Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

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Junho, 2010

Versão Preliminar

Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco

Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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Eduardo Henrique Accioly Campos

Governador de Pernambuco Frederico da Costa Amâncio

Secretário Estadual de Saúde

Inês Eugênia Ribeiro da Costa

Secretária Executiva de Gestão e Vigilância em Saúde

Roselene Hans Santos

Diretora Geral de Vigilância Epidemiológica e Ambiental

Jacyra Salucy Antunes Ferreira

Diretora Geral de Controle de Doenças e Agravos

Gabriella Morais Duarte Miranda

Diretora Geral de Promoção, Monitoramento e Avaliação da Situação de Saúde

Terezinha Tabosa Diretora Geral de Laboratórios de Saúde Pública Jaime Brito Gerente Geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária

SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO, SECRETARIA EXECUTIVA DE

VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres

de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundaç ões. Versão Preliminar.

Pernambuco, junho de 2010.

Criação e Organização: Diretoria Geral Vigilância Epidemiológica e Ambiental

Elaboração: Gerência de Vigilância de Agravos, Doenças e Riscos Ambientais e Coordenação

de Vigilância Ambiental

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Romildo Siqueira de Assunção

Gerência de Vigilância de Agravos, Doenças e Riscos Ambientais

Danielle Mendonça Ferreira

Coordenação de Vigilância Ambiental

Nívia Carla de Lima

Técnica da Vigilância Ambiental dos Riscos Decorrentes dos Desastres

Colaboradores

Amanda Dávila – Coordenação de Prevenção de Doença de Transmissão Hídrica e

Alimentar

Ana Catarina de Melo Araújo – Programa Estadual de Imunizações

Bárbara Araújo da Silva – Serviço de Verificação de Óbito

Deize Gomes C. de Matos – Laboratórios de Saúde Pública - LACEN

Francisco Duarte Farias Bezerra – Coordenação de Prevenção da Raiva, Leishmaniose e

Peste

Gleybson Marques Cysneiros – Diretoria Geral de Assistência Regional

Isabela Maciel de Souza Silva - Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em

Saúde

Kathia Lima - SAMU

Lúcia Roberta de Souza Filizola – Laboratórios de Saúde Pública - LACEN

Lucilene Aguiar - Gerência de Prevenção e Controle dos Agravos Agudos

Maria das Graças S. M. Freitas – Diretoria Geral de Assistência Integral à Saúde

Maria Júlia de Souza Nascimento – Diretoria Geral de Assistência Integral à Saúde

Maria Luiza de M. C. da Costa – Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em

Saúde

Maria Madalena Cavalcanti de Oliveira – Programa Estadual de Imunizações

Mariana Nepomuceno – Gestão de Comunicação Interna

Nancy Sena de Lima – Coordenação de Prevenção de Doença de Transmissão Hídrica e

Alimentar

Nara Pedrosa Arruda – Gerencia de Controle de Zoonoses e Outras Endemias

Patrícia Veiga de Mello Alves – Gerência de Atenção à Saúde Mental

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Roberto Costa Coelho - Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária

Sônia Maria Rodrigues da Cunha Alencar– Coordenação de prevenção de Doença de

Transmissão Hídrica e Alimentar

Terezinha Fonseca Mendes - Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária

Vânia Quintão Guerra – Assistência Farmacêutica

Veridiana Ribeiro da Silva – SAP- Superintendência de Atenção Primária

Arte e Diagramação

Danielle Mendonça Ferreira

Lucilene Rafael Aguiar

Nívia Carla de Lima

Romildo Siqueira de Assunção

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 6

INTRODUÇÃO 7

OBJETIVOS 9

GERAL 9

ESPECÍFICOS 9

CONCEITOS E DEFINIÇÕES 11

CONTEXTO SÓCIOAMBIENTAL DO ESTADO 13

REDE HIDROGRÁFICA DE PERNAMBUCO 14

CONTEXTO DOS DESASTRES EM PERNAMBUCO 20

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO ESTADO 25

ATRIBUIÇÕES DO GRUPO DE TRABALHO 50

ANEXOS 57

ANEXO A – FLUXOGRAMA – NOTIFICAÇÃO, VERIFICAÇÃO,

RESPOSTA E MONITORAMENTO DOS DESASTRES

58

ANEXO B – INSTRUMENTOS 59

ANEXO C – ORIENTAÇÕES TÉCNICAS ÀS SECRETARIAS

MUNICIPAIS DE SAÚDE

66

ANEXO D – ORIENTAÇÕES SOBRE OS PROCEDIMENTOS

ADEQUADOS PARA A COLETA – BACTERIOLOGIA

83

ANEXO E – LISTA DE MEDICAMENTOS BÁSICOS, SEGUNDO A

PORTARIA GM Nº 2132, DE 04 DE NOVEMBRO DE 2005.

87

ANEXO F – SAMU – COMPETÊNCIAS DOS MUNICÍPIOS NO

ATENDIMENTO ÀS URGÊNCIAS

89

ANEXO G – UNIDADES HOSPITALARES DE ATENDIMENTO ÀS

URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS

91

ANEXO H – ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A POPULAÇÃO 109

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 112

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APRESENTAÇÃO

Este documento foi elaborado diante da necessidade de organização

dos setores internos da Secretaria Estadual de Saúde para as ações de

promoção, vigilância e assistência à saúde perante a possibilidade de

ocorrência de enchentes e inundações no período chuvoso.

Para uma atuação mais eficaz no sentido de redução do risco de

doenças e agravos decorrentes da exposição das pessoas no desastre

relacionado com enchentes e inundações foi desenvolvido como ferramenta

de planejamento o Plano de Contingência para Enfrentamento de Desastres

de Origem Natural. Neste primeiro momento serão abordadas as enchentes e

inundações, mas com a perspectiva de acrescentar um capítulo sobre a seca

e estiagem que também se caracteriza como um evento causador de danos à

saúde e qualidade de vida da população sertaneja em nosso Estado.

Neste plano estão contidas orientações técnicas às Secretarias

Municipais de Saúde, as atribuições dos setores internos da SES e a forma de

articulação intrasetorial para oferecer apoio à execução das ações no âmbito

local.

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INTRODUÇÃO

Os desastres de origem natural quando acometem uma determinada

população refletem um maior adoecimento por agravos diversificados

dependendo de sua magnitude e intensidade, ocorrendo por fatores como

contato e/ou consumo de água contaminada, aglomeração de pessoas,

descontrole ambiental de vetores, exposição a condições insalubres,

dificuldades socioeconômicas, dentre outros.

Os instrumentos de vigilância em saúde ambiental devem permitir a

análise de informações relacionadas ao ambiente e à saúde e definir

indicadores com o objetivo de prevenir e atender a ocorrência de agravos à

saúde. Desta forma para esta área de atuação da vigilância ambiental são

utilizados alguns indicadores de agravos e doenças monitorados pela

vigilância epidemiológica como também por órgãos externos ao setor saúde.

Como forma de melhorar e intensificar as ações de saúde frente ao

impacto dos desastres e seus efeitos imediatos e em longo prazo sobre a

saúde pública deve-se aprimorar o conceito de gerenciamento de risco no

planejamento das ações de vigilância em saúde.

Um fator importante para o desenvolvimento dos trabalhos é o

fortalecimento da intersetorialidade, onde a ação conjunta com os demais

órgãos e entidades que atuam em desastres possam utilizar uma linguagem

universal, visando favorecer a comunicação integrada.

Denomina-se de contingência a uma situação de incerteza, quanto a

um determinado evento, fenômeno ou acidente, que pode se concretizar ou

não, durante um período de tempo determinado.

Plano de contingência é o planejamento tático que é elaborado a partir

de uma determinada hipótese de desastre com o objetivo, assim como todas

as ações da defesa civil, de reduzir a possibilidade desta ocorrência.

Utilizando a arte de dispor os recursos existentes, sejam eles privados,

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institucionais, humanos e materiais, previstos e disponíveis no terreno ou

cenário do desastre.

O estado de Pernambuco tem um histórico conhecido de ocorrência de

desastres podendo-se citar enchentes, deslizamentos, estiagens e seca.

Porém, este documento restringe-se a atuação do setor saúde diante dos

eventos adversos gerados a partir da ocorrência de enchentes e inundações,

como parte de um conjunto mais amplo de ações necessárias para minimizar

os impactos desses sinistros.

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OBJETIVOS

GERAL

Organizar e orientar as atividades de preparação para emergências e

desastres de origem natural e aperfeiçoar a capacidade de resposta diante

dos prováveis efeitos dos eventos adversos.

ESPECÍFICOS

• Instituição de um grupo de trabalho com atribuições de coordenar,

organizar e conduzir as ações, segundo prioridades identificadas, no

âmbito do setor saúde. Composição do grupo de trabalho intra-setorial:

- Secretário de Saúde (Coordenador) e/ou representante;

- Vigilância Epidemiológica;

- Vigilância Ambiental;

- Vigilância Sanitária;

- CIEVS;

- Assistência Médica (hospitais);

- Atenção Primária (Centros de Saúde, PACS, PSF);

- Laboratório;

- Assessoria de Imprensa;

- Outros (representantes do conselho estadual de saúde, etc.);

• Documentar e divulgar as informações (população, imprensa e

profissionais de saúde);

• Assegurar que os insumos necessários (veículos, material de

laboratório, insumos, etc.) sejam fornecidos adequadamente;

• Estabelecer locais que servirão como referência para o atendimento

ambulatorial e hospitalar, bem como fluxo de pacientes graves;

• Identificar e disponibilizar recursos humanos para executar ações de

vigilância e atendimento;

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• Definir e coordenar as ações de vigilância em saúde aplicáveis à

população afetada;

• Definir exames (subsidiários) para confirmação diagnóstica dos

principais agravos esperados, orientando a coleta adequada e

oportuna, fluxo de encaminhamento de amostras, processamento,

encaminhamento de resultados e insumos necessários.

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CONCEITOS E DEFINIÇÕES

• Acidente: Evento definido ou seqüência de eventos não planejados,

que dão origem a uma conseqüência específica e indesejada, em

termos de danos humanos, materiais ou ambientais.

• Desastre: Interrupção grave do funcionamento de uma comunidade

ou sociedade que causa perdas humanas e/ou importantes perdas

materiais, econômicas ou ambientais que excedam a capacidade da

comunidade ou sociedade afetada para responder utilizando seus

próprios recursos.

• Alagamento: Água acumulada no leito das ruas e no perímetro

urbano por fortes precipitações pluviométricas, em cidades com

sistemas de drenagem deficientes.

• Enchente: Elevação do nível de água de um rio, acima de sua vazão

normal.

• Inundação: Transbordamento de água da calha normal de rios,

mares, lagos e açudes, ou acumulação de água por drenagem

deficiente, em áreas habitualmente submersas.

• Alerta: Dispositivo de vigilância. Situação em que o perigo ou risco é

previsível em curto prazo. Passa da situação de sobreaviso para a de

prontidão.

• Alarme: Sinal, dispositivo ou sistema que tem por finalidade avisar

sobre o perigo ou risco iminente. Passa da situação de prontidão para a

de início ordenado das operações de socorro.

• Desabrigado: Pessoa cuja habitação foi destruída ou danificada por

um desastre, ou estão localizadas em áreas de risco iminente de

destruição e que necessitam de abrigos temporários providos pelo

Sistema para serem alojadas.

• Desalojado: Pessoa que foi obrigada a abandonar temporária ou

definitivamente sua habitação, em função de evacuações preventivas,

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destruição ou avaria grave, decorrentes do desastre, e que não

necessariamente, necessitam de abrigo provido pelo Sistema.

• Emergência: Alteração de forma súbita de pessoas, de seu meio

ambiente ou de seus bens causadas por fatores externos, de origem

natural ou antrópica e que demandam uma ação imediata por parte

das autoridades de saúde, porém, caracteriza-se por não exceder a

capacidade de resposta.

• Estado de Calamidade Pública: Reconhecimento legal pelo poder

público de situação anormal provocada por desastre, causando sérios

danos à comunidade afetada, inclusive à incolumidade e à vida de seus

integrantes.

• Situação de Emergência: Reconhecimento legal pelo poder público

de situação anormal provocada por desastres, causando danos

suportáveis e superáveis pela comunidade afetada.

• Defesa Civil: Conjunto de ações preventivas, de socorro, assistenciais,

reabilitadoras e reconstrutivas destinadas a evitar ou minimizar

desastres, preservar o moral da população e restabelecer a

normalidade social.

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CONTEXTO SÓCIOAMBIENTAL DO ESTADO

O estado de Pernambuco ocupa 1,2% do território brasileiro,

apresentava em 2000, uma densidade demográfica de 80,5 hab/km2, no

entanto, de forma não homogênea. Observando-se a distribuição da

população, a Região Metropolitana do Recife (RMR), em 2000, concentrava

3,5 milhões de habitantes, ou seja, 42,0% da população pernambucana em

apenas 2,8% do seu território, e o núcleo da RMR – Recife, Olinda e

Jaboatão dos Guararapes – participa com um terço da população

pernambucana, ocupando apenas 0,5% da área do Estado.

Ao afastar-se do litoral, observa-se uma tendência à diminuição na

densidade demográfica tendo a maioria dos 61 municípios pernambucanos

com densidade moderada, concentrando-se na Região Agreste. A partir do

Sertão, a ocupação se torna mais rarefeita devido não só ao número

absoluto da população residente, mas também pelo tamanho dos municípios.

Um aspecto relevante na distribuição desigual da população é a

deficiência estrutural da maioria dos municípios pernambucanos para

absorver a população imigrante atraída pelo dinamismo econômico dessas

localidades, fazendo surgir nas áreas periféricas aos centros urbanos dos

municípios, ocupações inadequadas pressionando as demandas sociais

básicas e comprometendo assim a qualidade de vida local.

Pernambuco, do ponto de vista climático, apresenta

predominantemente climas do tipo semi-árido, representando cerca de 70%

da área total do Estado, caracteriza-se por baixos índices pluviométricos

anuais e com variabilidade espacial e temporal dos índices.

Por outro lado, a Zona da Mata e o Litoral caracterizam-se por

apresentar climas úmidos, com chuvas superiores a 1000 mm, em média. No

geral, as chuvas iniciam em março, podendo estender-se até agosto,

diminuindo de setembro a fevereiro. O Agreste apresenta características

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climáticas intermediárias entre clima semi-árido e subúmido, com

excedentes hídricos de abril a junho.

No Sertão, com exceção do período que vai de janeiro a abril, os

valores de evaporação são superiores a precipitação média mensal, com

pequeno ou nenhum excesso de água. As temperaturas médias variam de 20

a 27 o C, onde os maiores valores encontram-se no Sertão.

Os principais sistemas metereológicos responsáveis pelas chuvas em

Pernambuco são: a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT); as Frentes

Frias; os Distúrbios Ondulatórios de Leste; os Vórtices Ciclônicos de Ar

Superior (VCAS), etc.

O monitoramento das variáveis metereológicas no Estado é realizado pelo

Laboratório de Metereologia de Pernambuco – LAMEPE, desde 1993.

Os impactos mais adversos do clima sobre as atividades produtivas em

Pernambuco não advém das condições médias da Metereologia sobre o

Estado, mas sim da sua alta variabilidade temporal e espacial; acarretando

enchentes e inundações em áreas Metropolitanas do Recife e Zona da Mata e

períodos de estiagem durante a estação chuvosa do Sertão.

O Estado encontra-se inserido dentro da faixa de baixas latitudes e

apresenta um relevo que predomina altitudes inferiores a 800m, com

exceção de poucos pontos, como por exemplo, o município de Triunfo

(1.200m).

REDE HIDROGRÁFICA DE PERNAMBUCO

O rio Beberibe tem sua nascente no município de São Lourenço da

Mata com o encontro dos seus dois formadores: o rio Pacas e o rio Araçá.

A bacia hidrográfica do Beberibe tem 79 km² e está situada

inteiramente na Região Metropolitana do Recife, passando pelo Recife e por

Olinda, fazendo confluência com o rio Capibaribe antes de desaguar no

oceano Atlântico. Os principais afluentes do Beberibe são o rio Morno e seu

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afluente rio Macacos, além dos canais Vasco da Gama e da Malária, e do

riacho Lava-Tripas.

O Riacho dos Cachorros é um rio afluente do rio Una, pela sua margem

direita, é de grande importância em face de sua condição essencial para o

sistema de abastecimento de água para a sede do município de Bonito.

O rio Capibaribe nasce na Serra de Jacarará, no município de Poção

(PE) e deságua no Oceano Atlântico, no centro do Recife. Possui duzentos e

quarenta quilômetros de extensão, e sua bacia, aproximadamente, 5.880

quilômetros quadrados. Possui cerca de 74 afluentes e banha 42 municípios

pernambucanos, entre eles Toritama, Santa Cruz do Capibaribe, Salgadinho,

Limoeiro, Paudalho, São Lourenço da Mata e o Recife.

Seu curso é dividido em três partes: o alto e o médio curso, situados

no Polígono das Secas, onde o rio apresenta regime temporário (cheio

sazonalmente); e o baixo curso, quando se torna perene a partir do

município de Limoeiro, no agreste do Estado. O rio encontra-se hoje bastante

degradado pelo assoreamento e poluição devido a dejetos de matadouros,

lixões, bem como esgotos urbanos e industriais.

O rio Capibaribe representou um fator geográfico determinante na

história de Pernambuco e do Nordeste brasileiro. Foi através da sua várzea

que se formaram os primeiros engenhos de cana-de-açúcar, devido ao seu

solo massapê, próprio para o cultivo. Também serviu de acesso para o

agreste e sertão, onde se desenvolvia a pecuária.

O rio Goiana possui 19 quilômetros de extensão e a sua bacia abrange

25 municípios de Pernambuco, indo do Agreste até a Zona da Mata Norte do

estado.

O rio Ipojuca tem sua nascente no município de Arcoverde (Serra das

Porteiras), entre as localidades Pedreiras e Lagoa, a uma altitude de 876

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metros. Segue a direção geral oeste-leste, da nascente até a cidade de

Gravatá, onde inflete para sudeste, mantendo-se nessa direção até a

desembocadura ao sul do Porto de Suape. Nesse percurso, o Ipojuca banha

várias cidades dentre as quais se destacam Pesqueira, Belo Jardim, São

Caetano, Caruaru, Bezerros e Gravatá (no Agreste), Escada e Ipojuca (na

Zona da Mata), recebendo das mesmas um volume elevado de poluentes ao

qual se acresce a carga poluidora da atividade agroindustrial (usinas,

destilarias e canaviais) localizada em sua bacia. Toda este carga de detritos

industriais e domésticos faz com que o rio Ipojuca seja o terceiro rio mais

poluído do Brasil.

Tendo a maior parte da bacia hidrográfica comprimida entre as bordas

da grande falha do Lineamento Pernambuco, o rio em apreço possui apenas

um afluente de relativa extensão - o riacho Liberal - que com ele conflui pela

margem direita, a sudoeste da cidade de Sanharó. Na maior parte de seu

trajeto, o Ipojuca é um rio de regime temporário, tornando-se perene

apenas na Zona da Mata onde se encontra cerca de 1/6 de seu curso, ao

longo do rio o canavial vai cedendo lugar ao manguezal que se dilata para o

norte e para o sul, interligando-se ao dos rios Tatuoca e Merepe, com os

quais forma um amplo estuário afogado.

A Bacia do rio Jaboatão se localiza na mata sul do estado de

Pernambuco, e vai se alargando quando se aproxima do litoral. O rio possui

uma área de 442 quilômetros e comprimento de 75 quilômetros. Nasce em

Vitória de Santo Antão.

O Riacho do Navio é um curso fluvial temporário que atravessa o

sertão pernambucano e é afluente do rio Pajeú. Sua fama se deve à música

de Luiz Gonzaga.

