Portefólio PDEC
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Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
Trabalho realizado por:
Sylvie Cardoso n.º 20062275
Ano lectivo 2007/2008
Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
Trabalho realizado no âmbito da Unidade Curricular de
Pedagogias e Dinâmicas Educacionais
Contemporâneas.
Professores responsáveis pela unidade curricular:
Prof. Dr.ª Maria Cristina Santos Monteiro Januário
Prof. Dr. António Gomes Alves Ferreira
Ano Lectivo: 2007/2008
10.03.2008
Sumário: Apresentação da Unidade Curricular, métodos de ensino, programa e critérios
de avaliação.
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Apresentação:
Esta Unidade Curricular está pensada como uma introdução ao saber pedagógico
contemporâneo. A ideia fundamental que suporta a sua orientação pedagógica é a de
proporcionar um conjunto de referências que sirvam para exercitar a reflexão
educacional, a partir do pensamento de vários educadores e da sua interpelação tendo
em consideração os contextos sociais que condicionaram a sua produção.
Métodos de ensino:
Pretende-se conciliar o método expositivo, para enquadramento e elucidação, com a
utilização de práticas pedagógicas fundadas em trabalho do estudante. Ao longo do
decorrer da unidade de curricular, será incentivada a realização de trabalhos de revisão
bibliográfica e/ou de investigação; a realização de pequenos trabalhos relativos à
matéria tratada nas aulas; a elaboração de questões sobre o conteúdo das aulas;a
realização de pequenas sínteses sobre os temas tratados; a reflexão sobre os princípios,
as orientações ideológicas, as condições educacionais, os pressupostos das práticas
educativas.
Resultados de aprendizagem:
Empregar na reflexão educacional o conhecimento da História. Relacionar as condições
da sociedade com a dinâmica educativa no mesmo período. Distinguir propostas
pedagógicas de realidades educativas de um mesmo período. Caracterizar o pensamento
pedagógico de diferentes épocas. Demonstrar a importância das ideias dos nomes mais
relevantes da História da Pedagogia. Explicitar as principais características das políticas
e das instituições educativas, de cada época.
Programa:
I. Educação, contemporaneidade, modernidade, liberalismo
a) Pedagogia, educação e sociedade
b) Evolução económica e social
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c) Desenvolvimento científico
d) Ideologias e situações políticas
e) O sistema de ensino
f) A escola tradicional
II – O movimento da Escola Nova
a) Realismo, naturalismo, intuição sensível
b) As origens da Escola Nova
c) Princípios da Escola Nova
d) Métodos e técnicas pedagógicas
III – Correntes Pedagógicas Contemporâneas
a) Propostas personalistas
b) Perspectivas sociais
c) Concepções académicas
d) Propostas interactivas
e) Descolarização e Cidade Educadora
Avaliação
A avaliação será periódica, com base em duas frequências ou um exame final
para 10 valores, e sistemática, que contemplará os seguintes elementos:
1) Apresentação de trabalho em grupo na aula (máximo três elementos) e respectivo
suporte escrito – 4 valores;
2) “Diário de Bordo” – Portefólio – 3 valores;
3) Assiduidade (mínimo 80% de presenças) – 1 valor;
4) Participação activa nas actividades das aulas – 2 valores.
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31.03.2008
Sumário: Pressupostos para uma compreensão da educação.
Escola Tradicional é uma expressão equívoca.
Processo de Ensino.
Escola Tradicional nos dias de hoje.
Pressupostos para uma compreensão da educação
A educação é um fenómeno complexo e, por isso, sujeita a variadas
compreensões e ainda muitas mais posições.
A posição resulta da leitura mais ou menos imediata sobre um aspecto mais ou
menos em evidência: a compreensão faz-se com recurso a uma interpelação mais
sistemática e articulada e busca explicitar de forma sustentada razões e sentidos para
uma dada realidade.
Diríamos que a educação deriva da existência do sujeito e do meio. É o desejo
de agir sobre o meio que leva o sujeito à condição de aprendente. O meio é, porém, uma
realidade nada operacional, o sujeito prende-se, sobretudo com objectos.
No entanto, a educação só existe porque existem seres inteligentes dotados de
memória. Mas, na comunidade, o sujeito não age nem aprende por si só. Ele tende a agir
em função de uma cultura e da apropriação do saber.
A educação comporta quase sempre uma utopia ou, pelo menos, uma
possibilidade de transformação e uma realidade. A educação não existe para tudo ficar
na mesma. Mas ela decorre nas condições definidas pela capacidade de intervenção
sobre o meio físico e social.
A pedagogia surge como proposta de organização de um processo educativo.
A escola é e foi em grande parte o espelho de dinâmica da classe burguesa, do
seu sucesso no desenvolvimento: desenvolvimento económico e tecnológico.
Mais de qualquer outra instituição, a escola cedeu a exigências da formação
exigidas pela sociedade de base ideológica capitalista, fazendo parte do projecto de
coesão social e nacional entre grupos sociais diferentes. Durante séculos, a igreja deteve
quase o monopólio da Educação escolar. O ensino nesta época estava combinado
praticamente ao clérigo, quanto as restantes classes dedicavam-se a outras actividades.
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Devido ao desenvolvimento das cidades no século XIII, por via do comércio, a
burguesia sente necessidade de criar um ensino mais pragmático e orientado para a
administração.
No século XVII, a crença na educação coloca os sectores da sociedade mais
progressiva a investir na instrução popular. No entanto, a instrução faz-se muito sob a
égide da Igreja, tanto a norte da Europa como a sul da Europa.
Existindo apenas uma diferença, a Norte, como estava sob o domínio da Igreja
protestante, o ensino era mais pragmático e devido a razões sócio-económicas e
políticas, é mais generalizado.
Todavia em 1833, o Parlamento Francês torna obrigatória uma escola elementar
por cada comuna, porém estas não gratuitas. É evidente que este tipo de ensino revela
um espírito conservador das classes dominantes, que apenas querem uma instituição
social útil.
Em Inglaterra, no século XVIII, o ensino é sobretudo primeiro caritativo e
filantrópico. Só em 1870, por força dos liberais, o ensino elementar se generaliza.
Porém dá-se especial importância ao ensino secundário (public schools).
Na Alemanha criam-se escolas diferenciadas e com finalidades diferentes. O
ensino é ainda marcado pela obediência dos principais cristãos.
Na transição do séc. XIX para o séc. XX, a preocupação fundamental das classes
dirigentes em matéria de ensino é a manutenção do “status quo”.
Escola Tradicional é uma expressão equívoca
Ela tem servido para acantonar uma prática criada pela generalidade dos
pedagogos do movimento da Escola Nova, todavia, nas práticas dessa educação
Tradicional que foram inovadoras nos séculos/ decénios anteriores.
A Educação Tradicional é uma expressão que devia traduzir a preocupação com
a tradição. Ora, esta tanto pode recair sobre o conteúdo como sobre o processo, apesar
de que nem sempre estes aspectos coincidirem num determinado contexto.
A Educação Tradicional deveria incorporar o que de melhor nos ligou ao
passado. Uma Educação/ Escola Tradicional não significa a negação da tecnologia.
A antiguidade adopta a educação escolar (a civilização que se desenvolve e se
complexifica requer saberes instrumentais de natureza intelectual que a sustenta e daí a
necessidade de escolas).
-escola tende a ocupar locais específicos
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-a escola tende a distanciar-se da vida real
-a escola valoriza a palavra
-a escola tende a servir de instrumento ideológico (será cobiçada para
passar convicções filosóficas, politicas e religiosas).
