Plano de Estratégia e Internacionalização da Efapel para a África do Sul
-
Upload
ruipedrobento -
Category
Documents
-
view
73 -
download
10
description
Transcript of Plano de Estratégia e Internacionalização da Efapel para a África do Sul
PLANO DE ESTRATÉGIA DE INTERNACIONALIZAÇÃO DA EFAPEL S.A. PARA A ÁFRICA DO SUL
www.efapel.pt
Trabalho da unidade curricular de Economia e Negócios Internacionais
Professor Manuel Gouveia
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo efetuar o plano de estratégia de
internacionalização da empresa Efapel para a África do Sul.
IPAM – PORTO | GESTÃO DE MARKETING – 2EAD | NOVEMBRO 2015
RUI PEDRO LOPES DIAS BENTO Nº 6521
Rui Pedro Bento | Nº 6521 2
Índice 1. Índice de Figuras, Quadros e Gráficos ............................................................................................................................ 4
2. Introdução .................................................................................................................................................................................. 5
3. Breve caraterização da empresa ...................................................................................................................................... 7
3.1. Identificação ................................................................................................................................................................... 7
3.2. Visão, Missão, Política e Valores ......................................................................................................................... 10
3.3. Produtos ........................................................................................................................................................................ 12
3.4. Mercados atuais ......................................................................................................................................................... 16
3.5. Principais clientes ..................................................................................................................................................... 17
3.6. Preços praticados ...................................................................................................................................................... 18
4. Caraterização dos mercados atuais da empresa .................................................................................................... 19
4.1. Quotas de mercado ................................................................................................................................................... 19
4.2. Qual o ambiente competitivo ............................................................................................................................... 20
4.3. Domínio/Controlo de cada mercado ................................................................................................................ 21
4.4. Os mercados atuais estão protegidos? ............................................................................................................. 21
5. Mercado potencial – África do Sul ................................................................................................................................ 22
5.1. Síntese do país ............................................................................................................................................................ 22
5.2. Análise do mercado .................................................................................................................................................. 25
5.2.1. Análise PEST(GC) ............................................................................................................................................ 25
5.2.2. Análise das 5 forças de Porter .................................................................................................................. 37
5.2.3. Análise da balança comercial .................................................................................................................... 42
5.2.4. Análise da capacidade produtiva instalada......................................................................................... 45
5.2.5. Análise do consumo (aparente e real) .................................................................................................. 46
5.3. Análise do potencial de entrada no mercado ................................................................................................ 47
5.3.1. Fatores críticos de sucesso ......................................................................................................................... 47
5.3.2. Vantagem competitiva.................................................................................................................................. 47
5.3.3. Análise SWOT ................................................................................................................................................... 48
5.4. Avaliação crítica do potencial de entrada no mercado ............................................................................. 50
6. Delineamento da estratégia de internacionalização ............................................................................................ 51
6.1. Aspetos estratégicos ................................................................................................................................................ 51
6.1.1. Objetivos estratégicos .................................................................................................................................. 51
6.1.2. Posicionamento ............................................................................................................................................... 51
6.1.3. Segmentação ..................................................................................................................................................... 52
6.1.4. Identificação do método de internacionalização .............................................................................. 52
6.2. Aspetos operacionais associados ....................................................................................................................... 53
Rui Pedro Bento | Nº 6521 3
6.2.1. Volume de negócios ....................................................................................................................................... 53
6.2.2. Taxa de mercado ............................................................................................................................................. 54
6.2.3. Número de clientes ........................................................................................................................................ 54
6.2.4. Taxa de cobertura geográfica .................................................................................................................... 55
6.2.5. Rentabilidade ................................................................................................................................................... 56
6.3. Marketing-Mix (7 variáveis) ................................................................................................................................. 57
6.3.1. Produto ............................................................................................................................................................... 58
6.3.2. Preço ..................................................................................................................................................................... 59
6.3.3. Comunicação ..................................................................................................................................................... 60
6.3.4. Distribuição ....................................................................................................................................................... 61
6.3.5. Processos ............................................................................................................................................................ 61
6.3.6. Pessoas ................................................................................................................................................................ 62
6.3.7. Suporte físico .................................................................................................................................................... 62
6.4. Orçamentação ............................................................................................................................................................. 63
6.5. Alternativas (cenários) ........................................................................................................................................... 64
6.5.1. Cenário otimista .............................................................................................................................................. 64
6.5.2. Cenário pessimista ......................................................................................................................................... 64
6.5.3. Cenário de maior probabilidade de ocorrência ................................................................................ 65
7. Conclusão ................................................................................................................................................................................. 66
8. Bibliografia .............................................................................................................................................................................. 68
9. Netgrafia ................................................................................................................................................................................... 68
Rui Pedro Bento | Nº 6521 4
1. Índice de Figuras, Quadros e Gráficos
Figuras
Figura 1 - Localização Geográfica da Efapel (Serpins)................................................................................................................................. 8 Figura 2 - Unidade Fabril de Serpins (Vista Aérea) ...................................................................................................................................... 8 Figura 3 - Unidade Fabril de Serpins .................................................................................................................................................................... 9 Figura 4 - Equipa de Futebol da Académica de Coimbra ............................................................................................................................ 9 Figura 5 - Exemplos de Produtos Efapel ......................................................................................................................................................... 15 Figura 6 - Bandeira da África do Sul .................................................................................................................................................................. 23 Figura 7 - Jacob Zuma (Presidente da África do Sul) ................................................................................................................................. 23 Figura 8 - África do Sul (Localização Mundial)............................................................................................................................................. 24 Figura 9 - África do Sul (Mapa Fronteiras) ..................................................................................................................................................... 24 Figura 10 - Cidade do Cabo (África do Sul) .................................................................................................................................................... 34 Figura 11 - Relatório de Competitividade 2015-2016 da África do Sul (indicadores) ............................................................. 36 Figura 12 - As 5 forças de Porter ......................................................................................................................................................................... 37 Figura 13 - Principais Fornecedores da África do Sul (2011-2013) .................................................................................................. 38 Figura 14 - As 7 Variáveis do Marketing-Mix ................................................................................................................................................ 57 Figura 15 - Tipos de tomadas em utilização na África do Sul ................................................................................................................ 58
Quadros
Quadro 1 - Lista de Produtos Efapel .................................................................................................................................................................. 14 Quadro 2 - Panorama Setorial de Fabricação de Equipamento Elétrico e de Ótica (2014) .................................................... 19 Quadro 3 - Top 10 Empresas CAE 27122 – Volume de Negócios (2014) ........................................................................................ 20 Quadro 4 - Principais indicadores macroeconómicos da África do Sul ............................................................................................ 28 Quadro 5 - Maiores Cidades da África do Sul (População em 2011) ................................................................................................. 33 Quadro 6 - Balança Comercial da África do Sul (2012-2017) ............................................................................................................... 43 Quadro 7 - Balança Comercial de Bens e Serviços de Portugal com a África do Sul .................................................................. 43 Quadro 8 - Principais Produtos Exportados de Portugal para a África do Sul .............................................................................. 44 Quadro 9 - Comércio de Bens com a África do Sul por Graus de Intensidade Tecnológica .................................................... 44 Quadro 10 - Quota da África do Sul no Comércio Internacional Português de Bens e Serviços ........................................... 44 Quadro 11 - Fabricantes Sul-Africanos de Produtos Elétricos de Baixa Tensão .......................................................................... 45 Quadro 12 - Análise SWOT da Efapel ................................................................................................................................................................ 49 Quadro 13 - Orçamento 2016 (Internacionalização da Efapel na África do Sul) ......................................................................... 63
Gráficos
Gráfico 1 - Evolução da Taxa de Desemprego (%) da África do Sul (2001-2015) ...................................................................... 26 Gráfico 2 - Crescimento Real do PIB (%) da África do Sul ...................................................................................................................... 28 Gráfico 3 - Comércio Externo de Bens e Serviços (109USD) da África do Sul ................................................................................ 28 Gráfico 4 - Estrutura Etária da África do Sul (2014) ................................................................................................................................. 29 Gráfico 5 - Evolução da População da África do Sul (1960-2014) ...................................................................................................... 30 Gráfico 6 - Evolução da Taxa de Crescimento Demográfico da África do Sul (1961-2015) ................................................... 30 Gráfico 7 - Despesas de Investigação e Desenvolvimento da África do Sul e Portugal (% do PIB) .................................... 32 Gráfico 8 - Evolução da Balança Corrente da África do Sul (% PIB) .................................................................................................. 42 Gráfico 9 - Previsão da Evolução do Volume de Negócios (€) da Efapel na África do Sul (2016-2025) .......................... 53 Gráfico 10 - Previsão da Variação do Volume de Negócios (%) da Efapel na África do Sul (2016-2025) ....................... 53 Gráfico 11 - Previsão da Rentabilidade da Efapel no mercado Sul-Africano ................................................................................. 56
Rui Pedro Bento | Nº 6521 5
2. Introdução
Este trabalho foi realizado no âmbito da unidade curricular de Economia e Negócios
Internacionais, lecionada pelo Professor Manuel Gouveia, e tem como objetivo aplicar
os conhecimentos obtidos durante a realização desta unidade curricular.
Em resposta ao desafio, foi escolhida a empresa lousanense Efapel – Empresa Fabril
de Produtos Elétricos S.A. e o país em estudo para a sua internacionalização será a
África do Sul.
Estas duas escolhas não foram por mero acaso, em primeiro, a escolha da empresa foi
feita por afinidade do meu concelho de residência e por acompanhar o seu
crescimento ao longo dos anos. Escolhi a África do Sul, por ser um dos países que irá
continuar a ter, as mais altas taxas de crescimento do mundo e que também, poderá
servir de alavanca no futuro para outros países do sul da África, como a Namíbia,
Botswana, Zâmbia, Zimbabué, Moçambique e Angola.
Após a divulgação por parte da empresa da sua estratégia em Maio de 2014 para o
continente americano, através da construção de uma unidade fabril na Colômbia1, faz
todo o sentido esta análise, que poderá ajudar na sua internacionalização no
continente africano.
