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IInnuunnddaaççõõeess
Junho, 2010
Versão Preliminar
Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco
Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
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Eduardo Henrique Accioly Campos
Governador de Pernambuco Frederico da Costa Amâncio
Secretário Estadual de Saúde
Inês Eugênia Ribeiro da Costa
Secretária Executiva de Gestão e Vigilância em Saúde
Roselene Hans Santos
Diretora Geral de Vigilância Epidemiológica e Ambiental
Jacyra Salucy Antunes Ferreira
Diretora Geral de Controle de Doenças e Agravos
Gabriella Morais Duarte Miranda
Diretora Geral de Promoção, Monitoramento e Avaliação da Situação de Saúde
Terezinha Tabosa Diretora Geral de Laboratórios de Saúde Pública Jaime Brito Gerente Geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária
SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO, SECRETARIA EXECUTIVA DE
VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Plano de Contingência Estadual para Enfrentamento de Desastres
de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundaç ões. Versão Preliminar.
Pernambuco, junho de 2010.
Criação e Organização: Diretoria Geral Vigilância Epidemiológica e Ambiental
Elaboração: Gerência de Vigilância de Agravos, Doenças e Riscos Ambientais e Coordenação
de Vigilância Ambiental
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Romildo Siqueira de Assunção
Gerência de Vigilância de Agravos, Doenças e Riscos Ambientais
Danielle Mendonça Ferreira
Coordenação de Vigilância Ambiental
Nívia Carla de Lima
Técnica da Vigilância Ambiental dos Riscos Decorrentes dos Desastres
Colaboradores
Amanda Dávila – Coordenação de Prevenção de Doença de Transmissão Hídrica e
Alimentar
Ana Catarina de Melo Araújo – Programa Estadual de Imunizações
Bárbara Araújo da Silva – Serviço de Verificação de Óbito
Deize Gomes C. de Matos – Laboratórios de Saúde Pública - LACEN
Francisco Duarte Farias Bezerra – Coordenação de Prevenção da Raiva, Leishmaniose e
Peste
Gleybson Marques Cysneiros – Diretoria Geral de Assistência Regional
Isabela Maciel de Souza Silva - Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em
Saúde
Kathia Lima - SAMU
Lúcia Roberta de Souza Filizola – Laboratórios de Saúde Pública - LACEN
Lucilene Aguiar - Gerência de Prevenção e Controle dos Agravos Agudos
Maria das Graças S. M. Freitas – Diretoria Geral de Assistência Integral à Saúde
Maria Júlia de Souza Nascimento – Diretoria Geral de Assistência Integral à Saúde
Maria Luiza de M. C. da Costa – Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em
Saúde
Maria Madalena Cavalcanti de Oliveira – Programa Estadual de Imunizações
Mariana Nepomuceno – Gestão de Comunicação Interna
Nancy Sena de Lima – Coordenação de Prevenção de Doença de Transmissão Hídrica e
Alimentar
Nara Pedrosa Arruda – Gerencia de Controle de Zoonoses e Outras Endemias
Patrícia Veiga de Mello Alves – Gerência de Atenção à Saúde Mental
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Roberto Costa Coelho - Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária
Sônia Maria Rodrigues da Cunha Alencar– Coordenação de prevenção de Doença de
Transmissão Hídrica e Alimentar
Terezinha Fonseca Mendes - Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária
Vânia Quintão Guerra – Assistência Farmacêutica
Veridiana Ribeiro da Silva – SAP- Superintendência de Atenção Primária
Arte e Diagramação
Danielle Mendonça Ferreira
Lucilene Rafael Aguiar
Nívia Carla de Lima
Romildo Siqueira de Assunção
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 6
INTRODUÇÃO 7
OBJETIVOS 9
GERAL 9
ESPECÍFICOS 9
CONCEITOS E DEFINIÇÕES 11
CONTEXTO SÓCIOAMBIENTAL DO ESTADO 13
REDE HIDROGRÁFICA DE PERNAMBUCO 14
CONTEXTO DOS DESASTRES EM PERNAMBUCO 20
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO ESTADO 25
ATRIBUIÇÕES DO GRUPO DE TRABALHO 50
ANEXOS 57
ANEXO A – FLUXOGRAMA – NOTIFICAÇÃO, VERIFICAÇÃO,
RESPOSTA E MONITORAMENTO DOS DESASTRES
58
ANEXO B – INSTRUMENTOS 59
ANEXO C – ORIENTAÇÕES TÉCNICAS ÀS SECRETARIAS
MUNICIPAIS DE SAÚDE
66
ANEXO D – ORIENTAÇÕES SOBRE OS PROCEDIMENTOS
ADEQUADOS PARA A COLETA – BACTERIOLOGIA
83
ANEXO E – LISTA DE MEDICAMENTOS BÁSICOS, SEGUNDO A
PORTARIA GM Nº 2132, DE 04 DE NOVEMBRO DE 2005.
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ANEXO F – SAMU – COMPETÊNCIAS DOS MUNICÍPIOS NO
ATENDIMENTO ÀS URGÊNCIAS
89
ANEXO G – UNIDADES HOSPITALARES DE ATENDIMENTO ÀS
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
91
ANEXO H – ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A POPULAÇÃO 109
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 112
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APRESENTAÇÃO
Este documento foi elaborado diante da necessidade de organização
dos setores internos da Secretaria Estadual de Saúde para as ações de
promoção, vigilância e assistência à saúde perante a possibilidade de
ocorrência de enchentes e inundações no período chuvoso.
Para uma atuação mais eficaz no sentido de redução do risco de
doenças e agravos decorrentes da exposição das pessoas no desastre
relacionado com enchentes e inundações foi desenvolvido como ferramenta
de planejamento o Plano de Contingência para Enfrentamento de Desastres
de Origem Natural. Neste primeiro momento serão abordadas as enchentes e
inundações, mas com a perspectiva de acrescentar um capítulo sobre a seca
e estiagem que também se caracteriza como um evento causador de danos à
saúde e qualidade de vida da população sertaneja em nosso Estado.
Neste plano estão contidas orientações técnicas às Secretarias
Municipais de Saúde, as atribuições dos setores internos da SES e a forma de
articulação intrasetorial para oferecer apoio à execução das ações no âmbito
local.
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INTRODUÇÃO
Os desastres de origem natural quando acometem uma determinada
população refletem um maior adoecimento por agravos diversificados
dependendo de sua magnitude e intensidade, ocorrendo por fatores como
contato e/ou consumo de água contaminada, aglomeração de pessoas,
descontrole ambiental de vetores, exposição a condições insalubres,
dificuldades socioeconômicas, dentre outros.
Os instrumentos de vigilância em saúde ambiental devem permitir a
análise de informações relacionadas ao ambiente e à saúde e definir
indicadores com o objetivo de prevenir e atender a ocorrência de agravos à
saúde. Desta forma para esta área de atuação da vigilância ambiental são
utilizados alguns indicadores de agravos e doenças monitorados pela
vigilância epidemiológica como também por órgãos externos ao setor saúde.
Como forma de melhorar e intensificar as ações de saúde frente ao
impacto dos desastres e seus efeitos imediatos e em longo prazo sobre a
saúde pública deve-se aprimorar o conceito de gerenciamento de risco no
planejamento das ações de vigilância em saúde.
Um fator importante para o desenvolvimento dos trabalhos é o
fortalecimento da intersetorialidade, onde a ação conjunta com os demais
órgãos e entidades que atuam em desastres possam utilizar uma linguagem
universal, visando favorecer a comunicação integrada.
Denomina-se de contingência a uma situação de incerteza, quanto a
um determinado evento, fenômeno ou acidente, que pode se concretizar ou
não, durante um período de tempo determinado.
Plano de contingência é o planejamento tático que é elaborado a partir
de uma determinada hipótese de desastre com o objetivo, assim como todas
as ações da defesa civil, de reduzir a possibilidade desta ocorrência.
Utilizando a arte de dispor os recursos existentes, sejam eles privados,
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institucionais, humanos e materiais, previstos e disponíveis no terreno ou
cenário do desastre.
O estado de Pernambuco tem um histórico conhecido de ocorrência de
desastres podendo-se citar enchentes, deslizamentos, estiagens e seca.
Porém, este documento restringe-se a atuação do setor saúde diante dos
eventos adversos gerados a partir da ocorrência de enchentes e inundações,
como parte de um conjunto mais amplo de ações necessárias para minimizar
os impactos desses sinistros.
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OBJETIVOS
GERAL
Organizar e orientar as atividades de preparação para emergências e
desastres de origem natural e aperfeiçoar a capacidade de resposta diante
dos prováveis efeitos dos eventos adversos.
ESPECÍFICOS
• Instituição de um grupo de trabalho com atribuições de coordenar,
organizar e conduzir as ações, segundo prioridades identificadas, no
âmbito do setor saúde. Composição do grupo de trabalho intra-setorial:
- Secretário de Saúde (Coordenador) e/ou representante;
- Vigilância Epidemiológica;
- Vigilância Ambiental;
- Vigilância Sanitária;
- CIEVS;
- Assistência Médica (hospitais);
- Atenção Primária (Centros de Saúde, PACS, PSF);
- Laboratório;
- Assessoria de Imprensa;
- Outros (representantes do conselho estadual de saúde, etc.);
• Documentar e divulgar as informações (população, imprensa e
profissionais de saúde);
• Assegurar que os insumos necessários (veículos, material de
laboratório, insumos, etc.) sejam fornecidos adequadamente;
• Estabelecer locais que servirão como referência para o atendimento
ambulatorial e hospitalar, bem como fluxo de pacientes graves;
• Identificar e disponibilizar recursos humanos para executar ações de
vigilância e atendimento;
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• Definir e coordenar as ações de vigilância em saúde aplicáveis à
população afetada;
• Definir exames (subsidiários) para confirmação diagnóstica dos
principais agravos esperados, orientando a coleta adequada e
oportuna, fluxo de encaminhamento de amostras, processamento,
encaminhamento de resultados e insumos necessários.
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CONCEITOS E DEFINIÇÕES
• Acidente: Evento definido ou seqüência de eventos não planejados,
que dão origem a uma conseqüência específica e indesejada, em
termos de danos humanos, materiais ou ambientais.
• Desastre: Interrupção grave do funcionamento de uma comunidade
ou sociedade que causa perdas humanas e/ou importantes perdas
materiais, econômicas ou ambientais que excedam a capacidade da
comunidade ou sociedade afetada para responder utilizando seus
próprios recursos.
• Alagamento: Água acumulada no leito das ruas e no perímetro
urbano por fortes precipitações pluviométricas, em cidades com
sistemas de drenagem deficientes.
• Enchente: Elevação do nível de água de um rio, acima de sua vazão
normal.
• Inundação: Transbordamento de água da calha normal de rios,
mares, lagos e açudes, ou acumulação de água por drenagem
deficiente, em áreas habitualmente submersas.
• Alerta: Dispositivo de vigilância. Situação em que o perigo ou risco é
previsível em curto prazo. Passa da situação de sobreaviso para a de
prontidão.
• Alarme: Sinal, dispositivo ou sistema que tem por finalidade avisar
sobre o perigo ou risco iminente. Passa da situação de prontidão para a
de início ordenado das operações de socorro.
• Desabrigado: Pessoa cuja habitação foi destruída ou danificada por
um desastre, ou estão localizadas em áreas de risco iminente de
destruição e que necessitam de abrigos temporários providos pelo
Sistema para serem alojadas.
• Desalojado: Pessoa que foi obrigada a abandonar temporária ou
definitivamente sua habitação, em função de evacuações preventivas,
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destruição ou avaria grave, decorrentes do desastre, e que não
necessariamente, necessitam de abrigo provido pelo Sistema.
• Emergência: Alteração de forma súbita de pessoas, de seu meio
ambiente ou de seus bens causadas por fatores externos, de origem
natural ou antrópica e que demandam uma ação imediata por parte
das autoridades de saúde, porém, caracteriza-se por não exceder a
capacidade de resposta.
• Estado de Calamidade Pública: Reconhecimento legal pelo poder
público de situação anormal provocada por desastre, causando sérios
danos à comunidade afetada, inclusive à incolumidade e à vida de seus
integrantes.
• Situação de Emergência: Reconhecimento legal pelo poder público
de situação anormal provocada por desastres, causando danos
suportáveis e superáveis pela comunidade afetada.
• Defesa Civil: Conjunto de ações preventivas, de socorro, assistenciais,
reabilitadoras e reconstrutivas destinadas a evitar ou minimizar
desastres, preservar o moral da população e restabelecer a
normalidade social.
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CONTEXTO SÓCIOAMBIENTAL DO ESTADO
O estado de Pernambuco ocupa 1,2% do território brasileiro,
apresentava em 2000, uma densidade demográfica de 80,5 hab/km2, no
entanto, de forma não homogênea. Observando-se a distribuição da
população, a Região Metropolitana do Recife (RMR), em 2000, concentrava
3,5 milhões de habitantes, ou seja, 42,0% da população pernambucana em
apenas 2,8% do seu território, e o núcleo da RMR – Recife, Olinda e
Jaboatão dos Guararapes – participa com um terço da população
pernambucana, ocupando apenas 0,5% da área do Estado.
Ao afastar-se do litoral, observa-se uma tendência à diminuição na
densidade demográfica tendo a maioria dos 61 municípios pernambucanos
com densidade moderada, concentrando-se na Região Agreste. A partir do
Sertão, a ocupação se torna mais rarefeita devido não só ao número
absoluto da população residente, mas também pelo tamanho dos municípios.
Um aspecto relevante na distribuição desigual da população é a
deficiência estrutural da maioria dos municípios pernambucanos para
absorver a população imigrante atraída pelo dinamismo econômico dessas
localidades, fazendo surgir nas áreas periféricas aos centros urbanos dos
municípios, ocupações inadequadas pressionando as demandas sociais
básicas e comprometendo assim a qualidade de vida local.
Pernambuco, do ponto de vista climático, apresenta
predominantemente climas do tipo semi-árido, representando cerca de 70%
da área total do Estado, caracteriza-se por baixos índices pluviométricos
anuais e com variabilidade espacial e temporal dos índices.
Por outro lado, a Zona da Mata e o Litoral caracterizam-se por
apresentar climas úmidos, com chuvas superiores a 1000 mm, em média. No
geral, as chuvas iniciam em março, podendo estender-se até agosto,
diminuindo de setembro a fevereiro. O Agreste apresenta características
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climáticas intermediárias entre clima semi-árido e subúmido, com
excedentes hídricos de abril a junho.
No Sertão, com exceção do período que vai de janeiro a abril, os
valores de evaporação são superiores a precipitação média mensal, com
pequeno ou nenhum excesso de água. As temperaturas médias variam de 20
a 27 o C, onde os maiores valores encontram-se no Sertão.
Os principais sistemas metereológicos responsáveis pelas chuvas em
Pernambuco são: a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT); as Frentes
Frias; os Distúrbios Ondulatórios de Leste; os Vórtices Ciclônicos de Ar
Superior (VCAS), etc.
O monitoramento das variáveis metereológicas no Estado é realizado pelo
Laboratório de Metereologia de Pernambuco – LAMEPE, desde 1993.
Os impactos mais adversos do clima sobre as atividades produtivas em
Pernambuco não advém das condições médias da Metereologia sobre o
Estado, mas sim da sua alta variabilidade temporal e espacial; acarretando
enchentes e inundações em áreas Metropolitanas do Recife e Zona da Mata e
períodos de estiagem durante a estação chuvosa do Sertão.
O Estado encontra-se inserido dentro da faixa de baixas latitudes e
apresenta um relevo que predomina altitudes inferiores a 800m, com
exceção de poucos pontos, como por exemplo, o município de Triunfo
(1.200m).
REDE HIDROGRÁFICA DE PERNAMBUCO
O rio Beberibe tem sua nascente no município de São Lourenço da
Mata com o encontro dos seus dois formadores: o rio Pacas e o rio Araçá.
A bacia hidrográfica do Beberibe tem 79 km² e está situada
inteiramente na Região Metropolitana do Recife, passando pelo Recife e por
Olinda, fazendo confluência com o rio Capibaribe antes de desaguar no
oceano Atlântico. Os principais afluentes do Beberibe são o rio Morno e seu
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afluente rio Macacos, além dos canais Vasco da Gama e da Malária, e do
riacho Lava-Tripas.
O Riacho dos Cachorros é um rio afluente do rio Una, pela sua margem
direita, é de grande importância em face de sua condição essencial para o
sistema de abastecimento de água para a sede do município de Bonito.
O rio Capibaribe nasce na Serra de Jacarará, no município de Poção
(PE) e deságua no Oceano Atlântico, no centro do Recife. Possui duzentos e
quarenta quilômetros de extensão, e sua bacia, aproximadamente, 5.880
quilômetros quadrados. Possui cerca de 74 afluentes e banha 42 municípios
pernambucanos, entre eles Toritama, Santa Cruz do Capibaribe, Salgadinho,
Limoeiro, Paudalho, São Lourenço da Mata e o Recife.
Seu curso é dividido em três partes: o alto e o médio curso, situados
no Polígono das Secas, onde o rio apresenta regime temporário (cheio
sazonalmente); e o baixo curso, quando se torna perene a partir do
município de Limoeiro, no agreste do Estado. O rio encontra-se hoje bastante
degradado pelo assoreamento e poluição devido a dejetos de matadouros,
lixões, bem como esgotos urbanos e industriais.
