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TURISMO DE LISBOA | 1 JOSÉ BORRALHO PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TURISMO DE CULINÁRIA E ECONOMIA LISBOA, UM CASE STUDY DO TURISMO MUNDIAL DEZEMBRO 2014 OBSERVATÓRIO DO TURISMO DE LISBOA Índice LISBOA XXXX N.º 133 | JANEIRO | 2015 PLANO ESTRATÉGICO 2015-2019 DESAFIOS DO TURISMO VINHOS DA PENÍNSULA DE SETÚBAL UM BRINDE À REGIÃO

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1

JOSÉ BORRALHOPRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO

PORTUGUESA DE TURISMO DE CULINÁRIA E ECONOMIA

LISBOA, UM CASE STUDY

DO TURISMO MUNDIAL

DEZEMBRO2014

OBSERVATÓRIODO TURISMODE LISBOA

Índice LISBOAXXXX

N . º 1 3 3 | J A N E I R O | 2 0 1 5

PLANO ESTRATÉGICO

2015-2019

DESAFIOS DO TURISMO

VINHOS DA PENÍNSULA

DE SETÚBAL

UM BRINDE À REGIÃO

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3114 20 4 Editorial

Com a entrada em 2015, iniciamos a implementação do novo Plano Estratégico para a Região de Lisboa, com base no qual pretendemos elevar, uma vez mais, a fasquia do nosso turismo, continuar a assegurar o seu crescimento sustentado e, simultaneamente, consolidar o destino entre os melhores.

5 NacionalMostrar que o destino Lisboa é a capital da Europa com maior diversidade, alargar o leque de produtos turísticos, aprofundar a promoção externa na Alemanha, Espanha e Brasil, atingir os 10 milhões de dormidas de estrangeiros e 800 milhões de euros em proveitos na hotelaria, são alguns dos objetivos do Plano Estratégico para o desenvolvimento do turismo na Região de Lisboa até 2019.

14 EntrevistaA gastronomia nacional, diversificada e de elevada qualidade, proporciona uma experiência ímpar e inesquecível, cuja promoção deve ser reforçada com a colaboração de todos. Quem o afirma é o Presidente da Associação Portuguesa de Turismo de Culinária e Economia, José Borralho.

20 TesourosVinhos com personalidade, marcados pela frescura do Atlântico e por séculos de tradição. Os néctares da península de Setúbal emprestam os seus tons, aromas e Sabores à gastronomia local, promovendo a atratividade da Região.

23 ObservatórioOs resultados estatísticos da hotelaria da Cidade de Lisboa e da Região, no mês de Dezembro. O movimento no Mercado de Cruzeiros e no Golfe da Região.

31 Tendências “O Turismo Gastronómico de elite em Espanha tem os dias contados!” Confessava-me o diretor do Turismo Espanhol para Alemanha num recente jantar organizado pela Embaixada Espanhola em Berlim. “Já esgotámos o mercado com esta carta e agora estamos a voltar às bases e a promover jantares como este - inteiramente baseados em pintxos e em Cook Your Own Dinner”.

33 Lisboa Vista de ForaDuas páginas, dezenas de sugestões e várias fotografias ilustrativas da riqueza de Lisboa compõem um artigo, publicado na revista italiana Grazia, dedicado à capital portuguesa e à sua vasta oferta turística.

34 Boletim InternoEm linha com as novas tendências, a Revista Turismo de Lisboa (RTL) apresenta um restyling mais arejado, com mais elementos visuais. As mudanças dão mais expressão a imagens representativas dos conteúdos e são caraterizadas por apontamentos mais modernos.

38 Market PlaceLisboa surpreende quem a visita e quem nela habita pela multiplicidade da oferta que, constantemente reinventada, adapta-se a todos os gostos e supera expectativas.

50 Notas FinaisAprovado pelas entidades promotoras – ATL e ERT-RL – em finais de dezembro,

o novo Plano Estratégico entra agora na fase de implementação.

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4

Com a entrada em 2015, iniciamos a imple-

mentação do novo Plano Estratégico para a

Região de Lisboa, com base no qual preten-

demos elevar, uma vez mais, a fasquia do

nosso turismo, continuar a assegurar o seu

crescimento sustentado e, simultaneamente,

consolidar o destino entre os melhores.

Estamos deveras confiantes nos resultados

que este Plano irá proporcionar, porquanto re-

flete a participação empenhada dos diversos

players, públicos e privados, da nossa Região,

num objetivo comum: diversificar e promover

a riqueza da nossa oferta turística com base

na qualidade.

Sabemos que o nosso ponto de partida é já

muito elevado e a comprová-lo estão os re-

sultados dos principais indicadores turísticos

referentes a 2014, que mostram uma Lisboa

cada vez mais procurada, seja pelo turista que

viaja em lazer, seja pelo que viaja em negó-

cios.

É, pois, com orgulho que podemos dizer que

no ano transato Lisboa não só consolidou o

seu posicionamento internacional como des-

tino de primeira linha, como cresceu, atraindo

turistas de outros mercados. Segura, atrativa,

possuidora de enorme beleza natural e patri-

monial, Lisboa é referenciada a cada passo,

em toda a vertente da sua oferta turística,

pelos principais media internacionais, que a

recomendam como um destino ímpar e a não

“COM A ENTRADA EM 2015, INICIAMOS A

IMPLEMENTAÇÃO DO NOVO PLANO ESTRATÉGICO PARA

A REGIÃO DE LISBOA”

“A JUNTAR AOS MUITOS ENCANTOS DE LISBOA,ESTÁ A GASTRONOMIA

E OS VINHOS”

“O RESTLYING DA NOSSA REVISTA, FOI PENSADO PARA A TORNAR AINDA

MAIS ATRAENTE E DE FÁCIL LEITURA”

Um nOvO pASSO peLA nOtORiedAde de LiSBOA

E | Editorial

Mário Machado Presidente Adjunto do Turismo de Lisboa

perder. Mas sabemos que é sempre possível

fazer mais e melhor e estamos dispostos a

mostrá-lo.

E, a juntar a muitos outros encantos, não pos-

so deixar de referir a gastronomia e os vinhos,

um produto turístico que a ninguém deixa in-

diferente, mesmo quando já esteve em Lisboa

mais do que uma vez. Este é mais um “ingre-

diente” que, a par do shopping e da nightlife,

complementa a oferta cultural de um destino

com um grande potencial de ativos.

Um apontamento final para o restlying da nos-

sa revista, pensado para a tornar ainda mais

atraente e de fácil leitura. A RTL apresenta-se,

assim, com um visual mais clean, tendo como

até aqui sempre presente a promoção de Lis-

boa e da sua oferta turística, a informação e a

partilha de opinião sobre o setor.

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EUROPEAN BEST DESTINATION 2015

LiSBOA nOmeAdA pARA meLHOR deStinO eUROpeULisboa está nomeada para os prémios European

Best Destinations 2015, cuja votação decorre on-

line até dia 10 de fevereiro, em www.ebd2015.

com. A capital portuguesa surge entre os favo-

ritos, com base na opinião de especialistas em

Turismo sobre a qualidade dos serviços em hotéis,

restaurantes, museus, locais de diversão e outras

atrações turísticas.

Eleita Melhor Destino Europeu na 1.ª edição des-

tes prémios, em 2010, Lisboa é agora candidata

à vitória ao lado de 19 cidades, entre as quais

algumas das mais visitadas do continente, como

Amesterdão, Istambul, Madrid, Barcelona, Berlim,

Londres, Paris, Roma ou Praga.

PLANO ESTRATÉGICO 2015-2019

O QUe mUdA nA ReGiÃO de LiSBOAnOS pRÓXimOS CinCO AnOS?

Mostrar que o destino Lisboa é a capital da Eu-

ropa com maior diversidade, alargar o leque de

produtos turísticos, aprofundar a promoção ex-

terna na Alemanha, Espanha e Brasil, atingir os

10 milhões de dormidas de estrangeiros e 800

milhões de euros em proveitos na hotelaria, são

alguns dos objetivos do Plano Estratégico para o

desenvolvimento do turismo na Região de Lis-

boa até 2019.

A implementação do Plano inicia-se agora, com

a entrada em 2015, e os desafios são ambicio-

sos e exigentes. Trata-se de um trabalho meticu-

loso e de grande responsabilidade, que envolve

players públicos e privados, com interesse no

desenvolvimento e valorização turística da Re-

gião, bem como os vários municípios que inte-

gram a Entidade Regional de Turismo da Região

de Lisboa (ERT-RL).

O objetivo é criar uma visão coerente da Região,

através de soluções mais adequadas tendo em

conta as especificidades e diferenças das cin-

co centralidades turísticas existentes: Lisboa,

Cascais e Sintra, bem como Arrábida e Arco do

Tejo, que serão desenvolvidas.

Até 2019, a atividade da Associação Turismo

de Lisboa (ATL), Visitors & Convention Bureau

também será enquadrada por este novo Plano

Estratégico, pelo que o Plano de Atividades pre-

visto para este ano, embora não introduza uma

rutura relativamente ao anterior, o TLx14, já in-

troduz novas perspetivas e desafios, com impli-

cações bastante significativas na atividade da

ATL, assegurando a inovação que é expectável.

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O Aeroporto de Lisboa atingiu um recorde anual

de 18 milhões de passageiros processados em

2014, mais dois milhões que o valor registado

em 2013. O Aeroporto de Lisboa é o terceiro

com maior crescimento (13,5 por cento) en-

tre os 30 maiores aeroportos europeus. O de

Atenas foi o que cresceu mais em 2014 (+20,9

por cento) e o de Bruxelas registou o segundo

maior aumento, com 14,8 por cento.

BARÓMETRO DO IPDT

tURiSmO em 2015 meLHOR QUe 2014O Barómetro do Turismo do IPDT acaba de anunciar

que as perspetivas apontam para um 2015 ainda

melhor que 2014.

De acordo com a análise, 83,8 por cento dos inqui-

ridos acredita que este ano o turismo em Portugal

irá resultados globais melhores (80 por cento) ou

muito melhores (3,8 por cento) que no ano pas-

sado, enquanto apenas 1,2 por cento prevê um

desempenho pior e 15 por cento estima resultados

iguais a 2014.

Além das perspetivas para 2015, o estudo indica

ainda que o índice de confiança médio no desem-

penho do setor do turismo atingiu, no final de 2014,

o valor mais elevado desde Março de 2010, che-

gando aos 76,3 pontos, 2,3 pontos acima do último

registo (Abril de 2014).

No que diz respeito ao investimento realizado em

promoção interna, a maioria dos entrevistados

(61,3 por cento) considera que o investimento rea-

lizado no ano passado correspondeu às expetativas,

tendo estas sido superadas na opinião de 30 por

cento e ficado aquém das expetativas de 8,7 por

cento. Em relação ao investimento em promoção

externa, 48,1 por cento diz que esteve acima da

expectativa, 45,6 por considera ter estado dentro

das expectativas e 6,3 por cento responde que ficou

aquém das expetativas.

O Barómetro do Instituto de Planeamento e De-

senvolvimento do Turismo (IPDT) tem por base 80

respostas e um universo de 169 membros.

AEROPORTO DE LISBOA

ReCORde de 18 miLHÕeS de pASSAGeiROS

OMT

tURiSmO inteRnACiOnAL em ALtADe acordo com a Organização Mundial do Tu-

rismo, o turismo internacional deve registar

um número sem precedente, em 2014. O Ba-

rómetro OMT do Turismo Mundial avança que

até Outubro as expetativas foram ultrapassadas

com um aumento de cinco por cento de turistas

internacionais e que se prevê atingir um núme-

ro recorde de 1.100 milhões, no ano passado.

Entre janeiro e outubro registaram-se 978

milhões de turistas, mais 45 milhões que no

período homólogo de 2013. Este crescimento

de 4,7 por cento ultrapassou as estimativas de

longo prazo avançadas pela OMT para o período

2010-2020, que previam aumentos médios de

3,8 por cento ao ano.

Pelas várias regiões do Mundo verificou-se um

crescimento mais forte nas Américas (+ oito por

cento), seguindo-se Ásia e Pacífico (+ cinco por

cento) e Europa (+ quatro por cento). Por sub-

-regiões, a América do Norte (+ nove por cen-

to) e a Ásia Meridional (+ oito por cento) foram

as que registaram maior subida, seguindo-se a

Europa Meridional, Mediterrânica e Setentrional,

com mais sete por cento.

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EM FEVEREIRO

3.º COnGReSSO dA ApeCAte

Liberalização, concorrência e qualidade serão os gran-

des temas que estarão em debate no 3.º Congresso

da APECATE - Associação Portuguesa de Empresas de

Congressos, Animação Turística e Eventos, que está

marcado para os dias 6 e 7 de Fevereiro, em Lisboa.

No congresso vão estar em destaque as relações

entre o processo em curso de liberalização da ativi-

dade económica e a concorrência que gera entre os

diferentes tipos de players que operam no mesmo

mercado, com oportunidades desiguais e regimes

fiscais diferenciados.

Para tratar a liberalização sob o ponto de vista

fiscal e económico, o evento contará com a

participação de António Lobo Xavier e Augus-

to Mateus. A dimensão europeia desta temá-

tica será trazida por dois empresários estran-

geiros, um da área do Turismo de Ar Livre, o

outro da área dos Congressos e Eventos.

“O barato pode sair caro: valor de mercado

da qualidade e da certificação” é o tema do

2.º painel que será tratado em mesa redon-

da. Normas ISO, normas nacionais e selo de

qualidade APECATE serão alguns dos pontos

em cima da mesa. Os participantes podem

contar, ainda, com uma sessão prática de

avaliação do potencial do Programa Portugal

2020, na ótica das empresas de congressos,

eventos e animação turística. No âmbito dos

trabalhos do Congresso, a APECATE promove-

rá ainda durante a manhã do dia 7 de Feve-

reiro o debate de temas setoriais, ao qual se

seguirá um espaço exclusivamente reservado

a networking.

OMT E UNESCO

COnFeRÊnCiA SOBRe tURiSmO e CULtURAA Organização Mundial de Turismo (OMT) e a

UNESCO vão organizar, de 4 a 6 de Fevereiro, uma

conferência que, pela primeira vez, junta ministros

do Turismo e ministros da Cultura de todo o mun-

do, assim como especialistas de ambos os setores,

para explorar novos modelos de parceria entre o

turismo e a cultura.

De acordo com o comunicado de imprensa da

OMT, o turismo cultural pode contribuir para o cres-

cimento económico inclusivo, desenvolvimento

social e preservação cultural.

Desta forma, a conferência com o mote “UNWTO/

UNESCO World Conference on Tourism and Cul-

ture”, permite fornecer uma plataforma global

dedicada aos decisores políticos, especialistas e

profissionais do turismo e da cultura, que permite

dar conhecer e identificar os principais desafios e

oportunidades para o reforço da cooperação entre

estas duas áreas.

No decorrer do encontro vão ser debatidos cinco

temas-chave: os modelos de governação e parce-

ria, preservação cultural, culturas vivas e indústrias

criativas, rotas culturais e regeneração urbana atra-

vés do turismo cultural.

CIMEIRA MUNDIAL OMT

tURiSmO URBAnO em diSCUSSÃO

A participação dos cidadãos, a melhoria da in-

vestigação, informação e dados para orientar o

planeamento e gestão do produto, parcerias pú-

blico-privadas, a criação de clusters e a integração

sistemática de tecnologia, inovação e sustentabi-

lidade são as conclusões da 3.ª Cimeira Mundial

sobre Turismo Urbano.

Realizada em Barcelona, a 3.ª edição desta Ci-

meira levou a debate quatro áreas principais: a

mudança de ambiente, conhecimento e tecnolo-

gia, medidas e meios para que o turismo urbano

beneficie a cidade e arredores.

Uma das principais preocupações dos participan-

tes foi a falta de investigação e estudos que per-

mitam medir devidamente o turismo urbano, o

seu impacto e suas tendências e com isso poder

desenvolver produtos pensados para o mercado.

Como uma das grandes conclusões está, o facto de,

ser claro para todos os participantes que as cidades

devem tornar-se um espaço para ser usufruído por

todos os cidadãos, todos os turistas e investidores,

expandindo os benefícios do turismo urbano em seu

redor para multiplicar o seu impacto e gerir conges-

tionamentos.

Outro dos aspetos centrais assinalados para este

novo paradigma de desenvolvimento do turismo

urbano foi a criação de clusters públicos e privados

de todos os setores, uma iniciativa que exige que se

tome consciência de que o turismo é um instrumen-

to político de coesão social e conservação natural,

mais que o aporte fundamental como atividade

económica.

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A Endutex Hotéis acaba de lançar a marca Moov e

de acordo com uma notícia divulgada pelo Diário

Económico, o grupo têxtil Endutex prevê ainda in-

vestir 34,6 milhões até 2017 na sua expansão.

No que diz respeito a Lisboa, o grupo tem projeta-

das duas novas unidades. A primeira, cuja constru-

ção deverá arrancar ainda este ano, será vocacio-

nada para o turismo de negócios e resultará de um

investimento de quatro milhões de euros. Já a outra

está programada para o Parque das Nações. Com

o início da construção previsto para o próximo ano,

este hotel irá contar com 192 quartos e nele serão

investidos cerca de 10 milhões de euros.