Inicialmente irei caraterizar a empresa e os seus mercados atuais, posteriormente irei
analisar o mercado potencial escolhido, analisando o seu mercado com a ajuda das
análises PEST (GC) e da 5 forças de Porter.
Será efetuada uma análise SWOT e feita uma avaliação critica ao potencial de entrada
neste mercado.
1 Económico. Página consultada a 17 de Outubro de 2015. Disponível em http://economico.sapo.pt/noticias/efapel-quer-fabrica-na-colombia-em-2015_192819.html
Rui Pedro Bento | Nº 6521 6
Diversas informações acerca do mercado em questão serão recolhidas através de
fontes de informação devidamente referenciadas que nos irão ajudar posteriormente
a efetuar o delineamento da estratégia de internacionalização.
No final traçamos três cenários possíveis que podem ocorrer a este processo de
internacionalização e concluirei com a minha opinião pessoal a todo este trabalho
desenvolvido.
Rui Pedro Bento | Nº 6521 7
3. Breve caraterização da empresa
3.1. Identificação
A Efapel foi fundada em 1978 na vila de Serpins, concelho da Lousã, que dista cerca
de 30 kms de Coimbra (fig. 1).
É formada exclusivamente por capitais portugueses e neste momento é constituída
por uma equipa de 300 colaboradores.
A sua atividade empresarial é o fabrico de produtos para instalações elétricas de
baixa tensão, esta atividade é desenvolvida em 3 unidades industriais (Serpins e
Lousã) que apresentam uma superfície total de 18.750m2 (figs. 2 e 3).
Esta empresa apresenta também uma equipa de investigação, desenvolvimento e
inovação, que se dedica à pesquisa, conceção e desenvolvimento de soluções de modo
a que os seus produtos correspondam às necessidades dos seus clientes.
Após 37 anos da sua fundação, a Efapel é neste momento o maior fabricante nacional
de aparelhagem elétrica de baixa tensão, tendo apresentado um volume de faturação
em 2014, na ordem dos 25,2 milhões de euros, tendo a exportação um peso na ordem
dos 30%.
Em 2009, associou-se à equipa de futebol Associação Académica de Coimbra,
tornando-se o seu principal patrocinador e dando também o nome da empresa ao seu
estádio de futebol (fig. 4).
A empresa é neste momento certificada pela APCER no âmbito da Gestão da
Qualidade (NP EN ISSO 9001), Gestão Ambiental (NP EN ISSO 14001) e Gestão da
Segurança e Saúde no Trabalho (OHSAS 18001 / NP 4397).
Os produtos fabricados pela Efapel estão certificados em diversos países no mundo.
Rui Pedro Bento | Nº 6521 8
Figura 1 - Localização Geográfica da Efapel (Serpins)
Fonte: google maps
Figura 2 - Unidade Fabril de Serpins (Vista Aérea)
Fonte: google maps
Rui Pedro Bento | Nº 6521
Figura
Rui Pedro Bento | Nº 6521
Figura 3 - Unidade Fabril de Serpins
Fonte: construir.pt
Figura 4 - Equipa de Futebol da Académica de Coimbra
Fonte: académica-oaf.pt
9
Equipa de Futebol da Académica de Coimbra
Rui Pedro Bento | Nº 6521 10
3.2. Visão, Missão, Política e Valores
Visão
Ser uma empresa de excelência no domínio das soluções elétricas.
Missão
Criar e produzir as melhores opções de aparelhagem e acessórios para instalações
elétricas e de dados, voz e imagem, com o compromisso de satisfação de Clientes,
Colaboradores, Fornecedores, Acionistas e Sociedade, garantindo valor para o Cliente,
satisfazendo as suas necessidades e expetativas, desenvolvendo os produtos e
processos com eficiência e eficácia, perseguindo a eliminação de todos os
desperdícios, desenvolvendo o talento dos nossos colaboradores, assegurando a sua
motivação e incentivando criatividade, zelando pela sua segurança e saúde,
contribuindo ativamente para a sociedade, melhorando continuamente o
desempenho ambiental e participando no desenvolvimento local e nacional para
garantir o crescimento sustentado da EFAPEL.
Política
• Cliente em Primeiro Lugar.
• Fazer bem é à Primeira.
• O Fornecedor é um Parceiro de Negócio.
• Melhorar Continuamente o Desempenho da Organização.
• Cumprir a Legislação e Outros Requisitos Aplicáveis.
• Promover a Informação e Formação dos Colaboradores e de Outros que
trabalhem em Nome da EFAPEL.
• Prevenir a Poluição.
• Prevenir os Riscos Profissionais.
Rui Pedro Bento | Nº 6521 11
Valores
• Ética: Honestidade e seriedade.
• Rigor: Cumprimento dos compromissos assumidos com todas as partes
interessadas.
• Simplicidade: O que é simples é genial.
• Dinamismo: Orientação para a mudança e aprendizagem.
• Criatividade: Procura de soluções inovadoras.
Rui Pedro Bento | Nº 6521 12
3.3. Produtos
A Efapel fabrica e comercializa uma diversidade de produtos elétricos de baixa tensão
(aparelhagem elétrica), que apresentam uma excelente relação entre qualidade, preço
e modernidade.
Neste momento, é possível executar de raiz, uma instalação elétrica, apenas com
produtos da Efapel.
Todos os produtos são fabricados e testados em conformidade com todas as normas
que lhes são aplicáveis, respondendo assim aos requisitos de cada país onde serão
comercializados.
Neste momento os produtos da Efapel obedecem às normas de certificação de
produtos nos seguintes países: Portugal; Alemanha; França; Holanda; Bélgica; Suécia;
Ucrânia; Rússia e Estados Unidos da América.
A fim de garantir uma melhoria continua do desempenho ambiental da empresa,
todos os aspetos ambientais são sistematicamente identificados, controlados e
monitorizados.
Rui Pedro Bento | Nº 6521 13
Exemplos de práticas ambientais em vigor na empresa2:
• O material termoplástico utilizado nos produtos é 100% reciclável;
• Todas as embalagens de cartão (de produto, de amostras e de transporte) são
100% recicláveis;
• O tratamento final das embalagens de cartão é assegurada pela empresa Ponto
Verde, esta é legalmente especializada para o efeito;
• O tratamento final dos produtos elétricos é assegurada pela empresa ERP
Portugal, esta é legalmente especializada para o efeito;
Para além do controlo interno efetuado à qualidade dos produtos, são efetuadas
também e sistematicamente auditoria externas, por parte de entidades
independentes e acreditadas para o controlo dos produtos e dos processos
produtivos, garantindo assim a máxima qualidade dos mesmos.
2 Efapel. Página consultada a 1 de Novembro de 2014. Disponível em http://efapel.pt/gca/?id=38&menu=2
Rui Pedro Bento | Nº 6521 14
Quadro 1 - Lista de Produtos Efapel
Família Sub-família Séries
Mecanismos Mecanismo único MEC21
Aparelhagem
Aparelhos de comando Controlo de temperatura Detetores de movimento Comandos para persianas elétricas Reguladores de luz Tomadas informáticas Conetores RJ45 Acopladores p/ conetores de fibra ótica Tomadas telefónicas Tomadas de rádio, televisão e satélite Tomadas mistas Tomadas de corrente Outros mecanismos (espelhos, teclas)
LOGUS 90 SIRIUS 70 APOLO 5000
Sistema Quadro
Aparelhos semi-montados Espelhos Tomadas de corrente duplas e triplas pré-cabladas Acessórios para montagem em calhas Aparelhos completos Outros acessórios (espelhos, teclas)
QUADRO 45
Som Ambiente
Fontes de alimentação Centrais modulares de som Comandos de som Altifalantes de embeber de 2”, 5” e 6,5” Altifalantes salientes de 5” Acessórios
JAZZ LIGHT
Aparelhagem Estanque Aparelhos de comando Tomadas de corrente Outros produtos
ESTANQUE 48
Aparelhagem Saliente
Aparelhos de comando Tomadas de corrente Tomadas informáticas Tomadas telefónicas Tomadas de rádio, televisão e satélite Tomadas de corrente Acessórios para montagem em calhas
2600 3700 47
Caixas de Chão 4 Módulos 10 Módulos
-
Colunas Mini-coluna Colunas
-
Blocos de Secretária 8+2 Módulos 12+2 Módulos
-
Calhas Técnicas
Para instalações elétricas e telecomunicações Evolutivas para distribuição Para proteção de cabos e tubos Para quadros elétricos
10 16 13 14
Dados, Voz e Imagem
Conetores Acopladores para conetores de fibra ótica Dispositivos de ligação e distribuição Órgãos de proteção e acessórios Chicotes Ferramentas Blocos privados de assinantes - BPA
DVI
Aparelhagem Modular para Quadros Elétricos
Disjuntores magneto térmicos Interruptores diferenciais Disjuntores diferenciais Descarregadores de sobretensão Comando, Automatismo e Sinalização Pentes de ligação Tomadas de corrente Acessórios
MODUS 55
Acessórios para Instalações Elétricas Lâmpadas Suportes de lâmpada
-
Fonte: efapel.pt
Rui Pedro Bento | Nº 6521
3 Catálogo geral de produtos Efapel 2014/2015 disponível em:
Rui Pedro Bento | Nº 6521
Figura 5 - Exemplos de Produtos Efapel3
Fonte: efapel.pt
de produtos Efapel 2014/2015 disponível em: http://www.efapel.pt/fotos/editor2/EFAPEL_catalogo_geral_2014-2015_pt.pdf
15
2015_pt.pdf
Rui Pedro Bento | Nº 6521 16
3.4. Mercados atuais
A Efapel é neste momento (2015) o maior fabricante português de aparelhagem
elétrica de baixa tensão, é também líder de mercado em Portugal.