O rio Capibaribe representou um fator geográfico determinante na
história de Pernambuco e do Nordeste brasileiro. Foi através da sua várzea
que se formaram os primeiros engenhos de cana-de-açúcar, devido ao seu
solo massapê, próprio para o cultivo. Também serviu de acesso para o
agreste e sertão, onde se desenvolvia a pecuária.
O rio Goiana possui 19 quilômetros de extensão e a sua bacia abrange
25 municípios de Pernambuco, indo do Agreste até a Zona da Mata Norte do
estado.
O rio Ipojuca tem sua nascente no município de Arcoverde (Serra das
Porteiras), entre as localidades Pedreiras e Lagoa, a uma altitude de 876
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metros. Segue a direção geral oeste-leste, da nascente até a cidade de
Gravatá, onde inflete para sudeste, mantendo-se nessa direção até a
desembocadura ao sul do Porto de Suape. Nesse percurso, o Ipojuca banha
várias cidades dentre as quais se destacam Pesqueira, Belo Jardim, São
Caetano, Caruaru, Bezerros e Gravatá (no Agreste), Escada e Ipojuca (na
Zona da Mata), recebendo das mesmas um volume elevado de poluentes ao
qual se acresce a carga poluidora da atividade agroindustrial (usinas,
destilarias e canaviais) localizada em sua bacia. Toda este carga de detritos
industriais e domésticos faz com que o rio Ipojuca seja o terceiro rio mais
poluído do Brasil.
Tendo a maior parte da bacia hidrográfica comprimida entre as bordas
da grande falha do Lineamento Pernambuco, o rio em apreço possui apenas
um afluente de relativa extensão - o riacho Liberal - que com ele conflui pela
margem direita, a sudoeste da cidade de Sanharó. Na maior parte de seu
trajeto, o Ipojuca é um rio de regime temporário, tornando-se perene
apenas na Zona da Mata onde se encontra cerca de 1/6 de seu curso, ao
longo do rio o canavial vai cedendo lugar ao manguezal que se dilata para o
norte e para o sul, interligando-se ao dos rios Tatuoca e Merepe, com os
quais forma um amplo estuário afogado.
A Bacia do rio Jaboatão se localiza na mata sul do estado de
Pernambuco, e vai se alargando quando se aproxima do litoral. O rio possui
uma área de 442 quilômetros e comprimento de 75 quilômetros. Nasce em
Vitória de Santo Antão.
O Riacho do Navio é um curso fluvial temporário que atravessa o
sertão pernambucano e é afluente do rio Pajeú. Sua fama se deve à música
de Luiz Gonzaga.
O rio Pajeú nasce na Serra da Balança, no município de Brejinho,
próximo à divisa entre os estados da Paraíba e Pernambuco. É afluente do
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São Francisco. O Riacho do Navio é um de seus afluentes. Nas margens do
rio Pajeú estão as cidades de Serra Talhada e Floresta.
O rio Pirapama, ou rio Araçuagipe ao longo do seu leito teve início o
desenvolvimento da monocultura da cana-de-açúcar no Cabo de Santo
Agostinho.
O rio São Francisco, também chamado de Opará, como era conhecido
pelos indígenas nasce na Serra da Canastra no estado de Minas Gerais,
atravessa o estado da Bahia, fazendo a divisa ao norte com Pernambuco,
bem como constituindo a divisa natural dos estados de Sergipe e Alagoas.
Por fim, deságua no Oceano Atlântico, na região nordeste do Brasil.
O rio São Francisco atravessa regiões com condições naturais das mais
diversas. As partes extremas superior e inferior da bacia apresentam bons
índices pluviométricos, enquanto os seus cursos médio e sub-médio
atravessam áreas de clima bastante seco. Assim, cerca de 75% do deflúvio
do São Francisco é gerado em Minas Gerais, cuja área da bacia ali inserida é
de apenas 37% da área total.
À medida que o São Francisco penetra na zona sertaneja semi-árida,
apesar da intensa evaporação, da baixa pluviosidade e dos afluentes
temporários da margem direita, tem seu volume d'água diminuído, mas
mantém-se perene, graças ao mecanismo de retroalimentação proveniente
do seu alto curso e dos afluentes no centro de Minas Gerais e oeste da Bahia.
Nesse trecho o período das cheias ocorre de outubro a abril, com altura
máxima em março, no fim da estação chuvosa. As vazantes são observadas
de maio a setembro, condicionadas à estação seca.
O rio Siriji nasce na serra do Jussurá e banha o vale do Siriji. Ao longo
de seu percurso, o rio Siriji é aproveitado para a construção de barragens.
Uma deles é conhecida como Barragem de Condado, que durante algum
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tempo abasteceu a cidade de Limoeiro. Hoje, o rio está poluído e não é mais
incolor ou inodoro.
O rio Una nasce na cidade de Capoeiras, agreste de Pernambuco, a
uma altitude de 900 metros em relação ao nível do mar e corre
aproximadamente 255 km e cai no Oceano Atlântico, em um local
denominado de Várzea do Una, Município de São José da Coroa Grande,
Pernambuco. Sua bacia está localizada no limite sul do litoral de
Pernambuco.
Drena, ao longo de seu curso, a partir da nascente, as cidades de São
Bento do Una, Cachoeirinha, Palmares, Água Preta, Barreiros e áreas dos
municípios de Altinho, Agrestina, São Joaquim do Monte, Belém de Maria,
Bonito e Catende. O seu escoamento é intermitente até as proximidades da
cidade de Altinho, quando a partir daí se torna perene face ao aumento dos
índices pluviométricos da região.
O Una corta o município dos Palmares na direção oeste-leste. O
principal tributário é o rio Piranji, situado à margem direita. O rio Verde e o
rio Preto são afluentes do Una, pela sua margem esquerda.
Outros rios
O rio Piranji tem início no povoado de Pau Ferro em Quipapá, a uma
altitude aproximada de 600 m, drenando ao longo dos seus 72 km de
extensão áreas dos municípios de Quipapá, São Benedito do Sul, Maraial,
Catende, Palmares e desaguando no rio Una 3 km à montante da cidade dos
Palmares.
Além do Piranji, destacam-se alguns cursos de água tributários do Una,
sendo os mais importantes o rio Camevou que faz os limites naturais com o
município do Bonito; o rio Verde e o rio Preto afluentes da margem esquerda
ao norte do município. Pela margem direita destacam-se o rio Parnaso e o
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riacho dos Cachorros, este último de grande importância em face de sua
condição essencial para o sistema de abastecimento de água para a sede do
município.
Importância das bacias hidrográficas
Esses cursos de água foram no passado, em sua maioria, caminhos de
penetração para o município, até mesmo para o interior do Estado. Ademais,
esses cursos destacam-se mais pela importância das indústrias localizadas
em suas bacias do que pela sua extensão. A utilização desses rios como
fonte de abastecimento de água tem sido prejudicada pelo despejo de caldas
provenientes das usinas de açúcar, outros resíduos industriais e esgotos
domésticos e hospitalares.
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Contexto dos desastres em Pernambuco
A ocorrência de desastres notificados ao Sistema Nacional de Defesa Civil
demonstra que a seca constitui um grande problema para o estado, atualmente 66%
dos municípios de Pernambuco estão inseridos na região do semi-árido nordestino,
redelimitado em 2005 através de estudo realizado pelo Ministério da Integração
Nacional.
Cabe ressaltar a deficiência de pesquisas e estudos científicos sobre o impacto do
evento da seca sobre a saúde da população que nela sobrevive muito se fala nos
processos econômicos e sociais decorrentes das secas, o que de certa forma dificulta a
orientação de políticas públicas de saúde para seu enfrentamento.
Observa-se na tabela abaixo que anualmente a maior parte dos decretos de
situação de emergência ou calamidade pública registrados deve-se a municípios
atingidos pela estiagem, este procedimento é necessário para pleitear recursos para
enfrentamento da emergência junto aos órgãos federais, que na maioria das vezes é
realizado apenas com ações de distribuição de cestas básicas e caminhões de água.
Número de Decretos de Situação de Emergência ou Calamidade
Pública por Evento – PE
Evento 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Cólera 0 1 0 0 0 0 Deslizamento de Solo 1 0 0 0 0 0 Deslizamento de Terra 1 0 0 1 0 0 Enchente 0 1 0 0 1 0 Enxurrada 0 12 18 9 0 39 Erosão Marinha 0 0 0 0 1 4 Estiagem 112 0 17 57 124 70 Extensão de Estiagem 7 0 0 0 0 1 Inundação 0 1 0 0 0 0 Precipitação Pluviométrica 0 47 0 0 0 0 Seca 1 0 7 0 0 0 Vendaval 0 0 0 0 1 0 Fonte: SEDEC
Uma situação que vem ocorrendo com certa freqüência é que boa parte destes
municípios que sofrem com a estiagem, em certo período do ano também são atingidos
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por fortes precipitações pluviométricas sendo então, atingidos por enchentes e
inundações. Este é um sério problema, pois, a população destes locais já vive em
condições sócio-econômicas desfavoráveis e os municípios em geral têm uma infra-
estrutura básica precária tanto de saúde como nas demais áreas assistenciais,
reproduzindo muitas vezes cenários de destruição e grandes prejuízos para a população.
No quadro a seguir estão demonstrados alguns danos decorrentes de eventos
como enchentes e inundações, observam-se como a intensidade e magnitude destes
eventos variam, pois, em alguns anos não há registro de maiores danos causados a
população.
Danos relacionados com a ocorrência de desastres. Pernambuco - 2000 a 2010*.
Ano Óbitos Feridos Desabrigados Desalojados
2000 26 2.149 30.287 62.257
2001 0 0 0 0
2002 0 33 701 4.088
2003 0 0 0 0
2004 31 213 16.345 10.450
2005 28 13.990 14.348 34.134
2006 0 0 0 332
2007 0 0 0 0
2008 2 ** 2.033 4.629
2009 3 ** 674 1.640
2010* 17 ** 26.966 55.643
TOTAL 107 16385 91354 173173 Fonte: CODECIPE * Dados sujeitos à revisão. ** Sem informação até o momento
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22
Observa-se que nos anos em que ocorrem invernos mais rigorosos o número de
vítimas decorrentes de enchentes e inundações é bastante relevante, com um número
expressivo de óbitos e pessoas feridas.
O quantitativo de pessoas que precisam ser removidas de suas residências
também é considerável, sabendo que aqueles que não dispõem de casa de parentes
para se alojar são instalados em abrigos, muitos destes improvisados, situação que
coloca em risco a saúde destas pessoas seja pela própria aglomeração ou das condições
sanitárias dos locais.
Esse levantamento de informações é realizado por equipes da defesa civil
municipal, porém, sabe-se que muitos municípios não dispõem de estrutura adequada
sendo necessário o auxílio da coordenadoria de defesa civil estadual.
Um ponto importante é a participação de equipes da saúde no apoio a estas
ações, pois, os agentes de defesa civil não detêm conhecimento técnico suficiente para
avaliar danos à saúde das pessoas, fazendo-se necessário o envolvimento de
profissionais das vigilâncias ambiental, sanitária e epidemiológica no processo de
avaliação de danos.
A Figura 1 demonstra o prejuízo em relação às unidades de saúde que são
afetadas por enchentes e inundações, isto reflete a vulnerabilidade a que a comunidade
está exposta, pois, no momento crítico não poderão contar com a assistência básica à
saúde mais próxima de suas residências. Observa-se que como na tabela anterior os
anos de 2000, 2004 e 2005 foram os que representaram maiores prejuízos também em
relação às unidades de saúde destruídas ou danificadas.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
23
0
20
40
60
80
100
2000 2001 2002 2003 2004 2005Ano
Unid
ades
de
Saú
de
Fonte: CODECIPE
Figura 1 - Número de unidades de saúde afetadas por desastres. Pernambuco - 2000 a 2005
É importante pensar no planejamento da rede básica de saúde local para o
encaminhamento de doentes e pessoas que venham a precisar de cuidados e insumos,
para que determinada comunidade não seja prejudicada em relação à assistência,
assunto que deve ser tratado com antecedência através dos planos de contingência
para redução de riscos locais.
A Figura 2 a seguir demonstra as regionais de saúde onde se concentram o
maior número de municípios atingidos por enchentes e inundações. Observa-se que a
terceira, primeira e quarta GERES respectivamente representam o maior número de
municípios que são afetados, porém, nesta análise não se leva em consideração o grau
de intensidade dos danos causados nestes municípios.
Estas regionais estão inseridas na região da zona da mata, litoral e agreste,
onde as precipitações pluviométricas costumam acontecer com mais intensidade.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
24
01020304050607080
I II III IV V VI VII VIII IX X XI
Regional de Saúde
Núm
ero
de m
unic
ípio
s
Fonte: CODECIPE
Figura 2 - Número de municípios atingidos por inundações, segundo Regionais de Saúde. Pernambuco - 2000 a 2007
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO ESTADO
Para a elaboração do Plano é fundamental definir a melhor estratégia
para articulação com o setor de Vigilância em Saúde. A epidemiologia se
apresenta como instrumento capaz de auxiliar a tomada de decisões em
todas as esferas e pelos grupos de interesses envolvidos nas questões de
saúde e ambiente.
No Plano constam informações sobre o perfil epidemiológico de
doenças/agravos relacionados com as chuvas, principalmente, leptospirose,
tétano acidental, doenças de veiculação hídrica e alimentar, hepatite A e E,
acidentes por animais peçonhentos e doenças de transmissão respiratória.
O conhecimento do padrão epidemiológico prévio é útil na orientação
das atividades da Vigilância em Saúde que serão implementadas nas
situações emergenciais.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
26
SARAMPO
O sarampo é uma doença aguda infecciosa causada pelo vírus pertencente ao
gênero Morbillivírus espécie sarampo e à família Paramyxoviridae. Sua transmissão
ocorre por meio de secreções respiratórias e apresenta sintomas como o exantema
morbiliforme típico generalizado acompanhado de febre síndrome catarral. As
complicações mais comuns são pneumonia, otite, doenças diarréicas e neurológicas.
A gravidade da doença varia segundo as condições socioeconômicas, apresentando
evolução severa em populações carentes, desnutridos, pacientes vivendo em
moradias superpopulosas, imunodeprimidos ou com tratamento de imunosupressão.
No Brasil, desde 2000 não há transmissão autóctone de sarampo. Em
Pernambuco, o aumento da cobertura vacinal contribuiu para ausência de casos
confirmados de sarampo desde 2000 (Figura 3). No período entre 2007 e 2009,
houve uma queda de 99,8% no número de casos notificados para sarampo no
Estado (Figura 4).
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
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5.500
6.000
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09
ANO
Nº
CA
SO
S
0
20
40
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80
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120
140
CO
B.
VA
CIN
AL
(%)
Nº de Casos Cobertura vacinal
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDIP; DATASUS * Dados sujeitos à revisão
Figura 3. Casos de sarampo e cobertura vacinal contra sarampo, dupla e
tríplice viral. Pernambuco, 1980 -2009*.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
27
177
62
28
0
20
40
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80
100
120
140
160
180
200
2007 2008 2009
Período
Nº
caso
s
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDIP
* Dados sujeitos à revisão
Figura 4. Casos notificados de sarampo. Pernambuco, 2007-2009*
RUBÉOLA
A rubéola é uma doença imunoprevenível, exantemática aguda de etiologia
viral de curso benigno que apresenta alta contagiosidade. Sua importância
epidemiológica deve-se ao acometimento de mulheres grávidas com risco de
aborto, natimorto e malformações congênitas denominadas de síndrome da rubéola
congênita (SRC).
Apesar da redução da incidência da rubéola com a introdução da vacina na
rotina, campanha de vacinação de crianças de 1 a 11 anos (2000), campanha de
vacinação de mulher em idade fértil (2001) e da intensificação das ações de
vigilância, o país enfrentou surto de rubéola em meados de 2006 e atingiu o estado
de Pernambuco em junho de 2007 (Figura 5).
O acúmulo de coortes susceptíveis e as dificuldades dos sistemas de vigilância
para detectar casos precocemente (seja pela subclínica ou semelhança com outras
doenças exantemáticas, como a dengue) exigiram medidas estratégicas, como a
ampliação da sensibilidade do sistema e a vacinação de grupo de risco anterior a
ocorrência de casos, para minimizar a circulação viral no estado. O coeficiente de
detecção da rubéola em PE-2007 foi de 0,6 por 100 mil hab., indicando atenuação
da circulação viral, quando comparada com aos coeficientes do Nordeste e do país
(2,0 e 4,2 por 100 mil hab., respectivamente). Em 2008, Pernambuco registrou 7
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
28
casos confirmados de rubéola, gerando um coeficiente de detecção de 0,1 por 100
mil habitantes. Em 2009 não houve casos confirmados em Pernambuco.
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDIP * Dados sujeitos à revisão
Figura 5. Coeficiente de Detecção da rubéola. Pernambuco, 2000-2009*
No surto ocorrido em 2007, a maioria dos casos de rubéola foi do sexo
masculino (59%) e ocorreram de forma mais freqüente entre a semana
epidemiológica 25 e 34 (75,5%). A população mais atingida foi de 20 a 29 anos do
sexo masculino (coeficiente de incidência =2,13 por 100 mil hab.), seguida da faixa
etária de 12 a 19 anos do sexo feminino (coeficiente de incidência =1,71/100 mil
hab). A população mais acometida a pertencia a faixa etária não incluída em
estratégias de vacinação. Nesse mesmo período, não houve casos de síndrome da
rubéola congênita.