GRUPO ENDUTEX

ApOStA nA HOteLARiA em LiSBOA

PORTUGAL TOURISM CHALLENGES

nOvOS ORAdOReS COnFiRmAdOSA 2.ª edição do Portugal Tourism Challenges, que

decorre a 14 de Março, em Lisboa, anunciou a con-

firmação de mais duas oradoras: Maria Lence, da

Sojern, e Katka Lapelosová, da Matador Network.

Até agora, o encontro conta também com a pre-

sença confirmada de Fabrizio Di Martino, da IGH,

Kash Bhattacharya, da Budget Traveller, Stefanos

Karagos, da Xplain, e Rui Ventura, da APPM.

De notar que Maria Lence, responsável pela su-

pervisão do sul da Europa na Sojern, conta

com mais de dez anos de experiência na in-

dústria do Turismo, em particular nos merca-

dos português e espanhol.

Katka Lapelosová, escritora de viagens e so-

cial media editor em Nova Iorque, desempe-

nha funções na indústria do turismo desde

2010, nomeadamente nas áreas editoriais e

vendas, acumulando atualmente os cargos de

editora-chefe e diretora de Social Media da

Matador Network.

CAPITAL PORTUGUESA

meLHOR pARA FÉRiAS de LUXO LOW COStLisboa é uma das melhores cidades da Europa

para fazer férias de luxo a um preço bastante

acessível. Quem o afirma é o site KAYAK que

comparou os preços de várias unidades hotelei-

ras europeias para elaborar um ranking com as

dez cidades onde o luxo sai mais barato.

O site analisou milhares de unidades hoteleiras

da sua base de dados para descobrir quais são

as cidades que oferecem luxo e conforto a pre-

ços mais acessíveis e a conclusão foi divulgada

numa lista que coloca Lisboa no quinto lugar dos

hotéis de cinco estrelas mais baratos da Europa.

Ainda de acordo com o site norte-americano,

o custo médio de ficar instalado num hotel lu-

xuoso na capital portuguesa é de cerca de 150

euros por noite.

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ARAC

pAULO mOURA É O nOvO pReSidentePaulo Moura é o novo presidente do Conselho

Diretor da ARAC - Associação dos Industriais

de Aluguer de Automóveis Sem Condutor.

O representante da Europcar, liderou a úni-

ca lista candidata às eleições para o triénio

2015-2017, e considera ser “um mandato de

mudança e de continuidade”.

As eleições tiveram lugar após uma revisão

dos Estatutos da associação que celebra o seu

40.º aniversário este ano, de modo a “agilizar

a operacionalização e adaptação da ARAC aos

novos tempos”.

PEDRO COSTA FERREIRA

ReeLeitO pReSidente dA ApAvtPedro Costa Ferreira acaba de ser reeleito pre-

sidente da APAVT – Associação Portuguesa das

Agências de Viagens e Turismo, para o triénio

2015-2017. De acordo com comunicação oficial,

a lista liderada por Pedro Costa Ferreira recolheu

189 dos 194 votos apurados.

CML

AR pURO e emiSSÕeS ZeROA Câmara de Lisboa indicou que a Zona de Emis-

sões Reduzidas (ZER) já permitiu melhorias sig-

nificativas na qualidade do ar na cidade e que

novas restrições à circulação vão ser impostas

este ano.

O director municipal de Mobilidade e Transportes

da Câmara de Lisboa referiu que com a ZER as

emissões de partículas inaláveis caíram 20 por

cento entre 2011 e 2012, e as emissões de dióxi-

do de azoto desceram oito por cento.

Com a terceira fase da ZER, que entrou em vigor

no passado dia 15 de janeiro, as expectativas são

bastante otimistas, até porque o número de via-

turas abrangidas pelas restrições será largamen-

te superior aquele que se verificou até aqui. É

estimado que na Avenida da Liberdade e na

Baixa se evitem 30 por cento das emissões

anuais de partículas inaláveis e 22 por cento de

emissões de dióxido de azoto. Já na Zona 2, a

previsão é que as primeiras caiam 74 por cento

e as segundas 19 por cento.

Foi há cerca de três anos que a Câmara de Lisboa

avançou com a primeira fase da ZER, que tornou

ilegal a circulação no coração da cidade de veícu-

los anteriores a 1992. Logo no ano seguinte, as

regras tornaram-se mais apertadas: na Baixa e na

Avenida da Liberdade passaram a poder circular

apenas veículos construídos a partir de 1996 e

foi criada uma segunda zona, com restrições para

pesados e ligeiros anteriores a 1992.

AMADEUS BRIGHTER AWARDS 2014

AntÓniO COStA eLeitO GeStOR dO AnOAntónio Costa, presidente da Câmara de Lisboa,

foi distinguido na categoria de Gestor do Ano no Se-

tor Público, na 2.ª edição dos Prémios Amadeus Bri-

ghter Awards, pelo seu trabalho de promoção turís-

tica de Lisboa. Para o autarca, “a cidade só ganhou

este prémio porque pode contar com os hoteleiros,

a TAP, os operadores turísticos e todos os que fazem

Lisboa”. Este evento é promovido pela Amadeus,

empresa que se dedica ao desenvolvimento de so-

luções tecnológicas ao serviço do setor do turismo

e viagens e os prémios atribuídos visam distinguir

personalidades e instituições na área do turismo que

se destacaram em cada ano no desenvolvimento e

promoção do setor.

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Passados 16 anos desde a sua construção, a Estação

do Oriente continua a conquistar admiradores e a

somar elogios vindos de todos os cantos do mun-

do. Desta vez, foi o jornal britânico Daily Mail

que colocou a gare lisboeta no topo da lista

das 15 mais impressionantes do mundo.

“Embora haja muitos terminais ferroviários

feios e meramente práticos pelo mundo, há

também um conjunto de estações magnífi-

cas, muitas vezes desenhadas por arquitetos

de renome”, pode ler-se no artigo do Daily

Mail.

Entre estas estações magníficas está a Estação

do Oriente, que o jornal descreve como “ultra-

moderna”, destacando o responsável pela sua

conceção, o arquiteto Santiago Calatrava.

A Estação Ferroviária de Lisboa-Oriente foi

construída com o objetivo de servir a Expo’98

e, posteriormente, o Parque das Nações, que

nasceu no local onde decorreu aquele evento

internacional.

O jardim do Palácio dos Marqueses de Fronteira é

um dos mais belos de Portugal e do mundo. Presen-

te no livro The Gardener’s Garden, em conjunto com

outros 250 jardins, o jardim do Palácio dos Marque-

ses de Fronteira volta a ganhar destaque na edição

espanhola da revista turística Condé Nast Traveler.

Tendo o livro como referência, a publicação decidiu

selecionar os dez jardins mais inspiradores, colocan-

do o jardim lisboeta nesse top 10.

Os “azulejos”, de manufatura cuidada, as “fontes es-

petaculares” e os “arbustos” impecáveis e geomé-

tricos que decoram o jardim foram enunciados como

os principais motivos para o destaque merecido.

O Palácio da Fronteira, junto ao Parque Florestal de

Monsanto, em Lisboa, foi construído entre 1671 e

1672, como pavilhão de caça para D. João de Masca-

renhas, o primeiro marquês de fronteira. Os seus jar-

dins distinguem-se pelos vários painéis de azulejos

representativos dos costumes campestres de cada

estação do ano e dos cavaleiros antepassados da

família, bem como por uma galeria decorada com

bustos de reis portugueses.

JARDIM DO PALÁCIO DOS MARQUESES DE FRONTEIRA

eLeitO Um dOS mAiS BeLOS dO mUndO

O jornal australiano Daily Telegraph nomeou o Elé-

trico 28 como um dos melhores do mundo para

deambular pela cidade de Lisboa. Da lista constam

os melhores elétricos do mundo para passear e o

“28” merece destaque.

Segundo a publicação, uma “estadia em Lisboa não

fica completa sem um passeio no elétrico 28”, um

meio de transporte considerado “um ponto alto para

os turistas e uma forma prática de transporte para

os habitantes locais”.

O “28”, como é simplesmente chamado em Portu-

gal, liga Campo de Ourique ao Martim Moniz, pas-

sando por locais emblemáticos como Chiado, Mira-

douro de Santa Luzia e Estrela, entre muitos outros.

ELÉTRICO 28 diStinGUidO

A cadeia televisiva Indian TV News colocou

o Palácio da Pena numa lista que reúne os

cinco palácios mais magníficos do mundo.

A propósito dos vários palácios seleciona-

dos, a cadeia indiana refere que, “alguns

dos mais bonitos palácios do mundo foram

os lares de reis e imperadores. Embora al-

guns tenham sido demolidos ou se tenham

deteriorado, há outros que continuam a ma-

ravilhar quem os observa com a sua gran-

diosidade”.

O Palácio da Pena é um destes exemplos

“gloriosos”, construído no topo da serra de

Sintra. “Considerado monumento nacional

é considerado uma das maiores expressões

do romantismo do século XIX no mundo”,

acrescenta o artigo.

A cadeia televisiva conta que o edifício, que

era, originalmente, um pequeno mosteiro,

foi destruído com o terramoto de 1755 e

transformado por ordem do Rei D. Fernando,

que o converteu num palácio destinado a

servir de residência de verão para a família

real portuguesa.

“Declarado Património da Humanidade pela

UNESCO em 1995, o Palácio Nacional da

Pena é também uma das Sete Maravilhas

de Portugal”, finaliza a Indian TV News.

PALÁCIO DA PENA

nO tOp dOS mAGnÍFiCOS

GARE DO ORIENTE UmA dAS mAiS impReSSiOnAnteS

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NNacional | TU

RISMO

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CONDÉ NAST TRAVELER

Sete RAZÕeS pARA viSitAR A CApitALA revista norte-americana Condé Nast Traveler reu-

niu sete razões para visitar Lisboa, cidade que está a

“deixar loucos os viajantes bem informados” e que,

“repentinamente, entrou no radar” do mundo.

O artigo publicado na revista, assinado pela viajan-

te Oneika Raymond, aponta como primeiro motivo

para visitar Lisboa o facto de se tratar de uma ci-

dade com preços acessíveis, ao contrário de outros

destinos europeus. “Lisboa é linda”, com as suas

ruas cheias de “romance e energia” e decoradas

com azulejos, lê-se no artigo, que elogia a ampla

Avenida da Liberdade e o “magistral arco da Rua

Augusta”, no Terreiro do Paço.

A estas qualidades, a autora do elogioso artigo junta

o clima ideal - “a proximidade de Lisboa da costa

significa que o tempo é bom durante todo o ano”, o

que facilita as viagens fora de época alta - e o facto

de ser “perfeita para amantes de praia”, já que é

uma das únicas cidades europeias rodeada de zonas

balneares, como Cascais ou Estoril.

O tema da gastronomia é também destacado como

“o sonho de qualquer amante de marisco” graças à

sua riqueza em pratos de peixe, desde o bacalhau,

às amêijoas à bulhão pato. Aos que apenas queiram

satisfazer desejos de doçura, a revista recomenda o

incontornável pastel de Belém.

A finalizar a lista de motivos pelos quais os turistas

devem incluir a capital portuguesa entre os desti-

nos a visitar está a animada vida noturna da cidade

(Bairro Alto e Cais do Sodré) e as muitas casas de

Fado, bem como a proximidade da vila de Sintra que

é uma paragem obrigatória com os seus “antigos

palácios reais”, património mundial da UNESCO.

THE GUARDIAN

LiSBOA tem UmA dAS meLHOReS diSCOteCAS dA eUROpALisboa tem uma das 25 melhores discotecas da

Europa. O Lux, um dos principais clubes notur-

nos da capital portuguesa, faz parte de uma

lista compilada pelo jornal britânico The Guar-

dian, que perguntou a DJ’s, promotores musi-

cais e gerentes de editoras discográficas quais

os seus locais preferidos para fazer a festa até

ao amanhecer.

O clube lisboeta entrou na compilação da pu-

blicação inglesa pela mão de João Pedro Silva,

da editora “Enchufada Records”, que o elegeu

como o seu favorito por várias razões: “fan-

tástico sistema de som”, “pistas de dança de

madeira”, “um grande terraço”, “alinhamentos

variados” e “ambiente gay-friendly”, afirma.

A decoração da discoteca também é referi-

da como motivo, visto que “a discoteca pede

regularmente a artistas que desenhem peças

para a decoração e tem também instalações

luminosas e em formato vídeo que estão sem-

pre a mudar”, acrescenta João Pedro Silva, que

acrescenta que o Lux é um local “estranho e

divertido”.

De acordo com o representante da editora, o

clube noturno é “ligeiramente elegante, mas

aberto a todos” e, embora “ligeiramente artís-

tico, é possível ouvir de tudo”. Às vantagens

de frequentar o Lux soma-se o facto de, pela

manhã, ser possível apreciar uma vista soberba

sobre o rio Tejo.

CASCAIS, ESTORIL E SINTRA

entRe OS deStinOS mAiS SUStentÁveiS dO mUndOCascais, Estoril e Sintra estão no top 100 dos

destinos mais sustentáveis do Mundo, segun-

do a plataforma Green Destinations.

A lista dos cem destinos mais sustentáveis

para passar férias no mundo foi revelada pelo

site greendestinations.info e segundo diz o

seu diretor, Albert Salman, o objetivo é “re-

conhecer os destinos turísticos que levaram a

sustentabilidade a sério e se esforçaram para

fazer a diferença”.

Cascais-Estoril obtiveram uma excelente ava-

liação, alcançando os 8.0 numa escala de 0 a

10, e Sintra atingiu os 4.1.

Esta lista resulta de uma seleção realizada por

30 especialistas internacionais, que escolhe-

ram sítios pelos vários continentes.

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LiSBOA, Um CASe StUdY dO tURiSmO mUndiALA gastronomia nacional, diversificada e de elevada qualidade, proporciona uma experiência ímpar e inesquecível, cuja promoção deve ser reforçada com a colaboração de todos. Quem o afirma é o Presidente da Associação Portuguesa de Turismo de Culináriae Economia, José Borralho.

JOSÉ BORRALHOpReSidente dA ASSOCiAÇÃO pORtUGUeSA de tURiSmO de CULinÁRiA e eCOnOmiA

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LEXA

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1.º Embassy Head of Mission do Mundo

Questionado sobre qual o signifi-

cado de ser o primeiro Embassy

Head of Mission do Mundo, José

Borralho afirma que é sempre

com a maior satisfação que vê

qualquer português a ser o melhor

ou o primeiro em qualquer coisa.

“Só mostra que nós, portugueses,

temos valor e que é reconhecido,

por isso deveríamos ser um povo

muito mais orgulhoso pelo que

somos e fazemos”.

José Borralho declarou sentir-se

obviamente satisfeito e orgulhoso

com a distinção, tanto mais que

não foi atribuída exclusivamente

a título pessoal, mas por repre-

sentação da APTECE. Tal “significa

que o trabalho que temos vindo

a fazer está a ser reconhecido e

este cargo vai-me dar responsabi-

lidades acrescidas para potenciar

o setor do turismo gastronómico

nacional”, salienta.

O Embassy Head of Mission tem

por missão captar e liderar novos

embaixadores do World Food

Travel Association a nível mundial

e representar o setor, mas sempre

que intervier claro que estarei

também a “vender” Portugal e

aquilo que temos de melhor, o

que já fazia com gozo e continua-

rei a fazer, agora a uma escala

maior, refere.

Tendo em conta a diversidade da

nossa oferta gastronómica, consi-

dera poder a mesma ser um cartão-

-de-visita de Portugal?

Sem qualquer dúvida. É a diversidade

que torna Portugal tão atrativo e, segun-

do a opinião de outros mais experientes

na área como bloggers internacionais e

food tour operators, essa diversidade

pode bem ser o nosso fator-chave de

sucesso e distintivo quando falamos de

turismo gastronómico ou de turismo

de culinária, como lhe chamamos na

APTECE. A esta diversidade temos asso-

ciada autenticidade, genuinidade, qua-

lidade e quanto mais tivermos melhor.

Quando comparamos Portugal com re-

giões como a Toscânia, vemos que a

oferta deles nesta área é baseada nos

frutícolas e hortícolas biológicos, no vi-

nho, no azeite, no presunto, no quei-

jo pecorino e em experiências com

chefes, ou seja mais no produto e

não tanto na receita.

Se olharmos para a Provença, em Fran-

ça, a aposta é maior nos vinhos, nas

carnes, queijos e nalgum peixe.

Portugal, Continental e ilhas, possui

uma diversidade e uma qualidade incrí-

veis, que vai muito além destes produ-

tos. Temos queijo, vinhos, frutas, licores,

espumantes, carnes, peixe, marisco, do-

çaria, pão, conservas, artesanato, enchi-

dos, histórias e mais histórias e, por isso,

não ficamos atrás destes mercados.

