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Plano de CursoEnsino Fundamental 1 ao 5 ano

20091

APRESENTAO

(...) Protege-me das incurses obrigatrias que sufocam o prazer da descoberta e com o silncio ( intimamente sbio ) das tuas palavras e dos teus gestos ajuda-me serenamente a ler e a escrever a minha prpria vida.Ademar Ferreira. In: ALVES, Rubem. A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir.

Caro(a) professor(a),

Mais um ano letivo inicia-se, trazendo novos desafios que nortearo sua prtica docente. Desse modo, com o intuito de auxiliar o planejamento de suas aes didtico-pedaggicas, a curto, mdio e longo prazo, apresentamos os Plano de Curso do 1 ao 5 ano. As sugestes de alterao que vocs nos enviaram foram analisadas criteriosamente e contempladas quando pertinentes. Ressaltamos que este plano anual, no dispondo, portanto, de uma diviso bimestral dos contedos, visto tratar-se, como o prprio nome diz, de um plano, e no de um planejamento. Dessa forma, caber a voc, professor, aps o perodo de conhecimento de seu grupo-classe, o que compreende os diferentes procedimentos diagnsticos, estudar este plano e as orientaes didticas que o precedem, a fim de construir, com autonomia, o melhor percurso pedaggico junto a seus alunos, ou seja, elaborar o planejamento propriamente dito. Os contedos apresentam-se divididos em conceituais (que se referem ao conhecimento de conceitos, fatos e princpios), procedimentais (que se referem a um saber fazer) e atitudinais (que esto associados a valores, atitudes, regras e normas). Cabe ainda dizer que, em razo dos contedos conceituais, manteve-se a diviso por disciplinas, o que, no entanto, no invalida a abordagem interdisciplinar do trabalho em sala de aula. Resguardadas as especificidades de cada rea do conhecimento, o que, em sua maioria, constri-se por meio dos contedos conceituais, por intermdio da aprendizagem dos outros contedos os procedimentais e os atitudinais que a interdisciplinaridade ocorre. Certos procedimentos tambm se aplicam com exclusividade a uma disciplina, porm, em sua maioria, assim como as atitudes a serem desenvolvidas pelas crianas, esses perpassam todas as reas do conhecimento, em maior ou menor escala, durante certa etapa de sua aprendizagem. nesse sentido, portanto, professor, que seu planejamento deve se orientar, buscando garantir a construo dos saberes prprios de cada disciplina, concomitantemente dos que se apreendem de uma forma transversal. Importa dizer que, ao falarmos dos conceitos mais especficos de cada disciplina, no estamos dizendo que o vnculo entre esses saberes no possa ser estabelecido, at porque ele existe naturalmente nos conhecimentos institudos, mas sim que h conceitos prprios de Lngua Portuguesa, os quais no dizem respeito Matemtica e vice-versa. Portanto, no necessrio forar tal aproximao, criando situaes de aprendizagem vazias de significado. Por outro lado, h conceitos que pertencem a mais de uma rea, demandando, assim, que sejam construdos interdisciplinarmente.

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Desse modo, professor, buscando auxili-lo no planejamento de suas aes e intervenes em sala de aula e na elaborao de atividades significativas para a aprendizagem de seus alunos, elaboramos algumas orientaes para cada rea do conhecimento, em que se abordam mais profundamente esses aspectos apresentados. Recomendamos a leitura desse texto paralelamente leitura do plano em si. Indicamos, no decorrer deste documento, algumas sugestes de referncias bibliogrficas para aprofundamento dos temas aqui expostos. Sugerimos tambm que voc acesse o site da Educao, no qual poder encontrar subsdios terico-prticos para download, alm de outras informaes interessantes (http://www.portal.santos.sp.gov.br/seduc). Lembramos ainda que estamos disposio para esclarecer eventuais dvidas, apontar sugestes, analisar coletivamente as dificuldades, a fim de colaborar na escolha dos percursos pedaggicos mais adequados para a efetiva aprendizagem de nossas crianas. Nossa inteno fortalecer, cada vez mais, a parceria entre ns, educadores, cujo objetivo comum a excelncia da qualidade de ensino e o desenvolvimento pleno e feliz das potencialidades de nossos alunos.

Bom trabalho a todos!

Departamento Pedaggico. Fevereiro de 2009.

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Sumrio Plano de Curso Anual - 1 ano Orientaes Didticas Cincias..................................................................................................................................................10 Matemtica.............................................................................................................................................14 Informtica Educativa.............................................................................................................................24 Lngua Portuguesa.................................................................................................................................25 Ingls......................................................................................................................................................29 Arte musical............................................................................................................................................33 Arte.........................................................................................................................................................37 Educao fsica......................................................................................................................................39 Histria...................................................................................................................................................41 Geografia...............................................................................................................................................44 Contedos Cincias.................................................................................................................................................47 Matemtica............................................................................................................................................48 Informtica Educativa............................................................................................................................50 Lngua Portuguesa................................................................................................................................51 Ingls.....................................................................................................................................................52 Arte musical...........................................................................................................................................53 Arte........................................................................................................................................................54 Educao fsica.....................................................................................................................................55 Histria..................................................................................................................................................56 Geografia..............................................................................................................................................57 Ensino Religioso...................................................................................................................................584

Plano de Curso Anual - 2 ano Orientaes Didticas Cincias..............................................................................................................................................60 Matemtica.........................................................................................................................................63 Informtica Educativa.........................................................................................................................74 Lngua Portuguesa.............................................................................................................................75 Ingls..................................................................................................................................................81 Arte musical........................................................................................................................................85 Arte.....................................................................................................................................................90 Educao fsica..................................................................................................................................92 Histria...............................................................................................................................................94 Geografia...........................................................................................................................................96 Contedos Cincias.............................................................................................................................................99 Matemtica.......................................................................................................................................101 Informtica Educativa.......................................................................................................................103 Lngua Portuguesa...........................................................................................................................104 Ingls................................................................................................................................................106 Arte musical......................................................................................................................................107 Arte...................................................................................................................................................108 Educao fsica................................................................................................................................109 Histria.............................................................................................................................................110 Geografia.........................................................................................................................................112 Ensino Religioso..............................................................................................................................1135

Plano de Curso Anual - 3 ano Orientaes Didticas Cincias............................................................................................................................................115 Matemtica.......................................................................................................................................118 Informtica Educativa.......................................................................................................................130 Lngua Portuguesa...........................................................................................................................131 Ingls................................................................................................................................................137 Arte musical......................................................................................................................................141 Arte...................................................................................................................................................146 Educao fsica................................................................................................................................148 Histria.............................................................................................................................................150 Geografia.........................................................................................................................................153 Contedos Cincias...........................................................................................................................................158 Matemtica......................................................................................................................................160 Informtica Educativa......................................................................................................................162 Lngua Portuguesa..........................................................................................................................163 Ingls...............................................................................................................................................165 Arte musical.....................................................................................................................................167 Arte..................................................................................................................................................168 Educao fsica...............................................................................................................................169 Histria.............................................................................................................................................170 Geografia.........................................................................................................................................172 Ensino Religioso..............................................................................................................................1736

Plano de Curso Anual - 4 ano Orientaes Didticas Cincias............................................................................................................................................175 Matemtica.......................................................................................................................................181 Lngua Portuguesa...........................................................................................................................194 Ingls................................................................................................................................................201 Arte musical......................................................................................................................................205 Arte...................................................................................................................................................209 Educao fsica................................................................................................................................212 Histria.............................................................................................................................................215 Geografia.........................................................................................................................................218 Contedos Cincias...........................................................................................................................................222 Matemtica......................................................................................................................................224 Informtica Educativa......................................................................................................................227 Lngua Portuguesa..........................................................................................................................228 Ingls...............................................................................................................................................230 Arte musical.....................................................................................................................................232 Arte..................................................................................................................................................233 Educao fsica...............................................................................................................................234 Histria............................................................................................................................................236 Geografia........................................................................................................................................235 Ensino Religioso.............................................................................................................................240

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Plano de Curso Anual - 5 ano Orientaes Didticas Cincias............................................................................................................................................242 Matemtica.......................................................................................................................................249 Lngua Portuguesa...........................................................................................................................264 Ingls................................................................................................................................................271 Arte musical......................................................................................................................................275 Arte...................................................................................................................................................279 Educao fsica................................................................................................................................283 Geografia..........................................................................................................................................286 Histria..............................................................................................................................................290 Contedos Cincias...........................................................................................................................................293 Matemtica......................................................................................................................................295 Informtica Educativa......................................................................................................................298 Lngua Portuguesa..........................................................................................................................299 Ingls...............................................................................................................................................301 Arte musical.....................................................................................................................................303 Arte..................................................................................................................................................304 Educao fsica...............................................................................................................................305 Histria............................................................................................................................................307 Geografia........................................................................................................................................309 Ensino Religioso.............................................................................................................................311

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ORIENTAES DIDTICAS 1 ANO Ensino Fundamental

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CINCIASConsideraes gerais sobre o ensino de CinciasPara construir uma proposta pedaggica sobre o ensino de Cincias, devemos levar em considerao que as cincias naturais agrupam os conhecimentos relativos natureza, sobre os fenmenos naturais, elaborados e acumulados pelo homem, de gerao a gerao. Para aprender Cincias, necessrio ter contato com a realidade para interiorizar o mundo que nos rodeia. Dificilmente, os alunos podero ter uma aprendizagem que lhes seja til para a vida se nos orientarmos por uma didtica com enfoque abstrato, baseada apenas na memorizao de fatos e conceitos. Desse modo, o que poderemos conseguir desmotiv-los nessa rea do conhecimento. Nos anos iniciais, so inmeras as possibilidades de trabalho com os contedos de Cincias Naturais. possvel a elaborao de algumas explicaes objetivas e mais prximas da Cincia, de acordo com a idade e o amadurecimento do aluno, muito embora ainda persistam explicaes mgicas para alguns fatos. Esse o momento em que as crianas tm uma primeira aproximao com as noes de ambiente, seres vivos, corpo humano e transformaes de materiais do ambiente por meio de tcnicas criadas pelo homem. Podem aprender procedimentos simples de observao, comparao, busca e registro de informaes, e tambm desenvolver atitudes de responsabilidade para consigo, com o outro e com o ambiente.