No antigo regime, desenvolve-se o internato que a Época Contemporânea a
intensificará.
Um olhar geral sobre os conteúdos da escola ao longo do tempo contesta que de
entre os aspectos particulares decorrentes dos contextos específicos emergem dois
fundamentais e permanentes: o literário e o religioso-moral.
Processo de Ensino
De um modo genérico, podemos dizer que a evolução dos métodos se caracteriza
por se deslocar do ensino individual para o ensino colectivo, passando pelo ensino
mútuo.
No ensino colectivo organiza-se em torno de classes pretensamente homogéneas.
Nestas escolas a cultura é disposta hierarquicamente, os mestres exercem uma
autoridade didáctica sobre uma entidade abstracta, o hipotético aluno médio.
Nelas requer-se uma disciplina (rigorosa) e método (lógico), perante insuficiente
número de professores, resolvia-se a situação colocando à frente os grupos um monitor
– chefe que executava as ordens do docente. Assim surgia o ensino mútuo que
Lancaster sistematizaria e que desde o começo do séc. XIX gozou de grande aceitação.
Relações pedagógicas
O ensino individual implica uma relação dual do tipo mestre – aluno, que em si é
neutra, no entanto, a história da pedagogia demonstra que foi a omnipotência do
magister que marcou. Mas o magistercentrismo pode assumir.
A própria metodologia assenta basicamente no pressuposto cartesiano (para se
ter acesso à verdade é preciso ir do elemento mais simples para o mais complexo). Isto
implica, por um lado, encontrar o elemento mais simples, e, por outro lado, apontar uma
inteligência média (parte-se do principio que todas as inteligências são iguais).
Estamos assim perante um método mais lógico (ordenado e sistemático) do que
psicológico. Prevalece o primeiro do objecto (ciência a comunicar) em detrimento do
sujeito (a criança a educar).
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Com isto tende-se a cristalizar um método de didactismo, autoritário,
conservador; daí a necessidade de sanções e das recompensas, sejam elas de carácter
físico ou psicológico (emulação, exortação, apelo à honra).
Educação Tradicional nos dias de hoje
A ideia fundamental de uma série de teorias insistia na necessidade de se
sensibilizar as pessoas para aprendizagem e de se providenciar um ensino que contasse
a sua acção no aprender a aprender. Nesse sentido as metodologias deviam centrar a sua
preocupação sobre o aluno e os seus interesses.
Em tempo nenhum esta posição de progressismo pedagógico foi consensual,
sempre houve que visse nela uma perigosa desvirtuação da educação. Abordagens
diversas convergem numa crítica que têm um valor próprio, objectivo, independente do
sujeito e da sociedade. Consideremos duas abordagens: a tradicionalista e a
generalista.
Tradicionalista: Valores clássicos, o que pretende é contrariar a degeneração da
cultura em consequência de aprendizagens fragmentadas e dirigidas por interesses
particulares.
Generalista: Valoriza uma cultura geral que conduz ao processo crítico, à
capacidade de adaptação, ao espírito de abertura. Na verdade, esta formação geral
coincide com os objectivos da abordagem tradicionalista apenas diverge na
particularidade do currículo. O ensino insiste no ensino da língua materna e do cálculo.
As disciplinas são a língua oficial, a matemática, as ciências sociais, as ciências naturais
e a informática. O professor deve ser aquele que domina um conteúdo a ponto de saber
transmitir. Deve ser portador de uma cultura global forte e ter competências de âmbito
disciplinar, que devem abranger a componente do conhecimento específico e a
didáctica.
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7. 04.2008
Sumário: - Explicação dos trabalhos de grupo
- Escolha do grupo e do pedagogo
- Resumo em grupo do texto “Escolarização em Portugal”
“Escolarização em Portugal”
Nos primeiros séculos…
Apenas a Igreja se preocupava com o ensino, por isso, as escolas funcionavam
junto das igrejas, mosteiros ou catedrais.
Nos séculos XII e XIII na Europa Ocidental, nasciam escolas fora das igrejas,
contudo elas continuaram a ter um papel fundamental no campo educativo, assistencial
e na estruturação da sociedade.
Em Portugal, Coimbra acolheu importantes escolas como as que funcionaram
junto d Catedral e Mosteiro de Santa Cruz. Foi ainda fundada a primeira Universidade
portuguesa, em 1290 no reinado de D. Dinis.
Devido ao crescimento da actividade mercantil e da expansão marítima surgiram
escolas públicas, onde os Mestres de Primeiras Letras davam instrução elementar.
Em meados do século XVI, os Jesuítas eram os mais empenhados no ensino.
Fundaram, em Coimbra, em 1542, o primeiro colégio de saíram professores para outras
cidades.
Os colégios dirigidos pelos Jesuítas, destinavam-se não só para filhos das classes
privilegiadas, mas também se destinavam a importantes núcleos populacionais do país.
Iluminismo e a política educativa pombalina
No século XVIII, apesar das descobertas de Galileu, Descartes, Newton e de
algumas invenções, os Jesuítas continuaram a defender a filosofia aristotélica. Já, em
Portugal, havia, por um lado, pessoas interessadas nas novas invenções, por outro lado,
os Jesuítas que vão sofrer a concorrência da Congregação da Oratória.
Tornou-se, ainda, evidente a necessidade de mudança na política educativa. Os
Intelectuais das Luzes defendiam que o meio fundamental para a transformação do
homem era a instrução, apostando, assim, na urgência de difundir o ensino das
Primeiras Letras e na renovação do ensino científico universitário.
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Em Portugal, havia os que defendiam que todas as crianças deviam aprender a
ler e a escrever e os que, como Ribeiro Sanches, entendiam que os filhos de classes
pobres não deviam ir á escola.
Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal, vai assumir o
governo, debruçando-se, em primeiro lugar sobre assuntos económicos e sobre a
reorganização do estado e, em segundo, na reformulação do ensino.
Em 1759, Marquês de Pombal fez expulsar os Jesuítas do território português,
sentindo a obrigação de reconstruir o ensino.
Deste modo, criou escolas gratuitas de Gramática Latina, Retórica e Grego.
Em 1772, reforma a Universidade de Coimbra, criando duas faculdades novas, a
de Filosofia e a de Matemática.
A escolaridade e o liberalismo monárquico
A partir de 1820, com o liberalismo, dão-se várias reformas no ensino em que se
defende que o ensino devia ser gratuito e obrigatório.
A Constituição Política de 1822 defendia que se devia ensinar ambos os sexos a ler,
escrever, contar e deveria também ensinar o catecismo; a Carta Constitucional de 1826
garante a todos os cidadãos o ensino primário obrigatório.
Com o primeiro governo de Passos Manuel criam-se escolas primárias
masculinas e femininas, estabelecendo-se a necessidade dos pais colaborarem
matriculando os filhos em idade escolar. Costa Cabral sugeriu combater o analfabetismo
decretando que todos os pais fossem obrigados a matricular os filhos na escola desde os
7 aos 15 anos.
Na última década, João Franco reformulou o ensino primário passando, este, a
ser dividido em dois graus: o primeiro era obrigatório para as todas as crianças com
idades compreendidas dos 6 aos 12 anos e o segundo apenas para aqueles que quisessem
integrar o ensino secundário.
João de Deus publicou “A Cartilha Maternal” pelo qual muitos portugueses
aprenderam a ler.