O rio Pajeú nasce na Serra da Balança, no município de Brejinho,

próximo à divisa entre os estados da Paraíba e Pernambuco. É afluente do

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São Francisco. O Riacho do Navio é um de seus afluentes. Nas margens do

rio Pajeú estão as cidades de Serra Talhada e Floresta.

O rio Pirapama, ou rio Araçuagipe ao longo do seu leito teve início o

desenvolvimento da monocultura da cana-de-açúcar no Cabo de Santo

Agostinho.

O rio São Francisco, também chamado de Opará, como era conhecido

pelos indígenas nasce na Serra da Canastra no estado de Minas Gerais,

atravessa o estado da Bahia, fazendo a divisa ao norte com Pernambuco,

bem como constituindo a divisa natural dos estados de Sergipe e Alagoas.

Por fim, deságua no Oceano Atlântico, na região nordeste do Brasil.

O rio São Francisco atravessa regiões com condições naturais das mais

diversas. As partes extremas superior e inferior da bacia apresentam bons

índices pluviométricos, enquanto os seus cursos médio e sub-médio

atravessam áreas de clima bastante seco. Assim, cerca de 75% do deflúvio

do São Francisco é gerado em Minas Gerais, cuja área da bacia ali inserida é

de apenas 37% da área total.

À medida que o São Francisco penetra na zona sertaneja semi-árida,

apesar da intensa evaporação, da baixa pluviosidade e dos afluentes

temporários da margem direita, tem seu volume d'água diminuído, mas

mantém-se perene, graças ao mecanismo de retroalimentação proveniente

do seu alto curso e dos afluentes no centro de Minas Gerais e oeste da Bahia.

Nesse trecho o período das cheias ocorre de outubro a abril, com altura

máxima em março, no fim da estação chuvosa. As vazantes são observadas

de maio a setembro, condicionadas à estação seca.

O rio Siriji nasce na serra do Jussurá e banha o vale do Siriji. Ao longo

de seu percurso, o rio Siriji é aproveitado para a construção de barragens.

Uma deles é conhecida como Barragem de Condado, que durante algum

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tempo abasteceu a cidade de Limoeiro. Hoje, o rio está poluído e não é mais

incolor ou inodoro.

O rio Una nasce na cidade de Capoeiras, agreste de Pernambuco, a

uma altitude de 900 metros em relação ao nível do mar e corre

aproximadamente 255 km e cai no Oceano Atlântico, em um local

denominado de Várzea do Una, Município de São José da Coroa Grande,

Pernambuco. Sua bacia está localizada no limite sul do litoral de

Pernambuco.

Drena, ao longo de seu curso, a partir da nascente, as cidades de São

Bento do Una, Cachoeirinha, Palmares, Água Preta, Barreiros e áreas dos

municípios de Altinho, Agrestina, São Joaquim do Monte, Belém de Maria,

Bonito e Catende. O seu escoamento é intermitente até as proximidades da

cidade de Altinho, quando a partir daí se torna perene face ao aumento dos

índices pluviométricos da região.

O Una corta o município dos Palmares na direção oeste-leste. O

principal tributário é o rio Piranji, situado à margem direita. O rio Verde e o

rio Preto são afluentes do Una, pela sua margem esquerda.

Outros rios

O rio Piranji tem início no povoado de Pau Ferro em Quipapá, a uma

altitude aproximada de 600 m, drenando ao longo dos seus 72 km de

extensão áreas dos municípios de Quipapá, São Benedito do Sul, Maraial,

Catende, Palmares e desaguando no rio Una 3 km à montante da cidade dos

Palmares.

Além do Piranji, destacam-se alguns cursos de água tributários do Una,

sendo os mais importantes o rio Camevou que faz os limites naturais com o

município do Bonito; o rio Verde e o rio Preto afluentes da margem esquerda

ao norte do município. Pela margem direita destacam-se o rio Parnaso e o

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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riacho dos Cachorros, este último de grande importância em face de sua

condição essencial para o sistema de abastecimento de água para a sede do

município.

Importância das bacias hidrográficas

Esses cursos de água foram no passado, em sua maioria, caminhos de

penetração para o município, até mesmo para o interior do Estado. Ademais,

esses cursos destacam-se mais pela importância das indústrias localizadas

em suas bacias do que pela sua extensão. A utilização desses rios como

fonte de abastecimento de água tem sido prejudicada pelo despejo de caldas

provenientes das usinas de açúcar, outros resíduos industriais e esgotos

domésticos e hospitalares.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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Contexto dos desastres em Pernambuco

A ocorrência de desastres notificados ao Sistema Nacional de Defesa Civil

demonstra que a seca constitui um grande problema para o estado, atualmente 66%

dos municípios de Pernambuco estão inseridos na região do semi-árido nordestino,

redelimitado em 2005 através de estudo realizado pelo Ministério da Integração

Nacional.

Cabe ressaltar a deficiência de pesquisas e estudos científicos sobre o impacto do

evento da seca sobre a saúde da população que nela sobrevive muito se fala nos

processos econômicos e sociais decorrentes das secas, o que de certa forma dificulta a

orientação de políticas públicas de saúde para seu enfrentamento.

Observa-se na tabela abaixo que anualmente a maior parte dos decretos de

situação de emergência ou calamidade pública registrados deve-se a municípios

atingidos pela estiagem, este procedimento é necessário para pleitear recursos para

enfrentamento da emergência junto aos órgãos federais, que na maioria das vezes é

realizado apenas com ações de distribuição de cestas básicas e caminhões de água.

Número de Decretos de Situação de Emergência ou Calamidade

Pública por Evento – PE

Evento 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Cólera 0 1 0 0 0 0 Deslizamento de Solo 1 0 0 0 0 0 Deslizamento de Terra 1 0 0 1 0 0 Enchente 0 1 0 0 1 0 Enxurrada 0 12 18 9 0 39 Erosão Marinha 0 0 0 0 1 4 Estiagem 112 0 17 57 124 70 Extensão de Estiagem 7 0 0 0 0 1 Inundação 0 1 0 0 0 0 Precipitação Pluviométrica 0 47 0 0 0 0 Seca 1 0 7 0 0 0 Vendaval 0 0 0 0 1 0 Fonte: SEDEC

Uma situação que vem ocorrendo com certa freqüência é que boa parte destes

municípios que sofrem com a estiagem, em certo período do ano também são atingidos

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

21

por fortes precipitações pluviométricas sendo então, atingidos por enchentes e

inundações. Este é um sério problema, pois, a população destes locais já vive em

condições sócio-econômicas desfavoráveis e os municípios em geral têm uma infra-

estrutura básica precária tanto de saúde como nas demais áreas assistenciais,

reproduzindo muitas vezes cenários de destruição e grandes prejuízos para a população.

No quadro a seguir estão demonstrados alguns danos decorrentes de eventos

como enchentes e inundações, observam-se como a intensidade e magnitude destes

eventos variam, pois, em alguns anos não há registro de maiores danos causados a

população.

Danos relacionados com a ocorrência de desastres. Pernambuco - 2000 a 2010*.

Ano Óbitos Feridos Desabrigados Desalojados

2000 26 2.149 30.287 62.257

2001 0 0 0 0

2002 0 33 701 4.088

2003 0 0 0 0

2004 31 213 16.345 10.450

2005 28 13.990 14.348 34.134

2006 0 0 0 332

2007 0 0 0 0

2008 2 ** 2.033 4.629

2009 3 ** 674 1.640

2010* 17 ** 26.966 55.643

TOTAL 107 16385 91354 173173 Fonte: CODECIPE * Dados sujeitos à revisão. ** Sem informação até o momento

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

22

Observa-se que nos anos em que ocorrem invernos mais rigorosos o número de

vítimas decorrentes de enchentes e inundações é bastante relevante, com um número

expressivo de óbitos e pessoas feridas.

O quantitativo de pessoas que precisam ser removidas de suas residências

também é considerável, sabendo que aqueles que não dispõem de casa de parentes

para se alojar são instalados em abrigos, muitos destes improvisados, situação que

coloca em risco a saúde destas pessoas seja pela própria aglomeração ou das condições

sanitárias dos locais.

Esse levantamento de informações é realizado por equipes da defesa civil

municipal, porém, sabe-se que muitos municípios não dispõem de estrutura adequada

sendo necessário o auxílio da coordenadoria de defesa civil estadual.

Um ponto importante é a participação de equipes da saúde no apoio a estas

ações, pois, os agentes de defesa civil não detêm conhecimento técnico suficiente para

avaliar danos à saúde das pessoas, fazendo-se necessário o envolvimento de

profissionais das vigilâncias ambiental, sanitária e epidemiológica no processo de

avaliação de danos.

A Figura 1 demonstra o prejuízo em relação às unidades de saúde que são

afetadas por enchentes e inundações, isto reflete a vulnerabilidade a que a comunidade

está exposta, pois, no momento crítico não poderão contar com a assistência básica à

saúde mais próxima de suas residências. Observa-se que como na tabela anterior os

anos de 2000, 2004 e 2005 foram os que representaram maiores prejuízos também em

relação às unidades de saúde destruídas ou danificadas.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

23

0

20

40

60

80

100

2000 2001 2002 2003 2004 2005Ano

Unid

ades

de

Saú

de

Fonte: CODECIPE

Figura 1 - Número de unidades de saúde afetadas por desastres. Pernambuco - 2000 a 2005

É importante pensar no planejamento da rede básica de saúde local para o

encaminhamento de doentes e pessoas que venham a precisar de cuidados e insumos,

para que determinada comunidade não seja prejudicada em relação à assistência,

assunto que deve ser tratado com antecedência através dos planos de contingência

para redução de riscos locais.

A Figura 2 a seguir demonstra as regionais de saúde onde se concentram o

maior número de municípios atingidos por enchentes e inundações. Observa-se que a

terceira, primeira e quarta GERES respectivamente representam o maior número de

municípios que são afetados, porém, nesta análise não se leva em consideração o grau

de intensidade dos danos causados nestes municípios.

Estas regionais estão inseridas na região da zona da mata, litoral e agreste,

onde as precipitações pluviométricas costumam acontecer com mais intensidade.

Page 24: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

24

01020304050607080

I II III IV V VI VII VIII IX X XI

Regional de Saúde

Núm

ero

de m

unic

ípio

s

Fonte: CODECIPE

Figura 2 - Número de municípios atingidos por inundações, segundo Regionais de Saúde. Pernambuco - 2000 a 2007

Page 25: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

25

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO ESTADO

Para a elaboração do Plano é fundamental definir a melhor estratégia

para articulação com o setor de Vigilância em Saúde. A epidemiologia se

apresenta como instrumento capaz de auxiliar a tomada de decisões em

todas as esferas e pelos grupos de interesses envolvidos nas questões de

saúde e ambiente.

No Plano constam informações sobre o perfil epidemiológico de

doenças/agravos relacionados com as chuvas, principalmente, leptospirose,

tétano acidental, doenças de veiculação hídrica e alimentar, hepatite A e E,

acidentes por animais peçonhentos e doenças de transmissão respiratória.

O conhecimento do padrão epidemiológico prévio é útil na orientação

das atividades da Vigilância em Saúde que serão implementadas nas

situações emergenciais.

Page 26: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

26

SARAMPO

O sarampo é uma doença aguda infecciosa causada pelo vírus pertencente ao

gênero Morbillivírus espécie sarampo e à família Paramyxoviridae. Sua transmissão

ocorre por meio de secreções respiratórias e apresenta sintomas como o exantema

morbiliforme típico generalizado acompanhado de febre síndrome catarral. As

complicações mais comuns são pneumonia, otite, doenças diarréicas e neurológicas.

A gravidade da doença varia segundo as condições socioeconômicas, apresentando

evolução severa em populações carentes, desnutridos, pacientes vivendo em

moradias superpopulosas, imunodeprimidos ou com tratamento de imunosupressão.

No Brasil, desde 2000 não há transmissão autóctone de sarampo. Em

Pernambuco, o aumento da cobertura vacinal contribuiu para ausência de casos

confirmados de sarampo desde 2000 (Figura 3). No período entre 2007 e 2009,

houve uma queda de 99,8% no número de casos notificados para sarampo no

Estado (Figura 4).

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

5.000

5.500

6.000

80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09

ANO

CA

SO

S

0

20

40

60

80

100

120

140

CO

B.

VA

CIN

AL

(%)

Nº de Casos Cobertura vacinal

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDIP; DATASUS * Dados sujeitos à revisão

Figura 3. Casos de sarampo e cobertura vacinal contra sarampo, dupla e

tríplice viral. Pernambuco, 1980 -2009*.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

27

177

62

28

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

2007 2008 2009

Período

caso

s

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDIP

* Dados sujeitos à revisão

Figura 4. Casos notificados de sarampo. Pernambuco, 2007-2009*

RUBÉOLA

A rubéola é uma doença imunoprevenível, exantemática aguda de etiologia

viral de curso benigno que apresenta alta contagiosidade. Sua importância

epidemiológica deve-se ao acometimento de mulheres grávidas com risco de

aborto, natimorto e malformações congênitas denominadas de síndrome da rubéola

congênita (SRC).

Apesar da redução da incidência da rubéola com a introdução da vacina na

rotina, campanha de vacinação de crianças de 1 a 11 anos (2000), campanha de

vacinação de mulher em idade fértil (2001) e da intensificação das ações de

vigilância, o país enfrentou surto de rubéola em meados de 2006 e atingiu o estado

de Pernambuco em junho de 2007 (Figura 5).

O acúmulo de coortes susceptíveis e as dificuldades dos sistemas de vigilância

para detectar casos precocemente (seja pela subclínica ou semelhança com outras

doenças exantemáticas, como a dengue) exigiram medidas estratégicas, como a

ampliação da sensibilidade do sistema e a vacinação de grupo de risco anterior a

ocorrência de casos, para minimizar a circulação viral no estado. O coeficiente de

detecção da rubéola em PE-2007 foi de 0,6 por 100 mil hab., indicando atenuação

da circulação viral, quando comparada com aos coeficientes do Nordeste e do país

(2,0 e 4,2 por 100 mil hab., respectivamente). Em 2008, Pernambuco registrou 7

Page 28: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

28

casos confirmados de rubéola, gerando um coeficiente de detecção de 0,1 por 100

mil habitantes. Em 2009 não houve casos confirmados em Pernambuco.

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDIP * Dados sujeitos à revisão

Figura 5. Coeficiente de Detecção da rubéola. Pernambuco, 2000-2009*

No surto ocorrido em 2007, a maioria dos casos de rubéola foi do sexo

masculino (59%) e ocorreram de forma mais freqüente entre a semana

epidemiológica 25 e 34 (75,5%). A população mais atingida foi de 20 a 29 anos do

sexo masculino (coeficiente de incidência =2,13 por 100 mil hab.), seguida da faixa

etária de 12 a 19 anos do sexo feminino (coeficiente de incidência =1,71/100 mil

hab). A população mais acometida a pertencia a faixa etária não incluída em

estratégias de vacinação. Nesse mesmo período, não houve casos de síndrome da

rubéola congênita.

Em agosto de 2008, foi realizada a Campanha Nacional de Vacinação contra

Rubéola direcionada à população de 20 a 39 anos de forma indiscriminada, com

meta de vacinar 95% dessa população entre ambos os sexos. A cobertura

populacional da campanha no estado de PE foi de 96,80%, com 82,16% de

municípios homogêneos (Figura 6).

Em 2009, foi realizada a campanha de Intensificação da estratégia de

Eliminação da Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita em Pernambuco, teve

como objetivo esgotar a totalidade ainda suscetível e de não vacinados da

população de escolares em áreas de abrangência de PSF nos municípios prioritários

0.0

2.0

4.0

6.0

8.0

10.0

12.0

14.0

16.0

18.0

20.0

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Período

Coe

f. D

etec

ção

(100

.000

hab

)

MIF

Campanha de segmento

Eliminação da rubéola

Campanha vacinação de

homens e mulheres

Surto de rubéola

vacinação de adolescentes (Recife, Olinda e Jaboatão)

Page 29: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

29

da Região Metropolitana do Recife entre 12 a 19 anos bem como atualizar a

caderneta de vacinação desses adolescentes.

Fonte: DATASUS/PNI

Figura 6. Cobertura vacinal da campanha nacional de vacinação contra rubéola.

Pernambuco, 2008

A Dupla Viral-DV (Sarampo e Rubéola) foi administrada 83.820 adolescentes

dos municípios do Recife, Jaboatão dos Guararapes e Olinda, colaborando para a

intensificação da estratégia de eliminação da Rubéola e Síndrome da Rubéola

Congênita nesses municípios no estado de Pernambuco (Figura 7).

23067

9407

22397

10621

5366

12962

0

5000

10000

15000

20000

25000

RECIFE JABOATÃO OLINDAMunicípios

N° D

oses

Apl

icad

as

DUPLA VIRAL

TRIPLAVIRAL

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDIP

* Dados sujeitos à revisão

Figura 7 - Cobertura vacinal da campanha nacional de vacinação contra rubéola.

Pernambuco, 2009*

Page 30: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

30

PARALISIA FLÁCIDA AGUDA

A vigilância epidemiológica das paralisias flácidas agudas (PFA/Pólio), no

Brasil, requer a manutenção das coberturas vacinais elevadas e homogêneas, e

monitoramento rigoroso dos indicadores que avaliam o desempenho operacional da

vigilância.

O mundo está prestes a interromper a circulação do vírus da Pólio e a

completar sua erradicação universal. Uma das últimas fontes possíveis do poliovírus

Selvagem é em laboratórios públicos e privados de pesquisa, de diagnóstico clínico,

de ensino e, de produção de vacinas, a partir dos quais o vírus poderá ser

reintroduzido acidentalmente no meio ambiente e causar novas epidemias.

Em atenção à resolução do Comitê Executivo da Organização Pan-Americana

da Saúde, adotada na sua 126ª sessão, realizada em 27 de junho de 2000, o Brasil

comprometeu-se a garantir a necessária contenção de amostras contaminadas ou

potencialmente contaminadas com o poliovírus armazenadas nos laboratórios

brasileiros.

No início de 2009, conforme previsto no Plano de Nacional de Erradicação do

Poliovírus em Laboratórios, foi realizado o levantamento dos laboratórios brasileiros

que estocavam materiais infectados ou potencialmente infectantes para o poliovírus

selvagem. Esse plano incluiu o cadastramento eletrônico de todos os laboratórios e

supervisão do Ministério da Saúde/Coordenação Geral dos Laboratórios Brasileiros-

CGLAB, para validar o cadastro e avaliar as condições técnico-operacionais dos

laboratórios que confirmaram o armazenamento do poliovírus. Em Pernambuco, dos

558 laboratórios cadastrados, somente o LACEN armazena esse tipo de material

infectante.

Em 2009, foram notificados 24 casos de PFA, com taxa de notificação de

0,97 casos por 100.000 habitantes menores de 15 anos (Figura 8). Todos os casos

tiveram investigação em tempo oportuno (48 horas após a notificação), mas apenas

70,8% das coletas de fezes foram realizadas em até 14 dias após o início do déficit

motor (Figura 9).

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

31

0,97

1,34

1,261,06

1,34

1,02

1,11

0

5

10

15

20

25

30

35

40

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Período

de c

asos

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

Tx.

not

ifica

ção

(100

.000

/hab

m

enor

es 1

5 an

os)

Nº casos Taxa de notificação

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDHP * Dados sujeitos à revisão

Figura 8. Taxa de notificação de PFA no período de 2003-2009*.

100,0

70,8

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

Investigação Oportuna Coleta oportuna

Indicador

%

Meta

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDHP

* Dados sujeitos à revisão

Figura 9. Indicadores de Qualidade da VE das PFA/Poliomielite. Pernambuco,

2009*.