Exporta os seus produtos para 53 mercados em todo o mundo, o que equivale a cerca
de 30% da sua faturação global.4
Os principais mercados são:
1. Portugal
2. Espanha
3. Rússia
4. Ucrânia
5. Áustria
6. Angola
7. Moçambique
8. França
9. Alemanha
10. Bélgica
11. Holanda
12. Singapura
13. México
14. Argentina
15. Chile
16. Perú
17. Colômbia
18. Médio Oriente
Já este ano, a Efapel abriu uma subsidiária na cidade espanhola de Salamanca a fim de
reforçar a sua presença no mercado espanhol, aproveitando assim o ambiente
económico favorável deste país, que estrategicamente é muito importante para a
empresa devido à sua proximidade geográfica com Portugal.5
Não foi possível apurar o peso de cada mercado nem o valor da sua faturação, apenas
podemos dizer que a empresa de Américo Duarte continua a desenvolver esforços
para internacionalizar a sua atividade, minimizando assim, o peso da retração do
mercado português.
A Efapel apresentou em 2014 um crescimento de 5% relativamente ao ano anterior,
faturando assim cerca de 25,2 milhões de euros.
4 Veja Portugal. Página consultada a 1 de Novembro de 2015. Disponível em http://www.vejaportugal.pt/aparelhagem-eletrica-fabricada-em-portugal-chega-a-53-mercados-
internacionais/ 5 Direct Obras. Página consultada a 1 de Novembro de 2015. Disponível em http://www.directobras.pt/noticia/internacionais/efapel-aposta-na-internacionalizacao-com-a-
abertura-de-uma-subsidiaria-em-espanha
Rui Pedro Bento | Nº 6521 17
3.5. Principais clientes
Existem diversos distribuidores nacionais de material elétrico que fazem parceria
com a Efapel e comercializam os seus produtos inclusive agora também, em algumas
superfícies comerciais que vendem diretamente ao cliente.
Em Espanha, a Efapel abriu este ano (2015) uma sucursal em Salamanca para que
possa apoiar mais eficientemente os seus distribuidores naquele mercado
No resto dos mercados em que a Efapel está presente, os seus clientes são
essencialmente os grandes distribuidores de material elétrico nos seus países de
origem.
A angariação de novos clientes e a promoção dos seus produtos são feitos através da
presença da empresa em diversas feiras do setor, que acontecem anualmente por
todo o mundo e também através de contatos via AICEP.
A Efapel marca presença nas feiras internacionais mais relevantes e naquelas onde se
situa a sua estratégia de internacionalização.
Para este ano, a Efapel irá marcar presença em diversas feiras internacionais, que
ocorrem nas cidades de Dubai, Frankfurt, Madrid, Luanda, Moçambique, Cidade da
Praia, Paris, Santiago do Chile, Moscovo, entre outras.
Rui Pedro Bento | Nº 6521 18
3.6. Preços praticados
Os preços praticados variam de mercado para mercado, as taxas de importação e
alfandegárias são diferentes de país para país, influenciando muito o seu preço final.6
A localização do mercado através dos custos de transporte é outro fator que
influencia muito o preço dos produtos.
A Efapel é caraterizada por ter produtos com uma muito boa relação qualidade/preço
e que tem desenvolvido produtos modernos que concorrem diretamente ao mesmo
nível que produtos estrangeiros.
Os produtos que oferece, apresentam a mesma ou melhor qualidade do que os seus
concorrentes oferecem, estes no entanto são vendidos a um preço mais baixo.
A tabela de preços (2014) dos produtos da Efapel para o mercado nacional está
disponível em http://www.rodel.pt/upload/docs/Rodel/Tabelas/EFAPEL_2014.pdf
6 Aicep Portugal Global. Página consultada a 1 de Novembro de 2015. Disponível em
http://www.portugalglobal.pt/PT/Internacionalizar/GuiadoExportador/ConsideracoesPrevias/Paginas/PorqueExportar.aspx
Rui Pedro Bento | Nº 6521 19
4. Caraterização dos mercados atuais da empresa
4.1. Quotas de mercado
Em 2014, a Efapel era líder no mercado em Portugal (CAE 27122), faturando cerca de
25,2 milhões de euros, sendo 16,8 milhões de euros no mercado nacional e 8,4
milhões de euros no mercado internacional.
Este mercado vale cerca de 155 milhões de euros (2014) onde existem cerca de 72
empresas a operar em Portugal7, a Efapel tem assim uma cota do mercado nacional na
ordem dos 16,3% (2014).
Quadro 2 - Panorama Setorial de Fabricação de Equipamento Elétrico e de Ótica (2014)
Sub-setores Nº empresas % empresas Vendas (€) Empregados
26110 52 7,4% 139.186.701 1.467
26120 19 2,7% 24.439.831 316
26200 23 3,3% 512.047.752 841
26300 23 3,3% 207.579.694 1.377
26400 16 2,3% 732.660.199 3.537
26511 3 0,4% 24.478.296 235
26512 32 4,6% 30.910.169 380
26520 15 2,1% 12.902.282 466
26600 6 0,9% 1.965.157 12
26701 9 1,3% 51.987.713 557
26702 3 0,4% 487.699 7
26800 1 0,1% 26.000 0
27110 74 10,6% 1.262.921.453 4.434
27121 16 2,3% 68.118.222 276
27122 72 10,3% 155.203.751 1.673
27200 2 0,3% 97.883.715 454
27320 19 2,7% 887.139.224 3.195
27330 11 1,6% 47.045.381 271
27400 135 19,3% 116.362.910 1.773
27510 43 6,2% 283.458.516 1.842
27520 22 3,2% 243.488.100 1.301
27900 102 14,6% 233.630.597 2.629
Total 698 100% 5.133.923.362 27.043 Fonte: AEP Câmara de Comércio e Indústria
7 AEP Câmara de comércio e Indústria. Página consultada a 1 de Novembro de 2015. Disponível em
http://www.aeportugal.pt/Inicio.asp?Pagina=/Aplicacoes/SectoresEmpresariais/Sector&Menu=MenuInfoEconomica&IDSector=19
Rui Pedro Bento | Nº 6521 20
4.2. Qual o ambiente competitivo
A nível nacional a Efapel têm como os seus concorrentes diretos aqueles que também
fazem parte da mesma Classificação Portuguesa das Atividades Económicas (CAE), a
27122, sendo as empresas Gewiss Portugal, a GE – Power Controls Portugal e a JSL
aqueles que mais se aproximam em termos de volume de negócios.
Quadro 3 - Top 10 Empresas CAE 27122 – Volume de Negócios (2014)
N Nome Concelho Volume (€) Nº Empregados
1 Efapel Lousã 25.235.573 300
2 Gewiss Portugal Penafiel 24.888.195 186
3 GE – Power Controls Portugal Vila Nova de Gaia 18.580.845 174
4 JSL Oeiras 6.777.682 63
5 Indelague Águeda 6.194.965 86
6 Prismapor Maia 6.001.218 38
7 G.F.E. São Brás de Alportel 5.858.481 46
8 Monoquadros Loures 4.865.643 34
9 Quitérios Mira 4.632.535 44
10 Promecel Braga 4.313.758 72
Fonte: AEP Câmara de Comércio e Indústria
Existem também a operar no mercado nacional outros concorrentes, estes são
empresas multinacionais que estão classificadas noutros CAE’s, mas que, no entanto
comercializam alguns produtos equivalentes aos da Efapel, os principais são a
Legrand (França), a ABB (Suíça), a Schneider Electric (França) e a Hager (França).
A nível internacional a Efapel exporta os seus produtos para cerca de 53 países em
todo o mundo sendo feita a distribuição e comercialização através de empresas
desses respetivos países.
Rui Pedro Bento | Nº 6521 21
4.3. Domínio/Controlo de cada mercado
A Efapel após atingir o topo do mercado nacional, tem vindo a aumentar
gradualmente a sua cota de mercado e aumentando também o número de países para
onde exporta os seus produtos, aumentando assim o seu volume de negócios.8
Em relação aos mercados internacionais, a Efapel limita-se a acompanhar e apoiar os
seus intermediários que têm em cada país, oferecendo boas relações comerciais.
4.4. Os mercados atuais estão protegidos?
O mercado nacional é um mercado muito competitivo, com players muito fortes, quer
nacionais, quer as multinacionais que operam em Portugal, sendo agora o mercado
espanhol uma aposta da empresa para consolidar a sua presença nesse mesmo
mercado.
Devido ao número elevado de empresas que operam neste setor a nível mundial,
nunca nenhum mercado estará protegido ou controlado, teremos sim, uma divisão
dos mercados por estes players que se confrontam em diversos países do mundo.
A Efapel terá algumas vantagens em relação a alguns dos seus concorrentes, esta é
uma empresa certificada (Qualidade, Ambiente e Segurança), e têm também, os seus
produtos certificados e certificações para poder vender em alguns países do mundo,
que são bastante exigentes em termos de normas, regulamentações e legislações.
8 Económico. Página consultada a 1 de Novembro de 2015. Disponível em http://economico.sapo.pt/noticias/exportacoes-sustentam-crescimento-de-34-da-facturacao-da-
efapel_200658.html
Rui Pedro Bento | Nº 6521 22
5. Mercado potencial – África do Sul
5.1. Síntese do país
Área: 1.219.090 Km2
População: 53 milhões de habitantes (2013)9
Capital Executiva: Pretória
Capital Legislativa: Cidade do Cabo
Capital Judiciária: Bloemfontein
Língua Oficial: 11 línguas oficiais, destaca-se o inglês e o africânder
Chefe de Estado: Jacob Zuma
Vice-Presidente: Cyril Ramaphosa
PIB per Capita: 6.086,45 USD (2014)10
Unidade Monetária: Rand (ZAR)
Taxa de Câmbio (média): 1 EUR = 15,3065 ZAR (Set 2015)
Países Fronteiriços: Namíbia, Botsuana e Zimbábue (Norte), Moçambique e
Suazilândia (Leste), Lesoto (enclave rodeado pelo território sul-africano)
Website Governamental: www.gov.za
Curiosidades:
Primeiro país africano a receber o Campeonato do Mundo de Futebol FIFA em 2010.
