*':*,!%;$"W"#0$*2!*!(4%$"&!0%'(*"'*@$[()*!(4$+!-!#02'(*"$*Q!0*"6A*BREBFFC)*2!*G*2!*H:-L')*(>'*'(* 9:!* #'"(4$;* 2$* 4$+!-$* $"!?$* V* ,%!(!"4!* ,'%4$%0$)* 2$* 9:$-* <$=* ,$%4!*0"4!&%$"4!6*\U;!%'*B6'*](*/$-'%!(*2$(*4$?$(*,%!/0(4$(*"$*4$+!-$*$"!?$*V*,%!(!"4!* ,'%4$%0$* (>'* $:4';$40#$;!"4!* $#4:$-0=$2'()* #';*$%%!2'"2$;!"4'*V*#$($*2!#0;$-*0;!20$4$;!"4!*(!&:0"4!)*$*,$%40%*2!*K*2!*S$%1'*2!*#$2$*$"')* #';*+$(!*"$*/$%0$1>'*2'* ["20#!*;^20'*2!*,%!1'(*"'*#'"(:;02'%*"'*#'"40"!"4!*%!-$40/'*$'*$"'*$"4!%0'%)*!?#-:0"2'*$*L$+04$1>')*!*,:+-0#$2'*,!-'*T"(404:4'*\$#0'"$-*2!*3(4$4[(40#$6*\U;!%'*R6'*_*%!/'&$2$*$*@'%4$%0$*"6A*BC8DEBFFB)*2!*G*2!*H$"!0%')*$-4!%$2$*,!-$*@'%4$%0$*"6A*IFJ8DEBFFJ)*2!*BK*2!*H:-L'6*D((0;* !* 2!* $#'%2'* #';*$* (!#1>'*`T* a(!?4$b* 2$* 4$+!-$* 2!* 4$?$(* !* 2!;$0(*!"#$%&'(* $* #'+%$%* ,!-'(* ,%'#!20;!"4'(* $2;0"0(4%$40/'(* ,%!/0(4'(* "$* -!0*BREFC*2!*G*2!*H:-L')*$"!?$*$*!(4!*20,-';$)*:;*c!(02!"4!*2!*-'"&$*2:%$1>'*!;*':4%'*3(4$2'*;!;+%'*2$*d"0>'*3:%',!0$)**$b* @!-$* %!#!,1>'* !* $"Z-0(!* 2'* ,!202'* 2!* #'"#!((>'* 2!* $:4'%0=$1>'* 2!*%!(02W"#0$*$*404:-$%!(*2'*!(4$4:4'*2!*%!(02!"4!*2!*-'"&$*2:%$1>'*!;*':4%'*3(4$2'*;!;+%'*2$*d"0>'*3:%',!0$*4!;*$*,$&$%*efF6*+b* @!-$* !;0((>'* 2!* $:4'%0=$1>'* 2!* %!(02W"#0$* $* 404:-$%!(* 2'* !(4$4:4'* 2!*%!(02!"4!*2!*-'"&$*2:%$1>'*!;*':4%'*3(4$2'*;!;+%'*2$*d"0>'*3:%',!0$)*
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A partir de aqui, todas estão desorientadas com os decretos, papéis,
exigências. Claúdia e Filipa tentam acompanhar..a mim disseram-me
que....mas a mim isso não me pediram e tiram papéis e papéis. Chuva de
papéis ( Com a ajuda de colegas. Dois de cada lado) . Música .
Submersão em papéis. Black-out. Luz na mesa. Amélia.
Ao anoitecer liberta dos factos eu posso meditar
Sobre coisas antigas e distantes
Sobre a sabedoria e a tolerância.
Porque os atingidos pelo infortúnio
Não estão sempre sós.
Black out. Música. Luz no público. Vamos retirar as fitas de controle.
PESQU ISA PARA
PERFORMANCE “PENDENTE E
INDEFER IDO”
PESQUISA PARA PERFORMANCE “PENDENTE E INDEFERIDO” Notificadas 27 pessoas para abandonarem o país
Cascais: SEF detém seis cidadãos estrangeiros
18.04.2009 - 10h43 PÚBLICO O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) realizou ontem à noite em vários concelhos de Cascais uma operação onde foram identificados 324 cidadãos estrangeiros, tendo sido detidas seis pessoas e notificadas 27 para abandonarem o país voluntariamente no prazo de dez dias. !!
As situações de irregularidade foram detectadas nas localidades de Amoreira, Alcabideche e Carcavelos, refere o SEF, em comunicado. “Esta Acção enquadra-se num plano de actuação deste serviço que visa o aumento da segurança da população residente, o reforço da eficácia no combate à criminalidade e o mais eficiente controlo do fenómeno da imigração irregular”, lê-se no mesmo documento.
