PontifíciaUniversidadeCatólicadoRioGrandedoSul ... · • Aula 01 – 01/12/12 • Apresentação...
Transcript of PontifíciaUniversidadeCatólicadoRioGrandedoSul ... · • Aula 01 – 01/12/12 • Apresentação...
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia de Produção
Programa de Pós-‐‑graduação em Engenharia de Produção
Especialização em Engenharia de Produção Disciplina: Engenharia e Desenvolvimento de Produto
Prof. Me. Alberto Leon Simões
Cronograma
• Aula 01 – 01/12/12
• Apresentação do Professor
• Apresentação da Disciplina
• Desenvolvimento de Produto o Considerações Iniciais o Classificação dos Produtos
• Inovação no Desenvolvimento de Produto
• Tipos de Projeto de Desenvolvimento de Produto
• Projeto Modular
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 2
Considerações Iniciais -‐‑ Produto
• Produto
É algo que pode ser oferecido a um mercado visando satisfazer uma necessidade e/ou desejo.
o Possui algum valor atribuível;
o Provém de uma atividade de transformação de recursos.
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 3
Necessidade: estado de privação de alguma satisfação básica.
• Inata ao ser humano (nasce com o indivíduo); • Não é criada, é estimulada; • Independentes do ambiente onde a pessoa está inserida; • Iguais para todos os seres humanos.
Desejo: carências por satisfações específicas. • Decorrem de uma ou mais necessidades; • Desejo não se transforma em necessidade, desejo satisfaz uma
necessidade; • Estão associados ao ambiente e opções existentes; • Sofrem influência da estrutura cultural; • São diferentes para cada ser humano.
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 4
Exemplos:
1) João necessita de um meio de transporte para se deslocar de casa para a universidade.
Qual é a necessidade?
Qual é o desejo? 2) Pedro está com fome.
Qual é a necessidade?
Qual é o desejo?
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 5
Conceitos Básicos (Cont.)
Base do conceito: Atender as necessidades e/ou desejos.
Questão que envolve a base do conceito: As empresas conseguem se manter no mercado atendendo as expectativas dos consumidores no que diz respeito às suas necessidades e desejos?
Sucesso do conceito: Exceder as expectativas dos consumidores.
à Como exceder as expectativas do João que busca um meio de transporte para se deslocar de casa para a universidade? à Como exceder as expectativas de Pedro que está com fome?
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 6
“Produto” envolve a existência de:
² Clientes com necessidades e desejos a serem atendidos;
² Tecnologia que permita a concretização de produtos que atendam as necessidades e desejos;
² Existência de uma estrutura organizacional que esteja interessada em atender as necessidades e desejos dos clientes, e que tenham acesso à tecnologia.
7 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Produtos Mais Vendidos Internet
Fonte: Mercado Livre.
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 8
Conceitos Básicos (Cont.)
• Classificação dos Produtos:
o Quanto à durabilidade e tangibilidade;
o Quanto ao uso:
à Consumidor
à Empresarial
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 9
10
Classificação quanto à durabilidade e tangibilidade
Bens não duráveis
Bens duráveis
Serviços
Classificação quanto ao uso (Consumidor)
Bens de consumo
Bens de conveniência
- Bens básicos
- Bens de impulso
- Bens de emergência
Bens de compra comparados
- Bens de compra homogêneos
- Bens de compra heterogêneos
Bens de especialidade
Bens não-procurados
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
11
Classificação quanto ao uso (Empresarial)
Materiais e Peças
Bens de Capital
Instalações
Equipamentos
Suprimentos e serviços empresariais
Suprimentos operacionais
Suprimentos de manutenção e reparos
Serviços de reparo e manutenção
Serviços de consultoria
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
1) Classificação quanto à durabilidade e tangibilidade:
1.1) Bens não-duráveis: Tangíveis e consumidos rapidamente (refrigerante, chocolate, lápis, etc.);
1.2) Bens duráveis: Tangíveis utilizados por um período de tempo (carro, telefone, computador, etc.);
1.3) Serviços: Intangíveis, geralmente consumidos enquanto são produzidos (serviços de reparo, corte de cabelo, viagem, consulta, etc.).