Em 2009, ao término da 2º etapa da vacinação contra a poliomielite realizada

no Mês de setembro, Pernambuco ultrapassou a meta nacional (95%), com cobertura

vacinal de 103,73% e homogeneidade de 96%.

Page 32: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

32

COQUELUCHE

Em Pernambuco, a Coqueluche vem apresentando uma redução do número de

casos e de óbitos, no período entre 1980 e 2008. A distribuição dos casos nas

décadas de 1980 e 1990 e seus respectivos coeficientes de detecção foram elevados

até o inicio da década de 1990.

No ano de 1991 foram registrados 424 casos, com um coeficiente de detecção

de 5,9 por 100 mil habitantes (Figura 10). A partir de 1992, houve uma redução do

número de casos. Essa diminuição se deve ao aumento da cobertura vacinal.

Em 2005 e 2006 foram observados uma incidência alta em lactentes jovens

com o esquema vacinal incompleto e em recém-nascidos (RN) e crianças menores

de 2 meses, ainda sem indicação para o início da vacinação. Nesses casos a

transmissão ocorre por meio de um adulto da convivência domiciliar, que

geralmente não é vacinado ou que a proteção que adquiriu com a vacina está

diminuindo. Em 2008 e 2009 houve redução da letalidade e da detecção do agravo

no Estado.

0.0

10.0

20.0

30.0

40.0

50.0

60.0

70.0

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Período

Coe

f. D

etec

ção

(10

0.00

0 ha

b)

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

Leta

lidad

e (%

)

Coef. Detecção (100.000 Hab.) Letalidade (%)

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDIP * Dados sujeitos à revisão

Figura 10. Coeficiente de detecção e letalidade da coqueluche. Pernambuco, 1980 –

2009*

Page 33: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

33

DIFTERIA

Na primeira metade da década de 1980, Pernambuco apresentou um número

elevado de casos da difteria. No período consecutivo, houve um decréscimo

progressivo, com tendência de maior decréscimo na década de 1990. No período de

2004, 2005, 2006 e 2008, não houve registro de casos. Contudo, no ano de 2007,

foi notificado um caso de uma criança com imunização incompleta (Figura 11).

Essa redução no número de casos é atribuída ao aumento da cobertura vacinal

e a boa efetividade do componente antidiftérico da vacina tríplice bacteriana. Para

controle da difteria se faz necessário alta cobertura e homogeneidade vacinal.

A difteria é uma doença infecciosa que pode apresentar alta letalidade

dependendo da forma de apresentação da doença. Contudo, os óbitos podem ser

evitados se o diagnóstico for precoce e o início do tratamento adequado.

Pernambuco apresenta uma elevada letalidade, variando de 4,6 % em 1990 a

100,0% em 2001, quando o único caso registrado foi a óbito. Sendo o último caso

confirmado em 2007.

0.0

2.0

4.0

6.0

8.0

10.0

12.0

14.0

16.0

18.0

20.0

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Período

Coe

f. D

etec

ção

(10

0.00

0hab

)

0.0

10.0

20.0

30.0

40.0

50.0

60.0

70.0

80.0

90.0

100.0

Leta

lidad

e (%

)

Coef. Detecção (100.000 hab) Letalidade (%)

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDIP * Dados sujeitos à revisão

Figura 11. Coeficiente de detecção e letalidade da Difteria. Pernambuco, 1980 – 2009*

Page 34: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

34

TÉTANO ACIDENTAL

Analisando a série histórica do tétano acidental no Estado observamos um

elevado coeficiente de detecção na década de 1990, principalmente nos primeiros

quatro anos, que variou de 1,8 por 100 mil hab., em 1990, a 1,2 por 100 mil hab.,

em 1994. A partir de 1995 iniciou uma redução gradual, alcançando, em 2009, um

coeficiente de detecção de 0,2 por 100 mil habitantes (Figura 12).

A doença apresentou uma elevada letalidade entre 1990 e 1997, com

diminuição alternada em alguns anos. Essa diminuição acontece quando o

diagnóstico e o inicio do tratamento são precoces e também quando o início dos

sintomas ocorre próximo da data do ferimento.

Uma ocorrência maior dos casos tem sido observada em adulto jovem e em

pessoas com 60 anos e mais. Quanto ao sexo, há predominância no masculino.

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

1.6

1.8

2.0

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Período

Coe

f. D

etec

ção

(100

.000

hab

)

(

100.

000

hab)

0.0

10.0

20.0

30.0

40.0

50.0

60.0

70.0

80.0

90.0

100.0

Leta

lidad

e (%

)

Coef. Detecção (100.000 hab.) Letalidade (%)

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDIP * Dados sujeitos à revisão

Figura 12 - Coeficiente de detecção e letalidade do tétano acidental.

Pernambuco, 1990 – 2009*.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

35

INFLUENZA SAZONAL

A influenza sazonal corresponde à circulação anual, geralmente nos meses

mais frios, de variantes antigênicas dos vírus de Influenza humana, devido a

pequenas alterações na sua estrutura genética.

Provoca doença não complicada entre os indivíduos saudáveis e, naqueles

com co-morbidades, pode ocasionar complicações e óbitos, produzindo uma grande

sobrecarga aos serviços de saúde.

Classicamente, o quadro clínico da influenza sazonal tem início abrupto, com

febre ≥38°C, tosse seca, dor de garganta, mialgia, dor de cabeça e prostração, com

evolução autolimitada, de poucos dias. Sua principal complicação são as

pneumonias, responsáveis por um grande número de internações hospitalares no

país.

Os vírus da influenza apresentam variações antigênicas que resultam em

alterações parciais da sua estrutura genética. Esse fenômeno propicia a ocorrência

cíclica da doença na população, motivo de absenteísmo escolar e no trabalho, e

uma grande sobrecarga de atendimento nos serviços de saúde.

No Brasil, o padrão de sazonalidade varia entre as diversas regiões do país,

sendo mais marcado naquelas que têm estações climáticas bem definidas,

ocorrendo com maior frequência nos meses mais frios, em locais de clima

temperado, ou no períodochuvoso, em locais de clima tropical.

Manifesta-se por meio de surtos anuais de magnitude, gravidade e extensão

variáveis. É também frequentemente confundida com outras viroses respiratórias,

por isso o diagnóstico para confirmação geralmente é feito mediante exame

laboratorial específico. Para efeito de vigilância epidemiológica, utiliza-se a

abordagem de síndrome gripal.

Modo de transmissão - Transmissão direta (pessoa a pessoa), por meio de

pequenas gotículas de aerossol (>5 milimicras de diâmetro), expelidas pelo

indivíduo infectado com o vírus influenza, a pessoas suscetíveis, ao falar, espirrar e

tossir. Também há evidências de transmissão pelo modo indireto, por meio do

contato com as secreções do doente.

Page 36: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

36

Período de incubação - Em geral de 1 a 4 dias.

Período Transmissibilidade - Um indivíduo infectado pode transmitir o

vírus desde 2 dias antes do início dos sintomas, até 5 dias após o início dos

sintomas.

BOTULISMO

No período entre 1999 e 2006, Pernambuco registrou apenas um caso de

botulismo alimentar no município do Recife, em agosto de 2004, sendo detectada a

toxina botulínica tipo A e B em amostra de soro. Na ocasião, não houve

identificação do alimento contaminado, uma vez que o paciente consumia restos de

alimentos encontrados no lixo.

CÓLERA

Analisando-se os dados de morbidade da Cólera em Pernambuco, desde sua

introdução, em fevereiro de 1992 no município de Bezerros no Agreste

Pernambucano, até os dias atuais, observar-se a expansão da epidemia nos

períodos entre 1992 e 1994. No triênio de 1992 - 1994, há aumento nas taxas de

detecção seguido de declínio progressivo nos anos 1995, 1996, 1997 e fase de

recrudescimento em 1998, 1999 e 2000, assumindo nestes últimos anos um caráter

endêmico, com surgimento de surtos, alguns explosivos, outros propagados,

principalmente, nas áreas onde são bastante precárias as condições de saneamento,

abastecimento de água, habitação, escolaridade e renda (Figura 13).

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

37

0.0

20.0

40.0

60.0

80.0

100.0

120.0

140.0

160.0

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Coe

f. D

etec

ção

(10

0.00

0 ha

b)

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

Leta

lidad

e (%

)

Coef. Detecção(100.000 hab) Letalidade (%)

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDTHA

Figura 13 - Coeficiente de detecção e letalidade da cólera. Pernambuco, 1992 – 2008

Vale destacar que esses surtos tiveram como fonte comum de contaminação

a água consumida pela população exposta. Os últimos casos de Cólera detectados

em Pernambuco ocorreram em 2004 com 21 casos no município de São Bento do

Uma e, em 2005, 04 casos em São Bento do Una e 01 no Recife.

Para prevenir e evitar novos surtos, ações têm sido desenvolvidas pela equipe

de vigilância epidemiológica e ambiental das Secretarias Estadual e Municipal de

Saúde. Dentre essas, destacam-se a Monitorização das Doenças Diarréicas

Agudas/MDDA e o monitoramento dos principais mananciais das águas utilizadas

para o consumo humano.

O monitoramento ambiental do V cholerae vem sendo desempenhado com

sucesso no estado de Pernambuco, permitindo a detecção precoce do

microorganismo no meio ambiente e a adoção de medidas de prevenção oportunas.

As mechas de Moore são colocadas em pontos fixos ao longo dos rios que

compõem as bacias hidrográficas do estado de Pernambuco. Nos anos de 2005,

2006, 2007 e 2008 foram encontrados V. cholerae nos rios Capibaribe, Ipojuca,

Tracunhaém, Orobó, Una, Bituri e Capibaribe Mirim.

Em 2009 foram enviadas 399 mechas de Moore para o LACEN, não sendo

detectada a presença de Víbrio cholerae no ambiente.

Page 38: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

38

FEBRE TIFÓIDE

A febre tifóide persiste no Brasil de forma endêmica, com alguns surtos

epidêmicos esporádicos e taxas de incidência com tendência contínua à redução.

A análise do comportamento temporal da doença em Pernambuco, no período

entre 1990 e 2008, mostra tendência à queda no registro de casos. Os anos com

maior número de notificados foram os de 1996 e 1997, com 167 e 295 casos,

respectivamente. Neste último ano, o risco foi mais elevado devido ao surto que

ocorreu na periferia do município de Rio Formoso, região da Mata Sul do Estado.

Em relação à mortalidade, pode-se afirmar que, que tanto no Brasil quanto em

Pernambuco a tendência da doença no período de estudo tem sido de redução, em

virtude da diminuição das suas taxas de detecção e possivelmente, da precocidade

da terapia microbiana atualmente utilizada. Ressalte-se que, face às deficientes

condições de vida que favorecem a ocorrência de doenças de veiculação hídrica,

pode existir sub-registro de casos, em algumas regiões do estado, restringindo a

fidedignidade e a representatividade dos dados disponíveis (Figura 14).

0

50

100

150

200

250

300

350

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Ano

N

-5

0

5

10

15

20

25

Leta

lidad

ae (

%)

Casos confirmados Letalidade (%)

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDTHA

Figura 14 - Febre Tifóide, casos confirmados e letalidade. Pernambuco, 1994 –

2008

Page 39: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

39

ROTAVÍRUS

Em 2006 a Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde

implementou a vigilância das doenças diarréicas agudas com o objetivo de conhecer

o perfil das gastroenterites causadas por Rotavírus, em crianças menores de 5 anos.

Em Pernambuco o programa foi implantado no ano de 2007, em três unidades

sentinelas: duas em Recife (Unidades de Pediatria Maria Cravo Gama e Helena

Moura) e outra em Olinda.Nos anos de 2007-2009 foram coletadas 267 amostras de

fezes in natura, de crianças internadas nessas unidades, com 19,7% (53 casos) de

positividade para rotavírus no período. Dos casos reagentes a maior prevalência

(79,2%) foi no grupo etário de 1 a 4 anos e no sexo masculino( 64,1%).

Em 2010, o Ministério da Saúde incluiu na PAVS o monitoramento do rotavírus,

com meta de coleta de 25% das amostras de fezes in natura em crianças menores

de cinco anos atendidas no Programa de Monitorização da Doenças Diarréicas

Agudas que estejam realizando o plano de tratamento C. Vale ressaltar que,

apenas a Unidade de Pediatria Maria Cravo Gama permanece como unidade

sentinela para rotavírus em 2010.

SURTOS DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTA)

O Sistema de Vigilância Epidemiológica das Doenças de Transmissão Hídrica e

Alimentar (SVE-DTHA) foi iniciado no Brasil em 1999. No ano seguinte, Pernambuco

implantou o sistema de SVE-DTHA de forma descentralizada para as onze Regionais

de Saúde e seus municípios. Desde então o comportamento desses agravos tem

sido acompanhado, revelando aspectos até então desconhecidos.

Entre os anos de 2000 e 2009 foram confirmados 477 surtos de DTA, que

acometeram 7280 pessoas, com registro de 9 óbitos (Tabela 1).

Page 40: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

40

A maior concentração (aproximadamente 90%) dos surtos ocorreu na I

Gerência Regional de Saúde, que abrange os municípios da Região Metropolitana do

Recife.

Quanto ao local de ocorrência, o maior percentual dos surtos (38,2%)

aconteceram nos estabelecimentos comerciais de alimentação (restaurantes,

lanchonetes, padarias). As residências representaram o segundo principal local de

ocorrência (31,3%).

Dos surtos com determinação do alimento envolvido, a água foi o alimento

mais freqüentemente (21,6%), seguido das preparações mistas (14,1%).

Em 60,6% dos surtos foram especificados os agentes etiológicos. Dentre eles,

destacam-se: Escherichia coli (29,7%), Staphylococcus aureus (26,5%) e

Salmonella spp. (13,2%).

Tabela 1. Distribuição do Número de Surtos de DTA. Pernambuco, 2000-2009*

Ano Surtos Doentes Óbitos

2000 25 1186 0

2001 32 673 0

2002 40 670 0

2003 36 384 0

2004 58 600 0

2005 49 602 3

2006 72 469 0

2007 55 733 2

2008 55 1452 4

2009* 55 511 0

TOTAL 477 7280 9

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDTHA * Dados sujeitos à revisão

Page 41: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

41

MONITORAMENTO DAS DOENÇAS DIARRÉICAS AGUDAS

Reconhecida como um problema relevante na saúde pública, sendo uma

importante causa de morbimortalidade no Brasil, o Monitorização das Doenças

Diarréicas Agudas (MDDA) teve sua implantação em 1994, com o objetivo de

detectar precocemente alterações na saúde da população que se expressem por

mudanças na tendência das diarréias.

De acordo com o Ministério da Saúde a região mais atingida no período de

1996 a 2004 foi a Nordeste, a qual apresentou a maior proporção de óbitos por

diarréia aguda (9,0%) e os maiores gastos com internações hospitalares por esse

agravo.

Em Pernambuco, as doenças diarréicas agudas vêm sendo acompanhadas

desde o final dos anos 90 e, em 2007, foi implantado o Sistema informação da

Vigilância Epidemiológica das Doenças Diarréicas Agudas (SIVEP-DDA) que funciona

on-line. Em 2009 foi realizado treinamento com técnicos de todas regionais de

saúde do Estado e hoje, o sistema do SVEP- DDA é operacionalizado nessas

regionais via online.

Em 2007 foram registrados 217.770 casos, com uma maior freqüência na faixa

etária de maiores de 10 anos (45,1%) seguida da faixa de 1 a 4 anos(29,1%).

Quanto ao plano de tratamento, o plano A foi o mais freqüente (57,5%).

Em 2008 e 2009 foram registrados 234.461 e 248.440 casos, respectivamente,

com maior freqüência na faixa etária de 10 anos e mais e no plano de tratamento A.

Destaca-se ainda, uma maior concentração de casos entre os meses de fevereiro e

março no ano de 2010.

LEPTOSPIROSE

Em Pernambuco, no período de 1999 a 2009, ocorreram 3.218 casos e 407

óbitos. A taxa média anual de detecção foi de 3,6/100.000 habitantes. A

distribuição da doença, nesse período, evidenciou o comportamento epidêmico do

ano 2000 face ao aumento da precipitação pluviométrica, com média mensal entre

janeiro e setembro, de 269 mm de chuva, em contraposição aos anos 1999 e 2001.

Page 42: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

42

Nos últimos sete anos o número de casos da doença, em Pernambuco, não

apresentou grandes variações. A letalidade foi muito elevada em 1999 com taxa de

22,5 % e com tendência à redução ao longo do período, chegando, em 2008, a

6,9% (Figura 15).

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Nº Cas

os

0.0

5.0

10.0

15.0

20.0

25.0

Leta

lidad

e (%

)

Casos confirmados Letalidade

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDTHA * Dados sujeitos à revisão

Figura 15 - Leptospirose - Distribuição de casos e Letalidade em

Pernambuco, 1999-2010*

As precipitações pluviométricas que provocaram enchentes ocasionais, bem

como, os períodos de longa estiagem e a alternância dos índices de infestação de

roedores contribuíram para a sazonalidade, com a concentração de casos no período

de abril a agosto, época mais chuvosa no Estado (Figura 16).

Entre as Regionais de Saúde, observa-se a predominância de ocorrência da

doença na I Geres, com taxa de detecção de 4,5 e 4,8/100.000 habitantes em 2007

e 2009, respectivamente (Figura 17). Destacam-se nesta regional os municípios do

Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes que apresentam cerca de 67,0% dos

casos ocorridos nesse período.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

43

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

jan fev

mar ab

rm

ai jun jul ago se

tout

novdez

Ano

Cas

os

2004 2005 2006 2007 2008 2009

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDTHA

* Dados sujeitos à revisão

Figura 16 - Leptospirose - Distribuição mensal dos casos

confirmados. Pernambuco, 2001-2009*

0.0

1.0

2.0

3.0

4.0

5.0

6.0

GERES

Coe

f. D

etec

ção(

100.

000

hab)

2007 4.5 0.7 1.5 0.7 0.2 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.5

2008 4.0 0.6 0.4 1.2 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0

2009 4.8 0.7 1.1 0.6 0.2 0.3 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0

I II III IV V VI VII VIII IX X XI

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDTHA

* Dados sujeitos à revisão

Figura 17 - Leptospirose - Distribuição da taxa de detecção segundo

Gerência Regional de Saúde. Pernambuco, 2007-2009*

Page 44: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

44

A Figura 18 mostra o incremento na confirmação dos casos pelo critério

laboratorial, passando de 39,5%, em 2001, para 88,5 % em 2009.

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0%

Clín.Laboratorial 39,5 46,9 62,7 67,7 77,9 81,2 72,8 76,8 88,5

Clín. Epidemiológico 59,0 47,2 36,3 31,5 21,5 18,4 26,7 22,7 10,3

Ignorado 1,5 5,9 1,0 0,8 0,6 0,4 0,5 0,6 1,1

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDTHA

Dados sujeitos à revisão

Figura 18 - Leptospirose - Percentual dos casos segundo critério de

confirmação. Pernambuco, 2001- 2009*

Quanto à faixa etária e o sexo, a doença apresentou comportamento

semelhante ao encontrado no Brasil, atingindo mais o grupo etário de 20 a 49 anos

de idade e o sexo masculino (Figuras 19 e 20).

Page 45: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

45

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Ano

65 e +

50-64 ANOS

20-49 ANOS

10-19 ANOS

1-9ANOS

<1

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDTHA

* Dados sujeitos à revisão

Figura 19 – Leptospirose – Proporção de casos confirmados segundo faixa

etária. Pernambuco, 2001-2009*

0.0

10.0

20.0

30.0

40.0

50.0

60.0

70.0

80.0

90.0

100.0

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Período

%

Masculino Feminino

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDTHA * Dados sujeitos à revisão

Figura 20 - Leptospirose – Proporção de casos de confirmados segundo sexo.