!!
A acção contou com 27 elementos do SEF e, ainda, com 40 elementos da PSD e 35 da GNR. !!
Fonte:
<http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1375074>
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PESQUISA PARA PERFORMANCE “PENDENTE E INDEFERIDO” !
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11 Maio 2009 !!
"! Nota à CS - SEF desenvolve operação nas
Caldas da Rainha
Em colaboração com a PSP !!
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras desenvolveu, em colaboração com a PSP, uma operação de fiscalização nas Caldas da Rainha.
!!
Esta Acção visou concretamente a verificação da situação em território nacional de cidadãos estrangeiros em vários Bares de Caldas da Rainha.
!!
No total, foram detectados 14 cidadãos em situação em Portugal. Destes 14 cidadãos, 5 foram notificados a abandonar o País em 20 dias, 2 notificados a comparecer no SEF e 7 ficaram detidos por permanência irregular para efeitos de expulsão.
!!
Os cidadãos detidos foram presentes, esta Sexta-feira, ao Tribunal Judicial de Caldas da Rainha, encontrando-se já iniciado o respectivo processo de afastamento.
!!
Foi ainda instaurado Processo de Contra-Ordenação a uma Empresa, no valor de EUR 2.235,00.
!!
Constituição da República Portuguesa,
de 2 de Abril de 1976
- Revista pelas Leis Constitucionais n.ºs 1/82, de 30 de Setembro, 1/89, de 8 de Julho, 1/92, de
25 de Novembro, 1/97, de 20 de Setembro e 1/2001, de 12 de Dezembro,1/2004, de 24 de
Julho e 1/2005, de 12 de Agosto.
Artigo 7º (Relações internacionais)
1. Portugal rege-se nas relações internacionais pelos princípios da independência nacional, do respeito dos direitos do homem, dos direitos dos povos, da igualdade entre os Estados, da solução pacífica dos conflitos internacionais, da não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados e da cooperação com todos os outros povos para a emancipação e o progresso da humanidade.
2. Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, bem como o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança colectiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos.
3. Portugal reconhece o direito dos povos à autodeterminação e independência e ao desenvolvimento, bem como o direito à insurreição contra todas as formas de opressão.
4. Portugal mantém laços privilegiados de amizade e cooperação com os países de língua portuguesa.
5. Portugal empenha-se no reforço da identidade europeia e no fortalecimento da acção dos Estados europeus a favor da democracia, da paz, do progresso económico e da justiça nas relações entre os povos.
6. Portugal pode, em condições de reciprocidade, com respeito pelos princípios fundamentais do Estado de direito democrático e pelo princípio da subsidiariedade e tendo em vista a realização da coesão económica, social e territorial, de um espaço de liberdade, segurança e justiça e a definição e execução de uma política externa, de segurança e de defesa comuns, convencionar o exercício, em comum, em cooperação ou pelas instituições da União, dos poderes necessários à construção e aprofundamento da união europeia.
7. Portugal pode, tendo em vista a realização de uma justiça internacional que promova o respeito pelos direitos da pessoa humana e dos povos, aceitar a jurisdição do Tribunal Penal Internacional, nas condições de complementaridade e demais termos estabelecidos no Estatuto de Roma.
Artigo 13º
(Princípio da igualdade)
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.
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Artigo 15º (Estrangeiros, apátridas, cidadãos europeus)
1. Os estrangeiros e os apátridas que se encontrem ou residam em Portugal gozam dos direitos e estão sujeitos aos deveres do cidadão português.
2. Exceptuam-se do disposto no número anterior os direitos políticos, o exercício das funções públicas que não tenham carácter predominantemente técnico e os direitos e deveres reservados pela Constituição e pela lei exclusivamente aos cidadãos portugueses.
3. Aos cidadãos dos Estados de língua portuguesa com residência permanente em Portugal são reconhecidos, nos termos da lei e em condições de reciprocidade, direitos não conferidos a estrangeiros, salvo o acesso aos cargos de Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, Primeiro-Ministro, Presidentes dos tribunais supremos e o serviço nas Forças Armadas e na carreira diplomática.
4. A lei pode atribuir a estrangeiros residentes no território nacional, em condições de reciprocidade, capacidade eleitoral activa e passiva para a eleição dos titulares de órgãos de autarquias locais .
5. A lei pode ainda atribuir, em condições de reciprocidade, aos cidadãos dos Estados-membros da União Europeia residentes em Portugal o direito de elegerem e serem eleitos Deputados ao Parlamento Europeu.
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Artigo 16º (Âmbito e sentido dos direitos fundamentais)
1. Os direitos fundamentais consagrados na Constituição não excluem quaisquer outros constantes das leis e das regras aplicáveis de direito internacional.