12 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
2) Classificação quanto ao uso (consumidor):
2.1) Bens de consumo: A grande variedade de bens de consumo pode ser classificada em termos de hábitos de compra.
2.1.1) Bens de conveniência: Aqueles que o consumidor compra com frequência, imediatamente e com um mínimo de esforço. - Bens básicos: comprados regularmente; - Bens de impulso: comprados sem qualquer planejamento; - Bens de emergência: comprados quando há uma
necessidade urgente.
Observação: fabricantes de bens de consumo de conveniência de emergência devem colocá-los em grande número de pontos de venda para que o cliente possa encontrá-lo quando precisar deles.
13 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
2.1.2) Bens de compra comparados: Aqueles que o cliente compara à outros no momento da seleção e compra. Exemplos: eletrodomésticos, moveis, automóveis. - Bens de compra homogêneos: semelhanças em termo de qualidade mas diferenças significativas no preço. - Bens de compra heterogêneos: diferem em termos do produto e serviços e podem ser mais importantes que o preço.
Observação: empresas que fabricam bens de compra comparados Heterogêneos oferecem maior variedade para atender os gostos individuais e devem ter uma Equipe de vendas bem treinada para informar e orientar os clientes.
14 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
2.1.3) Bens de especialidade
São bens com características singulares ou identificação de marca pelos quais um número suficiente de compradores está disposto a fazer um esforço extra de compra.
Uma Ferrari é um bem de especialidade porque os compradores estão dispostos a se esforçar para comprá-lo.
Observação: Os bens de especialidade não envolvem comparações, os compradores investem tempo e energia para chegar aos revendedores que têm os produtos desejados. Os revendedores não necessitam estar convenientemente localizados, contudo, devem deixar clara sua localização aos compradores potenciais.
15 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Número de Ferraris no Brasil: tratam-se de 433 macchinas de Maranello. Número de Concessionários Ferrari no Brasil: 01 Via Itália – São Paulo
Fonte: CIB - Car Information Brasil Informações sobre o mundo automotivo,
Carros exóticos, super esportivos e exclusivos. 23 de Fevereiro de 2010.
16 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
2.1.4) Bens não-procurados
São bens que o consumidor não conhece ou normalmente não pensa em compar. Exemplos: seguros de vida, jazigos perpétuos.
Observação: Necessitam de propaganda e apoio da equipe de vendas.
17 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
2.2) Classificação quanto ao uso (empresarial): Classificados em termos de como entram no processo de produção e de seu custo relativo.
2.2.1) Materiais e Peças: Bens que entram no processo de fabricação de produtos manufaturados.
2.2.2) Bens de Capital: Bens de maior duração que facilitam o desenvolvimento ou o gerenciamento do produto acabado. - Instalações: constituem as construções (fábricas, escritórios). - Equipamentos: máquinas e ferramentas da fábrica (ferramentas, empilhadeiras, microcomputadores, softwares).
18 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
2.2.3) Suprimentos e serviços empresariais: São bens de curta duração que facilitam o desenvolvimento ou gerenciamento do produto acabado.
- Suprimentos operacionais: lubrificantes, papel para escrever, canetas, etc.
- Suprimentos de manutenção e reparos: tinta, prego, vassouras, etc.
- Serviços de reparo e manutenção: limpeza de janelas, conserto de copiadoras, etc.
- Serviços de consultoria: consultoria jurídica, gerencial, de propaganda, etc.
19 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
20
• Características do Produto:
o Qualidade
o Apresentação
o Marca
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
21
• Qualidade
o Está relacionada com o quão perfeitamente seu produto está satisfazendo um desejo ou necessidade do cliente;
o O produto é robusto e confiável?
o Eliminação de deficiências e fortalecimento de pontos fortes influenciam a qualidade percebida de seu produto favorecendo sua aceitação.
Obs: O que é um produto robusto?