O papel da observaoObservar um procedimento importante do fazer cientfico. Para tanto, o professor deve considerar a possibilidade de os alunos observarem de forma direta e indireta fatos e fenmenos que nos rodeiam. Observar significa ir mais alm do que simplesmente olhar, empregar qualquer um dos rgos dos sentidos com o interesse voltado para atender um determinado objetivo. Observao direta quando h contato direto com o objeto ou fenmeno que est sendo observado, por exemplo: observar em um jardim as folhas das rvores, dos arbustos, das folhagens e gramneas. Indireta quando o objeto se encontra representado por diferentes linguagens: fotos, vdeos, gravuras, mapas, esquemas, maquetes ou mesmo instrumentos e aparelhos.

ComparaoComparar uma forma de coletar dados durante uma observao. Os alunos podem comparar entre si objetos, seres vivos, materiais etc. Por exemplo: comparar vrios tipos de folhas encontradas em um jardim e depois classific-las, usando diferentes critrios, como forma, tamanho, textura, cor etc. As habilidades de observao e comparao de semelhanas e diferenas permitem a estruturao de processos mentais mais elaborados, assim como a reconstruo de categorias de idias, ou seja, de modelos cientficos, tais como argumentar, sintetizar, analisar, identificar, entre outros.

Investigao muito importante tambm propor investigaes, em que os alunos possam apresentar suas hipteses sobre o assunto em estudo, fazer suposies sobre os fatos e/ou fenmenos, trocar idias com os colegas. Esses momentos necessitam da interveno do professor no sentido de apresentar situaes favorveis expresso de idias, incentivar a sua manifestao e o encaminhamento na busca de informaes que permitam a verificao das mesmas.

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ExperimentaoPor meio dela, os alunos podem pr em ao algumas de suas idias sobre fatos e conceitos e testar hipteses, levantadas em um determinado problema, vistas pela tica infantil e mediadas pelo professor. A atuao do aluno , nesse sentido, fundamental. As experincias sugeridas no devem, portanto, ser consideradas como meras demonstraes de um conjunto de informaes fornecidas pelo professor, mas como um desafio para que os alunos coloquem em prtica os conhecimentos que j possuem.

Leitura e escritaO ensino de Cincias pode potencializar a aprendizagem da leitura e da escrita, incentivando o contato do aluno com diferentes tipos de textos, a argumentao oral e o registro escrito dos conhecimentos adquiridos. Nessa fase, a capacidade de narrar ou descrever um fato pode ser enriquecida pelo desenho que progressivamente incorpora detalhes do objeto ou fenmeno observado. Alm do desenho, outras formas de registro podem ser usadas: recorte e colagem, elaborao de listas, tabelas, pequenos textos, com a ajuda ou no do professor, utilizando e aprimorando os conceitos e procedimentos adquiridos em Lngua Portuguesa e Matemtica. A aprendizagem do vocabulrio cientfico no deve ser priorizada e nem realizada por meio de memorizao, mas sim por meio de mltiplas aproximaes com a realidade dos alunos e, sempre que possvel, em situaes reais de comunicao, por exemplo, na produo de um texto coletivo. O professor deve ensinar o aluno a discernir o uso do termo e do conceito em diferentes contextos, ressaltando a distino entre o significado comum e o cientfico. Em suma, pessoas que sabem ler e escrever bem, consultar enciclopdias e outros tipos de documentos, que sabem argumentar e defender suas idias, que sabem ouvir e discutir questes, esto aptas a aprender um assunto de seu interesse, a qualquer momento, independentemente do banco escolar.

A abordagem dos contedosNas sries iniciais, apesar de o ensino de Cincias ser orientado por uma proposta de contedos, deve-se priorizar o desenvolvimento da criatividade e da imaginao. Normalmente, os contedos so extensos, mas eles abrem um leque de opes para a abordagem da cincia. O importante, qualquer que seja o critrio usado para a seleo dos contedos pelo professor, que ele privilegie o que mais pertinente para aquele momento. Como dissemos, fundamental que o professor, num primeiro momento, leia o plano, com os contedos conceituais, procedimentais e atitudinais, do ano em que est atuando. Aps essa primeira leitura, parte-se para elaborao do seu prprio planejamento. Uma boa opo para um planejamento eficaz trabalhar com temas significativos, por meio de projetos dentro do mbito da prpria classe. Esse procedimento facilita a interdisciplinaridade. O ensino de Cincias deve ser priorizado logo no incio do ano letivo, independentemente do nvel de alfabetizao dos alunos, pois representa uma estratgia a mais para alcanar os objetivos da alfabetizao. O professor deve elaborar atividades que visam a facilitar o desenvolvimento da linguagem oral e escrita, auxiliando-o no processo de alfabetizao. Os contedos, embora organizados por temas especficos (ambiente, ser humano e sade, animais e plantas), no devem ser trabalhados de maneira linear, ou seja, o professor tem a liberdade de organizar o seu trabalho em temas abrangentes ou gerais. A seqncia a ser desenvolvida fica a seu critrio, o importante articular os contedos dos diferentes blocos. O objetivo iniciar a criana no estudo das cincias e das coisas da natureza, dos animais e plantas, de si prpria e sua relao com os outros, com a tecnologia e com o mundo. A abordagem do contedo pode ser realizada por meio de elementos do dia-a-dia das crianas, que tm, por um lado, o seu aspecto individual e, por outro lado, a sua parte universal, o que representa a sua comunidade. importante desenvolver os conceitos num determinado contexto, de forma

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que os contedos possam ser trabalhados da mesma maneira como analisamos os acontecimentos do cotidiano. As crianas nessa fase da vida so extremamente curiosas, buscam explicaes para o que vem, ouvem e sentem. Quando chegam escola, j trazem um repertrio de representaes e explicaes para o mundo que as cerca. importante que tais representaes encontrem, na sala de aula, um lugar para sua manifestao. Outra caracterstica dessa fase o egocentrismo, ou seja, a criana tende a no se diferenciar de seu meio, seu referencial ela prpria e, portanto, o meio a sua prpria extenso. Sendo assim, uma boa estratgia em Cincias iniciar com temas relacionados ao corpo humano e sua interao com o ambiente. Priorizar atividades de explorao do prprio corpo, num primeiro momento, e depois de outros elementos presentes no ambiente, auxiliar a criana a sair de seu egocentrismo inicial promovendo a aproximao com outros seres do ambiente. A explorao dos rgos dos sentidos muito importante na aproximao da criana com o ambiente. Vrios contedos do bloco Ser humano e sade podem ser trabalhados em conexo com o bloco Animais e Vegetais e tambm com o bloco Ambiente. Quando o professor estiver trabalhando com contedos relacionados ao corpo humano, pode fazer uma ponte com outros seres vivos, por exemplo, comparando as caractersticas do corpo humano, relacionadas ao revestimento do corpo, rgos dos sentidos, alimentao, locomoo, modo de vida, entre outras, com as caractersticas de outros seres vivos, particularmente com os animais. Deve tambm estabelecer relaes com o ambiente, como a identificao dos elementos vitais para a manuteno da vida relacionados presena da gua, luz e solo, verificando as adaptaes que alguns seres vivos apresentam para sobreviver nesses ambientes. importante tambm, para um trabalho mais amplo, que o professor planeje uma abordagem que permita a integrao da rea de Cincias com as demais reas do conhecimento, principalmente com Geografia e Histria, em que um mesmo tema proposto, mas com os enfoques de cada rea. Por exemplo, ao analisar um lugar ou uma paisagem, observar as mudanas ocorridas pela ao do homem ao longo dos tempos, as organizaes sociais, a famlia, as profisses e os aspectos fsicos da paisagem local, como relevo, rios, construes etc. Os contedos devem tambm ser articulados aos os temas transversais relacionados pluralidade cultural, sade, educao ambiental e tica, por exemplo, quando se abordam a importncia de preservar e conservar o meio ambiente, o respeito s pessoas e suas diferenas etc.

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Cincias Corpo humano e suas partes. Os ps e as mos. Tamanho (altura do corpo). Idade. Comparao entre seres vivos. Semelhanas e diferenas entre o corpo do homem e de um animal escolhido pela classe. Patas de animais. Cuidado com o corpo e o ambiente. Higiene do corpo.

Educao Fsica Movimentos amplos do corpo e habilidades manuais com brinquedos. Movimentos na frente do espelho. Expresses faciais. Posturas corporais. Lateralidade. Imitao de animais e seus modos de vida.