Em 1882 surgem Escolas Móveis que promoveram missões de alfabetização.
Já em 1836, Passos Manuel assina o diploma de criação de liceus com o
objectivo de renovar a sociedade portuguesa. Em 1840, foram criados os primeiros
Liceus.
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Fontes Pereira de Melo procedeu à criação do Ensino Técnico, este ensino
abrangia os sectores industrial, comercial e agrícola e dividia-se em três níveis:
elementar, secundário e complementar.
O empenho na escolarização na 1ª República
A 5 de Outubro de 1910, os republicanos propuseram transformar a mentalidade
portuguesa através da reforma da educação.
Em Março de 1911, António José de Almeida procura uma reforma que envolvia
os ensinos infantil, primário e normal.
O ensino infantil era facultativo e gratuito, o seu principal objectivo era prmover
a educação e o desenvolvimento das crianças, dos 4 aos 7 anos.
O ensino primário, abrangia crianças de ambos os sexos dos 7 aos 14 anos,
dividindo-se em três: elementar (duração de três anos e obrigatório), complementar (os
dois anos seguintes) e superior (os restantes três anos). Em 1919, Leonardo Coimbra
divide o ensino primário em três graus: infantil, primário geral e primário superior. O
ensino geral compreenderia cinco classes, funcionaria num regime de coeducação e
seria obrigatório e gratuito.
O ensino secundário privilegia a educação intelectual, não esquecendo também a
preparação para a vida prática. As mulheres passam a ter direito de se matricularem nos
liceus masculinos.
A escolarização no Estado Novo
Houve o afastamento de professores incómodos ao regime, evidenciou-se o livro
único, organizou-se o Mocidade Portuguesa. A disciplina e a metodologia impostas nas
escolas eram rígidas, fomentadores de passividade e de memorização.
Numa primeira fase o regime interrompeu o ensino infantil, houve uma
diminuição da escolaridade obrigatória para três anos, proibiu as Escolas Mistas e as
Escolas Móveis de Alfabetização e suprimiu a coeducação. Porém o autoritarismo do
Estado fez diminuir a fuga à obrigatoriedade do ensino. Em 1950 emergiu um maior
analfabetismo. Já em 1952 foi emitido o Plano de Educação Popular para tornar viável o
ensino obrigatório dos 7 aos 12 anos. No ano que se seguiu emergiu a Campanha
Nacional de Educação de Adultos para analfabetos com idades entre os 14 e os 35 anos.
Leite Pinto estende o ensino obrigatório de três para quatro anos. Galvão Teles,
em 1964, aumenta o ensino obrigatório para seis anos, assim, o ensino primário abrange
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dois ciclos: elementar, constituído pelas quatro classes, e o complementar, o 5º e o 6º
ano.
Em 1930 foram instituídas Escolas do Magistério Primário.
Pires Lima inclinou-se sobre o ensino liceal e técnico. Vinte anos depois, Galvão
Teles criou o Ciclo Preparatório do ensino secundário.
14.04.2008
Sumário: -Apresentação dos Resumos do texto “Escolarização em Portugal”
- Organização da Instituição escolar, conteúdos e métodos
- Visualização do filme “Os Coristas”
Escolas normais – Escolas que formavam professores.
Tele-escola – 5º e 6º ano que era dividido por diversas áreas disciplinares (as
aulas eram dadas em partes por aulas em que se assistia à televisão)
Os educadores não se podem limitar a saber – fazer mas devem estar conscientes
porque procedem desta ou daquela maneira.
A intervenção educativa não é só uma arte que se aprende empiricamente mas
radica em reflexões de natureza teórica e em investigação de índole científica.
“Os Coristas”:
Em 1949, Clément Mathieu, um professor de música desempregado, aceita
trabalhar como supervisor num colégio interno para reeducação de menores. Apesar da
sua boa vontade, o sistema repressivo aplicado por Rachin, o actual director,
impossibilita Mathieu de exercer a sua autoridade sobre os alunos mais problemáticos.
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A sua missão de ensinar parece condenada ao fracasso, mas ao familiarizar as
crianças com a magia do canto, Mathieu vai pouco e pouco, ajudar o grupo de
desordeiros rapazes transformarem-se num espantoso grupo coral. A bondade e bom
senso prevalecem como medida correctiva, em contraposição com a severidade
punitiva.
21.04.2008
Sumário: - Entrega dos Resumos do filme “Os Coristas”
- Escola Tradicional/Escola Nova
- Apresentação de Trabalhos: Maria Montessori, João de Deus e José
Augusto Coelho
Escola Tradicional/ Escola Nova
Escola Tradicional (século XVII)
É uma escola:
Militar, pois é rígida e severa com os alunos, eles estavam lá para
obedecer e aprender e eram punidos quando desobedeciam;
Fabris, porque era comparada a uma fábrica em que o objectivo é
produzirem;
Disciplina normativa, pois eram aplicadas regras de aprendizagem aos
alunos
O professor é burocrata e autoritário, recebendo ordens do Estado.
O aluno recebe ordens do professor, é obediente e memoriza a matéria.
A relação entre o professor-aluno: o professor assume um comportamento
predominante e central, enquanto o aluno apenas recebe, aceita e reproduz
instruções.
Saber:
Unidades isoladas de estudo;
Saber enciclopédico, pois eles apenas tinham de memorizar o que
vinha nos livros, não percebendo o porquê de estudarem aquilo;
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Curriculum centralizado, pois os alunos só tinham de saber aquilo
que vinha nos livros e mais nada, só tinha de se centrar em
memorizar o que estava no livro;
Abstracto/geral, porque eles não sabiam porque estavam a estudar
aquilo e para o que é que servia;
A preocupação era em repetir a matéria até a terem memorizado,
para responderem a exames de avaliação.
Escola Nova (final do século XIX)
Desde a Renascença pedagogos e filósofos como Erasmo, Montaigne, Rabelais,
Fénelon, Descartes e Rousseau se opõem à pedagogia tradicional, dizendo que o
saber não deve ser instruído apenas pelos livros.
Rousseau dizia que a experiência da criança, pela consequência natural dos seus
actos levava a uma melhor aprendizagem. Defende, ainda que, para haver
progresso tem de haver conhecimento suficiente da maneira de ser e pensar da
criança, isto é, é preciso despertar a curiosidade da criança.
Erasmo defende que a mulher precisa de instrução para saber educar os filhos e
para ser uma boa dona de casa.
É também de referir que todos estes pedagogos defendem que a educação é um
privilégio das classes elevadas.
A educação nova baseia-se na ciência psicológica, estudando a criança na sua
individualidade. É uma escola activa.
Roger Cousinet define auto–educação como sendo um “conjunto de meios com
o auxílio das quais as crianças, mais ou menos ajudada por um educador, dirige
ela mesma o seu próprio desenvolvimento. Então, na auto–educação o educador
procura evidenciar as correspondências entre as necessidades do aluno e os
objectos capazes de satisfazerem essas necessidades.
Outras finalidades da Escola Nova são a inserção na civilização, pois é
necessário dar às crianças o hábito e o gosto da vida comunitária; a união da
actividade manual com o trabalho de espírito, sendo a Escola activa o lugar onde
se realiza a educação numa mobilização integral de todas as potencialidades da
criança; e desenvolver as faculdades criadoras da criança.