O desporto mais popular no país é o Rugby, a sua seleção nacional é apelidada de
Springboks, venceram o campeonato do mundo por duas vezes (1995 e 2007).
9 AICEP. Página consultada a 1 de Novembro de 2015. Disponível em http://www.portugalglobal.pt/PT/Internacionalizar/SobreMercadosExternos/Documents/Perfil/19.pdf
10 Trading Economics. Página consultada a 1 de Novembro de 2015. Disponível em http://pt.tradingeconomics.com/south-africa/gdp-per-capita
Rui Pedro Bento | Nº 6521
Figura
Rui Pedro Bento | Nº 6521
Figura 6 - Bandeira da África do Sul
Fonte: geo5.net
Figura 7 - Jacob Zuma (Presidente da África do Sul)
Fonte: goldmyne.tv
23
Rui Pedro Bento | Nº 6521 24
Figura 8 - África do Sul (Localização Mundial)
Fonte: Google maps
Figura 9 - África do Sul (Mapa Fronteiras)
Fonte: Google maps
Rui Pedro Bento | Nº 6521 25
5.2. Análise do mercado
5.2.1. Análise PEST(GC)
A análise PEST(GC) é uma análise de diversos fatores que influenciam o ambiente das
organizações.
Após uma intensiva pesquisa, abaixo estão identificados os principais aspetos
políticos, económicos, socioculturais, tecnológicos, geográficos e competitivos do país
em estudo.
Fatores Político-legais
A África do Sul tem um dos governos mais estáveis do continente africano, o seu
presidente, Jacob Zuma está em funções desde 2009 e tem vindo a implementar
diversas políticas económicas atrativas para os investidores.
Em 2010, a África do Sul recebeu o campeonato do mundo de futebol, e em 2011, este
país foi convidado a integrar o grupo dos principais mercados emergentes (BRIC),
que fazem parte o Brasil, a Rússia, a Índia e a China, confirmando assim a grande
visibilidade do país na comunidade internacional11.
Existe por parte do governo diversos incentivos fiscais ao investimento e subsídios
públicos.
É membro da Organização Mundial do Comércio e segue as regras do sistema
harmonizado de classificação de importação12.
11
UK Essays. Página consultada a 1 de Novembro de 2015. Disponível em http://www.ukessays.com/essays/economics/analysis-of-the-emerging-country-south-africa-economics-
essay.php 12
International Trade Administration Comission of South Africa. Página consultada a 1 de Novembro de 2015. Disponível em http://www.itac.org.za/upload/gg35007_nn91-
Import-Control-10-Feb-2012.pdf
Rui Pedro Bento | Nº 6521 26
Existem diversas políticas para reduzir a taxa de desemprego, que neste momento se
situa no preocupante valor de 25,5% (Outubro 2015)13.
O governo da África do Sul tem um sistema judicial baseado em tribunais
constitucionais e comissões que garantem o cumprimento dos direitos humanos.
Com base em informação do AICEP, a África do Sul apresenta um resultado no risco
geral do país de BB (A= risco menor; D= risco maior) e um risco de crédito de 3 (1=
risco menor; 7= risco maior).
Gráfico 1 - Evolução da Taxa de Desemprego (%) da África do Sul (2001-2015)
Fonte: pt.tradingeconomics.com
13
Trading Economics. Página consultada a 1 de Novembro de 2015. Disponível em http://pt.tradingeconomics.com/south-africa/unemployment-rate
Rui Pedro Bento | Nº 6521 27
Fatores Económicos
A economia da África do Sul é muito parecida com economias de outros países em
desenvolvimento, existe a separação dos setores formais e informais, existe também a
distribuição irregular da riqueza e da renda.
Neste momento a África do sul é a maior e a mais desenvolvida economia do
continente africano, a sua economia assenta principalmente nos setores dos serviços
e da administração, que contribuem para o PIB em cerca de 70% e são também
responsáveis por cerca de 65% do emprego.
Os setores das minas e indústria contribuem com 27,6% do PIB e a agricultura e
pescas, com apenas 2,4% do PIB.
Entre 2004 e 2008 a economia sul-africana apresentou taxas de crescimento
superiores a 5%, no entanto este valor tem vindo a decrescer, situando-se neste
momento em 1,5% em 2014.
As previsões apontam que em 2015 a economia sul-africana tenha uma taxa de
crescimento na ordem dos 1,8%, e em 2016, seja cerca de 2,2%.
É espetável e graças ao aumento do consumo e do investimento e também do reforço
da atividade empresarial que irá impulsionar a criação de postos de trabalho, a
economia sul-africana atinga nos próximos anos taxas de crescimento iguais ao
período de 2004 e 2008.14
Com o aumento do PIB previsto para os próximos anos, está também previsto que as
importações irão aumentar acompanhando o crescimento da economia e os
investimentos no país.
14
AICEP Portugal Global. Ficha de Mercado da África do Sul (2014) consultada a 2 de Novembro de 2015. Disponível em
http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/LivrariaDigital/AfricaSulFichaMercado.pdf
Rui Pedro Bento | Nº 6521 28
No quadro abaixo, podemos verificar alguns dos principais indicadores
macroeconómicos da África do Sul.
Quadro 4 - Principais indicadores macroeconómicos da África do Sul
Fonte: portugalglobal.pt
Nos gráficos abaixo, podemos verificar a evolução da taxa de crescimento do PIB e a
evolução das exportações e importações da África do Sul.
Gráfico 2 - Crescimento Real do PIB (%) da África do Sul
Fonte: portugalglobal.pt
Gráfico 3 - Comércio Externo de Bens e Serviços (109USD) da África do Sul
Fonte: portugalglobal.pt
Rui Pedro Bento | Nº 6521 29
Fatores Sociais
A África do Sul têm cerca de 53 milhões de habitantes, sendo 50,5% do sexo feminino
e 49,5% do sexo masculino. A sua população mais do que triplicou desde os anos 60,
ou seja em 54 anos.
Gráfico 4 - Estrutura Etária da África do Sul (2014)
Fonte: cia.gov
Desde 2000 que a sua taxa de crescimento tem vindo a diminuir, neste momento
apresenta uma taxa na ordem dos 1,41% (2015)15.
15
Country Meters. Página consultada a 3 de Novembro de 2015. Disponível em http://countrymeters.info/pt/South_Africa
Rui Pedro Bento | Nº 6521
Gráfico
Gráfico 6 - Evolução da Taxa de Crescimento Demográfico da África do Sul (1961
Metade da população vive em áreas urbanas e os outros em áreas rurais em
habitações deficientes. Existe em ambas as áreas muitas deficiências ao nível do
abastecimento de água, saneamento, e eletricidade.
A imigração continua a
população para os grandes centros urbanos onde existem mais oportunidades de
emprego.
A pobreza é mais elevada entre a população negra atingindo cerca de 60%
16
Uk Essays. Página consultada a 3 de Novembro de
Rui Pedro Bento | Nº 6521
Gráfico 5 - Evolução da População da África do Sul (1960-2014)
Fonte: countrymeters.info
Evolução da Taxa de Crescimento Demográfico da África do Sul (1961
Fonte: countrymeters.info
Metade da população vive em áreas urbanas e os outros em áreas rurais em
habitações deficientes. Existe em ambas as áreas muitas deficiências ao nível do
abastecimento de água, saneamento, e eletricidade.
A imigração continua a crescer, observando-se cada vez mais a mobilização da
população para os grandes centros urbanos onde existem mais oportunidades de
A pobreza é mais elevada entre a população negra atingindo cerca de 60%
Uk Essays. Página consultada a 3 de Novembro de 2015. Disponível em http://www.ukessays.com/essays/economics/pest-analysis-of
30
2014)
Evolução da Taxa de Crescimento Demográfico da África do Sul (1961-2015)
Metade da população vive em áreas urbanas e os outros em áreas rurais em
habitações deficientes. Existe em ambas as áreas muitas deficiências ao nível do
se cada vez mais a mobilização da
população para os grandes centros urbanos onde existem mais oportunidades de
A pobreza é mais elevada entre a população negra atingindo cerca de 60%16.
of-south-africa-economics-essay.php
Rui Pedro Bento | Nº 6521 31
Em relação à saúde no país, este encontra-se num nível deficitário não conseguindo
responder à procura, no entanto as infraestruturas que possui são boas.
A África do Sul têm uma das taxas mais elevadas de ocorrência do vírus da sida (2ª
posição no ranking mundial), cerca de 18,1 % da população está infetada, ocorrem
cerca de 235 mil mortes por ano17.
Desde que o apartheid foi abolido em 1994, o número de casos de violência política
desceu consideravelmente, no entanto, os crimes violentos continuam a acontecer no
país e em grande número, derivado da insatisfação nacional, da elevada taxa de
desemprego no país e do aumento da imigração clandestina18.
A violência é a quinta maior causa de morte no país logo a seguir às mortes causadas
pela sida (1), as infeções respiratórias (2), a tuberculose (3) e a diarreia (4).
De realçar que a população do país está divido em raças, os negros que são cerca de
80,25 da população, os de cor que são cerca de 8,8%, os brancos são 8,4% e os
asiáticos que são cerca de 2,5%.
Existem no país diversas religiões, os protestantes que são cerca de 36,6%, os
católicos são cerca de 7,1%, os muçulmanos são cerca de 1,5% e os restantes estão
divididos por outras religiões19.
17
Index Mundo. Página consultada a 3 de Novembro de 2015. Disponível em http://www.indexmundi.com/g/r.aspx?c=sf&v=37&l=pt 18
Jornal o País. Pagina consultada a 4 de Novembro de 2015. Disponível em http://opais.co.ao/crime-e-a-principal-causa-de-morte-na-africa-do-sul/ 19
CIA. Página consultada a 4 de Novembro de 2015. Disponível em https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/sf.html
Rui Pedro Bento | Nº 6521 32
Fatores Tecnológicos
No país existem cerca 19.695 quilómetros de infraestruturas rodoviárias e cerca de
20.000 quilómetros de infraestruturas ferroviárias.