Em agosto de 2008, foi realizada a Campanha Nacional de Vacinação contra
Rubéola direcionada à população de 20 a 39 anos de forma indiscriminada, com
meta de vacinar 95% dessa população entre ambos os sexos. A cobertura
populacional da campanha no estado de PE foi de 96,80%, com 82,16% de
municípios homogêneos (Figura 6).
Em 2009, foi realizada a campanha de Intensificação da estratégia de
Eliminação da Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita em Pernambuco, teve
como objetivo esgotar a totalidade ainda suscetível e de não vacinados da
população de escolares em áreas de abrangência de PSF nos municípios prioritários
0.0
2.0
4.0
6.0
8.0
10.0
12.0
14.0
16.0
18.0
20.0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Período
Coe
f. D
etec
ção
(100
.000
hab
)
MIF
Campanha de segmento
Eliminação da rubéola
Campanha vacinação de
homens e mulheres
Surto de rubéola
vacinação de adolescentes (Recife, Olinda e Jaboatão)
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
29
da Região Metropolitana do Recife entre 12 a 19 anos bem como atualizar a
caderneta de vacinação desses adolescentes.
Fonte: DATASUS/PNI
Figura 6. Cobertura vacinal da campanha nacional de vacinação contra rubéola.
Pernambuco, 2008
A Dupla Viral-DV (Sarampo e Rubéola) foi administrada 83.820 adolescentes
dos municípios do Recife, Jaboatão dos Guararapes e Olinda, colaborando para a
intensificação da estratégia de eliminação da Rubéola e Síndrome da Rubéola
Congênita nesses municípios no estado de Pernambuco (Figura 7).
23067
9407
22397
10621
5366
12962
0
5000
10000
15000
20000
25000
RECIFE JABOATÃO OLINDAMunicípios
N° D
oses
Apl
icad
as
DUPLA VIRAL
TRIPLAVIRAL
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDIP
* Dados sujeitos à revisão
Figura 7 - Cobertura vacinal da campanha nacional de vacinação contra rubéola.
Pernambuco, 2009*
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
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PARALISIA FLÁCIDA AGUDA
A vigilância epidemiológica das paralisias flácidas agudas (PFA/Pólio), no
Brasil, requer a manutenção das coberturas vacinais elevadas e homogêneas, e
monitoramento rigoroso dos indicadores que avaliam o desempenho operacional da
vigilância.
O mundo está prestes a interromper a circulação do vírus da Pólio e a
completar sua erradicação universal. Uma das últimas fontes possíveis do poliovírus
Selvagem é em laboratórios públicos e privados de pesquisa, de diagnóstico clínico,
de ensino e, de produção de vacinas, a partir dos quais o vírus poderá ser
reintroduzido acidentalmente no meio ambiente e causar novas epidemias.
Em atenção à resolução do Comitê Executivo da Organização Pan-Americana
da Saúde, adotada na sua 126ª sessão, realizada em 27 de junho de 2000, o Brasil
comprometeu-se a garantir a necessária contenção de amostras contaminadas ou
potencialmente contaminadas com o poliovírus armazenadas nos laboratórios
brasileiros.
No início de 2009, conforme previsto no Plano de Nacional de Erradicação do
Poliovírus em Laboratórios, foi realizado o levantamento dos laboratórios brasileiros
que estocavam materiais infectados ou potencialmente infectantes para o poliovírus
selvagem. Esse plano incluiu o cadastramento eletrônico de todos os laboratórios e
supervisão do Ministério da Saúde/Coordenação Geral dos Laboratórios Brasileiros-
CGLAB, para validar o cadastro e avaliar as condições técnico-operacionais dos
laboratórios que confirmaram o armazenamento do poliovírus. Em Pernambuco, dos
558 laboratórios cadastrados, somente o LACEN armazena esse tipo de material
infectante.
Em 2009, foram notificados 24 casos de PFA, com taxa de notificação de
0,97 casos por 100.000 habitantes menores de 15 anos (Figura 8). Todos os casos
tiveram investigação em tempo oportuno (48 horas após a notificação), mas apenas
70,8% das coletas de fezes foram realizadas em até 14 dias após o início do déficit
motor (Figura 9).
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
31
0,97
1,34
1,261,06
1,34
1,02
1,11
0
5
10
15
20
25
30
35
40
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Período
Nº
de c
asos
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
Tx.
not
ifica
ção
(100
.000
/hab
m
enor
es 1
5 an
os)
Nº casos Taxa de notificação
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDHP * Dados sujeitos à revisão
Figura 8. Taxa de notificação de PFA no período de 2003-2009*.
100,0
70,8
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
Investigação Oportuna Coleta oportuna
Indicador
%
Meta
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDHP
* Dados sujeitos à revisão
Figura 9. Indicadores de Qualidade da VE das PFA/Poliomielite. Pernambuco,
2009*.
Em 2009, ao término da 2º etapa da vacinação contra a poliomielite realizada
no Mês de setembro, Pernambuco ultrapassou a meta nacional (95%), com cobertura
vacinal de 103,73% e homogeneidade de 96%.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
32
COQUELUCHE
Em Pernambuco, a Coqueluche vem apresentando uma redução do número de
casos e de óbitos, no período entre 1980 e 2008. A distribuição dos casos nas
décadas de 1980 e 1990 e seus respectivos coeficientes de detecção foram elevados
até o inicio da década de 1990.
No ano de 1991 foram registrados 424 casos, com um coeficiente de detecção
de 5,9 por 100 mil habitantes (Figura 10). A partir de 1992, houve uma redução do
número de casos. Essa diminuição se deve ao aumento da cobertura vacinal.
Em 2005 e 2006 foram observados uma incidência alta em lactentes jovens
com o esquema vacinal incompleto e em recém-nascidos (RN) e crianças menores
de 2 meses, ainda sem indicação para o início da vacinação. Nesses casos a
transmissão ocorre por meio de um adulto da convivência domiciliar, que
geralmente não é vacinado ou que a proteção que adquiriu com a vacina está
diminuindo. Em 2008 e 2009 houve redução da letalidade e da detecção do agravo
no Estado.
0.0
10.0
20.0
30.0
40.0
50.0
60.0
70.0
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
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1989
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1991
1992
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2000
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Período
Coe
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etec
ção
(10
0.00
0 ha
b)
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
Leta
lidad
e (%
)
Coef. Detecção (100.000 Hab.) Letalidade (%)
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDIP * Dados sujeitos à revisão
Figura 10. Coeficiente de detecção e letalidade da coqueluche. Pernambuco, 1980 –
2009*
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
33
DIFTERIA
Na primeira metade da década de 1980, Pernambuco apresentou um número
elevado de casos da difteria. No período consecutivo, houve um decréscimo
progressivo, com tendência de maior decréscimo na década de 1990. No período de
2004, 2005, 2006 e 2008, não houve registro de casos. Contudo, no ano de 2007,
foi notificado um caso de uma criança com imunização incompleta (Figura 11).
Essa redução no número de casos é atribuída ao aumento da cobertura vacinal
e a boa efetividade do componente antidiftérico da vacina tríplice bacteriana. Para
controle da difteria se faz necessário alta cobertura e homogeneidade vacinal.
A difteria é uma doença infecciosa que pode apresentar alta letalidade
dependendo da forma de apresentação da doença. Contudo, os óbitos podem ser
evitados se o diagnóstico for precoce e o início do tratamento adequado.
Pernambuco apresenta uma elevada letalidade, variando de 4,6 % em 1990 a
100,0% em 2001, quando o único caso registrado foi a óbito. Sendo o último caso
confirmado em 2007.
0.0
2.0
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6.0
8.0
10.0
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1980
1981
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1983
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1985
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1990
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1992
1993
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2001
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2009
Período
Coe
f. D
etec
ção
(10
0.00
0hab
)
0.0
10.0
20.0
30.0
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60.0
70.0
80.0
90.0
100.0
Leta
lidad
e (%
)
Coef. Detecção (100.000 hab) Letalidade (%)
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDIP * Dados sujeitos à revisão
Figura 11. Coeficiente de detecção e letalidade da Difteria. Pernambuco, 1980 – 2009*
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
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TÉTANO ACIDENTAL
Analisando a série histórica do tétano acidental no Estado observamos um
elevado coeficiente de detecção na década de 1990, principalmente nos primeiros
quatro anos, que variou de 1,8 por 100 mil hab., em 1990, a 1,2 por 100 mil hab.,
em 1994. A partir de 1995 iniciou uma redução gradual, alcançando, em 2009, um
coeficiente de detecção de 0,2 por 100 mil habitantes (Figura 12).
A doença apresentou uma elevada letalidade entre 1990 e 1997, com
diminuição alternada em alguns anos. Essa diminuição acontece quando o
diagnóstico e o inicio do tratamento são precoces e também quando o início dos
sintomas ocorre próximo da data do ferimento.
Uma ocorrência maior dos casos tem sido observada em adulto jovem e em
pessoas com 60 anos e mais. Quanto ao sexo, há predominância no masculino.
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
1.2
1.4
1.6
1.8
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1992
1993
1994
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1996
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2000
2001
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2007
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2009
Período
Coe
f. D
etec
ção
(100
.000
hab
)
(
100.
000
hab)
0.0
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100.0
Leta
lidad
e (%
)
Coef. Detecção (100.000 hab.) Letalidade (%)
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDIP * Dados sujeitos à revisão
Figura 12 - Coeficiente de detecção e letalidade do tétano acidental.
Pernambuco, 1990 – 2009*.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
35
INFLUENZA SAZONAL
A influenza sazonal corresponde à circulação anual, geralmente nos meses
mais frios, de variantes antigênicas dos vírus de Influenza humana, devido a
pequenas alterações na sua estrutura genética.
Provoca doença não complicada entre os indivíduos saudáveis e, naqueles
com co-morbidades, pode ocasionar complicações e óbitos, produzindo uma grande
sobrecarga aos serviços de saúde.
Classicamente, o quadro clínico da influenza sazonal tem início abrupto, com
febre ≥38°C, tosse seca, dor de garganta, mialgia, dor de cabeça e prostração, com
evolução autolimitada, de poucos dias. Sua principal complicação são as
pneumonias, responsáveis por um grande número de internações hospitalares no
país.
Os vírus da influenza apresentam variações antigênicas que resultam em
alterações parciais da sua estrutura genética. Esse fenômeno propicia a ocorrência
cíclica da doença na população, motivo de absenteísmo escolar e no trabalho, e
uma grande sobrecarga de atendimento nos serviços de saúde.
No Brasil, o padrão de sazonalidade varia entre as diversas regiões do país,
sendo mais marcado naquelas que têm estações climáticas bem definidas,
ocorrendo com maior frequência nos meses mais frios, em locais de clima
temperado, ou no períodochuvoso, em locais de clima tropical.
Manifesta-se por meio de surtos anuais de magnitude, gravidade e extensão
variáveis. É também frequentemente confundida com outras viroses respiratórias,
por isso o diagnóstico para confirmação geralmente é feito mediante exame
laboratorial específico. Para efeito de vigilância epidemiológica, utiliza-se a
abordagem de síndrome gripal.
Modo de transmissão - Transmissão direta (pessoa a pessoa), por meio de
pequenas gotículas de aerossol (>5 milimicras de diâmetro), expelidas pelo
indivíduo infectado com o vírus influenza, a pessoas suscetíveis, ao falar, espirrar e
tossir. Também há evidências de transmissão pelo modo indireto, por meio do
contato com as secreções do doente.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
36
Período de incubação - Em geral de 1 a 4 dias.
Período Transmissibilidade - Um indivíduo infectado pode transmitir o
vírus desde 2 dias antes do início dos sintomas, até 5 dias após o início dos
sintomas.
BOTULISMO
No período entre 1999 e 2006, Pernambuco registrou apenas um caso de
botulismo alimentar no município do Recife, em agosto de 2004, sendo detectada a
toxina botulínica tipo A e B em amostra de soro. Na ocasião, não houve
identificação do alimento contaminado, uma vez que o paciente consumia restos de
alimentos encontrados no lixo.
CÓLERA
Analisando-se os dados de morbidade da Cólera em Pernambuco, desde sua
introdução, em fevereiro de 1992 no município de Bezerros no Agreste
Pernambucano, até os dias atuais, observar-se a expansão da epidemia nos
períodos entre 1992 e 1994. No triênio de 1992 - 1994, há aumento nas taxas de
detecção seguido de declínio progressivo nos anos 1995, 1996, 1997 e fase de
recrudescimento em 1998, 1999 e 2000, assumindo nestes últimos anos um caráter
endêmico, com surgimento de surtos, alguns explosivos, outros propagados,
principalmente, nas áreas onde são bastante precárias as condições de saneamento,
abastecimento de água, habitação, escolaridade e renda (Figura 13).
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
37
0.0
20.0
40.0
60.0
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100.0
120.0
140.0
160.0
1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Coe
f. D
etec
ção
(10
0.00
0 ha
b)
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
Leta
lidad
e (%
)
Coef. Detecção(100.000 hab) Letalidade (%)
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDTHA
Figura 13 - Coeficiente de detecção e letalidade da cólera. Pernambuco, 1992 – 2008
Vale destacar que esses surtos tiveram como fonte comum de contaminação
a água consumida pela população exposta. Os últimos casos de Cólera detectados
em Pernambuco ocorreram em 2004 com 21 casos no município de São Bento do
Uma e, em 2005, 04 casos em São Bento do Una e 01 no Recife.
Para prevenir e evitar novos surtos, ações têm sido desenvolvidas pela equipe
de vigilância epidemiológica e ambiental das Secretarias Estadual e Municipal de
Saúde. Dentre essas, destacam-se a Monitorização das Doenças Diarréicas
Agudas/MDDA e o monitoramento dos principais mananciais das águas utilizadas
para o consumo humano.
O monitoramento ambiental do V cholerae vem sendo desempenhado com
sucesso no estado de Pernambuco, permitindo a detecção precoce do
microorganismo no meio ambiente e a adoção de medidas de prevenção oportunas.
As mechas de Moore são colocadas em pontos fixos ao longo dos rios que
compõem as bacias hidrográficas do estado de Pernambuco. Nos anos de 2005,
2006, 2007 e 2008 foram encontrados V. cholerae nos rios Capibaribe, Ipojuca,
Tracunhaém, Orobó, Una, Bituri e Capibaribe Mirim.
Em 2009 foram enviadas 399 mechas de Moore para o LACEN, não sendo
detectada a presença de Víbrio cholerae no ambiente.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
38
FEBRE TIFÓIDE
A febre tifóide persiste no Brasil de forma endêmica, com alguns surtos
epidêmicos esporádicos e taxas de incidência com tendência contínua à redução.
A análise do comportamento temporal da doença em Pernambuco, no período
entre 1990 e 2008, mostra tendência à queda no registro de casos. Os anos com
maior número de notificados foram os de 1996 e 1997, com 167 e 295 casos,
respectivamente. Neste último ano, o risco foi mais elevado devido ao surto que
ocorreu na periferia do município de Rio Formoso, região da Mata Sul do Estado.
Em relação à mortalidade, pode-se afirmar que, que tanto no Brasil quanto em
Pernambuco a tendência da doença no período de estudo tem sido de redução, em
virtude da diminuição das suas taxas de detecção e possivelmente, da precocidade
da terapia microbiana atualmente utilizada. Ressalte-se que, face às deficientes
condições de vida que favorecem a ocorrência de doenças de veiculação hídrica,
pode existir sub-registro de casos, em algumas regiões do estado, restringindo a
fidedignidade e a representatividade dos dados disponíveis (Figura 14).
0
50
100
150
200
250
300
350
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Ano
N
-5
0
5
10
15
20
25
Leta
lidad
ae (
%)
Casos confirmados Letalidade (%)
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDTHA
Figura 14 - Febre Tifóide, casos confirmados e letalidade. Pernambuco, 1994 –
2008
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
39
ROTAVÍRUS
Em 2006 a Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde
implementou a vigilância das doenças diarréicas agudas com o objetivo de conhecer
o perfil das gastroenterites causadas por Rotavírus, em crianças menores de 5 anos.
Em Pernambuco o programa foi implantado no ano de 2007, em três unidades
sentinelas: duas em Recife (Unidades de Pediatria Maria Cravo Gama e Helena
Moura) e outra em Olinda.Nos anos de 2007-2009 foram coletadas 267 amostras de
fezes in natura, de crianças internadas nessas unidades, com 19,7% (53 casos) de
positividade para rotavírus no período. Dos casos reagentes a maior prevalência
(79,2%) foi no grupo etário de 1 a 4 anos e no sexo masculino( 64,1%).
Em 2010, o Ministério da Saúde incluiu na PAVS o monitoramento do rotavírus,
com meta de coleta de 25% das amostras de fezes in natura em crianças menores
de cinco anos atendidas no Programa de Monitorização da Doenças Diarréicas
Agudas que estejam realizando o plano de tratamento C. Vale ressaltar que,
apenas a Unidade de Pediatria Maria Cravo Gama permanece como unidade
sentinela para rotavírus em 2010.
SURTOS DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTA)
O Sistema de Vigilância Epidemiológica das Doenças de Transmissão Hídrica e
Alimentar (SVE-DTHA) foi iniciado no Brasil em 1999. No ano seguinte, Pernambuco
implantou o sistema de SVE-DTHA de forma descentralizada para as onze Regionais
de Saúde e seus municípios. Desde então o comportamento desses agravos tem
sido acompanhado, revelando aspectos até então desconhecidos.