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Objectivos da Escola Nova apontam para uma imagem ideal do Homem:
Um ser livre, capaz de aderir a um ideal e ser tolerante e respeitador na
opinião alheia;
Um ser de paz;
Um ser inteligente, aberto, inventivo;
Um ser social, colaborando com os outros;
Um ser comunicativo;
Maria Montessori:
Maria Montessori, filha de Alessandro Montessori e Renilde Stoppani, nasceu a
31 de Agosto de 1870 a Chiaravalle, Ancona.
Desde menina manifesta interesse pelas matérias científicas, principalmente
matemática e biologia, resultando em conflito com seus pais, que possuíam o desejo que
ela seguisse a carreira de professora.
Indo contra as expectativas da família, inscreveu-se na Faculdade de Medicina
da Universidade de Roma, que a levou a ser, em 1896, a primeira mulher a formar-se
em medicina na Itália. Após a sua formatura, iniciou um trabalho com crianças
anormais na clínica da universidade, vindo posteriormente dedicar-se a experimentar em
crianças sem problemas, os procedimentos usados na educação dos ditos não normais.
Observou também, crianças que brincavam nas ruas e criou um espaço educacional para
estas crianças.
Responsável também pela criação do método Montessori de aprendizagem,
composto especialmente por um material de apoio em que a própria criança observa se
está fazendo as conexões correctas.
Método Montessoriano tem por objectivo a educação da vontade e da atenção,
com o qual a criança tem liberdade de escolher o material a ser utilizado, além de
proporcionar a cooperação.
Os princípios fundamentais do sistema Montessori são: a actividade, a
individualidade e a liberdade. Enfatizando os aspectos biológicos, pois, considerando
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que a vida é desenvolvimento, achava que era função de educação favorecer esse
desenvolvimento.
Os estímulos externos formariam o espírito da criança, precisando portanto
ser determinados.
Assim, na sala de aula, a criança era livre para agir sobre os objectos sujeitos
a sua acção, mas estes já estavam preestabelecidos, como os conjuntos de jogos e outros
materiais que desenvolveu.
A pedagogia de Montessori insere-se no movimento das Escolas Novas, uma
oposição aos métodos tradicionais que não respeitavam as necessidades e os
mecanismos evolutivos do desenvolvimento da criança. Ocupa um papel de destaque
neste movimento pelas novas técnicas que apresentou para os jardins-de-infância e
primeiro ciclo.
O material criado por Montessori tem papel preponderante no seu trabalho
educativo pois pressupõem a compreensão das coisas a partir delas mesmas, tendo como
função a estimular e desenvolver na criança, um impulso interior que se manifesta no
trabalho espontâneo do intelecto.
João de Deus:
João de Deus de Nogueira Ramos, nasceu em São Bartolomeu de Messines, a 8
de Março de 1830 e faleceu em Lisboa, a 11 de Janeiro de 1896). Mais conhecido por
João de Deus, foi um eminente poeta lírico, considerado à época o primeiro do seu
tempo, e o proponente de um método de ensino da leitura, assente numa Cartilha
Maternal por ele escrita, que teve grande aceitação popular, sendo ainda utilizado.
A Cartilha Maternal é uma obra de natureza pedagógica, escrita pelo poeta e
pedagogo João de Deus e publicada em 1876, que se destinava a servir de base a um
método de ensino da leitura às crianças. A Cartilha Maternal é uma das obras mais
vezes reimpressas em Portugal, tendo sido extensivamente usada nas escolas
portuguesas por quase meio século, ainda mantendo alguns seguidores.
A publicação da Cartilha Maternal, que tem o subtítulo de Arte de Leitura, foi
saudada de forma encomiástico por um país onde o analfabetismo era uma tragédia
nacional, o ensino mútuo era ainda a norma no limitado número de escolas existentes e
em que os responsáveis políticos, apesar de reiterarem que a escola era o meio de
regeneração da sociedade portuguesa, ainda não se tinha conseguido reconciliar com a
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anterior tentativa de alteração metodológica representada pelo Método Português de
Castilho. Contudo, apesar deste aparente insucesso, estava aberto o caminho para as
cartilhas.
Quando, no ano imediato ao da morte de Castilho, João de Deus apresentou a
sua Cartilha Maternal, a intelectualidade e o professorado já estavam preparados para
aceitar a alteração metodológica. A partir de 1877, começa a difundir-se o chamado
método João de Deus e em 1882, por decisão parlamentar, é decretado o uso
generalizado da cartilha maternal nas escolas portuguesas. Esta obrigatoriedade seria
mantida até 1903, quando o método se tornou facultativo.
O Método de João de Deus tornou-se rapidamente no método de iniciação à
leitura preferido pelos professores portugueses. A expansão do método, para além da
extraordinária reputação de João de Deus, beneficiou da fundação em 1882 da
Associação de Escolas Móveis pelo Método de João de Deus (hoje a Associação de
Jardins-Escolas João de Deus). Estas escolas funcionaram até 1921, tendo sido
frequentadas por perto de 30 000 alunos.
A Cartilha Maternal foi precursora de uma enorme variedade de cartilhas, as
quais até ao final dos anos de 1930 foram dos livros com maior tiragem em Portugal e
no Brasil, ainda sendo reeditadas na actualidade.
José Augusto Coelho
Pouco se sabe da biografia deste ilustre pedagogo que nasceu em Sendim no ano
de 1861. É apontado como "notável professor e pedagogista português", autor do livro
"Princípios de Pedagogia" que representa o começo e as bases da sistematização da
ciência pedagógica do nosso País.
Professor de Ensino Primário, estudioso e intelectual de grande envergadura, foi
professor das Escolas Normais do Porto e de Lisboa e Vogal do Conselho Superior da
Instrução Pública.
Foi o pioneiro da escola moderna não só por prodigiosa intuição, mas também
graças à superior cultura científica e filosófica de que foi possuidor.
Colaborou em vários jornais e revistas. Morreu no Porto em 1927.
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28.04.2008
Sumário: - Realização da Frequência
- Apresentação trabalho de grupo sobre Celestin Freinet
Celestin Freinet
Freinet nasceu em Gars ao sul da França, numa família de oito filhos. Os seus
dias de escola foram profundamente desagradáveis, e afectaram os seus métodos de
ensino e desejo de reforma. Em 1915 foi recrutado pelo exército francês, ocasião em
que teve uma lesão pulmonar causada por gases tóxicos. Esta experiência transformou-o
num pacifista convicto. Em 1920 iniciou o seu trabalho como professor de escola
primária, antes mesmo de concluir o curso normal. Foi quando Freinet começou a
desenvolver os seus métodos de ensino.
Freinet comprou um tipógrafo, para ajudar no seu ensino, já que o seu ferimento
do pulmão dificultava que falasse por períodos longos. Foi com este tipógrafo que
imprimiu textos livres e jornais da classe para os seus alunos. As próprias crianças
compunham os seus trabalhos, discutiam-nos e editavam-nos em pequenos grupos, antes
de apresentar o resultado à turma. Os jornais eram trocados com os de outras escolas.
Gradualmente os textos do grupo substituíram livros didácticos convencionais. Em
1924, Freinet criou uma cooperativa de trabalho com professores da sua aldeia, esta
cooperativa suscitou o movimento da Escola Moderna em França. Neste mesmo ano
inicia as primeiras correspondência escolares. Escreve o livro “A Imprensa na Escola” e
cria a revista "La Gerbe" (O Ramalhete) composta de poemas infantis. Os métodos do
ensino de Freinet eram divergentes da política oficial de educação nacional e causavam
um clima de desconfiança, especialmente devido ao grande volume de correspondências
trocadas, por esta razão ele foi exonerado de suas funções em 1935 e começou sua
própria escola, junto com sua esposa, pouco antes do início da Segunda Guerra
Mundial. Em 1940, Freinet é preso e mandado para o campo de concentração de Var,
onde fica gravemente doente, mesmo assim, enquanto esteve preso deu aulas para os
companheiros. Logo após sair do campo, Freinet entra para o movimento da resistência
francesa.