Pernambuco, 1999-2009*

Page 46: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

46

HEPATITE A e E

As hepatites virais são um importante problema de saúde pública, apresentando

distribuição universal e magnitude que varia de região para região. A hepatite A e E

apresentam alta prevalência nos países com precárias condições sanitárias e

socioeconômicas.

No estado de Pernambuco, a taxa de detecção de hepatite A variou de 6,7 por 100

mil habitantes (2009) a 22,3 por 100 mil habitantes (2005) (Figura 21). Em relação

à hepatite E, no período analisado, apenas um caso foi notificado e confirmado.

13.311.9

14.1

17.9

22.3

15.3

9.0 8.96.7

0.7

0.0

5.0

10.0

15.0

20.0

25.0

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Período

Coe

f. D

etec

ção

(100

.000

hab

)

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA * Dados sujeitos à revisão

Figura 21 - Hepatite A – Coeficiente de detecção. Pernambuco, 2001-2010*

Page 47: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

47

ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS

OFIDISMO

Os acidentes ofídicos têm importância médica em virtude de sua grande

frequência e gravidade. O conhecimento da padronização atualizada de condutas de

diagnóstico e tratamento dos acidentados é imprescindível para evitar óbitos pelo

agravo.

Em Pernambuco, os dados apresentados na Figura 22 apontam uma

distribuição uniforme da ocorrência de acidentes por ofídios a partir do ano 2003.

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

OFIDISMO 211 357 587 770 602 678 768 794 703 582

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009*

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCZOE * Dados sujeitos à revisão Figura 22 - Ofidismo – Acidentes por ofídios. Pernambuco, 2000- 2009*

ESCORPIONISMO Os acidentes escorpiônicos são importantes em virtude da grande freqüência

com que ocorrem e da sua potencial gravidade, principalmente em crianças picadas.

No estado de Pernambuco, a Região Metropolitana do Recife concentra o

maior número de casos, sendo ocasionados pelo crescimento desordenado dos

espaços urbanos e problemas ambientais por ele causados.

Page 48: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

48

A Figura 23 indica um crescimento no número de acidentes até o ano de 2007

e uma discreta redução nos anos subseqüentes, tendo em vista o incremento nas

ações preventivas.

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

ESCORPIONISMO 545 860 1230 2185 3744 4361 6837 7087 5249 3439

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009*

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCZOE * Dados sujeitos à revisão

Figura 23 - Escorpionismo – Acidentes por escorpiões. Pernambuco, 2000- 2009*

ARANEISMO Os acidentes causados por aranhas não são comuns no estado de

Pernambuco. Porém, a introdução do homem em ambientes silvestres para

atividades econômicas ou de lazer e o processo de urbanização têm sido as

principais causas de acidentes neste Estado.

A análise da Figura 24 demonstra uma baixa ocorrência do agravo em

Pernambuco, porém a importância médica de algumas espécies requer agilidade e

habilidade para o tratamento dos acidentados.

Page 49: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

49

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

ARANEISMO 14 29 37 50 45 53 54 78 61 46

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009*

Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCZOE * Dados sujeitos à revisão

Figura 24 - Araneismo – Acidentes por aranhas. Pernambuco, 2000- 2009*

Page 50: Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres ...

Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

50

ATRIBUIÇÕES DO GRUPO DE TRABALHO

COMPONENTE 1. VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL

VIGIDESASTRES

Nívia Carla Lima

31816079

• Acompanhar os alertas de chuvas, decretos de situação de emergência e estado de calamidade, instituídos nos municípios;

• Manter o contato com a CODECIPE para atualização de informações sobre desastres ocorridos nos municípios;

• Acionar os setores envolvidos na SES para desencadear apoio às ações de resposta nos municípios atingidos;

• Entrar em contato com a CGVAM/MS para solicitação dos Kits emergenciais de medicamentos para distribuição aos municípios afetados;

• Orientar as áreas técnicas para ações de resposta conforme avaliação de comprometimento dos recursos dos municípios frente aos desastres;

• Orientar ações de controle da qualidade da água para consumo em situações de comprometimento da rede de abastecimento;

• Orientar após avaliação de risco a distribuição de hipoclorito de sódio e as orientações para o uso nos locais afetados;

• Colaborar com a Defesa Civil no gerenciamento de abrigos, com avaliação dos locais em conjunto com a Vigilância Sanitária;

• Identificar por meio de relatórios fornecidos pelos órgãos competentes (municipais e estaduais), áreas com estrutura danificada pelas inundações que oferecem risco de acidentes à população próxima da área afetada;

• Avaliar áreas críticas, utilizando os seguintes critérios: o Áreas com histórico anterior de

desabamentos/enchentes; o Populações que vivem em encostas e próximos a

cursos d’água; o Adensamentos populacionais (favelas, ocupações); o Mapas de risco social, quando disponível;

• Avaliar se a inundação afetou ou afetará áreas industriais, depósitos de produtos químicos, estabelecimentos que comercializam agrotóxicos ou outros produtos químicos, gerando riscos à saúde;

• Identificar sistemas de disposição final de resíduos urbanos e industriais (lixão, aterros, áreas de transbordo) atingidas pelas enchentes, que possam acarretar riscos químicos e/ou biológicos.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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VIGIÁGUA

Danielle Ferreira 31816079

• Participar no planejamento das ações emergenciais voltadas para a bacia hidrográfica e manancial de abastecimento público das áreas afetadas;

• Intensificar a vigilância da qualidade da água para consumo humano nas áreas de risco, devido ao caráter emergencial priorizando as análises de cloro residual e E. coli ou coliformes termotolerantes, conforme as orientações da Portaria/MS n.º 518/2004;

• Disponibilizar kits para medição de cloro residual; • Avaliar a necessidade de aumentar a concentração de cloro

residual e elevar a pressão do sistema de abastecimento de água;

• Indicar outras fontes seguras de abastecimento de água, destacando-se que a utilização de caminhões-pipa deverá estar em conformidade com a Portaria/MS n.º518/2004 e obedecendo às normas sanitárias;

• Assegurar o acesso ao hipoclorito de sódio a 2,5% para desinfecção caseira da água para consumo humano;

• Apoiar os municípios na divulgação sobre os procedimentos de limpeza e desinfecção das caixas d’ água;

• Orientar os responsáveis pela operação dos sistemas de abastecimento público e soluções alternativas coletivas, para elaborar um plano emergencial de monitoramento da qualidade da água no período de contingência, visando assegurar a manutenção adequada do sistema de abastecimento;

• Informar aos responsáveis pelos sistemas de Esgotamento Sanitário sobre a necessidade de: consertos de tubulação, desentupimento de galerias, drenagem e limpeza de estações de tratamento, cloração e desinfecção de efluentes, construção de instalações sanitárias nos acampamentos e abrigos temporários;

• Monitorar a água para risco de contaminantes químicos (agrotóxicos, metais pesados), caso a inundação atinja áreas industriais, depósitos ou estabelecimentos comerciais que possam conter estes produtos;

• Indicar a utilização de soluções alternativas de abastecimento, no caso de algum manancial normalmente utilizado ter sido contaminado por substâncias perigosas;

ZOONOSES E ENDEMIAS

Nara Arruda 31816391

• Orientar as unidades de controle de zoonoses municipais para o manejo adequado dos cadáveres de animais, tanto no transporte quanto para o destino final;

• Orientar as ações previstas nos programas de controle de doenças transmitidas por vetores principalmente nas áreas de acampamentos, abrigos e áreas de adensamento populacional como forma de evitar a proliferação de roedores, mosquitos e outros vetores.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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COMPONENTE 2. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

CIEVS

Maria Luiza Melo 31816053

08002813041

• Identificar emergências epidemiológicas, de modo contínuo e sistemático, por meio de notificação telefônica (Disque-Notifica), eletrônica (E-notifica) e mineração de informações nos principais meios de comunicação (Clipping Cievs);

• Receber a comunicação do evento, sendo o ponto focal intersetorial da SES;

• Coletar, consolidar, monitorar e disseminar as informações desses eventos entre os gestores e Rede CIEVS;

• Mobilizar as áreas técnicas para desenvolver suas atribuições em relação ao Plano de Contingência;

• Coordenar as ações de resposta frente às necessidades identificadas;

• Prestar apoio técnico, presencial e/ou virtual nas respostas às emergências em saúde pública;

• Convocar áreas técnicas afins para auxiliar no desenvolvimento das ações emergenciais;

• Acompanhar sistemas de alerta e alarme.

COORDENAÇÃO DE DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA E ALIMENTAR

Lucilene Aguiar 31816527 94884257

Nancy Senna

31816250

• Intensificar as ações de Vigilância Epidemiológica das Doenças de Veiculação Hídrica e Alimentar (Cólera, Botulismo, Doenças Diarréicas Agudas, Febre Tifóide, Leptospirose e Surtos de Doenças de Transmissão hídrica e Alimentar- DTHA);

• Garantir a distribuição de material educativo com ênfase na:

o Higiene pessoal e coletiva; o Tratamento da água; o Condutas e recomendações relacionadas às DTHA e

outros. • Acompanhar a reserva estratégica de hipoclorito de sódio a

2,5%, orientando a dispensação de acordo com a necessidade local;

• Apoiar a investigação de surtos e aglomerado de óbitos de doenças de veiculação hídrica e alimentar;

• Intensificar a monitorização das Doenças Diarréicas Agudas - MDDA, detectando oportunamente aglomerado de casos e óbitos.

COMPONENTE 3. PROGRAMA ESTADUAL DE IMUNIZAÇÕES

Coordenação PNI

Ana Catarina de Melo 31844000 34415184 94882654

• Orientar as Secretarias Municipais de Saúde nas recomendações específicas sobre vacinação em caráter emergencial;

• Disponibilizar insumos necessários para prover a rede de frio, caso haja aumento de demanda;

• Organizar a distribuição de insumos estratégicos conforme as necessidades locais.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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COMPONENTE 4. SAÚDE MENTAL

Coordenação GASAM

Marcela Lucena 31816182

• Articular em conjunto com a área da assistência à saúde das secretarias municipais, direcionando o atendimento às pessoas vítimas de trauma e estresse decorrentes dos desastres de origem natural.

COMPONENTE 5. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Superintendência de

Asssitência Farmacêutica

José Arimatéia Rocha 31844011 31844004 94882659

SAÚDELOG Maria Trindade

Ângelo Maranhão

• Receber o material disponibilizado pelo Ministério da Saúde e mobilizar as Regionais de Saúde para buscar na central SAÚDELOG;

• Articular com a CODECIPE a distribuição de insumos, quando necessário;

• Em situação emergencial demandar ao almoxarifado central solicitação de empresa de logística para garantir a distribuição rápida dos insumos necessários para as Regionais de Saúde;

• Organizar esquema para possível demanda em final de semana;

• Descrever a capacidade de armazenamento e estratégia de distribuição de material, quando necessário;

• Articular com o LAFEPE a compra e dispensação de medicamentos em caráter emergencial.

COMPONENTE 6. ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Diretoria de Assistência Regional

Ana Lúcia Ávila 31816

94884244

Carol Lemos 94884270

Média Complexidade – Nível Regional

• Identificar Unidades de Saúde em condições de atendimento e acesso à população afetada (Unidades Públicas e Conveniadas);

• Identificar hospitais de referência para os casos que necessitem de cuidados intermediários na região ou em outras regionais próximas;

• Contratação, se necessário, de leitos das unidades privadas de saúde;

• Providenciar Kit de emergência de medicamentos e insumos para todos os agravos;

• Divulgar para a rede de assistência regional de saúde os fluxogramas de atendimento de doenças e agravos relacionados com os desastres de origem natural, preconizados pelo Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de Saúde

• Organizar escala de plantão dos profissionais para o atendimento hospitalar;

• Levantar necessidade de leitos para o atendimento aos principais agravos;

• Trabalhar em parceria com hospitais de campanha para o atendimento dos casos.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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Diretoria Geral de Assistência Integral à Saúde

Ivete Buril 31816407 94882661

Alta complexidade • Estabelecer locais para o atendimento hospitalar, bem

como fluxo de pacientes graves; • Identificar leitos para atendimento em Unidade de

Tratamento Intensivo; • Garantir leitos de retaguarda para pacientes agudos e

crônicos; • Garantir terapia renal substitutiva independente do local de

residência do doente; • Garantir medicamentos e insumos para as principais

gravidades; • Monitorar permanentemente a disponibilidade de leitos de

retaguarda; • Garantir notificação dos casos de doenças de notificação

compulsória; • Garantir profissionais para os atendimentos emergenciais

de gravidade; • Manter nos hospitais de referência estoques estratégicos de

soro contra tétano e soro contra animais peçonhentos;

COMPONENTE 7. ATENÇÃO PRIMÁRIA Superintendência de Atenção Primária

Rodrigo Lima

31816445 94882677

• Mobilizar as equipes de saúde da família para atendimento à

população afetada; • Realizar mapeamento situacional das famílias; • Realizar levantamento dos desabrigados e desalojados; • Realizar o monitoramento da situação de saúde nos abrigos; • Articular com os equipamentos sociais dos territórios

atingidos pelas enchentes; • Organizar as ações de imunização; • Realizar ações de educação em saúde com os seguintes

temas: o Cuidado com os alimentos; o Tratamento de água e higienização dos alimentos

com hipoclorito de sódio; o Segurança alimentar e nutricional; o Doenças Infecciosas- dengue, leptospirose, cólera,

tétano, hepatite; o Prevenção de acidentes por animais peçonhentos; o Prevenção de doenças diarréicas agudas; o Prevenção do tétano acidental; o Cuidado com o ambiente e higiene pessoal nos

abrigos; o Orientações para facilitar o convívio coletivo.

- Garantir a notificação de doenças/agravos de doenças de notificação compulsória pelas equipes de saúde da família;

• Realizar a avaliação de danos na rede de atenção primária.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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COMPONENTE 8. VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Gerência Geral/APEVISA

Jaime Brito 31816425 31816424 94884600

• Orientar as VISAS regionais na articulação com as VISAS

municipais, visando à supervisão dos trabalhos e o apoio à vigilância ambiental do nível central;

• Orientar as VISAS municipais no gerenciamento da situação sanitária dos abrigos;

• Elaborar o diagnóstico sanitário dos municípios em situação de risco para enchentes e inundações, no tocante ao saneamento básico (água, esgoto), resíduos sólidos, drenagem, serviços de saúde; comércio e centrais de acondicionamento/ descarte de embalagens de agrotóxicos e afins (produtos utilizados no controle de vetores e animais sinantrópicos), licenciadas e clandestinas;

• Monitorar a qualidade da água potável distribuída emergencialmente, por meio de barreiras sanitárias verificando os carros-pipa, credenciados pelo Exército, Prefeituras Municipais, entre outros;

• Garantir a coleta e o envio de amostras de alimentos e medicamentos para análise laboratorial, quando necessário;

• Prover insumos para a realização de procedimentos (coletas, envio de amostras, análises, kits de medição de cloro residual) em apoio às Regionais de Saúde e municípios.

COMPONENTE 9. LACEN

Diretoria Geral de

Laboratórios Públicos Terezinha Tabosa

31816417 94884201

Gerência de Diagnóstico

Laboratorial de Vigilância Sanitária e

Ambiental Ângela Figueiroa

31816312 94884201

Coordenação de Diagnóstico das Doenças de

Notificação Rápida e Agravos Inusitados

Deise Gomes 31816318

• Garantir o aporte laboratorial para confirmação diagnóstica, orientando a coleta, fluxo de encaminhamento de amostras e resultados dos laboratórios de Virologia, Imunologia, Endemias, Parasitologia, Bacteriologia, Bromatologia, Ambiente, Toxicologia e Medicamentos;

• Garantir a distribuição dos seguintes insumos para a coleta de amostras clínicas, água, ambiente e alimentos: Swab Cary Blair para amostras fecais, recipientes contendo meio de cultura e de conservação para pesquisa de Vibrio, Cianobactérias e mercúrio em água;

• Comunicar por meio das áreas técnicas e do Núcleo de Epidemiologia do LACEN às Coordenações dos agravos e CIEVS estadual, de forma efetiva, informações relacionadas aos diagnósticos laboratoriais de saúde pública, independentemente de constar na lista nacional de agravos de notificação compulsória;

• Notificar os eventos que possam constituir emergência, caso incomum ou inesperado que pode ter grave impacto sobre a saúde pública.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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COMPONENTE 10. IMPRENSA

Gestão de Comunicação Interna Mariana Nepomuceno

31840065

• Monitorar a situação de adoecimento da população em virtude de enchentes e inundações, junto à Vigilância Epidemiológica, para avaliar estratégias de comunicação adequadas (envio de pautas, coletivas de imprensa e ações de mobilização social);

• Criar material educativo/informativo para disponibilização em internet, inclusive para a impressão;

• Manter interface com a Ouvidoria; • Produzir boletins diariamente e disseminar por meio da

mídia as informações de saúde relacionadas ao evento (desastre de origem natural);

• Orientar a população sobre as doenças/agravos decorrentes dos desastres de origem natural;

• Monitorar rumores na mídia e divulgar notas de esclarecimento;

• Definir, em conjunto, com os componentes do Plano de Contingência os porta-vozes para atender a imprensa;

• Estabelecer parcerias com empresas de comunicação (portais de internet, veículos de imprensa, operadores de telefonia, entre outros) para dar suporte à divulgação de informações úteis à sociedade;

• Informar sobre a suspensão das medidas adotadas emergencialmente e as medidas de retorno à normalidade.

COMPONENTE 11. OUVIDORIA SES Superintendência de

Ouvidoria Jadiael Souza

31840001 94882685

• Divulgar conforme sua abrangência de atuação as orientações técnicas da SES à população em geral;

• Colaborar na notificação de eventos repassando imediatamente qualquer comunicação advinda da população;

• Colaborar com a Vigilância em Saúde repassando informações advindas da população quanto ao atendimento na rede de saúde (falta de soros, atendimento precário, remoções desnecessárias, entre outros.)

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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ANEXOS

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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ANEXO A

Fluxograma – Notificação, Verificação, Resposta e Monitoramento dos Desastres

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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ANEXO B

INSTRUMENTOS

AVALIAÇÃO DE DANOS EM SAÚDE RELACIONADOS COM DESASTRES

DECORRENTES DO PERÍODO DE INVERNO

1. Dados Gerais

NATUREZA DO DESASTRE

MUNICÍPIO AFETADO

DECRETO DE SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA SIM ( ) NÃO ( )

DATA DO DECRETO

DATA DA AVALIAÇÃO

RESPONSÁVEL PELA AVALIAÇÃO

2. Agravos identificados relacionados com o evento

Agravos Faixa Etária Total

<1

ano

1 a 14

anos

15 a

64

anos

Acima

de 65

anos

Diarréia

Hepatite A

Leptospirose

Febre Tifóide

Acidentes com animais

SECRETARIA DE SAÚDE DE PERNAMBUCO SECRETARIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

DIRETORIA GERAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E AMBIENTAL

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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peçonhentos

Agressões por cão ou

gato

Dengue

* Outras

*Especificar:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

____________________

3. Número de pessoas feridas e óbitos relacionados com o evento

Grau das

lesões

Faixa etária Total

0 a 14 anos 15 a 64

anos

Acima de

65 anos

Ferimentos

leves

Ferimentos

graves

Óbitos

4.4.4.4. Danos à rede de saúde

Tipo de

Instituição*

Quantidad

e

Natureza Estrutura Custo

Estimado

para

recuperação

( ) Pública

( ) Privada

( )

Danificada

( ) Destruída

( ) Pública

( ) Privada

( )

Danificada

( ) Destruída

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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( ) Pública

( ) Privada

( )

Danificada

( ) Destruída

( ) Pública

( ) Privada

( )

Danificada

( ) Destruída

( ) Pública

( ) Privada

( )

Danificada

( ) Destruída

*Postos de Saúde, Policlínicas, Maternidade, Hospital, Almoxarifado, Asilos

de idosos, entre outros.