Artes / Msica Impresso dos ps e das mos. Quebra-cabea (partes do corpo). Recorte e colagem de figuras de revistas e jornais. Jogo da memria: animais. Auto-retrato Dobradura de animais. Msicas que falem das mos e dos ps, que apresentem as partes do corpo. Msica que fale de um animal. Explorao do silncio e de sons com a voz, o corpo e materiais sonoros diversos.

Matemtica Uso dos nmeros para representar a idade. Indicao com os dedos da quantidade relativa idade. Grosso e fino. Maior e menor.

Geografia/ Histria Colegas da classe. Identidade. Nome prprio. A histria de cada um. Semelhanas e diferenas sociais. Brincadeiras .

Lngua Portuguesa Conversa informal. Nomeao das partes do corpo. Uso da linguagem oral para relato de vivncias. Nomeao de figuras e animais.

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MATEMTICAAo pensar o processo de ensino-aprendizagem da Matemtica nos anos iniciais, preciso refletir sobre como a estrutura do nosso Plano de Curso pode se transformar em prtica educativa. Para atingir os objetivos, precisamos considerar que trabalhamos com salas heterogneas, reconhecer os interesses variados dos alunos e seus conhecimentos prvios e valorizar seu grande potencial criativo. A funo do professor associar-se aos alunos na busca de novos conhecimentos. Alunos e professores interagem e crescem no processo. Para isso, necessrio: desenvolver uma concepo do conhecimento matemtico como cincia viva, aberta incorporao de novos conhecimentos; analisar e refletir sobre os conceitos e procedimentos expressos no Plano de Curso; transformar o conhecimento matemtico formalizado em conhecimento escolar, de modo que possa ser compreendido pelo aluno.

Nessa concepo de ensino, rompemos com a idia de que cabe ao professor transmitir os contedos por meio de explicaes, exemplos e demonstraes seguidas de exerccios de fixao. O conhecimento matemtico no deve ser encarado como um conjunto de conceitos a serem memorizados. Por sua vez, acentuamos a idia de que o aluno, alm de ser agente da construo de seu conhecimento, em situaes de desafio, nas quais estimulado a estabelecer relaes entre os conhecimentos j construdos e os novos, tambm aprende na interao com seus parceiros. A cooperao entre os alunos na busca de solues, o levantamento e confrontao de hipteses favorecem a construo e ampliao do prprio pensamento. As idias matemticas apresentadas na escola devem relacionar-se com a vivncia das crianas. Dessa forma, alm de explorar idias numricas e contagem, podemos trabalhar com noes de geometria, medidas e estatstica. As crianas tm idias prprias, sentimentos, interesses; esto inseridas numa cultura e so capazes de aprender Matemtica e desenvolver-se cognitivamente. Assim, no processo de transformao do saber cientfico em escolar, necessrio considerar as condies cognitivas, sociais e culturais de quem ir aprender, contextualizando o conhecimento e estabelecendo relaes com suas vivncias cotidianas. No entanto, devemos garantir a ampliao desse conhecimento de forma que os alunos possam observar regularidades, buscar generalizaes e transferir estes conhecimentos a outros contextos. Por isso, as interferncias e problematizaes feitas pelo professor no desenrolar das atividades propiciam a ampliao gradativa das noes matemticas. A Matemtica faz-se presente em diversas atividades realizadas no cotidiano pelas crianas. Sendo assim, devemos oferecer aos alunos vrias situaes que possibilitem o desenvolvimento do raciocnio lgico e da criatividade e a capacidade de resolver problemas. O ensino dessa disciplina pode ampliar as possibilidades de os alunos compreenderem e transformarem a realidade. As orientaes que seguem tm como objetivo contribuir no planejamento de situaes didticas que favoream a construo das competncias esperadas. Ansiamos que todos os alunos tenham oportunidade de vivenciar diversos tipos de experincias de aprendizagem, considerando aspectos transversais, a utilizao de recursos adequados e a vivncia da matemtica de forma rica e diversificada. Assim, todos os alunos devero ter oportunidades de se envolver em diversas experincias de aprendizagem, tais como:

Resoluo de problemasToda criana encanta-se por desafios. Quando falamos sobre a resoluo de problemas, possvel esclarecer que no h necessidade de o aluno possuir todas as informaes e conceitos envolvidos na situao-problema. Outro aspecto que exige esclarecimento que trabalhar apenas com os problemas convencionais pode levar o aluno a uma postura de fragilidade e insegurana diante de situaes de desafio maior. Bons problemas so aqueles relacionados realidade do aluno e que envolvem temas motivadores, favorecendo a aprendizagem. Sendo assim, acreditamos que, ao trabalhar com a resoluo de problemas, o professor deve saber que:

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problema toda situao que permite problematizao, ou seja, um processo investigativo. a essncia est no problematizar; cada pergunta nova transforma-se em um novo desafio para o aluno. necessrio criar um ambiente de produo ou de re-produo do saber.

Enquanto resolve situaes-problema, o aluno aprende matemtica, desenvolve procedimentos e modos de pensar e pe em prtica habilidades bsicas como verbalizar, ler, interpretar e produzir textos. No processo educativo, tambm podemos propor aos alunos a formulao de problemas. Quando os alunos formulam problemas, percebem a relao entre os dados apresentados, a pergunta e a resposta; e articulam o texto, os dados e a operao a ser usada. Formular problemas uma forma de estimular a capacidade inventiva e questionadora dos alunos e uma forma de fazer matemtica por meio da possibilidade de questionar, levantar hipteses, comunicar idias, estabelecer relaes e aplicar conceitos. Para que os alunos sejam capazes de formular seus prprios problemas, preciso que eles tenham contato com diferentes tipos de problema, tendo assim, um repertrio como apoio. Ao formul-los, os alunos precisam reconhecer os dados disponveis, a situao criada e evidenciar a existncia de um problema por meio da pergunta inventada. preciso que as crianas leiam o que fizeram, relatem dvidas e debatam sobre as incompreenses, semelhanas e diferenas entre os textos. O professor pode organizar a sala para produo coletiva e deve encontrar formas para fazer intervenes: reproduzir o texto em transparncia, reproduzir textos com algum tipo de incorreo para que os alunos identifiquem as falhas, misturar textos bem elaborados com textos que apresentam falhas e modificar os textos de acordo com a resposta. Para a formulao de problemas, necessrio que se criem uma inteno real e um destinatrio efetivo para as produes dos alunos: sorteio de problemas para serem resolvidos por todos da classe, troca entre os alunos, construo de uma folha com aqueles criados pelas crianas, seleo de alguns criados e troca entre classes da mesma srie, criao de um banco de problemas, confeco de um mural com os mais interessantes e desafiadores e envio para jornal da escola ou pgina na Internet, livro de problemas, problematoteca. Uma sugesto pedir que os alunos formulem problemas com palavras especficas da linguagem matemtica: adio, dobro, divisor. Outra a criao de problemas que tenham uma certa estrutura textual: poema, problema com rima, charada, conto etc. Formular problemas uma ao mais complexa do que resolver problemas, pois os alunos devem lidar com as dificuldades da linguagem matemtica, da lngua materna e da combinao de ambas. Assim, torna-se um instrumento de avaliao o tempo todo, pois fornece indcios do que os alunos esto dominando ou no. Nosso desejo que os alunos se tornem leitores e escritores em matemtica. Dessa maneira, a resoluo de problemas estabelece um contexto de aprendizagem que favorece a integrao do raciocnio e da comunicao. Os problemas devem ser desafiadores, envolvendo diversas estratgias e mtodos de resoluo e precisam estar sempre presentes nas aulas de Matemtica, porm no de forma rotineira, mecnica e repetitiva.

JogosAcreditamos no ensino da Matemtica de corpo inteiro. Propor jogos nas aulas dessa disciplina uma maneira desafiadora e prazerosa de os alunos participarem ativamente do processo de construo do conhecimento. Os jogos no ensino de matemtica estimulam no s o desenvolvimento do raciocnio lgicomatemtico, como tambm propiciam a interao e o confronto entre diferentes formas de pensar e permitem ao aluno vivenciar uma experincia com caractersticas sociais e culturais. Por meio dos jogos, podemos trabalhar, de maneira ldica, contedos importantes na educao matemtica. As tentativas, os erros e at mesmo os fracassos durante os jogos devem ser encarados de maneira desafiante e podem ser revistos de forma natural durante as jogadas, sem deixar marcas negativas, propiciando novas tentativas, permitindo que a criana desenvolva iniciativa, autoconfiana e autonomia. Assim, os contedos atitudinais tambm estaro presentes nessas aulas. As crianas aprendero a trabalhar em grupo, respeitar regras, ajudar seu adversrio a melhorar suas habilidades e entendero que, num jogo, um jogador ganha e outro precisa perder. Na medida em que o professor propuser boas questes aos alunos, estes podero potencializar suas capacidades para compreender os conceitos matemticos presentes nos jogos.