2. Os preceitos constitucionais e legais relativos aos direitos fundamentais devem ser interpretados e integrados de harmonia com a Declaração Universal dos Direitos do Homem.
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Artigo 21º (Direito de resistência)
Todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias e de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade pública.
Artigo 25º (Direito à integridade pessoal)
1. A integridade moral e física das pessoas é inviolável.
2. Ninguém pode ser submetido a tortura, nem a tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanos.
Artigo 26º
(Outros direitos pessoais)
1. A todos são reconhecidos os direitos à identidade pessoal, ao desenvolvimento da personalidade, à capacidade civil, à cidadania, ao bom nome e reputação, à imagem, à palavra, à reserva da intimidade da vida privada e familiar e à protecção legal contra quaisquer formas de discriminação.
2. A lei estabelecerá garantias efectivas contra a obtenção e utilização abusivas, ou contrárias à dignidade humana, de informações relativas às pessoas e famílias.
3. A lei garantirá a dignidade pessoal e a identidade genética do ser humano, nomeadamente na criação, desenvolvimento e utilização das tecnologias e na experimentação científica.
4. A privação da cidadania e as restrições à capacidade civil só podem efectuar-se nos casos e termos previstos na lei, não podendo ter como fundamento motivos políticos.
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Artigo 33º (Expulsão, extradição e direito de asilo)
1. Não é admitida a expulsão de cidadãos portugueses do território nacional.
2. A expulsão de quem tenha entrado ou permaneça regularmente no território nacional, de quem tenha obtido autorização de residência, ou de quem tenha apresentado pedido de asilo não recusado só pode ser determinada por autoridade judicial, assegurando a lei formas expeditas de decisão.
3. A extradição de cidadãos portugueses do território nacional só é admitida, em condições de reciprocidade estabelecidas em convenção internacional, nos casos de terrorismo e de criminalidade internacional organizada, e desde que a ordem jurídica do Estado requisitante consagre garantias de um processo justo e equitativo.
4. Só é admitida a extradição por crimes a que corresponda, segundo o direito do Estado requisitante, pena ou medida de segurança privativa ou restritiva da liberdade com carácter perpétuo ou de duração indefinida, se, nesse domínio, o Estado requisitante for parte de convenção internacional a que Portugal esteja vinculado e oferecer garantias de que tal pena ou medida de segurança não será aplicada ou executada.
5. O disposto nos números anteriores não prejudica a aplicação das normas de cooperação judiciária penal estabelecidas no âmbito da União Europeia.
6. Não é admitida a extradição, nem a entrega a qualquer título, por motivos políticos ou por crimes a que corresponda, segundo o direito do Estado requisitante, pena de morte ou outra de que resulte lesão irreversível da integridade física.
7. A extradição só pode ser determinada por autoridade judicial.
8. É garantido o direito de asilo aos estrangeiros e aos apátridas perseguidos ou gravemente ameaçados de perseguição, em consequência da sua actividade em favor da democracia, da libertação social e nacional, da paz entre os povos, da liberdade e dos direitos da pessoa humana.
9. A lei define o estatuto do refugiado político.
Artigo 37º (Liberdade de expressão e informação)
1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.
2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.
3. As infracções cometidas no exercício destes direitos ficam submetidas aos princípios gerais de direito criminal ou do ilícito de mera ordenação social, sendo a sua apreciação respectivamente da competência dos tribunais judiciais ou de entidade administrativa independente, nos termos da lei.
4. A todas as pessoas, singulares ou colectivas, é assegurado, em condições de igualdade e eficácia, o direito de resposta e de rectificação, bem como o direito a indemnização pelos danos sofridos.
Artigo 41º (Liberdade de consciência, de religião e de culto)
1. A liberdade de consciência, de religião e de culto é inviolável.
2. Ninguém pode ser perseguido, privado de direitos ou isento de obrigações ou deveres cívicos por causa das suas convicções ou prática religiosa.
3. Ninguém pode ser perguntado por qualquer autoridade acerca das suas convicções ou prática religiosa, salvo para recolha de dados estatísticos não individualmente identificáveis, nem ser prejudicado por se recusar a responder.
4. As igrejas e outras comunidades religiosas estão separadas do Estado e são livres na sua organização e no exercício das suas funções e do culto.
5. É garantida a liberdade de ensino de qualquer religião praticado no âmbito da respectiva confissão, bem como a utilização de meios de comunicação social próprios para o prosseguimento das suas actividades.
6. É garantido o direito à objecção de consciência, nos termos da lei.
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Artigo 53º (Segurança no emprego)
É garantida aos trabalhadores a segurança no emprego, sendo proibidos os despedimentos sem justa causa ou por motivos políticos ou ideológicos.