Entre os anos de 2000 e 2009 foram confirmados 477 surtos de DTA, que
acometeram 7280 pessoas, com registro de 9 óbitos (Tabela 1).
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
40
A maior concentração (aproximadamente 90%) dos surtos ocorreu na I
Gerência Regional de Saúde, que abrange os municípios da Região Metropolitana do
Recife.
Quanto ao local de ocorrência, o maior percentual dos surtos (38,2%)
aconteceram nos estabelecimentos comerciais de alimentação (restaurantes,
lanchonetes, padarias). As residências representaram o segundo principal local de
ocorrência (31,3%).
Dos surtos com determinação do alimento envolvido, a água foi o alimento
mais freqüentemente (21,6%), seguido das preparações mistas (14,1%).
Em 60,6% dos surtos foram especificados os agentes etiológicos. Dentre eles,
destacam-se: Escherichia coli (29,7%), Staphylococcus aureus (26,5%) e
Salmonella spp. (13,2%).
Tabela 1. Distribuição do Número de Surtos de DTA. Pernambuco, 2000-2009*
Ano Surtos Doentes Óbitos
2000 25 1186 0
2001 32 673 0
2002 40 670 0
2003 36 384 0
2004 58 600 0
2005 49 602 3
2006 72 469 0
2007 55 733 2
2008 55 1452 4
2009* 55 511 0
TOTAL 477 7280 9
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDTHA * Dados sujeitos à revisão
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
41
MONITORAMENTO DAS DOENÇAS DIARRÉICAS AGUDAS
Reconhecida como um problema relevante na saúde pública, sendo uma
importante causa de morbimortalidade no Brasil, o Monitorização das Doenças
Diarréicas Agudas (MDDA) teve sua implantação em 1994, com o objetivo de
detectar precocemente alterações na saúde da população que se expressem por
mudanças na tendência das diarréias.
De acordo com o Ministério da Saúde a região mais atingida no período de
1996 a 2004 foi a Nordeste, a qual apresentou a maior proporção de óbitos por
diarréia aguda (9,0%) e os maiores gastos com internações hospitalares por esse
agravo.
Em Pernambuco, as doenças diarréicas agudas vêm sendo acompanhadas
desde o final dos anos 90 e, em 2007, foi implantado o Sistema informação da
Vigilância Epidemiológica das Doenças Diarréicas Agudas (SIVEP-DDA) que funciona
on-line. Em 2009 foi realizado treinamento com técnicos de todas regionais de
saúde do Estado e hoje, o sistema do SVEP- DDA é operacionalizado nessas
regionais via online.
Em 2007 foram registrados 217.770 casos, com uma maior freqüência na faixa
etária de maiores de 10 anos (45,1%) seguida da faixa de 1 a 4 anos(29,1%).
Quanto ao plano de tratamento, o plano A foi o mais freqüente (57,5%).
Em 2008 e 2009 foram registrados 234.461 e 248.440 casos, respectivamente,
com maior freqüência na faixa etária de 10 anos e mais e no plano de tratamento A.
Destaca-se ainda, uma maior concentração de casos entre os meses de fevereiro e
março no ano de 2010.
LEPTOSPIROSE
Em Pernambuco, no período de 1999 a 2009, ocorreram 3.218 casos e 407
óbitos. A taxa média anual de detecção foi de 3,6/100.000 habitantes. A
distribuição da doença, nesse período, evidenciou o comportamento epidêmico do
ano 2000 face ao aumento da precipitação pluviométrica, com média mensal entre
janeiro e setembro, de 269 mm de chuva, em contraposição aos anos 1999 e 2001.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
42
Nos últimos sete anos o número de casos da doença, em Pernambuco, não
apresentou grandes variações. A letalidade foi muito elevada em 1999 com taxa de
22,5 % e com tendência à redução ao longo do período, chegando, em 2008, a
6,9% (Figura 15).
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Nº Cas
os
0.0
5.0
10.0
15.0
20.0
25.0
Leta
lidad
e (%
)
Casos confirmados Letalidade
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDTHA * Dados sujeitos à revisão
Figura 15 - Leptospirose - Distribuição de casos e Letalidade em
Pernambuco, 1999-2010*
As precipitações pluviométricas que provocaram enchentes ocasionais, bem
como, os períodos de longa estiagem e a alternância dos índices de infestação de
roedores contribuíram para a sazonalidade, com a concentração de casos no período
de abril a agosto, época mais chuvosa no Estado (Figura 16).
Entre as Regionais de Saúde, observa-se a predominância de ocorrência da
doença na I Geres, com taxa de detecção de 4,5 e 4,8/100.000 habitantes em 2007
e 2009, respectivamente (Figura 17). Destacam-se nesta regional os municípios do
Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes que apresentam cerca de 67,0% dos
casos ocorridos nesse período.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
43
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
jan fev
mar ab
rm
ai jun jul ago se
tout
novdez
Ano
Nº
Cas
os
2004 2005 2006 2007 2008 2009
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDTHA
* Dados sujeitos à revisão
Figura 16 - Leptospirose - Distribuição mensal dos casos
confirmados. Pernambuco, 2001-2009*
0.0
1.0
2.0
3.0
4.0
5.0
6.0
GERES
Coe
f. D
etec
ção(
100.
000
hab)
2007 4.5 0.7 1.5 0.7 0.2 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.5
2008 4.0 0.6 0.4 1.2 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
2009 4.8 0.7 1.1 0.6 0.2 0.3 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
I II III IV V VI VII VIII IX X XI
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDTHA
* Dados sujeitos à revisão
Figura 17 - Leptospirose - Distribuição da taxa de detecção segundo
Gerência Regional de Saúde. Pernambuco, 2007-2009*
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
44
A Figura 18 mostra o incremento na confirmação dos casos pelo critério
laboratorial, passando de 39,5%, em 2001, para 88,5 % em 2009.
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0%
Clín.Laboratorial 39,5 46,9 62,7 67,7 77,9 81,2 72,8 76,8 88,5
Clín. Epidemiológico 59,0 47,2 36,3 31,5 21,5 18,4 26,7 22,7 10,3
Ignorado 1,5 5,9 1,0 0,8 0,6 0,4 0,5 0,6 1,1
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDTHA
Dados sujeitos à revisão
Figura 18 - Leptospirose - Percentual dos casos segundo critério de
confirmação. Pernambuco, 2001- 2009*
Quanto à faixa etária e o sexo, a doença apresentou comportamento
semelhante ao encontrado no Brasil, atingindo mais o grupo etário de 20 a 49 anos
de idade e o sexo masculino (Figuras 19 e 20).
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
45
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Ano
65 e +
50-64 ANOS
20-49 ANOS
10-19 ANOS
1-9ANOS
<1
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDTHA
* Dados sujeitos à revisão
Figura 19 – Leptospirose – Proporção de casos confirmados segundo faixa
etária. Pernambuco, 2001-2009*
0.0
10.0
20.0
30.0
40.0
50.0
60.0
70.0
80.0
90.0
100.0
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Período
%
Masculino Feminino
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCAA/CDTHA * Dados sujeitos à revisão
Figura 20 - Leptospirose – Proporção de casos de confirmados segundo sexo.
Pernambuco, 1999-2009*
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
46
HEPATITE A e E
As hepatites virais são um importante problema de saúde pública, apresentando
distribuição universal e magnitude que varia de região para região. A hepatite A e E
apresentam alta prevalência nos países com precárias condições sanitárias e
socioeconômicas.
No estado de Pernambuco, a taxa de detecção de hepatite A variou de 6,7 por 100
mil habitantes (2009) a 22,3 por 100 mil habitantes (2005) (Figura 21). Em relação
à hepatite E, no período analisado, apenas um caso foi notificado e confirmado.
13.311.9
14.1
17.9
22.3
15.3
9.0 8.96.7
0.7
0.0
5.0
10.0
15.0
20.0
25.0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Período
Coe
f. D
etec
ção
(100
.000
hab
)
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA * Dados sujeitos à revisão
Figura 21 - Hepatite A – Coeficiente de detecção. Pernambuco, 2001-2010*
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
47
ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS
OFIDISMO
Os acidentes ofídicos têm importância médica em virtude de sua grande
frequência e gravidade. O conhecimento da padronização atualizada de condutas de
diagnóstico e tratamento dos acidentados é imprescindível para evitar óbitos pelo
agravo.
Em Pernambuco, os dados apresentados na Figura 22 apontam uma
distribuição uniforme da ocorrência de acidentes por ofídios a partir do ano 2003.
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
OFIDISMO 211 357 587 770 602 678 768 794 703 582
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009*
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCZOE * Dados sujeitos à revisão Figura 22 - Ofidismo – Acidentes por ofídios. Pernambuco, 2000- 2009*
ESCORPIONISMO Os acidentes escorpiônicos são importantes em virtude da grande freqüência
com que ocorrem e da sua potencial gravidade, principalmente em crianças picadas.
No estado de Pernambuco, a Região Metropolitana do Recife concentra o
maior número de casos, sendo ocasionados pelo crescimento desordenado dos
espaços urbanos e problemas ambientais por ele causados.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
48
A Figura 23 indica um crescimento no número de acidentes até o ano de 2007
e uma discreta redução nos anos subseqüentes, tendo em vista o incremento nas
ações preventivas.
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
ESCORPIONISMO 545 860 1230 2185 3744 4361 6837 7087 5249 3439
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009*
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCZOE * Dados sujeitos à revisão
Figura 23 - Escorpionismo – Acidentes por escorpiões. Pernambuco, 2000- 2009*
ARANEISMO Os acidentes causados por aranhas não são comuns no estado de
Pernambuco. Porém, a introdução do homem em ambientes silvestres para
atividades econômicas ou de lazer e o processo de urbanização têm sido as
principais causas de acidentes neste Estado.
A análise da Figura 24 demonstra uma baixa ocorrência do agravo em
Pernambuco, porém a importância médica de algumas espécies requer agilidade e
habilidade para o tratamento dos acidentados.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
49
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
ARANEISMO 14 29 37 50 45 53 54 78 61 46
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009*
Fonte: SES-PE/ SEVS/ DGCDA/GPCZOE * Dados sujeitos à revisão
Figura 24 - Araneismo – Acidentes por aranhas. Pernambuco, 2000- 2009*
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
50
ATRIBUIÇÕES DO GRUPO DE TRABALHO
COMPONENTE 1. VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL
VIGIDESASTRES
Nívia Carla Lima
31816079
• Acompanhar os alertas de chuvas, decretos de situação de emergência e estado de calamidade, instituídos nos municípios;
• Manter o contato com a CODECIPE para atualização de informações sobre desastres ocorridos nos municípios;
• Acionar os setores envolvidos na SES para desencadear apoio às ações de resposta nos municípios atingidos;
• Entrar em contato com a CGVAM/MS para solicitação dos Kits emergenciais de medicamentos para distribuição aos municípios afetados;
• Orientar as áreas técnicas para ações de resposta conforme avaliação de comprometimento dos recursos dos municípios frente aos desastres;
• Orientar ações de controle da qualidade da água para consumo em situações de comprometimento da rede de abastecimento;
• Orientar após avaliação de risco a distribuição de hipoclorito de sódio e as orientações para o uso nos locais afetados;
• Colaborar com a Defesa Civil no gerenciamento de abrigos, com avaliação dos locais em conjunto com a Vigilância Sanitária;
• Identificar por meio de relatórios fornecidos pelos órgãos competentes (municipais e estaduais), áreas com estrutura danificada pelas inundações que oferecem risco de acidentes à população próxima da área afetada;
• Avaliar áreas críticas, utilizando os seguintes critérios: o Áreas com histórico anterior de
desabamentos/enchentes; o Populações que vivem em encostas e próximos a
cursos d’água; o Adensamentos populacionais (favelas, ocupações); o Mapas de risco social, quando disponível;
• Avaliar se a inundação afetou ou afetará áreas industriais, depósitos de produtos químicos, estabelecimentos que comercializam agrotóxicos ou outros produtos químicos, gerando riscos à saúde;
• Identificar sistemas de disposição final de resíduos urbanos e industriais (lixão, aterros, áreas de transbordo) atingidas pelas enchentes, que possam acarretar riscos químicos e/ou biológicos.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
51
VIGIÁGUA
Danielle Ferreira 31816079
• Participar no planejamento das ações emergenciais voltadas para a bacia hidrográfica e manancial de abastecimento público das áreas afetadas;
• Intensificar a vigilância da qualidade da água para consumo humano nas áreas de risco, devido ao caráter emergencial priorizando as análises de cloro residual e E. coli ou coliformes termotolerantes, conforme as orientações da Portaria/MS n.º 518/2004;
• Disponibilizar kits para medição de cloro residual; • Avaliar a necessidade de aumentar a concentração de cloro
residual e elevar a pressão do sistema de abastecimento de água;
• Indicar outras fontes seguras de abastecimento de água, destacando-se que a utilização de caminhões-pipa deverá estar em conformidade com a Portaria/MS n.º518/2004 e obedecendo às normas sanitárias;
• Assegurar o acesso ao hipoclorito de sódio a 2,5% para desinfecção caseira da água para consumo humano;
• Apoiar os municípios na divulgação sobre os procedimentos de limpeza e desinfecção das caixas d’ água;
• Orientar os responsáveis pela operação dos sistemas de abastecimento público e soluções alternativas coletivas, para elaborar um plano emergencial de monitoramento da qualidade da água no período de contingência, visando assegurar a manutenção adequada do sistema de abastecimento;
• Informar aos responsáveis pelos sistemas de Esgotamento Sanitário sobre a necessidade de: consertos de tubulação, desentupimento de galerias, drenagem e limpeza de estações de tratamento, cloração e desinfecção de efluentes, construção de instalações sanitárias nos acampamentos e abrigos temporários;
• Monitorar a água para risco de contaminantes químicos (agrotóxicos, metais pesados), caso a inundação atinja áreas industriais, depósitos ou estabelecimentos comerciais que possam conter estes produtos;
• Indicar a utilização de soluções alternativas de abastecimento, no caso de algum manancial normalmente utilizado ter sido contaminado por substâncias perigosas;
ZOONOSES E ENDEMIAS
Nara Arruda 31816391
• Orientar as unidades de controle de zoonoses municipais para o manejo adequado dos cadáveres de animais, tanto no transporte quanto para o destino final;
• Orientar as ações previstas nos programas de controle de doenças transmitidas por vetores principalmente nas áreas de acampamentos, abrigos e áreas de adensamento populacional como forma de evitar a proliferação de roedores, mosquitos e outros vetores.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
52
COMPONENTE 2. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
CIEVS
Maria Luiza Melo 31816053
08002813041
• Identificar emergências epidemiológicas, de modo contínuo e sistemático, por meio de notificação telefônica (Disque-Notifica), eletrônica (E-notifica) e mineração de informações nos principais meios de comunicação (Clipping Cievs);
• Receber a comunicação do evento, sendo o ponto focal intersetorial da SES;
• Coletar, consolidar, monitorar e disseminar as informações desses eventos entre os gestores e Rede CIEVS;
• Mobilizar as áreas técnicas para desenvolver suas atribuições em relação ao Plano de Contingência;
• Coordenar as ações de resposta frente às necessidades identificadas;
• Prestar apoio técnico, presencial e/ou virtual nas respostas às emergências em saúde pública;
• Convocar áreas técnicas afins para auxiliar no desenvolvimento das ações emergenciais;
• Acompanhar sistemas de alerta e alarme.
COORDENAÇÃO DE DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA E ALIMENTAR
Lucilene Aguiar 31816527 94884257
Nancy Senna
31816250
• Intensificar as ações de Vigilância Epidemiológica das Doenças de Veiculação Hídrica e Alimentar (Cólera, Botulismo, Doenças Diarréicas Agudas, Febre Tifóide, Leptospirose e Surtos de Doenças de Transmissão hídrica e Alimentar- DTHA);
• Garantir a distribuição de material educativo com ênfase na:
o Higiene pessoal e coletiva; o Tratamento da água; o Condutas e recomendações relacionadas às DTHA e
outros. • Acompanhar a reserva estratégica de hipoclorito de sódio a
2,5%, orientando a dispensação de acordo com a necessidade local;
• Apoiar a investigação de surtos e aglomerado de óbitos de doenças de veiculação hídrica e alimentar;
• Intensificar a monitorização das Doenças Diarréicas Agudas - MDDA, detectando oportunamente aglomerado de casos e óbitos.
COMPONENTE 3. PROGRAMA ESTADUAL DE IMUNIZAÇÕES
Coordenação PNI
Ana Catarina de Melo 31844000 34415184 94882654
• Orientar as Secretarias Municipais de Saúde nas recomendações específicas sobre vacinação em caráter emergencial;
• Disponibilizar insumos necessários para prover a rede de frio, caso haja aumento de demanda;
• Organizar a distribuição de insumos estratégicos conforme as necessidades locais.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
53
COMPONENTE 4. SAÚDE MENTAL
Coordenação GASAM
Marcela Lucena 31816182
• Articular em conjunto com a área da assistência à saúde das secretarias municipais, direcionando o atendimento às pessoas vítimas de trauma e estresse decorrentes dos desastres de origem natural.
