POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM
description
Transcript of POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEMÀ SAÚDE DO HOMEM
Instituída por meio da Portaria GM No 1944, de 27.08.2009
OBJETIVO GERAL
Facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde, contribuindo para a redução das causas de morbidade,mortalidade e atuação nos aspectos socioculturais.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS PRIORITÁRIOS
1- Organizar rede de atenção à saúde a fim de garantir uma linha de cuidados integrais, tendo a Estratégia Saúde da Família (ESF) como porta de entrada;
2- Apoiar ações e atividades de promoção de saúde para facilitar o acesso da população masculina aos serviços de saúde;
3- Qualificar profissionais de saúde para o atendimento dos homens;
4- Incorporar o homem no planejamento reprodutivo e no compartilhamento aos cuidados da saúde familiar;
5- Construir parcerias com a sociedade civil organizada para promover a saúde do homem.
Dados sócio-econômicos da população masculina
População Total do Brasil
População Masculina 93 042 111 49,1%
População Feminina 96 293 080 50,9%
População alvo: 20 a 59 anos
54,4% da população masculina
50 618 551
Fonte: Estimativas preliminares IBGE - Censos Demográficos
Total da população masculina brasileira dos 20-59 anos comparada com o total da população dos diferentes países da América do Sul
Fonte: Datasus / www.brasilnet/americas.htm
Milhões
Distribuição percentual da força produtiva pelas diferentesfaixas etárias da população masculina ativa
IBGE/PNAD-2004
Por que uma Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem?
♂ Porque os homens apresentam algumas peculiaridades em relação às mulheres nos quesitos:
♂MORTALIDADE♂MORBIDADE♂ASPECTOS SOCIOCULTURAIS
MORTALIDADE
-A cada 3 pessoas que morrem no Brasil, 2 são HOMENS.
- A cada 5 pessoas que morrem de 20 a 30 anos, 4 são HOMENS.
Os homens vivem 7,6 anos a menos, em média, do que as mulheres.
0-4 anos 5-14 anos 15-29 anos 30-39 anos 40-59 anos 60-79 anos 80 e+0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000 Masc : 582.311
Fem : 424.064
Masc : 582.311 33.621 6.347 56.917 42.293 136.872 205.813 97.627 Fem : 424.064 26.399 4.274 14.828 16.290 75.221 158.704 127.799
Óbitos Segundo Sexo e Idade Brasil, 2005
Fonte: MS-SVS SIMExecução:DAPES
OBS:Exceto ignorados
N:1.006.827
Principais causas de mortalidade na população masculina
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
20000
15-19 20-24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59
Causas externas
Neoplasias
Ap. digestivo
Ap. circulatório
Ap. respiratório
No. óbitos
Causas externas;
Ap. circulatório;
Neoplasias;
Ap. digestivo;
Ap. respiratório
Fonte: MS/SVS/DASIS - SIM, 2005
12,1
19,9
5,0
8,3
29,7
24,9
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
Óbitos (%) Proporcionais Masculinos entre 25 e 59 anosBrasil, 2005
Fonte: SVS _MS /SIMExecução:DAPES-SAS
Proporção de todos os óbitos masculinos (25- 59 anos) Causas Externas 2005
Fonte: MS/SVS/DASIS-SIM
0
10
20
30
40
50
60
25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59
Ac.Transporte Agressões Suicídios Outros
Fonte: MS/SVS/DASIS-SIM
Proporção de óbitos masculinos (25-59 anos) por tipos de Causas Externas 2005
MORBIDADE
♂Os homens, entre outros problemas, apresentam mais:
♂ doenças do coração (infarto, AVC);♂ cânceres (pulmonar, próstata, pele);♂ colesterol elevado; ♂ diabetes;♂ pressão alta
Principais causas de internação na população masculina
Fonte: MS/SVS/DASIS - SIM, 2005
ASPECTOS SOCIOCULTURAIS
♂ Têm medo de descobrir doenças;
♂ Acham que nunca vão adoecer e por isso não se cuidam;
♂ Não procuram os serviços de saúde e não seguem os tratamentos recomendados;
♂ Estão mais expostos aos acidentes de trânsito e de trabalho;
♂ Utilizam álcool e outras drogas em maior quantidade;
♂ Estão envolvidos na maioria das situações de violência;
♂Não praticam atividade física com regularidade.
Por que os homens não se cuidam e Por que os homens não se cuidam e não procuram os serviços de saúde? não procuram os serviços de saúde?
Barreiras
Socioculturais
Estereótipos de gênero
O pensamento mágico
Medo que descubra doenças
O papel de provedor
O papel de “cuidar”
Institucionais Inadequação dos serviços de saúde a.Horários de funcionamento
b.Dificuldades de acessoc.Presença de mulher no exame do toque retal
Estratégias de comunicação não privilegiam os homens
O que impede ou dificulta a procura dos homens por serviços públicos de saúde são os estereótipos de gênero, enraizados há séculos em nossa cultura, que potencializam práticas baseadas em crenças e valores típicos do que é ser homem. A idéia de que ser homem é ser forte e de que doença é sinal de fragilidade, gera uma compreensão de que os serviços de saúde são exclusivamente para os supostos mais fracos: mulheres, crianças e idosos. Consequentemente, os homens não consideram os serviços de saúde como espaços masculinos e os serviços de saúde não consideram os homens como sujeitos de cuidado.