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
22
• Diferencial competitivo ao longo do século XX
o Produto com Qualidade, isento de defeito: Qualidade Intrínseca (aquela que o cliente não percebe).
• Diferencial competitivo atual
o Produto de Qualidade, inovador: Qualidade Extrínseca (aquela que o cliente percebe).
o Produto que alia a ausência de defeitos (atualmente pré-requisito para sua permanência no mercado) à inovação que o diferencia do produto concorrente.
ATENÇÃO: NÃO CONFUNDIR QUALIDADE COM BELEZA VISUAL.
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
23
• Apresentação
o A apresentação do produto pode ser diferencial de escolha entre concorrências;
o Um produto não deve só ter qualidade como também deve aparentar ter qualidade;
o Embalagens, exposição e cores (produto e embalagem) influenciam a decisão de compra;
o A apresentação do produto não deve apenas ser esteticamente agradável, deve ser coerente com o público alvo.
ATENÇÃO: NÃO CONFUNDIR QUALIDADE COM BELEZA VISUAL.
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
24
• Marca
o A construção de uma marca forte para o produto é conseqüência de um relacionamento satisfatório com o mercado alvo;
o Quando a identificação positiva se torna forte o bastante, sua marca passa a valer mais do que seu próprio produto oferecido;
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
POR QUE OS CLIENTES COMPRAM?
25
Marca mais valiosa do mundo?
Coca Cola US$ 77,8 Bilhões
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
26
Ranking das marcas mais valiosas
(Fonte: Exame.com, 15.10.2012)
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
• O conhecimento da marca é a capacidade do usuário de reconhecer ou lembrar que a marca pertence a determinada família de produtos.
O slogan tem a função de reforçar a memorização de uma marca a ser colocada em uma embalagem, por meio da associação de um valor ao um nome.
Memorização da marca
27 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
28
Marca Slogan
Conhaque Dreher Deu duro, tome um Dreher.
C&A Abuse, use C&A.
Bombril 1.001 utilidades.
Doril Tomou Doril, a dor sumiu.
Chinelos Rider Dê férias para seus pés.
Havaianas Legítimas, só Havaianas.
Bayer Se é Bayer, é bom.
Caloi Não esqueça a minha caloi.
Caninha 51 Uma boa idéia.
Coca Cola Emoção pra valer.
Hellmann’s A verdadeira maionese.
Nescau Energia que dá gosto.
Ray-O-Vac As amarelinhas.
Volkswagem Das Auto.
Ford Fusion Quem tem, fez por merecer.
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
29
• Características Funcionais do Produto:
o As características funcionais do produto são divididas em:
• Básicas: aquelas relacionadas com a sua própria existência ou possibilidade de utilização;
• Complementares: aquelas destinadas a tornar o produto mais atraente, chamar a atenção do consumidor (algo mais).
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Características Básicas
Características Complementares
Ciclo de Vida do Produto
• Introdução do produto no mercado;
• Índice de problemas de projeto;
• Número de falhas.
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 30
31
A) Introdução do produto no mercado
Adaptação Maturidade Desinteresse
Lifting (maquiar o produto)
Ponto de Descarte
A)
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
32
B) Índice de problemas do projeto
T
B)
Maturidade
Aperfeiçoamento técnico
Maturidade
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
33 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
34 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Lamborghini Gallardo é destruído por proprietário insatisfeito.
35
C) Número de falhas
T Problemas de produção
Aproximação do fim da vida
Maturidade
C)
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Inovação
• Inovação no Desenvolvimento de Produto
A inovação é um ingrediente vital para o sucesso dos negócios.
Inovação total exige que se ignore e ouça os clientes.
Inovando pela Velocidade: as empresas precisam introduzir continuamente novos produtos, para impedir que empresas mais agressivas acabem abocanhando parte de seu mercado. ² Microsoft, empresa que tem feito o lançamento do seu Windows em
um só dia no mundo todo.
² McDonald’s, com a cadeia de restaurantes abrindo três novos estabelecimentos por dia, toda semana, todo mês, o ano todo, no mundo inteiro.