COMPONENTE 5. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Superintendência de
Asssitência Farmacêutica
José Arimatéia Rocha 31844011 31844004 94882659
SAÚDELOG Maria Trindade
Ângelo Maranhão
• Receber o material disponibilizado pelo Ministério da Saúde e mobilizar as Regionais de Saúde para buscar na central SAÚDELOG;
• Articular com a CODECIPE a distribuição de insumos, quando necessário;
• Em situação emergencial demandar ao almoxarifado central solicitação de empresa de logística para garantir a distribuição rápida dos insumos necessários para as Regionais de Saúde;
• Organizar esquema para possível demanda em final de semana;
• Descrever a capacidade de armazenamento e estratégia de distribuição de material, quando necessário;
• Articular com o LAFEPE a compra e dispensação de medicamentos em caráter emergencial.
COMPONENTE 6. ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Diretoria de Assistência Regional
Ana Lúcia Ávila 31816
94884244
Carol Lemos 94884270
Média Complexidade – Nível Regional
• Identificar Unidades de Saúde em condições de atendimento e acesso à população afetada (Unidades Públicas e Conveniadas);
• Identificar hospitais de referência para os casos que necessitem de cuidados intermediários na região ou em outras regionais próximas;
• Contratação, se necessário, de leitos das unidades privadas de saúde;
• Providenciar Kit de emergência de medicamentos e insumos para todos os agravos;
• Divulgar para a rede de assistência regional de saúde os fluxogramas de atendimento de doenças e agravos relacionados com os desastres de origem natural, preconizados pelo Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de Saúde
• Organizar escala de plantão dos profissionais para o atendimento hospitalar;
• Levantar necessidade de leitos para o atendimento aos principais agravos;
• Trabalhar em parceria com hospitais de campanha para o atendimento dos casos.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
54
Diretoria Geral de Assistência Integral à Saúde
Ivete Buril 31816407 94882661
Alta complexidade • Estabelecer locais para o atendimento hospitalar, bem
como fluxo de pacientes graves; • Identificar leitos para atendimento em Unidade de
Tratamento Intensivo; • Garantir leitos de retaguarda para pacientes agudos e
crônicos; • Garantir terapia renal substitutiva independente do local de
residência do doente; • Garantir medicamentos e insumos para as principais
gravidades; • Monitorar permanentemente a disponibilidade de leitos de
retaguarda; • Garantir notificação dos casos de doenças de notificação
compulsória; • Garantir profissionais para os atendimentos emergenciais
de gravidade; • Manter nos hospitais de referência estoques estratégicos de
soro contra tétano e soro contra animais peçonhentos;
COMPONENTE 7. ATENÇÃO PRIMÁRIA Superintendência de Atenção Primária
Rodrigo Lima
31816445 94882677
• Mobilizar as equipes de saúde da família para atendimento à
população afetada; • Realizar mapeamento situacional das famílias; • Realizar levantamento dos desabrigados e desalojados; • Realizar o monitoramento da situação de saúde nos abrigos; • Articular com os equipamentos sociais dos territórios
atingidos pelas enchentes; • Organizar as ações de imunização; • Realizar ações de educação em saúde com os seguintes
temas: o Cuidado com os alimentos; o Tratamento de água e higienização dos alimentos
com hipoclorito de sódio; o Segurança alimentar e nutricional; o Doenças Infecciosas- dengue, leptospirose, cólera,
tétano, hepatite; o Prevenção de acidentes por animais peçonhentos; o Prevenção de doenças diarréicas agudas; o Prevenção do tétano acidental; o Cuidado com o ambiente e higiene pessoal nos
abrigos; o Orientações para facilitar o convívio coletivo.
- Garantir a notificação de doenças/agravos de doenças de notificação compulsória pelas equipes de saúde da família;
• Realizar a avaliação de danos na rede de atenção primária.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
55
COMPONENTE 8. VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Gerência Geral/APEVISA
Jaime Brito 31816425 31816424 94884600
• Orientar as VISAS regionais na articulação com as VISAS
municipais, visando à supervisão dos trabalhos e o apoio à vigilância ambiental do nível central;
• Orientar as VISAS municipais no gerenciamento da situação sanitária dos abrigos;
• Elaborar o diagnóstico sanitário dos municípios em situação de risco para enchentes e inundações, no tocante ao saneamento básico (água, esgoto), resíduos sólidos, drenagem, serviços de saúde; comércio e centrais de acondicionamento/ descarte de embalagens de agrotóxicos e afins (produtos utilizados no controle de vetores e animais sinantrópicos), licenciadas e clandestinas;
• Monitorar a qualidade da água potável distribuída emergencialmente, por meio de barreiras sanitárias verificando os carros-pipa, credenciados pelo Exército, Prefeituras Municipais, entre outros;
• Garantir a coleta e o envio de amostras de alimentos e medicamentos para análise laboratorial, quando necessário;
• Prover insumos para a realização de procedimentos (coletas, envio de amostras, análises, kits de medição de cloro residual) em apoio às Regionais de Saúde e municípios.
COMPONENTE 9. LACEN
Diretoria Geral de
Laboratórios Públicos Terezinha Tabosa
31816417 94884201
Gerência de Diagnóstico
Laboratorial de Vigilância Sanitária e
Ambiental Ângela Figueiroa
31816312 94884201
Coordenação de Diagnóstico das Doenças de
Notificação Rápida e Agravos Inusitados
Deise Gomes 31816318
• Garantir o aporte laboratorial para confirmação diagnóstica, orientando a coleta, fluxo de encaminhamento de amostras e resultados dos laboratórios de Virologia, Imunologia, Endemias, Parasitologia, Bacteriologia, Bromatologia, Ambiente, Toxicologia e Medicamentos;
• Garantir a distribuição dos seguintes insumos para a coleta de amostras clínicas, água, ambiente e alimentos: Swab Cary Blair para amostras fecais, recipientes contendo meio de cultura e de conservação para pesquisa de Vibrio, Cianobactérias e mercúrio em água;
• Comunicar por meio das áreas técnicas e do Núcleo de Epidemiologia do LACEN às Coordenações dos agravos e CIEVS estadual, de forma efetiva, informações relacionadas aos diagnósticos laboratoriais de saúde pública, independentemente de constar na lista nacional de agravos de notificação compulsória;
• Notificar os eventos que possam constituir emergência, caso incomum ou inesperado que pode ter grave impacto sobre a saúde pública.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
56
COMPONENTE 10. IMPRENSA
Gestão de Comunicação Interna Mariana Nepomuceno
31840065
• Monitorar a situação de adoecimento da população em virtude de enchentes e inundações, junto à Vigilância Epidemiológica, para avaliar estratégias de comunicação adequadas (envio de pautas, coletivas de imprensa e ações de mobilização social);
• Criar material educativo/informativo para disponibilização em internet, inclusive para a impressão;
• Manter interface com a Ouvidoria; • Produzir boletins diariamente e disseminar por meio da
mídia as informações de saúde relacionadas ao evento (desastre de origem natural);
• Orientar a população sobre as doenças/agravos decorrentes dos desastres de origem natural;
• Monitorar rumores na mídia e divulgar notas de esclarecimento;
• Definir, em conjunto, com os componentes do Plano de Contingência os porta-vozes para atender a imprensa;
• Estabelecer parcerias com empresas de comunicação (portais de internet, veículos de imprensa, operadores de telefonia, entre outros) para dar suporte à divulgação de informações úteis à sociedade;
• Informar sobre a suspensão das medidas adotadas emergencialmente e as medidas de retorno à normalidade.
COMPONENTE 11. OUVIDORIA SES Superintendência de
Ouvidoria Jadiael Souza
31840001 94882685
• Divulgar conforme sua abrangência de atuação as orientações técnicas da SES à população em geral;
• Colaborar na notificação de eventos repassando imediatamente qualquer comunicação advinda da população;
• Colaborar com a Vigilância em Saúde repassando informações advindas da população quanto ao atendimento na rede de saúde (falta de soros, atendimento precário, remoções desnecessárias, entre outros.)
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
57
ANEXOS
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
58
ANEXO A
Fluxograma – Notificação, Verificação, Resposta e Monitoramento dos Desastres
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
59
ANEXO B
INSTRUMENTOS
AVALIAÇÃO DE DANOS EM SAÚDE RELACIONADOS COM DESASTRES
DECORRENTES DO PERÍODO DE INVERNO
1. Dados Gerais
NATUREZA DO DESASTRE
MUNICÍPIO AFETADO
DECRETO DE SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA SIM ( ) NÃO ( )
DATA DO DECRETO
DATA DA AVALIAÇÃO
RESPONSÁVEL PELA AVALIAÇÃO
2. Agravos identificados relacionados com o evento
Agravos Faixa Etária Total
<1
ano
1 a 14
anos
15 a
64
anos
Acima
de 65
anos
Diarréia
Hepatite A
Leptospirose
Febre Tifóide
Acidentes com animais
SECRETARIA DE SAÚDE DE PERNAMBUCO SECRETARIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
DIRETORIA GERAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E AMBIENTAL
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
60
peçonhentos
Agressões por cão ou
gato
Dengue
* Outras
*Especificar:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
____________________
3. Número de pessoas feridas e óbitos relacionados com o evento
Grau das
lesões
Faixa etária Total
0 a 14 anos 15 a 64
anos
Acima de
65 anos
Ferimentos
leves
Ferimentos
graves
Óbitos
4.4.4.4. Danos à rede de saúde
Tipo de
Instituição*
Quantidad
e
Natureza Estrutura Custo
Estimado
para
recuperação
( ) Pública
( ) Privada
( )
Danificada
( ) Destruída
( ) Pública
( ) Privada
( )
Danificada
( ) Destruída
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
61
( ) Pública
( ) Privada
( )
Danificada
( ) Destruída
( ) Pública
( ) Privada
( )
Danificada
( ) Destruída
( ) Pública
( ) Privada
( )
Danificada
( ) Destruída
*Postos de Saúde, Policlínicas, Maternidade, Hospital, Almoxarifado, Asilos
de idosos, entre outros.
5.5.5.5. Estabelecimentos afetados
Tipo de Estabelecimento* Quantidad
e
Natureza Estrutura
( ) Pública
( ) Privada
( ) Danificada
( ) Destruída
( ) Pública
( ) Privada
( ) Danificada
( ) Destruída
( ) Pública
( ) Privada
( ) Danificada
( ) Destruída
( ) Pública
( ) Privada
( ) Danificada
( ) Destruída
( ) Pública
( ) Privada
( ) Danificada
( ) Destruída
( ) Pública
( ) Privada
( ) Danificada
( ) Destruída
*Escolas, Mercados públicos, Restaurantes, Lanchonetes, Armazéns de
alimentos, Indústrias, entre outros.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
62
6. Serviços essenciais danificados
Tipo de serviço Comunidade atendida
Observações
Sistema de tratamento de água
Rede de distribuição de água
Estação de tratamento de esgoto
Rede Coletora de Esgoto
Depósito de lixo
Rede Elétrica
7 . Danos ambientais gerados com o evento
Danos ambientais Localização Observações
Erosão do solo
Deslizamento de
encostas
Destruição de
vegetação
Contaminação de águas
por resíduos sólidos
Contaminação de água
por resíduos químicos
*Anexar fotos
Relatórios sobre Vigilância à Saúde Frente às Inundações
Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco Secretaria de Vigilância em Saúde Diretoria Geral de Vigilância Epidemiológica e Risc os Ambientais Relatório sobre Vigilância à Saúde Frente às Inunda ções 1. Regional de Saúde: 2. Data: 3. Responsável pelo preenchimento: 4. Informações Gerais
Nº Município Nome do Abrigo Endereço Nº Desabrigad os Nº Doentes 1
2 3
4 5
6
7 8
9 10
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
64
Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco Secretaria de Vigilância em Saúde Diretoria Geral de Vigilância Epidemiológica e Risc os Ambientais Relatório sobre Vigilância à Saúde Frente às Inunda ções 1. Regional de Saúde: 2. Data: 3. Responsável pelo preenchimento: 4. Condições Gerais dos Abrigos inspecionados
Nº Nome do Abrigo Estrutura Física* Condições de Hi giene** Equipe de PSF/PACS***
1 2 3 4 5 6 7 8 9
10 *Nº de banheiros; cozinha (higiene,água potável, destino do lixo, estrutura para armazenamento e processamento dos alimentos) **Adequada ou inadequada *** Visita da equipe PSF/PACS (frequência)
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
65
Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco Secretaria de Vigilância em Saúde Diretoria Geral de Vigilância Epidemiológica e Risc os Ambientais Relatório sobre Vigilância à Saúde Frente às Inunda ções 1. Regional de Saúde: 2. Data: 3. Responsável pelo preenchimento: 4. Problemas Encontrados e Soluções Nº Nome do Abrigo Problemas Encontrados Soluções Pr opostas Responsável 1 2 3 4 5 6 7 8 9
10
ANEXO C
ORIENTAÇÕES TÉCNICAS ÀS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE
Com a ocorrência de inundações surge a preocupação com o aparecimento de doenças. Nesse sentido, a presente nota técnica visa orientar os municípios quanto às possíveis conseqüências das enchentes relacionadas à ocorrência das doenças transmissíveis, e quanto às medidas de controle pertinentes a cada situação.
DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA
Freqüentemente as enchentes levam a contaminação das redes públicas de abastecimento, pela entrada de água poluída nos pontos de vazamento da rede, além da interrupção temporária das atividades das estações de tratamento. Como o consumo de água é uma necessidade básica, muitas vezes a população acaba utilizando água contaminada, expondo-se ao risco de diarréia, cólera, febre tifóide e hepatites A e E.
A cólera e as demais doenças diarréicas agudas têm período de incubação curto, variando de algumas horas a até cinco dias. O período de incubação da febre tifóide é, em média, de 15 dias e das hepatites A e E é de 30 dias, podendo ter conseqüências mais tardias nas inundações. Recomendações • Evitar que a população consuma água inadequada, por meio da adoção de
medidas emergenciais, tais como: � Educação em saúde e distribuição de hipoclorito de sódio a 2,5% (02
gotas por litro de água) para desinfecção da água para beber, � Outros produtos a base de cloro, autorizados para o tratamento da
água e registrados no Ministério da Saúde, poderão ser utilizados, observando-se atentamente as orientações contidas no rótulo do produto;
• Orientar o tratamento da água para consumo humano por meio da ebulição (fervura), durante cinco minutos. Este método de desinfecção é eficaz, contudo, por ser um procedimento oneroso, recomenda-se em situações de urgência e na falta de outro método de desinfecção, a utilização do hipoclorito;
• Intensificar o monitoramento da qualidade da água para consumo humano nas áreas atingidas;
• Monitorar, diariamente, as doenças diarréicas agudas (MDDA) para a identificação de mudanças no perfil epidemiológico das diarréias nas áreas afetadas;
• Estar em alerta para a possibilidade de ocorrência de surtos de hepatites e febre tifóide, garantindo os meios para o diagnóstico e tratamento dos casos;
Distribuir Soro de Reidratação Oral e orientar à população para seu uso em casos de diarréia aguda.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
67
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
68
LEPTOSPIROSE
Uma das principais ocorrências epidemiológicas após as inundações é o aparecimento de casos ou surtos de leptospirose que é transmitida aos seres humanos pelo contato com água ou lama contaminados pela urina de animais portadores, principalmente roedores domésticos (ratazanas, ratos de telhado e camundongos). Este contato ocorre durante e imediatamente após as enchentes, quando as pessoas retornam à suas residências e procedem à limpeza e remoção da lama e outros detritos.
Todos os municípios atingidos por inundações devem ficar em alerta para a ocorrência da leptospirose, disseminando informações técnicas para os serviços de saúde e alertando a população acerca dos mecanismos de transmissão e das ações de prevenção e controle. O objetivo primário é garantir que a suspeita diagnóstica, os exames sorológicos e o tratamento sejam instituídos precocemente, visando à redução da mortalidade por esta doença, além de diminuir ao máximo a exposição da população posteriormente.
Não existe uma vacina eficaz e disponível comercialmente contra a leptospirose, mas por ser uma doença tratável, a ação oportuna das secretarias municipais de saúde pode evitar muitos óbitos e prevenir em boa parte o surgimento de novos casos.
As secretarias municipais de saúde devem alertar todos os serviços de saúde do município quanto à probabilidade de ocorrer um surto de leptospirose. O período de incubação da doença vai de 1 a 30 dias após o contato com o agente infeccioso. O Ministério da Saúde define como caso suspeito de leptospirose o indivíduo com febre, cefaléia e mialgia, que atenda a, pelo menos, um dos critérios: Critério 1 – Antecedentes epidemiológicos sugestivos nos últimos 30 dias anteriores à data de início dos sintomas:
• Exposição a enchentes, alagamentos, lama ou coleções hídricas; • Exposição acidental a esgoto, fossa, lixo e entulho; • Vínculo epidemiológico com caso confirmado por critério laboratorial, • Residir ou trabalhar em áreas de risco para leptospirose;
Áreas de risco: áreas determinadas pela vigilância epidemiológica a partir da análise da distribuição espacial e temporal de casos de leptospirose, bem como dos fatores de risco envolvidos. Critério 2 - Pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas:
• Sufusão conjuntival; • Sinais de insuficiência renal aguda; • Icterícia e/ou aumento de bilirrubinas; • Fenômeno hemorrágico.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
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Caberá a Defesa Civil do município a vistoria das áreas atingidas pela inundação com o objetivo de determinar as características da área e a população atingida.