Existem também cerca de 81 aeroportos no país que são reconhecidos pela IATA, os
principais são o OR Tambo (Joanesburgo), o King Shaka (Durban) e o Cape Town
(Cidade do Cabo), estes são todos aeroportos internacionais20.
Os principais portos marítimos no país estão localizados na Cidade do Cabo e em
Durban, existindo diversos portos em cada cidade
Em 2005 foi liberalizado o setor das comunicações, esta liberalização fez com que
aumentasse o acesso à população, das comunicações móveis e internet de banda
larga, baixando também o seu preço.
Desde 2007, que o governo da África do Sul tem alocado menos dinheiro para o setor
da investigação e desenvolvimento (ID), podemos verificar no gráfico abaixo que em
2010, esses gastos foram cerca de 0,76% do PIB. Portugal alocou cerca de 1,59% do
PIB para ID em 2010.
Gráfico 7 - Despesas de Investigação e Desenvolvimento da África do Sul e Portugal (% do PIB)
Fonte: pt.theglobaleconomy.com
20
Portugal Global. Página consultada a 4 de Novembro de 2015. Disponível em http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/LivrariaDigital/AfricaSulGPAM.pdf
Rui Pedro Bento | Nº 6521 33
Fatores Geográficos
A África do Sul situa-se no extremo sul do continente africano, este é o 25º maior país
do mundo, ocupando uma área de 1.219.090 Km2., a extensão da sua costa é de cerca
2.798 quilómetros.
O seu clima é principalmente semiárido, sendo subtropical ao longo da costa leste,
com noites frias e dias ensolarados, as secas prolongadas são consideradas um risco
natural do país.
O seu terreno é caraterizado por um vasto planalto interior margeado por colinas
escarpadas e com uma estreita planície costeira21., o ponto mais alto do país é a
montanha Njesuthi com 3.408 metros.
No quadro abaixo podemos verificar as maiores cidades da África do Sul, sendo
Pretória a sua capital e a 5ª mais populosa do país.
Quadro 5 - Maiores Cidades da África do Sul (População em 2011)
Posição Localidade Província População
1 Joanesburgo Gauteng 4.434.827
2 Cidade do Cabo Cabo Ocidental 3.740.026
3 Durban Kwazulu-Natal 3.442.361
4 Germinston Gauteng 3.178.470
5 Pretória Gauteng 2.921.488
6 Porto Elizabeth Cabo Ocidental 1.152.115
7 East London Cabo Ocidental 755.200
8 Bloemfontein Estado Livre 747.431
9 Vanderbijlpark Gauteng 721.663
10 Polokwane Limpopo 628.999
Fonte: statssa.gov.za
21
CIA. Página consultada a 4 de Novembro de 2015. Disponível em https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/sf.html
Rui Pedro Bento | Nº 6521 34
Figura 10 - Cidade do Cabo (África do Sul)
Fonte: cheapvacationholiday.com
Rui Pedro Bento | Nº 6521 35
Fatores Competitivos
A África do Sul é um país que possui diversos recursos naturais e em grande
quantidade, tais como: ouro, crómio, carvão, minério de ferro, manganês, níquel,
fosfatos, estanho, urânio, diamantes, platina, cobre, sal e gás natural.
De todos os países da África Subsariana, a África do Sul é o país mais desenvolvido em
termos económicos e políticos, em que o seu PIB representa cerca de um terço do
montante total do PIB da região, é considerada assim uma nação líder em África.
Através da análise do relatório global de competitividade 2015-201622 emitido pelo
Fórum Económico Mundial (WEC), podemos verificar que a África do Sul ocupa a
posição número 49 num ranking de 140 países com uma pontuação de 4.4 em 7.
Nos últimos três anos assistiu-se a uma leve melhoria, estando neste momento a
África do Sul no estado de desenvolvimento 2, a Efficiency driven.
A Suíça ocupa o primeiro lugar desde 2009 e Portugal ocupa a posição número 38 do
ranking com 4.5 pontos.
22
Relatório disponível em http://www3.weforum.org/docs/gcr/2015-2016/Global_Competitiveness_Report_2015-2016.pdf
Rui Pedro Bento | Nº 6521
Figura 11 - Relatório de Competitividade 2015
Rui Pedro Bento | Nº 6521
Relatório de Competitividade 2015-2016 da África do Sul
Fonte: World Economic Forum
36
2016 da África do Sul (indicadores)
Rui Pedro Bento | Nº 6521 37
5.2.2. Análise das 5 forças de Porter
O modelo das cinco forças de Porter destina-se à análise da competição entre
empresas, este modelo foi concebido em 1979 por Michael Porter, um dos pensadores
da administração mais influentes no mundo nos dias de hoje.
Para que as empresas possam desenvolver uma estratégia empresarial eficiente,
existem cinco fatores (forças) que deverão ser estudados, ver figura abaixo.
Figura 12 - As 5 forças de Porter
Fonte: Elaborado em Word por Rui Pedro Bento
Nas páginas seguintes, vamos analisar em pormenor cada uma destas forças para que
possamos perceber melhor o ambiente competitivo em que a Efapel se encontra.
Rivalidade entre
Empresas
Ameaça de Novas
Entradas
Poder de Negociação do Cliente
Ameaça de Produtos
Substitutos
Poder de Negociação
do Fornecedor
Rui Pedro Bento | Nº 6521 38
Rivalidade entre Empresas
Como já indicamos anteriormente, existem diversos concorrentes da Efapel em
Portugal, e alguns deles são multinacionais de várias nacionalidades, que
comercializam os seus produtos tal como a Efapel em diversos países no mundo.
Existe uma grande rivalidade no mercado em Portugal com as empresas concorrentes
já identificadas, e falando globalmente existe a rivalidade generalizada com os
produtos fabricados pela China e comercializados por diversas empresas em diversos
países no mundo, sendo no entanto, conhecido por todos, a fraca qualidade dos
produtos chineses em relação a todos os outros.
Portugal em 2013 ocupava a 54ª posição no ranking de fornecedores à África do Sul,
sendo a China o principal país fornecedor e reforçando a sua posição desde 2011.
Portugal tem vindo a aumentar ligeiramente a sua quota no mercado de fornecedores.
(ver figura abaixo).
Figura 13 - Principais Fornecedores da África do Sul (2011-2013)
Fonte: portugalglobal.pt
Podemos dizer, que historicamente e também neste momento, Portugal e a África do
Sul sempre tiverem boas relações comerciais, no entanto Portugal em 2013 era
apenas o 14º país fornecedor da União Europeia23.
23
Portugal Global. Página consultada a 4 de Novembro de 2015. Disponível em http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/LivrariaDigital/AfricaSulFichaMercado.pdf
Rui Pedro Bento | Nº 6521 39
Ameaça de Novas Entradas
É de fato verdade, que um país como a África do Sul, que continua com as mais altas
taxas de crescimento no mundo e principalmente no continente africano, seja um dos
países visados por muitas empresas mundiais para reforçar as suas carteiras
comerciais.
A África do Sul continua com boas perspetivas de crescimento e o setor imobiliário
deverá continuar a crescer com grandes investimentos na área da construção e
renovação, é de fato um mercado que consegue albergar diversos players com alguma
dimensão.
Todos os produtos com elementos diferenciadores a nível de qualidade, inovação e
design terão vantagem no mercado sul-africano, este é caraterizado por uma
sociedade moderna e sofisticada.
Poder de Negociação do Cliente
Esta é uma das forças, que penso será vital para a Efacec poder vingar no mercado
sul-africano, ou seja, este mercado têm uma cultura específica de negociação e deverá
ser entendido na sua perfeição, a fim de obter bons resultados.
Deverão ser identificados agentes distribuidores de renome e capacidade de
distribuição no mercado sul-africano, todas as negociações deverão ser
obrigatoriamente acompanhadas presencialmente por um responsável da Efapel
exclusivamente para este mercado.
Rui Pedro Bento | Nº 6521 40
A AICEP, identificou num dos seus boletins informativos sobre a África do Sul24, a
cultura de negócios neste mercado, os pontos mais relevantes e a reter são:
• A África do Sul tem uma cultura de negócios absolutamente anglo-saxónica e
muito franca;
• Para entrar no mercado sul-africano, é fundamental a figura do agente-
distribuidor, uma vez que os clientes finais não estão habituados a importar
diretamente. Há grandes empresas que têm a sua sede em Joanesburgo e uma
rede de armazéns espalhados pelas principais cidades e com capacidade para
abrangerem países próximos, como a Namíbia, Botsuana, Zimbabué,
Moçambique, etc;
• É essencial conhecer os interlocutores certos no contacto com os potenciais
clientes;
• A pontualidade é fundamental nas reuniões e o estilo de negociação é
amistoso, porém formal;
• A negociação win-win é o argumento mais forte na discussão, em que ambas as
partes apreciam e facilitam os benefícios que a outra obtém;
• As táticas de venda agressiva, os argumentos emocionais e a críticas à
concorrência não são bem vistas;
• A sociedade sul-africana não é litigiosa; nos negócios a arbitragem está
suficientemente testada e apenas chegam a tribunal menos de 30% dos
conflitos entre empresas.
24
AICEP. Boletim sobre a cultura de negócios do mercado sul-africano. Consultado a 5 de Novembro de 2015. Disponível em
http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/LivrariaDigital/AfricaSulODM.pdf
Rui Pedro Bento | Nº 6521 41
Poder de Negociação do Fornecedor
Neste momento e após 37 anos desde a sua fundação, a Efapel tem um grande poder
de negociação com os seus fornecedores, sendo muitos deles já com muitos anos de
compartilhamento de negócios.
Deverá ter sempre em atenção a flutuação do mercado de matérias-primas e corrigir
qualquer desvio ao seu orçamento anual.
Ameaça de Produtos Substitutos
No mercado de aparelhagem elétrica de baixa tensão onde a Efapel se situa, não
existem quais quer produtos diferentes no mercado que atendem às mesmas
necessidades.