Devemos é definir pacotes concretos

e ter uma política ativa de promoção

e comercialização neste contexto. Só

na APTECE encontrámos cerca de 15

potenciais roteiros gastronómicos para

venda, o que é importante. Com esta

oferta não esgotámos mercado, ou seja,

um mesmo turista pode repetir Portu-

gal, em diferentes momentos, noutras

regiões do país.

Quais são os principais atrativos e

elementos diferenciadores da ofer-

ta gastronómica de Lisboa?

A atratividade e a diferenciação de Lis-

boa passam muito pela sua moderni-

dade. Lisboa é hoje um case study no

turismo mundial, ganha tudo o que é

prémio e está sem dúvida na moda.

Quem procura Lisboa, vem provavel-

mente à procura de um destino cultural,

trendy, cosmopolita, uma cidade segura

e capaz de surpreender pela sua beleza

e preço. Lisboa é um destino barato e

que responde ao critério value for

money que o turista de hoje procura.

Por isso, no que toca à gastronomia,

Lisboa tem que posicionar-se nestes

valores e deve dar destaque a meia

dúzia de elementos que entram

nestes conceitos. Diria que Lisboa

tem como atrativos os restaurantes

de qualidade que possui e a acessi-

bilidade fácil a conceitos multicultu-

rais. Hoje temos dois mercados de

encher o olho, o de Campo de Ou-

rique e o Mercado da Ribeira, este

com mais de 70 por cento de fre-

quência de turistas. A oferta é ino-

vadora e sem dúvida de qualidade.

Entretanto, a região de Lisboa possui

uma costa que permite trabalhar o

tema do melhor “Peixe do Mundo”

de forma muito simples e eventos

como o “Peixe em Lisboa” são alvo

de cada vez maior reconhecimento.

Depois temos empresas, como a

Taste of Lisboa e a Lisbon Stories, a

trabalharem conceitos interessantes

de food tours, desvendando segre-

dos de uma Lisboa praticamente

desconhecida mas atrativa, com

os bairros históricos da Mouraria e

Madragoa.

Contudo, é preciso ir um pouco mais

longe, é preciso trazer para Lisboa

grandes eventos gastronómicos de

reconhecimento europeu e mun-

dial, como é o caso do World Food

Travel Summit, que conseguimos

através da APTECE. Mas também

é preciso ter open mind e fazer o

benchmarking de outros destinos,

como o fizemos com os mercados,

olhando para Barcelona e Madrid e

tendo feito melhor que eles.

O conceito de street food é um deles

e estamos a assistir a uma experiên-

cia da CML nesse âmbito, mas é pre-

ciso mais. Londres revolucionou-se na

gastronomia tendo por base a street

food e hoje o negócio representa o

equivalente a mais de dez milhões

de euros em receitas diretas. Foram

criados espaços específicos e nasce-

ram zonas de animação em torno da

gastronomia como o Shoreditch Dis-

trict. É um caso sobre o qual vale a

pena refletir.

Lisboa é um destino gastronó-

mico?

Diretamente não, nem creio que seja

essa a sua vocação. Lisboa tem muito

conteúdo, muito produto turístico e

deve ser sempre um destino de oferta

integrada. Mas Lisboa pode ser tem-

poralmente um destino gastronómico

quando tem eventos dedicados como

o “Peixe em Lisboa” ou em continui-

dade se conseguir criar a articulação

do produto “gastronomia” com as

restantes ofertas. Aí sim, pode dar um

passo importante para ganhar mais

um potencial competitivo.

Na sua opinião, como deveria

posicionar-se Lisboa no que à

promoção da gastronomia diz res-

peito?

Tenho defendido sempre que Lisboa

deveria assumir o principal papel

nessa promoção, precisamente como

cartão-de-visita do país. Não quero

dizer com isto que Lisboa agora deve

ser vendida pela gastronomia, de

todo, até porque Lisboa tem muitos

produtos turísticos para vender. O que

é preciso saber é “embrulhar” a gas-

tronomia com esses diferentes eixos

e produtos. Há que saber potenciar os

nossos chefes, os belos restaurantes

que possuímos, alguns com estrelas

Michelin e outros sem, mas igual-

mente bons. Saber tirar partido da ge-

nuinidade dos bairros históricos e do

convívio à mesa com as suas gentes e

locais ainda mais genuínos.

Lisboa possui oferta gastronómica,

não necessariamente de turismo

gastronómico. Repare-se que turismo

gastronómico não é oferecer uma

lista de restaurantes. É muito mais

do que isso, é saber dar algo único e

memorável, através de uma boa ex-

periência.

De qualquer modo, mesmo ao nível

básico, o da simples oferta gastronó-

mica, Lisboa tem tanto de boa como

de má oferta e lamentavelmente nos

principais pontos turísticos.

Urge rever a oferta nos principais

pontos de frequência turística. O que

temos na Baixa, na Rua Augusta,

junto ao Coliseu e mesmo, ainda, na

Praça do Comércio é lamentável. Te-

mos locais da cidade atrativos, bem

frequentados, e depois é-nos ofe-

recido algo que nem qualidade tem

para ser definido como gastronomia.

É a diversidade que torna Portugal tão atrativo e, segundo a opinião de outros mais experientes na área como bloggers internacionais e food tour operators

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O oceano, por sua vez, oferece-nos uma riqueza única de peixes e mariscos, que deve ser cada vez mais valorizada pela qualidade que nos proporciona

É desastroso, com níveis de qualidade

altamente duvidosos e refeições sem

nexo, nem sabor. Há, na maioria des-

tes casos, uma procura pelo lucro fácil,

numa fórmula “um turista, uma dose

de lucro”, mas não haverá nunca fi-

delização nem endorsement desse

mesmo turista e pior é a imagem da

cidade e do país que estão em causa.

Adam Liaw, vencedor do MasterChef

Austrália, esteve em Lisboa em maio

e saiu da cidade com uma péssima

ideia da sua gastronomia. Salvou-se

a imagem do país e converteu-se

essa ideia quando chegou ao Porto

e algumas pessoas explicaram-lhe

que tinha andado nos locais errados

e precisamente nesse tipo de restau-

ração. Lisboa, no toca à gastronomia,

tem que ter cuidado no que oferece

e deveria ter um papel fundamental

na promoção das restantes regiões

assumindo um papel de facilitador, de

cross seller, articulando produtos que

permitam a visita a essas regiões e

assim contribuir para reter mais dias e

noites esses turistas no país.

Quais devem ser os princípios bá-

sicos da promoção gastronómica

nacional e as suas mais-valias di-

ferenciadoras?

Há muitas pessoas e entidades que

acham que somos uns “chatos” sem-

pre a insistir na questão gastronómica

e há mesmo quem nos diga que não

podemos empanturrar os turistas com

comida portuguesa. Estão enganados,

pois não é essa a forma de promo-

ver a gastronomia que queremos ou

que deve ser feita. Isso não é turis-

mo gastronómico, até porque a nossa

vocação vai no sentido de promover

a experiência gastronómica e essa

é conseguida pelo envolvimento,

pela defesa das artes culinárias, pelo

contacto com o produto e com o ter-

ritório, gerando experiências únicas e

memoráveis.

Qualquer pessoa, incluindo os turistas,

tem uma necessidade básica: alimen-

tar-se três vezes ao dia, pelo que te-

mos um potencial de mercado de 100

por cento. Logo, se a essa necessidade

pudermos adicionar algo mais, esta-

mos a contribuir para o aumento da

sua satisfação e endorsement do des-

tino. O turista de hoje já não procura

apenas o alimento em si. Interessa-se

pela cultura por via da gastronomia,

pelos produtos locais, pela inovação,

pelo conceito do alimento e do espa-

ço, como também pela experiência

em torno da refeição. Há toda uma

experiência que não passa apenas

por pedir um prato, comê-lo, ser bem

atendido e já está.

Neste campo, em Portugal, os fatores-

-chave podem ser o solo, o oceano e

as gentes. São essenciais e diferencia-

dores. O solo, porque nos proporciona

esta riqueza de produto, dos legumes,

frutas, animais que geram produtos

lácteos, carnes e enchidos. Acrescem

as condições climáticas e a nossa geo-

grafia, fundamentais para a qualidade

de determinadas produções.

O oceano, por sua vez, oferece-nos

uma riqueza única de peixes e maris-

cos, que deve ser cada vez mais va-

lorizada pela qualidade que nos pro-

porciona. Uma vez mais, a localização

faz da nossa sardinha, do robalo e de

outros peixes e mariscos diferentes e

melhores.

Quanto às gentes, há a salientar a sua

genuinidade, engenho através dos

tempos e a forma apaixonada como

defendem e produzem os nossos pro-

dutos, assim como o romantismo em-

pregue na confeção e na preservação

de artes, algumas ancestrais.

Este trinómio, a que se podem juntar

outras mais-valias, como o Sol, são, na

minha opinião, a base e o grande fa-

tor de diferenciação, mesmo quando

falamos de concorrentes como Itália

e Espanha. Além disso, a dimensão

do território continental é uma mais-

-valia, permitindo em poucas horas ir

de Lisboa ao Centro, ao Norte ou para

Sul, sem grandes complicações e usu-

fruindo de uma diversidade que vai

de 50 em 50 Km.

No caso dos visitantes que trouxemos

a Portugal, e alguns percorreram o

país, tem-lhes sido difícil eleger a re-

gião mais atrativa, porque todas elas

são diferentes na oferta, iguais na

hospitalidade e seguras no global, o

que hoje em dia é um dado impor-

tante para quem viaja.

GAStROnOmiA nACiOnAL É UmA eXpeRiÊnCiA úniCA

Em sua opinião, a gastronomia

nacional reúne as condições

para atrair os os culinary trave-

lers ou os food travelers?

Sim, 100 por cento de condições e a

resposta não é minha. É dada pelos

cerca de 30 profissionais – entre jor-

nalistas, food tour operators, bloggers

e outros experts na área –, que rece-

bemos nos últimos meses para que

vivessem experiências em torno da

nossa gastronomia.

A única “queixa”, uma boa queixa,

foi o facto de assumirem ser quase

impossível resistir a tudo o que lhes

é oferecido. Há uma empatia natural

e imediata entre a gastronomia tradi-

cional portuguesa e quem a prova. É

autêntica e genuína como as pessoas

que a servem. É única e em muitos

casos memorável, sobretudo quando

é proporcionada também a experiên-

cia culinária. Ninguém se esquece de

um Pastel de Tentúgal depois de ter

assistido à sua confeção. Tal como é

para sempre a experiência de uma

pescaria seguida da preparação e

confeção de uma caldeirada por pes-

cadores em Peniche. Não se resiste

ao sabor de uma alheira depois de

ouvir a sua história. Não se compara

o vinho verde a mais nenhum vinho

no mundo. Memorizam para sempre

o odor da pureza do nosso azeite. Vi-

bram com os sabores das nossas fru-

tas, com a maçã de Alcobaça, a pêra

rocha, os mirtilos, de Sever do Vouga,

ou as cerejas do Fundão. Adoram os

doces conventuais, a broa de milho,

os queijos, as carnes e os enchidos,

entre outros.

Portugal é, definitivamente, um país

a considerar para liderar em turismo

gastronómico e essa foi uma das ra-

zões que argumentámos para trazer

até nós o World Food Travel Summit

em 2015.

É este o tipo de vivência que a maioria

dos culinary travelers de hoje procura.

De qualquer modo, quando olhamos

para este mercado, há espaço para

vários conceitos. O Enoturismo tem o

seu espaço, as experiências em res-

taurantes com estrelas Michelin têm o

seu público e as experiências que de-

fendemos em gastronomia têm o seu

mercado. Importa é sabermos o que

promover e para quem, conseguindo

a plenitude.

Como tem sido a evolução do tu-

rista culinário, que procura a gas-

tronomia como motivação de

viagem?

Sempre existiu um turista culinário,

apesar de ser um nicho ou do próprio

turista desconhecer essa motivação e

“perfil”, até o descobrir em determi-

nados destinos.

Na sua essência, ele começou por

ser o turista tradicional que se ali-

menta três vezes por dia e procura

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fazê-lo com gastronomia local. Neste

aspeto, há países que acabaram por

levar vantagem, como o México, Bra-

sil, Itália, Peru, China, Japão, Grécia,

Espanha e França, esta já por razões

mais elitistas. As pessoas acabam

por escolher determinados destinos e

serem orientadas para o consumo de

produtos tradicionais locais.

A motivação de viagem pela gastro-

nomia acabou por dar-se ou ser mais

mediática na última década por força

de uma moda em torno da rota dos

restaurantes com estrelas Michelin,

como o Noma (Copenhaga) ou o ex-

tinto El Bulli (Barcelona), sendo que a

marcação da viagem é feita apenas

depois de conseguida reserva no res-

taurante.

Houve depois uma grande evolução,

iniciada nos mercados americano e

canadiano em torno da procura da

experiência, e há uma justificação.

Primeiro, uma tendência em torno da

gastronomia, que vai dos programas

de TV aos food contests e pela adora-

ção dos chefes. Isto acaba por cruzar

com a forma como a crise mundial

afetou as famílias e nos devolveu a

inspiração para a cozinha, alguns por

moda, outros por necessidade.

Depois, temos o advento da tecnolo-

gia e de tendências como o nowism

e o newism (uma que apela para a

incapacidade de esperar e exigirmos

tudo no imediato e a outra que nos

transporta para a economia da expe-

riência, querendo usufruir de tudo o

que é novo). Juntas acabam por nos

causar stress e fazem-nos desejar

momentos únicos e de conforto, espi-

ritual e físico. Refira-se que a maioria

do conforto no ser humano transpor-

ta-nos às bases familiares, à infância

e ao convívio com os pais e avós e,

inevitavelmente, à mesa e à cozinha.

Conjugado, tudo isto leva a que haja

um interesse maior na confeção tradi-

cional e na novidade que isso constitui

hoje – apesar de ser parte do passado

– nas artes antigas, mas que tanto nos

dão de conhecimento e de conforto.

É a procura por algo íntimo, pela se-

gurança do passado e por histórias.

Vivemos numa época em que privile-

giamos o storytelling e a cozinha, em

particular, mas não exclusivamente,

e a mais tradicional proporciona isso.

Instado a fazer o balanço do Con-

gresso Nacional de Turismo de Culi-

nária, que teve por tema “Portugal

Exclusivo - Comida com Histórias”,

José Borralho considera que para

um primeiro congresso, foi muito

positivo em todos os sentidos.

Tivemos um elevado número de

congressistas, cerca de 180 nos

dois dias, e contámos com cerca de

20 expositores ligados à produção

e a outras vertentes que potenciam

o turismo culinário, em particular

ao artesanato, refere.

Participaram, igualmente, 29 ora-

dores que abordaram temas como

a sustentabilidade, a inovação,

o papel da moderna distribuição

ligada aos produtos típicos locais e

a importâncias das redes sociais,

para além de um responsável da

Toscânia que falou sobre a expe-

riência daquela que é a região do

mundo mais avançada nesta área.

Convidámos experts internacionais

que viajaram por Portugal e que

nos mostraram o nosso potencial e

participámos ainda num workshop

de cozinha com o chefe Hélio

Loureiro, adianta.

Em termos de balanço, destaca,

chegou-se a conclusões e a con-

firmações interessantes, resul-

tantes da discussão e das linhas

de pensamento que já existiam

na APTECE, entre as quais se

realça, por exemplo, a neces-

sidade de trabalhar as bases:

produtores, escolas de cozinha,

restauração e hotelaria, para que

haja uma maior interação entre

estas na oferta de turismo de

culinária.

Outro aspeto, prossegue, consiste

na necessidade de estabelecer

um posicionamento premium de

Portugal como destino gastro-

nómico, o que deriva do próprio

target deste tipo de produto,

com capacidade de compra

superior à média.

Estes e outros resultados serão

agora abordados com parceiros,

dando origem a grupos e a

programas de trabalho da APTECE,

de modo a seguirmos a rota

estratégica que nos faz sentido,

até dentro do trabalho de coope-

ração a efetuar com as entidades

oficiais, conclui.

COngRESSO nACIOnAL DE TURISMO DE CULInáRIA

Balanço positivo

Page 16: PLANO ESTRATÉGICO 2015-2019 DESAFIOS DO … ·  · 2016-08-13DO TURISMO MUNDIAL DEZEMBRO 2014 OBSERVATÓRIO DO TURISMO ... pelo que o Plano de Atividades pre - visto para este ano,

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Assim, hoje, viajamos para a Toscânia

para viver numa villa antiga, convi-

ver com produtos biológicos e com o

chefe, mas também com a cultura de

produtos de referência dessa região.

A Whole Foods, uma reconhecida ca-

deia de supermercados americanos, é

um case study na organização, para

os seus clientes, de viagens em tor-

no dos produtos que vende, todos de

qualidade e maioritariamente típicos,

onde o Douro e o Alentejo passarão

a ser incluídos.