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Existem jogos infantis praticados no mundo inteiro. Quando o professor escolhe jogos de outros povos para trabalhar com os alunos, enriquece suas aulas, desenvolvendo um trabalho interdisciplinar, podendo, por exemplo, localizar num mapa ou globo terrestre os pases citados, contar histrias desses povos, proporcionar a fabricao do jogo com material alternativo etc. As crianas tambm podero criar seus prprios jogos ou modificar regras. Na bibliografia desse trabalho, voc poder encontrar sugestes de sites e livros para pesquisa. A relao entre o jogo e a Matemtica muito significativa, principalmente para crianas dos anos iniciais, pois nesse perodo que elas devem encontrar o espao para explorar e descobrir elementos da realidade que as cerca. Os alunos devem ter oportunidade de vivenciar situaes ricas e desafiadoras, as quais sero proporcionadas pela utilizao dos jogos como recurso pedaggico. Por isso, ao optar por trabalhar a Matemtica por meio dos jogos, o professor deve levar em conta a importncia da definio dos contedos e das habilidades presentes nas brincadeiras e o planejamento de sua ao. Alm de jogar, as crianas devem conversar sobre o jogo, discutindo o que foi fcil, o que foi difcil, dicas para se jogar melhor, entre outras coisas. Essa comunicao permite que os alunos reajam frente s idias dos outros e que considerem pontos de vista alternativos. O dilogo capacita os alunos a falarem de modo significativo sobre seus conhecimentos, suas dvidas, suas aprendizagens. A partir da discusso estabelecida, das diferentes respostas obtidas, o educador pode perceber o raciocnio de cada aluno e planejar as intervenes apropriadas. Alm da socializao de idias, os alunos podero registrar suas descobertas com desenhos ou textos coletivos. Escrever sobre Matemtica ajuda na aprendizagem das crianas, encoraja reflexo e clareia idias. Assim, o jogo no se tornar mero lazer, mas uma nova forma de aprender Matemtica. Nas situaes de jogo, a criana capaz de construir conceitos de uma forma muito mais ldica e prazerosa, assim como lanar mo dos conhecimentos matemticos que j possui de forma mais integrada e inteligente. Alm disso, um jogo pode servir como ponto de partida para uma atividade de investigao, em que os alunos levantam e testam hipteses, argumentam e comunicam oralmente ou por meio da escrita suas concluses, enfim proporcionando a investigao e a relao com outras reas do conhecimento.

Brincadeiras infantisToda criana, de qualquer idade ou realidade social, brinca. Utilizar as brincadeiras infantis nas aulas de matemtica muito mais do que tornar o processo de ensino mais significativo e prazeroso. Brincando, as crianas desenvolvem muito mais que noes matemticas. Enquanto brinca, o aluno amplia sua capacidade corporal, sua conscincia do outro, a percepo de si mesmo como um ser social, a percepo do espao que o cerca e de como pode explor-lo. Contudo, para utilizar as brincadeiras de forma produtiva, preciso levar em considerao alguns aspectos. A brincadeira escolhida deve permitir que todos os jogadores possam participar ativamente. Desencadear processos de pensamento nas crianas possibilita a auto-avaliao do seu desempenho. As brincadeiras so apresentadas desde as mais simples at as variaes mais complexas. Quando os alunos j estiverem familiarizados com elas, uma sugesto propor a variao de regras ou maior complexidade da brincadeira. Crianas que tenham maior conhecimento podem auxiliar as demais. importante tambm que o professor abra espao para brincadeiras que as prprias crianas (ou ele mesmo) conheam ou queiram inventar. As brincadeiras precisam ser feitas com freqncia. Sugerimos uma ou duas brincadeiras no mximo por ms, em uma aula, toda semana, para que os alunos aprendam a brincar e tambm compreendam os conceitos matemticos nela envolvidos. O professor deve garantir a repetio da brincadeira, para que todas as crianas tenham oportunidade de aprend-la e superar suas dificuldades, vencendo os desafios propostos, e apreendendo todas as regras. Sempre ao final das brincadeiras, o professor deve reunir a turma para fazer um fechamento da atividade, assim como propusemos para os jogos; pode ser uma roda em que os alunos falem sobre como foi jogar, o que foi fcil e o que foi difcil, tomem decises sobre como realizar a brincadeira numa prxima vez. Tambm fundamental que o professor preveja sempre algum tipo de registro sobre a atividade realizada, que pode ser: desenho sobre a brincadeira ou relatrio final, que poder ser um texto com a descrio das regras ou pistas com a melhor forma de se jogar. Na produo do texto dos alunos que ainda no escrevem convencionalmente, cabe ao professor articular todas as informaes e registrar por escrito o texto oral produzido pelos alunos.

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Matemtica e o ensino da LnguaSugerimos a integrao entre a Lngua e a Matemtica, pois acreditamos ser essa uma parceria extremamente importante e necessria. fundamental que as crianas sejam estimuladas a buscar solues para os clculos e problemas e que tais solues sejam discutidas coletivamente. O professor deve criar oportunidades para as crianas verbalizarem suas construes mentais sobre o que foi trabalhado. Nesse sentido, usar a literatura infantil [...]poderia ser um modo desafiante e ldico para as crianas pensarem sobre algumas noes matemticas e, ainda, servir como um complemento para o material tradicionalmente utilizado nas aulas: a lousa, o giz e o livro didtico.(SMOLE, 1996, p. 68) Por meio da conexo entre literatura e matemtica, o professor pode criar situaes na sala de aula que encorajem os alunos a compreenderem e se familiarizarem mais com a linguagem matemtica, estabelecendo ligaes cognitivas entre a lngua materna, conceitos da vida real e a linguagem matemtica formal. Utilizando a literatura infantil nas aulas de Matemtica, o aluno volta ao texto muitas vezes para acrescentar outras expectativas, percepes e experincias. Desta forma, a histria contribui para que ele aprenda e faa matemtica, assim como explore lugares, caractersticas e acontecimentos na histria, o que permite que habilidades matemticas e de linguagem desenvolvam-se juntas, enquanto l, escreve e conversa sobre as idias matemticas que vo aparecendo ao longo da leitura. neste contexto que a conexo da matemtica com a literatura infantil aparece. Segundo Smole (1999), ao decidir trabalhar com histrias infantis nas aulas de matemtica, preciso atentar para alguns aspectos: Conhecer a histria antes de apresent-la aos seus alunos para saber quais as possibilidades de trabalho que ela permite e se esto adequadas sua classe. Lembrar que nenhuma explorao matemtica pode vir antes da prpria histria e nem tampouco deturpar o sentido da histria. O primeiro requisito para uma explorao de matemtica a partir de um livro de histrias que as crianas gostem e se envolvam com ele, com os personagens, etc. O ideal no explorar um livro a semana toda, mas aos poucos, com emoo, expectativa, problematizaes especialmente preparadas para isso. O ideal que o professor faa isso em uma aula por semana, assim um mesmo livro pode ser trabalhado de um a dois meses com a turma. No h necessidade de um livro para cada aluno. Voc pode ter um livro por duplas, grupos de 4 ou mesmo um nico livro em transparncia, lbum seriado, etc.

Ao escolher um livro infantil para ser explorado, o professor poder analisar a capa, propor aos seus alunos que faam a leitura intuitiva, levando-os a colocar suas expectativas em relao ao texto a ser lido, procurar discutir as palavras novas presentes na histria e escutar e perceber as crticas e opinies dos alunos sobre a histria. A leitura poder ser feita em vrios dias, possibilitando a conversa com a classe sobre as possibilidades dos prximos acontecimentos, podendo at mesmo registrar em forma de texto coletivo a continuao sugerida pelas crianas. Depois, pode ser realizada a comparao da verso dada pela classe com a originalmente proposta no livro. Alguns livros no apresentam um final definido e, nesses casos, os alunos podem elaborar o final da histria. Alm dos livros infantis, os jornais e revistas tambm so fontes de materiais interessantes para as aulas de matemtica, pois trazem assuntos que podem ser explorados em sala, aproveitando os fatos e acontecimentos que fazem parte do dia-a-dia. Os textos de jornais e revistas oferecem uma oportunidade para trabalharmos com os alunos conceitos de matemtica, ao mesmo tempo em que podemos desenvolver habilidades de leitura, escrita, seleo de informaes e resoluo de problemas. Jornais e revistas possibilitam exploraes numricas, apresentam grficos e tabelas de diferentes tipos, enigmas, charadas e quebra-cabeas enriquecendo a proposta de resoluo de problemas. Para a realizao desse trabalho, tambm preciso observar cuidados necessrios: ao selecionar um artigo, um grfico, uma tabela, uma propaganda, um passatempo ou outro texto qualquer de jornal e revista, importante que o professor tenha traado quais so seus objetivos, verificar se o texto escolhido tem uma linguagem acessvel aos seus alunos, adequar o tempo sua proposta, pensar na organizao da classe, em quais so os recursos necessrios, prever problematizaes e registros que os alunos produziro.

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A escrita em matemtica marcada por um processo de idas e vindas, no qual a interveno do professor far com que os alunos progridam e escrevam textos cada vez mais complexos. O professor precisa valorizar o hbito da leitura e escrita e os alunos precisam adquirir o hbito de revisar a sua escrita antes de a considerarem concluda. Assim, os textos, o original e a sua reescrita, possibilitam a observao das semelhanas e diferenas entre eles e a problematizao com o objetivo de alcanar a clareza e o aperfeioamento do texto. Para reformular um texto, necessrio ter clareza do que se pretende alterar, assegurando a fidelidade tanto aos conceitos matemticos quanto aos aspectos lingsticos. Nesse contexto, produzir textos em matemtica auxilia na apropriao do vocabulrio especfico e na compreenso de noes matemticas.