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Para Freinet, que iniciou a carreira docente em 1920, a educação deveria
proporcionar ao aluno a realização de um trabalho real. A sua carreira docente teve
início construindo os princípios educativos da sua prática, onde focava que "ninguém
avança sozinho na sua aprendizagem, a cooperação é fundamental". Ele propunha uma
mudança da escola, pois considerava-a teórica e portanto desligada da vida.
As suas propostas de ensino estão baseadas nas investigações a respeito da maneira de
pensar da criança e de como ela construía o seu conhecimento. “A sala de aula deve ser
prazerosa e bastante activa, pois o trabalho é o grande motor da pedagogia”. Através da
observação constante ele percebia onde e quando tinha que intervir e como despertar a
vontade de aprender do aluno. A aprendizagem através da experiência faz-se mais
eficaz, porque se o aluno faz uma experimentação e dá certo, ele o repetirá e avançará
no procedimento; porém não avançará sozinho, precisará da cooperação do professor.
Fica claro que a interacção professor-aluno é essencial para a aprendizagem.
Para que ocorra esta sintonia é necessário que o professor considere o conhecimento do
aluno já existente, e que é o fruto do meio em que vive. Estar em contacto com a
realidade em que vive o aluno é fundamental. As práticas actuais de jornal escolar, troca
de correspondência, trabalhos em grupo, aula-passeio são ideias defendidas e aplicadas
por Freinet, desde os anos 20 do século passado. Fica claro, porém, que o professor que
pratica as actividades acima citadas, mas que ignorou os aspectos políticos e sociais à
volta da escola, não está de acordo com a proposta do educador. Isto porque a sua
pedagogia traz em seu bojo a preocupação com a formação de um ser social que actua
no presente. “O Educador deve ter a sensibilidade de actualizar a sua prática”,
provavelmente isto faz com que Freinet, seja hoje tão actual.
O professor deve mesclar o seu trabalho com a vida em comunidade, criando as
associações, os conselhos, eleições, enfim as várias formas de participação e
colaboração de tudo na formação do aluno, direccionando o movimento pedagógico em
defesa da fraternidade, respeito e crescimento de uma sociedade cooperativa e feliz. Há
princípios no saber Pedagógico que Freinet considerava invariáveis, ou seja,
independente do local ou período histórico, certos pressupostos deveriam sempre ser
levados em conta na prática educacional. Desta forma, postulou as chamadas
"Invariantes Pedagógicas", consideradas como pilares de sua proposta Pedagógica. Jean
Piaget fala sobre a importância da "célebre ideia" da imprensa escolar de Freinet, que,
instrui a criança a fazer pequenos textos, chegando a ler, escrever e ortografar de
maneira diferente daquela que não tem ideia. Desde sua origem, o movimento sempre se
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manteve aberto a todas as experiências pedagógicas através de documentos, revistas,
circulares, cartas e boletins. Freinet buscava formas alternativas de ensino, pois não
conseguia se adaptar a forma tradicional, fazia também relatórios diários de cada
criança. Ao que se refere às cartilhas, ele questiona seu valor, pois os conteúdos nada
tinham a ver com a realidade da criança, portanto, não traziam nenhum estímulo à
aprendizagem da leitura. Célestin dava muita importância ao trabalho, pois este, deveria
ser o centro de toda actividade escolar enfatizando-o como forma do ser humano
ascender, exercer seu poder. Ele não desvalorizava o aprender, mas achava que tudo
deveria passar pela experiência de vida, para que o aprendizado fosse integrado ao que
se aprendia, e isso só é possível pela acção, através do trabalho. O trabalho desenvolve o
pensamento, até o pensamento lógico e inteligente, que se faz a partir de preocupações
materiais, sendo que esta, é um degrau para abstracção , sendo que no, e pelo trabalho, o
ser humano se exprime e se realiza eficazmente. Lembrando-se que, quando o autor
exalta o trabalho, não está referindo-se forçosamente ao trabalho manual, pois para ele,
o trabalho engloba toda pesquisa, documentação e experimentação. Com relação à
intervenção do professor, só se dava para organizar o trabalho, sem precisar de
imposições ou ameaças. Para ele, a disciplina escolar se resume no seguinte: executando
uma actividade que a envolve, a criança automaticamente se torna disciplinada. Freinet
apresenta meios para crescer e ascender: a liberdade. Sendo que esta é relativa e não
pode existir fora da vida e do trabalho de cada um. Para ele, a liberdade é a
possibilidade do ser humano vencer obstáculos. Célestin buscou técnicas pedagógicas
que pudessem envolver todas as crianças no processo de aprendizagem,
independentemente da diferença de carácter, inteligência ou meio social, (lembrando-se
mais uma vez que ele afirmava que o conteúdo estudado no meio escolar deveria estar
relacionado às condições reais de seus alunos). Ao estudar o problema da educação, ele
propunha que ao mesmo tempo em que o professor almejasse a escola ideal, criativa e
libertadora, deveria também estudar as condições concretas que estariam impedindo a
sua realização.
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05.05.2008
Sumário: - Não houve aula devido à realização da Queima das Fitas
12.05.2008
Sumário: - Apresentação de Trabalhos sobre: Piaget, Froebel, Dewey, Claparede e
Rogers.
Jean Piaget
Jean Piaget revolucionou as concepções de inteligência e de
desenvolvimento cognitivo partindo de pesquisas baseadas na observação
e em entrevistas que realizou com crianças. Interessou-se
fundamentalmente pelas relações que se estabelecem entre o sujeito que
conhece e o mundo que tenta conhecer. Considerou-se um epistemólogo
genético porque investigou a natureza e a génese do conhecimento nos
seus processos e estágios de desenvolvimento.
Piaget foi biólogo, zoólogo, filósofo, epistemólogo e psicólogo. Esta experiência
de vida e uma vasta cultura científica impregnaram a sua obra com contribuições da
biologia, cibernética, matemática, filosofia e sociologia.
Escreveu mais de 100 livros e 600 artigos, alguns dos quais contaram com a
colaboração de Barbel Inhelder. Entre eles, destacam-se: Seis Estudos de
Psicologia, A construção do Real na Criança, A Epistemologia Genética,
O Desenvolvimento da Noção de Tempo na Criança, Da Lógica da
Criança à Lógica do Adolescente, A Equilibração das Estruturas
Cognitivas.
Piaget desenvolveu estudos sobre os próprios processos metodológicos,
concretamente o método clínico e a observação naturalista. Estes
métodos correspondem a importantes avanços na investigação em
psicologia.
Até morrer, Piaget estudou, escreveu, participou em congressos, polêmicas e
debates públicos. Foi um personagem destacado, pela forma empenhada,
crítica, interdisciplinar e criativa como orientou as suas investigações.
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Friedrich Fröbel
Friedrich Wilhelm August Fröbel foi um pedagogo alemão.
O seu pai era um pastor protestante. Os seus princípios filosófico-teológicos
apontam um Fröbel (protestante) com um espírito profundamente religioso que desejava
manifestar ao exterior o que lhe acontecia interiormente: a sua união com Deus.