5.5.5.5. Estabelecimentos afetados

Tipo de Estabelecimento* Quantidad

e

Natureza Estrutura

( ) Pública

( ) Privada

( ) Danificada

( ) Destruída

( ) Pública

( ) Privada

( ) Danificada

( ) Destruída

( ) Pública

( ) Privada

( ) Danificada

( ) Destruída

( ) Pública

( ) Privada

( ) Danificada

( ) Destruída

( ) Pública

( ) Privada

( ) Danificada

( ) Destruída

( ) Pública

( ) Privada

( ) Danificada

( ) Destruída

*Escolas, Mercados públicos, Restaurantes, Lanchonetes, Armazéns de

alimentos, Indústrias, entre outros.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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6. Serviços essenciais danificados

Tipo de serviço Comunidade atendida

Observações

Sistema de tratamento de água

Rede de distribuição de água

Estação de tratamento de esgoto

Rede Coletora de Esgoto

Depósito de lixo

Rede Elétrica

7 . Danos ambientais gerados com o evento

Danos ambientais Localização Observações

Erosão do solo

Deslizamento de

encostas

Destruição de

vegetação

Contaminação de águas

por resíduos sólidos

Contaminação de água

por resíduos químicos

*Anexar fotos

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Relatórios sobre Vigilância à Saúde Frente às Inundações

Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco Secretaria de Vigilância em Saúde Diretoria Geral de Vigilância Epidemiológica e Risc os Ambientais Relatório sobre Vigilância à Saúde Frente às Inunda ções 1. Regional de Saúde: 2. Data: 3. Responsável pelo preenchimento: 4. Informações Gerais

Nº Município Nome do Abrigo Endereço Nº Desabrigad os Nº Doentes 1

2 3

4 5

6

7 8

9 10

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco Secretaria de Vigilância em Saúde Diretoria Geral de Vigilância Epidemiológica e Risc os Ambientais Relatório sobre Vigilância à Saúde Frente às Inunda ções 1. Regional de Saúde: 2. Data: 3. Responsável pelo preenchimento: 4. Condições Gerais dos Abrigos inspecionados

Nº Nome do Abrigo Estrutura Física* Condições de Hi giene** Equipe de PSF/PACS***

1 2 3 4 5 6 7 8 9

10 *Nº de banheiros; cozinha (higiene,água potável, destino do lixo, estrutura para armazenamento e processamento dos alimentos) **Adequada ou inadequada *** Visita da equipe PSF/PACS (frequência)

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco Secretaria de Vigilância em Saúde Diretoria Geral de Vigilância Epidemiológica e Risc os Ambientais Relatório sobre Vigilância à Saúde Frente às Inunda ções 1. Regional de Saúde: 2. Data: 3. Responsável pelo preenchimento: 4. Problemas Encontrados e Soluções Nº Nome do Abrigo Problemas Encontrados Soluções Pr opostas Responsável 1 2 3 4 5 6 7 8 9

10

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ANEXO C

ORIENTAÇÕES TÉCNICAS ÀS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE

Com a ocorrência de inundações surge a preocupação com o aparecimento de doenças. Nesse sentido, a presente nota técnica visa orientar os municípios quanto às possíveis conseqüências das enchentes relacionadas à ocorrência das doenças transmissíveis, e quanto às medidas de controle pertinentes a cada situação.

DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA

Freqüentemente as enchentes levam a contaminação das redes públicas de abastecimento, pela entrada de água poluída nos pontos de vazamento da rede, além da interrupção temporária das atividades das estações de tratamento. Como o consumo de água é uma necessidade básica, muitas vezes a população acaba utilizando água contaminada, expondo-se ao risco de diarréia, cólera, febre tifóide e hepatites A e E.

A cólera e as demais doenças diarréicas agudas têm período de incubação curto, variando de algumas horas a até cinco dias. O período de incubação da febre tifóide é, em média, de 15 dias e das hepatites A e E é de 30 dias, podendo ter conseqüências mais tardias nas inundações. Recomendações • Evitar que a população consuma água inadequada, por meio da adoção de

medidas emergenciais, tais como: � Educação em saúde e distribuição de hipoclorito de sódio a 2,5% (02

gotas por litro de água) para desinfecção da água para beber, � Outros produtos a base de cloro, autorizados para o tratamento da

água e registrados no Ministério da Saúde, poderão ser utilizados, observando-se atentamente as orientações contidas no rótulo do produto;

• Orientar o tratamento da água para consumo humano por meio da ebulição (fervura), durante cinco minutos. Este método de desinfecção é eficaz, contudo, por ser um procedimento oneroso, recomenda-se em situações de urgência e na falta de outro método de desinfecção, a utilização do hipoclorito;

• Intensificar o monitoramento da qualidade da água para consumo humano nas áreas atingidas;

• Monitorar, diariamente, as doenças diarréicas agudas (MDDA) para a identificação de mudanças no perfil epidemiológico das diarréias nas áreas afetadas;

• Estar em alerta para a possibilidade de ocorrência de surtos de hepatites e febre tifóide, garantindo os meios para o diagnóstico e tratamento dos casos;

Distribuir Soro de Reidratação Oral e orientar à população para seu uso em casos de diarréia aguda.

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LEPTOSPIROSE

Uma das principais ocorrências epidemiológicas após as inundações é o aparecimento de casos ou surtos de leptospirose que é transmitida aos seres humanos pelo contato com água ou lama contaminados pela urina de animais portadores, principalmente roedores domésticos (ratazanas, ratos de telhado e camundongos). Este contato ocorre durante e imediatamente após as enchentes, quando as pessoas retornam à suas residências e procedem à limpeza e remoção da lama e outros detritos.

Todos os municípios atingidos por inundações devem ficar em alerta para a ocorrência da leptospirose, disseminando informações técnicas para os serviços de saúde e alertando a população acerca dos mecanismos de transmissão e das ações de prevenção e controle. O objetivo primário é garantir que a suspeita diagnóstica, os exames sorológicos e o tratamento sejam instituídos precocemente, visando à redução da mortalidade por esta doença, além de diminuir ao máximo a exposição da população posteriormente.

Não existe uma vacina eficaz e disponível comercialmente contra a leptospirose, mas por ser uma doença tratável, a ação oportuna das secretarias municipais de saúde pode evitar muitos óbitos e prevenir em boa parte o surgimento de novos casos.

As secretarias municipais de saúde devem alertar todos os serviços de saúde do município quanto à probabilidade de ocorrer um surto de leptospirose. O período de incubação da doença vai de 1 a 30 dias após o contato com o agente infeccioso. O Ministério da Saúde define como caso suspeito de leptospirose o indivíduo com febre, cefaléia e mialgia, que atenda a, pelo menos, um dos critérios: Critério 1 – Antecedentes epidemiológicos sugestivos nos últimos 30 dias anteriores à data de início dos sintomas:

• Exposição a enchentes, alagamentos, lama ou coleções hídricas; • Exposição acidental a esgoto, fossa, lixo e entulho; • Vínculo epidemiológico com caso confirmado por critério laboratorial, • Residir ou trabalhar em áreas de risco para leptospirose;

Áreas de risco: áreas determinadas pela vigilância epidemiológica a partir da análise da distribuição espacial e temporal de casos de leptospirose, bem como dos fatores de risco envolvidos. Critério 2 - Pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas:

• Sufusão conjuntival; • Sinais de insuficiência renal aguda; • Icterícia e/ou aumento de bilirrubinas; • Fenômeno hemorrágico.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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Caberá a Defesa Civil do município a vistoria das áreas atingidas pela inundação com o objetivo de determinar as características da área e a população atingida.

As equipes de vigilância epidemiológica e de saúde da comunidade (as equipes da saúde da família, agentes comunitários de saúde e agentes de endemias) deverão verificar o tempo de exposição, no intuito de gerar estratégias para o atendimento de doentes, articulando-se com as demais áreas técnicas para garantir o atendimento aos doentes, e para promoção de ações de comunicação e educação em saúde.

Todo indivíduo que se encaixe na definição de caso suspeito de leptospirose deverá ser registrado no Sistema de Informação de Agravos de Notificação- Sinan através da Ficha de Notificação e Investigação de Leptospirose, e submetido à coleta de amostra sangüínea para exame sorológico de leptospirose, dentro do prazo preconizado (a partir do 7º dia dos 1os sintomas da doença). Este paciente deverá ser acompanhado em caráter ambulatorial, dependendo do seu estado geral, para avaliação, conforme Algoritmos I e II (Síndrome Febril Aguda Suspeita de Leptospirose e Condutas no Primeiro Atendimento Com Presença dos Sinais de Alerta).

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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Assistência

Garantir medicação para o tratamento dos casos ambulatoriais (antibióticos e sintomáticos) e o encaminhamento dos casos graves para os hospitais de referência, cujos fluxos devem ser estabelecidos o mais prontamente possível, para facilitar a internação e o atendimento adequado desses casos, conforme Fluxogramas de Atendimento (Algoritmo I).

Secretaria de Saúde de

Pernambuco

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

71

Secretaria de Saúde de Pernambuco

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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Promover ações de Informação, Comunicação e Educação em Saúde (IEC): Devem ser priorizadas informações básicas acerca das medidas gerais de

prevenção e controle de doenças na vigência de enchentes, com destaque para as ações específicas contra a leptospirose. É de fundamental importância o envolvimento de todas as instâncias intra e interinstitucionais, visando atingir todas as parcelas da população, em linguagem clara e acessível. Vigilância Ambiental

Na situação de enchentes ou inundações, a vigilância ambiental deve promover o controle da população de roedores com medidas de antirratização, visando eliminar as condições que propiciam a sua sobrevivência e proliferação de roedores: alimento, água e abrigo. O manejo adequado do lixo, o correto armazenamento dos alimentos, a limpeza de terrenos baldios e a retirada de entulhos, a recuperação de instalações de água potável, águas pluviais e esgotos, bem como a correção de vãos, aberturas e orifícios pelos quais os roedores transitam, são medidas fundamentais e que devem ser tomadas por toda a população.

O controle de roedores mediante a utilização de raticidas, para ser realmente eficaz, deve ser baseado em ações realizadas pelo menos 60 a 90 dias antes da época de chuvas. Na época de enchentes e inundações, na maior parte das vezes, o uso de raticidas é contra-indicado, pois as condições ambientais (água, lama, deslizamentos) geralmente inutilizam o produto.

Excepcionalmente, visando um controle rápido em “cinturões”, áreas delimitadas e de alto risco de leptospirose, após uma inspeção técnica criteriosa indicando condições favoráveis, pode-se utilizar o raticida de formulação “bloco impermeável”. Esta formulação é utilizada em locais onde o teor de umidade é alto, como galerias subterrâneas de esgoto, de águas pluviais e áreas de inundações. Os blocos não devem ficar em contato direto com água ou lama, pois vão decompor-se rapidamente. A repetição e a periodicidade das aplicações vão depender de avaliações subseqüentes de técnicos devidamente treinados.

Fundamental mesmo é que, após as águas baixarem, deve-se proceder à limpeza da lama residual das enchentes e desinfecção de domicílios com solução de água sanitária (para um balde de 20 litros de água adicionar 01 copo de água sanitária), a qual mata as leptospiras, diminuindo de maneira drástica as chances de infecção pela mesma.

DOENÇAS DE TRANSMISSÃO RESPIRATÓRIA

O deslocamento da população de suas residências e a estada temporária em alojamentos e abrigos, com uma grande quantidade de pessoas convivendo em um mesmo espaço, pode favorecer a disseminação de doenças de transmissão respiratória.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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Recomendações • Orientar os responsáveis pelos abrigos para que se mantenham em alerta no sentido de encaminhar para assistência médica imediata todos os casos de síndromes febris que possam vir a ocorrer na população sob sua responsabilidade. • Para evitar o surgimento de surtos de difteria ou coqueluche dentro dos abrigos, e havendo a impossibilidade de verificação do estado vacinal no cartão de vacina, recomenda-se a vacinação exclusivamente destas populações, com a utilização das seguintes vacinas: - Vacina tríplice bacteriana (DPT – difteria, coqueluche e tétano) para as crianças abaixo de7 anos de idade – uma dose de reforço; - Vacina dupla bacteriana (dT – difteria e tétano) – para crianças de 7 anos ou mais e para toda a população adulta – uma dose de reforço. OBS: Na seqüência, os serviços de saúde locais deverão avaliar, caso a caso, se existe a necessidade de completar o esquema de vacinação, conforme calendário preconizado pelo Ministério da Saúde. DOENÇAS TRANSMITIDAS POR OUTRAS VIAS

As inundações propiciam a ocorrência de acidentes com ferimentos, levando ao aumento do risco de contaminação pelo bacilo do tétano, o qual está presente na natureza, no solo, na poeira e nas fezes de alguns animais.

As Secretarias Municipais de Saúde devem: • Orientar a população acerca das medidas básicas de prevenção do tétano bem como acerca da importância de que se mantenha atualizado o esquema de vacinação. Para que o indivíduo se imunize são necessárias, pelo menos, três doses do toxóide tetânico, presente na vacina tríplice bacteriana (DTP e DTPa), dupla adulto (dT) e dupla infantil (DT). • Prover condições para que todas as pessoas, crianças e adultos, que sofrerem ferimentos venham a receber criteriosa avaliação clínica por profissional de saúde capacitado, com os cuidados necessários de limpeza e antissepsia; em todos os casos deverá ser avaliada também se existe a necessidade de ministrar ao paciente uma dose de reforço ou mesmo do esquema de vacinação completo contra o tétano. • Organizar vacinação contra o tétano das pessoas colocadas em alojamentos comunitários (abrigos), conforme recomendado no item acima “doenças de transmissão respiratória”. • Importante: Não se recomenda vacinação em massa contra o tétano em situações de inundação. ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS

Informações técnicas sobre diagnóstico e tratamento podem ser obtidas no Manual de Diagnóstico e Tratamento dos Acidentes por Animais Peçonhentos, disponível na página eletrônica da Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde.

As Secretarias Municipais de Saúde devem: • Alertar todos os serviços de saúde do município quanto à probabilidade de

ocorrer um aumento no número de acidentes por animais peçonhentos nos meses quentes e chuvosos.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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• Vistoriar os locais atingidos pela inundação, com o objetivo de determinar as áreas com maior risco de acidentes por animais peçonhentos, com base na identificação dos animais encontrados.

• Em caso de inundações os locais mais arborizados representam maior risco por que os animais procuram a copa das árvores para abrigar-se.

• Vistoriar constantemente os locais utilizados para alojar os desabrigados (escolas, ginásios, galpões, igrejas) à procura de animais peçonhentos.

• Informar a população acerca dos locais onde é realizado o tratamento soroterápico e garantir o atendimento imediato dos casos (soros antipeçonhentos e sintomáticos) bem como o encaminhamento dos casos graves para os hospitais de referência.

• Difundir informação e educação em saúde, priorizando as medidas de prevenção e os primeiros socorros. É de fundamental importância o envolvimento de todas as instâncias intra e interinstitucionais, visando atingir todas as parcelas da população em linguagem clara e acessível.

• Promover o controle da população de roedores e baratas, visando eliminar as condições que propiciam a sobrevivência destes animais: alimento, água, abrigo e o acesso. O manejo adequado do lixo, o correto armazenamento dos alimentos, a limpeza de terrenos baldios e a retirada de entulhos são medidas fundamentais e que devem ser tomadas por toda a população.

VACINAÇÃO

Programa Estadual de Imunizações – PNI/PE

Este programa cumpre as diretrizes do Programa Nacional de Imunizações – PNI do Ministério da Saúde, cujo objetivo principal é o controle e / ou erradicação das doenças preveníveis por vacinas.

A imunização ativa é, pois o seu foco prioritário. Diante de algumas situações, utiliza a imunização passiva (soros heterólogos e / ou imunoglobulinas humanas).

As vacinas são substâncias que contêm antígenos específicos, que quando introduzidos no organismo, são capazes de despertar resposta igualmente específica contra aquele antígeno administrado, e assim, propiciando proteção contra a doença correspondente.

Entretanto, para que isso ocorra, são necessários vários dias, o que em geral ultrapassa o período de incubação da doença. Acrescente-se a isso, o fato de que algumas vacinas exigem, mais de duas doses para que seja alcançado um nível protetor, como por exemplo, a vacina contra difteria, tétano, entre outras, e o intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias.

Compreende-se, portanto, que o benefício propiciado pela vacinação, não se coaduna com as situações de desastres, no sentido de ofertar uma proteção rápida e eficaz contra as doenças.

A atividade de vacinação é diária e permanente, podendo desse modo, ser exercida nos abrigos onde se encontram os desabrigados das enchentes, como uma forma de iniciar, prosseguir ou concluir, esquema de vacinação.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇA

IDADE VACINA DOSE DOENÇAS EVITADAS

Ao nascer BCG-ID Dose única Formas graves da Tuberculose

Contra Hepatite B (1) 1ª dose Hepatite B

1 mês Contra Hepatite B 2ª dose Hepatite B

2 meses

Tetravalente (DTP + Hib) (2) 1ª dose

Difteria, Tétano, Coqueluche,

Meningite e outras infecções por

Haemophilus influenzae tipo b

VOP (Vacina Oral contra a

Poliomielite) 1ª dose Poliomielite ou Paralisia Infantil

VORH (Vacina Oral de Rotavírus

Humano) (3) 1ª dose Diarréia por Rotavírus

4 meses

Tetravalente (DTP + Hib) 2ª dose

Difteria, Tétano, Coqueluche,

Meningite e outras infecções por

Haemophilus influenzae tipo b

VOP (Vacina Oral contra a

Poliomielite ) 2ª dose Poliomielite ou Paralisia Infantil

VORH (Vacina Oral de Rotavírus

Humano) (4) 2 ª dose Diarréia por Rotavírus

6 meses

Tetravalente (DTP + Hib) 3ª dose

Difteria, Tétano, Coqueluche,

Meningite e outras infecções por

Haemophilus influenzae tipo b

VOP (Vacina Oral contra a

Poliomielite) 3ª dose Poliomielite ou Paralisia Infantil

Contra Hepatite B 3ª dose Hepatite B

9 meses Contra Febre Amarela (5) Dose inicial Febre Amarela

12 meses SCR (Tríplice Viral) Dose única Sarampo, Caxumba e Rubéola

15 meses

DTP (Tríplice Bacteriana) 1º reforço Difteria, Tétano, Coqueluche

VOP (Vacina Oral contra a

Poliomielite) Reforço Poliomielite ou Paralisia Infantil

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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4 - 6 anos DTP (Tríplice Bacteriana) 2º reforço Difteria, Tétano, Coqueluche

SCR (Tríplice Viral) Reforço Sarampo, Caxumba e Rubéola

10 anos Contra Febre Amarela Reforço Febre Amarela

(1)

A primeira dose da vacina contra Hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12 horas de

vida do recém-nascido. O esquema básico se constitui de 3 (três) doses, com intervalos de 30 dias da

primeira para a segunda dose e 180 dias da primeira para a terceira dose.

(2)

O esquema de vacinação atual é feito aos 2, 4 e 6 meses de idade com a vacina Tetravalente e dois reforços

com a Tríplice Bacteriana (DTP). O primeiro reforço aos 15 meses e o segundo, entre 4 e 6 anos.