Os produtos comercializados pela Efapel poderão vir a ser obsoletos em termos de
funcionalidade, qualidade, design e preço, no entanto a Efapel continua a investir
anualmente na inovação e desenvolvimento de novas tecnologias e produtos a fim de
ir ao encontro das necessidades dos seus novos clientes25.
25
Revista Construir. Página consultada a 5 de Novembro de 2015. Disponível em http://www.construir.pt/2012/05/16/efapel-investe-5me-no-desenvolvimento-de-novos-
produtos/
Rui Pedro Bento | Nº 6521 42
5.2.3. Análise da balança comercial
A balança comercial de um país é definida como a diferença entre o total de
exportações menos o total das importações que são realizadas.
Quando o valor das exportações é maior que o valor das importações estamos
perante uma situação de superavit comercial, não é o caso da África do Sul, em que o
valor das importações supera o valor das exportações.
No gráfico abaixo, podemos verificar a evolução da balança comercial (% PIB) ao
longo dos anos, sendo de realçar que desde 2002, o valor das exportações tem vindo a
diminuir acentuadamente e o valor das importações tem vindo a aumentar, situando-
se em 2014 nos -5,4%.
Gráfico 8 - Evolução da Balança Corrente da África do Sul (% PIB)
Fonte: pt.tradingeconomics.com
Rui Pedro Bento | Nº 6521 43
Quadro 6 - Balança Comercial da África do Sul (2012-2017)
Indicadores Uni 2012 (a) 2013 (a) 2014 (a) 2015 (a) 2016 (b) 2017 (b)
Saldo balança corrente % PIB -5,0 -5,8 -5,4 -5,0 -4,7 -4,5
Exportações de bens e serviços Var. % 0,1 4,6 2,6 1,1 3,1 4,6
Importações de bens e serviços Var. % 6,0 1,8 -0,5 4,0 5,1 5,7
(a) valores atuais (b) valores previstos
Fonte: AICEP
Através da análise do quadro acima verificamos que a previsão até 2017 é que o saldo
da balança corrente seja menos negativa, no entanto, o valor das importações irão
continuar a aumentar, prevendo-se que em 2017 tenha uma variação de 5,7%, é uma
boa noticia para a Efapel.
Abaixo podemos ver alguns quadros que nos dão informações sobre as relações
económicas de Portugal com a África do Sul, sendo de realçar que Portugal exporta
mais do que importa.
Quadro 7 - Balança Comercial de Bens e Serviços de Portugal com a África do Sul
Fonte: AICEP
Rui Pedro Bento | Nº 6521 44
Quadro 8 - Principais Produtos Exportados de Portugal para a África do Sul
Fonte: AICEP
Quadro 9 - Comércio de Bens com a África do Sul por Graus de Intensidade Tecnológica
Fonte: AICEP
Quadro 10 - Quota da África do Sul no Comércio Internacional Português de Bens e Serviços
Fonte: AICEP
Verifica-se no quadro acima que a quota da África do Sul nas transações comerciais
têm leves oscilações, tendo registado um valor médio de exportações no período de
2010 a 2014, de cerca de 0,276%.
Rui Pedro Bento | Nº 6521 45
5.2.4. Análise da capacidade produtiva instalada
Após procura, foram identificados alguns fabricantes sul-africanos de produtos
elétricos de baixa tensão, que apresentam produtos semelhantes aos fabricados pela
Efapel, estes estão identificados no quadro abaixo.
Quadro 11 - Fabricantes Sul-Africanos de Produtos Elétricos de Baixa Tensão
Nome da Empresa Localização Página Internet
Albro Industries Gauteng www.allbro.com
CBI Electric Low Voltage Group Joanesburgo www.cbi-electric.co.za
Lucy Electric Joanesburgo www.lucyelectric.com
Rousant International Joanesburgo www.rousant.co.za
Fonte: South African Electrotechnical Export Council (www.saeec.org.za)
Não foi possível aceder à informação de números reais de produção de cada um.
Rui Pedro Bento | Nº 6521 46
5.2.5. Análise do consumo (aparente e real)
Neste momento não foi possível obter informações acerca do consumo real do
mercado sul-africano dos produtos que a Efapel comercializa, está informação não
está disponível para consulta sem que esta seja paga.
Podemos apenas constatar que pelo número importante de players internacionais no
mercado e num país como a África do Sul que apresenta cerca de 53 milhões de
habitantes, existe certamente uma grande procura e necessidade dos produtos que a
Efapel produz e comercializa, não só para as novas habitações ou infraestruturas mas
também para a recuperação dos imóveis já antigos e degradados.
Rui Pedro Bento | Nº 6521 47
5.3. Análise do potencial de entrada no mercado
5.3.1. Fatores críticos de sucesso
Existem alguns fatores a ter em conta que serão essenciais para que a Efapel consiga
ter sucesso na sua internacionalização para o mercado da África do Sul, eles são:
1. Criação de parcerias com os maiores distribuidores nacionais de material
elétrico de baixa tensão, com regalias a longo prazo;
2. Cumprimento dos prazos estabelecidos para a entrega das encomendas
efetuadas;
3. Divulgação permanente dos produtos junto das comunidades de imobiliárias,
construção civil e arquitetos;
5.3.2. Vantagem competitiva
A Efapel conseguiu ao longo de 37 anos ser líder do mercado em Portugal e iniciar
uma política de internacionalização que neste momento atinge já os 50 países.
Conseguiu todos estes feitos graças ao cumprimento dos seus valores, da sua política
e da sua visão para o mercado que conseguiu criar produtos com alta qualidade, bons
preços e adaptados às exigências de cada mercado para onde vende.
Outra vantagem competitiva que a Efapel apresenta é o seu departamento comercial,
as suas pessoas conseguem ser amistosas e cumprir com os objetivos inicialmente
planeados e projetados em que mostram uma grande capacidade de adaptabilidade a
mercados tão distintos como o mercado da Rússia e o mercado do Médio Oriente.
Rui Pedro Bento | Nº 6521 48
5.3.3. Análise SWOT
Esta análise consiste na síntese das análises interna e externa de modo a obter uma
posição da empresa no ambiente em questão, é usada posteriormente para decisões
de planeamento estratégico, prioridades e resolução de problemas.
Na análise interna, identificam-se as principais forças e fraquezas que se diferenciam
dos seus concorrentes, estes são controlados pela empresa, são o resultado da
atuação da empresa.
Na análise externa, identificam-se as principais oportunidades e ameaças, estas não
podem ser controladas pela empresa, no entanto, é da máxima importância conhece-
las a fim de melhorar ou minimizar os seus efeitos.
Após pesquisa efetuada, apresentamos na página seguinte a análise SWOT para a
empresa Efapel, onde identificamos os principais itens para cada tipo.
Rui Pedro Bento | Nº 6521 49
Quadro 12 - Análise SWOT da Efapel
An
ális
e In
tern
a
Forças Fraquezas
• Competência de gestão
• Acompanhamento direto dos projetos
• Know-how acumulado
• Presença internacional
• Custos de estrutura reduzidos
• Boa relação qualidade/preço dos produtos
• Fraca visibilidade da empresa e expressão no mercado mundial
• Estrutura pequena e limitada
• Possível redução do acompanhamento ao cliente devido ao aumento dos mercados internacionais em carteira
An
ális
e E
xter
na
Oportunidades Ameaças
• Crescimento do mercado imobiliário no país para os próximos anos
• Aumento previsto das importações
• Possível base comercial e logística para os países vizinhos da África do Sul
• Presença de empresas multinacionais concorrentes no mercado
• Possível alteração dos modelos de aparelhagem elétrica no país (certificação)
• Preços praticados pelas empresas fabricantes nacionais
Rui Pedro Bento | Nº 6521 50
5.4. Avaliação crítica do potencial de entrada no mercado
A entrada no mercado sul-africano não é de todo difícil de conseguir, será sim mais
difícil conseguir uma boa dinâmica de vendas devido ao número de concorrentes no
país.
Acho sinceramente, que a Efapel têm capacidade para vingar no mercado da África do
Sul, já mostraram anteriormente em outros países que são capazes de se adaptarem
às circunstâncias e resolver os problemas que surgem da melhor maneira.
Continuam a ter uma boa equipa em Portugal (em todos os departamentos) que serve
de apoio a toda a estrutura internacional.
Este é de fato o momento certo para avançar, a economia sul-africana prepara-se para
voltar aos níveis de desenvolvimento na ordem dos 5%, poucos países no mundo
apresentam estes valores.
A excelente relação qualidade/preço da sua enorme variedade de produtos que
apresentam serão os trunfos válidos que fazem a diferença entre os seus principais
concorrentes.
Rui Pedro Bento | Nº 6521 51
6. Delineamento da estratégia de internacionalização
6.1. Aspetos estratégicos
6.1.1. Objetivos estratégicos
O objetivo deste processo de internacionalização para a África do Sul é efetuar
parcerias comerciais com distribuidores locais bem implementados no mercado e que
sejam rentáveis para ambas as partes.
Garantir a sustentabilidade a médio prazo dos produtos Efapel no país, tendo em
vista num futuro próximo, a utilização da plataforma criada na África do Sul, para
impulsionar outros processos de internacionalização em países fronteiriços.
6.1.2. Posicionamento
O posicionamento dos produtos da Efapel, irão estar num patamar de qualidade a
preços competitivos, com preços mais baixos em relação aos produtos das
multinacionais como a Legrand e a Schneider Electric mas com qualidade, design e
inovação equivalente.
Será obrigatoriamente feita a distinção dos produtos com preços baixos praticados
pelas empresas chinesas no mercado, diferenciando os produtos da Efapel que
cumprem todas as regras de segurança e de conformidade europeias e também
normas ambientais de produção.
Rui Pedro Bento | Nº 6521 52
6.1.3. Segmentação
O mercado irá ser segmentado em que os primeiros produtos a serem apresentados
para comercialização serão os de gama alta, tendo em vista o futuro fornecimento às
principais obras de construção civil de primeira categoria/luxo que irão ocorrer no
país.