O turista culinário de hoje é, pois,

multicultural devido ao fenómeno

da emigração, da globalização e da

internet e isto mudou também a sua

relação com a gastronomia. Atual-

mente procura a autenticidade nos

locais que visita, preocupa-se com a

origem dos produtos e reconhece o

valor da gastronomia como meio de

socialização e como espaço de parti-

lha da vida com outros, da partilha de

experiência. Todos estes fenómenos

condicionaram esta evolução que será

muito mais do que uma moda. Será

para ficar, tal como confirmam dados

da Organização Mundial de Turismo

segundo os quais 88,2 por cento dos

seus países membros considera a

gastronomia relevante para definição

da identidade de um povo.

COOpeRAÇÃO entRe OS AGenteS eCOnÓmiCOS

Em que consiste o projeto “Terra

de Culinária”?

Contribuindo para a recuperação, pre-

servação, promoção e divulgação da

herança culinária nacional, e em par-

ticular regional, a APTECE propôs-se

criar e desenvolver um projeto que

promova igualmente a cooperação

entre os diferentes agentes económi-

cos para que possam conjuntamente

candidatar o seu município, unidade

territorial ou sub-região a sagrar-se

“Terra de Culinária”.

O objetivo é criar uma dinâmica úni-

ca de promoção e de preservação da

gastronomia local, através do esforço

integrado e da cooperação entre os

vários agentes económicos, e de pro-

moção turística e cultural locais, para

atrair visitantes nacionais e estrangei-

ros e assim dinamizar a economia re-

gional, tendo por base a gastronomia

tradicional e os produtos típicos que a

representam.

Uma aposta que consideramos ga-

nha, pelo facto de a grande maioria

das candidaturas ter sido protagoniza-

da por autarquias, respeitando a obri-

gatoriedade da colaboração com os

restantes agentes, o que significa que

cooperar não é assim tão complicado,

basta um incentivo.

Das várias propostas, destacaram-

-se Alijó, Ribeira Grande (Açores)

e Oliveira de Azeméis, sendo esta

última a vencedora.

COnGReSSO mUndiAL de tURiSmO de CULinÁRiA em ABRiL

Em 2015, o Estoril recebe o Con-

gresso Mundial de Turismo de

Culinária. O que pode, para já,

adiantar sobre este evento?

Este evento é marcante para Portugal

e para o turismo gastronómico. Pri-

meiro, já estamos nas bocas do mun-

do por organizar o congresso. Entre

candidatos mais fortes, conseguimos

convencer a WFTA a trazer o congres-

so para Portugal. Esperamos cerca

de 500 profissionais do setor, muitos

deles compradores de destinos, pela

componente do turismo gastronómi-

co, e é importante que, da receção à

organização, tudo seja perfeito.

O congresso será único também pe-

las variantes que já temos definidas.

Numa iniciativa inédita, em conjunto

com as Regiões de Turismo e as En-

tidades Regionais de Promoção Tu-

rística, convidamos cada participante

para, em vez de chegar no dia 7 ou 8

de abril diretamente para o congresso,

fazê-lo dois ou três dias antes e es-

colher uma região do país, incluindo

as ilhas, para viver como um local,

conhecer os produtos, a gastronomia

e as gentes. Não conhecemos outro

congresso no qual isto tenha aconte-

cido.

Depois, entre 4 e 12 de abril, vamos

organizar o European Street Food Fes-

tival, contando com a presença de

cerca de 40 a 50 veículos de street

food portugueses e estrangeiros que,

nas ruas de Cascais e do Estoril, numa

estreita colaboração com a Câma-

ra Municipal de Cascais, mostrem

que turismo de culinária também

é, e cada vez mais, promovido por

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experiências de street food.

Contamos com um espaço de exposi-

ção, também novidade, onde teremos

vários países presentes com os seus

chefes mostrando a sua gastronomia,

onde não faltará Portugal, com uma

área única que deverá ser assumida

no âmbito da marca “Portugal Foods”.

Teremos ainda um painel de oradores

e temas muito fortes que vão da pro-

moção à sustentabilidade, passando

pela street food, tendências, pelo pa-

pel do branding dos destinos e do en-

volvimento das agências de viagens,

entre outros.

O painel de oradores está já definido

com nomes como Jodi Ettenberg, uma

das mais conceituadas bloggers mun-

diais em Food Travel, Matt Goulding,

jornalista da Time que está a escrever

um livro com Anthony Bourdain e foi

responsável pelo trabalho Nomadics,

em torno do sucesso do Noma, em

Copenhaga, Yan Ieoman, guru neo-

zelandês das tendências do Food

Tourism, que nos trará conclusões do

seu projeto “O Futuro do Turismo Gas-

tronómico em 2050”, Kathy Dragon,

responsável da Whole Foods, Whole

Journeys e, claro, também portugue-

ses como Carlos Coelho, que falará

de branding dos destinos, ou da Time

Out, cujo representante explicará

como é que uma publicação se en-

volve no sucesso que é hoje o Mercado

da Ribeira. Por revelar ficará o celebrity

chef convidado, na medida em que

ainda está em negociação.

Queremos aproveitar a oportunidade

para mostrar Portugal, mostrar o que

temos de bom e captar públicos de

interesse. Acredito que mesmo ao

nível da WFTA, este Congresso marca

uma mudança de atitude em relação

a outros.

Qual a importância da Gastrono-

mia na oferta turística nacional?

A gastronomia tem vindo a ganhar

peso em todos os segmentos de tu-

rismo mundial. É por isso muito im-

portante, não apenas pelo que já foi

dito aqui em torno do mercado que

representa, como pelo facto de se sa-

ber que, em média, cerca de 30 por

cento das despesas dos turistas são

feitas em torno da gastronomia (da-

dos da WFTA).

Mas há mais dados concretos sobre

isso. Por exemplo, um estudo do Turis-

mo da Austrália realizado junto de 13

mil pessoas de 15 países indica que

“boa comida, vinho, cozinha local e

produção local” consta do top 3, com

38 por cento das preferências dos tu-

ristas, apenas atrás de “destino seguro

e com segurança”, com 47 por cento,

e “destino que ofereça value for mo-

ney”, com 39 por cento.

O Habitur-Instituto de Estudos Turísti-

cos confirma, por seu turno, que 7,4

milhões (mais de 12 por cento) de tu-

ristas estrangeiros visitaram Espanha

em 2012 em busca da gastronomia.

Os dados de 2013 apresentam, en-

tretanto, um crescimento de 32 por

cento em relação a 2012.

Acresce que dados de 2012, divulga-

dos pela Travel Industry Association of

America, mostram que 60 por cento

dos turistas americanos manifestaram

interesse em efetuar viagens nos 12

meses seguintes para se envolver em

atividades culinárias nos destinos e

conhecer mais da sua cultura gastro-

nómica.

Estes dados mostram a importância

da gastronomia e mostram, igual-

mente, que ela representa também

uma oportunidade para revitalizar e

diversificar o turismo. Logo trata-se

de mais um contributo de satisfação

associado aos vários requisitos que

cada turista tem. E felizmente ve-

mos, como fruto dessa reconhecida

importância, o Turismo de Portugal a

apostar novamente no tema, embora

com um cariz diferente do que defen-

demos, o que não importa. O conceito

ou o eixo pode não ser o mesmo, mas

o que importa é que juntos temos ati-

vidades complementares e criamos

conteúdo na promoção de turismo

gastronómico, pelo que a oferta será

maior assim como a procura.

Talvez Portugal tenha, no entanto, di-

ficuldade em afirmar a sua gastrono-

mia no momento da venda do desti-

no. Por um lado, porque tem imensos

fatores distintivos e, por conseguinte,

produtos para vender. Por outro, por-

que a gastronomia portuguesa não

tem ainda o merecido reconhecimen-

to, à falta de promoção e de um tra-

balho consistente nessa área. Isto é,

pelo menos, o que retiramos de todos

os estudos que fazemos sempre que

temos ações internacionais: quem

nunca nos visitou não reconhece a

nossa gastronomia como fator dife-

renciador e de captação. Mas quem

nos visitou tem uma opinião comple-

tamente contrária e recorda bem a

gastronomia, referindo-a prontamen-

te. Por isso, não tenho dúvida de que

a gastronomia é fundamental para a

promoção, até porque temos tanta

genuinidade e autenticidade que isso,

por si só, já é um fator de distinção.

É FUndAmentAL COOpeRAR nA pROmOÇÃO

Na sua opinião, o que falta fazer

no setor para promover ainda

mais o turismo gastronómico?

Criar novas mentalidades, mudar mui-

ta consciência e fazer perceber muitos

agentes que é preciso cooperar, coo-

petir (colocar concorrentes a cooperar

para ganharem mais) e inovar.

O setor do turismo de culinária en-

volve quatro grandes grupos: o F&B

(desde os restaurantes aos produto-

res, distribuidores, escolas de cozinha,

eventos gastronómicos, distribuidores

e empresas de catering, entre outros;

o Travel&Hospitality (DMO´s, agentes

de viagens, culinary tour operatours,

atrações culinárias e Congressos e

Incentivos); Grupos relacionados (as-

sociações, estudantes, investigadores,

serviços profissionais, plataformas

tecnológicas e comunicação social) e

Consumidores. No total são cerca de

20 categorias profissionais que devem

interagir e encontrar soluções para

unir esforços, promoverem-se melhor

e encontrar os eixos de diferenciação

que permitam captar mais turistas. É

um trabalho que não compete ape-

nas a uma entidade ou ao Turismo de

Portugal, é um esforço local, regional

e nacional.

Roadshow divulga gastronomia nacional na Europa

A APTECE promoveu um

roadshow pela Europa para di-

vulgação da gastronomia portu-

guesa e dos produtos regionais

que foi único e memorável, diz

José Borralho.

Creio que nunca nada do gé-

nero foi feito na promoção de

Portugal e a equipa que fez

este roadshow trouxe muitas

histórias. Fizemos um périplo

por 20 cidades europeias, tive-

mos a colaboração excecional

de muitos portugueses que

nos ajudaram por essa Europa

fora conseguindo os melhores

sítios para parar, e contámos

com a cobertura de órgãos de

comunicação social estrangeiros,

incluindo em telejornais em

alguns países, adianta.

Neste roadshow foram incluídas

joias da gastronomia portugue-

sa, como as conservas, azeite,

vinho, enchidos, queijos, baca-

lhau, broa de milho e pão-de-ló,

entre outras. Alguns distribuido-

res estrangeiros mostraram-se

interessados em adquirir ou

representar alguns desses pro-

dutos portugueses.

Estamos entretanto a iniciar

– o mais avançado é caso da

Polónia – negociações para

vender determinadas regiões do

país como destinos de turismo

de culinária, temos propostas

para ações similares noutras

cidades europeias e outras para

ativação em torno dos produtos

portugueses em espaços onde

já se vendem esses produtos.

Por tudo isto, o balanço é fran-

camente positivo e deixa espaço

para repetirmos a ação, melho-

rando como é natural, refere

José Borralho.

A gastronomia tem vindo a ganhar peso em todos os segmentos de turismo mundial

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Há muitas vezes uma necessidade

de “culpar” pelo que está mal ou

trabalhar de forma individualizada…

não resulta em turismo, nem neste

segmento em particular. A atividade

de turismo gastronómico obriga à

partilha de experiências e de compe-

tências, obriga a que o conceito seja

vivido da chegada à partida e isso

não é possível sem envolver dife-

rentes agentes.

Vejamos o exemplo concreto da

hotelaria. Na grande maioria, os pe-

quenos-almoços, que devem ter uma

taxa muito elevada de frequência, são

todos iguais: os mesmos croissants,

o mesmo pão, queijo fresco de bar-

ra, manteigas de pacote, compotas

industrializadas e sumos concentra-

dos. Na maioria poderiam estar a

ser tomados em Lisboa, Porto, Paris,

Londres ou Berlim, porque são todos

iguais. Não há qualquer ligação entre

aquela refeição e a cultura gastro-

nómica local, não há a preocupação

de ter queijos locais, em especial os

frescos. Não há doçaria local nem

frutas e as compotas são industriais,

quando temos tanto de bom e com

preço acessível e, se questionado,

um responsável de F&B menciona de

imediato o food cost. Há estudos que

indicam, no entanto, que uma boa ex-

periência de pequeno-almoço motiva

um hóspede a usufruir de outra refei-

ção no hotel (almoço ou jantar).

Refira-se, também, a ligação das ati-

vidades e de produtos à restauração e

à hotelaria, por exemplo. Em quantos

casos vemos a hotelaria a vender a

experiência com o produtor e a ajudá-

-lo a promover-se? Em quantos casos

há a preocupação de usar o produto

típico local na restauração? Temos es-

tudos que nos dizem que apenas no

Alentejo, e em quase 100 por cento

dos casos. É preciso esta mentalida-

de forte de defesa do que é nosso e

o que é nosso começa localmente,

onde estamos instalados, na região,

e depois disseminando para o resto

país. São pequenos detalhes, onde

é necessário mudar e começar. Algu-

mas destas discussões foram tidas no

nosso congresso. Por exemplo, num

dos painéis discutimos sobre a im-

portância que as escolas de hotelaria

têm para trabalhar esta mudança. É

preciso reforçar e incutir este espírito

nos jovens, mas há um problema: o

tempo. Não há tempo para esperar

por essa geração que vai levar cerca

de 10 anos a impor-se.

A verdade é que contrariamente a

países que começaram este trabalho

há muitos anos, e por isso hoje gozam

de um capital de experiência e divul-

gação enormes, outros, como Portu-

gal, ainda estão em fase de lança-

mento e, portanto, vão entrar numa

competição árdua e num campeo-

nato onde já há vários a dar car-

tas e outros a começar, como por

exemplo a Turquia.

O mesmo estudo do Turismo da

Austrália realizado junto de 13 mil

pessoas e que há pouco mencionei,

elencou o ranking dos países associa-

dos a “destino gastronómico”, no qual

a França, a Itália e Espanha surgem no

topo, por esta ordem, e onde Portugal

não figura sequer nos 22 mais. O últi-

mo lugar é ocupado pela África do Sul.

Há que inovar também e sabermos

como levar o produto turismo gastro-

nómico aos mercados e isso obriga a

embrulhar a “gastronomia” com ou-

tros produtos gastronómicos.

Sabemos hoje que temos uma série

de segmentos: “Viajantes Ativos”,

mais orientados para atividades cul-

turais, gostam de spas, parque natu-

rais, locais históricos e de participar

em atividades ao ar livre; os “Hiper

Experienciais” procuram novas expe-

riências e descobertas; os “Indulgen-

tes” querem as últimas experiências

gastronómicas, o luxo, mimos; os “As-

piracionais”, sedentos de experimen-

tar boa vida e que têm recursos para

isso, são leitores de tudo o que é pu-

blicação de gastronomia e vinhos; os

“Curiosos” querem descobrir os desti-

nos e as experiências por si próprios e

os “Trendsetters” são líderes confian-

Projetos para 2015

Sobre os projetos da APTECE para

2015, José Borralho declara que

continuarão a realizar ações de

cooperação com associações

de produtores, como a Portugal

Foods e o Inovcluster, de Castelo

Branco, com atividades em feiras

internacionais, mostrando a correta

aplicação dos produtos nacionais

na cozinha portuguesa e revelando

a sua qualidade.

“Temos um conjunto de ideias em

desenvolvimento para voltarmos a

ter um roadshow europeu, noutro

conceito, mas ainda mais revelador

da cozinha portuguesa. Queremos

ir às escolas e envolver as crianças

com os produtos típicos, com a

produção local e com a gastrono-

mia portuguesa, incluindo a dieta

mediterrânica e, assim, contribuir

para uma geração mais orgulhosa

e defensora do que é seu. Neste

âmbito será essencial envolver os

profissionais das escolas, dos pro-

fessores aos auxiliares e cozinhei-

ros, para o tema, mas igualmente

para as questões da alimentação

saudável”, destaca José Borralho.

Está igualmente previsto o lança-

mento de um livro sobre viagens

e comida em Portugal, refere,

adiantando: temos também em

desenvolvimento um projeto de

promoção e comercialização de

produtos portugueses no estran-

geiro, que terá obrigatoriamente

que envolver as várias associações,

a AICEP e o Governo. Iniciaremos

ainda a receção de turistas com

base nos roteiros de turismo de

culinária, que já estamos a vender

para o mercado russo, entre mui-

tas outras atividades.

tes, que gostam de novidades. Para

cada um deles tem de haver uma

oferta que, por vezes, não tem a gas-

tronomia como primeira referência,

mas cuja ligação terá de ser encontra-

da e estar presente no momento da

compra. Este é o grande desafio para

entrarmos no top 20 dos países a que

é associada a gastronomia.

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SOPa dE Fava-RiCa

Pelas ruas de Lisboa, nas manhãs distantes do

início do século XX, apregoava-se “fava rica!”.

As mulheres circulavam pelos bairros pobres da

capital com uma panela à cabeça que continha

um caldo feito a partir deste ingrediente, que

para muitos era a única refeição do dia. Hoje o

pregão não se ouve, mas a sopa de fava-rica

continua a ser um dos pratos mais conhecidos

da capital. Com alto teor de proteínas, é uma

sopa nutritiva e saborosa, acompanhada muitas

vezes por pão.