As equipes de vigilância epidemiológica e de saúde da comunidade (as equipes da saúde da família, agentes comunitários de saúde e agentes de endemias) deverão verificar o tempo de exposição, no intuito de gerar estratégias para o atendimento de doentes, articulando-se com as demais áreas técnicas para garantir o atendimento aos doentes, e para promoção de ações de comunicação e educação em saúde.
Todo indivíduo que se encaixe na definição de caso suspeito de leptospirose deverá ser registrado no Sistema de Informação de Agravos de Notificação- Sinan através da Ficha de Notificação e Investigação de Leptospirose, e submetido à coleta de amostra sangüínea para exame sorológico de leptospirose, dentro do prazo preconizado (a partir do 7º dia dos 1os sintomas da doença). Este paciente deverá ser acompanhado em caráter ambulatorial, dependendo do seu estado geral, para avaliação, conforme Algoritmos I e II (Síndrome Febril Aguda Suspeita de Leptospirose e Condutas no Primeiro Atendimento Com Presença dos Sinais de Alerta).
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
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Assistência
Garantir medicação para o tratamento dos casos ambulatoriais (antibióticos e sintomáticos) e o encaminhamento dos casos graves para os hospitais de referência, cujos fluxos devem ser estabelecidos o mais prontamente possível, para facilitar a internação e o atendimento adequado desses casos, conforme Fluxogramas de Atendimento (Algoritmo I).
Secretaria de Saúde de
Pernambuco
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
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Secretaria de Saúde de Pernambuco
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
72
Promover ações de Informação, Comunicação e Educação em Saúde (IEC): Devem ser priorizadas informações básicas acerca das medidas gerais de
prevenção e controle de doenças na vigência de enchentes, com destaque para as ações específicas contra a leptospirose. É de fundamental importância o envolvimento de todas as instâncias intra e interinstitucionais, visando atingir todas as parcelas da população, em linguagem clara e acessível. Vigilância Ambiental
Na situação de enchentes ou inundações, a vigilância ambiental deve promover o controle da população de roedores com medidas de antirratização, visando eliminar as condições que propiciam a sua sobrevivência e proliferação de roedores: alimento, água e abrigo. O manejo adequado do lixo, o correto armazenamento dos alimentos, a limpeza de terrenos baldios e a retirada de entulhos, a recuperação de instalações de água potável, águas pluviais e esgotos, bem como a correção de vãos, aberturas e orifícios pelos quais os roedores transitam, são medidas fundamentais e que devem ser tomadas por toda a população.
O controle de roedores mediante a utilização de raticidas, para ser realmente eficaz, deve ser baseado em ações realizadas pelo menos 60 a 90 dias antes da época de chuvas. Na época de enchentes e inundações, na maior parte das vezes, o uso de raticidas é contra-indicado, pois as condições ambientais (água, lama, deslizamentos) geralmente inutilizam o produto.
Excepcionalmente, visando um controle rápido em “cinturões”, áreas delimitadas e de alto risco de leptospirose, após uma inspeção técnica criteriosa indicando condições favoráveis, pode-se utilizar o raticida de formulação “bloco impermeável”. Esta formulação é utilizada em locais onde o teor de umidade é alto, como galerias subterrâneas de esgoto, de águas pluviais e áreas de inundações. Os blocos não devem ficar em contato direto com água ou lama, pois vão decompor-se rapidamente. A repetição e a periodicidade das aplicações vão depender de avaliações subseqüentes de técnicos devidamente treinados.
Fundamental mesmo é que, após as águas baixarem, deve-se proceder à limpeza da lama residual das enchentes e desinfecção de domicílios com solução de água sanitária (para um balde de 20 litros de água adicionar 01 copo de água sanitária), a qual mata as leptospiras, diminuindo de maneira drástica as chances de infecção pela mesma.
DOENÇAS DE TRANSMISSÃO RESPIRATÓRIA
O deslocamento da população de suas residências e a estada temporária em alojamentos e abrigos, com uma grande quantidade de pessoas convivendo em um mesmo espaço, pode favorecer a disseminação de doenças de transmissão respiratória.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
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Recomendações • Orientar os responsáveis pelos abrigos para que se mantenham em alerta no sentido de encaminhar para assistência médica imediata todos os casos de síndromes febris que possam vir a ocorrer na população sob sua responsabilidade. • Para evitar o surgimento de surtos de difteria ou coqueluche dentro dos abrigos, e havendo a impossibilidade de verificação do estado vacinal no cartão de vacina, recomenda-se a vacinação exclusivamente destas populações, com a utilização das seguintes vacinas: - Vacina tríplice bacteriana (DPT – difteria, coqueluche e tétano) para as crianças abaixo de7 anos de idade – uma dose de reforço; - Vacina dupla bacteriana (dT – difteria e tétano) – para crianças de 7 anos ou mais e para toda a população adulta – uma dose de reforço. OBS: Na seqüência, os serviços de saúde locais deverão avaliar, caso a caso, se existe a necessidade de completar o esquema de vacinação, conforme calendário preconizado pelo Ministério da Saúde. DOENÇAS TRANSMITIDAS POR OUTRAS VIAS
As inundações propiciam a ocorrência de acidentes com ferimentos, levando ao aumento do risco de contaminação pelo bacilo do tétano, o qual está presente na natureza, no solo, na poeira e nas fezes de alguns animais.
As Secretarias Municipais de Saúde devem: • Orientar a população acerca das medidas básicas de prevenção do tétano bem como acerca da importância de que se mantenha atualizado o esquema de vacinação. Para que o indivíduo se imunize são necessárias, pelo menos, três doses do toxóide tetânico, presente na vacina tríplice bacteriana (DTP e DTPa), dupla adulto (dT) e dupla infantil (DT). • Prover condições para que todas as pessoas, crianças e adultos, que sofrerem ferimentos venham a receber criteriosa avaliação clínica por profissional de saúde capacitado, com os cuidados necessários de limpeza e antissepsia; em todos os casos deverá ser avaliada também se existe a necessidade de ministrar ao paciente uma dose de reforço ou mesmo do esquema de vacinação completo contra o tétano. • Organizar vacinação contra o tétano das pessoas colocadas em alojamentos comunitários (abrigos), conforme recomendado no item acima “doenças de transmissão respiratória”. • Importante: Não se recomenda vacinação em massa contra o tétano em situações de inundação. ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS
Informações técnicas sobre diagnóstico e tratamento podem ser obtidas no Manual de Diagnóstico e Tratamento dos Acidentes por Animais Peçonhentos, disponível na página eletrônica da Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde.
As Secretarias Municipais de Saúde devem: • Alertar todos os serviços de saúde do município quanto à probabilidade de
ocorrer um aumento no número de acidentes por animais peçonhentos nos meses quentes e chuvosos.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
74
• Vistoriar os locais atingidos pela inundação, com o objetivo de determinar as áreas com maior risco de acidentes por animais peçonhentos, com base na identificação dos animais encontrados.
• Em caso de inundações os locais mais arborizados representam maior risco por que os animais procuram a copa das árvores para abrigar-se.
• Vistoriar constantemente os locais utilizados para alojar os desabrigados (escolas, ginásios, galpões, igrejas) à procura de animais peçonhentos.
• Informar a população acerca dos locais onde é realizado o tratamento soroterápico e garantir o atendimento imediato dos casos (soros antipeçonhentos e sintomáticos) bem como o encaminhamento dos casos graves para os hospitais de referência.
• Difundir informação e educação em saúde, priorizando as medidas de prevenção e os primeiros socorros. É de fundamental importância o envolvimento de todas as instâncias intra e interinstitucionais, visando atingir todas as parcelas da população em linguagem clara e acessível.
• Promover o controle da população de roedores e baratas, visando eliminar as condições que propiciam a sobrevivência destes animais: alimento, água, abrigo e o acesso. O manejo adequado do lixo, o correto armazenamento dos alimentos, a limpeza de terrenos baldios e a retirada de entulhos são medidas fundamentais e que devem ser tomadas por toda a população.
VACINAÇÃO
Programa Estadual de Imunizações – PNI/PE
Este programa cumpre as diretrizes do Programa Nacional de Imunizações – PNI do Ministério da Saúde, cujo objetivo principal é o controle e / ou erradicação das doenças preveníveis por vacinas.
A imunização ativa é, pois o seu foco prioritário. Diante de algumas situações, utiliza a imunização passiva (soros heterólogos e / ou imunoglobulinas humanas).
As vacinas são substâncias que contêm antígenos específicos, que quando introduzidos no organismo, são capazes de despertar resposta igualmente específica contra aquele antígeno administrado, e assim, propiciando proteção contra a doença correspondente.
Entretanto, para que isso ocorra, são necessários vários dias, o que em geral ultrapassa o período de incubação da doença. Acrescente-se a isso, o fato de que algumas vacinas exigem, mais de duas doses para que seja alcançado um nível protetor, como por exemplo, a vacina contra difteria, tétano, entre outras, e o intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias.
Compreende-se, portanto, que o benefício propiciado pela vacinação, não se coaduna com as situações de desastres, no sentido de ofertar uma proteção rápida e eficaz contra as doenças.
A atividade de vacinação é diária e permanente, podendo desse modo, ser exercida nos abrigos onde se encontram os desabrigados das enchentes, como uma forma de iniciar, prosseguir ou concluir, esquema de vacinação.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
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CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇA
IDADE VACINA DOSE DOENÇAS EVITADAS
Ao nascer BCG-ID Dose única Formas graves da Tuberculose
Contra Hepatite B (1) 1ª dose Hepatite B
1 mês Contra Hepatite B 2ª dose Hepatite B
2 meses
Tetravalente (DTP + Hib) (2) 1ª dose
Difteria, Tétano, Coqueluche,
Meningite e outras infecções por
Haemophilus influenzae tipo b
VOP (Vacina Oral contra a
Poliomielite) 1ª dose Poliomielite ou Paralisia Infantil
VORH (Vacina Oral de Rotavírus
Humano) (3) 1ª dose Diarréia por Rotavírus
4 meses
Tetravalente (DTP + Hib) 2ª dose
Difteria, Tétano, Coqueluche,
Meningite e outras infecções por
Haemophilus influenzae tipo b
VOP (Vacina Oral contra a
Poliomielite ) 2ª dose Poliomielite ou Paralisia Infantil
VORH (Vacina Oral de Rotavírus
Humano) (4) 2 ª dose Diarréia por Rotavírus
6 meses
Tetravalente (DTP + Hib) 3ª dose
Difteria, Tétano, Coqueluche,
Meningite e outras infecções por
Haemophilus influenzae tipo b
VOP (Vacina Oral contra a
Poliomielite) 3ª dose Poliomielite ou Paralisia Infantil
Contra Hepatite B 3ª dose Hepatite B
9 meses Contra Febre Amarela (5) Dose inicial Febre Amarela
12 meses SCR (Tríplice Viral) Dose única Sarampo, Caxumba e Rubéola
15 meses
DTP (Tríplice Bacteriana) 1º reforço Difteria, Tétano, Coqueluche
VOP (Vacina Oral contra a
Poliomielite) Reforço Poliomielite ou Paralisia Infantil
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76
4 - 6 anos DTP (Tríplice Bacteriana) 2º reforço Difteria, Tétano, Coqueluche
SCR (Tríplice Viral) Reforço Sarampo, Caxumba e Rubéola
10 anos Contra Febre Amarela Reforço Febre Amarela
(1)
A primeira dose da vacina contra Hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12 horas de
vida do recém-nascido. O esquema básico se constitui de 3 (três) doses, com intervalos de 30 dias da
primeira para a segunda dose e 180 dias da primeira para a terceira dose.
(2)
O esquema de vacinação atual é feito aos 2, 4 e 6 meses de idade com a vacina Tetravalente e dois reforços
com a Tríplice Bacteriana (DTP). O primeiro reforço aos 15 meses e o segundo, entre 4 e 6 anos.
(3) É possível administrar a primeira dose da Vacina Oral de Rotavírus Humano a partir de 1 mês e 15 dias a 3
meses e 7 dias de idade (6 a 14 semanas de vida).
(4) É possível administrar a segunda dose da Vacina Oral de Rotavírus Humano a partir de 3 meses e 7 dias a 5
meses e 15 dias de idade (14 a 24 semanas de vida). O intervalo mínimo preconizado entre a primeira e
segunda dose é de 4 semanas.
(5) A vacina contra Febre Amarela está indicada para crianças a partir dos 9 meses de idade, que residam ou que
irão viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF), área de
transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns
municípios dos estados: BA, ES e MG). Se viajar para áreas de risco, vacinar contra Febre Amarela 10 (dez)
dias antes da viagem.
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77
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO ADOLESCENTE (1)
IDADE e INTERVALO
ENTRE AS DOSES VACINA DOSE DOENÇAS EVITADAS
De 11 a 19 anos (na
primeira visita ao
serviço de saúde)
Contra Hepatite B 1ª dose Hepatite B
dT (Dupla tipo adulto) (2) 1ª dose Difteria e Tétano
Contra Febre Amarela (3) Reforço Febre Amarela
SCR (Tríplice Viral) (4) Dose única Sarampo, Caxumba e Rubéola
1 mês após a 1ª
dose contra Hepatite
B
Contra Hepatite B 2ª dose Hepatite B
6 meses após a 1ª
dose contra Hepatite
B Contra Hepatite B 3ª dose Hepatite B
2 meses após a 1ª
dose contra Difteria
e Tétano
dT (Dupla tipo adulto) 2ª dose Difteria e Tétano
4 meses após a 1ª
dose contra Difteria
e Tétano
dT (Dupla tipo adulto) 3ª dose Difteria e Tétano
A cada 10 anos por
toda vida
DT (Dupla tipo adulto) (5) Reforço Difteria e Tétano
Contra Febre Amarela Reforço Febre Amarela
(1) Adolescente que não tiver comprovação de vacinação anterior, seguir este esquema. Se apresentar
documentação com esquema incompleto, completar o esquema já iniciado.
(2) Adolescente que já recebeu anteriormente 3 (três) doses ou mais das vacinas DTP, DT ou dT, aplicar uma
dose de reforço. É necessário doses de reforço da vacina a cada 10 anos. Em caso de ferimentos graves ou
gravidez, antecipar a dose de reforço para 5 (cinco) anos após a última dose. O intervalo mínimo entre as
doses é de 30 (trinta) dias.
(3) Adolescente que resida ou que irá viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC, RR, AM,
PA, GO e DF), área de transição (alguns municípios dos estados PI, BA, MG, SP, PR, SC E RS) e área de risco
potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Em viagem para essas áreas, vacinar 10 (dez) dias
antes da viagem.
(4) Adolescente que tiver duas doses da vacina Tríplice Viral (SCR) devidamente comprovada no cartão de
vacinação, não precisa receber esta dose.
(5) Adolescente grávida, que esteja com a vacina em dia, mas recebeu sua última dose há mais de 5 (cinco)
anos, precisa receber uma dose de reforço, a dose deve ser aplicada no mínimo 20 dias antes da data
provável do parto. Em caso de ferimentos graves, a dose de reforço deve ser antecipada para cinco anos após
a última dose.
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78
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO ADULTO E IDOSO
IDADE VACINAS DOSE DOENÇAS EVITADAS
A partir de
20 anos
dT (Dupla tipo adulto) (1) 1ª dose Contra Difteria e Tétano
Contra Febre Amarela (2) Dose inicial Contra Febre Amarela
SCR (Tríplice Viral) (3) Dose única Sarampo, Caxumba e Rubéola
2 meses após
a 1ª dose
contra
Difteria e
Tétano
dT (Dupla tipo adulto) 2ª dose Contra Difteria e Tétano
A cada 10
anos por toda
vida
dT (Dupla tipo adulto) (4) Reforço Contra Difteria e Tétano
Contra Febre Amarela Reforço Contra Febre Amarela
60 anos ou
mais
Influenza (5) Dose anual Contra Influenza ou Gripe
Pneumococo (6) Dose única Contra Pneumonia causada pelo
pneumococo
(1) A partir dos 20 (vinte) anos de idade gestantes, não gestantes, homens e idosos que não tiverem
comprovação de vacinação anterior, seguir o esquema acima. Apresentando documentação com
esquema incompleto, completar o esquema já iniciado. O intervalo mínimo entre as doses é de 30
(trinta) dias.
(2) Adulto/Idoso que resida ou que irá viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC,
RR, AM, PA, GO e DF), área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC E RS)
e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Em viagem para essas áreas,
vacinar 10 (dez) dias antes da viagem.
(3) A vacina tríplice viral - SCR (Sarampo, Caxumba e Rubéola) deve ser administrada em mulheres de 12
a 49 anos de idade que não tiverem comprovação de vacinação anterior e em homens até 39 (trinta e
nove) anos de idade.
(4) Mulher grávida, que esteja com a vacina em dia, mas recebeu sua última dose há mais de 5 (cinco)
anos, precisa receber uma dose de reforço, a dose deve ser aplicada no mínimo 20 dias antes da data
provável do parto. Em caso de ferimentos graves, a dose de reforço deverá ser antecipada para cinco
anos após a última dose.
(5) A vacina contra Influenza é oferecida anualmente durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso.
(6)
A vacina contra pneumococo é aplicada, durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso, nos
indivíduos que convivem em instituições fechadas, tais como, casas geriátricas, hospitais, asilos, casas
de repouso, com apenas um reforço cinco anos após a dose inicial.