Artigo 58º (Direito ao trabalho)
1. Todos têm direito ao trabalho.
2. Para assegurar o direito ao trabalho, incumbe ao Estado promover:
a) A execução de políticas de pleno emprego; b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissão ou género de trabalho e condições para que não seja vedado ou limitado, em função do sexo, o acesso a quaisquer cargos,
trabalho ou categorias profissionais; c) A formação cultural e técnica e a valorização profissional dos trabalhadores.
Artigo 59º (Direitos dos trabalhadores)
1. Todos os trabalhadores, sem distinção de idade, sexo, raça, cidadania, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, têm direito:
a) À retribuição do trabalho, segundo a quantidade, natureza e qualidade, observando-se o princípio de que para trabalho igual salário igual, de forma a garantir uma existência condigna; b) A organização do trabalho em condições socialmente dignificantes, de forma a facultar a realização pessoal e a permitir a conciliação da actividade profissional com a vida familiar; c) A prestação do trabalho em condições de higiene, segurança e saúde; d) Ao repouso e aos lazeres, a um limite máximo da jornada de trabalho, ao descanso semanal e a férias periódicas pagas; e) À assistência material, quando involuntariamente se encontrem em situação de desemprego; f) A assistência e justa reparação, quando vítimas de acidente de trabalho ou de doença profissional.
2. Incumbe ao Estado assegurar as condições de trabalho, retribuição e repouso a que os trabalhadores têm direito, nomeadamente:
a) O estabelecimento e a actualização do salário mínimo nacional, tendo em conta, entre outros factores, as necessidades dos trabalhadores, o aumento do custo de vida, o nível de desenvolvimento das forças produtivas, as exigências da estabilidade económica e financeira e a acumulação para o desenvolvimento; b) A fixação, a nível nacional, dos limites da duração do trabalho; c) A especial protecção do trabalho das mulheres durante a gravidez e após o parto, bem como do trabalho dos menores, dos diminuídos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condições insalubres, tóxicas ou perigosas; d) O desenvolvimento sistemático de uma rede de centros de repouso e de férias, em cooperação com organizações sociais; e) A protecção das condições de trabalho e a garantia dos benefícios sociais dos trabalhadores emigrantes; f) A protecção das condições de trabalho dos trabalhadores estudantes.
3. Os salários gozam de garantias especiais, nos termos da lei.
Artigo 64º (Saúde)
1. Todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover.
2. O direito à protecção da saúde é realizado:
a) Através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito; b) Pela criação de condições económicas, sociais, culturais e ambientais que garantam, designadamente, a protecção da infância, da juventude e da velhice, e pela melhoria sistemática das condições de vida e de trabalho, bem como pela promoção da cultura física e desportiva, escolar e popular, e ainda pelo desenvolvimento da educação sanitária do povo e de práticas de vida saudável.
3. Para assegurar o direito à protecção da saúde, incumbe prioritariamente ao Estado:
a) Garantir o acesso de todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica, aos cuidados da medicina preventiva, curativa e de reabilitação; b) Garantir uma racional e eficiente cobertura de todo o país em recursos humanos e unidades
de saúde; c) Orientar a sua acção para a socialização dos custos dos cuidados médicos e medicamentosos; d) Disciplinar e fiscalizar as formas empresariais e privadas da medicina, articulando-as com o serviço nacional de saúde, por forma a assegurar, nas instituições de saúde públicas e privadas, adequados padrões de eficiência e de qualidade; e) Disciplinar e controlar a produção, a distribuição, a comercialização e o uso dos produtos químicos, biológicos e farmacêuticos e outros meios de tratamento e diagnóstico; f) Estabelecer políticas de prevenção e tratamento da toxicodependência.
4. O serviço nacional de saúde tem gestão descentralizada e participada.
Artigo 65º (Habitação e urbanismo)
1. Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar.
2. Para assegurar o direito à habitação, incumbe ao Estado:
a) Programar e executar uma política de habitação inserida em planos de ordenamento geral do território e apoiada em planos de urbanização que garantam a existência de uma rede adequada de transportes e de equipamento social; b) Promover, em colaboração com as regiões autónomas e com as autarquias locais, a construção de habitações económicas e sociais; c) Estimular a construção privada, com subordinação ao interesse geral, e o acesso à habitação própria ou arrendada; d) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populações, tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criação de cooperativas de habitação e a autoconstrução.
3. O Estado adoptará uma política tendente a estabelecer um sistema de renda compatível com o rendimento familiar e de acesso à habitação própria.
Artigo 68º (Paternidade e maternidade)
1. Os pais e as mães têm direito à protecção da sociedade e do Estado na realização da sua insubstituível acção em relação aos filhos, nomeadamente quanto à sua educação, com garantia de realização profissional e de participação na vida cívica do país.