Esses princípios e sua crença determinaram alguns de seus postulados tais como:
O educando tem que ser tratado de acordo com sua dignidade de
filho de Deus, dentro de um clima de compreensão e liberdade;
o educador é obrigado a respeitar o discípulo em toda sua
integridade;
o educador deve manifestar-se como um guia experimentado e
amigo fiel que com mão flexível, mas firme, exija e oriente. Não
é somente um guia, mas também sujeito ativo da educação: dá e
recebe, orienta mas deixa em liberdade, é firme mas concede;
o educador deve conhecer os diversos graus de desenvolvimento
do homem para realizar sua tarefa com êxito, sendo três as fases
de desenvolvimento: vão desde que o homem nasce até a
adolescência.
As suas ideias reformularam a educação. A essência da sua pedagogia são as
ideias de actividade e liberdade.
Trabalhou com Pestalozzi, e embora influenciado por ele, foi totalmente
independente e crítico, formulando seus próprios princípios educacionais. Os seus ideais
educacionais foram considerados politicamente radicais e, durante alguns anos, foram
banidos da Prússia.
Em 1837 Fröbel abriu o primeiro jardim-de-infância, onde as crianças eram
consideradas como plantinhas de um jardim, do qual o professor seria o jardineiro. A
criança se expressaria através das actividades de percepção sensorial, da linguagem e do
brinquedo. A linguagem oral se associaria à natureza e à vida.
Frobel foi um defensor do desenvolvimento genético. Para ele o
desenvolvimento ocorre segundo as seguintes etapas:
a infância
a meninice
a puberdade
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a mocidade
a maturidade
Todas estas fases eram igualmente importantes. Observava portanto a gradação e
a continuidade do desenvolvimento, bem como a unidade das fases de crescimento.
Enfim, a educação da infância se realiza através de três tipos de operações:
a ação,
o jogo
o trabalho.
Fröbel foi o primeiro educador a enfatizar o brinquedo, a actividade lúdica, a
apreender o significado da família nas relações humanas.
Idealizou recursos sistematizados para as crianças se expressarem : blocos de
construção que eram utilizados pelas crianças em suas actividades criadoras, papel,
papelão, argila e serragem. O desenho e as actividades que envolvem o movimento e os
ritmos eram muito importantes. Para a criança se conhecer, o primeiro passo seria
chamar a atenção para os membros de seu próprio corpo, para depois chegar aos
movimentos das partes do corpo. Valorizava também a utilização de histórias, mitos,
lendas, contos de fadas e fábulas, assim como as excursões e o contacto com a natureza.
Fröbel afirma na sua obra “A educação do homem” (1826) que "a educação é o
processo pelo qual o indivíduo desenvolve a condição humana auto consciente, com
todos os seus poderes funcionando completa e harmoniosamente, em relação à natureza
e à sociedade. Além do mais, era o mesmo processo pelo qual a humanidade, como um
todo, originariamente se elevara acima do plano animal e continuara a se desenvolver
até a sua condição actual. Implica tanto a evolução individual quanto a universal".
Esse conceito de parte-todo foi um dos mais bem desenvolvidos por Fröbel.
Cada objecto é parte de algo mais geral e é também uma unidade, se for considerado em
relação a si mesmo. No campo das relações humanas, o indivíduo é, para ele, uma
unidade, quando considerado em si mesmo, mas mantém uma relação com o todo, isto
é, incorpora-se a outros homens para atingir certos objectivos.
Principais concepções educacionais
A educação deve basear-se na evolução natural das actividades da criança.
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O objectivo do ensino é sempre extrair mais do homem do que colocar mais e
mais dentro dele. A criança não deve ser iniciada em nenhum novo assunto enquanto
não estiver madura para ele.
O verdadeiro desenvolvimento advém de actividades espontâneas.
Na educação inicial da criança o brinquedo é um processo essencial.
Os currículos das escolas devem basear-se nas actividades e interesses de cada
fase da vida da criança.
A grande tarefa da educação consiste em ajudar o homem a conhecer a si
próprio, a viver em paz com a natureza e em união com Deus. É o que ele chamou de
educação integral. Sua concepção de ser humano era profundamente religiosa.
A sua proposta pode ser caracterizada como um "currículo por actividades", no
qual o carácter lúdico é o factor determinante da aprendizagem das crianças. Entende a
educação como suporte no processo de apropriação do mundo pelo homem, é um
modelo de educação esférica, onde os alunos aprendem em contacto com o real, com as
coisas em sua volta, com os objectos de aprendizagem. A Matemática só é entendida
quando o sujeito for capaz de estruturar a realidade.
Uma das melhores ideias com que Fröbel contribuiu para a Pedagogia moderna
foi a de que o ser humano é essencialmente dinâmico e produtivo, e não meramente
receptivo. O homem é uma força auto-geradora e não uma esponja que absorve
conhecimento do exterior.
Outro acerto de Fröbel foi o de não esquecer as diferentes etapas que marcam a
evolução do homem, especialmente a infância. Sua doutrina pedagógica em síntese,
consiste basicamente na actividade e na liberdade; o homem deve aprender a trabalhar e
a produzir manifestando sua actividade em obras exteriores.
John Dewey
Graduou-se pela Universidade do Vermont em 1879 e exerceu as funções de
professor do secundário durante dois anos, tempo em que desenvolveu um profundo
interesse por Filosofia. Em Setembro de 1882 deixou o ensino e retornou à universidade
para estudar Filosofia, na Universidade Johns Hopkins, onde obteve o doutoramento.
Dewey exerceu a função de professor de Filosofia na Universidade de Michigan, onde
ensinou a partir de Setembro de 1884. Três anos mais tarde (1887), publicava o seu
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primeiro livro, Psychology, onde propunha um sistema filosófico que conjugava a
estudo científico da psicologia com a filosofia idealista alemã.
Esse livro foi importante para o passo seguinte da carreira de Dewey: o cargo de
professor de Filosofia Mental e Moral na Universidade de Minnesota, que assumiu em
1888. Porém, no ano seguinte, após a morte súbita do seu mentor, George Morris,
regressou à Universidade de Michigan para se tornar chefe do Departamento de
Filosofia. Em 1894, no entanto, saiu de Michigan para a recém-criada Universidade de
Chicago onde em breve passava a liderar o departamento de Filosofia e o departamento
de Pedagogia, criado por sua sugestão.
No final da década de 1890, Dewey começou a afastar-se da sua anterior visão
idealista neo-Hegeliana e a adoptar uma nova posição, que veio a ser conhecida mais
tarde como pragmatismo.
Depois de problemas graves na política interna do Departamento de Educação da
Universidade de Chicago, Dewey abandonou a instituição para se ligar à Universidade
de Colômbia, em Nova Iorque, onde permaneceu até ao fim da sua carreira no ensino,
em 1930. Continuou, no entanto, a ensinar como Professor Emérito até 1939, e
continuou a escrever e a intervir socialmente até às vésperas da morte.
Entre suas obras se destacam The School and Society (1899; "A Escola e a
Sociedade") e Experience and Education (1938; "Experiência e Educação").
John Dewey é reconhecido como um dos fundadores da escola filosófica de
Pragmatismo (juntamente com Charles Sanders Peirce e William James), um pioneiro
em psicologia funcional, e representante principal do movimento da educação
progressiva norte-americana durante a primeira metade do século XX. Foi também
editor, contribuindo na Enciclopédia Unificada de Ciência, um projecto dos positivistas,
organizado por Otto Neurath.
