PLAYtalk divórcio, família e crianças | intervenção com crianças e jovens de pais divorciados...
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NELLY ALMEIDA
Psicóloga Clínica
DIVÓRCIO, FAMÍLIA E CRIANÇAS
Intervenção com crianças e jovens de pais divorciados
através do jogo
[email protected] www.cefipsi.com
3 de maio de 2014
DIVÓRCIO
PROCESSO DE DIVÓRCIO
A palavra DIVÓRCIO deriva do latim divortium
que significa "separar-se".
Rompimento do casamento
Término de um projeto a dois
Mudanças Oportunidade
PROCESSO DE DIVÓRCIO
Estádios de transição de um para dois lares (Ricci,1997)
Estádio 7 – A casa da mãe E a casa do pai (b)
Estádio 6 – A casa da mãe E a casa do pai (a)
Estádio 5 – A casa da mãe, a casa do pai
Estádio 4 – O lar dividido
Estádio 3 – O lar que se divide
Estádio 2 – Problemas no lar
Estádio 1 – Lar de sonho
Nas crianças e nos jovens surgem muitas vezes
sentimentos de:
IMPACTO DO DIVÓRCIO NAS CRIANÇAS E JOVENS
Medo Proteção dos pais
Solidão Perda
VIDEOCLIP
IMPACTO DO DIVÓRCIO NAS CRIANÇAS E JOVENS
Os sintomas poderão verificar-se nas crianças
tanto na esfera escolar como social, cognitiva,
emocional ou comportamental.
IMPACTO DO DIVÓRCIO NAS CRIANÇAS E JOVENS
Crianças em idade pré-escolar
Crianças em idade escolar
Pré-adolescentes Adolescentes
- tristeza, - medo da rejeição e abandono, - medo de ir para a cama, - ansiedade de separação, - recusa de estar só por poucos minutos, - maior necessidade de proximidade dos pais, - agressão perante outras crianças e/ou irmãos.
- tristeza, zanga e raiva frequentemente dirigida ao progenitor com quem vive, - idealização do outro progenitor.
- maior dificuldade em expressar o seu sofrimento, - camuflagem da dor, - investimento em jogos ou actividades fora do ambiente familiar, - comportamentos de risco.
- depressão, - distanciamento da família, - os amigos são considerados como “refúgios” por promoverem um sentido de estabilidade, - preocupações acerca das suas relações pessoais, amorosas e sexualidade, - comportamentos de risco.
IMPACTO DO DIVÓRCIO NAS CRIANÇAS E JOVENS
Tarefas Psicológicas (Wallerstein, 1982)
1. Conhecimento da realidade da separação;
2. Distanciamento dos conflitos conjugais;
3. Procura de regresso às atividades habituais;
4. Resolução de questões relacionadas com a perda total ou
parcial do contacto com um dos progenitores;
5. Trabalho emocional no sentido de ultrapassar sentimentos
de zanga e culpa;
6. Aceitação da irreversibilidade da situação familiar.
IMPACTO DO DIVÓRCIO NAS CRIANÇAS E JOVENS
O estado emocional dos pais afecta as crianças
(Brandon, 2003)
• Muitas vezes os pais em situação de
divórcio encontram-se emocionalmente
instáveis.
• A imprevisibilidade que pode estar
associada à instabilidade emocional dos
pais causa medo e confusão nas crianças.
IMPACTO DO DIVÓRCIO NAS CRIANÇAS E JOVENS
Um estudo de 2012 (Fagan e Churchill) vem comprovar o efeito negativo do divórcio nas crianças e jovens em diversas áreas:
- Relação pais-filhos
- Rendimento escolar
- Comportamentos de risco
- Restrições económicas
ÁREAS DE INTERVENÇÃO
- Expressão adequada das
emoções
- Resolução de problemas
- Desenvolvimento e
fortalecimento de relações
com os pares
- Autoestima, questões da
identidade
- Questões escolares
- Relações familiares
JOGAR - INTERVIR
A minha família é especial porque… 3 palavras sobre a minha família… Uma palavra sobre divórcio.. Gosto da minha família porque… Uma coisa que mudou desde o divórcio dos meus pais…
…
JOGAR - INTERVIR
História: a Maria e o Pedro
Videoclip: Family Portrait da Pink
JOGAR - INTERVIR
JOGAR - INTERVIR
JOGAR - INTERVIR
UM EXEMPLO…
• O Martim tem 16 anos e os pais dele separaram-se há dois anos, ele
vive com a mãe e com o irmão de 10 anos, e passa os fins-de-
semana de 15 em 15 dias em casa do pai. De vez em quando
também vai com o pai comer uma bifana ou correr durante a semana.
Antes da separação, era impensável haver esses momentos entre
homens! O pai não parava em casa e quando estava em casa, havia
“guerra”.
• O Martim lembra-se de graves discussões entre o pai e a mãe. Era
assustador e era praticamente todos os dias! Muitas vezes discutiam
por causa dele… É que os Professores faziam muitas queixas do
comportamento na Escola. O Martim sempre achou que se os pais se
separaram foi por causa do comportamento que tinha!
• Na altura, a separação foi mesmo assim um choque! As discussões
faziam parte da vida dele, e como já tinham passado por tantas sem
nunca se terem separado, já não pensavam que um dia ia
acontecer…
UM EXEMPLO…
• Agora começa a ficar habituado ao facto de estarem separados mas
muitas vezes o Martim ainda pensa em como passaram bons tempos
todos juntos, por exemplo, aqueles passeios ao parque que davam ao
domingo…O que é certo é que agora não têm que ouvir aquelas
discussões constantes!
• O Martim joga futebol num clube e os jogos são aos domingos. Ele é
muito bom jogador! O pai vai sempre ver os jogos dele, mesmo que
não calhe no fim-de-semana dele. O Martim, apesar de não o dizer
diretamente ao pai, gosta muito que ele esteja presente!
• A mãe dele tem saído muito com um colega de trabalho… o Martim
anda desconfiado que sejam mais que amigos. O senhor até parece
fixe. Já algumas vezes jogou com ele! Mas o Martim nem quer
imaginar alguém em casa, no lugar do pai, e anda chateado com a
mãe por causa disso!
JOGAR - INTERVIR
AS FAMÍLIAS PODEM SER VÁRIAS…
Tradicional – Pai, mãe e filhos vivem todos juntos.
Alargada - Outros familiares (avós, tios, primos) vivem com a família
nuclear (pais e filhos).
Separada – Pai e mãe não vivem juntos mas não estão divorciados.
Divorciada – Pai e mãe não vivem na mesma casa e deixaram de ser
casados.
Monoparental – Os filhos vivem só com um dos pais/cuidador.
União de facto – O pai ou a mãe vive com um novo companheiro mas
não estão casados.
Em reconstrução – O pai ou a mãe voltou a casar com outra pessoa
(designada de “madrasta” ou “padrasto”).
Reconstruída – O pai ou a mãe teve filhos desse novo casamento.
NELLY ALMEIDA
Psicóloga Clínica
DIVÓRCIO, FAMÍLIA E CRIANÇAS
Intervenção com crianças e jovens de pais divorciados
através do jogo
[email protected] www.cefipsi.com
3 de maio de 2014