POR QUE, EM GERAL, OS HOMENS NÃO DEMANDAM OS SERVIÇOS DE SAÚDE?
POR QUE, EM GERAL, OS HOMENS NÃO DEMANDAM OS SERVIÇOS DE SAÚDE?
Do ponto de vista estrutural, essas barreiras são potencializadas, quando observamos:
• o baixo nível de renda da população brasileira (de um modo geral) e de escolaridade (especialmente da população masculina) no Brasil que impede o pleno exercício da cidadania;
• a precariedade dos serviços públicos de saúde e educação que impedem uma atenção de qualidade.
LINHAS DE AÇÃO
1. Criar estratégias para sensibilizar e atrair os homens a partir, por um lado, de ações ampliadas (em diferentes espaços da comunidade, onde os homens estão) e, por outro lado, da reconfiguração de estruturas e práticas da Estratégia de Saúde da Família, com especial foco na sensibilização e capacitação da equipe de saúde;
2. Definir estratégias contextualizadas com base no reconhecimento da diversidade da população masculina, considerando idade, condição sócio-econômica, local de moradia (urbano ou rural), diferenças regionais e de raça/etnia, deficiência física e/ou mental, orientação sexual e identidades de gênero, entre outras;
3. Desenvolver campanhas sobre a importância dos homens cuidarem da saúde, tendo como público alvo tanto os homens como mulheres e
profissionais de saúde;
PLANO DE AÇÃO NACIONAL - PAN (2009-2011)
OBJETIVOS
O Plano apresenta as intenções e os resultados a serem buscados, em um período de tempo determinado (2009-2011), expressos em diretrizes, objetivos, metas e ações e deverá num primeiro momento:
- Elaboração de plano piloto em 26 Estados e DF e em 26 Municípios(um por Estado) selecionados pelo Ministério;
- Geração de subsídios aos gestores no desenvolvimento de estratégias e ações voltadas para a Saúde do Homem, inserindo-as em seus respectivos Planos de Saúde Estadual e Municipal.
PLANO DE AÇÃO NACIONAL (2009-2011)
4. Incluir os homens como sujeitos nos programas de saúde/direitos sexuais e reprodutivos, especialmente no que se refere às ações de contracepção, pré-natal e puericultura;
5. Promover articulação entre os diferentes níveis de atenção em saúde, especialmente entre a emergência e a atenção básica, para que os homens possam receber, além de atendimento humanizado em pronto-socorros, a garantia de continuidade da assistência (a partir da concepção de redes de cuidados);
6. Desenvolver estratégias de educação em saúde que contemplem o tema “gênero e saúde masculina” junto a: 1) estudantes universitários em cursos de saúde; 2) profissionais de saúde (a partir de educação continuada) e estudantes de ensino fundamental e médio.
LINHAS DE AÇÃO
Eixo I: Implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem
Inserir estratégias e ações voltadas para a Saúde do Homem nos Planos de Saúde Estaduais e Municipais até o terceiro trimestre de 2010.
Eixo II: Promoção de saúde Elaborar estratégias que visem aumentar a demanda dos homens aos
serviços de saúde.
Eixo III: Informação e comunicação Sensibilizar os homens e suas famílias, incentivando o auto-cuidado e
hábitos saudáveis, através de ações de informação, educação e comunicação.
Eixo IV: Participação, relações institucionais e controle social Associar as ações governamentais com as da sociedade civil organizada,
a fim de efetivar a atenção integral à saúde do homem.
PLANO DE AÇÃO NACIONAL - PAN (2009-2011)
EIXOS
Eixo V: Implantação e expansão do sistema de atenção à saúde do homem
Fortalecer a atenção básica e melhorar o atendimento, a qualidade e a resolubilidade dos serviços de saúde.
Eixo VI: Qualificação de profissionais da saúde Desenvolver estratégias de educação permanente dos trabalhadores do
SUS.
Eixo VII: Insumos, equipamentos e recursos humanos Avaliar e oferecer recursos humanos, equipamentos e insumos (incluindo
medicamentos) para garantir a adequada atenção à população masculina.
Eixo VIII: Sistemas de informação Analisar de forma articulada com as demais áreas técnicas do MS os
sistemas de informação.
Eixo IX: Avaliação do Projeto-piloto Realizar estudos e pesquisas que contribuam para a melhoria das ações
através do monitoramento da Política.