BiFE à MaRRaRE Ou BiFE à CaFé

Imortalizada num dos mais célebres cafés da

Lisboa boémia, o bife à Marrare é um prato

simples e recheado de sabor. Reza a lenda que a

receita chegou a Lisboa pelas mãos de António

Marrere, que se mudou para Lisboa no final do

século XVIII e fundou vários cafés na capital.

Foi num deles que se popularizou esta receita,

que junta à melhor carne um cremoso molho

de natas, manteiga, sal e pimenta preta. Uma

variação desta receita, o bife à café, apresenta

um molho feito com leite, em vez de natas.

MEia dESFEiTa

Foi na Mouraria que, conta-se, surgiu a meia

desfeita, um prato bem português composto

por bacalhau e grão e regado com o melhor

azeite nacional. Autores como Eça de Queirós ou

Ramalho Ortigão escreveram sobre esta iguaria,

que era consumida pelas classes trabalhadoras nas

tabernas de Lisboa.

aMêijOaS à BuLhãO PaTO

Do Tejo para o prato, a amêijoa foi desde cedo

apreciada pela população de Lisboa, dando origem

a diversas receitas. Confecionadas com azeite, alho,

coentros e um toque de limão antes de servir,

tornaram-se numa iguaria muito apreciada. Uma

receita que já vem do século XIX, assim nomeada

por homenagem ao poeta Raimundo António de

Bulhão Pato.

BOLO-REi

O bolo que é o rei do Natal dos portugueses

chegou a Lisboa no século XIX, pelas mãos de

Baltazar Castanheiro Júnior, filho do fundador

da famosa Confeitaria Nacional. A sua venda

popularizou-se e, apesar da origem francesa, é

hoje um dos símbolos natalícios em todo o país.

Em forma de coroa, conta com recheio de frutos

cristalizados e frutos secos, que lhe conferem um

sabor único.

BROaS CaSTELaR

A batata-doce é o principal ingrediente das broas

castelar, uma especialidade surgida em Lisboa

e consumida especialmente durante o Natal.

A receita tem a assinatura dos irmãos Castelar,

proprietários da Confeitaria Francesa, fundada em

1860. Foi neste espaço, localizado na Rua do Ouro,

na baixa lisboeta, que foi criada esta receita da

doçaria portuguesa, com êxito imediato.

PaSTéiS dE BELéM

Um dos principais símbolos de Lisboa, os pastéis

de Belém surgiram pelas mãos experientes dos

monges do Mosteiro dos Jerónimos, em meados

do século XIX. Com massa folhada e um cremoso

recheio de natas e gemas, os pastéis de nata são

o ex-libris da doçaria portuguesa e já atingiram

fama mundial. A receita original é reproduzida

diariamente Fábrica dos Pastéis de Belém e

mantém-se um segredo guardado a sete chaves.

LiSBOA nO CARdÁpiOTradição e modernidade cruzam-se em Lisboa para

dar origem a sabores únicos, com um toque bem

português. Das tradicionais tascas de bairro à cozi-

nha gourmet, a oferta é vasta e diversificada.

A gastronomia típica lisboeta é rica de petiscos,

onde o peixe, em particular o bacalhau, é o principal

protagonista. A luz da cidade e o seu clima ameno

são ideais para desfrutar numa esplanada, com es-

pecialidades como pastéis de bacalhau, pataniscas

e peixinhos da horta a acompanhar o convívio.

No verão, o cheiro a sardinha assada enche os bair-

ros tradicionais da capital. Alfama, Bairro Alto, Bica e

Graça são os principais palcos dos Santos Populares,

celebrados na capital com música, animação e, cla-

ro, muitas iguarias.

A cozinha tradicional portuguesa é um dos princi-

pais atrativos da gastronomia da região, com pra-

tos como a pescada à lisboeta, a meia-desfeita de

bacalhau, a lebre e as ameijoas à Bulhão Pato, o

bife à Marrare, as iscas com elas, a meia-unha com

grão, as predizes à Convento de Alcântara e os pi-

vetes guisados a ocupar lugar destaque nos menus

lisboetas.

Do tinto ao branco, o vinho é uma das escolhas mais

populares para acompanhar as refeições. Os fãs de

bebidas de qualidade não podem perder a oportu-

nidade de beber uma ginjinha, com ou sem elas,

nas casas típicas das ruas de Lisboa.

Pelos bairros da capital não faltam espaços onde se

pode apreciar a famosa bica e provar algumas das

mais conhecidas doçarias nacionais, como os famo-

sos pastéis de Belém, um ex-libris da cidade.

Na época natalícia, o bolo-rei tradicional ou as broas

castelar são as estrelas enchem de cor e sabor as

montras das pastelarias lisboetas. O aroma a cas-

tanhas assadas, quentes, boas e cada vez mais

apreciadas, espalha-se pelas ruas da capital durante

o outono e o inverno, contribuindo para criar uma

atmosfera única numa cidade rica em sabor.

Sabia que...

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VINHOS DA PENÍNSULA DE SETÚBAL

Um BRinde À ReGiÃOVinhos com personalidade, marcados pela frescura do Atlântico e por séculos de tradição. os néctares da península de setúbal emprestam os seus tons, aromas e sabores à gastronomia local e promovem a atratividade da região.

Do branco ao tinto, passando pelo rosé e não

esquecendo o moscatel. Os vinhos da península

de Setúbal são um dos ex-libris da região e um

recurso que contribui para o desenvolvimento

do território.

Com uma tradição vitivinícola secular, a região

apresenta uma grande variedade de bebidas,

certificadas com denominação de origem con-

trolada que garante a qualidade dos produtos e

a genuinidade da sua origem.

À produção vitivinícola associa-se um conjunto

de propostas de visitas. As paisagens e as gen-

tes que deram origem aos vinhos da península

de Setúbal constituem-se como um importante

fator de promoção do território, que conquista

cada vez mais turistas.

A cultura do vinho e o enoturismo são, aliás,

apontados como um os principais responsáveis

do crescimento do turismo em Portugal, revelou

um estudo recente da Universidade Portucalen-

se e a península de Setúbal é um exemplo da

importância deste setor para o desenvolvimen-

to das regiões. A aposta nesta área, através da

promoção de experiências únicas ligadas ao vi-

nho e à vinha, permite aos visitantes conhecer

e explorar o património material e imaterial que

o território tem para oferecer.

mOSCAteL, O SABOR dA ReGiÃO

De entre a variedade de vinhos produzidos na

península de Setúbal, o Moscatel de Setúbal é,

sem dúvida, um dos mais emblemáticos. Um

néctar complexo, com caraterísticas visuais,

aromáticas e gustativas singulares que o tor-

nam numa bebida muito apreciada.

Reconhecido como um dos mais prestigiados

vinhos generosos portugueses, distingue-se

por ser particularmente aromático, com matizes

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florais e exóticas, pontuado por toques de mel,

citrinos e uvas.

A área de produção da bebida encontra-se deli-

mitada desde 1907, embora a sua criação seja

muito anterior. Os vinhos com esta denomina-

ção são produzidos na região geográfica deli-

mitada pelos concelhos de Montijo, Palmela,

Setúbal e a freguesia do Castelo, pertencente

ao município de Sesimbra.

O sucesso do Moscatel de Setúbal já é reco-

nhecido além-fronteiras. A bebida é um dos

cartões-de-visita da região, situação que se re-

flete na evolução da produção e dos valores de

exportação.

O SeGRedOeStÁ nA vinHA

Os vinhos da península de Setúbal estão ligados

de forma inegável ao meio geográfico onde são

produzidos. Com um clima temperado, influen-

ciado pela proximidade do mar, dos rios Tejo e

Sado e da Serra da Arrábida, a região apresenta

caraterísticas peculiares para a produção de vi-

nhos de qualidade certificada.

A viticultura é praticada na maioria dos conce-

lhos da península de Setúbal, onde a instalação

e reconversão das vinhas tem sido recorrente

nos últimos anos, devido à crescente mecaniza-

ção dos trabalhos.

A diversidade e qualidade das castas utilizadas

na produção dos vinhos garante a sua quali-

dade e confere-lhes diferentes caraterísticas.

A viticultura praticada na região tem evoluído

A ZOnA mOnUmentAL de BeLÉmMais do que quaisquer outros monumentos de Lis-

boa, a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos

refletem a ousadia, os contatos pioneiros dos Por-

tugueses com outros Povos e o vanguardismo do

nosso País no seu passado histórico e assim tem de

ser mantido e transmitido às gerações presentes e

futuras.

Perto do local onde o Infante D. Henrique, em mea-

dos do séc. XV, mandou edificar uma igreja sobre a

invocação de Sta. Maria de Belém, quis o rei D. Ma-

nuel I construir um grande Mosteiro, perto da cidade

de Lisboa, junto ao rio Tejo. Em 1501 começaram os

trabalhos da sua construção financiada pela vintena

da pimenta. Foi doado aos monges da Ordem de S.

Jerónimo, que aí permaneceram até à extinção das

Ordens Religiosas em Portugal (1834).

Para a defesa Lisboa, cidade cosmopolita e centro

do comércio a nível mundial, a Torre de Belém foi

mandada erguer por D. Manuel nos finais de 1514

e, com o Mosteiro e a Capela de S. Jerónimo, este

Património ribeirinho é hoje admirado, não apenas

como a mais bela arquitetura e arte manuelinas, mas

como parte integrante da nossa cultura e identidade,

memória coletiva e marco de afirmação singular e

universal de um povo na época das nossas Grandes

Navegações. Assim delimitada a Zona de Belém, po-

voada de museus e outras atrações culturais, é desde

há muito uma das mais aprazíveis e frequentadas

de Lisboa, procurada por milhares de portugueses e

estrangeiros.

Celebramos este ano os 500 Anos da Torre de Belém

com um vasto programa em colaboração com a Dire-

ção Geral do Património Cultural, a Câmara Municipal

de Lisboa e outas instituições e empresas. Desde 28

de Novembro 2014 está patente ao público uma ex-

posição de rua “a magnífica e formosa torre” com

um núcleo junto do monumento e outro junto do

Padrão dos Descobrimentos

O Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém foram

declarados Monumentos Nacionais em 1907 e, em

1983, a UNESCO classificou-os como Património Cul-

tural de toda a Humanidade. Em 2007, foram eleitos

como duas das sete maravilhas de Portugal

Isabel Cruz AlmeidaDiretora do Mosteiro dos Jerónimos / Torre de Belém

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Especula-se que o vale do Tejo tenha sido

uma das primeiras regiões lusas a receber

o cultivo de vinha, ainda antes da ocupação

Romana. Durante a Idade Média, várias

congregações religiosas desenvolveram o

setor, cimentando a sua importância para a

economia e cultura da região. O comércio

com Inglaterra, no início do século XVIII,

fomentou a produção vinícola e tornou a

bebida num dos símbolos da cultura do povo

português.

O surgimento da rolha, no século XVIII,

contribuiu para o incremento da qualidade

dos vinhos, envelhecidos em garrafa. Apesar

das pragas que prejudicaram os vinhedos

no século XIX, no final do século foram

demarcadas várias regiões produtoras,

atestando a qualidade do seu trabalho.

O incremento tecnológico que a produção

vinícola sofreu nas últimas décadas ajudou

a aumentar a qualidade do produto, sem

deixar de lado a preservação dos aspetos

tradicionais que conferem caraterísticas

únicas aos vinhos da região.

A utilização de variedades de uvas

autóctones é uma das tradições que se

manteve e que ajuda os vinhos portugueses

a conquistar visibilidade dentro e fora de

portas pela sua qualidade e diversidade,

contribuindo para fortalecer a marca Lisboa.

consideravelmente, não só em termos qualitati-

vos, mas também no que respeita à viabilidade

económica e à sustentabilidade ambiental da

atividade.

É no concelho de Palmela que se situa a maior

mancha vitícola da região. A cultura da vinha é

praticada desde os tempos mais remotos, em

virtude das condições do solo e do clima favorá-

vel à produção de diversos tipos de vinho.

Palmela chegou mesmo a ser distinguida como

”Cidade Europeia do Vinho” em 2012, em re-

conhecimento do seu prestígio na produção e

promoção vinícola.

Mas os prémios não se ficam por aqui. Só em

2013, foram conquistadas mais de 300 meda-

lhas em concursos nacionais e internacionais,

segundo dados da Comissão Vitivinícola Re-

gional da península de Setúbal. Distinções que

atribuíram visibilidade nacional e internacional

à região, apoiando a sua atividade vitivinícola

e enoturística.

Um vinHO pARA CAdA pRAtO

Os vinhos produzidos na península de Setúbal

apresentam um comportamento aromático e

gustativo único, que se harmoniza de forma ím-

par com a gastronomia da região.

Os brancos e rosés, elegantes e frutados, são a

companhia ideal para os pratos aromáticos de

peixe e marisco, que ocupam lugar de honra

receituário da região. Rodeada pelos estuários

do Tejo e do Sado, a península de Setúbal apre-

senta pratos típicos com forte presença de pro-

dutos ligados ao rio e ao mar, que ligam com os

brancos e rosés, aromaticamente expressivos e

harmoniosos.

De cor e aroma intensos, os vinhos tintos da

península de Setúbal acompanham de forma

sublime as carnes e peixes gordos utilizados nas

receitas locais. Os tintos são os parceiros ideais

para os mais variados queijos, entre os quais o

afamado queijo de Azeitão, produzido com leite

de ovelha.

Os tons e aromas do Moscatel de Setúbal con-

ferem à bebida uma versatilidade particular,

que lhe permite acompanhar aperitivos e quei-

jos. Uma combinação apreciada é a mistura

do sabor intenso do Moscatel com os doces e

sobremesas que compõem a doçaria típica de

Setúbal.

Os néctares produzidos na península de Setúbal

cruzam-se de forma exímia com a gastronomia

da região, numa explosão de cores, aromas e

sabores que conquista cada vez mais adeptos.

Reconhecendo a importância deste setor para

a região da Arrábida, o Plano Estratégico para o

desenvolvimento turístico da Região de Lisboa,

no período 2015-2019, procura incentivar a pro-

Uma tradição secular

Os vinhos produzidos na península de Setúbal apresentam um comportamento aromático e gustativo único

moção da oferta enológica desta região, assen-

te não só na oferta de vinhos, mas também no

desenvolvimento de serviços complementares.

A cultura da vinha e do vinho é já um produ-

to e recurso considerável para a região. Entre

a tradição e a modernidade, a viticultura pra-

ticada no território tem-se adaptado aos tem-

pos, mantendo a sua personalidade e fazendo

da península de Setúbal um caso exemplar no

panorama vinícola e enoturístico.

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Tendências | T

TURISM

O D

E LISBO

A |

31

Há pouco tempo atrás esta afirmação seria

uma blasfémia, mas Espanha já percebeu que

o mindset do turista está a mudar e que acima

de tudo, o turista culinário precisa de mais in-

teração e engagement com a gastronomia de

um destino na fase de inspiração para as suas

férias. Este câmbio na perceção de que o Mu-

garitz, o Martin Berastegui ou os irmãos Roca

já não movem montanhas de turistas (será que

alguma vez os fizeram?) faz com que a priori-

dade seja a promoção de first hand food expe-

riences que se aproximem cada vez mais da

realidade que o turista vai encontrar.

Espanha está a voltar ao básico e nós, em

Portugal, ainda continuamos a usar (e abusar)

do José Avillez como exemplo? Não faz sen-

tido! Porque não prestamos atenção e louva-

mos mais os lugares que fazem o – “Portugal

Gastronómico dos Pequenitos” fora de Lisboa,

Porto e Algarve? É um tema em que tenho in-

sistido muito nas palestras onde sou convidado

falar sobre Turismo Gastronómico e que refiro

dentro da minha comunidade de bloggers de

viagens e gastronomia. Por ter um blogue, sou

constantemente convidado para viajar para

destinos com o intuito de provar e contar his-

tórias sobre gastronomia, mas muitas destas

organizações que o fazem, falham logo na pri-

meira abordagem.

Esqueçam o dizer ao mundo que somos os

melhores do mundo nisto ou naquilo. Todos os

destinos fazem o mesmo e os turistas já tapam

as orelhas. O mesmo se passa com o mundo

da promoção de gastronomia de destinos atra-

vés blogues. A não ser que haja uma história

interessante eu não vou perder o meu tempo,

nem os recursos deste destino, pois sei que

se o conteúdo (visual e escrito) que contar no

meu blogue não for interessante o suficiente,

os meus leitores vão deixar de me seguir.

O tURiSmO CULinÁRiO em pORtUGAL BY neLSOn CARvALHeiRO“O turismo gastronómico de elite em Espanha tem os dias contados!” Confessava-me o diretor do Turismo Espanhol para Alemanha num recente jantar organizado pela embaixada espanhola em Berlim. “Já esgotámos o mercado com esta carta e agora estamos a voltar às bases e a promover jantares como este - inteiramente baseados em pintxos e em cook your own dinner”.