Posteriormente todos os outros produtos serão introduzidos aos distribuidores de
modo a poderem ser passíveis de serem selecionados para as obras governamentais a
efetuar no país, tais como hospitais, escolas e outras infraestruturas públicas.
6.1.4. Identificação do método de internacionalização
O método de internacionalização a ser utilizado será o de exportação via os agentes
locais, estes previamente identificados, validados e credenciados.
Esta forma de internacionalização para o mercado sul-africano será a única num
período de 10 anos, ocorrerá durante este mesmo período a presença efetiva de um
colaborador, o responsável comercial no país, que efetuará permanentemente a
ligação entre os agentes locais e a casa mãe.
Só após um período de amadurecimento de 10 anos no mercado sul-africano se
deverá por a possibilidade de constituir uma filial da Efapel na África do Sul, caso a
atividade comercial e empresarial assim o justifique.
É posto assim em prática, as teorias de internacionalização do modelo sueco de
Uppsala, em que o grau de envolvimento irá aumentar gradualmente e também o
montante de recursos envolvidos serão inicialmente baixos para posteriormente
serem de nível moderado.
Rui Pedro Bento | Nº 6521 53
6.2. Aspetos operacionais associados
6.2.1. Volume de negócios
Abaixo indicamos graficamente a previsão da evolução do volume de negócios da
Efapel num período de 10 anos, com a entrada no mercado sul-africano em 2016.
Gráfico 9 - Previsão da Evolução do Volume de Negócios (€) da Efapel na África do Sul (2016-2025)
Gráfico 10 - Previsão da Variação do Volume de Negócios (%) da Efapel na África do Sul (2016-2025)
250.000300.000
400.000
550.000
800.000
1.100.000
1.250.000
1.450.000
1.600.000
1.700.000
0
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
1.200.000
1.400.000
1.600.000
1.800.000
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025
20%
33%
38%
45%
38%
14%16%
10%
6%
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0,4
0,45
0,5
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025
Rui Pedro Bento | Nº 6521 54
6.2.2. Taxa de mercado
Não foi possível aceder à informação sobre o mercado da aparelhagem elétrica de
baixa tensão, está apenas está disponível aos associados do setor elétrico na África do
Sul ou através de pagamento.
6.2.3. Número de clientes
Após termos identificado as cidades mais populosas da África do Sul, a estratégia será
criar acordos comerciais com distribuidores de renome e importância nessas regiões.
Após o primeiro ano será da máxima importância proceder a novas angariações de
novos clientes/distribuidores locais a fim de podermos reforçar as vendas e atingir as
metas inicialmente delineadas.
Os distribuidores locais identificados em cada região que serão os potenciais clientes
da Efapel para o primeiro ano de atividade são os seguintes:
1. All Control
2. ARB Electrical Wholesalers
3. Bellco Electrical
4. Century Electrical
5. Eastside Electrical
6. Electra Distribuitors
7. Electrahertz
8. Electroline Electrical Distributors
9. Electroparts
10. Frontline Electrical Supplier
11. Kuso Electrical Wholesalers
12. Lido Electrical JHB
13. Megawatt Wholesalers
14. Metraclark
15. Northside Electrical Wholesaler
16. P. Wilson Electrical Supplies
17. Ross Electrical
18. Rubicon Electrical Distributors
19. Rubicon Electrical Products
20. Skyscape Electrical Wholesaler
21. Summit Electrical Wholesalers
22. Switch Electrical
23. Techno Sales
24. The Lighting Warehouse
25. Transform Elect
26. Union Electrical Wholesalers
27. Voltex
28. Waco
Rui Pedro Bento | Nº 6521 55
6.2.4. Taxa de cobertura geográfica
A taxa de cobertura geográfica será efetuada através da presença dos produtos da
Efapel em comercialização nos distribuidores localizados nas 10 mais populosas
cidades da África do Sul, abaixo mostramos um quadro resumo, com a presença dos
distribuidores anteriormente identificados em cada cidade.
Posição Localidade Província População Nome Distribuidor
1 Joanesburgo Gauteng 4.434.827
ARB Electrical Wholesalers Eastside Electrical Lido Electrical JHB Metraclark Switch Electrical The Lighting Warehouse Voltex Waco
2 Cidade do Cabo Cabo Ocidental 3.740.026
All Control ARB Electrical Wholesalers Bellco Electrical Electroparts Frontline Electrical Supplier Techno Sales Transform Elect Voltex Waco
3 Durban Kwazulu-Natal 3.442.361
ARB Electrical Wholesalers Electra Distribuitors Northside Electrical Wholesaler Skyscape Electrical Wholesaler Voltex Waco
4 Germinston Gauteng 3.178.470
ARB Electrical Wholesalers Electroline Electrical Distributors Union Electrical Wholesalers Voltex
5 Pretória Gauteng 2.921.488
ARB Electrical Wholesalers Electrahertz Kuso Electrical Wholesalers Megawatt Wholesalers Ross Electrical Voltex
6 Porto Elizabeth Cabo Ocidental 1.152.115
ARB Electrical Wholesalers P. Wilson Electrical Supplies Rubicon Electrical Distributors Voltex Waco
7 East London Cabo Ocidental 755.200 ARB Electrical Wholesalers Rubicon Electrical Products Voltex
8 Bloemfontein Estado Livre 747.431
ARB Electrical Wholesalers Summit Electrical Wholesalers Voltex Waco
9 Vanderbijlpark Gauteng 721.663 ARB Electrical Wholesalers Century Electrical Voltex
10 Polokwane Limpopo 628.999 ARB Electrical Wholesalers Voltex
Rui Pedro Bento | Nº 6521 56
6.2.5. Rentabilidade
A rentabilidade será a percentagem da remuneração do capital investido, tendo em
conta o cenário com maior probabilidade de ocorrer e tendo em conta o orçamento
efetuado para o ano de 2016 (ponto 6.4), está previsto uma rentabilidade líquida para
2016 de cerca de 24,7%.
No gráfico abaixo está a evolução da rentabilidade prevista para o período de 2016 a
2015 de acordo com a previsão da evolução da faturação efetuada (ponto 6.2.1).
Gráfico 11 - Previsão da Rentabilidade da Efapel no mercado Sul-Africano
26%
37%
54%
74%
96%
113%120%
127%131% 134%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
140%
160%
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025
Rui Pedro Bento | Nº 6521 57
6.3. Marketing-Mix (7 variáveis)
Ao modelo tradicional conhecido e utilizado das quatro variáveis do marketing-mix (Produto, Preço, Comunicação e distribuição), foi introduzido em 1981 por Booms e Bitner26 mais três variáveis a este modelo.
Estas variáveis relacionam-se diretamente com a indústria da prestação de serviços, apresenta-se agora um modelo extensível com as novas variáveis: Processo, Pessoas e Suporte Físico.
Figura 14 - As 7 Variáveis do Marketing-Mix
Fonte: Elaborado em Word por Rui Pedro Bento
26
Entrepeneurial Insights. Página consultada a 7 de Novembro de 2015. Disponível em http://www.entrepreneurial-insights.com/7ps-additional-aspects-marketing-mix/
Marketing-Mix
Produto
Preço
Comunicação
DistribuiçãoProcessos
Pessoas
Suporte Físico
Rui Pedro Bento | Nº 6521 58
6.3.1. Produto
A Efapel fabrica aparelhagem elétrica de baixa tensão e neste momento é possível
executar uma instalação elétrica de raiz apenas com os produtos em catálogo, o que
mostra por si só a enorme diversidade de tipo de produtos.
Os produtos a ser comercializados irão obedecer a todas as regras de segurança e
qualidade exigidas pelas normas em vigor no mercado sul-africano.
Todas as embalagens e instruções de montagem que acompanham os produtos,
estarão impressas em Inglês e Português.
Não irão ser criados novos produtos específicos de momento para o mercado sul-
africano, a Efapel tem no seu cardápio, diversos produtos que podem ser
imediatamente introduzidos neste mercado, estes estão de acordo com os que são
utilizados no país (voltagem – 220-240v, frequência – 50hz e tipo de tomadas)27
Figura 15 - Tipos de tomadas em utilização na África do Sul
Tipo C
Tipo D
Tipo M
Tipo N
Fonte: worlstandards.eu
27
Worldstandards. Página consultada a 7 de Novembro de 2015. Disponível em http://www.worldstandards.eu/electricity/plug-voltage-by-country
Rui Pedro Bento | Nº 6521 59
6.3.2. Preço
Os preços praticados estarão assentes numa tabela base para o mercado sul-africano,
estes podem variar consoante alguns fatores:
• Desconto por quantidade;
• Desconto por promoção a novo cliente;
• Desconto para fidelização anual de cliente;
• Desconto por promoção de produto;
• Desconto por tipo de pagamento;
A tabela base de preços poderá ser alterada (redução de preços) caso a Efapel seja
apoiada pelo estado português para a exportação de produtos para a África do Sul e
também com a redução das taxas aduaneiras em vigor no país.
Poderá existir também semestralmente uma correção de preços (aumento) devido às
alterações da taxa de câmbio.
Rui Pedro Bento | Nº 6521 60
6.3.3. Comunicação
A comunicação dos produtos da Efapel no mercado sul-africano serão efetuados pelo
comercial que estará permanente no país e que acompanhará todas as ações a
desenvolver junto dos clientes e futuros clientes, este sempre apoiado pelo
departamento de internacionalização da Efapel em Portugal.
Serão efetuadas anualmente diversas ações de promoção e divulgação dos produtos
da Efapel através de:
• Relações públicas (Distribuidores de Material Elétrico, Construtores Civis,
Arquitetos, Administração Pública);
• Promoção de vendas;
• Participação em eventos (feiras);
• Online marketing;
• Brindes promocionais;
Rui Pedro Bento | Nº 6521 61
6.3.4. Distribuição
A distribuição dos produtos será efetuada diretamente para o cliente (distribuidor)
em que os produtos seguirão por via marítima do Porto de Lisboa para o Porto de
Durban, este é o meio mais económico devido à distância entre países.