² Boeing, nos últimos anos conseguiu reduzir o tempo que levava para construir um 767 em aproximadamente 50%.
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 36
Inovação
• Economia em tempo real
o Não se pode esquecer que os clientes passarão imediatamente para outra empresa no instante em que perceberem que sua empresa / seu produto está desatualizado, chato e lento.
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 37
O que vem acontecendo nos últimos anos nas empresas nacionais que atuam no setor de transporte aéreo de passageiros?
38
Negócio Inovador
• Fazer algo que nunca tenha sido feito antes.
• Agricultor aluga vacas aos turistas o Um agricultor suíço criou
um negócio inovador na sua quinta em Eggerstanden, na Suíça. Qualquer pessoa, pelo preço de 120€/ mês, pode alugar uma das suas vacas, ordenhá-las, visitá-las quantas vezes quiser e ainda receber uma fotografia de recordação.
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
39
Produto Inovador
• Inovação do produto significa introduzir no mercado produtos ou serviços novos ou significativamente melhorados. Inclui alterações significativas nas suas especificações técnicas, componentes, materiais, software incorporado, interface com o utilizador ou outras características funcionais.
Inovação é um ingrediente vital para o sucesso dos negócios. A cada 10 idéias sobre novos produtos: 3 serão desenvolvidas; 1,3 lançadas no mercado; 1 será lucrativa.
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
40 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
41 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Inovação
• A arte da Inovação – Guy Kawasaki
1. Crie Significado 2. Tenha um Mantra 3. Salte para a Próxima Curva 4. Lance os Dados 5. Não tema, Seja Tosco 6. Deixe 100 Flores o Desabrochar 7. Polarize as Pessoas 8. Rebole, siga adiante 9. Niche-se a si Mesmo 10. Aperfeiçoe-se 11. Não deixe Patetas Incompetentes desmotivar você.
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 42
Inovação
1. Crie Significado
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 43
Inovação
2. Tenha um Mantra
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 44
Inovação
3. Salte para a próxima curva
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 45
Inovação
4. Lance os Dados
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 46
V8 -‐‑ 550 CV
Inteligente: Ford My Key
Inovação
4. Lance os Dados
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 47
Completo: Grandes produtos são completos
Jaguar XJ
Inovação
4. Lance os Dados
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 48
Poder: Grandes produtos nos tornam poderosos
MacBook Air
Inovação
4. Lance os Dados
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 49
Elegante: Status
Para comemorar os 250 anos da fundação da Jose Cuervo, a destilaria preparou 495garrafas com uma tequila armazenada há 100 anos, com mais de 3 anos de envelhecimento em barris de carvalho. US$ 2250
Inovação
4. Lance os Dados
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 50
Elegante: Status
Poltrona Cloud Idéia surgiu quando a designer observava do avião as nuvens vistas de cima. US$ 949
Inovação
5. Não Tema, Seja Tosco
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 51
Se o Produto estiver pronto, lance. Não espere um produto perfeito. Lance e Depois Teste.
Inovação
6. Deixe 100 Flores Desabrochar
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 52
6.1 Por que os consumidores não estão comprando nosso produto? 6.2 Por que os consumidores estão comprando nosso produto? Melhorar ainda mais para que continuem comprando. Preferir o segundo questionamento. No primeiro questionamento descobrimos os motivos pelos quais os consumidores não estão comprando nosso produto. Os motivos são satisfeitos e novos motivos surgem.
Inovação
7. Polarize as Pessoas
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 53
a. Colocar o produto no mercado. Dar razão para que os consumidores gostem do produto. b. Otimizar o Produto. Depois de colocado no mercado os consumidores irão dizer o que pode ser melhorado.
Inovação
8. Rebole, Siga Adiante
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 54
Natal de 1998, Steve Noel.