(3) É possível administrar a primeira dose da Vacina Oral de Rotavírus Humano a partir de 1 mês e 15 dias a 3

meses e 7 dias de idade (6 a 14 semanas de vida).

(4) É possível administrar a segunda dose da Vacina Oral de Rotavírus Humano a partir de 3 meses e 7 dias a 5

meses e 15 dias de idade (14 a 24 semanas de vida). O intervalo mínimo preconizado entre a primeira e

segunda dose é de 4 semanas.

(5) A vacina contra Febre Amarela está indicada para crianças a partir dos 9 meses de idade, que residam ou que

irão viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF), área de

transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns

municípios dos estados: BA, ES e MG). Se viajar para áreas de risco, vacinar contra Febre Amarela 10 (dez)

dias antes da viagem.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO ADOLESCENTE (1)

IDADE e INTERVALO

ENTRE AS DOSES VACINA DOSE DOENÇAS EVITADAS

De 11 a 19 anos (na

primeira visita ao

serviço de saúde)

Contra Hepatite B 1ª dose Hepatite B

dT (Dupla tipo adulto) (2) 1ª dose Difteria e Tétano

Contra Febre Amarela (3) Reforço Febre Amarela

SCR (Tríplice Viral) (4) Dose única Sarampo, Caxumba e Rubéola

1 mês após a 1ª

dose contra Hepatite

B

Contra Hepatite B 2ª dose Hepatite B

6 meses após a 1ª

dose contra Hepatite

B Contra Hepatite B 3ª dose Hepatite B

2 meses após a 1ª

dose contra Difteria

e Tétano

dT (Dupla tipo adulto) 2ª dose Difteria e Tétano

4 meses após a 1ª

dose contra Difteria

e Tétano

dT (Dupla tipo adulto) 3ª dose Difteria e Tétano

A cada 10 anos por

toda vida

DT (Dupla tipo adulto) (5) Reforço Difteria e Tétano

Contra Febre Amarela Reforço Febre Amarela

(1) Adolescente que não tiver comprovação de vacinação anterior, seguir este esquema. Se apresentar

documentação com esquema incompleto, completar o esquema já iniciado.

(2) Adolescente que já recebeu anteriormente 3 (três) doses ou mais das vacinas DTP, DT ou dT, aplicar uma

dose de reforço. É necessário doses de reforço da vacina a cada 10 anos. Em caso de ferimentos graves ou

gravidez, antecipar a dose de reforço para 5 (cinco) anos após a última dose. O intervalo mínimo entre as

doses é de 30 (trinta) dias.

(3) Adolescente que resida ou que irá viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC, RR, AM,

PA, GO e DF), área de transição (alguns municípios dos estados PI, BA, MG, SP, PR, SC E RS) e área de risco

potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Em viagem para essas áreas, vacinar 10 (dez) dias

antes da viagem.

(4) Adolescente que tiver duas doses da vacina Tríplice Viral (SCR) devidamente comprovada no cartão de

vacinação, não precisa receber esta dose.

(5) Adolescente grávida, que esteja com a vacina em dia, mas recebeu sua última dose há mais de 5 (cinco)

anos, precisa receber uma dose de reforço, a dose deve ser aplicada no mínimo 20 dias antes da data

provável do parto. Em caso de ferimentos graves, a dose de reforço deve ser antecipada para cinco anos após

a última dose.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO ADULTO E IDOSO

IDADE VACINAS DOSE DOENÇAS EVITADAS

A partir de

20 anos

dT (Dupla tipo adulto) (1) 1ª dose Contra Difteria e Tétano

Contra Febre Amarela (2) Dose inicial Contra Febre Amarela

SCR (Tríplice Viral) (3) Dose única Sarampo, Caxumba e Rubéola

2 meses após

a 1ª dose

contra

Difteria e

Tétano

dT (Dupla tipo adulto) 2ª dose Contra Difteria e Tétano

A cada 10

anos por toda

vida

dT (Dupla tipo adulto) (4) Reforço Contra Difteria e Tétano

Contra Febre Amarela Reforço Contra Febre Amarela

60 anos ou

mais

Influenza (5) Dose anual Contra Influenza ou Gripe

Pneumococo (6) Dose única Contra Pneumonia causada pelo

pneumococo

(1) A partir dos 20 (vinte) anos de idade gestantes, não gestantes, homens e idosos que não tiverem

comprovação de vacinação anterior, seguir o esquema acima. Apresentando documentação com

esquema incompleto, completar o esquema já iniciado. O intervalo mínimo entre as doses é de 30

(trinta) dias.

(2) Adulto/Idoso que resida ou que irá viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC,

RR, AM, PA, GO e DF), área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC E RS)

e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Em viagem para essas áreas,

vacinar 10 (dez) dias antes da viagem.

(3) A vacina tríplice viral - SCR (Sarampo, Caxumba e Rubéola) deve ser administrada em mulheres de 12

a 49 anos de idade que não tiverem comprovação de vacinação anterior e em homens até 39 (trinta e

nove) anos de idade.

(4) Mulher grávida, que esteja com a vacina em dia, mas recebeu sua última dose há mais de 5 (cinco)

anos, precisa receber uma dose de reforço, a dose deve ser aplicada no mínimo 20 dias antes da data

provável do parto. Em caso de ferimentos graves, a dose de reforço deverá ser antecipada para cinco

anos após a última dose.

(5) A vacina contra Influenza é oferecida anualmente durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso.

(6)

A vacina contra pneumococo é aplicada, durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso, nos

indivíduos que convivem em instituições fechadas, tais como, casas geriátricas, hospitais, asilos, casas

de repouso, com apenas um reforço cinco anos após a dose inicial.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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Quanto à imunização passiva, proporcionada pela aplicação de soros específicos heterólogos ou homólogos, oferece uma proteção imediata, porém transitória, geralmente em torno de 21 dias.

Um indivíduo com ferimento suspeito recente, não vacinado contra o tétano, ou com vacinação incompleta, deve receber soro antitetânico (SAT), ou imunoglobulina antitetânica (IGHAT), e iniciar, prosseguir ou completar o seu esquema vacinal. A prevenção do tétano poderá ser iniciada com as vacinas abaixo indicadas:

O Programa Estadual de Imunizações – PNI/PE garante a cessão dos imunobiológicos necessários para a utilização nos desabrigados das enchentes / inundações e os endereços para contato.

Esquemas e orientações para vacinação

Vacina Protege contra

Eficácia Início da vacinação (idade)

Dose/dosagem/via de administração/intervalo entre as doses

Reforços

Tetravalente (DTP + Hib)

Difteria, tétano, coqueluche e doença invasiva por Haemohilus influenzae tipo b

Difteria: 80% Tétano: 99% Coqueluche: 75% a 80%

2 meses de idade

3 doses/0,5ml/IM/30-60dias Aos 15 meses(1º reforço) e entre 4-6 anos (2º reforço) Ambos devem ser feitos com a vacina DTP

dT Difteria e tétano (adolescente e adulto)

Difteria: 80% Tétano: 99%

Sete anos de idade e MIF. Para pessoas que não tenham recebido o esquema básico completo e os dois reforços

Três doses/0,5ml/IM/60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias

Uma dose a cada 10 anos,exceto em caso de gravidez e ferimento grave. Antecipar o reforço se a última dose foi há mais de cinco anos

A vacina deve ser conservada entre +2°C e +8°C. o seu congelamento provoca a desnaturação protética e a desagregação do adjuvante, com perda de potência e aumento dos eventos adversos.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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Referências da Rede de Frio do Programa Estadual de Imunizações PNI/PE

LOCAL ENDEREÇO TELEFONE

SES Av. Norte, 6485 Casa Amarela – Recife – PE

(81) 3184–4000

(81) 3441–5184

I GERES Av. Norte, 6485 Casa Amarela – Recife – PE (81) 3441-5771

II GERES Rua Santa Terezinha, S/N – Limoeiro

CEP: 55.700-000

(81) 3628–8844

(81) 3628–8843

(81) 3628-8860

III GERES Av. Dr. Luis de França – S/N / Palmares

CEP: 55540-000

(81) 3661–8272

(81) 3661-8266

IV GERES Rua Estilaque Leal – S/N Caruaru

CEP: 55000-000

(81) 3719–9308

(81) 3719-9296

V GERES Rua Joaquim Távora – S/N Garanhuns

CEP: 55290-000

(81) 3761–8349

(81) 3761-8335

VI GERES Rua das Acácias – S/N

CEP: 56500-000

(87) 3821–8350

(87) 3821–8374

(87) 3821-8344

VII GERES Rua Otávio Leitinho, 76 - Salgueiro

CEP: 56000-000

(87) 3871–8344

(87) 3871-8341

VIII GERES Av. Dr. Fernando Menezes de Góes, S/N

Centro - Petrolina

CEP: 56304-020

(87) 3866–6560

(87) 3866–6569

(87) 3866-6574

IX GERES Rua Antonio Pedro da Silva – S/N

Ouricuri - CEP: 56200-000

(87) 3874–4701

(87) 3874-4720

X GERES Av. Rio Branco, Nº 296

Afogados da Ingazeira - PE

CEP: 56800-000

(87) 3838–8999

(87) 3838-8982

XI GERES Rua Antonio Alves de Oliveira, 2380 – IPSEP / Serra

Talhada

CEP: 56912-160

(87) 3831–3112

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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Tétano Acidental Recomendações para a soroterapia

O soro antitetânico (SAT) é indicado para a prevenção e o tratamento do tétano. A sua indicação depende do tipo e das condições do ferimento, bem como das informações relativas ao uso do próprio SAT e do número de doses da vacina contra o tétano recebido anteriormente. O SAT é composto a partir do soro de eqüinos hiperimunizados com toxóide tetânico e apresenta-se sob forma líquida, em ampolas de 5 ml (5000 UI).

A dose e o volume do SAT dependem do motivo que justificou sua indicação. A dose profilática é de 5000 UI (para crianças e adultos) e a dose terapêutica de 20 mil UI.

A administração do SAT é por via intramuscular, podendo ser na região deltóide, na face externa superior do braço, no vasto lateral da coxa ou no quadrante superior do glúteo.

Quando o volume a ser administrado for grande, a dose deve ser dividida entre os membros superiores e a região glútea. Ao administrar o SAT juntamente com a vacina contra o tétano, utilizar regiões musculares diferentes. A pessoa que fez uso do SAT deve ser alertada para procurar o serviço de saúde caso apresente febre, urticária, dores musculares e aumento de gânglios, dentre outros sintomas.

A imunoglobulina humana hiperimune antitetânica (IGHAT) é indicada para o tratamento de casos de tétano, em substituição ao SAT, nas seguintes situações: hipersensibilidade ao soro heterólogo, história pregressa de alergia ou hipersensibilidade ao uso de outros soros heterólogos.

A IGHAT é constituída por imunoglobulinas da classe IgG que neutralizam a toxina produzida pelo Clostridium tetani, obtida do plasma humano. Apresenta-se sob forma líquida ou liofilizada em frasco-ampola de 1 ml ou 2ml contendo 250 UI e sua conservação deverá ser feita entre +2ºC e +8ºC, não podendo ser congelada.

Sua administração é por via intramuscular, podendo ser aplicada na região deltóide, na face externa superior do braço. Em menores de dois anos, utilizar o vastolateral da coxa. A dose e volume dependem da justificativa utilizada para seu uso (profilático ou terapêutico).

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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*Ferimentos superficiais, limpos, sem corpos estranhos ou tecidos desvitalizados.

**Ferimentos profundos ou superficiais sujos, com corpos estranhos ou tecidos desvitalizados; queimaduras;

feridas puntiformes ou por armas brancas e de fogo; mordeduras; politraumatismos e fraturas expostas.

***Vacinar e aprazar as próximas doses, para complementar o esquema básico. Esta vacinação visa proteger

contra o risco de tétano por outros ferimentos futuros. Se o profissional que presta o atendimento suspeita que os

cuidados posteriores com o ferimento não serão adequados, deve considerar a indicação de imunização passiva

com SAT ou IGHAT. Quando indicado o uso de vacina e SAT ou IGHAT, concomitantemente, devem ser aplicados

em locais diferentes.

****Para paciente imunodeprimido, desnutrido grave ou idoso, além do reforço com a vacina está também indicada

IGHAT ou SAT.

Esquema de condutas profiláticas de acordo com o tipo de ferimento e situação vacinal

História de vacinação prévia contra tétano

Ferimentos com risco mínimo de tétano*

Ferimentos com alto risco de tétano**

Vacina SAT/IGHAT Outras condutas

Vacina SAT/IGHAT Outras condutas

Incerta ou menos de 3 doses

Sim* Não Limpeza e desinfecção, lavar com soro fisiológico e substâncias oxidantes ou antissépticas e debridar o foco de infecção

Sim*** Sim Desinfecção, lavar com soro fisiológico e substâncias oxidantes ou antissépticas e remover corpos estranhos e tecidos desvitalizados. Debridar o ferimento e lavar com água oxigenada

3 doses ou mais, sendo a última dose há menos de 5 anos

Não Não - Não Não -

3 ou mais doses, sendo a última dose há mais de 5 anos e menos de 10 anos

Não Não - Não Não**** -

3 ou mais doses, sendo a última dose há 10 ou mais anos

Sim Não - Sim (1 reforço)

Não**** -

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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ANEXO D

ORIENTAÇÃO SOBRE OS PROCEDIMENTOS ADEQUADOS PARA COLETA - BACTERIOLOGIA

COORDENAÇÃO DE DIAGNÓSTICO DAS DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO RÁPIDA E AGRAVOS ISUSITADOS

DEIZE GOMES C. DE MATOS – LACEN-PE DIAGNÓSTICO LABORATORIAL PARA LEPTOSPIROSE Material: Sangue (Soro) Metodologia: Sorologia - Elisa IgM

1.1.1.1. O LACEN-PE é o laboratório de referência para diagnóstico da leptospirose para todo o estado;

2.2.2.2. De acordo com o MS, a primeira coleta para diagnóstico por Elisa deve ser realizada a partir do 7º dia após o início dos sintomas;

3.3.3.3. A amostra biológica é sangue (Soro) coletado em tubo seco, em torno de 5 ml;

4.4.4.4. Para transporte de longa distância (mais de uma hora), a amostra deve ser acondicionada em refrigeração em caixa térmica com gelo reciclável;

5.5.5.5. Para transporte de curta distância (menos de 1 hora) pode ser encaminhada à temperatura ambiente;

6.6.6.6. A amostra deve vir acompanhada, juntamente com a ficha de investigação epidemiológica, devidamente preenchida, o que reduzirá o percentual de falso negativo;

Metodologia: Cultura para Leptospirose Material: Sangue Total Meio de cultura/ Transporte adquirido no LACEN pelo Hospital de Referência do Agravo HUOC DIAGNÓSTICO LABORATORIAL PARA CÓLERA E ENTEROPATÓGENOS Material: Swab Retal Amostra Fecal Metodologia: Cultura

1. Introduzir o swab na ampola retal comprimindo-o, em movimentos rotatórios suaves, em toda a extensão da ampola;

2. Inocular no meio de transporte Cary Blair; 3. Transportar a amostra acondicionada em meio Cary Blair, de 24 a 72 horas

após a coleta, se mantidas em temperatura ambiente ou até 7 dias se mantidas sob refrigeração (entre 4° a 8°c)

4. As amostras devem ser coletadas antes da administração de antibiótico ao paciente;

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5. A amostra deve vir acompanhada da ficha de investigação epidemiológica devidamente preenchida;

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS DOENÇAS MENINGOCÓCICAS E OUTRAS MENINGITES

A punção lombar é um procedimento que deve ser realizado por profissional médico e deve ser feita sob condições estritas de assepsia. Recomenda-se que o material seja colhido diretamente no meio de cultura, já que uma demora na semeadura implica em grande queda das taxas de isolamento de bactérias. Tanto Neisserias como Hamophilus não resistem às temperaturas baixas, daí porque o líquor para cultura não deve ficar em geladeira.

1. Fazer anti-sepsia rigorosa da pele; 2. Utilizar o kit especial do Lacen (antes de iniciar a punção, retirar o kit da

geladeira para no momento do uso o mesmo esteja à temperatura ambiente); 3. Realizar a punção lombar e colocar no tubo de ensaio (com o meio de cultura)

5 gotas de líquor, de preferência diretamente da agulha que se encontra introduzida no espaço subaracnóideo;

4. Coletar líquor para os demais exames, utilizando os dois frascos no kit; 5. Anotar data, horário e identificar o frasco; 6. Enviar todo material imediatamente ao laboratório;

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS COQUELUCHE Material para coleta

• 1 (um) swab descartável, estéril, ultrafino com hastes flexíveis e alginatados • 1 (um) tubo contendo meio de transporte para coqueluche – Reagan Lowe

(agar carvão) com antibiótico cefalexina; Este meio é semi-sólido • Mascáras e luvas descartáveis; • Etiquetas para identificação dos tubos. • Identificar o tubo com o nome, indicando se é caso suspeito ou comunicante,

e data da coleta. Condições para coleta:

•••• Observar as condições do meio de transporte, principalmente sua data de validade ( 60 dias);

•••• A coleta do material deve ser realizada preferencialmente no início dos sintomas. Fase catarral;

•••• A coleta deve ser realizada antes do tratamento ou no máximo com 3 dias de antibioticoterapia.

•••• Utilizar swabs fino com hastes flexíveis, estéreis e alginatados.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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Procedimento da coleta da nasofaringe:

•••• Retirar os meios de transporte da geladeira e deixá-los atingir a temperatura ambiente;

•••• Introduzir um “swab” na narina do paciente até encontrar resistência na parede posterior da nasofaringe, realizando movimentos rotatórios. Deve-se manter o swab em contato com a naso faringe por cerca de 10 segundo.

•••• Inocula o “swab” em um tubo com meio de transporte RL com antibiótico. * Atenção: O swab deve ficar submerso no meio. Após a coleta estria o swab na superfície levemente inclinada do tubo (± 2 cm) e a seguir, introduz na base do meio de transporte para coqueluche com antibiótico. Obs: o swab deve permanecer dentro do respectivo tubo. Transporte: Meio de transporte:

•••• Ágar carvão (Reagan-Lowe) suplemento com 10% de sangue desfibrinado estéril de carneiro ou cavalo. O tubo com antibiótico cefalexina a 40 mg/ml;

•••• Deve ser armazenado em geladeira apresentando validade de 2 meses, a partir da data de fabricação.

Swab: Devem ser armazenados à temperatura ambiente, em local seco. Na possibilidade do envio imediato, incubar à temperatura de 35 à 37ºC por um período máximo de 48 horas. Encaminhar em seguida em temperatura ambiente. Procedimento para o transporte:

•••• Encaminhar o material coletado ao laboratório imediatamente após a coleta, em temperatura ambiente, acompanhado da ficha de encaminhamento, ou após incubadas em estufa 35ºC à 37ºC por no máximo 2 dias;

•••• Se o período de transporte do material pré-incubado exceder 4 horas, ou se a temperatura ambiente for elevada (≥35ºC), recomenda-se o transporte sob refrigeração, à temperatura de 4ºC;

•••• Os tubos com meio de transporte devem ser mantidos na geladeira até o momento da coleta;

•••• Deve-se deixar desgelar para ser utilizados; •••• Verificar sempre o prazo de validade do meio de transporte antes de utilizá-

lo; •••• Estabelecer com o laboratório rotina referente ao envio da amostra (horário

e local de entrega de material) fluxo de resultados, avaliação da qualidade de amostras enviada.