Realizao de projetosOs projetos didticos so situaes que partem de um desafio, de uma situao-problema e que sempre tm como um de seus objetivos um produto final. Na maioria dos casos, os projetos envolvem mais de uma rea de conhecimento sendo, portanto, interdisciplinares. Por meio dos projetos, os professores podem introduzir o estudo de temas que no pertencem a uma disciplina especfica, mas que envolvem duas ou mais delas. Os projetos didticos so feitos com o propsito de construir boas situaes de aprendizagem, nas quais se evite compartimentalizar o conhecimento. Os temas dos projetos podem surgir da curiosidade dos alunos em aprender algo, de uma situao-problema que esteja ocorrendo na escola ou na comunidade, de uma experincia vivenciada pelo grupo de alunos, por um fato da atualidade ou de uma questo suscitada a partir do projeto anterior. O conhecimento inicial da meta que d origem ao projeto fundamental para que os alunos possam compreender as decises que vo sendo tomadas durante a realizao do mesmo. Ao delimitar o tema, o professor precisa conhecer o que os alunos j sabem a respeito, que opinies tm, que hipteses levantam, que so habilidades to necessrias no aprendizado da Matemtica. Durante o desenrolar do projeto, deve-se estabelecer uma cumplicidade de propsitos entre os alunos, e destes com o professor, provocando o surgimento de um ambiente de trabalho criativo, no qual cada indivduo pode contribuir com suas aptides, ou estar disposto a enfrentar o esforo de aprender algo novo e que se mostrou necessrio em funo do prprio projeto. Assim, os projetos didticos propiciam o estudo de problemas reais, o que implica a necessidade de uma abordagem interdisciplinar. Alm de vivenciar ricas experincias de aprendizagem, os alunos devem ter a oportunidade de utilizar recursos de natureza diversa. Materiais manipulveis so um recurso privilegiado para introduo e suporte de contedos escolares, promovendo, mais uma vez, momentos de investigao e comunicao entre os alunos. Ressaltamos a importncia da explorao do Material Dourado para a assimilao do conceito da dezena por meio da manipulao, visualizao e trocas. Outros recursos que podem enriquecer as aulas de Matemtica so a calculadora e o computador. So instrumentos alternativos que promovem um aprendizado dinmico, contextualizado e que envolve a resoluo de problemas. Por meio das atividades propostas, procuramos: ampliar a forma como encaramos os alunos em sala de aula considerando suas dimenses afetiva, cognitiva e social. expor um modo mais dinmico de abordar os contedos de matemtica. diminuir a distncia entre a matemtica e as demais reas do conhecimento, especialmente artes e lngua materna. favorecer uma compreenso da matemtica como cincia, como jogo e como instrumento de resoluo de problemas . no desprezar os conhecimentos matemticos que vm da criana e de sua comunidade. pensar em como considerar as diferenas e ritmos de aprendizagem entre os alunos. rever concepes de conhecimento e inteligncia que conduzem as aes docentes. buscar formas de envolver a comunidade no trabalho da escola. ter, na avaliao e no planejamento, aliados para uma reflexo constante sobre o ensinar e o aprender.

Nosso desejo que os alunos no percam a curiosidade pelo saber matemtico e que, pelas experincias vividas na escola, sejam capazes de tomar decises, construir, modificar e integrar idias, tendo a oportunidade de interagir com outras pessoas, com objetos e situaes que exijam envolvimento, dispondo de tempo para pensar e refletir acerca de seus procedimentos, de suas aprendizagens e dos problemas que tm que superar na vida real.

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Organizao do Plano de Curso de MatemticaDe acordo com os Parmetros Curriculares Nacionais, decidimos organizar nosso Plano de Curso em blocos de contedo, contemplando o estudo dos nmeros e das operaes, o estudo do espao e das formas, o estudo das grandezas e das medidas e o tratamento das informaes cotidianas ( dados estatsticos, tabelas e grficos ). Nosso desafio foi selecionar, dentro de cada um desses blocos de contedos, quais conhecimentos e competncias contribuiriam para o desenvolvimento intelectual do aluno, aprimorando seu raciocnio lgico-matemtico, sua criatividade e sua capacidade de analisar e de criticar. Atualmente, os alunos precisam de muito mais do que uma coleo de informaes memorizadas; precisam de procedimentos de busca e de interpretao de informaes, precisam saber pesquisar e comunicar suas idias, conhecer tcnicas e dominar estratgias para resoluo de problemas, entre outras coisas. Assim, no processo de seleo de contedos, preocupamo-nos em identificar no s os conceitos, mas tambm os procedimentos e as atitudes a serem trabalhados em classe, o que trar certamente um enriquecimento ao processo de ensino e aprendizagem. Os contedos foram organizados de forma espiralada, ou seja, um mesmo tema trabalhado vrias vezes. Contudo, sempre que retomado, surge sob um novo enfoque, de modo a permitir ao aluno muitas oportunidades de aprendizagem. O contedo matemtico deve ser contextualizado em situaes tpicas da infncia, tornando-se mais significativo para os alunos. Assim, nenhum bloco de contedo ser esgotado num nico momento. A retomada de temas em diferentes momentos do processo possibilitar a integrao de diversos contedos. Para enriquecer e facilitar o trabalho que ser realizado em sala de aula, apresentamos um conjunto de sugestes didticas que devero ser adaptadas a cada realidade. Lembramos que todo trabalho realizado em Matemtica deve partir de uma situao concreta. Para esse fim, recomendamos a organizao de materiais diversos, que sero manipulados pelos alunos no decorrer do ano. O professor poder propor que os alunos tragam botes, contas, pedrinhas, palitos de picol, bolinhas de gude, figurinhas, caixas de fsforos vazias, embalagens, rtulos, jornais, folhetos de supermercado etc. Esse material dever ser devidamente selecionado e organizado. A seguir, voc encontrar a descrio de cada bloco de contedo, juntamente com orientaes e sugestes para a concretizao dos contedos propostos no Plano de Curso. 1. Nmeros e operaes Os contedos deste bloco devero ser trabalhados de forma contextualizada, em que o nmero e as operaes apaream nas mais diversas situaes: quantificar, medir, ordenar, codificar, ou seja, trabalhar com o sistema de numerao decimal possibilitando situaes reais de contagens, clculos, comparaes e ordenaes, oferecendo oportunidades aos alunos para refletirem a respeito do valor posicional dos algarismos nos numerais. Trabalhar a histria do nmero propiciar o reconhecimento de problemas vividos pela humanidade, resgatando a histrias de lugares, tempos e povos antigos e ajudando ao aluno a entender melhor a Matemtica. As operaes fundamentais (adio, subtrao, multiplicao e diviso) devero ser trabalhadas a partir de situaes-problema, nas quais, aos poucos, o aluno ir ampliando seu conceito de nmero. Para que a criana construa o significado de uma operao, preciso que ela se depare com diferentes situaes em que essa operao se aplica ou no, conhecendo as idias e propriedades de cada uma delas. Ainda em relao s operaes, desejamos que o trabalho que ser desenvolvido possibilite a busca de estratgias prprias para resoluo de problemas, em que o aluno perceba que um mesmo problema pode ser resolvido por diferentes operaes e que diferentes problemas podem ser solucionados utilizando-se uma nica operao. Outro aspecto que merece destaque so as atividades que envolvam estimativas, arredondamentos e clculo mental. importante que o professor encontre situaes que privilegiem a construo dessas competncias, to necessrias no dia-a-dia. Ressaltamos que, para o trabalho com esse bloco de contedo, importantssima a explorao de jogos, material dourado e baco, que auxiliam na compreenso do sistema de numerao decimal e das quatro operaes e at mesmo da calculadora to utilizada no cotidiano dos alunos.

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Sugerimos tambm: Verificao, por meio de sondagem com jogos e brincadeiras ao ar livre, se h a necessidade inicial de trabalhar o vocabulrio adequado aos conceitos matemticos, que se referem grandeza (maior, menor, curto, comprido etc), posio (em cima, embaixo, na frente de, atrs de, etc ), direo e sentido (para frente, para trs, para o lado etc.). Tambm explorar as noes de muito, pouco, nenhum por meio de objetos ou, at mesmo, com as prprias crianas. Rodas de contagem que estimulem os alunos a buscarem estratgias que facilitem a identificao de quantidades. Formar colees com diferentes objetos, como adesivos, lacres de alumnio, miniaturas, bolinha de gude, figurinhas, contribuem de forma significativa para que os alunos contem todos os elementos, mantendo a ordem ao enunciar os nomes dos nmeros e observando que o ltimo nmero corresponde ao total de objetos da coleo. Explorao da histria do sistema de numerao, observao de fotos dos desenhos nas cavernas, nos ossos, dos diferentes registros dos povos da antiguidade. Propor contagem em ns de corda, com os dedos das mos, com pedrinhas etc. Construo de fichas de identificao de cada aluno contendo nmeros que indicam diferentes aspectos, por exemplo: idade, peso, altura, nmero de pessoas que moram na mesma casa, datas de nascimentos, nmero de animais que possui, entre outros. Proporcionar um espao onde as crianas possam trocar as fichas e ler e interpretar as informaes numricas. Explorao dos nmeros em contextos significativos: resultados de partidas de futebol, canais de TV, quantidade de objetos da sala de aula, de seu material escolar etc. Atividades de comparao de quantidades entre duas colees, verificando se possuem o mesmo nmero de elementos, ou se possuem mais ou menos, utilizando para isso diferentes estratgias: correspondncia um a um e estimativas. Construo de seqncias com materiais, sons, gestos ou movimentos do corpo, proporcionando a descoberta da regra da seqncia feita. Localizao de nmeros numa seqncia, identificando o antecessor e o sucessor. Para tanto, atividade como ligue-pontos com nmeros, em ordem crescente e decrescente, para formar desenhos, so recomendadas. Outra sugesto explorar msicas e parlendas que trabalhem a contagem. Por exemplo: A galinha do vizinho, Um, dois, feijo com a arroz etc. Elaborao de cartazes com nmeros recortados de jornais e revistas para que os alunos possam comparar e ordenar nmeros. Construo e explorao de jogos e desafios matemticos. Criao e resoluo de problemas por meio de registros pictricos, escritos ou numricos. 2. Espao e forma Para compreender, representar e descrever o mundo em que vive, necessrio que o aluno saiba localizar-se e movimentar-se no espao e perceba o tamanho e forma dos objetos que o rodeiam. Os conceitos geomtricos trabalhados nesse bloco de contedo visam ao reconhecimento do espao onde o aluno vive, por meio de atividades que trabalhem lateralidade, deslocamentos no espao, pontos de referncia e tambm observao, construo e comunicao de figuras geomtricas planas e espaciais. Sugerimos que o trabalho seja realizado a partir da explorao de objetos do mundo fsico, de obras de arte, pinturas, desenhos, esculturas e artesanato, o que permitir conexes entre a Matemtica e outras reas do conhecimento. O uso de embalagens, sucata, tangram e dobraduras um importante recurso para o trabalho com os contedos deste bloco. Apontamos outras idias, como seguem: Situar pessoas ou objetos numa lista ordenada, por exemplo: ordenar uma seqncia de fatos, identificar a posio de um jogador numa situao de jogo. Jogos de trilha para indicar avanos e recuos numa pista numerada. Registro e observao dos nmeros das ruas: Onde comea ? Onde termina ? A numerao de um lado igual do outro ? Como se d a numerao entre uma casa e outra: ou no seqencial ? Levantamento do nmero da casa dos alunos. Jogos e brincadeiras em que seja necessrio situar-se ou se deslocar no espao, recebendo e dando instrues, usando vocabulrio de