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T | Tendências

| T

URI

SMO

DE

LISB

OA

32

O meu trabalho enquanto “contador de histórias

de viagem e gastronomia” está em conseguir

inspirar pessoas a replicar a minha viagem e ex-

periência através das minhas fotos e escrita. Eu

não invento nada, apenas transcrevo da forma

mais interessante possível o que um destino, um

restaurante, um prato, uma pessoa tem para me

contar. Comer umas lulas acabadas de grelhar na

rua na Praia do Furadouro é tão emocionante e

maravilhoso para o palato e para a líbido como

comer cabrito grelhado no meio do deserto no

Bahrain, comer 30 tipos de caril diferente numa

folha de banana no Sul da Índia ou mesmo uma

rabada do nordeste Brasileiro.

O que o turista gastronómico de hoje procura é o

sentido de estar nos lugares que visita e na gas-

tronomia que prova. Ter a hipótese de viajar livre-

mente e descobrir locais em primeira mão que

lhe saciam tanto o palato como as suas emoções,

e poder relatar sobre eles à sua comunidade. O

que ele e fundamente todos nós procuramos é

“Social Currency”, a nova forma de riqueza on-

line, onde cada um de nós é quanto mais rico,

quanto mais experiências únicas e interessentes

vivemos. São estas vivências únicas em viagem

que nos fazem querer partilhar com a nossa co-

munidade, através dos nossos blogues e media

social, com o intuito de mostrar a todos que cada

um de nós sabe e conhece mais e melhor este

destino do que os outros.

A gastronomia portuguesa e as suas humildes

origens estão repletas de inspiração de viagem,

de imagens, histórias e emoções capazes provo-

car sentimentos, tão bem como quaisquer outras.

Temos ainda a vantagem de ser um país relativa-

mente desconhecido no panorama do turismo de

gastronomia mundial. O nosso outro grande asset

é que não precisamos de inventar, alterar ou pro-

duzir nada – basta-nos contar as histórias das pes-

soas, das receitas e do lugares que diariamente

fazem a nossa gastronomia tradicional acontecer.

Esses sim são os verdadeiros bastiões do Portugal

real e do que é comer bem no nosso país.

Locais como a Adega Velha, em Mourão, o Solar

O turista gastronómico de hoje procura o sentido de estar nos lugares que visita e na gastronomia que prova

Bragançano, em Bragança, o Zé Manel dos Ossos,

em Coimbra ou o Café Correia, em Vila do Bispo,

são únicos no mundo, únicos em Portugal e deve-

rão ser showcased como vivências gastronómicas

para inspirar visitantes a visitarl Portugal pela sua

gastronomia. Muito para além de uma tremen-

da profundidade de sabor que é feita em lugares

como estes, há alma, há caráter, há autenticida-

de, há orgulho e há muitas histórias para contar

– escritas e visuais. Basicamente há Portugal não

processado nestes lugares!

É por haver lugares como estes que escrevi o livro

“Portuguese Travel Cookbook”, em parceria com

a APTECE. Com lançamento marcado para Abril

de 2015, este livro pretende ser uma montra

do sentimento português ao dizer “eu amo-te”

através da gastronomia. É uma viagem através

de um Portugal gastronómico fidedigno às suas

origens, orgulhoso da sua identidade e herança

culinária, onde se contam histórias sobre os pra-

tos, os locais, os restaurantes, as tascas, as terras,

os produtores, os pescadores, os agricultores, os

cozinheiros que diariamente se dedicam a fazer e

a dar tangibilidade a esta realidade.

Descobrir um destino é fácil…Ouvir um amigo

alemão, a quem foi aconselhada uma viagem a

Portugal, dizer que o ponto alto da sua visita foi

estar sentado na praça em Vinhais a comer enchi-

dos e a beber vinho verde tinto, e saber que é o

único estrangeiro na vila é outra coisa…

Nelson Carvalheiro

www.nelsoncarvalheiro.com/blog

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Lisboa Vista de Fora | TU

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OA

|

33

L

Apaixonados por Lisboa e pela beleza da capital

portuguesa à beira-rio plantada, os meios de

comunicação italianos têm vindo a destacar a

cidade em vários dos seus artigos de suges-

tão de viagens. A jornalista Martina D’Amico,

inspirada nas sete colinas da cidade, realizou

um percurso por Lisboa a pé, que resultou num

trabalho de duas páginas dedicado à capital

portuguesa.

De máquina fotográfica de um lado e smartphone

no outro, a jornalista começa por convidar os

leitores a visitar o centro histórico da cidade e a

fotografar as paisagens panorâmicas da cidade,

sem esquecer o Lisboa Card, fundamental para

usufruir das várias visitas aos museus e monu-

mentos a preços muito convidativos.

Da Lisboa histórica passando pelas melhores

pastelarias e doçarias da cidade, tais como a

Confeitaria Nacional, a Pastelaria Versailles e

os Pastéis de Belém, são vários os destaques

elencados pelo jornalista. Acompanhado por

imagens atrativas que ilustram a bem a gran-

diosidade de Lisboa, este é um artigo que

desafia o visitante a descobrir os tesouros de

Lisboa, por entre as suas ruas, vielas e castelos,

sempre a pé sem cair na tentação de chamar

um táxi.

Martina D’Amico realça ainda as marcas de luxo

presentes na Avenida da Liberdade, bem como

as lojas tradicionais na Baixa, como a Luvaria

Ulisses e a Sapataria Hélio. Também merecem

destaque, os vários restaurantes e hotéis que

revelam verdadeiras surpresas quando se entra

para conhecer, tais como jardins secretos, pis-

cinas de exterior aquecidas e chefes estrelados

que cozinham deliciosamente pratos de “comer

e chorar por mais”.

Na Baixa lisboeta, a jornalista italiana aproveita

para conhecer dois ex-libris da cidade: o MUDE

(Museu do Design e da Moda) e o mais recen-

te sucesso de visitas turísticas, o Arco da Rua

Augusta.

Guiada pelo desafio de descobrir uma cidade

secreta, repleta de pontos turísticos de inte-

resse onde a luz e a beleza da simplicidade

encantam quem visita Lisboa, são inúmeras as

sugestões apresentadas pela jornalista e mui-

tas mais há por desvendar.

REVISTA ITALIANA RENDIDA

de viSitA pOR LiSBOA, pÉ Ante pÉDuas páginas, dezenas de sugestões e várias fotografias ilustrativas da riqueza de Lisboa compõem um artigo, publicado na revista italiana Grazia, dedicado à capital portuguesa e à sua vasta oferta turística.

Page 26: PLANO ESTRATÉGICO 2015-2019 DESAFIOS DO … ·  · 2016-08-13DO TURISMO MUNDIAL DEZEMBRO 2014 OBSERVATÓRIO DO TURISMO ... pelo que o Plano de Atividades pre - visto para este ano,

B | Boletim Interno

| T

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SMO

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OA

34

A Revista Turismo de Lisboa apresenta-se a par-

tir desta edição com um restyling que conjuga

de forma harmoniosa a imagem e o texto, numa

mancha gráfica mais clean e apelativa.

Criada em 2004, com o objetivo de promover a

capital portuguesa e a sua oferta turística, bem

como de informar e fomentar a partilha de opi-

nião sobre o setor para o qual está vocaciona-

da, a RTL tem agora um nível de entendimento

entre o texto e a imagem mais moderno, bem

como uma ligeira alteração no tipo de letra, no-

meadamente nos títulos e subtítulos de forma a

dar mais ritmo à paginação.

Foi em setembro de 2005 que o percurso da RTL

foi marcado pelo primeiro restyling, caraterizado

por linhas mais retas e sóbrias, um processo que

se repetiu há cinco anos atrás, quando passou a

apresentar uma imagem mais atual.

Distribuída em formato digital e impresso, está

também disponível no site Turismo de Lisboa

(www.visitlisboa.com) e na loja AppStore.

REVISTA TURISMO DE LISBOA

nOvO AnO, nOvA imAGem

Em linha com as novas tendências, a revista Turismo de Lisboa (RTL) apresenta um restyling mais arejado, com mais elementos visuais. As mudanças dão mais expressão a imagens representativas dos conteúdos e são caraterizadas por apontamentos mais modernos.

TURI

SMO

DE

LISB

OA

ROSALIA VARGAS

PAVILHÃO DO CONHECIMENTO – CIÊNCIA VIVA

SÍMBOLO DE MODERNIZAÇÃO

Índice LISBOA1276

OBSERVATÓRIODO TURISMODE LISBOA Março

2012

No Interior

CONVENTO DE MAFRA

PRÉMIO DE PATRIMÓNIO CULTURAL

PARQUE GULBENKIAN

UM TESOURO NA CIDADE

N.º 100

ABRIL

2012

Edição n.º 100

A RTL tem agora um nível de entendimento entre o texto e a imagem mais moderno

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deZemBRO 2014

ASSOCiAtiviSmO

dESENvOLviMENTO dO aSSOCiaTiviSMOREvIStA DO tuRISMO DE LISBOA

Edição do 132.º número da Revista Institucional do Turismo de Lisboa.

Esta publicação foi enviada para os Associados, Delegações do TdP, lista

institucional do TL, Organismos Oficiais ligados ao turismo, trade do setor,

imprensa especializada. A Revista tem uma aplicação para iPad.

CONSuLTa a aSSOCiadOSDurante o mês de dezembro foram feitas as seguintes consultas:

GESTãO dOS PROCESSOS dE adESãODurante o mês de dezembro foram enviadas 21 propostas de adesão:

OuTROSAtualização contínua dos associados nas bases de dados, no site e nas

publicações Follow Me e RTL.

MaiLiNGS ENviadOS Durante o mês de dezembro foram enviados os seguintes mailings:

> Mapa de ligações aéreas para Lisboa para os associados;

> Follow Me via email para os associados;

> Mailing para os Associados Efetivos com a Convocatória e Ordem de

trabalhos para AG do Turismo de Lisboa;

> Mailing para os associados sobre a Sessão Inaugural e Videomapping de

Natal;

> Mailing para o Alojamento LCB com o Calendário de Eventos - 2014-2017;

> Mailing para associados LCB sobre as Reuniões e Eventos 2014 – Lisboa;

> Mailing para associados de Gastronomia e enoturismo e Entidades Oficiais

sobre FITUR 2015 - Produtos Balcão Prove Portugal;

> Mailing para associados LCB sobre Proposal Lisbon Convention Bureau -

Iberian MICE Forums 2015;

> Mailing para associados sobre o Pedido de exoneração de associado -

Turismo de Lisboa;

> Mailing para associados com o Postal de Natal do Turismo de Lisboa;

> Mailing para os associados sobre a Revista do Turismo de Lisboa;

> Mailing para associados LVB sobre a inscrição nos Workshops do Turismo de

Portugal em 2015;

> Mailing para associados sobre Youtube – Turismo de Lisboa.

Alojamento 15

Restaurantes 11

Fornecedores de Serviços 5

Agências de Viagem 12

Aluguer de Viaturas com Condutor 10

Casas de Fado 3

TOTaL 56

aTividadES iNSTiTuCiONaiS > Sessão Inaugural do espectáculo de videomapping de Natal, dia 14, no

Terreiro do Paço;

> AG ordinária dia 29 no átrio do TL.

pROmOÇÃO tURÍStiCA

CONtRAtO pARA A pROMOçãO EXtERNA REgIONAL DO DEStINO

E pRODutOS pROMOçãO DO DEStINO – AçõES MuLtIpRODutOS

CaNaiS ONLiNE > Desenvolvimento e Manutenção do site

> Adaptação de imagens aos diferentes formatos;

> Adaptação de textos e hiperligações;

> Seleção e adaptação de conteúdos para a Homepage;

> Introdução dos PDF’s das publicações mensais.

PROMOçãO NOS MOTORES dE BuSCa > Acompanhamento da campanha de “search”: 461.634 Impressões

/ 5.897cliques

PROMOçãO EM SiTES dE viaGEM > Acompanhamento da campanha online: 157.763 cliques

/ 20.751.666 impressões

OuTROS > Post Facebook: 34

> Tweets Twitter: 31

viSiTaS aO SiTE: 175.833

PaÍS dE ORiGEM viSiTaS

% NOvaS viSiTaS

PÁGiNaS POR

viSiTa

TEMPO MédiO NO

SITE

175.833 83,58% 1,89 00:01:15

1 Portugal 51.318 79,16% 2,03 00:01:33

2 Brasil 32.684 91,53% 1,35 00:00:39

3 Espanha 19.232 87,06% 1,82 00:01:04

4Reino Unido

14.983 77,82% 1,46 00:00:40

5 França 14.516 84,33% 2,22 00:01:28

6 Alemanha 11.959 82,45% 1,97 00:01:12

7 Itália 4.658 79,43% 4,21 00:03:52

8 Holanda 3.633 83,68% 1,63 00:00:46

9 Dinamarca 3.337 88,10% 1,35 00:00:26

10 Bélgica 3.000 83,57% 2,01 00:01:12

Relatório de Atividades | RTU

RISMO

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Page 28: PLANO ESTRATÉGICO 2015-2019 DESAFIOS DO … ·  · 2016-08-13DO TURISMO MUNDIAL DEZEMBRO 2014 OBSERVATÓRIO DO TURISMO ... pelo que o Plano de Atividades pre - visto para este ano,

R | Relatório de AtividadesR |

TU

RISM

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SBO

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aGêNCiaS dE COMuNiCaçãO > Acompanhamento campanha online no Brasil

> 121.494 cliques / 18.543.589 impressões

PaRTiCiPaçãO iNSTiTuCiONaL EM CERTaMES GENERaLiSTaS (FiTuR,

aBav, iTB (BERLiM), WTM (LONdRES), vakaNTiBEuRS, MiTT

(MOSCOvO), TT vaRSóvia

> MuLTiMERCadOS - Gestão da participação da ARPT Lisboa e do seu trade

nos certames internacionais de 2015, através do portal Feiras do TdP.

OUtRAS AÇÕeS de pROmOÇÃO

PROMOçãO TuRiSMO dE SaúdE > REiNO uNidO e MuLTiMERCadOS - Parceria com agente do setor “IMTJ –

online”;

> Produção de banner e folheto promocional.

PROMOçãO hOuSiNG > ChiNa – Feira “Shanghai Real Estate Expo”. Distribuição material de Lisboa

em parceria com associado TL.

> Acompanhamento da campanha de imprensa e online.

PROMOçãO BiRdWaTChiNG > REiNO uNidO - Press trip “Birdwatching in Lisboa & More – II”. Presentes

2 participantes. Programa realizado na Grande Lisboa (Cidade de Lisboa,

Setúbal, Estuário do Tejo) e Alentejo.

> Acompanhamento da campanha de imprensa e online.

pROmOÇÃO CitY & SHORt BReAkS

PRESS TRiPS(17 visitas – 54 participantes)

> aLEMaNha – Portal “Reisefernsehen.com”. Programa realizado em

Lisboa. Presente 02 elementos.

> aLEMaNha – Coletiva “Luxo/Natal”. Programa realizado em Lisboa;

Cascais e Sintra. Presentes 05 elementos dos seguintes meios de

comunicação: Revista “Alles für die frau”; Revista”Laura”; Revista “Mein TV

& Ich”; Sítio “der Kulinariker”; Jornal “Augsburger Allgemeine Zeitung”; Jornal

“Ärztljches Journal reise & medizin”; Jornal “rhein Zeitung”.

> aLEMaNha – Jornalista freelance – “Michael Pohl”. Programa realizado em

Lisboa. Presente 01 elemento.

> aLEMaNha – Blog” Gipfel-Glueck”. Programa realizado em Lisboa.

Presente 01 elemento.

> ESPaNha – Jornal online “Expreso”. Programa realizado em Lisboa.

Presentes 02 elementos.

> ESPaNha – Radio “Cope”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 04

elementos.

> ESPaNha – Jornal “Diari de Terrassa”. Programa realizado em Lisboa e

Sintra. Presente 01 elemento.

> ESTóNia – TV Nacional. Programa realizado em Lisboa. Presentes 05

elementos.

> FiNLÂNdia – Revista “Glorian Ruoka i Viini”, em colaboração com o

Turismo de Portugal. Programa realizado em Lisboa. Presentes 02 elementos.

> FRaNça – Coletiva “Os Grandes Exploradores”. Programa realizado em

Lisboa. Presentes 06 elementos dos seguintes meios de comunicação:

Revista National Geographic; Revista Les Cahiers de Science & Vie; Portal

journaldesfemmes.com; Jornal Nice Matin; Revista IN; Jornal Corse Matin e

Jornal Vars Matin.

> iTÁLia – Blog “Donne con la Valigia”. Programa realizado em Lisboa.

Presente 01 elemento.

> jaPãO – TV “Kansai”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 04

elementos.

> jaPãO – TV “Tokyo”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 07

elementos

> MuLTiMERCadOS – Grupo Corinthia. Programa realizado em Lisboa.

Presentes 08 elementos dos seguintes países e meios de comunicação:

Alemanha - Jornal “Tagesspiegel”; Reino Unido - Jornal “Daily Express”,

Jornal “The Jewish Chronicle” e Jornal “Daily Star”.