Coleta da nasofaringe, orofaringe e lesão na pele:

•••• Com o 1º swab introduzir na narina do paciente até a nasofaringe e gira-lo. Com o mesmo swab fazer o mesmo procedimento na outra narina;

•••• O segundo swab será utilizado para coletar ao redor da superfície da garganta, passando pelas amigdalas e úvula. Caso verifique-se a presença

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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de placa pseudomembranas, o swab deve ser passado cautelosamente ao redor da mesma, tomando o cuidado de não removê-la. A remoção da pseudomembrana leva ao aumento da absorção de toxina;

•••• A coleta de suspeitos não deverá ser realizada em domicílio, mas sim no hospital e sob acompanhamento médico;

•••• Uma coleta adequada evita um grande número de bactérias da microbiota normal da orofaringe, o que aumenta consideravelmente a positividade do resultado;

•••• O terceiro swab será utilizado na lesão passando nos bordos e centro da lesão.

Meio de transporte:

•••• O meio de transporte utilizado é o PAI OU LOEFFER; •••• Deve ser armazenado em geladeira (evitando-se colocá-lo na porta)

apresentando validade de 03 meses a partir da data de fabricação. Devem ser acondicionados em sacos plásticos fechados para se evitar a entrada de umidade.

•••• Os Swabs devem ser armazenados à temperatura ambiente, em local seco.

Procedimento para transporte: •••• Passar o swab em toda a extensão (superfície) do meio de PAI, girando-o

fazendo o movimento de zig-zag, a partir da base até o ápice; •••• Encaminhar o material coletado ao laboratório à temperatura ambiente,

imediatamente após a coleta, ou no máximo em 24 horas, quando deverá ser guardado em estufa a 37°C. Prender os três tubos com fita crepe e identificá-los com nome do paciente e/ou comunicante, idade, data e hora da coleta. Encaminhar juntamente com o material a ficha epidemiológica.

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS HEPATITES VIRAIS Material: Sangue (Soro) Metodologia: Elisa IgM

1− A amostra biológica é sangue (Soro) coletado em tubo seco, em torno de 5 ml;

2− As amostras devem ser mantidas refrigeradas a 4°c, até o envio ao laboratório;

Para transporte de curta distância (menos de 1 hora) pode ser encaminhada à temperatura ambiente;

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ANEXO E

Lista de medicamentos básicos , segundo Portaria GM nº. 2.132 de 04 de novembro de 2005.

Amoxicilina cáps. 500 mg Antibiótico 1.000 Amoxicilina pó susp. oral 50 mg/ml Antibiótico 150 Ampicilina Anidra comp. 500 mg Antibiótico 500 Benzilpenicilina Procaína + Potássica 300.000+100.000UI Antibiótico 50 Benzoato de Benzila emulsão 0,25% Escabicida (e tratamento de Pediculose) 50 Dexametasona (acetato) creme 0,1% Dermatoses 100 Diclofenaco Potássico comp. 50 mg Antiinflamatório 1.000 Eritromicina 2,5% Antibiótico 50 Eritromicina 250 mg Antibiótico 1.000 Mebendazol comp. 100 mg Antiparasitário 300 Mebendazol susp. oral 20 mg/ml Antiparasitário 50 Metronidazol comp. 250 mg Antibacteriano 500 Neomicina + Bacitracina pomada 0,5% + 250 UI g Dermatites 100 Paracetamol comp. 500 mg Antitérmico 500 Paracetamol sol. oral 100 mg/ml Antitérmico e analgésico 100 Sulfametoxazol + Trimetoprima susp 200mg/40mg Antibiótico 100 Sulfametoxazol + Trimetoprima 400mg+80mg Antibiótico 1.000 Cloreto de Sódio sol. Injetável 0,9% Reposição Volêmica e 120 frascos 500 ml curativos Glicose sol. Injetável 5% frasco 500 ml Reposição Volêmica 60 Hipoclorito de Sódio sol. 2,5% frasco 50 ml Desinfetante 250 Ringer Lactato – 500 ml Reposição Volêmica 60 Sais para Reidratação Oral pó para sol. envelope Reidratante 700 Captopril comp. 25 mg Anti-hipertensivo 1.000 Glibenclamida comp. 5 mg Hipoglicemiante oral 500 Hidroclorotiazida comp. 25 mg Diurético 1.000 Metformina comp. 850 mg Hipoglicemiante oral 500 Propanolol (cloridrato) comp. 40 mgBeta bloqueador 1.000 Dipropionato de Beclometasona spray 50 mcg / dose oral Asma Dipropionato de Beclometasona spray 250 mcg / dose oral Asma 15 Penicilina G. Benzatina 1.200.000 UI Antibiótico e analgésico 200 Prednisona comp. 5 mg Antiinflamatório esteróide – asma 500 Prednisona comp. 20 mg Antiinflamatório esteróide – asma 500 Ranitidina 150mg Anti-Ácido 1.000 Salbutamol spray 200 mcg / dose Asma 50

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LISTA DE INSUMOS ESTRATÉGICOS Atadura de crepom 10 cm Atadura de crepom 15 cm Atadura de crepom 30 cm Esparadrapo 100 mm x 4,5 m Espaçador com máscara infantil 25 unidades Espaçador com máscara adulto 25 unidades Equipo para soro macrogotas 240 unidades Compressa de Gaze 13 fios 7,5 x 7,5 c/500 unidades Luva para procedimento (tamanho médio) c/100 unidades 1 caixa Luva para procedimento (tamanho grande) c/100 unidades 1 caixa Máscara descartável caixa c/100 unidades 1 caixa Scalp 19 200 unidades Scalp 21 200 unidades Abocath 18 50 unidades Abocath 20 50 unidades Seringa descartável com agulha 25 x 7 – 5 ml 700 unidades Seringa descartável com agulha 25 x 7 – 10 ml 400 unidades Povidine tópico almotolia frasco c/1000 ml 5 unidades

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Anexo F

SAMU - COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS NO ATENDIMENTO ÀS URGÊNCIAS

1. Municípios satélites responsáveis pela Atenção Básica

a. Unidades não Hospitalares - PSF/UBS Responsabilizar-se-ão pelo acolhimento dos pacientes com quadros agudos de menor complexidade, principalmente os vinculados aos serviços de saúde do próprio município, podendo dispor de observação até 8 horas.

b. Unidades não Hospitalares – SPA Responsabilizar-se-ão pelo

acolhimento dos doentes com quadros agudos de menor complexidade, de acordo com o item anterior, e por contar com estrutura física específica para observação de pacientes até 12 horas.

2. Municípios sede de módulo assistencial

Responsabilizar-se-ão, além do disposto no item “1”, por procedimentos mínimos da média complexidade (M1), e contar com Unidade Hospitalar geral com observação de 24 horas para urgências na área de clínica médica, pediatria e obstetrícia.

3. Município pólo de Micro-Regional

Responsabilizar-se-á por procedimentos de média complexidade, pelos procedimentos incluídos nos itens 1, 2 e 3 e por conter, dentro dos seus limites municipais, hospitais gerais dos tipos II e III, além de serviço pré-hospital móvel e central de regulação de abrangência regional.

4. Municípios pólo de Macro-Regional Atendimento de média e alta complexidades para cardiopatias e algumas doenças infecto-contagiosas. Atendimento de alta complexidade para ocorrências obstétricas (gestantes de alto risco). Atendimento a agravos infecto-contagiosos. Atendimento de média e alta complexidades para diversas ocorrências ortopédicas, neurológicas, urológicas, dentre outras.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO

Serão disponibilizados para o SAMU e para a Central de Regulação das Macro Regionais os seguintes serviços com suas respectivas formas de aquisição e funcionamento

SERVIÇO MACRO REGIONAIS

RECIFE CARUARU PETROLINA

Linhas telefônicas com interligação entre os técnicos com acesso às chamadas (auxiliar de regulação, operador de frota e médico regulador)

08 04 04

Linha telefônica isolada 02 02 02

Software ligado ao sistema SAMU onde será feito o registro de todo atendimento

01 01 01

Microcomputadores para implantação do sistema de rede 08 04 04

Rádios portáteis para as equipes 50 15 06

Acessórios para os rádios (baterias, carregadores, antenas e microfones).

50 15 06

Rádios fixos para as ambulâncias e central 50 15 06

Obs.: • Os serviços componentes do sistema de comunicação funcionarão 24 horas e

seus equipamentos serão adquiridos através de processo licitatórios.

• O Software ligado ao sistema SAMU onde será feito o registro de todo o atendimento será elaborado por programador da Secretaria Municipal de Saúde.

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ANEXO G UNIDADES HOSPITALARES DE ATENDIMENTO

ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS

(MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE) INSERIDAS NA REGIÃO METROPOLITANA

Hospital Oswaldo Cruz

Unidade de Referência Tipo III Atendimento de Média e Alta Complexidade para Cardiopatias e algumas Doenças Infecto-contagiosas.

Instituto Materno Infantil de Pernambuco - IMIP

Unidade de Referência Tipo III Atendimento de Alta Complexidade para ocorrências obstétricas (atendimento à Gestante de Alto Risco) e pediátricas

Hospital Correia Picanço

Unidade de Referência Tipo III Atendimento de Agravos Infecto-contagiosos

Hospital da Restauração Hospital Getúlio Vargas Hospital Otávio de Freitas Hospital Barão de Lucena Hospital Agamenon Magalhães

Unidade de Referência Tipo III Atendimento de Média e Alta Complexidades para diversas ocorrências (ortopédicas, neurológicas, neurocirúrgica, urológicas, vascular, cardiológica, cirúrgica, dentre outras).

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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SISTEMA DE REFERÊNCIA E CONTRA-REFERÊNCIA NO ATENDIMENTO ÀS URGÊNCIAS

A I Região de Saúde possui em seu território, uma rede assistencial

pública e credenciada ao Sistema Único de Saúde, composta por Unidades de Saúde tanto sob gestão municipal, quanto estadual.

Fluxo da Assistência Integral às urgências

Nível de Atendimento

Unidades Básicas de Saúde (Unidades de Saúde da Família, Centros de Saúde)

Nível de Atendimento

Nível de Atendimento

Nível de Atendimento

Unidades Não-hospitalares de Atendimento às Urgências e Emergências (Policlínicas Municipais)

Unidades hospitalares de atendimento às Urgências e Emergências Gerais: Hospitais Municipais e Estaduais.

Unidades Hospitalares de Atendimento às Urgências e Emergências Gerais e de Referência Hospital da Restauração, Hospital Getúlio Vargas, Hospital Geral Otávio de Freitas, Hospital Barão de Lucena, Hospital Agamenon Magalhães, IMIP,Hospital Universitário Oswaldo Cruz e Hospital Correia Picanço.

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REFERÊNCIAS DA REDE ESTADUAL DE SAÚDE ALTA COMPLEXIDADE

HOSPITAL GETÚLIO VARGAS

1. Caracterização

o Gestão: Pública da Rede Estadual da Administração Direta o Perfil: Centro de Referência em Tramauto-ortopedia, Neurologia,

Vascular e Buco-Maxilo-Facial o Certificação: Ensino e Pesquisa, (Residência Médica) o Capacidade Instalada: 407 leitos

2. Localização: Av: General San Martin, s/n – Cordeiro – CEP: 50630-060 – Recife/PE Fone: (81) 3184-5606 - (Fax) 3184-5828 E-mail: [email protected] 3. Demonstrativo do Nº. de Leitos por Especialidades Existentes no Hospital:

Especialidade Nº de Leitos Buco-Maxilo-Facial 06

Cirurgia Geral 57 Cirurgia Vascular 18 Clínica Médica 58 Clínica Neurocirúrgica 06 Clínica de Neurologia 25

Emergência Geral 54 Sala de Recuperação 27 Traumato-Ortopedia Pediátrica 20 Traumato-Ortopedia 69 Urologia 36 UTI 31

Total 407 Fonte: Hospital Getúlio Vargas - Junho/2010

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4. Serviços Apoio Diagnóstico

Agência Transfusional Hemoterapia

Análises Clínicas Métodos Gráficos em Cardiologia

Anatomia Patológica Órteses e Próteses

Citologia Radiologia 24h

Eletroencefalografia Tomografia Computadorizada

Endoscopia Ultra-sonografia

Especialidades no Hospital

Buco-Maxilo-Facial Traumato-Ortopedia

Clínica Médica Traumato-Ortopedia Pediátrica

Clínica Neurocirúrgica Urologia

Cirurgia Geral UTI Adulto

Cirurgia Vascular

Especialidades de atendimento na Emergência

Buco-Maxilo-Facial Politraumatismo

Cirurgia Geral Traumato-Ortopedia Adulto e Infantil

Cirurgia Vascular Neurocirurgia

Clínica Médica Neurologia

Neurocirurgia Politraumatismo

Neurologia Traumato-Ortopedia Adulto e Infantil

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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HOSPITAL OTÁVIO DE FREITAS

1. Caracterização

o Gestão: Pública da Rede Estadual da Administração Direta o Perfil: Unidade Terciária e Referência para Tratamento de Tuberculose

(MDR), Traumato-ortopedia, Urologia e Emergência Pediátrica. o Centro de Referência: Oxigenoterapia Crônica, Hipoventilação e

Bexiga Neurogênica. o Certificação: Unidade de Ensino Residência Médica em Pneumologia,

Urologia, Traumatologia e Clínica Médica. o Capacidade Instalada: 489 leitos

2. Localização: Rua Aprígio Guimarães, s/n – Tejipió CEP: 50920-640 – Recife- PE Fone: (81) 3182.8501 (Fax) 3282.8635 E-mail: [email protected]

3. Demonstrativo do N° de Leitos por Especialidades existentes no Hospital

Especialidade Nº de Leitos Cirurgia de Emergência 24 Cirurgia Eletiva 24 Clínica Médica 52 Emergência 70 Pediatria 28 Pneumologia 54 Psiquiatria (criança e adolescente) 38 Sala de Recuperação * 05 Tisiologia 61 Traumatologia 93 Tuberculose – MDR (multi droga resistente) 04 Urologia 16 UTI 20

Total 489 * O serviço conta com 05 Salas Cirúrgicas Fonte: Hospital Otávio de Freitas – Junho/2010

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4. Serviços

Apoio Diagnóstico

Anatomia Patológica/Citologia Ultra-sonografia

Broncoscopia Urodinâmica

Colposcopia Videocirurgia

Raios-X Tomografia

Especialidades no Hospital

Cirurgia de Emergência Pneumologia (só para egressos)

Cirurgia Eletiva Tisiologia (só para egressos)

Clínica Médica Traumato-ortopedia

Emergência Tuberculose – MDR (multi droga resistente)

Pediatria Urologia

Psiquiatria (Adolescente) UTI

SRPA (Serviço de Recuperação Pós-Anestésico)

Especialidades de atendimento na Emergência

Cirurgia Geral Pneumologia

Clínica Médica Soro Antitetânico

Clínica Pediátrica Traumato-ortopedia

Urologia

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO

1. Caracterização

o Gestão: Pública da Rede Estadual da Administração Direta o Perfil: Hospital de Grande Porte. Referência em Alta Complexidade

para o atendimento de Politraumatizados, Neurocirurgia (incluindo a Epilepsia e cirurgia funcional estereotáxica), Queimados, Traumatortopedia e Nutrição Enteral e Parenteral.

o Certificação: Hospital de Ensino pelo Ministério da Saúde e Ministério da Educação Habilitado como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Neurocirurgia (Portaria n° 293 de 19 de maio de 2008).

o Centro de referência: Endocrinologia infantil, Gastroenterologia, Neurologia e Triagem Neonatal.

o Capacidade Instalada: 702 leitos. 2. Localização Av: Agamenon Magalhães, s/n – Derby - CEP: 52010-040 - Recife/PE Fone: (81) 31815400/ Diretoria (81) 31815406/ 5407 E-mail: [email protected] 3. Demonstrativo do N° de Leitos por Especialidades existentes no Hospital

Especialidade/ Setor Nº. de Leitos Buco Maxilo Facial 12 Cirurgia Geral 38 Cirurgia Vascular 38 Clínica Médica 40 Neonatologia 08 Neurocirurgia 88 Neurologia 38 Ortopedia/ Traumatologia 40 Emergência Pediátrica 28 Pediatria 88 Cirurgia Plástica 08 *Sala de Recuperação 16 Emergência do Trauma 90 Emergênia Clínica 80 Unidade de Queimados - UTQ 40 UTI Adulto 28 UTI Pediátrica 12 USAN 10 Total 702 Fonte: Hospital da Restauração – Junho/2010 * O serviço dispõe de 10 salas no Bloco Cirúrgico (3 Emergência e 7 Eletiva)

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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4. Serviços

Apoio Diagnóstico

Análises Clínicas Endoscopia do Aparelho Respiratório

Anatomia Patológica Radiologia Simples e Contrastada 24h

Citopatologia Tomografia Computadorizada 24h

Eletrocardiografia Ultrassonografia

Eletroencefalografia Videolaparoscopia

Endoscopia do Aparelho Digestivo 24h

Especialidades no Hospital

Buco Maxilo Facial Emergência Pediátrica

Cirurgia Geral Pediatria

Cirurgia Vascular Cirurgia Plástica

Clínica Médica Emergência do Trauma

Neonatologia Emergência Clínica

Neurocirurgia Unidade de Queimados

Neurologia UTI Adulto

Oftalmologia UTI Pediátrica

Ortopedia/ Traumatologia USAN

Especialidades de atendimento na Emergência

Buco Maxilo Facial Neurocirurgia

Cirurgia Geral Neurologia

Cirurgia Vascular Pediatria

Clínica Médica Traumatologia

Queimado Intoxicações

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HOSPITAL BARÃO DE LUCENA 1. Caracterização

o Gestão: Pública da Rede Estadual da Administração Direta o Perfil: Hospital de Alta Complexidade em Oncologia, Terapia Renal

Substitutiva, Credenciado para realizar Cirurgias Videolaparocóspicas, Gestação de Alto Risco e Tratamento de AIDS.

o Certificação: Hospital Amigo da Criança e Hospital de Ensino para cursos de residência médica (Não certificado).

o Centro de referência: Endocrinologia Adulto, Controle da Dor, Gastroenterologia, Nefrologia, Asma Grave.

o Capacidade Instalada: 343 leitos 2. Localização Avenida: Caxangá, 3860. Iputinga – CEP: 50670-000 - Recife - PE Fones: (81) 3271.6400/3271.6606 Email: [email protected] 3. Demonstrativo do Nº. de Leitos por Especialidades Existentes no Hospital

Especialidade/ Setor Nº. de Leitos Alojamento Mãe Canguru 08 Bloco Cirúrgico 9 Geral (reforma) Bloco Obstétrico 6 salas e 01 recuperação Cirurgia Geral 21 Cirurgia Pediátrica 15 (5 ativo) Cirurgia Vascular 14 Clínica Médica Masculina 23 Clínica Médica Feminina 30 Ginecologia 22 Mastologia 06 Obstetrícia 29 (Patológica) Obstetrícia 37 (Aloj. Conjunto) Pediatria Clínica 56 Proctologia 18 Sala de Recuperação 6 (Reforma) UTI Adulto 10 UTI Pediátrica 08 UTI Neonatal Interna 08 UCI Neonatal 15 Total 309

Observação 1: A capacidade instalada da UTI adulto é de 17 pacientes, mas por motivo de recursos humanos está reduzida no momento. Observação 2: No momento o Bloco Cirúrgico está em reforma, estando o bloco obstétrico funcionando com 03 salas e o centro cirúrgico 03 salas e mais 02 salas de recuperação pós-anestésica. Os leitos de Nefrologia e Oncologia estão inseridos na Clínica Médica.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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4.Serviços