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posio. Exemplos: jogos de circuito, caa ao tesouro, brinquedos cantados. Manipulao, observao, percepo e descrio das peas dos Blocos Lgicos. Classificao das peas em grupos conforme solicitao do professor. Organizao de exposies com desenhos e fotos de formas encontradas na natureza ou produzidas pelo homem, para que os alunos possam perceber suas formas. Modelagem, em massinha, de objetos, reproduzindo formas geomtricas, e organizao de exposies com os objetos construdos. Jogos para adivinhar um determinado objeto referindo-se apenas ao formato do mesmo. Atividades de dobradura para identificar eixos de simetria e retas paralelas.

3. Grandezas e medidas Neste bloco, trabalharemos com situaes reais de medio, em que os alunos observaro o que se pode medir e como pode faz-lo, usando medidas no-convencionais e convencionais. Mais uma vez, ressaltamos a importncia do trabalho com a histria da Matemtica, possibilitando a constatao da trajetria do homem em buscar instrumentos de medida cada vez mais precisos. interessante que os alunos vivenciem processos de medio com palmos, ps, passos etc. importante que as crianas percebam que usando partes do corpo ou objetos como lpis e palitos, como unidades de medida, pode haver diferenas nos resultados das medidas. O professor tambm poder promover atividades de estimativas sobre medidas e uso de instrumentos de medidas como balana, metro, fita mtrica, relgio, calendrio. Tambm poder explorar jornais de propaganda de supermercado, receitas culinrias etc. Sugerimos ainda: Construir o metro com pedao de barbante e realizar medies. Graduar a altura dos alunos. Explorar as medidas de massa e capacidade encontradas em embalagens. Trabalhar as medidas a partir de receitas culinrias. Organizar a rotina, contagem dos dias da semana, calendrio com as atividades escolares. Produzir cdulas e moedas de papel para que as crianas levantem suas idias sobre as formas de pagar produtos, cujo preo pesquisaram. o momento de levantar idias, no de apresentar resultados exatos. Com essa atividade, o professor pode observar o que os alunos j sabem sobre o uso do dinheiro, se j compreendem o valor de cada nota e moeda, se sabem calcular o troco etc. 4. Tratamento da informao Neste bloco, pretendemos explorar diferentes formas de organizar e comunicar informaes numricas, bem como iniciar um trabalho de explorao de algumas noes de estatstica e probabilidade. Assim, o professor poder criar atividades de leitura e produo de listas, tabelas e grficos, coleta e organizao de dados estatsticos. O tratamento da informao estar presente em todos os demais contedos como uma ferramenta importante para que o aluno analise e perceba regularidades. Sugerimos a explorao de jornais e revistas e a relao de dados obtidos a partir de pesquisas realizadas em outras reas do conhecimento. Propomos ainda: Organizao de listas relacionadas a assuntos diversos: lista de chamada, lista os aniversariantes do ms, lista de programas de TV preferidos, animais que mais gostam, entre outros. Criao de tabelas a partir de resultados de jogos. Por exemplo: quantas crianas fizeram 2 pontos? Quantas fizeram 4 pontos? Construo de grficos de barras a partir de resultados apresentados em tabelas

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Bibliografia sugeridaALMEIDA, Marcos Teodorico Pinheiro de. Jogos Divertidos e brinquedos criativos. Vozes. ALLU, Josep M. O grande livro dos jogos. Traduo Afonso Celso Gomes. Belo Horizonte: Leitura, 1998. BORIN, Jlia. Jogos e resoluo de problemas: uma estratgia para as aulas de matemtica. So Paulo: USP, 2004. BRANDO, Carlos Rodrigues. Criatividade e novas metodologias. So Paulo: Peirpolis, 1998. BRENELLI, Roseli Palermo. O jogo como espao para pensar. Papirus, 1996. BROTTO, Fbio Otuzi. Jogos cooperativos: se o importante competir, o fundamental cooperar! Santos: Renovada, 1997. ______. Jogos cooperativos: o jogo e o esporte como um exerccio de convivncia. Santos: 2001. BROUGRE, Gilles. Brinquedo e cultura. Reviso tcnica e verso brasileira adaptada por Gisela Wajskop. So Paulo: Cortez, 2001. CARDOSO, Virgnia Crdia. Materiais didticos para as quatro operaes So Paulo: USP, 2002. COLL, Csar. Os contedos na reforma. Traduo Beatriz Affonso Neves. Porto Alegre: Artes Mdicas, 2000. D`AMBRSIO, Ubiratan.Educao para uma sociedade em transio. Campinas: Papirus, 1999. ______. Transdisciplinaridade. So Paulo: Palas Athena, 1997. ______. Educao Matemtica: da teoria prtica. Campinas: Papirus, 1996. DANTE, Luiz Roberto. Didtica da Resoluo de Problemas de Matemtica. So Paulo: Editora tica, 1994. DELORS, Jacques. Educao: um tesouro a descobrir. So Paulo: Cortez, 2001. DINIZ, Maria Ignez de Souza Vieira; SMOLE, Ktia Cristina Stocco. O conceito de ngulo e o ensino de geometria, So Paulo: USP, 1998. FRIEDMANN, Adriana. Brincar: crescer e aprender. O resgate do jogo infantil. So Paulo: Moderna, 1996. GIORGI, Cybele. Gente mida na cozinha. SESI, 1991. GRANDO, Regina Clia. O Jogo e suas possibilidades metodolgicas no processo ensino-aprendizagem da Matemtica. Dissertao de Mestrado, UNICAMP, Campinas, 1995. GRANDO, Regina Clia. O Jogo e a Matemtica no contexto da sala de aula. So Paulo: Paulus, 2004. GUELLI, Oscar. Contando a Histria da Matemtica: A inveno dos nmeros. So Paulo: Editora tica, 1992. GWINNER, Pat. Pobremas enigmas matemticos. Vozes, volumes I, II, III e IV. IMENES, Luiz Mrcio Pereira. Brincando com nmeros. Scipione. KAMII, Constance. A criana e o nmero: implicaes educacionais da teoria de Piaget para a atuao junto a escolares de 4 a 6 anos. Traduo Regina A. de Assis. Campinas. Papirus, 1990. ______. Aritmtica: novas perspectivas: implicaes na teoria de Piaget. Traduo Marcelo Cestari T. Lellis, Marta Rabioglio, Jorge Jos de Oliveira, Campinas.Papirus, 1992. ______. Reinventando a aritmtica. Traduo Elenisa Curt. Campinas: Papirus, 1988. ______. Jogos em grupos na educao infantil. Trajetria Cultural. KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org.). Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educao. So Paulo: Cortez, 2001. ______. Jogos infantis: o jogo, a criana e a educao. Petrpolis: Vozes, 1993 LEAL, Mariana Kawall. Idias matemticas de povos culturalmente distintos. Global. MACEDO, L., PETTY, ALS, PASSOS, N.C. 4 cores, senha e domin. So Paulo: Casa do Psiclogo, 1997. ______. Aprender com jogos e situaes problema. Porto Alegre: Artmed, 2000. MACEDO, Lino de. Os jogos e o ldico na aprendizagem escolar: Artmed. ______.; MACHADO, Nilson Jos Jogo e projeto: pontos e contrapontos/ Lino de Macedo, MACHADO Nilson Jos; ARANTES, Valria Amorim. So Paulo: Summus, 2006. MACHADO, Nilson Jos. Matemtica e lngua materna: anlise de uma impregnao mtua. So Paulo: Cortez, 2001.