Minha esposa e eu compramos cinco iMacs para nossos netos no Natal de 1998. Nós os observamos abrir seus presentes e quando Molly, de 5 anos, abriu seu iMac, ela disse: “A vida é boa”. Infelizmente, o iMac de Molly tinha um problema. Depois de usá-‐‑lo por algumas horas, a porta do drive de CD não abria. Um dia depois do Natal, tentei devolvê-‐‑lo à loja para que fosse trocado. O vendedor me disse que não estava autorizado a trocar um computador por outro devido a uma política da Apple. O Conserto levaria várias semanas, ele me disse. Enviei um e-‐‑mail a Steve Jobs e perguntei sobre a política de troca da Apple em relação a um produto novo. Depois de cinco minutos meu telefone tocou e era Steve. Ele me perguntou qual era o problema e o nome da loja. “Já ligo de volta”, ele disse. Alguns minutos depois, o telefone tocou e era um lojista todo envergonhado. “Estou com um novo iMac para sua neta”, comentou. Mandei um e-‐‑mail para Steve e lhe agradeci. Escrevi que ele havia tornado o Natal de Molly muito feliz. Steve imediatamente me respondeu com um simples: “Ho, Ho, Ho...:”.
Inovação
9. Niche-se a si Mesmo à + EXCLUSIVO + VALOR
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 55
Exc
lusiv
ida
de
Valor
Exc
lusiv
ida
de
Valor
Inovação
10. Aperfeiçoe-se
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 56
- Informações
- Insights
- Assessoria
Inovação
11. Não deixe Patetas Incompetentes desmotivar você “Creio que haja no mundo mercado para talvez cinco computadores”. Thomas Watson Chairman da IBM. 1943
“Não há motivo para alguém querer ter um computador em casa”. Ken Olsen Fundador da Digital Equipment Corp. 1977
“Fica longe demais para ir de carro e não vejo como possa se tornar um bom negócio”. Resposta de Guy Kawasaki quando foi convidado para ser o CEO da Yahoo. Perdeu mais de US$ 2bilhões. Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 57
• Projeto:
o É todo trabalho realizado de uma única vez. Tem início e um fim e gera um produto singular.
• Atividade de Operação:
o São atividades que abrangem um trabalho contínuo, sem uma data de término e, geralmente repetem o mesmo processo.
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 58
Projeto & Atividade de Operação
59
Automóveis: Cada modelo criado e produzido é considerado um projeto. O design e o marketing do “automóvel” são projetos únicos. A montagem propriamente dita é considerada atividade de operação. Um processo repetitivo que é seguido pela maioria das montadoras.
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Projeto
Atividade de Operação
60
Formas de Projetar Projeto por Síntese e por Análise
Condicionantes do Projeto
Características Desejadas do Produto
Síntese
Análise
Síntese: Há requisitos (condicionantes) para a obtenção do produto.
Ex: Televisor
• Tamanho;
• Tipo de tela;
• Controle Remoto
Análise: Tentar descobrir como o produto foi fabricado para obter as condicionantes.
Ex: Copiar a Coca-Cola
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
• Projeto Radical, Raiz, Inovador, Original (breakthrough);
• Projeto de Plataforma ou Próxima Geração;
• Projeto Incremental, Derivativo, Variante, Por Semelhança;
• Projeto Follow Source
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 61
Tipos de Projetos de Desenvolvimento de Produto
62
• Projeto Radical, Raiz, Inovador, Original (breakthrough)
o Solução original, não há experiência anterior para consultar;
o Envolvem mudanças significativas no projeto do produto ou processo existente;
o Podem criar uma nova categoria ou família de produtos para a empresa;
o Requerem processo de manufatura inovador, pois incorporam novas tecnologias e materiais;
o Projeto é baseado em regras.
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 63
64
• Projetos de Plataforma ou Próxima Geração
o Alterações significativas no projeto do produto ou processo existente;
o Não há, necessariamente, substituição de materiais e tecnologias;
o Representam um novo sistema de soluções para o cliente;
o Em geral representam uma próxima geração de um produto ou família de produto existente.