Apoio Diagnóstico

Anatomia Patológica/Citologia Manométrica Ano-Retal

Broncoscopia Ultra-sonografia

Colposcopia Tomografia Computadorizada

Raios-X Urodinâmica

Eletroencefalografia Videocirurgia

Histeroscopia

Tratamento / Terapias

Endoscopia Digestiva Alta Baixa Dispensação de Órteses e Próteses

Estomizados Planejamento Familiar

Infectologia Terapia da Dor – Acupuntura

Especialidades de atendimento na Emergência

Alojamento Canguru Oncologia

Hemodiálise Pediatria Clínica

Cirurgia Pediátrica Proctologia

Cirurgia Vascular UTI Adulto

Clínica Médica UTI Pediátrica

Ginecologia UCI Neonatal

Mastologia UTI Neonatal Interna

Nefrologia

Obstetrícia

Especialidades de atendimento na Emergência

Pediatria Clínica Obstetrícia

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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HOSPITAL AGAMENON MAGALHÃES 1. Caracterização

a. Gestão: Pública da Rede Estadual da Administração Direta b. Perfil: Unidade Terciária c. Certificação: Unidade de Ensino Residência Médica (Endocrinologia,

Clínica Médica, Cardiologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular e Torácica) e Hospital Amigo da Criança.

d. Capacidade Instalada: 388 Leitos (311 leitos no Hospital e 77 leitos na maternidade)

2. Localização:

Estrada do Arraial, 2.723 – Casa Amarela – CEP: 52051-380 Recife - PE Fones: (81) 3184-1602/ 3184 / 31841612 E-mail: [email protected] 3. Demonstrativo do Nº. de Leitos por Especialidades Existentes no Hospital

Especialidade Nº de Leitos

Canguru 06

Cirurgia Bariátrica 02

Cirurgia Endocrinológica 12

Cirurgia Geral 21

Cirurgia Ginecológica 12

Cirurgia Oftalmológica 01

Cirurgia Otorrinolaringologia 07

Cirurgia Plástica 06

Clínica Cardiológica 56

Clínica Médica 30

Cirurgia Vascular 19

Emergência Cardiológica 20

Emergência Geral 24

Obstetrícia - Alojamento Conjunto 48

Obstetrícia - Expectação 12

Obstetrícia - Patológica 17

Reanimação Cardiológica 01

Reanimação Geral 03

Recuperação (pós-operatório cardiologia) 01

Sala de Recuperação Cirúrgica 08

Sala de Recuperação Obstétrica 03

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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UCI - Neo 15

UTI - Neo 14

UTI - Geral 16

UTI - Coronariana 18

Total 372 Fonte: Hospital Agamenon Magalhães – Junho / 2010

Salas de Parto – 04 Salas de Cirurgias – 07 4. Serviços

Especialidades no Hospital

Cardiologia Cirurgia Vascular

Cirurgia Cardíaca - Adulto e RN (Cardiopatia Congênita) Clínica Médica

Cirurgia Endocrinológica Internação Neonatal

Cirurgia Geral Obstetrícia

Cirurgia Ginecológica Reumatologia, para parecer médico

Cirurgia Oftalmológica

Cirurgia Otorrinolaringológica

Cirurgia Plástica

Cirurgia Torácica

Especialidades de atendimento na Emergência

Cardiológica Otorrinolaringológica

Clínica Geral Pequenas Cirurgias

Obstetrícia

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE

1. Caracterização

o Gestão: Pública Estadual o Perfil: Unidade de Urgência e Emergência o Certificação: Unidade de Ensino (Residência Médica, clínica Cirúrgica,

Traumato Ortopedia e Enfermagem) o Capacidade Instalada: 228 leitos

2. Localização BR 232 - km 130 – Indianópolis - Cep: 55.000-000, Caruaru - PE Fones: (81) 3722-0100/ 0195 - Diretoria - Fax: (81) 3722-6094 E-mail: [email protected]

3. Demonstrativo do Nº. de Leitos por Especialidades Existentes no Hospital

Especialidade Nº de Leitos

Cirurgia Geral 42

Cirurgia Infectada 14

Cirurgia Buco-maxilo-facial 06

Cirurgia Pediátrica 20

Neurocirurgia 14

Traumato-ortopedia 24

Clínica Médica 14

Clínica Pediátrica 23

Emergência Adulto* 11

Emergência Repouso** 24

Emergência sala de redução 03

Emergência Pediátrica 07

Recuperação (pós- operatório) 03

Sala Vermelha 03

Sala Amarela 04

UTI 10

Centro Cirúrgico 06

Total 228

Fonte: Hospital Regional do Agreste/ Junho

* Fixas, porém este nº geralmente triplica, pelo volume de atendimento (macas extras); ** 17 leitos em enfermaria em três enfermarias e 07 macas em área comum.

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4.Serviços

Apoio Diagnóstico

Ultra-sonografia Exames Imunológicos**

Patologia Clínica Eletrocardiograma-ECG

Endoscopia Ecocardiograma***

Colonoscopia* Radiologia

Especialidades no Hospital

Cirurgia Traumato/Ortopédica Pediatria Clínica, Cirúrgica, Traumatológica e Ortopédica.

Cirurgia Geral, Neurocirurgia; Vascular, Cabeça e Pescoço e Buco-maxilo-facial.

UTI

Clínica Médica Emergência - Adulta e Pediatria

Especialidades de atendimento na Emergência

Pediatria Vascular

Cirurgia Geral Neurocirurgia

Clínica Médica Buco - Maxilo – Facial

Traumatologia

** VDRL, ASO, Proteína C Reativa, Beta HCG e Reação de Widal; *** Só para pacientes internados

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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HOSPITAL JESUS NAZARENO

1. Caracterização

o Gestão: Pública Estadual o Perfil: Referência Hospitalar em Atendimento Secundário a Gestação

de Alto Risco, Cuidados intermediários em Neonatologia, Enteral e Parenteral, Alta Complexidade em Terapia Nutricional, Alojamento Canguru.

o Capacidade Instalada: 116 leitos 2. Localização Rua Rodrigues de Abreu, S/N. Bairro: Maurício de Nassau, Caruaru - PE Fones: (81) 3719-9333 Diretoria - (81) 3719-9329 E-mail: [email protected]

3. Demonstrativo do Nº. de Leitos por Especialidades Existentes no Hospital

Especialidade Nº de Leitos

Ginecologia 08

Clínica Médica 05

Neonatologia 15

UTI Neonatal 18

Obstetrícia Cirúrgica 47

Obstetrícia Clínica 05

Alojamento Canguru 13

Centro Cirúrgico 02

Sala de Parto 03

Total 116

Fonte: Hospital Jesus Nazareno – Junho/2010

4.Serviços

Apoio Diagnóstico

Ultra-sonografia Radiologia

Patologia Clínica

Especialidades no Hospital

Ginecologia UTI Neonatal

Obstetrícia

Especialidades de atendimento na Emergência

Obstetrícia Cirúrgica

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ

1. Caracterização

o Gestão: Fundação Pública da Esfera Estadual- Administração Indireta. o Centro de referência: DIP. o Capacidade Instalada: 399 leitos

2. Localização

Rua Arnóbio Marques, 310 – Santo Amaro - CEP: 50100130- Recife/PE

Fone: (81)21011300

3. Demonstrativo do N° de Leitos por Especialidades existentes no Hospital

Especialidade/ Setor Nº. de Leitos Buco Maxilo Facial 08 Cirurgia Geral 65 Cirurgia Toráxica 08 Oncologia 90 Nefrologia/ Urologia 16 Gastroenterologia 10 Transplante 04 Cardiologia 06 Dermatologia 03 AIDS 20 Geriatria 06 Pneumologia 18 Neurologia 14 Pediatria 16 Crônicos 16 Psiquiatria 02 Tisiologia 02 Intercorrência Pós- Transplante 04 Cirúrgico/ Diagnóstico/ Terapêutico 08 Recuperação Pós-anestésica 08 Unidade de Isolamento 36 UTI Adulto Tipo II 27 UTI Pediátrica Tipo II 10 Total 399 * O serviço dispõe de 06 salas no Bloco Cirúrgico e 06 salas de Cirurgia Ambulatorial. Fonte: CNES.

4. Serviços

Especialidades de Atendimento na Emergência

Triagem para DIP

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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HOSPITAL DAS CLÍNICAS

1. Caracterização Gestão: Administrativa Federal - Dupla Certificação: Hospital de Ensino com contrato de Gestão/Metas Hospital de Ensino com contrato de Gestão/MEC Capacidade Instalada: 387 leitos 2. Localização

Av: Professor Morais Rego s/n – Cidade Universitária - CEP: 5067-0420 - Recife/PE Fone: (81) 2126.3662

3. Demonstrativo do N° de Leitos por Especialidades existentes no Hospital Especialidade/ Setor Nº. de Leitos

Buco-maxilo-facial 02 Cirurgia Geral 40 Cirurgia Torácica 02 Clínica Médica 29 Neonatologia 10 Neurocirurgia 03 Neurologia 10 Ortopedia/ Traumatologia 19 Pediatria 40 Cirurgia Plástica 02 Sala de Recuperação 05 Oftalmologia 02 Transplante 10 Ginecologia 06 Oncologia 14 Otorrinolaringologia 02 Nefro-urologia 22 Gastroenterologia 08 Dermatologia 08 Pneumologia 04 Hansenologia 02 Hematologia 04 AIDS 10 Obstétrico 34 Cardiologia 12 Tisiologia 05 Psiquiatria 12 UTI Adulto tipo III 08 UTI Neonatal tipo II 10 Unidade de Isolamento 05 Unidade Intermediária Neonatal 24 Total 364

Obs: Funciona com SPA das 07 às 17h.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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Instalações Físicas para Assistência Nº de Leitos

Sala de Cirurgia 09

Sala de Cirurgia Ambulatorial 06

Sala de Curetagem 01

Sala de Parto normal 01

Sala de Pré-parto 04

Sala de Pequena Cirurgia 02

Total 23

4. Serviços

Apoio Diagnóstico

RESSONANCIA MAGNETICA SERVICO DE MEDICINA NUCLEAR

SERVICO DE ANATOMIA PATOLOGICA/CITOLOGIA ULTRA-SONOGRAFIA

PATOLOGIA CLINICA SERVICO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

SERVICO DE PRÓTESE SERVICO DE ENDOSCOPIA

Especialidades no Hospital

Buco-maxilo-facial Nefrologia

Cirurgia Geral Gastroenterologia

Cirurgia Torácica Dermatologia

Clínica Médica Pneumologia

Neonatologia Hansenologia

Neurocirurgia Hematologia

Neurologia AIDS

Ortopedia/ Traumatologia Obstétrico

Pediatria Cardiologia

Cirurgia Plástica Tisiologia

*Sala de Recuperação Psiquiatria

Oftalmologia UTI Adulto tipo III

Transplante UTI Neonatal tipo II

Ginecologia Unidade de Isolamento

Oncologia Unidade Intermediária Neonatal

Otorrinolaringologia

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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ANEXO H

ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A POPULAÇÃO O que fazer em caso de enchentes ou inundações?

Inundação

Tenha um lugar previsto, seguro, onde você e sua família possam se alojar no caso de uma inundação; Desconecte os aparelhos elétricos da corrente elétrica para evitar curtos circuitos nas tomadas; Não construa próximo a córregos que possam inundar;

Não construa em cima de barrancos que possam deslizar, carregando sua casa; Não construa embaixo de barrancos que possam deslizar, soterrando sua casa; Feche o registro de entrada d’água; Retire todo o lixo e leve para áreas não sujeitas a inundações; Feche bem as portas e janelas.

Cuidados após as enchentes ou inundações:

Enterre animais mortos e limpe os escombros e lama deixados pela inundação; Lave e desinfete os objetos que tiveram contato com as águas da enchente; Retire todo o lixo da casa e do quintal e o coloque para a limpeza pública; Veja se sua casa não corre o risco de desabar; Raspe toda a lama e o lixo do chão, das paredes, dos móveis e utensílios; Cuidado com aranhas, cobras e ratos, ao movimentar objetos, móveis e utensílios. Tenha cuidado com cobras e outros animais venenosos, pois eles procuram refúgio em lugares secos.

Nunca beba água de enchente ou inundação; Não beba água ou coma alimentos que estavam em contato com as águas da inundação.

Cuidados com a água para consumo humano direto. A água pode ser fervida ou tratada com água sanitária, na proporção de 2 gotas de água sanitária para 1 litro de água ou tratada com hipoclorito de sódio, na proporção de 1 gota de hipoclorito para 1 litro de água. Nos dois casos, deixar em repouso por 30 minutos para desinfetar.

Deve-se garantir a utilização de água potável, filtrada, fervida ou clorada para consumo humano. Se o domicílio for abastecido por sistema público e, no ponto de consumo (torneira, jarra, pote, etc.), não for verificada presença de cloro na quantidade recomendada (maior que 0,5 mg/l) ou se a água utilizada for proveniente de poço, cacimba, fonte, rio, riacho, açude, barreira, etc., deve-se proceder à cloração no local utilizado para armazenamento (reservatório, tanque,

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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tonel, jarra, etc.). Indica-se o uso de hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária, numa das seguintes diluições:

• 1 mil litros 100ml 2 copinhos de café (descartáveis); • 200 litros 15ml 1 colher de sopa; • 20 litros 2ml 1 colher de chá; • 1 litro 0,0045ml 2 gotas.

Obs.: Aguardar 30 minutos para consumir Limpeza da lama residual das enchentes nas casas, prédios e ruas.

A lama das enchentes tem alto poder infectante e nestas ocasiões fica aderida a móveis, paredes e chão. Recomenda-se retirar essa lama (sempre se protegendo com luvas e botas de borracha) e lavar o local, desinfetando-o a seguir com solução de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) na seguinte proporção:

Para um balde de 20 litros de água: adicionar 1 copo (200 ml) de água sanitária.

Limpeza de reservatórios domésticos de água (caixa d’água).

Nas enchentes, o sistema doméstico de armazenamento de água pode ser contaminado, mesmo quando não diretamente atingido pela água da enchente, pois a rede de distribuição pode apresentar vazamentos que permitem a entrada de água poluída. Para limpar e desinfetar o reservatório (caixa d’água) recomenda-se:

• Esvaziar a caixa d’água completamente e lavá-la esfregando bem as paredes e o fundo, retirando toda a sujeira utilizando pá, balde e panos. Não se esquecer de usar botas e luvas de borracha;

• Depois de concluída a limpeza, colocar 1 litro de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) para cada 1 mil litros de água do reservatório;

• Abrir a entrada (registro ou torneira) para encher a caixa com água limpa; • Após 30 minutos, abrir as torneiras da casa por alguns segundos, com vistas

à entrada da água clorada na tubulação doméstica; • Aguardar 1 hora e 30 minutos para que ocorra a desinfecção do reservatório

e das canalizações; • Abrir as torneiras, podendo aproveitar a água para limpeza em geral de chão

e paredes. Acidentes com animais peçonhentos

Depois de uma enchente, a limpeza dos locais afetados deve ser feita sempre com botas de cano alto ou botinas com perneiras, bem como luvas de raspa de couro ou mangas de proteção. Os animais peçonhentos podem estar escondidos ao redor ou mesmo no interior das casas, próximos a entulho, lixo e alimentos espalhados pelo ambiente. Devem-se tomar medidas para evitar a aproximação e proliferação de ratos, que são o principal alimento das cobras, e de baratas e outros insetos, os quais servem de alimento para escorpiões e aranhas.

A população colocada em alojamentos (escolas, ginásios e igrejas) deve ser orientada a sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, bem como vistoriar e sacudir roupas de cama e colchões antes de deitar-se.

Sempre que for necessário remexer em buracos, vãos de pedras e ocos de troncos deve-se usar um pedaço de pau ou graveto.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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Os vãos de portas e muros devem ser tapados e as soleiras devem ser vedadas.

Não se deve tentar segurar as cobras com as mãos. Mesmo quando mortas, suas presas continuam representando risco de acidente. Medidas a serem tomadas em caso de picada de cobra, escorpião ou aranha:

Manter o acidentado deitado, em repouso, na medida do possível, evitando andar ou correr, para retardar a absorção do veneno.

O acidentado deve ser levado imediatamente a um serviço de saúde,que disponha de soro, para que seja devidamente atendido. O tratamento deve ser sempre administrado por profissional habilitado e, de preferência, em ambiente hospitalar.

Quando indicado, o soro deve ser aplicado o mais breve possível, na quantidade adequada para a gravidade do acidente e de acordo com os sinais e sintomas típicos de cada tipo de animal agressor.

Retirar anéis, pulseiras ou qualquer outro objeto que possa prejudicar a circulação do sangue.

É contra-indicado chupar o local da picada. Não é possível retirar o veneno do corpo, o qual é absorvido pela corrente sanguínea.

Não amarrar o membro picado. O torniquete ou garrote dificulta a circulação do sangue, podendo produzir necrose ou gangrena, além de não impedir que o veneno seja absorvido.

Não cortar o local da picada. Alguns venenos produzem hemorragia e o corte aumentará a perda de sangue.

Não colocar folhas, querosene, pó de café, terra, fezes ou outras substâncias no local da picada, pois elas não impedem que o veneno vá para a corrente sanguínea e podem provocar uma infecção.

Evitar que a vítima beba querosene, álcool ou outras substâncias que, além de não neutralizarem a ação do veneno, podem causar intoxicações graves.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brasil. Fundação Nacional de Saúde. Textos de Epidemiologia para Vigilância Ambiental em Saúde. Brasília: MS; 2002.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Plano de Contingência de Vigilância em Saúde Frente a Situações de Calamidade Públicas por Inundações. Brasília: MS; 2005.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Plano de Trabalho Para Situações de Inundação no Brasil – Resposta do Ministério de Saúde Durante a Fase de Impacto. Brasília: MS; 2004 (no prelo).

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica . 7ª ed. Brasília: MS; 2009.816p.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental dos Riscos Decorrentes dos Desastres de Origem Natural – Vigidesastres. Brasília: MS; 2006 (no prelo).

Brasil. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Programas Urbanos. Livro texto do Curso de capacitação em Gestão e Mapeamento de Riscos Socioambientais, 2008.

Organización Pan-Americana de la Salud. Preparativos de salud para situaciones de desastres – guía para el nivel local. Ecuador: OPS; 2003.

Pernambuco. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. Atlas de Bacias Hidrográficas. Recife: SECTEMA; 2006.

Pernambuco. Secretaria Estadual de Saúde. Plano Estadual para o enfrentamento de uma pandemia de Influenza. 2 ed. Recife: SES, 2006.

Rio de Janeiro. Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil. Situações Emergenciais 2008. Rio de Janeiro, RJ. Disponível em www.saude.rj.gov.br.

Secretaría de Salud del Gobierno de Honduras. Guía Metodológica para la planificación de salud en casos de emergencias y desastres para el nivel local. Honduras: OPS/OMS; 2004.

Legislações relacionadas:

Lei nº 8.080/1990 – Sistema Único de Saúde. Lei nº 8.142/1990 – Participação da comunidade na gestão do SUS. Portaria GM nº. 2.132 de 4 de novembro de 2005 – Kits de medicamentos.

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Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações

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Portaria GM nº. 372 de 10 de março de 2005 – Comissão – Saúde e Desastres. Decreto 5.376, de 17 de fevereiro de 2005 - Sistema Nacional de Defesa Civil – SINDEC.

Portaria GM 518, de 25 de março de 2004 -

LINKS de Interesse:

Departamento de Informática do SUS - Datasus (http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (www.ibge.gov.br) Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE (www.inpe.br) Organización Panamericana de la Salud-Desastres (http://www.disaster-info.net/socios_sp.htm) Secretaria Nacional de Defesa Civil – SEDEC (http://www.defesacivil.gov.br/index.asp) Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (http://www.forumclima.org.br/)

Informações gerais e material didático sobre desastres (www.paho.org/ped) (www.crid.or.cr) (www.desenredando.org) Biblioteca virtual sobre desastres (www.helid.desastres.net)