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INFORMTICA EDUCATIVAConsideraes gerais sobre a Informtica EducativaPresente em todas as Unidades Escolares da Rede Municipal de Ensino, o Laboratrio de Informtica Educativa deve, face ao seu carter educacional, servir como fonte de conhecimento, estabelecendo relaes entre os diversos eixos da Matriz Curricular da Educao Infantil e promovendo a interdisciplinaridade. Assim, estruturado em um ambiente de busca de conhecimento, tem como objetivo encorajar o uso de Tecnologias de Informao e Comunicao, as TICs ( PCs, Perifricos e Acessrios, Softwares, Mesas Educacionais e Internet), possibilitando a criao de novos relacionamentos nas escolas, instigando a aprendizagem e levando informaes atuais e seguras a todos os que participam da vida escolar, colocando o Mundo como espao de aprendizagem.

Planejamento PedaggicoO professor de Ensino Fundamental, subsidiado pelo Professor Orientador de Informtica em Educao ( POIE ) e orientado pelo Coordenador Pedaggico, deve criar situaes educacionais em que o aluno possa explorar contedos significativos, por meio de recursos tecnolgicos, possibilitando diferentes formas de abordagem do conhecimento e diferentes suportes de investigao de temas especficos, garantindo um trabalho integrado com as atividades desenvolvidas em sala de aula. Desse modo, os POIEs, responsveis pelos laboratrios nas Unidades Escolares, devem participar da elaborao do projeto pedaggico da escola, divulgando as possibilidades existentes, propondo atividades / projetos integrados aos contedos dos vrios anos e das diferentes disciplinas, organizando mostras, eventos e feiras de Informtica Educativa na Unidade Escolar.

ObjetivosNa Fase Inicial do Ensino Fundamental ( 1 ao 3 ano), a informtica educativa busca: incentivar a utilizao das Tecnologias de Informao e Comunicao (TICs) nas atividades cotidianas; desenvolver a percepo visual e auditiva, a coordenao motora, a memorizao, a convivncia em grupo, a inter-relao de pensamentos, idias e conceitos, a utilizao das linguagens como meio de expresso e comunicao. propiciar, como elemento articulador de contedos curriculares, a aquisio de novos conhecimentos. desenvolver a habilidade para organizar informaes, levantar hipteses e pensar estrategicamente. desenvolver a capacidade de expresso por meio da criao, edio e exposio dos prprios projetos interdisciplinares, integrando textos, imagens, ferramentas de desenho e pintura, animaes, efeitos especiais, recursos de som e vdeo. ensinar valores importantes para a formao do Cidado do Futuro.

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LNGUA PORTUGUESAH crianas que ingressam no mundo da linguagem escrita atravs da magia da leitura e outras que ingressam atravs do treino das tais habilidades bsicas. Em geral, os primeiros se convertem em leitores, enquanto os outros costumam ter um destino incerto. Emlia Ferreiro, Passado e presente dos verbos ler e escrever, Ed. Cortez.

Como j dissemos, o Plano de Curso um instrumento que visa a orientar o trabalho do professor de forma que este possa contemplar, de forma organizada e sistemtica, o mnimo necessrio a todos os alunos da nossa rede. Como tal Sistema est organizado em fases1, imprescindvel que haja uma integrao entre o trabalho e o contedo desenvolvido nos anos iniciais, de forma a tornar o ensino mais coerente e significativo, especialmente no que diz respeito s competncias e habilidades esperadas em Lngua Portuguesa, rea do conhecimento que instrumentaliza o aluno em todas as situaes de interao e ao em sua vida cotidiana. Assim sendo, propomos um trabalho baseado em prticas de Linguagem epilingsticas, ou seja, praticar a lngua partindo de situaes reais de uso social, em que o aluno pode agir reflexivamente sobre a mesma antes de chegar aos conceitos, normas e regras pertinentes a qualquer idioma. As atividades metalingsticas, ou seja, de sistematizao e normatizao da lngua, sero priorizadas nos anos relativos Fase Complementar (4 e 5 ano). Contudo, vale ressaltar que isso no quer dizer que a Gramtica Normativa no ser trabalhada nos anos iniciais. Pelo contrrio, ela estar presente sim! O que muda, entretanto, a forma de abordagem, pois entendemos que seja necessrio partir do seu uso, nas situaes reais de produo de texto, e no a partir de listas de exerccios esvaziados de significado e sentido para as crianas dessa faixa etria.Durante muito tempo a tradio escolar definiu como contedo de leitura o aprendizado da decifrao. Ler, emitindo sons para cada uma das letras, era a situao que ilustrava a aprendizagem da leitura. Hoje, sabemos que no basta ler um texto em voz alta para que seu contedo seja compreendido, e a decifrao apenas uma, dentre muitas, das competncias envolvidas neste ato. Ler , acima de tudo, atribuir significado. Alm disso, se queremos formar leitores plenos, usurios competentes da leitura e da escrita em diferentes esferas, participantes da cultura escrita, no podemos considerar alfabetizados aqueles que sabem apenas o suficiente para assinar o nome e tomar o nibus. Isso no tarefa simples: implica redefinir os contedos de leitura e de escrita. No se trata mais de ensinar a lngua, suas regras e suas partes, isoladamente, mas de incorporar as aes que se fazem com textos no cotidiano de um centro urbano como Santos. No nosso dia-a-dia lemos com os mais diferentes propsitos: para nos informar sobre as atualidades, para localizar endereos e telefones, para fazer uma receita, para saber como vo pessoas que estimamos, para nos divertir ou emocionar, para tomar decises, para pagar contas, para comprar algo, entre outros. E escrevemos para distintos interlocutores, com diferentes intenes, nas mais variadas situaes: para relatar como estamos para pessoas distantes, para solicitar algo, para reclamar de alguma coisa, para nos lembrarmos daquilo que temos de comprar, para prestar contas do nosso trabalho, para anotar um recado para algum, entre muitas outras aes. So aes que podem e devem ser aprendidas, traduzidas em comportamentos de leitor e de escritor que precisam ser ensinados. Claro que necessrio aprender o sistema de escrita e seu funcionamento, mas esta aprendizagem pode ocorrer em situaes mais prximas das situaes reais e com textos de verdade que comunicam e que foram feitos para leitores. Trata-se ento de trazer para dentro da escola a escrita e a leitura que acontecem fora dela. Trata-se de incorporar, na rotina, a leitura feita com diferentes propsitos e a escrita produzida com diferentes fins comunicativos para leitores reais. Enfim, trata-se de propor que a verso de leitura e de escrita presente na escola seja a mais prxima 2 possvel da verso social e que, assim, nossos alunos sejam verdadeiros leitores e escritores.

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Fase Inicial: 1, 2 e 3 ano. Fase Complementar: 4 e 5 ano. So Paulo : SME / DOT, 2006. 104p.: il. v.2

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A organizao de uma rotina de leitura e escrita 3Organizar uma rotina semanal de leitura e escrita fundamental para orientar o planejamento e o cotidiano da sala de aula. Ela se expressa na forma como so organizados o tempo, o espao, os materiais, as propostas e intervenes do professor e revela suas intenes educativas. Nessa proposta de alfabetizao, a rotina deve contemplar situaes didticas de reflexo sobre o sistema de escrita alfabtico e a apropriao da linguagem que se escreve. Deve haver uma diversidade de atividades com diferentes propsitos e, ao mesmo tempo, uma repetio delas para que o desempenho dos alunos seja cada vez melhor. No preciso inventar novas atividades a cada dia, mas importante variar o gnero que vai ser trabalhado (contos, parlendas, listas, poemas, textos instrucionais etc.) e o tipo de ao que o aluno vai fazer com cada texto. Em funo disso, organizamos um quadro orientador em que apresentado o que uma rotina semanal de leitura e de escrita deve contemplar. Por exemplo: leitura diria em voz alta pelo professor, leitura realizada pelos alunos mesmo quando ainda no lem convencionalmente, situaes de produo escrita pelo professor e/ou pelos prprios alunos, alm, claro, de situaes de trabalho com a oralidade. Veja como possvel organizar a rotina para o trabalho com leitura e escrita nas sries iniciais:4

Situao Didtica

Objetivos (o que os alunos aprendem e como)

Exemplos de algumas atividadesLeitura em voz alta realizada pelo professor: textos literrios; jornalsticos e sobre curiosidades (cientficos e histricos). Leitura e escrita dos nomes dos alunos da sala. Leitura do abecedrio exposto na sala. Leitura e escrita de textos conhecidos de memria. Leitura e escrita de ttulos de livros, de listas diversas (nomes dos ajudantes da semana, de brincadeiras preferidas, de professores e funcionrios), ingredientes de uma receita, de rtulos etc.

Freqncia

O que importante observar

Compreender a funo social da escrita. Ampliar o repertrio lingstico. Leitura Conhecer diferentes textos e autores. realizada Aprender comportamentos leitores. pelo professor Entender a escrita como forma de representao. Anlise e reflexo sobre o sistema de escrita Refletir sobre o sistema de escrita alfabtico, buscando fazer a correspondncia entre os segmentos da fala e os da escrita. Conhecer as letras do alfabeto e sua ordem. Observar e analisar o valor e a posio das letras nas palavras visando compreenso da natureza do sistema alfabtico. Compreender as regras de funcionamento do sistema de escrita.

Diria texto literrio. Semanal jornal e cientficos. Diria (quando h na classe crianas noalfabticas).

Oferecer textos de qualidade literria em seus suportes reais. Ler com diferentes propsitos.

Organizar agrupamentos produtivos. Garantir momentos de intervenes pontuais com alguns grupos de alunos. Solicitar a leitura (ajuste) do que lido e/ou escrito pelo aluno.