2. A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes.
3. As mulheres têm direito a especial protecção durante a gravidez e após o parto, tendo as mulheres trabalhadoras ainda direito a dispensa do trabalho por período adequado, sem perda da retribuição ou de quaisquer regalias.
4. A lei regula a atribuição às mães e aos pais de direitos de dispensa de trabalho por período adequado, de acordo com os interesses da criança e as necessidades do agregado familiar.
Artigo 69º (Infância)
1. As crianças têm direito à protecção da sociedade e do Estado, com vista ao seu desenvolvimento integral, especialmente contra todas as formas de abandono, de discriminação e de opressão e contra o exercício abusivo da autoridade na família e nas demais instituições.
2. O Estado assegura especial protecção às crianças órfãs, abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal.
3. É proibido, nos termos da lei, o trabalho de menores em idade escolar.
Artigo 81º (Incumbências prioritárias do Estado)
Incumbe prioritariamente ao Estado no âmbito económico e social:
a) Promover o aumento do bem-estar social e económico e da qualidade de vida das pessoas, em especial das mais desfavorecidas, no quadro de uma estratégia de desenvolvimento sustentável; b) Promover a justiça social, assegurar a igualdade de oportunidades e operar as necessárias correcções das desigualdades na distribuição da riqueza e do rendimento, nomeadamente através da política fiscal; c) Assegurar a plena utilização das forças produtivas, designadamente zelando pela eficiência do sector público; d) Promover a coesão económica e social de todo o território nacional, orientando o desenvolvimento no sentido de um crescimento equilibrado de todos os sectores e regiões e eliminando progressivamente as diferenças económicas e sociais entre a cidade e o campo e entre o litoral e o interior; e) Promover a correcção das desigualdades derivadas da insularidade das regiões autónomas e incentivar a sua progressiva integração em espaços económicos mais vastos, no âmbito nacional ou internacional; f) Assegurar o funcionamento eficiente dos mercados, de modo a garantir a equilibrada concorrência entre as empresas, a contrariar as formas de organização monopolistas e a reprimir os abusos de posição dominante e outras práticas lesivas do interesse geral; g) Desenvolver as relações económicas com todos os povos, salvaguardando sempre a independência nacional e os interesses dos portugueses e da economia do país; h) Eliminar os latifúndios e reordenar o minifúndio; i) Garantir a defesa dos interesses e os direitos dos consumidores; j) Criar os instrumentos jurídicos e técnicos necessários ao planeamento democrático do desenvolvimento económico e social; l) Assegurar uma política científica e tecnológica favorável ao desenvolvimento do país; m) Adoptar uma política nacional de energia, com preservação dos recursos naturais e do equilíbrio ecológico, promovendo, neste domínio, a cooperação internacional; n) Adoptar uma política nacional da água, com aproveitamento, planeamento e gestão racional dos recursos hídricos.
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Outra legislação utilizada no guião de leitura ‐ Exertos
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Canções de ninar – várias possibilidades representativas da América Latina
CANCIÓN PARA DORMIR
Ya se duerme el niño... Bajo su ventana dos pícaros grillos cantan una nana.
A la linda nana ya se está durmiendo... que ruede la luna que lo haga en silencio.
A la linda nana de ojitos cerrados, el sueño más lindo se arropó a su lado.
A la linda nana que ya se durmió, la última estrella recién se prendió.
Edith Mabel Russo
!
A La Nanita Nana
Cheetah Girls Composição: Indisponível
A la nanita nana nanita ella, nanita ella
Mi niña tiene sueño, bendito sea, bendito sea
A la nanita nana nanita ella, nanita ella
Mi niña tiene sueño, bendito sea, bendito sea
Fuentecita que corre clara y sonora
Ruiseñor que en la selva
Cantando y llora
Calla mientras la cuna se balancea
A la nanita nana nanita ella
A la nanita nana nanita ella, nanita ella
Mi niña tiene sueño, bendito sea, bendito sea
Fuentecita que corre clara y sonora
Ruiseñor que en la selva
Cantando y llora
Calla mientras la cuna se balancea
A la nanita nana nanita ella!
A La Nanita Nana
A la nanita nana nanita ella, nanita ella
Mi niña tiene sueño, bendito sea, bendito sea
A la nanita nana nanita ella, nanita ella
Mi niña tiene sueño, bendito sea, bendito sea
Fuentecita que corre clara y sonora
Ruiseñor que en la selva
Cantando y llora
Calla mientras la cuna se balancea
A la nanita nana nanita ella
A la nanita nana nanita ella, nanita ella
Mi niña tiene sueño, bendito sea, bendito sea
Fuentecita que corre clara y sonora
Ruiseñor que en la selva
Cantando y llora
Calla mientras la cuna se balancea
A la nanita nana nanita ella!