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79
Quanto à imunização passiva, proporcionada pela aplicação de soros específicos heterólogos ou homólogos, oferece uma proteção imediata, porém transitória, geralmente em torno de 21 dias.
Um indivíduo com ferimento suspeito recente, não vacinado contra o tétano, ou com vacinação incompleta, deve receber soro antitetânico (SAT), ou imunoglobulina antitetânica (IGHAT), e iniciar, prosseguir ou completar o seu esquema vacinal. A prevenção do tétano poderá ser iniciada com as vacinas abaixo indicadas:
O Programa Estadual de Imunizações – PNI/PE garante a cessão dos imunobiológicos necessários para a utilização nos desabrigados das enchentes / inundações e os endereços para contato.
Esquemas e orientações para vacinação
Vacina Protege contra
Eficácia Início da vacinação (idade)
Dose/dosagem/via de administração/intervalo entre as doses
Reforços
Tetravalente (DTP + Hib)
Difteria, tétano, coqueluche e doença invasiva por Haemohilus influenzae tipo b
Difteria: 80% Tétano: 99% Coqueluche: 75% a 80%
2 meses de idade
3 doses/0,5ml/IM/30-60dias Aos 15 meses(1º reforço) e entre 4-6 anos (2º reforço) Ambos devem ser feitos com a vacina DTP
dT Difteria e tétano (adolescente e adulto)
Difteria: 80% Tétano: 99%
Sete anos de idade e MIF. Para pessoas que não tenham recebido o esquema básico completo e os dois reforços
Três doses/0,5ml/IM/60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias
Uma dose a cada 10 anos,exceto em caso de gravidez e ferimento grave. Antecipar o reforço se a última dose foi há mais de cinco anos
A vacina deve ser conservada entre +2°C e +8°C. o seu congelamento provoca a desnaturação protética e a desagregação do adjuvante, com perda de potência e aumento dos eventos adversos.
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80
Referências da Rede de Frio do Programa Estadual de Imunizações PNI/PE
LOCAL ENDEREÇO TELEFONE
SES Av. Norte, 6485 Casa Amarela – Recife – PE
(81) 3184–4000
(81) 3441–5184
I GERES Av. Norte, 6485 Casa Amarela – Recife – PE (81) 3441-5771
II GERES Rua Santa Terezinha, S/N – Limoeiro
CEP: 55.700-000
(81) 3628–8844
(81) 3628–8843
(81) 3628-8860
III GERES Av. Dr. Luis de França – S/N / Palmares
CEP: 55540-000
(81) 3661–8272
(81) 3661-8266
IV GERES Rua Estilaque Leal – S/N Caruaru
CEP: 55000-000
(81) 3719–9308
(81) 3719-9296
V GERES Rua Joaquim Távora – S/N Garanhuns
CEP: 55290-000
(81) 3761–8349
(81) 3761-8335
VI GERES Rua das Acácias – S/N
CEP: 56500-000
(87) 3821–8350
(87) 3821–8374
(87) 3821-8344
VII GERES Rua Otávio Leitinho, 76 - Salgueiro
CEP: 56000-000
(87) 3871–8344
(87) 3871-8341
VIII GERES Av. Dr. Fernando Menezes de Góes, S/N
Centro - Petrolina
CEP: 56304-020
(87) 3866–6560
(87) 3866–6569
(87) 3866-6574
IX GERES Rua Antonio Pedro da Silva – S/N
Ouricuri - CEP: 56200-000
(87) 3874–4701
(87) 3874-4720
X GERES Av. Rio Branco, Nº 296
Afogados da Ingazeira - PE
CEP: 56800-000
(87) 3838–8999
(87) 3838-8982
XI GERES Rua Antonio Alves de Oliveira, 2380 – IPSEP / Serra
Talhada
CEP: 56912-160
(87) 3831–3112
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
81
Tétano Acidental Recomendações para a soroterapia
O soro antitetânico (SAT) é indicado para a prevenção e o tratamento do tétano. A sua indicação depende do tipo e das condições do ferimento, bem como das informações relativas ao uso do próprio SAT e do número de doses da vacina contra o tétano recebido anteriormente. O SAT é composto a partir do soro de eqüinos hiperimunizados com toxóide tetânico e apresenta-se sob forma líquida, em ampolas de 5 ml (5000 UI).
A dose e o volume do SAT dependem do motivo que justificou sua indicação. A dose profilática é de 5000 UI (para crianças e adultos) e a dose terapêutica de 20 mil UI.
A administração do SAT é por via intramuscular, podendo ser na região deltóide, na face externa superior do braço, no vasto lateral da coxa ou no quadrante superior do glúteo.
Quando o volume a ser administrado for grande, a dose deve ser dividida entre os membros superiores e a região glútea. Ao administrar o SAT juntamente com a vacina contra o tétano, utilizar regiões musculares diferentes. A pessoa que fez uso do SAT deve ser alertada para procurar o serviço de saúde caso apresente febre, urticária, dores musculares e aumento de gânglios, dentre outros sintomas.
A imunoglobulina humana hiperimune antitetânica (IGHAT) é indicada para o tratamento de casos de tétano, em substituição ao SAT, nas seguintes situações: hipersensibilidade ao soro heterólogo, história pregressa de alergia ou hipersensibilidade ao uso de outros soros heterólogos.
A IGHAT é constituída por imunoglobulinas da classe IgG que neutralizam a toxina produzida pelo Clostridium tetani, obtida do plasma humano. Apresenta-se sob forma líquida ou liofilizada em frasco-ampola de 1 ml ou 2ml contendo 250 UI e sua conservação deverá ser feita entre +2ºC e +8ºC, não podendo ser congelada.
Sua administração é por via intramuscular, podendo ser aplicada na região deltóide, na face externa superior do braço. Em menores de dois anos, utilizar o vastolateral da coxa. A dose e volume dependem da justificativa utilizada para seu uso (profilático ou terapêutico).
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*Ferimentos superficiais, limpos, sem corpos estranhos ou tecidos desvitalizados.
**Ferimentos profundos ou superficiais sujos, com corpos estranhos ou tecidos desvitalizados; queimaduras;
feridas puntiformes ou por armas brancas e de fogo; mordeduras; politraumatismos e fraturas expostas.
***Vacinar e aprazar as próximas doses, para complementar o esquema básico. Esta vacinação visa proteger
contra o risco de tétano por outros ferimentos futuros. Se o profissional que presta o atendimento suspeita que os
cuidados posteriores com o ferimento não serão adequados, deve considerar a indicação de imunização passiva
com SAT ou IGHAT. Quando indicado o uso de vacina e SAT ou IGHAT, concomitantemente, devem ser aplicados
em locais diferentes.
****Para paciente imunodeprimido, desnutrido grave ou idoso, além do reforço com a vacina está também indicada
IGHAT ou SAT.
Esquema de condutas profiláticas de acordo com o tipo de ferimento e situação vacinal
História de vacinação prévia contra tétano
Ferimentos com risco mínimo de tétano*
Ferimentos com alto risco de tétano**
Vacina SAT/IGHAT Outras condutas
Vacina SAT/IGHAT Outras condutas
Incerta ou menos de 3 doses
Sim* Não Limpeza e desinfecção, lavar com soro fisiológico e substâncias oxidantes ou antissépticas e debridar o foco de infecção
Sim*** Sim Desinfecção, lavar com soro fisiológico e substâncias oxidantes ou antissépticas e remover corpos estranhos e tecidos desvitalizados. Debridar o ferimento e lavar com água oxigenada
3 doses ou mais, sendo a última dose há menos de 5 anos
Não Não - Não Não -
3 ou mais doses, sendo a última dose há mais de 5 anos e menos de 10 anos
Não Não - Não Não**** -
3 ou mais doses, sendo a última dose há 10 ou mais anos
Sim Não - Sim (1 reforço)
Não**** -
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ANEXO D
ORIENTAÇÃO SOBRE OS PROCEDIMENTOS ADEQUADOS PARA COLETA - BACTERIOLOGIA
COORDENAÇÃO DE DIAGNÓSTICO DAS DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO RÁPIDA E AGRAVOS ISUSITADOS
DEIZE GOMES C. DE MATOS – LACEN-PE DIAGNÓSTICO LABORATORIAL PARA LEPTOSPIROSE Material: Sangue (Soro) Metodologia: Sorologia - Elisa IgM
1.1.1.1. O LACEN-PE é o laboratório de referência para diagnóstico da leptospirose para todo o estado;
2.2.2.2. De acordo com o MS, a primeira coleta para diagnóstico por Elisa deve ser realizada a partir do 7º dia após o início dos sintomas;
3.3.3.3. A amostra biológica é sangue (Soro) coletado em tubo seco, em torno de 5 ml;
4.4.4.4. Para transporte de longa distância (mais de uma hora), a amostra deve ser acondicionada em refrigeração em caixa térmica com gelo reciclável;
5.5.5.5. Para transporte de curta distância (menos de 1 hora) pode ser encaminhada à temperatura ambiente;
6.6.6.6. A amostra deve vir acompanhada, juntamente com a ficha de investigação epidemiológica, devidamente preenchida, o que reduzirá o percentual de falso negativo;
Metodologia: Cultura para Leptospirose Material: Sangue Total Meio de cultura/ Transporte adquirido no LACEN pelo Hospital de Referência do Agravo HUOC DIAGNÓSTICO LABORATORIAL PARA CÓLERA E ENTEROPATÓGENOS Material: Swab Retal Amostra Fecal Metodologia: Cultura
1. Introduzir o swab na ampola retal comprimindo-o, em movimentos rotatórios suaves, em toda a extensão da ampola;
2. Inocular no meio de transporte Cary Blair; 3. Transportar a amostra acondicionada em meio Cary Blair, de 24 a 72 horas
após a coleta, se mantidas em temperatura ambiente ou até 7 dias se mantidas sob refrigeração (entre 4° a 8°c)
4. As amostras devem ser coletadas antes da administração de antibiótico ao paciente;
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
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5. A amostra deve vir acompanhada da ficha de investigação epidemiológica devidamente preenchida;
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS DOENÇAS MENINGOCÓCICAS E OUTRAS MENINGITES
A punção lombar é um procedimento que deve ser realizado por profissional médico e deve ser feita sob condições estritas de assepsia. Recomenda-se que o material seja colhido diretamente no meio de cultura, já que uma demora na semeadura implica em grande queda das taxas de isolamento de bactérias. Tanto Neisserias como Hamophilus não resistem às temperaturas baixas, daí porque o líquor para cultura não deve ficar em geladeira.
1. Fazer anti-sepsia rigorosa da pele; 2. Utilizar o kit especial do Lacen (antes de iniciar a punção, retirar o kit da
geladeira para no momento do uso o mesmo esteja à temperatura ambiente); 3. Realizar a punção lombar e colocar no tubo de ensaio (com o meio de cultura)
5 gotas de líquor, de preferência diretamente da agulha que se encontra introduzida no espaço subaracnóideo;
4. Coletar líquor para os demais exames, utilizando os dois frascos no kit; 5. Anotar data, horário e identificar o frasco; 6. Enviar todo material imediatamente ao laboratório;
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS COQUELUCHE Material para coleta
• 1 (um) swab descartável, estéril, ultrafino com hastes flexíveis e alginatados • 1 (um) tubo contendo meio de transporte para coqueluche – Reagan Lowe
(agar carvão) com antibiótico cefalexina; Este meio é semi-sólido • Mascáras e luvas descartáveis; • Etiquetas para identificação dos tubos. • Identificar o tubo com o nome, indicando se é caso suspeito ou comunicante,
e data da coleta. Condições para coleta:
•••• Observar as condições do meio de transporte, principalmente sua data de validade ( 60 dias);
•••• A coleta do material deve ser realizada preferencialmente no início dos sintomas. Fase catarral;
•••• A coleta deve ser realizada antes do tratamento ou no máximo com 3 dias de antibioticoterapia.
•••• Utilizar swabs fino com hastes flexíveis, estéreis e alginatados.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
85
Procedimento da coleta da nasofaringe:
•••• Retirar os meios de transporte da geladeira e deixá-los atingir a temperatura ambiente;
•••• Introduzir um “swab” na narina do paciente até encontrar resistência na parede posterior da nasofaringe, realizando movimentos rotatórios. Deve-se manter o swab em contato com a naso faringe por cerca de 10 segundo.
•••• Inocula o “swab” em um tubo com meio de transporte RL com antibiótico. * Atenção: O swab deve ficar submerso no meio. Após a coleta estria o swab na superfície levemente inclinada do tubo (± 2 cm) e a seguir, introduz na base do meio de transporte para coqueluche com antibiótico. Obs: o swab deve permanecer dentro do respectivo tubo. Transporte: Meio de transporte:
•••• Ágar carvão (Reagan-Lowe) suplemento com 10% de sangue desfibrinado estéril de carneiro ou cavalo. O tubo com antibiótico cefalexina a 40 mg/ml;
•••• Deve ser armazenado em geladeira apresentando validade de 2 meses, a partir da data de fabricação.
Swab: Devem ser armazenados à temperatura ambiente, em local seco. Na possibilidade do envio imediato, incubar à temperatura de 35 à 37ºC por um período máximo de 48 horas. Encaminhar em seguida em temperatura ambiente. Procedimento para o transporte:
•••• Encaminhar o material coletado ao laboratório imediatamente após a coleta, em temperatura ambiente, acompanhado da ficha de encaminhamento, ou após incubadas em estufa 35ºC à 37ºC por no máximo 2 dias;
•••• Se o período de transporte do material pré-incubado exceder 4 horas, ou se a temperatura ambiente for elevada (≥35ºC), recomenda-se o transporte sob refrigeração, à temperatura de 4ºC;
•••• Os tubos com meio de transporte devem ser mantidos na geladeira até o momento da coleta;
•••• Deve-se deixar desgelar para ser utilizados; •••• Verificar sempre o prazo de validade do meio de transporte antes de utilizá-
lo; •••• Estabelecer com o laboratório rotina referente ao envio da amostra (horário
e local de entrega de material) fluxo de resultados, avaliação da qualidade de amostras enviada.
Coleta da nasofaringe, orofaringe e lesão na pele:
•••• Com o 1º swab introduzir na narina do paciente até a nasofaringe e gira-lo. Com o mesmo swab fazer o mesmo procedimento na outra narina;
•••• O segundo swab será utilizado para coletar ao redor da superfície da garganta, passando pelas amigdalas e úvula. Caso verifique-se a presença
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
86
de placa pseudomembranas, o swab deve ser passado cautelosamente ao redor da mesma, tomando o cuidado de não removê-la. A remoção da pseudomembrana leva ao aumento da absorção de toxina;
•••• A coleta de suspeitos não deverá ser realizada em domicílio, mas sim no hospital e sob acompanhamento médico;
•••• Uma coleta adequada evita um grande número de bactérias da microbiota normal da orofaringe, o que aumenta consideravelmente a positividade do resultado;
•••• O terceiro swab será utilizado na lesão passando nos bordos e centro da lesão.
Meio de transporte:
•••• O meio de transporte utilizado é o PAI OU LOEFFER; •••• Deve ser armazenado em geladeira (evitando-se colocá-lo na porta)
apresentando validade de 03 meses a partir da data de fabricação. Devem ser acondicionados em sacos plásticos fechados para se evitar a entrada de umidade.
•••• Os Swabs devem ser armazenados à temperatura ambiente, em local seco.
Procedimento para transporte: •••• Passar o swab em toda a extensão (superfície) do meio de PAI, girando-o
fazendo o movimento de zig-zag, a partir da base até o ápice; •••• Encaminhar o material coletado ao laboratório à temperatura ambiente,
imediatamente após a coleta, ou no máximo em 24 horas, quando deverá ser guardado em estufa a 37°C. Prender os três tubos com fita crepe e identificá-los com nome do paciente e/ou comunicante, idade, data e hora da coleta. Encaminhar juntamente com o material a ficha epidemiológica.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS HEPATITES VIRAIS Material: Sangue (Soro) Metodologia: Elisa IgM
1− A amostra biológica é sangue (Soro) coletado em tubo seco, em torno de 5 ml;
2− As amostras devem ser mantidas refrigeradas a 4°c, até o envio ao laboratório;
Para transporte de curta distância (menos de 1 hora) pode ser encaminhada à temperatura ambiente;
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ANEXO E
Lista de medicamentos básicos , segundo Portaria GM nº. 2.132 de 04 de novembro de 2005.