Filosofia da Educação
Como se pode ler em Democracy and Education (Democracia e Educação),
Dewey tenta sintetizar, criticar e ampliar a filosofia da educação democrática ou proto-
democrática contidas em Rousseau e Platão. Via em Rousseau uma visão que se
centrava no indivíduo, enquanto Platão acentuava a influência da sociedade na qual o
indivíduo se inseria. Dewey contestou esta distinção – e tal como Vygotsky, concebia o
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conhecimento e o seu desenvolvimento como um processo social integrando os
conceitos de sociedade e indivíduo.
Para ele o indivíduo somente passa a ser um conceito significante quando
considerado parte inerente de sua sociedade – enquanto esta nenhum significado possui,
se for considerada à parte, longe da participação de seus membros individuais.
Depois, como reconhece na obra posterior “Experience and Nature”
(Experiência e Natureza), o empirismo subjectivo da pessoa é quem realmente introduz
as novas ideias revolucionárias no conhecimento.
Para Dewey era de vital importância que a educação não se restringisse ao
ensino do conhecimento como algo acabado – mas que o saber e habilidade do
estudante adquirem possam ser integrados à sua vida como cidadão, pessoa, ser
humano. No laboratório-escola que dirigiu junto a sua esposa Alice, na Universidade de
Chicago, as crianças bem novas aprendiam conceitos de física e biologia presenciando
os processos de preparo do lanche e das refeições, que eram feitos na própria classe.
Este elemento de ensino com a prática quotidiana foi sua grande contribuição
para a Escola Filosófica do Pragmatismo.
Mas esta iniciativa fracassou, após três anos, e Dewey viu-se forçado a deixar
Chicago. Criou, então, a famosa Lincoln School, em Manhattan (Nova Iorque), que
também falhou em pouco tempo.
As suas ideias, embora bastante populares, nunca foram ampla e profundamente
integradas nas escolas públicas norte-americanas, embora alguns dos valores e
premissas tenham se difundido. Suas ideias de Educação Progressiva foram duramente
perseguidas no período da Guerra Fria, quando a preocupação dominante era criar e
manter uma elite intelectual científica e tecnológica, para fins militares. No período Pós-
guerra-fria, entretanto, os preceitos da Educação Progressiva têm ressurgido na reforma
de muitas escolas, e o sistema teórico de educação tem suas pesquisas evoluído.
No Brasil, desde os anos 30, o educador Anísio Teixeira, sob forte influência de
suas ideias, tentou implantar um sistema educacional similar, em tempo integral -
igualmente falhando por desinteresse político numa educação melhor para o povo.
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Edouard Claparède
Médico psicólogo suíço nascido em Genebra, um dos mais influentes expoentes
europeus da escola da psicologia funcionalista, cujas pesquisas experimentais no campo
da psicologia infantil tiveram grande influência na criação da pedagogia moderna, que
incentiva a atitude participante do educando. Após completar seus estudos médicos em
Genebra (1897), passou um ano fazendo pesquisas em Paris, onde conheceu Alfred
Binet, um dos principais criadores e aperfeiçoadores dos testes de inteligência, e
retornou a Genebra para trabalhar com seu primo, Theodore Flournoy e lecionar na
universidade local, ocupando a cátedra de psicologia na Universidade de Genebra, onde
sucedeu a Theodore Flournoy, seu mestre.
Formulou a lei do interesse momentâneo, segundo a qual o pensamento é uma
função biológica a serviço do organismo humano. Tornou-se interessado na psicologia
comparada, também dita animal, que o levou mais tarde ao estudo da inteligência
humana e do aprendizado, e desenvolveu a tese da escola activa, que estimula a
independência intelectual da criança, fazendo-a actuar sobre o que aprende, em
oposição e de grande impacto sobre à educação tradicional da época: a psicologia
mecanicista. Com os livros Psychologie de l'enfant et pédagogie expérimentale (1905) e
L'École sur mesure (1921), entre outros, e os trabalhos em psicologia pedagógica
desenvolvidos no Instituto Jean-Jacques Rousseau, que fundou (1912), exerceu um
papel renovador e pioneiro na educação moderna, que seria retomado por seu
conterrâneo Jean Piaget, e morreu em Genebra.
Carl Rogers
Carl Ransom Rogers, psicopedagogo. Importante pensador americano, foi um precursor da psicologia humanista e criador da linha teórica conhecida como Abordagem Centrada na Pessoa.
Ao contrário de outros estudiosos cuja atenção se concentrava na ideia de que todo ser humano possuía uma neurose básica, Rogers rejeitou essa visão, defendendo que, na verdade, o núcleo básico da personalidade humana era tendente à saúde, ao bem-estar. Tal conclusão sobreveio a um processo meticuloso de investigação científica levado a cabo por ele, ao longo de sua actuação profissional.
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Alguns cientistas, psicólogos, psiquiatras e educadores, entre outros, consideram Rogers como um dos mais importantes psicólogos e educadores humanistas, humanistas existenciais, existencialistas e/ ou fenomenológicos dos Estados Unidos da América e do mundo.
Esse psicólogo marcou não só a Psicologia Clínica, como também, a Psicoterapia, Administração – de empresas e de escolas etc. - o Aconselhamento Psicológico, Aconselhamento Pastoral, a Educação e Pedagogia, a Psicopedagogia, Orientação Educacional, assim como a Literatura, o Cinema e as Artes, de modo explícito ou implícito, consciente ou não conscientemente.
Foi indicado ao Prémio Nobel da Paz e ganhou um Óscar sobre sua prática, registada num filme/documentário.
Realizou-se doze filmes sobre o seu trabalho, deixando um elevado número de documentos sonoros e audiovisuais.
Publicou 16 livros, dentro dos quais se destacam: "Tornar-se Pessoa", "Um Jeito de Ser" e "Terapia Centrada no Cliente".
A partir dessa concepção primária, o processo psicoterapêutico consiste em um trabalho de cooperação entre psicólogo e cliente, cujo objectivo é a liberação desse potencial de crescimento, tendo como resultado a pessoa aberta à experiência, vivendo de maneira existencial, tornando-se ele mesmo.
Há três condições básicas e simultâneas defendidas por Rogers como facilitadoras, no relacionamento entre psicoterapeuta e cliente, para que ocorra a actualização desse núcleo essencialmente positivo existente em cada um de nós. São elas: a consideração positiva incondicional; a empatia e a congruência.
Em linhas gerais, ter consideração positiva incondicional é receber a aceitar a pessoa como ela é e expressar uma consideração positiva por ela, simplesmente por que ela existe, não sendo necessário que faça ou seja isto ou aquilo, portanto, aceitá-la incondicionalmente; a empatia, por sua vez, consiste na capacidade de se colocar no lugar do outro, ver o mundo através dos olhos dele e procurar sentir como ele sente; e a congruência, a coerência interna do próprio terapeuta.
O interessante na abordagem rogeriana é que a aplicação do seu método em psicoterapia, passa por um processo de amadurecimento do próprio psicoterapeuta, já que ele não pode simplesmente apropriar-se de uma “técnica”, mas que lhe seja próprio e natural agir conforme as condições desenhadas por Rogers. Percebe-se então, por exemplo, que a expressão de uma afectividade incondicional só ocorre devidamente se brotar com sinceridade do psicólogo; não há como simular tal afectividade. O mesmo ocorre com a empatia e com a congruência. Por isso se diz que não existe uma “técnica rogeriana”, mas sim psicólogos cuja conduta pessoal e profissional mais se aproximam da perspectiva de Carl Rogers.