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A canção de ninar escolhida
Amiga Latino Americana cantando Nanita nana
A La Nanita Nana
A la nanita nana nanita ella, nanita ella
Mi niña tiene sueño, bendito sea, bendito sea
A la nanita nana nanita ella, nanita ella
Mi niña tiene sueño, bendito sea, bendito sea
Fuentecita que corre clara y sonora
Ruiseñor que en la selva
Cantando y llora
Calla mientras la cuna se balancea
A la nanita nana nanita ella
A la nanita nana nanita ella, nanita ella
Mi niña tiene sueño, bendito sea, bendito sea
Fuentecita que corre clara y sonora
Ruiseñor que en la selva
Cantando y llora
Calla mientras la cuna se balancea
A la nanita nana nanita ella!
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A canção de ninar escolhida
Amiga Latino Americana cantando Nanita nana
Outras Experiências
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Sessão XX
Sessão de auto‐avaliação e reflexão sobre os trabalhos realizados
1. Foi‐nos facultado um documento‐tipo para a realização da auto‐avaliação / reflexão final.
ESCOLA SUPERIOR DE TEATRO E CINEMA LABORATÓRIO TEATRAL I PROF.RITA WENGOROVIUS
FICHA DE AUTO-AVALIAÇÃO
1ªPARTE: O PERFIL DE COMPETÊNCIAS BÁSICAS DO FUTURO MESTRE EM TEATRO E COMUNIDADE Partindo dos seguintes itens reflecte e desenvolve os conceitos apresentados à luz da tua prática laboratorial A Atitude ética e estética no teatro e comunidade
! Participação e entrega no laboratório teatral ! Capacidades de domínio da pedagogia teatral (métodos e técnicas ) ! Curriculum do aluno/domínio da gramática teatral: Corpo, Voz,
grupo(saber saber / saber ser / saber fazer / saber fazer com as comunidades)
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! Sessão de Teatro Fórum com professores de ensino artístico ! Estendal da Poesia Actor Social I ! Trabalho de Criação e planificação e reflexão dos exercícios finais
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3ª PARTE- PARTICIPAÇÃO AO LONGO DO LABORATÓRIO TEATRAL ! Participação activa nas aulas. Interesse e envolvimento na matéria ! Nª de faltas: _1__ ! Materiais realizados : Planificações /Ficha de projecto/registo ! Portofólio ( capacidade de teorização dos processos de aprendizagem /
capacidade de tomada de consciência e opções a partir da prática laboratorial , capacidades de registo e interiorização de sentidos, aplicação ao contexto de trabalho do aluno)
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A minha reflexão final ...
ESCOLA SUPERIOR DE TEATRO E CINEMA
LABORATÓRIO TEATRAL I Prof. Rita Wengorovius
FICHA DE AUTO-AVALIAÇÃO Filipa Albuquerque
1ª PARTE
O PERFIL DE COMPETÊNCIAS BÁSICAS DO FUTURO MESTRE EM TEATRO E COMUNIDADE
Partindo dos seguintes itens reflecte e desenvolve os conceitos apresentados à luz da
tua prática laboratorial.
A Atitude ética e estética no teatro e comunidade.
! Participação e entrega no laboratório teatral.
! Capacidades de domínio da pedagogia teatral (métodos e técnicas).
! Curriculum do aluno/domínio da gramática teatral: Corpo, Voz, grupo (saber saber / saber
ser / saber fazer / saber fazer com as comunidades).