> MuLTiMERCadOS – Corrida de S. Silvestre. Programa realizado em

Lisboa. Presentes 02 elementos dos seguintes países e meios de

comunicação: Brasil – Rádio Bandeirantes; Espanha – Revista “Runners

World”.

> POLóNia – Revista “Swiat i Ludzie”, em colaboração com o Turismo

de Portugal. Programa realizado em Lisboa; Setúbal e Cabo da Roca.

Presentes 02 elementos.

> SuéCia – Revista “Vagabond”, em colaboração com o Turismo de

Portugal. Programa realizado em Lisboa. Presente 01 elemento.

PaRCERiaS COM OPERadORES TuRÍSTiCOS > MuLTiMERCadOS – Acompanhamento de parcerias de promoção em

curso. Gestão e controlo de conteúdos de parcerias em canais online.

Análise de resultados.

FaM TRiPS > aLEMaNha – Fam trip TAP/ LCC Study Trip. Programa realizado na

Cidade de Lisboa. Presentes 11 participantes.

> iTÁLia – Fam trip “Grattaevince-XV/TAP Itália”. Programa realizado na

Cidade de Lisboa. Presentes 2 elementos.

> iTÁLia – Fam trip “Grattaevince- X/TAP Itália”. Programa realizado na

Cidade de Lisboa. Presentes 2 elementos.

> MuLTiMERCadOS (Leste UE) – Fam trip “Leste EU/Oasis Travel”. Programa

realizado na Grande Lisboa /Cidade de Lisboa, Cascais e Sintra). Presentes 18

participantes.

ENTREviSTaS > ESPaNha – “Canal Extremadura”

> ESPaNha – “Radio Cope”

açõES dE HIgH-ProfIlE > Asociación de las Mujeres Viajeras., em colaboração com o Turismo

de Portugal. Presentes 02 elementos.

aPOiO a EvENTOS > Corrida de S. Silvestre

aPOiO a MEiOS dE COMuNiCaçãO > ChiNa – “Urban Vision”

> duBai – “Travel Arabia Magazine”

> FRaNça – Guia Turístico “L’Adé”

pROmOÇÃO mi – meetinGS indUStRY

CaMPaNha dE PuBLiCidadE ESPECÍFiCa > Acompanhamento da campanha de imprensa e online;

> Envio de conteúdos para editoriais para o mercado de Itália.

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RRelatório de Atividades | RTU

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PROMOçãO E aPOiO a CONGRESSOS E iNCENTivOS > ESMd 2016 - candidatura de Lisboa;

> iaSP 2020 – candidatura de Lisboa;

> EaaCi 2018 – candidatura de Lisboa;

> int Conf WFd 2017 – candidatura de Lisboa.

ENviO dE iNFORMaçãO SOBRE O FuNdO dE aPOiO a CONGRESSOS PaRa: > Sociedade Portuguesa de Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética

> Associação dos Médicos Portugueses de Indústria Farmacêutica

> Associação Nacional dos Médicos de Endoscopia Digestiva

> Associação Portuguesa de Médicos Patologistas

> Associação Portuguesa de Cardiopneumologistas

> Sociedade Portuguesa de Neuropsicologia

> Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-Facial

> Sociedade Portuguesa de Menopausa

> Sociedade Portuguesa de Cirurgia

> Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica

> Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos

> Sociedade Portuguesa de Oftalmologia

> Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva

aPOiO NaS EdiçõES EM LiSBOa > ESPEN 2015

> Grupo Palazzo Touristik 2014

> Europe 3 D

> Evento aa-com

> 2nd Int. Dam World Conference 2015

> BIOMAP-7

aPOiO NaS EdiçõES aNTERiORES a LiSBOa > Congresso DRV Abu Dabhi – Apresentação sobre Lisboa

viSiTaS dE iNSPEçãO > NIPS 2016

> COMBINED INSURANCE 2016

pROmOÇÃO GOLFe

CaMPaNha dE PuBLiCidadE ESPECÍFiCaAcompanhamento da campanha online:

> 8.422.378 impressões / 3.550 cliques

PLaNO dE COMERCiaLizaçãO E vENdaS

PROGRaMa da iNiCiaTiva daS EMPRESaS

PaRTiCiPaçãO daS EMPRESaS EM FEiRaS E OuTROS CERTaMES

(FiTuR,aBav, iTB, WTM, vakaNTiBEuRS, MiTT, TTG iNCONTRi, EiBTM,

iMEX FRaNkFuRT, iMEX aMERiCa, TT vaRSóvia, iGTM, BMW OPEN,

SCaNdiNaviaN MaSTERS)

> MuLTiMERCadOS - Gestão da participação da ARPT Lisboa e do seu trade

nos certames internacionais de 2015, através do portal Feiras do TdP.

PROGRaMaS COM GRuPOS dE EMPRESaS > Análise aos pedidos de pagamento finais efetuados por:

> Tivoli

> Mergulho Sesimbra (Haliotis/Hotel do Mar)

> Vila Galé

PROGRaMaS COM EMPRESaS iNdividuaiS > Análise aos pedidos de pagamento finais efetuados por:

> JC Tours

> Pestana Palace

> Palácio Estoril

> Osiris

> Oitavos Dunes

> The Oitavos

> TADMC

> TAP

> AIM Group

> APL

> TopMIC

inFORmAÇÃO tURÍStiCATuRiSTaS aTENdidOS: 132.863PEdidOS dE iNFORMaçãO ESCRiTOS RESPONdidOS: 166

Page 30: PLANO ESTRATÉGICO 2015-2019 DESAFIOS DO … ·  · 2016-08-13DO TURISMO MUNDIAL DEZEMBRO 2014 OBSERVATÓRIO DO TURISMO ... pelo que o Plano de Atividades pre - visto para este ano,

| T

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| Market PlaceM

FUNDAÇÃO BATALHA DE ALJUBARROTA

pROGRAmAÇÃO diveRSiFiCAdA

CASA FERNANDO PESSOA

viAGem peLA ARte

MARINA PARQUE DAS NAÇÕES

pASSeiOS de BiCiCLetA

A Fundação Batalha de Aljubarrota promove

atividades didáticas e culturais aos sábados,

domingos e feriados. As oficinas criativas, com

entrada gratuita, são destinadas a famílias com

crianças. Ao dinamizar sessões com fundo his-

tórico, a Fundação procura promover o desen-

volvimento das capacidades de interpretação,

expressão e criatividade nos mais novos.

Nos dias de bom tempo, os visitantes podem

explorar o exterior do Centro de Interpretação,

descobrindo detalhes do sistema defensivo

português da época da Batalha de Aljubarrota,

visitando as valas arqueológicas e conhecendo

a capela mandada construir por Nuno Álvares

Pereira.

avenida d. Nuno Álvares Pereira,

120, S. jorge | Tel. 244 480 060

www.fundacao-aljubarrota.pt

A Casa Fernando Pessoa recebe, até ao final de

Fevereiro, a exposição “Viagem na Pintura, no

Pensamento, da autoria da Manuel Casimiro. As

obras foram criadas a partir das capas das revistas

de poesia “Cahiers du Refuge”, colocando em evi-

dência o estreito laço entre as palavras e a pintura.

Manuel Casimiro nasceu no Porto e tem uma car-

reira multifacetada, que passa pela pintura, escul-

tura, fotografia, design e cinema. Os seus traba-

lhos já correram mundo e o seu talento é agora

homenageado pela Casa Fernando Pessoa.

A Marina do Parque das Nações apresenta um

novo serviço de aluguer de bicicletas que per-

mite conhecer Lisboa de outra perspetiva. Um

meio de transporte ecológico e prático, as bici-

cletas prometem ajudar a aquecer os dias frios

de inverno e a explorar lugares menos conheci-

dos da capital. O percurso tem origem no Parque

das Nações, um dos locais mais conhecidos da

cidade, que conta com o Tejo como pano de fun-

do. Exemplos de arquitetura inovadora, como o

MEO Arena, o Oceanário de Lisboa e a Gare do

Oriente, juntam-se à emblemática Torre Vasco

da Gama e ao tradicional teleférico, criando uma

atmosfera dinâmica e cosmopolita a não perder.

Lisboa beneficia de uma vasta linha de ciclovias,

contribuindo para criar um percurso cómodo e

relaxante para todas as idades.

Edifício da Capitania, Passeio de Neptuno

Tel. 218 949 066

www.marinaparquedasnacoes.pt

A exposição “Viagem na Pintura, no Pensamento”

pode ser visitada de segunda-feira a sábado, entre

as 10h00 e as 18h00.

Rua Coelho da Rocha, 16

Tel. 213 913 270

www.casafernandopessoa.cm-lisboa.pt

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CASA-MUSEU DR. ANASTÁCIO GONÇALVES

pAtRimÓniO CentenÁRiO

Mais de duas mil obras de arte integram o legado

deixado pelo médico e filantropo Anastácio Gon-

çalves à Casa-Museu a que deu nome. Do acer-

vo fazem parte peças de mobiliário português

e europeu dos séculos XVII-XIX, bem como um

conjunto de pintura naturalista portuguesa e uma

coleção de porcelana chinesa de projeção inter-

nacional. A Casa-Museu apresenta ainda um nú-

cleo de pintura contemporânea portuguesa e um

espaço dedicado ao espólio do pintor Silva Porto.

Este espaço abre portas na tarde de terça-feira

(14h00-18h00) e de quarta-feira a domingo

(10h00-18h00). Encerra ao público à segunda-

-feira e à terça-feira de manhã.

avenida 5 de Outubro, 6-8

Tel. 213 540 82

www.cmag.imc-ip.pt

CENTRO CULTURAL CASAPIANO

QUinZe AnOS A divULGAR O pAtRimÓniO

O Centro Cultural Casapiano celebra este ano o 15.º

aniversário da sua abertura. O projeto constitui-se

como um espaço cultural agregador do patrimó-

nio artístico e cultural da Casa Pia de Lisboa, uma

instituição que conta com uma história de mais de

dois séculos de promoção dos direitos de crianças

e jovens. Este espaço inclui o Museu, a Biblioteca

César da Silva, o Arquivo Histórico e o Auditório

Rainha Santa Isabel. Destaque ainda para os es-

paços pedagógicos e de exposições temporárias,

especialmente dedicados aos alunos da instituição.

Rua dos jerónimos, 7 a

Tel. 213 610 830

www.casapia.pt

MUSEU DA MÚSICA

CiCLO de pOeSiA

O Museu da Música recebe a terceira edição do

projeto “Poesia no Museu”, que cruza palavras e

melodias. A próxima sessão realiza-se a 25 de

fevereiro, tendo como tema a obra do poeta Jor-

ge De Sena. O evento, com entrada livre, acon-

tece a partir das 19h00.

Este ciclo, organizado pelo Museu da Música em

colaboração com alunos e professores do Pro-

grama de Teoria de Literatura da Faculdade de

Letras da Universidade de Lisboa, inclui confe-

rências intercaladas com a leitura de poemas.

Rua joão Freitas Branco

Tel. 217 710 990

www.museudamusica.pt

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CAFÉ PLAZA

mOdeRnidAde e COnFORtO

CAN THE CAN

COnSeRvAS em veRSÃO GOURmet

Os sabores da cozinha tradicional portuguesa e

mediterrânica, com a assinatura do chefe Ma-

nuel Dias, são a proposta do Café Plaza. Com pa-

tés, saladas e uma tábua de queijos variada, as

opções são diversas, sempre complementadas

com uma carta de vinhos bastante completa.

Integrado no Hotel Plaza, o espaço pauta-

-se pela modernidade e conforto, tornando-se

ideal para qualquer ocasião. Localizado perto da

Avenida da Liberdade, uma das mais dinâmi-

cas artérias da capital, o Café Plaza possui uma

atmosfera íntima e calma, que espelha o caráter

da cidade.

Travessa do Salitre, 7 (hotel Lisboa Plaza)

Tel. 213 218 218

www.heritage.pt

Conservas e fado, dois símbolos de portugalidade,

cruzam-se no Can the Can Lisboa. O menu é cons-

tituído por pratos gourmet e carateriza-se por um

sabor mediterrânico, embalado pelos acordes

da guitarra portuguesa. O Can the Can ofere-

ce uma ementa que inclui produtos frescos e

as tradicionais conservas portuguesas, utiliza-

das ainda na decoração do espaço, criando um

ambiente tradicional e contemporâneo. Para os

dias mais soalheiros, o restaurante dispõe de

uma esplanada com vista para uma das pra-

ças mais emblemáticas da Europa, o Terreiro

do Paço.

Terreiro do Paço, 82/83

Tel. 914 007 100

www.canthecanlisboa.com

INSPIRA SANTA MARTA HOTEL

diA dOS nAmORAdOSEm Fevereiro, o Inspira Santa Marta Hotel ce-

lebra o amor. A pensar nos momentos de ro-

mance preparou uma oferta especial com uma

estadia única, num ambiente distinto, sem sair

do centro de Lisboa.

A oferta inclui uma estadia em quarto duplo

superior, com serviço VIP à chegada, oferta de

garrafa de espumante e um jantar a dois no res-

taurante “Open Brasserie Mediterrânica”. O valor

desta oferta é de 105 euros por pessoa.

R. de Santa Marta, 48

Tel. 210 440 900

www.inspirahotels.com

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DUETOS DA SÉ

ARte e GAStROnOmiA

Um espaço multifacetado onde a arte e a gas-

tronomia se cruzam. Assim se define o Duetos

da Sé, um café/bar e restaurante de petiscos com

uma agenda artística variada. A ementa incluiu so-

pas, saladas e sanduíches, bem como petiscos e

pratos tradicionais. A música ao vivo é uma das

grandes apostas do Duetos da Sé, com concertos

e performances a integrarem a programação.

Destaque ainda para a galeria de arte, que acolhe

exposições ao longo do ano.

Aberto todos os dias, com exceção das quartas-

-feiras, entre as 17h00 e as 02h00.

Travessa do almargem n.º 1 B/C, alfama

Tel. 218 850 041

www.duetosdase.com

RESTAURANTE VARANDA DE LISBOA

viStA pAnORÂmiCA pARA A CApitAL

Localizado no último andar do Hotel Mundial, o

Restaurante Varanda Mundial oferece uma expe-

riência que apela a todos os sentidos. A ementa

integra cozinha tipicamente portuguesa, servida

num ambiente moderno e requintado, com vista

panorâmica sobre a cidade de Lisboa.

Além de carne e peixe frescos confecionados na

grelha, o menu contempla diversos pratos que de-

verão agradar aos palatos mais exigentes. Com uma

carta de vinhos única e os conselhos de escanções

reconhecidos, o restaurante proporciona uma expe-

riência de degustação única.

Os almoços são servidos entre as 12h30 e as 15h00

e os jantares decorrem das 19h30 às 22h30.

Praça Martim Moniz, 2 (hotel Mundial)

Tel. 218 842 000

www.varandadelisboa.pt

RESTAURANTE AURA

COZinHA pORtUGUeSA COntempORÂneA

Até 29 de março, os domingos são dia de provar

um tradicional cozido à portuguesa com um to-

que gourmet no restaurante Aura. A campanha de

buffet, válida das 12h30 às 15h30, tem um preço

de 19,50 euros por pessoa (couvert, sobremesas,

bebidas, café e águas não incluídas).

O restaurante Aura localiza-se no Terreiro do Paço,

com uma esplanada a contemplar uma das zonas

mais históricas da capital. O espaço é ideal para

momentos de convívio e para provar especialida-

des da cozinha portuguesa contemporânea, confe-

cionadas pelo chefe Duarte Mathias. O restaurante

está aberto todos os dias, funcionando nas verten-

tes café, lounge e esplanada.

Rua do arsenal 1, Praça do Comércio

Terreiro do Paço

Tel. 213 469 447

www.auraloungecafe.com

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DOCA DE SANTO

piOneiRO nAS dOCAS

ZOMATO peSQUiSA de ReStAURAnteS nO mApA

Junto ao Tejo surge a Doca de Santo, um espaço

agradável e soalheiro, destinado a todos os pa-

ladares. O restaurante apresenta uma ementa

recheada de opções saborosas, desde refeições

ligeiras até pratos elaborados. Com um espaço

interior acolhedor e uma esplanada com vista

para o rio, as opções são variadas para almoços

e jantares.

Foi o primeiro a surgir nas Docas e deu o ponta-

pé inicial para a criação do Grupo Doca de Santo.

O restaurante é uma das referências do grupo,

ao lado de estabelecimentos como a República

da Cerveja, Irish & Co., Capricciosa, Ratton e Pa-

daria e Quinta da Cabrita.

doca de Santo amaro, armazém CP

Tel. 213 963 535

www.grupodocadesanto.com.pt

A Zomato, plataforma online e mobile de desco-

berta de restaurantes, acaba de lançar a pesquisa

de restaurantes no mapa para as apps mobile, dis-

ponível para as versões Android e iOS.