Outro ponto a considerar é que após longos estudos, Rogers chegou à conclusão de que as três condições são eficazes como instrumento de aperfeiçoamento da condição humana em qualquer tipo de relacionamento, tais como: na educação entre professor e aluno, no trabalho, na família, nas relações interpessoais em geral.
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19.05.2008
Sumário: - Apresentação de trabalhos: Paulo Freire, Pestalozzi, Decroly
Paulo Freire
Destacou-se pelo seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a
escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores
mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento
chamado pedagogia crítica.
Paulo Freire delineou uma Pedagogia da Libertação, intimamente relaciona da
com a visão marxista do Terceiro Mundo e das consideradas classes oprimidas na
tentativa de elucidá-las e conscientizá-las politicamente. As suas maiores contribuições
foram no campo da educação popular para a alfabetização e a conscientização política
de jovens e adultos operários.
No entanto, a obra de Paulo Freire ultrapassa esse espaço e atinge toda a
educação, sempre com o conceito básico de que não existe uma educação neutra:
segundo a sua visão, toda a educação é, em si, política.
Pestalozzi
Foi um pedagogo suíço pioneiro na reforma educacional.
Claramente influenciado pelas ideias de Rousseau, acreditava na educação como
um desenvolvimento total do indivíduo, num conjunto moral, intelectual e físico, cuja
potencialidade se encontra na criança, que deve ser estimulada, principalmente no lar
em que vive: "A escola deve ser a continuação do lar. É no lar que se encontra o
fundamento de toda cultura verdadeiramente humana e social" – concluía o educador.
Pestalozzi acreditava que o indivíduo, desde criança, possui todos os meios
necessários para a socialização plena e que o papel do educador é justamente promover
o desenvolvimento desses valores já existentes em cada indivíduo, sempre ressaltando a
importância da família na formação da personalidade. Para ele, a mãe é a figura central
do desenvolvimento educacional. E ele entendia que o conhecimento não é
propriamente adquirido, mas sim desenvolvido, pois cada ser humano já nasce com a
tendência espontânea da natureza de seu próprio desenvolvimento. Somente precisa do
estímulo do educador, sempre subordinado à educação moral e espiritual.
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Em 1805, Pestalozzi fundou o famoso Internato de Yverdon, cujas actividades
principais eram desenho, escrita, canto, educação física, modelagem, cartografia e
excursões ao ar livre. Durante os 20 anos de funcionamento, a escola foi frequentada
por estudantes de vários países europeus. Tal Instituto, devido à sua popularidade,
ganhou renome internacional.
Jean-Ovide Decroly
Médico belga nascido em Renaix, um dos grandes renovadores da teoria
educacional na infância, ao lado de contemporâneos como Maria Montessori. Na sua
infância foi um aluno bastante indisciplinado durante sua formação básica, por exemplo,
recusava-se a assistir aulas de catecismo e, assim, foi expulso de várias escolas.
Dedicou-se ao estudo da infância deficiente e fundou, em Uccle, um instituto
para a educação de excepcionais (1901). Aceitou a direcção da École d'Ermitage (1907),
cujo ensino era direccionada aos meninos considerados de infância irregular, e que se
tornou famosa como um exemplo da Escola Nova. Participou activamente na fundação
da Liga Internacional de Educação Nova.
A educação segundo ele, não constitui na preparação para a vida adulta, a
criança deve viver os seus anos jovens, e resolver os seus conflitos no momento certo. A
sua pedagogia tinha um carácter naturalista e psicológico, visando o desenvolvimento
infantil e sua adequada educação.
Faleceu a 12 de Setembro, de 1932, em Bruxelas.
26.05.2008
Sumário: - Apresentação de trabalho sobre Vygotsky.
Vygotsky
Lev S. Vygotsky, foi professor e pesquisador, foi um contemporâneo de Piaget,
nasceu e viveu na Rússia, quando morreu, de tuberculose, tinha 34 anos. Professor
dedicou-se nos campos da pedagogia e psicologia. Deu várias palestras em escolas, e
faculdades sobre pedagogia, psicologia e literatura. Partidário da revolução russa
sempre acreditou numa sociedade mais justa sem conflito social e exploração. Construiu
sua teoria tendo por base o desenvolvimento do indivíduo como resultado de um
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processo sócio-histórico, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse
desenvolvimento.
Vygotsky considera o papel da instrução um factor positivo, no qual a criança
aprende conceitos socialmente adquiridos de experiências passadas e passarão a
trabalhar com essas situações de forma consciente.
A criança passa a ver o mundo com sua própria visão, administrando sob seu
ponto de vista. A criança progride na formação de conceitos após dominar o abstracto e
combinar com pensamentos mais complexos e avançados. Na continuação da educação
os conceitos tornam-se concretos, aplicam-se as habilidades aprendidas, por instruções,
e as adquiridas em experiências da convivência social.
Para Vygotsky, método é algo para ser praticado e não aplicado, como o fim
justificando os meios, nem uma ferramenta para alcançar resultados. O método é
simultaneamente condição prévia e produto.
02.06.2008
Sumário: - Resumo do texto “Correntes Pedagógicas Contemporâneas”
09.06.2008
Sumário: - Apresentação de trabalho de António Aurélio da Costa Ferreira
António Aurélio da Costa Ferreira
Nasceu no Funchal, no dia 18 de Janeiro de 1879. Realizou os primeiros estudos
na cidade do Funchal, seguindo depois para Coimbra, onde cursou Filosofia, tendo
concluído a licenciatura em 1899. De imediato, inicia curso de Medicina que conclui em
1905. Regressando a Portugal em 1907 inicia actividade como professor de Liceu.
Como era um republicano histórico, designação dada aos republicanos que
existiam antes da implantação da República, foi nomeado para director da Casa Pia de
Lisboa, mais tarde torna-se Provedor da Assistência Pública. Desempenhou funções
como vogal do Conselho Superior de Instrução Pública e professor na Escola Normal
Primária de Lisboa, destacou-se como naturalista do Museu Bocage.
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Foi um dos responsáveis pela fundação da Sociedade Portuguesa de
Antropologia e Etnologia. Em 1922, foi incumbido de realizar uma visita de trabalho a
Moçambique, por convite de Brito Camacho, quando chegou a esta antiga colónia
portuguesa, acabou por se suicidar no dia 15 de Julho de 1922, em Lourenço Marques.
Nome porventura ignorado na sua terra natal, verdade é que este madeirense
sobressai entre a plêiade de educadores republicanos que se empenharam na laicização
do ensino e na divulgação da pedagogia científica e dos ideais da «Escola Nova». Não
podia, pois, passar despercebido. O pedagogo que, no início do século XX, preconizou
que nenhuma criança, por maiores dificuldades que apresente, poderá deixar de ter
acesso à educação.
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Webgrafia:
o http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Montessori
o
o http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lestin_Freinet
o http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Piaget
o http://pt.wikipedia.org/wiki/Froebel
o http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Dewey
o http://www.brasilescola.com/biografia/edouard-claparede.htm
o http://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_Rogers
o http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_freire
o http://pt.wikipedia.org/wiki/Pestalozzi
o http://centrorefeducacional.com.br/decroly.html
o http://miriam-lopes.blogspot.com/2007/09/biografia-de-vygotsky.html
o http://arepublicano.blogspot.com/2007/01/antnio-aurlio-da-costa-
ferreira-nasceu.html
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