PLANO DE AÇÃO NACIONAL - PAN (2009-2011)
EIXOS
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DE MULHERES E ADOLESCENTES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
RESPOSTAS INSTITUCIONAIS AO PROBLEMANA PERSPECTIVA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
Cláudia Araujo de Lima – ATSM/DAPES/SAS/MS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – 1998
Art. 196
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas
que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para a suapromoção, proteção e recuperação.
LEI ORGÂNICA DA SAÚDELEI FEDERAL N° 8.080/1990
ART. 2°
A saúde é um direito fundamental do ser humano,devendo o estado prover as condições indispensáveisao seu pleno exercício.
§ 1° - ... acesso universal e igualitário às ações e aosserviços para sua promoção, proteção e recuperação.
§ 2° - O dever do Estado não exclui o das pessoas,da família, das empresas e da sociedade.
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher contribui na permanenteconstrução do SUS e prioriza a problemática da violência sexual.
Qualifica a gestão e supera a fragmentação das políticas e programas de saúde, por meio da organização de redes regionalizadas e hierarquizadas de ações e serviços.
Estabelece interfaces com as demais Políticas Públicas que possibilitem a melhoria da qualidade de vida das mulheres.
POLÍTICA NACIONAL
PAPEL DO MINISTÉRIO DA SAÚDE NO ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES E
ADOLESCENTES NO BRASIL
POLÍTICAS E ESTRATÉGIAS
Promoção da Saúde e Ambientes SegurosPrevenção à Violência e Cultura de PazLinhas de cuidado para vítimas de VSLegislação/Normalização para ServiçosVigilância Epidemiológica das ViolênciasAvaliação de Políticas e Programas EstratégicosArticulação intersetorial para organização de redes
de atenção integral para pessoas em situação ou risco para a violência sexual
VIOLÊNCIADOMÉSTICA
VIOLÊNCIASEXUAL
VIOLÊNCIA NO CAMPO E NA FLORESTA
EXPLORAÇÃOSEXUAL
COMERCIALDE CRIANÇAS
E ADOLESCENTES
FEMINIZAÇÃODA EPIDEMIA
DE AIDS E OUTRAS DST
TRÁFICO DE PESSOAS
AT
UA
ÇÃ
O I
NT
RA
E I
NT
ER
SE
TO
RIA
LP
AR
A E
NF
RE
NT
AM
EN
TO
S
VIOLÊNCIAURBANA
POLÍTICAS E NACIONAIS QUE SE INTEGRAM PARA A REDUÇAO DA VIOLÊNCIA NO BRASIL
POLÍTICA NACIONAL DEREDUÇÃO DA MORBIMORTALIDADE
POR ACIDENTES E VIOLÊNCIAS
POLÍTICA NACIONAL DEDESENVOLVIMENTO SOCIAL
E COMBATE À FOME
POLÍTICA NACIONAL DEEDUCAÇÃO
PLANO NACIONAL DE POLÍTICASPÚBLICAS PARA AS MULHERES
POLÍTICA NACIONAL DE ENFRENTAMENTO
AO TRÁFICO DE SERES HUMANOS
POLÍTICA NACIONAL DESEGURANÇA PÚBLICA
PLANO NACIONAL DE ENFRENTAMENTO À EXPLORAÇÃO
SEXUAL DE CRIANÇAS EADOLESCENTES
PACTO NACIONAL DE ENFRENTAMENTOÀ VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
DA MULHER
AVANÇOS TÉCNICOS NO PANORAMA NACIONAL EM 2009 (ATÉ SETEMBRO)
REDES ESTADUAISE MUNICIPAIS
IMPLANTADAS EM ANOS ANTERIORES
(2003 A 2007)
46 Redes
138 Serviços
11.850Profissionais capacitados
REDES ESTADUAISEM DESENVOLVIMENTO
(ANO 2009 MÊS DESETEMBRO)
23 Estados216 Redes
Municipais/Regionais
442 Serviços prestando atendimentos
13.700 Profissionais sendo capacitadosem Redes no país
Curso EAD/FIOCRUZpara 350 profissionais das linhas de atenção
INDICADORES DE GESTÃO PARA O ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA PELO SUS
Constituição das Redes de Atenção e Proteção às Vítimas de Violências
Estruturação de Núcleos de Prevenção de Violência e Promoção da Saúde e Cultura de Paz
Implantação da Ficha Notificação de Violência Doméstica e Sexual e/ou outras Violências (autoprovocadas)
Aumento do número de atendimentos de mulheres, adolescentes e crianças em situação de violência doméstica e sexual em serviços do SUS.
AVANÇOS ÉTICOS NO CENÁRIO NACIONAL
O reconhecimento sócio-econômico e intersetorial de que a violência é problema de todos,
O sentido institucional de não omissão;
O desenvolvimento de habilidades que não constam da aprendizagem/formação profissional (acolher, acreditar, proteger, apoiar);
A credibilidade da notificação da violência (suspeita ou confirmação);
A forte participação do controle social na construção das políticas;
O compromisso intersetorial de garantir sustentabilidade às ações de enfrentamento, prevenção e promoção de ambientes saudáveis e seguros.