Apesar da minha actividade laboral não ser favorável à prática laboratorial, por sobreposição de horários, penso que superei essa dificuldade inicial através da forma empenhada com que me dediquei a todas as actividades propostas. Assim, no âmbito da ética do trabalho tive total disponibilidade para partilhar materiais e manifestei sempre uma atitude positiva face aos conflitos. Ao longo do semestre, tive a oportunidade de contribuir para a recém-formada comunidade com material do MEM; quer através das minhas fichas de organização do pensamento e fichas de criatividade, quer através de dois documentos de sistematização das ideias principais do Movimento que realizei propositadamente para facilitar a compreensão desta temática aos meus colegas, quer através da biografia de Freinet que juntei aos documentos partilhados. Mais tarde, abri a minha biblioteca infanto-juvenil à comunidade. No que concerne às capacidades de domínio da pedagogia teatral, tenho a salientar que a maioria dos elementos da turma trazia já consigo experiências significativas adquiridas que tornaram as experiencias teatrais no laboratório mais ricas. Da minha parte, penso que mantive um interesse constante na aprendizagem de novas metodologias e técnicas de acção, tendo, também nesta área, trocado alguns saberes com a restante comunidade, quer em acção teatral no laboratório, quer através de partilha de saberes no fórum de e-mails da turma. A aprendizagem é uma troca dinâmica de saberes e experiências, sem essa partilha perde-se a magia e a riqueza de uma aprendizagem significativa e de um ensino democrático e participado, vivido. Como referi anteriormente, no que concerne à experiência e aos saberes adquiridos, penso ter tido algumas vantagens que decorrem do facto de trabalhar em educação pela arte numa base diária e desenvolver com uma frequência semanal performances de leitura com crianças e adultos. Apesar dos saberes que trazemos connosco, é em laboratório que o nosso corpo aprende a estar e ser com o outro. É na relação com o grupo e numa presença generosa de troca e entrega que fazemos as nossas maiores aprendizagens. Foi através da prática e através de uma reflexão de memória, feita posteriormente, que me tornei consciente do enorme valor do laboratório para as experiências artístico-comunitárias futuras. Este exercício de memória recuperada está bem documentado no meu portfólio. Tive pena que não pudéssemos explorar mais exercícios a aplicar nas futuras comunidades e, nomeadamente, aproveitar a experiência de saber feito que esteve presente em cada elemento do grupo: a experiência da Rita com o Boal; a experiência da Célia na Formação; da Vica nas Favelas Brasileiras; da Amélia com os seus meninos em Cascais; da Iara e os rituais baianos; do Bruno e a sua luz; da psicologia aplicada ao Teatro da Ana; do concepção do espaço da Sara e da sua experiência na Faculdades de Belas Artes; da Cristina e o seu Teatro Antropológico … Devíamos poder fazer estendais poéticos para as comunidades de cada um de nós! Entendo, contudo, que o tempo é curto e que se tenta criar uma visão mais global, abrir portas que mais tarde deveremos explorar. Também o tempo foi para mim uma descoberta. Eu que ando sempre a 100 à hora descobri que o meu tempo interior é bastante mais lento do que o tempo de Bolonha …_ Penso que , apesar do tempo, neste espaço de maçãs e fios vermelhos, soube sonhar, soube ser, soube fazer, soube fazer com as comunidades e estou certa que saberei fazer com outras comunidades levando comigo uma nova bagagem de boas reflexões, saberes e sabores, de experiências, afectos e boas amizades.
ESCOLA SUPERIOR DE TEATRO E CINEMA
LABORATÓRIO TEATRAL I Prof. Rita Wengorovius
FICHA DE AUTO-AVALIAÇÃO Filipa Albuquerque
2ªPARTE
LABORATÓRIO TEATRAL I – ABERTO ÀS COMUNIDADES
Partindo dos seguintes itens reflecte e desenvolve os conceitos apresentados à luz da
tua prática laboratorial.
! Sessão de Teatro Fórum com professores de ensino artístico.
! Estendal da Poesia Actor Social I.
Trabalho de Criação, planificação e reflexão dos exercícios finais.
Conforme tive a oportunidade de referir na breve reflexão que fiz da primeira experiência e na avaliação mais extensa que apresentei sobre o nosso estendal poético, trataram-se ambas de experiências fundamentais para a minha formação. Pude ter um contacto mais directo com as metodologias de Boal, tendo havido tempos de desenho da acção, planificação, ensaio (menos tempo) e apresentação em presença. Em sede escolar (mesmo em contexto universitário) é raro ter-se a oportunidade de aplicação da teoria à prática real. É muito positiva esta opção de aplicar o nosso trabalho às diferentes comunidades. Aprende-se, sobretudo, fazendo. Estou certa que recordaremos sempre estas duas experiências, até porque se trataram de experiências completas, um verdadeiro laboratório com elaboração de teses, preparação dos tubos de ensaio e material, realização da experiência e reflexão sobre o resultados. É o método científico que chega ao laboratório teatral de uma forma simples e exemplar e divertida. Adorei a primeira experiência e pretendo continuar a explorar Boal, quer ao nível da aplicação de experiências de Teatro Fórum, quer ao nível das técnicas de Teatro Imagem, Teatro invisível e outras que ainda não experimentei, mas tenho descoberto nas minhas leituras. Quando, mais tarde, idealizei uma sessão de Teatro Fórum para fazer