Com esta nova componente de pesquisa, os uti-

lizadores podem ver no mapa a real localização

de cada restaurante à sua volta, ao selecionar a

ferramenta “Por Perto”. Nos resultados, é também

possível delimitar a pesquisa para uma localiza-

ção exata (ruas/local específico), desenhando um

círculo à volta da mesma. O utilizador pode ainda

aplicar vários filtros à sua pesquisa - Aberto Agora,

Tipo de Cozinha, Custo para Duas Pessoas, Wifi, Lu-

gares ao Ar Livre, Buffet, entre outros - para encon-

trar os restaurantes, cafés, pastelarias, bares ou lo-

cais de nightlife, de acordo com a sua preferência.

A Zomato anunciou também, recentemente, a

introdução de publicidade nas suas apps mobile,

aumentando significativamente a visibilidade dos

restaurantes que investem na plataforma. Os utili-

zadores podem agora ver anúncios de restaurantes

nos resultados da pesquisa, de acordo com os fil-

tros aplicados e com a sua localização.

Travessa das Pedras Negras nº1 1ºdto

Tel. 211 519 969

www.zomato.com/pt

À GRANDE – WATER X – WATER EXPERIENCES IN PORTUGAL

LiSBOA À BeiRA-RiO

Conhecer Lisboa a partir do rio Tejo é o desafio

lançado pela À Grande – Water X – Water Expe-

riences in Portugal. Com uma frota composta

por speedboats, iates à vela, esquis aquáticos

e wakeboards, iates e catamarãs, a empresa,

fundada em 2002, proporciona experiências

náuticas inesquecíveis.

Os programas são diversificados, sendo pos-

sível fazer um roteiro pelos monumentos da

capital, conhecer as fortalezas costeiras e ob-

servar as pontes 25 de abril e Vasco da Gama,

entre outras propostas.

Edifício Office no Estoril,

Rua dos Ciprestes, n.º 48 – sala 2B

Tel. 214 668 808

www.waterx.co.pt

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TEATRO POLITEAMA

“pORtUGAL À GARGALHAdA” em CenAFilipe La Féria leva ao palco do Teatro Politeama

“Portugal à Gargalhada”, uma revista-musical

recheada de humor e crítica e social. O espetá-

culo que tem vindo a encantar e a surpreender

o público apresenta um olhar mordaz e divertido

sobre a situação política e social do país. A peça,

ao melhor estilo da revista portuguesa, é prota-

gonizada por atores consagrados como Marina

Mota, Maria João Abreu, Joaquim Monchique e

José Raposo.

O espetáculo está em cena até junho.

Rua Portas de Santo antão, 109

Tel. 213 405 700

www.teatro-politeama.com

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O Museu da Marioneta vai ser palco de duas ex-

posições dedicadas ao cinema de animação pro-

movidas pelo Festival MONSTRA.

Os cenários e personagens da metragem “Papel

de Natal”, de José Miguel Ribeiro, são uma das

atrações, apresentando uma sociedade solidária e

um planeta saudável.

O talento de Špela Čadež vai também estar em des-

taque no Museu, com a exposição de marionetas,

cenários e adereços utilizados para criar a magia de

todos os filmes de marionetas em stop-motion da

artista.

As exposições estão patentes de 19 de fevereiro a

19 de abril.

Rua da Esperança, 146

Tel. 213 942 810

www.museudamarioneta.pt

MUSEU DA MARIONETA

CinemA de AnimAÇÃO

AGIC

diA inteRnACiOnAL dO GUiA-intÉRpRete

A AGIC – Associação Portuguesa dos Guias-

Intérpretes e Correios de Turismo convida

todos a participarem nas visitas guiadas do

Dia Internacional do Guia-Intérprete, que se

comemora a 21 de Fevereiro. Para participar,

basta comparecer no Rossio, entre as 10h00 e

as 16h00. Neste dia, haverá ainda uma visita

especial dedicada ao público infantil, às 11h30.

A AGIC tem vindo a desenvolver passeios

gratuitos na cidade de Lisboa para turistas

nacionais ou estrangeiros, com o propósito de

suscitar no público o interesse pelo conhecimento

da sua atividade e sobre a importância dum guia

qualificado.

Rua alexandre herculano, 19, R/C, sala 05

Tel. 218 855 500

agic-portugal.com

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CAMPO DE GOLFE DO MONTADO

deSpORtO e nAtUReZA

GHOST TOURS PORTUGAL

pASSeiOS AteRRAdOReSUma viagem única pelos acontecimentos mais

bizarros e assustadores da capital é a proposta da

Ghost Tours Portugal, que organiza visitas pedes-

tres por Lisboa. Com o cair da noite, as persona-

gens e os episódios mais obscuros das ruas da ci-

dade ganham vida através de passeios recheados

de mistério e emoção. As visitas contam com per-

formances surpreendentes, tendo como cenário

as vielas, becos e outros recantos da capital. Os

percursos, com duração de cerca de hora e meia,

realizam-se diariamente, às 21h00 e às 21h30.

Rua Leitão de Barros, n.º 4 – 1.º Esq.

Tel. 912 301 329

www.ghost-tours-portugal.pt

GARRAFEIRA NACIONAL

HiStÓRiA em GARRAFAS

Fundada em 1927, a Garrafeira Nacional é um

dos mais afamados espaços lisboetas dedicados

aos vinhos e espirituosos. Através de uma ampla

rede de grossistas, retalhistas e colecionadores, a

companhia reuniu uma impressionante coleção de

vintage e vinhos do Porto raros, vinhos da Madei-

ra, whiskies, cognacs, aguardentes, champanhe e

bebidas diversas, cuidadosamente selecionados e

armazenados, de forma a manter a sua qualidade

em pleno.

As quase nove décadas de história da Garrafeira

Nacional estão em exposição no Museu, dedicado

à cultura vitivinícola portuguesa. O exemplar mais

antigo do vasto acervo data de 1795.

Rua de Santa justa, 18

Tel. 218 879 080

www.garrafeiranacional.com

O Campo de Golfe do Montado, com 18 bu-

racos e par 72, é um dos mais competitivos

do país. Localizado em Palmela, o espaço é

rodeado pelo vinhedo e integra-se de forma

plena na morfologia da região, com os seus

sobreiros, ribeiros e lagos. O buraco 18, em

que o green está localizado numa ilha, é

um dos destaques do campo, que apresenta

greens grandes e buracos com características

únicas.

O espaço reabriu em setembro de 2006, após

uma remodelação, apresentando-se como uma

opção moderna para os fãs desta atividade.

urbanização Golfe do Montado, Lt. 1

Tel. 265 708 150/265 708 159

www.montadoresort.com

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FUNDAÇÃO JOSÉ SARAMAGO

LeGAdO imORtALGORkY

A Fundação José Saramago, criada pelo escri-

tor em 2007, promove o estudo e a divulga-

ção da obra do Nobel português e da cultura

em geral.

O projeto propõe uma viagem pela fascinan-

te vida e obra de José Saramago, apoiando

diversas atividades culturais, incluindo expo-

sições, recitais, cursos e seminários em vá-

rias áreas.

A Fundação está há cinco anos instalada na

Casa dos Bicos, um edifício emblemático

mandado construir no século XVI que conta

com uma fachada composta por pedras ta-

lhadas. O espaço abre portas de segunda-

-feira a sábado, entre as 10 e as 18 horas.

Casa dos Bicos,

Rua dos Bacalhoeiros,10

www.josesaramago.org

CNM – COMPANHIA NACIONAL DE MÚSICA

mAiS AntiGA dO pAÍSÉ no Chiado, bem no centro de Lisboa, que se

encontra a loja de música mais antiga do país.

A música portuguesa, do fado à música clássica,

passando por discos infantis e edições especiais,

é protagonista nesta loja, que reúne o melhor da

cultura nacional.

O espaço situa-se num edifício oitocentista, com

estrutura de pedra e com janelas e portas am-

plas a olhar o Chiado.

A Companhia Nacional de Música foi fundada

por Nuno Rodrigues em 1993, com o propósito

de produzir, divulgar e contribuir para a valoriza-

ção de obras culturais.

Rua Nova do almada, 60-62

Tel. 213 420 918

www.cnmusica.com

CENTRO DE ARTE MODERNA

HOmenAGem A ARSHiLe

O Centro de Arte Moderna recorda Arshile Gorky

e o seu papel da história do Modernismo norte-

-americano e na arte ocidental do século XX.

Nesta exposição, a sua produção artística cruza-se

com as obras de diversos autores portugueses, em

particular do surrealismo e neo-realismo. A mostra

inclui quatro grandes núcleos: o Retrato, a Na-

tureza-morta, o Surrealismo e a Abstração.

Com curadoria de Isabel Carlos, Ana Vasconce-

los, Leonor Nazaré e Patrícia Rosas, a exposi-

ção está patente no Centro de Arte Moderna

até 31 de maio.

Rua dr. Nicolau de Bettencourt

Tel. 217 823 474

www.cam.gulbenkian.pt

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MUSEU NACIONAL DO TRAJE

O pApeL dOS dOAdOReS

CHAPITÔ

“dR. JekYLL And mR. HYde”A Companhia do Chapitô apresenta a peça “Dr.

Jekyll and Mr. Hyde”, uma história sombria sobre a

luta entre o bem e o mal. Baseado na obra literá-

ria de Robert Louis Stevenson, o espetáculo retrata

a tensa relação entre o responsável Dr. Jekyll e o

malvado Mr. Hyde, levando ao palco o debate so-

bre a natureza humana.

A peça é encenada por John Mowatt e conta com

interpretações de Jorge Cruz e Tiago Viegas.

O espetáculo, que marca a 33.ª produção da Com-

panhia do Chapitô, vai estar em cena até 23 de

março.

Costa do Castelo, 7

Tel. 218 855 550

www.chapito.org

PORTUGAL PREMIUM TOURS

ReFORÇA CAnAiS de pROmOÇÃO eXteRnAA Portugal Premium Tours, empresa especialista

em passeios privados em Portugal, deu mais

um passo na divulgação online de Portugal.

A aposta passa pelo lançamento de um novo

website, com uma imagem moderna e simples.

O já existente blogue, agora integrado na

mesma plataforma, pretende estimular a visita

a Portugal com a partilha regular de curiosidades

e tradições (disponível em Português e Inglês).

Nesta plataforma, o turista encontra todos os

detalhes sobre passeios em Portugal, agora

reestruturados em cinco categorias: Passeios

Turísticos, Excursões em Terra, Passeios

Pedestres, Passeios Vinho e Gastronomia e

Passeios Corporativos. Está ainda previsto o

lançamento de um espaço exclusivamente

dedicado às várias cidades e regiões do País

onde são destacados os principais locais

turísticos e pratos regionais.

Tel. 917 213 730

www.premiumtours.pt

O Museu Nacional do Traje apresenta, até 28

de fevereiro, uma exposição de homenagem a

todos aqueles, que, ao longo dos anos, contri-

buíram para alargar o seu acervo. “Uma cole-

ção CoMnexo: o papel do doador” reúne todas

as doações recebidas em 2013, relembrando a

importância deste contributo para o Museu ao

longo de quatro décadas de existência.

O Museu Nacional do Traje abre portas à terça-

-feira, das 14h00 às 18h00, e de quarta-feira a

domingo, das 10h00 às 18h00. Encerra à segun-

da-feira e nas manhãs de terça-feira.

Largo júlio Castilho, Lisboa

Tel. 217 567 620

www.museudotraje.pt | T

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ALFACINHALX

pASSeiOS eCOLÓGiCOS

Especializada em visitas guiadas à capital, a

AlfacinhaLx conta com um aliado de peso para

proporcionar uma experiência inesquecível a to-

dos os participantes: os eco tuk tuks. Estes veícu-

los ecológicos, aliados ao olhar conhecedor dos

guias, proporcionam uma visita original pelas

ruas e monumentos de Lisboa.

As tour eco tuk tuk passam pelo Castelo de S.

Jorge, revisitando as origens da cidade, explo-

ram os bairros típicos da capital e viajam ain-

da até Belém, uma das zonas mais famosas da

capital.

Tel. 924 042 059

www.alfacinhalx.com

LISBON WALKER

LiSBOA A pÉA Lisbon Walker propõe visitas a pé pela ca-

pital, organizando um conjunto de roteiros

temáticos. Conhecer as origens da cidade

e visitar o castelo, descobrir a Lisboa do

terramoto de 1755 ou da Segunda Guerra

Mundial, escutar as lendas e mistérios da

capital e experienciar o cosmopolitismo do

Chiado e do Bairro Alto são algumas das

sugestões.

Os passeios em inglês realizam-se dia-

riamente e as visitas em português de-

correm nos quatro primeiros domingos e

no primeiro sábado de cada mês.

Rua jardim do Tabaco nº 126

Tel. 218 861 840

www.lisbonwalker.com

COOLTOUR LISBON

eXpeRiÊnCiAS ineSQUeCÍveiSConhecer Lisboa a partir de uma van de nove

lugares é o desafio lançado pela Cooltour Lisbon,

uma empresa de animação turística e cultural

que promove percursos pelo património natural

e cultural da região.

Passar um dia na cidade, visitar Sintra ou até

explorar a Arrábida são algumas das propos-

tas da empresa, que pretende dar a conhecer

a beleza e personalidade da região. A Cooltour

Lisbon dinamiza ainda passeios temáticos sobre

o tão português fado e a cultura gastronómica e

vinícola de Lisboa, que prometem apaixonar os

participantes.

av. infante Santo, 69, 10.º, Sala 3

Tel. 213 951 624

www.cooltourlisbon.com

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N | Notas Finais |

TU

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Revista dirigida aos associados do Turismo de Lisboa, empresários, decisores

e estudiosos da indústria turística.

DirectorVíTOR COSTA

[email protected]

TURISMO DE LISBOAT. 210 312 700

Fax: 210 312 899www.visitlisboa.com [email protected]

•Editor

Edifício Lisboa Oriente, Avenida Infante D. Henrique, 333 H

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tiragem2000 exemplares

PeriodicidadeMensal

ImpressãoRPO

Depósito Legal206156/04

Isento de registo no ICS ao abrigo do artigo 9.º da Lei de Imprensa

n.º2/99 de 13 de Janeiro

DISTRIBUIÇÃO GRATUITAAOS ASSOCIADOS

DO TURISMO DE LISBOA

•Assinatura anual

24 euros

SiNaiS POSiTivOS dO TuRiSMO dE PORTuGaL

Rompendo com uma prática tradicional, o Turismo

de Portugal procedeu ao pagamento da 1.ª tranche

da contratualização e do programa financiado pelos

casinos logo nos primeiros dias de janeiro.

Esta medida permite uma gestão mais tranquila dos

programas e que as ARPTs se concentrem na sua

execução, sem a habitual pressão dos pagamentos

e sem custos desnecessários.

Saúda-se a administração do Turismo de Portugal

por esta medida.

Ainda no decurso do mês de janeiro, o Turismo de

Portugal convocou os parceiros regionais e privados

para a apresentação do seu plano de marketing.

Sendo, como todos, um plano discutível nalguns as-

pectos estratégicos e operacionais, há que reconhe-

cer a sua lógica e coerência e, sobretudo, o passo

positivo que constitui a sua apresentação atempada

aos parceiros e a abertura a sugestões.

iMPLEMENTaçãO dO PLaNO ESTRaTéGiCO

dE LiSBOa

Aprovado pelas entidades promotoras – ATL e ERT-RL

– em finais de dezembro, o novo Plano Estratégico

entra agora na fase de implementação.

Para além das alterações que estão a ser introdu-

zidas, designadamente a nível da promoção e da

preparação de outros programas que serão lança-

dos atempadamente, foram já adjudicados os es-

tudos detalhados para os mercados da Alemanha,

Brasil e Espanha, que estarão concluídos em finais

de março.

O resultado destes trabalhos incluirá não só os estu-

dos de mercados propriamente ditos, mas também

planos de ação imediatos e a médio prazo, com im-

plementação a partir deste ano.

Em preparação avançada está a proposta para o pla-

no de implementação do projeto online, que será

certamente um dos mais marcantes e inovadores

deste período.

A ideia base é uma visão holística, transversal e de

rutura nesta matéria, de forma a passarmos para

um patamar de promoção mais sofisticado. O de-

safio que se coloca é o de passar da fase de “aju-

dar a vender” para a fase de “ajudar a comprar”.

ELEiçõES Na CTP

As próximas eleições na CTP serão, ao que tudo

indica, disputadas por duas listas, o que acontece-

rá pela primeira vez na sua história. O presidente

atual, Dr. Francisco Calheiros, candidatar-se-á a um

segundo mandato pela APAVT, sendo desafiado

pelo Eng. Correia da Silva, proposto pela AHP.

Caso venha a confirmar-se, espera-se que esta dis-

puta resulte em reforço da Confederação e não em

divisões que a enfraqueçam, independentemente

da posição de cada associado e do resultado final.

Uma CTP reforçada será um instrumento funda-

mental para a batalha que cada vez mais se tor-

na necessária no sentido de fazer corresponder

o peso económico do Turismo, cada vez maior, a

um efetivo reconhecimento político.

Há que constatar que ainda estamos longe des-

se reconhecimento e que a CTP é indispensável

para essa credibilização

ARRAnQUe de Um nOvO AnO

vítor Costa Director-Geral do Turismo de Lisboa

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