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Exemplo: Plataforma
65 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Exemplo: Próxima Geração
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 66
67
• Projeto Incremental, Derivativo, Variante, por Semelhança
o Consulta à experiência anterior, similaridade;
o Função original e o princípio de solução não mudam;
o Incluem versões de redução de custo;
o Requerem menos recursos, pois partem dos produtos ou processos existentes.
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 68
69
• Projetos Follow Source • Projetos que chegam da matriz ou de outras unidades do grupo ou
clientes, e que não requerem modificações significativas da unidade de destino que irá adequar o projeto e produzir o produto.
• Em geral são realizadas as seguintes atividades:
o Adaptações à realidade local;
o Validação do processo, equipamentos e ferramentas;
o Produção do lote piloto;
o Início da produção.
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
• A modularidade surgiu como vantagem competitiva na indústria de computadores na década de 60, demonstrando grande importância no processo de desenvolvimento de produto.
• O uso do Projeto Modular é uma tendência atual, não só no ramo da Tecnologia da Informação (TI), mas na indústria em geral.
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 70
Projeto Modular
• Definição:
Consiste na separação das diversas funções do produto em módulos distintos e relativamente estanques, de modo que, um dano provocado a um módulo não venha a ter efeito sobre os demais, salvaguardando a maior parte dos componentes do produto.
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 71
Projeto Modular
• Objetivos:
o Desenvolver plataformas de produtos • Golf – Bora – New Beetle – A3
o Maximizar o compartilhamento de sistemas • Talha para movimentação de cargas
o Maximizar a variação funcional • Multiprocessador de alimentos
o Otimização do ciclo de vida do produto • Encapsular componentes a serem substituídos ; Agrupar
elementos de vida semelhante
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 72
Projeto Modular
• Quando iniciar?
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 73
Projeto Modular
Especificação do Projeto
Projeto Conceitual
Projeto Preliminar
Projeto Detalhado
Projeto do Sistema Técnico Proposto por Phal&Beib
Por que a partir do Projeto Conceitual?
• Projeto Modular x Indústria Automobilística
o Grandes avanços nesta área de pesquisa
o Projeto Modular tem sido uma tendência crescente na indústria automobilística, devido em grande parte à complexidade de seus produtos e dificuldade de controle de seus fornecedores.
à Sistema Hyundai de Produção
Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões 74
Projeto Modular
Sistema Hyundai de Produção
Orientada para a Tecnologia e Dirigida pela Engenharia
à Automação à Forte investimento em automação à 15% superior do que nas linhas da Toyota
à Modularização à Redução dos postos de trabalho à Maior facilidade de realocar e utilizar trabalhadores com
salários menores
75 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Projeto Modular
• Modularidade
Definição:
Estratégia para construir Processos ou Produtos Complexos a partir de pequenos subsistemas que podem ser desenvolvidos individualmente, mas que funcionam como um conjunto interligado.
76 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Projeto Modular
• Modularidade
Classificação, segundo Ulrisch e Tung (1991)
o Modularidade em permutar componentes
o Modularidade em compartilhar componentes
o Modularidade em adaptar para a variedade
o Modularidade através de barramento
o Modularidade seccional
77 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Projeto Modular
• Modularidade em permutar componentes
78 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Exemplos: Automóveis que disponibilizam diferentes rádios, toca-fitas, CDs, pára-brisa e rodas para um mesmo modelo.
Projeto Modular
• Modularidade em compartilhar componentes
79 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Exemplos: Em automóveis são o uso de mesmas pastilhas de freio, alternadores e velas de ignição em diferentes famílias de automóveis.
Projeto Modular
• Modularidade em adaptar para a variedade
80 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Exemplo: Cilindros hidráulicos que podem ser produzidos com comprimentos arbitrários.
Projeto Modular
• Modularidade através de barramento
81 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Exemplo: Placa mãe de computadores.
Projeto Modular
• Modularidade seccional
82 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Exemplos: Sistemas de tubulação, sofá, blocos lego e sistemas de transporte.
Projeto Modular
• Produto Modular
Produtos modulares são produtos, sistemas ou componentes que executam suas funções através da combinação de diferentes módulos. • Quando um produto é considerado Modular?