na zona J (e que tenciono realizar brevemente), fi-lo com uma segurança completamente diferente e com uma energia mais positiva a correr-me no pensamento e na tinta. À medida que ia construindo a acção, conseguia, agora visualizar as acções e cada um dos momentos, com uma clareza e nitidez que não teriam sido possíveis se não tivesse estado presente na construção daquele momento. Também, nesse exercício o meu papel foi bastante activo, até porque conhecia bem a realidade a ser retratada. Levei o Miguel e as suas tropelias à nossa comunidade teatral, criando uma ponte entre os meus alunos e o mestrado e que mais tarde veio a ser celebrada no momento do estendal poético que realizámos na ESCT. Em relação a este último momento não me alongo aqui, e remeto essa reflexão para o exercício de avaliação que apresentei. Os exercícios finais constituíram, também, um momento significativo de aprendizagem e de entrega de todos. A única coisa que lamento foi a falta de uma ligação mais estreita entre os grupos, sendo certo que compreendo que a escassez de tempo e a responsabilidade do momento justificaram esse trabalho mais isolado entre o pequeno grupo. No exercício dos estrangeiros, grupo do qual fiz parte, trabalhei ao nível da pesquisa de legislação actual e vigente que integrasse o texto da performance. Fiz, ainda, pesquisa no âmbito das músicas de embalar tradicionais e sobre a forma de trajar da América latina. Fiz, também, a recolha de algumas notícias e relatórios sobre a imigração em Portugal. Do ponto de vista legal a situação é caótica e do ponto de vista social a xenofobia faz-se notar a cada esquina tornando mais difíceis vidas que de fáceis já nada tinham. A experiência com as Finka Pé e com o Galissa também vai ficar marcada no meu álbum de boas memórias.Tenho pena que a nossa proposta não prevesse uma breve reflexão com eles no final, mas fica para a próxima vez! O laboratório não se pretende fechado sobre si próprio, porque é da comunidade, quer-se na comunidade e com a comunidade. Penso que, mais uma vez, fui um elemento activo nesta abertura do laboratório à comunidade, porque só assim me faz sentido aprender. Comecei por aplicar na minha comunidade escolar, o estendal de poesia que aprendi em laboratório e que fiz na escola e na praça da zona J com os meus meninos; depois, indiquei elementos da minha turma para melhor compreendermos o ambiente dos professores das AECs e mais tarde propus as minha amorinhas para a nossa experiencia actor I. Acho que criei uma ponte entre o laboratório e a minha prática profissional diária e que fui fortificando essa ponte ao longo tempo de forma muito positiva.
ESCOLA SUPERIOR DE TEATRO E CINEMA
LABORATÓRIO TEATRAL I Prof. Rita Wengorovius
FICHA DE AUTO-AVALIAÇÃO Filipa Albuquerque
3ª PARTE
PARTICIPAÇÃO AO LONGO DO LABORATÓRIO TEATRAL
Partindo dos seguintes itens reflecte e desenvolve os conceitos apresentados à luz da
tua prática laboratorial.
! Participação activa nas aulas. Interesse e envolvimento na matéria.
! Nª de faltas: _2_
! Materiais realizados: Planificações /Ficha de projecto/registo. Portfólio (capacidade de teorização dos processos de aprendizagem / capacidade de tomada
de consciência e opções a partir da prática laboratorial, capacidades de registo e
interiorização de sentidos, aplicação ao contexto de trabalho do aluno)
Avaliação final___17 ou 18_Valores____ (proposta de nota)
Quando o Curso de Mestrado iniciou e vi a alteração de horários e a sua sobreposição com as horas de saída da escola, fiquei muito preocupada, até porque sei que um Laboratório é, por definição, presencial e que não resulta se as pessoas não o viverem com intensidade. Expus a situação e, ao contrário do que eu pensei que ia acontecer, aceitaram a minha presença, mesmo a chegar todos os dias por volta das 15:00 / 15:30. Apesar de apreensiva com a situação não podia ter ficado mais feliz! À distância, penso que foi uma boa decisão! Folheando o meu portfólio, apercebi-me que o peso que dei à minha escola, tornou-se mais benéfica para o mestrado do que prejudicial. De qualquer forma, ficam aqui as minhas desculpas pelo ar descomposto e exausto com que entrei pelo vosso espaço já aquecido e pelo tempo que algumas vezes precisei para habitar o espaço da comunidade das maçãs. Quero, também agradecer-vos a forma solidária e amiga com que partilharam aquele pedaço de aula ausente. Obrigado pelos vossos briefings, tão pormenorizados. Foi muito importante para mim esta vossa compreensão e cuidado. Um grande testemunho de solidariedade numa época tão competitiva! Apesar da conjuntura, inicialmente desfavorável, consegui realizar todas as propostas de actividades, planificações, mapas, pesquisas e reflexões sobre as nossas sessões laboratoriais. Estive presente na grande maioria das actividades e acho que num balanço geral o meu trabalho no laboratório foi muito positivo O meu portfólio é um espelho desse meu empenho e dessa minha vontade de superação e de aprendizagem. Adorei a construção deste processo e o seu registo. Na verdade, após ter entregue os 2 volumes selados com uma simbólica fita vermelha, continuei a construir aquilo a que chamarei de “postfólio”! Sabe bem folhear o nosso diário de bordo (portfólio) e verificar que, tal como o menino da carta, que espera … crescer, também nós crescemos unidos pelo fio vermelho e pelo aroma da maçã. Isto não é o Fim … é o Fio…
Final temporário do Volume I