A entrega da encomenda ao cliente após chegada ao porto marítimo na África do Sul,
será efetuada por via terrestre, este transporte já estará incluído no frete inicialmente
acordado com o agente de navegação.
6.3.5. Processos
Os processos criados deverão ser simples e eficazes, criando rapidez e fluidez da
informação.
O comercial presente no mercado sul-africano terá sempre à sua disposição os
serviços da empresa mãe, tais como o departamento de internacionalização, o
departamento de marketing, o departamento de compras e de logística.
O comercial deverá ter em atenção sempre que efetuar negócios com um cliente o
seguinte:
1. Disponibilidade dos produtos na quantidade pretendida;
2. Tempo de entrega da encomenda;
3. Tipo e modalidade de pagamento;
4. Tipo de incoterms acordado (será politica da empresa optar sempre pela
modalidade de DDP – Delivered Duty Paid);
5. Avaliação da satisfação do cliente (serviço após-venda);
Rui Pedro Bento | Nº 6521 62
6.3.6. Pessoas
Irá ser contratado um comercial no mercado sul-africano com experiência no
mercado ou poderá ser enviado da casa-mãe, um comercial com experiência
comprovada que irá ficar em permanência no país, tendo como responsabilidade as
politicas anteriormente criadas para o processo de internacionalização.
Irá também ser contratado pontualmente, os serviços externos de uma empresa sul-
africana de consultadoria, tendo como objetivo, agilizar e melhorar processos
burocráticos dos negócios.
6.3.7. Suporte físico
Nestes primeiros dez anos inicialmente pensados, a Efapel não irá ter qualquer
estrutura física na África do Sul, todos os negócios efetuados pelo comercial no país
serão sempre nas instalações dos clientes.
Caso o comercial seja um expatriado, será alugado uma moradia/apartamento que
servirá tanto de habitação permanente como de escritório de apoio para a parte
administrativa.
A localização será preferencialmente em Joanesburgo em detrimento de outras
cidades devido a vários fatores, tais como a centralidade da cidade no país, a oferta
imobiliária, o número de potenciais clientes na província onde se insere, presença de
aeroporto internacional, variedade de transportes públicos e aluguer de automóveis e
presença de empresas diversas de serviços.
Rui Pedro Bento | Nº 6521 63
6.4. Orçamentação
O plano de orçamentação para o arranque do processo de internacionalização da
Efapel para o mercado sul-africano para o ano de 2016 está refletido no quadro
abaixo, onde se demonstra os custos e os proveitos previstos da atividade.
Quadro 13 - Orçamento 2016 (Internacionalização da Efapel na África do Sul)
Rúbricas Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Totais (€)
Proveitos
Vendas 20.834 20.834 20.834 20.834 20.834 20.834 20.834 20.834 20.834 20.834 20.834 20.834 250.008
Apoio à Internacionalização 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 60.000
Sub-Total 25.834 25.834 25.834 25.834 25.834 25.834 25.834 25.834 25.834 25.834 25.834 25.834 310.008
Custos
Comercial
Salário 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000 48.000
Habitação 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 12.000
Viagens
Nacionais 0 500 0 500 0 0 0 500 0 500 0 0 2.000
Internacionais 1.500 1.500 3.000
Despesas de Representação 2.500 2.500 2.500 2.500 2.500 2.500 2.500 2.500 2.500 2.500 2.500 2.500 30.000
Empresa de Consultadoria 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 6.000
Online Marketing 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 2.400
Participação em Eventos 0 0 4.000 4.000 0 0 0 4.000 0 12.000
Brindes Promocionais 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 1.200
Departamento Produção PT 7.500 7.500 7.500 7.500 7.500 7.500 7.500 7.500 7.500 7.500 7.500 7.500 90.000
Departamento Comercial PT 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 6.000
Departamento Internacionalização PT 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 18.000
Departamento Marketing PT 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 6.000
Departamento Logistica PT 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 6.000
Departamento Financeiro PT 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 6.000
Sub-Total 19.300 19.800 23.300 19.800 19.300 20.800 23.300 19.800 19.300 19.800 23.300 20.800 248.600
Total Proveitos - Custos 6.534 6.034 2.534 6.034 6.534 5.034 2.534 6.034 6.534 6.034 2.534 5.034 61.408
Rui Pedro Bento | Nº 6521 64
6.5. Alternativas (cenários)
No mundo dos negócios são sempre previstos diversos cenários que poderão ocorrer,
os otimistas, os pessimistas e os que têm maior probabilidade de ocorrer, a seguir
indico as previsões e as alterações que poderão vir a ocorrer que influenciarão o
volume de negócios previstos.
6.5.1. Cenário otimista
Como o nome indica este é um cenário que poderá ocorrer, neste cenário podemos
considerar que o volume de negócios previsto para 2017, cerca de 300.000€ seja
atingido logo em 2016.
A aceitação dos produtos da Efapel junto dos clientes fica acima do esperado e/ou o
número de clientes será maior do que o inicialmente previsto.
6.5.2. Cenário pessimista
Um cenário pessimista que podemos esperar será condicionado principalmente por:
• Falta do apoio à internacionalização por parte do estado português;
• Angariação em número reduzido de clientes;
• Encomenda reduzida por parte dos clientes;
• Redução da taxa de crescimento do país;
Caso este cenário possa acontecer, esperamos que o volume de negócios espectável
para 2016 seja de menos 50% do que o inicialmente previsto.
Rui Pedro Bento | Nº 6521 65
6.5.3. Cenário de maior probabilidade de ocorrência
O que podemos esperar deste cenário é que todos os aspetos ambientais externos à
empresa vão de encontro ao previsto, principalmente a taxa de crescimento do país,
será então previsível que o orçamento previsto no quadro 13 se venha a realizar,
alcançando assim um volume de negócios na ordem dos 250.000€ para o primeiro
ano de atividade no mercado sul-africano
Rui Pedro Bento | Nº 6521 66
7. Conclusão
Posso refletir agora, no final deste trabalho e em jeito de conclusão, que um processo
de internacionalização de uma empresa é um processo de grande responsabilidade
que deverá ser efetuado com o máximo cuidado e com a garantida de análise de
fontes reais e verdadeiras, não sendo como muitas empresas o fazem por relações de
amizade ou por apenas instinto de que tudo irá correr bem.
O mercado da África do Sul, com a sua economia forte no continente africano, é de
fato um mercado ambicioso de conquistar, no entanto, este mercado está ao alcance
de muitas outras empresas que não só a Efapel, esta é líder no mercado português e
conta já com bastante experiência a nível internacional no entanto existem no mundo
players do mesmo setor que são muito maiores e tem maiores capacidades
económico, financeiras, logísticas e recursos humanos.
É sempre melhor apostar num país que tenha a sua economia em crescimento do que
um país que esteja recessão, o número de oportunidades no mercado serão sempre
mais e melhores, este é o caso da África do Sul, com previsões de crescimento da sua
economia em cerca de 5% nos próximos 5 anos.
Em resumo, é de fato possível que a Efapel atinja o cenário mais provável de
acontecer, previsto anteriormente, caso tenha uma boa política de controlo de custos
e uma boa política de preços e promoção contínua dos seus produtos, fazendo com
que a sua integração no mercado sul-africano seja feita gradualmente minimizando
todos os riscos.
Rui Pedro Bento | Nº 6521
Denominação: Efapel – Empresa
Contribuinte: 500 829 136
Capital Social: 10.320.000€
Morada: Vale Madeiros
Localidade: 3200-355 Serpins
Atividade (CAE): 27122 – Fabricação de material de distribuição e controlo para instalações elétricas de baixa tensão
Data da constituição: Dezembro 1978
Telefone: +351 239 970 130 / 136
Fax: +351 239 970 137
Email: [email protected]
Email Exportações: [email protected]
Website: www.efapel.pt
“O que é Simples é Genial”
Rui Pedro Bento | Nº 6521
Eng. Américo Carvalho Duarte
Presidente do Conselho de Administração
Empresa Fabril de Produtos Elétricos S.A.
Fabricação de material de distribuição e controlo para instalações elétricas de baixa tensão
Data da constituição: Dezembro 1978
Telefone: +351 239 970 130 / 136
“O que é Simples é Genial”
67
Eng. Américo Carvalho Duarte
e do Conselho de Administração
Fabricação de material de distribuição e controlo para instalações elétricas de baixa tensão
“O que é Simples é Genial”
Rui Pedro Bento | Nº 6521 68
8. Bibliografia
Lindon, D., J. Lendrevie, J. V. Rodrigues e P. Dionísio (2013) Mercator 2000: Teoria Prática do
Marketing, 15ª Edição, Lisboa, Publicações Dom Quixote
9. Netgrafia
AEP Câmara de Comércio e indústria. Disponível em www.aeportugal.pt
Aicep Portugal Global. Disponível em www.portugalglobal.pt
CIA. Disponível em www.cia.gov
Country Meters. Disponível em www.countrymeters.info
Direct Obras. Disponível em www.directobras.pt
Económico. Disponível em www.economico.sapo.pt
Efapel. Disponível em www.efapel.pt
Google Maps. Disponível em www.maps.google.pt
Governo da África do Sul. Disponível em www.gov.za
Índex Mundo. Disponível em www.indexmundi.com
International Trade Administration Comission of South Africa. Disponível em www.itac.org.za
Jornal o País. Disponível em www.opais.co.ao
Revista Construir. Disponível em www.construir.pt
Rodel. Disponível em www.rodel.pt
South African Electrotechnical Export Council. Disponível em www.saeec.org.za
The Global Economy. Disponível em www.pt.theglobaleconomy.com
Trading Economics. Disponível em www.pt.tradingeconomics.com
UK Essays. Disponível em www.ukessays.com
Veja Portugal. Disponível em www.vejaportugal.pt
World Economic Forum. Disponível em www.weforum.org