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So Paulo : SME / DOT, 2006. 115p.: il. So Paulo : SME / DOT, 2006. 115p.: il.

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Comunicao oral

Produo de texto escrito

Participar de diferentes situaes comunicativas considerando e respeitando as opinies alheias e as diferentes formas de expresso. Utilizar a linguagem oral, sabendo adequ-la s situaes em que queiram expressar sentimentos e opinies, defender pontos de vista, relatar acontecimentos, expor sobre temas etc. Desenvolver atitudes de escuta e planejamento das falas. Produzir textos buscando aproximao com as caractersticas discursivas do gnero. Produzir textos considerando o leitor e o sentido do que quer dizer. Aprender comportamentos escritores.

Reconto de histrias conhecidas Duas vezes por ou pessoais, de filmes etc. semana. Exposio de objetos, materiais de pesquisa etc. Situaes que permitam emitir opinies sobre acontecimentos, curiosidades etc.

Observar com ateno como as crianas se comportam numa situao em que tm de ouvir e falar uma de cada vez. Identificar quais crianas precisam ser convidadas a relatar, expor etc.

Produo coletiva, em dupla e individual de um bilhete, de um texto instrucional etc. Reescrita de textos conhecidos coletiva, em duplas, individual. Roda de biblioteca com diversas finalidades: apreciar a qualidade literria dos textos, conhecer diferentes suportes de textos. Ampliar a compreenso leitora: leitura de textos que os alunos ainda no lem com autonomia, mas que pode ser mediada pelo professor (leitura de textos informativos, instrucionais, entre outros). Ler sem saber ler convencionalmente utilizando ndices fornecidos pelos textos.

Uma vez por semana.

Envolver os alunos com escritas prsilbicas na atividade produzindo oralmente, ditando para o professor ou o colega. Ler vrias vezes um mesmo texto com diferentes propsitos. Garantir que conheam o contedo a ser explorado. Antecipar as informaes que os alunos vo encontrar nos textos.

Desenvolver atitudes e Leitura realizada pelo disposies favorveis leitura. aluno Desenvolver procedimentos de seleo de textos buscando informaes. Explorar as finalidades e funes da leitura. Ler com autonomia crescente. Aprender comportamentos leitores.

Uma vez por semana.

Pensando em gerenciar melhor o tempo didtico da sala de aula, sugerimos que os contedos sejam organizados em modalidades organizativas, conforme classificao adotada por Delia Lerner em seu livro Ler e Escrever na Escola: o real, o possvel e o necessrio (Ed. Artmed). Tais modalidades organizativas tm a funo de permitir com que o professor priorize de forma bastante prtica e coerente os contedos que pretende desenvolver, sem privilegiar excessivamente alguns e deixar outros de lado. Rosaura Soligo sintetizou as idias expostas por Delia Lerner no texto que apresentamos a seguir.

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Formas de organizar os contedos escolares 5Os contedos escolares podem ser organizados de diferentes formas: Atividades permanentes. Atividades seqenciadas. Situaes independentes: ocasionais ou de sistematizao. Projetos.

Atividades permanentesSo atividades que acontecem com regularidade (diariamente, semanalmente, quinzenalmente etc) durante um perodo (curto ou longo) porque so importantes para o desenvolvimento de determinados procedimentos, hbitos ou atitudes. Ex: Leitura diria feita pelo professor, Roda semanal de conversa ou leitura, Oficina de produo de textos ou de arte, Hora das curiosidades cientficas ou das notcias etc.

Atividades seqenciadasSo atividades planejadas em uma seqncia inclusiva: o que vem a seguir depende do que j foi realizado (e aprendido) anteriormente. So muito parecidas com os projetos, mas no tm um produto final. Os prprios projetos so constitudos por atividades seqenciadas. Ex: Atividades para ensinar as operaes matemticas, para ensinar a produzir um determinado tipo de texto, para ensinar um jogo complexo etc.

Situaes independentesOcasionais: so aquelas que no foram planejadas previamente, mas que se considera relevante inserir ou aproveitar no trabalho. Podem ser propostas pelo professor ou pelos alunos. Ex: Assuntos importantes que so notcia e que interessam aos alunos, fatos ocorridos na escola ou na comunidade, materiais interessantes enviados pelos pais ou encontrados pelos alunos etc. De sistematizao: so aquelas que contribuem para que os alunos sistematizem os seus conhecimentos sobre um determinado contedo aprendido. Embora no decorram de propsitos imediatos, essas atividades tm relao direta com as expectativas de aprendizagem definidas para um determinado perodo. Ex: Situaes de retomada do que foi ensinado sobre um determinado contedo para organizar as informaes disponveis e favorecer a sistematizao (pelos alunos) dos conhecimentos adquiridos.

ProjetosSo situaes didticas em que o professor e os alunos tm propsitos comuns e se comprometem com a conquista de um produto final, que fruto do trabalho de todos e tem um sentido social real (produto, nesse caso, no significa algo palpvel, mas sim um resultado: pode ser uma festa, uma mostra de trabalhos produzidos, uma apresentao pblica de leitura ou jogral, a organizao de uma biblioteca de classe, um livro, jornal ou texto etc.). Nos projetos, as aes propostas ao longo do tempo so planejadas de forma seqenciada, tm relao entre si e fazem sentido em funo do resultado que se deseja alcanar. Ex: Colees (organizao de colees para aprender contedos matemticos), Brincadeiras (resgate de brincadeiras antigas e produo de um livreto de textos instrucionais), Paisagens (estudo de como pintores de diferentes pocas retrataram as paisagens e organizao de uma mostra com produes da classe), Animais em extino (estudo de alguns animais em extino e produo de uma pequena enciclopdia) etc.

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Texto produzido por Rosaura Soligo, a partir de idias defendidas por Dlia Lerner e Mirta Castedo.

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INGLSO objetivo principal do ensino de ingls do 1 ao 5 ano em nossa rede tornar a lngua inglesa familiar para os alunos. Ao assimilar um vocabulrio bsico, expresses simples em situaes reais, que faam sentido sua vida, o aluno passa a desejar aprender mais, entendendo a real importncia que a lngua inglesa tem nas vidas de todos ns. Isso significa ensinar-lhes por meio de aulas descontradas, interessantes, com atividades ldicas, msicas, uso de fantoches, jogos, mscaras e demais recursos para que a criana seja envolvida de forma prazerosa no processo de aprendizagem. Como dissemos, fundamental que o professor, num primeiro momento, leia seus planos de curso anual para elaborar seu prprio planejamento. A relao dos contedos (conceituais, procedimentais e atitudinais) deve servir de referncia para a elaborao do planejamento, plano de aula e a seleo das atividades a serem desenvolvidas ao longo do ano. Sugerimos que o professor siga uma abordagem metodolgica global que desenvolva prioritariamente a habilidade oral (escutar e falar) por meio do ldico, do sensorial e das aes, introduzindo gradualmente as habilidades de leitura e escrita, como suporte ao aprendizado oral. Aqui entram as atividades de encenaes (role-play), movimentos que expressem a letra de uma msica e de TPR (Total Physical Response) para executar instrues, jogos de adivinhao, troca de papis, trabalho em pares ou grupos, alm de exerccios de compreenso oral (ao escutar o professor, um CD, vdeo ou colega) para obter informaes. A habilidade de leitura deve ocorrer indiretamente (com associao de palavras a um desenho ou procura de palavras), de forma a criar um ambiente alfabetizador, sem obrigar o aluno a saber ler e escrever. A escrita no deve ocorrer nesta fase, salvo em situaes particulares ou quando o aluno pedir para fazlo. No 1 ano, o professor de ingls deve ser o escriba, quando for necessrio registrar a escrita de cartazes contendo as atividades feitas pelos alunos, ou em outra ocasio em que ela seja necessria, sempre em letra basto maiscula, mesmo que a criana pea a letra cursiva ou j esteja alfabetizada. A criana de seis anos precisa que as aulas sigam uma rotina, portanto, sugerimos que o professor, ao chegar, cante uma msica, depois introduza o contedo a ser aprendido oralmente por meio de atividades orais (com materiais de udio, vdeo e estmulos verbais do professor), fsicas (com encenaes e atividades de TPR), artsticas (desenhos, recorte e colagem, uso de massa de modelar, pintura, etc.), reviso do que foi aprendido e feito na aula, e termine com uma msica. Nesta fase, a criana gosta e precisa de repetio. Assim, o professor deve manter as mesmas msicas durante vrias aulas e diversificar as atividades para que os alunos aprendam o mesmo contedo em 3, 4 ou 5 aulas, por meio de atividades diferentes. Como as crianas nessa idade no podem concentrar-se por longos perodos de tempo, preciso estar sempre pronto para o inesperado. O professor deve ter todos os materiais prontos mo (posters, flashcards, jogos) para poder mudar a atividade se algo no funcionar bem e deve-se recorrer a diversas tcnicas para obter a ateno dos alunos sem que seja necessrio levantar a voz. Estas tcnicas podem ser to simples como apagar e acender a luz quando for preciso obter silncio na sala. Outra tcnica poderia ser comear a cantar uma msica de que as crianas gostem, bem baixinho, apagar as luzes e acalm-los. Uma nova opo seria faz-los mudar de posio, ficar em p e fazer alguma atividade se estiverem sentados, ou sentarem em crculo se estiverem de p, ou sair da classe. Colocar msica em volume baixo enquanto as crianas trabalham tambm ajuda, como msica calma pa