Um produto é considerado modular quando suas partes “MÓDULOS” podem ser testadas de forma independente, e suas interfaces foram desenvolvidas de forma padronizada.
83 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Projeto Modular
• Produto Modular sob o ponto de vista do CLIENTE:
Pode ser visto como uma CAIXA PRETA facilmente substituída por outra , contanto que a interface seja respeitada.
84 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
=
Projeto Modular
• Matriz Indicadora de Módulos (MIM)
o É uma ferramenta proposta por Erixon et. Al 1996 para a indicação de módulos;
o Indica quais as funções que apresentam maior vocação ou tendências a formar módulos e quais devem ser agrupadas, formando um módulo;
o A MIM baseia-se em 12 diretrizes pelas quais um produto deveria ser modularizado.
85 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Matriz Indicadora de Módulos
86 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Desenvolvimento de Produtos
1. Multiaplicativo (Carry-Over)
Uma função pode ser um módulo separado em que a solução tecnológica atual poderá ser levada para uma nova geração ou família.
2. Evolução Tecnológica Uma função pode ser um módulo único se essa possuir uma tecnologia que será superada no seu ciclo de vida.
3. Planejamento de alteração de projeto
Uma função pode ser um módulo separado se essa possuir características que serão alternadas segundo um plano.
Variação 4. Especificação Técnica Poderão ser concentradas alterações para se conseguir variantes em um módulo.
5. Estilo Função pode ser um módulo separado se essa for influenciada por tendências e modas de tal maneira que as formas e/ou as cores tenham de ser alteradas.
Matriz Indicadora de Módulos
87 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Fabricação 6. Unidade Comum Uma função poderá ser separada em um módulo se essa possuir a mesma solução física em todos os produtos variantes.
7. Processo e Organização
Razões para separar uma função em um módulo: - Ter uma tarefa específica em um grupo; - Encaixar-se no conhecimento tecnológico da empresa; - Possuir uma montagem pedagógica; - Ter um tempo de montagem que difere extremante dos outros módulos.
Qualidade 8. Testes em Separado Uma função pode ser separada em módulos quando essa função puder ser testada separadamente.
Matriz Indicadora de Módulos
88 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Aquisição 9. Compra de Produtos Prontos
Uma função que pode ser tratada como uma caixa preta causa redução dos custos logísticos.
Após estar no Mercado
10. Manutenção Manutenções e reparos podem ser facilitados se uma função ficar bem em um módulo separado.
11. Atualização Se for necessário, pode ser facilitada se a função a ser atualizada for um módulo.
12. Reciclagem Isto pode ser uma vantagem para concentrar materiais poluentes ou recicláveis em um mesmo módulo ou em módulos separados, conforme o caso.
Matriz Indicadora de Módulos
89 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Funções desempenhadas pelo produto
Melhores resultados
Forte relacionamento com a diretriz
Exemplos
• Mercedes-Benz
A modularidade foi implantada na Mercedes-Benz, no Alabama, no projeto de um utilitário esportivo.
Ao invés de gerenciar um complexo sistema de fornecedores, contendo centenas deles, a empresa estruturou o produto em poucos e grandes módulos.
O cockpit, por exemplo, incluindo air bags, ar condicionado, coluna de direção, volante e etc., formam um módulo separado, fornecido pela Delphi Automotive Systems.
90 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Exemplos
A Delphi , por sua vez, é responsável pelo gerenciamento dos fornecedores dos componentes do cockpit.
As especificações da Mercedes-Benz tornaram-se visíveis para os fornecedores gerenciar as atividades de seus subfornecedores.
91 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões
Atividade Complementar
Leitura dos Artigos: 1) Consórcio Modular e Condomínio Industrial
2) Condomínio Industrial
3) VW Resende
Estabelecer um comparativo entre consórcio Modular e Condomínio Industrial.
- Caracterização - Vantagens e Desvantagens - Resultados obtidos - Tendências futuras
92 Engenharia do Produto - Prof. Me. Alberto Leon Simões