Amoxicilina cáps. 500 mg Antibiótico 1.000 Amoxicilina pó susp. oral 50 mg/ml Antibiótico 150 Ampicilina Anidra comp. 500 mg Antibiótico 500 Benzilpenicilina Procaína + Potássica 300.000+100.000UI Antibiótico 50 Benzoato de Benzila emulsão 0,25% Escabicida (e tratamento de Pediculose) 50 Dexametasona (acetato) creme 0,1% Dermatoses 100 Diclofenaco Potássico comp. 50 mg Antiinflamatório 1.000 Eritromicina 2,5% Antibiótico 50 Eritromicina 250 mg Antibiótico 1.000 Mebendazol comp. 100 mg Antiparasitário 300 Mebendazol susp. oral 20 mg/ml Antiparasitário 50 Metronidazol comp. 250 mg Antibacteriano 500 Neomicina + Bacitracina pomada 0,5% + 250 UI g Dermatites 100 Paracetamol comp. 500 mg Antitérmico 500 Paracetamol sol. oral 100 mg/ml Antitérmico e analgésico 100 Sulfametoxazol + Trimetoprima susp 200mg/40mg Antibiótico 100 Sulfametoxazol + Trimetoprima 400mg+80mg Antibiótico 1.000 Cloreto de Sódio sol. Injetável 0,9% Reposição Volêmica e 120 frascos 500 ml curativos Glicose sol. Injetável 5% frasco 500 ml Reposição Volêmica 60 Hipoclorito de Sódio sol. 2,5% frasco 50 ml Desinfetante 250 Ringer Lactato – 500 ml Reposição Volêmica 60 Sais para Reidratação Oral pó para sol. envelope Reidratante 700 Captopril comp. 25 mg Anti-hipertensivo 1.000 Glibenclamida comp. 5 mg Hipoglicemiante oral 500 Hidroclorotiazida comp. 25 mg Diurético 1.000 Metformina comp. 850 mg Hipoglicemiante oral 500 Propanolol (cloridrato) comp. 40 mgBeta bloqueador 1.000 Dipropionato de Beclometasona spray 50 mcg / dose oral Asma Dipropionato de Beclometasona spray 250 mcg / dose oral Asma 15 Penicilina G. Benzatina 1.200.000 UI Antibiótico e analgésico 200 Prednisona comp. 5 mg Antiinflamatório esteróide – asma 500 Prednisona comp. 20 mg Antiinflamatório esteróide – asma 500 Ranitidina 150mg Anti-Ácido 1.000 Salbutamol spray 200 mcg / dose Asma 50
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
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LISTA DE INSUMOS ESTRATÉGICOS Atadura de crepom 10 cm Atadura de crepom 15 cm Atadura de crepom 30 cm Esparadrapo 100 mm x 4,5 m Espaçador com máscara infantil 25 unidades Espaçador com máscara adulto 25 unidades Equipo para soro macrogotas 240 unidades Compressa de Gaze 13 fios 7,5 x 7,5 c/500 unidades Luva para procedimento (tamanho médio) c/100 unidades 1 caixa Luva para procedimento (tamanho grande) c/100 unidades 1 caixa Máscara descartável caixa c/100 unidades 1 caixa Scalp 19 200 unidades Scalp 21 200 unidades Abocath 18 50 unidades Abocath 20 50 unidades Seringa descartável com agulha 25 x 7 – 5 ml 700 unidades Seringa descartável com agulha 25 x 7 – 10 ml 400 unidades Povidine tópico almotolia frasco c/1000 ml 5 unidades
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Anexo F
SAMU - COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS NO ATENDIMENTO ÀS URGÊNCIAS
1. Municípios satélites responsáveis pela Atenção Básica
a. Unidades não Hospitalares - PSF/UBS Responsabilizar-se-ão pelo acolhimento dos pacientes com quadros agudos de menor complexidade, principalmente os vinculados aos serviços de saúde do próprio município, podendo dispor de observação até 8 horas.
b. Unidades não Hospitalares – SPA Responsabilizar-se-ão pelo
acolhimento dos doentes com quadros agudos de menor complexidade, de acordo com o item anterior, e por contar com estrutura física específica para observação de pacientes até 12 horas.
2. Municípios sede de módulo assistencial
Responsabilizar-se-ão, além do disposto no item “1”, por procedimentos mínimos da média complexidade (M1), e contar com Unidade Hospitalar geral com observação de 24 horas para urgências na área de clínica médica, pediatria e obstetrícia.
3. Município pólo de Micro-Regional
Responsabilizar-se-á por procedimentos de média complexidade, pelos procedimentos incluídos nos itens 1, 2 e 3 e por conter, dentro dos seus limites municipais, hospitais gerais dos tipos II e III, além de serviço pré-hospital móvel e central de regulação de abrangência regional.
4. Municípios pólo de Macro-Regional Atendimento de média e alta complexidades para cardiopatias e algumas doenças infecto-contagiosas. Atendimento de alta complexidade para ocorrências obstétricas (gestantes de alto risco). Atendimento a agravos infecto-contagiosos. Atendimento de média e alta complexidades para diversas ocorrências ortopédicas, neurológicas, urológicas, dentre outras.
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90
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO
Serão disponibilizados para o SAMU e para a Central de Regulação das Macro Regionais os seguintes serviços com suas respectivas formas de aquisição e funcionamento
SERVIÇO MACRO REGIONAIS
RECIFE CARUARU PETROLINA
Linhas telefônicas com interligação entre os técnicos com acesso às chamadas (auxiliar de regulação, operador de frota e médico regulador)
08 04 04
Linha telefônica isolada 02 02 02
Software ligado ao sistema SAMU onde será feito o registro de todo atendimento
01 01 01
Microcomputadores para implantação do sistema de rede 08 04 04
Rádios portáteis para as equipes 50 15 06
Acessórios para os rádios (baterias, carregadores, antenas e microfones).
50 15 06
Rádios fixos para as ambulâncias e central 50 15 06
Obs.: • Os serviços componentes do sistema de comunicação funcionarão 24 horas e
seus equipamentos serão adquiridos através de processo licitatórios.
• O Software ligado ao sistema SAMU onde será feito o registro de todo o atendimento será elaborado por programador da Secretaria Municipal de Saúde.
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ANEXO G UNIDADES HOSPITALARES DE ATENDIMENTO
ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
(MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE) INSERIDAS NA REGIÃO METROPOLITANA
Hospital Oswaldo Cruz
Unidade de Referência Tipo III Atendimento de Média e Alta Complexidade para Cardiopatias e algumas Doenças Infecto-contagiosas.
Instituto Materno Infantil de Pernambuco - IMIP
Unidade de Referência Tipo III Atendimento de Alta Complexidade para ocorrências obstétricas (atendimento à Gestante de Alto Risco) e pediátricas
Hospital Correia Picanço
Unidade de Referência Tipo III Atendimento de Agravos Infecto-contagiosos
Hospital da Restauração Hospital Getúlio Vargas Hospital Otávio de Freitas Hospital Barão de Lucena Hospital Agamenon Magalhães
Unidade de Referência Tipo III Atendimento de Média e Alta Complexidades para diversas ocorrências (ortopédicas, neurológicas, neurocirúrgica, urológicas, vascular, cardiológica, cirúrgica, dentre outras).
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92
SISTEMA DE REFERÊNCIA E CONTRA-REFERÊNCIA NO ATENDIMENTO ÀS URGÊNCIAS
A I Região de Saúde possui em seu território, uma rede assistencial
pública e credenciada ao Sistema Único de Saúde, composta por Unidades de Saúde tanto sob gestão municipal, quanto estadual.
Fluxo da Assistência Integral às urgências
1º
Nível de Atendimento
Unidades Básicas de Saúde (Unidades de Saúde da Família, Centros de Saúde)
2º
Nível de Atendimento
3º
Nível de Atendimento
4º
Nível de Atendimento
Unidades Não-hospitalares de Atendimento às Urgências e Emergências (Policlínicas Municipais)
Unidades hospitalares de atendimento às Urgências e Emergências Gerais: Hospitais Municipais e Estaduais.
Unidades Hospitalares de Atendimento às Urgências e Emergências Gerais e de Referência Hospital da Restauração, Hospital Getúlio Vargas, Hospital Geral Otávio de Freitas, Hospital Barão de Lucena, Hospital Agamenon Magalhães, IMIP,Hospital Universitário Oswaldo Cruz e Hospital Correia Picanço.
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93
REFERÊNCIAS DA REDE ESTADUAL DE SAÚDE ALTA COMPLEXIDADE
HOSPITAL GETÚLIO VARGAS
1. Caracterização
o Gestão: Pública da Rede Estadual da Administração Direta o Perfil: Centro de Referência em Tramauto-ortopedia, Neurologia,
Vascular e Buco-Maxilo-Facial o Certificação: Ensino e Pesquisa, (Residência Médica) o Capacidade Instalada: 407 leitos
2. Localização: Av: General San Martin, s/n – Cordeiro – CEP: 50630-060 – Recife/PE Fone: (81) 3184-5606 - (Fax) 3184-5828 E-mail: [email protected] 3. Demonstrativo do Nº. de Leitos por Especialidades Existentes no Hospital:
Especialidade Nº de Leitos Buco-Maxilo-Facial 06
Cirurgia Geral 57 Cirurgia Vascular 18 Clínica Médica 58 Clínica Neurocirúrgica 06 Clínica de Neurologia 25
Emergência Geral 54 Sala de Recuperação 27 Traumato-Ortopedia Pediátrica 20 Traumato-Ortopedia 69 Urologia 36 UTI 31
Total 407 Fonte: Hospital Getúlio Vargas - Junho/2010
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94
4. Serviços Apoio Diagnóstico
Agência Transfusional Hemoterapia
Análises Clínicas Métodos Gráficos em Cardiologia
Anatomia Patológica Órteses e Próteses
Citologia Radiologia 24h
Eletroencefalografia Tomografia Computadorizada
Endoscopia Ultra-sonografia
Especialidades no Hospital
Buco-Maxilo-Facial Traumato-Ortopedia
Clínica Médica Traumato-Ortopedia Pediátrica
Clínica Neurocirúrgica Urologia
Cirurgia Geral UTI Adulto
Cirurgia Vascular
Especialidades de atendimento na Emergência
Buco-Maxilo-Facial Politraumatismo
Cirurgia Geral Traumato-Ortopedia Adulto e Infantil
Cirurgia Vascular Neurocirurgia
Clínica Médica Neurologia
Neurocirurgia Politraumatismo
Neurologia Traumato-Ortopedia Adulto e Infantil
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95
HOSPITAL OTÁVIO DE FREITAS
1. Caracterização
o Gestão: Pública da Rede Estadual da Administração Direta o Perfil: Unidade Terciária e Referência para Tratamento de Tuberculose
(MDR), Traumato-ortopedia, Urologia e Emergência Pediátrica. o Centro de Referência: Oxigenoterapia Crônica, Hipoventilação e
Bexiga Neurogênica. o Certificação: Unidade de Ensino Residência Médica em Pneumologia,
Urologia, Traumatologia e Clínica Médica. o Capacidade Instalada: 489 leitos
2. Localização: Rua Aprígio Guimarães, s/n – Tejipió CEP: 50920-640 – Recife- PE Fone: (81) 3182.8501 (Fax) 3282.8635 E-mail: [email protected]
3. Demonstrativo do N° de Leitos por Especialidades existentes no Hospital
Especialidade Nº de Leitos Cirurgia de Emergência 24 Cirurgia Eletiva 24 Clínica Médica 52 Emergência 70 Pediatria 28 Pneumologia 54 Psiquiatria (criança e adolescente) 38 Sala de Recuperação * 05 Tisiologia 61 Traumatologia 93 Tuberculose – MDR (multi droga resistente) 04 Urologia 16 UTI 20
Total 489 * O serviço conta com 05 Salas Cirúrgicas Fonte: Hospital Otávio de Freitas – Junho/2010
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96
4. Serviços
Apoio Diagnóstico
Anatomia Patológica/Citologia Ultra-sonografia
Broncoscopia Urodinâmica
Colposcopia Videocirurgia
Raios-X Tomografia
Especialidades no Hospital
Cirurgia de Emergência Pneumologia (só para egressos)
Cirurgia Eletiva Tisiologia (só para egressos)
Clínica Médica Traumato-ortopedia
Emergência Tuberculose – MDR (multi droga resistente)
Pediatria Urologia
Psiquiatria (Adolescente) UTI
SRPA (Serviço de Recuperação Pós-Anestésico)
Especialidades de atendimento na Emergência
Cirurgia Geral Pneumologia
Clínica Médica Soro Antitetânico
Clínica Pediátrica Traumato-ortopedia
Urologia
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97
HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO
1. Caracterização
o Gestão: Pública da Rede Estadual da Administração Direta o Perfil: Hospital de Grande Porte. Referência em Alta Complexidade
para o atendimento de Politraumatizados, Neurocirurgia (incluindo a Epilepsia e cirurgia funcional estereotáxica), Queimados, Traumatortopedia e Nutrição Enteral e Parenteral.
o Certificação: Hospital de Ensino pelo Ministério da Saúde e Ministério da Educação Habilitado como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Neurocirurgia (Portaria n° 293 de 19 de maio de 2008).
o Centro de referência: Endocrinologia infantil, Gastroenterologia, Neurologia e Triagem Neonatal.
o Capacidade Instalada: 702 leitos. 2. Localização Av: Agamenon Magalhães, s/n – Derby - CEP: 52010-040 - Recife/PE Fone: (81) 31815400/ Diretoria (81) 31815406/ 5407 E-mail: [email protected] 3. Demonstrativo do N° de Leitos por Especialidades existentes no Hospital
Especialidade/ Setor Nº. de Leitos Buco Maxilo Facial 12 Cirurgia Geral 38 Cirurgia Vascular 38 Clínica Médica 40 Neonatologia 08 Neurocirurgia 88 Neurologia 38 Ortopedia/ Traumatologia 40 Emergência Pediátrica 28 Pediatria 88 Cirurgia Plástica 08 *Sala de Recuperação 16 Emergência do Trauma 90 Emergênia Clínica 80 Unidade de Queimados - UTQ 40 UTI Adulto 28 UTI Pediátrica 12 USAN 10 Total 702 Fonte: Hospital da Restauração – Junho/2010 * O serviço dispõe de 10 salas no Bloco Cirúrgico (3 Emergência e 7 Eletiva)
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98
4. Serviços
Apoio Diagnóstico
Análises Clínicas Endoscopia do Aparelho Respiratório
Anatomia Patológica Radiologia Simples e Contrastada 24h
Citopatologia Tomografia Computadorizada 24h
Eletrocardiografia Ultrassonografia
Eletroencefalografia Videolaparoscopia
Endoscopia do Aparelho Digestivo 24h
Especialidades no Hospital
Buco Maxilo Facial Emergência Pediátrica
Cirurgia Geral Pediatria
Cirurgia Vascular Cirurgia Plástica
Clínica Médica Emergência do Trauma
Neonatologia Emergência Clínica
Neurocirurgia Unidade de Queimados
Neurologia UTI Adulto
Oftalmologia UTI Pediátrica
Ortopedia/ Traumatologia USAN
Especialidades de atendimento na Emergência
Buco Maxilo Facial Neurocirurgia
Cirurgia Geral Neurologia
Cirurgia Vascular Pediatria
Clínica Médica Traumatologia
Queimado Intoxicações
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99
HOSPITAL BARÃO DE LUCENA 1. Caracterização
o Gestão: Pública da Rede Estadual da Administração Direta o Perfil: Hospital de Alta Complexidade em Oncologia, Terapia Renal
Substitutiva, Credenciado para realizar Cirurgias Videolaparocóspicas, Gestação de Alto Risco e Tratamento de AIDS.
o Certificação: Hospital Amigo da Criança e Hospital de Ensino para cursos de residência médica (Não certificado).
o Centro de referência: Endocrinologia Adulto, Controle da Dor, Gastroenterologia, Nefrologia, Asma Grave.
o Capacidade Instalada: 343 leitos 2. Localização Avenida: Caxangá, 3860. Iputinga – CEP: 50670-000 - Recife - PE Fones: (81) 3271.6400/3271.6606 Email: [email protected] 3. Demonstrativo do Nº. de Leitos por Especialidades Existentes no Hospital
Especialidade/ Setor Nº. de Leitos Alojamento Mãe Canguru 08 Bloco Cirúrgico 9 Geral (reforma) Bloco Obstétrico 6 salas e 01 recuperação Cirurgia Geral 21 Cirurgia Pediátrica 15 (5 ativo) Cirurgia Vascular 14 Clínica Médica Masculina 23 Clínica Médica Feminina 30 Ginecologia 22 Mastologia 06 Obstetrícia 29 (Patológica) Obstetrícia 37 (Aloj. Conjunto) Pediatria Clínica 56 Proctologia 18 Sala de Recuperação 6 (Reforma) UTI Adulto 10 UTI Pediátrica 08 UTI Neonatal Interna 08 UCI Neonatal 15 Total 309
Observação 1: A capacidade instalada da UTI adulto é de 17 pacientes, mas por motivo de recursos humanos está reduzida no momento. Observação 2: No momento o Bloco Cirúrgico está em reforma, estando o bloco obstétrico funcionando com 03 salas e o centro cirúrgico 03 salas e mais 02 salas de recuperação pós-anestésica. Os leitos de Nefrologia e Oncologia estão inseridos na Clínica Médica.
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100
4.Serviços
Apoio Diagnóstico
Anatomia Patológica/Citologia Manométrica Ano-Retal
Broncoscopia Ultra-sonografia
Colposcopia Tomografia Computadorizada
Raios-X Urodinâmica
Eletroencefalografia Videocirurgia
Histeroscopia
Tratamento / Terapias
Endoscopia Digestiva Alta Baixa Dispensação de Órteses e Próteses
Estomizados Planejamento Familiar
Infectologia Terapia da Dor – Acupuntura
Especialidades de atendimento na Emergência
Alojamento Canguru Oncologia
Hemodiálise Pediatria Clínica
Cirurgia Pediátrica Proctologia
Cirurgia Vascular UTI Adulto
Clínica Médica UTI Pediátrica
Ginecologia UCI Neonatal
Mastologia UTI Neonatal Interna
Nefrologia
Obstetrícia
Especialidades de atendimento na Emergência
Pediatria Clínica Obstetrícia
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101
HOSPITAL AGAMENON MAGALHÃES 1. Caracterização
a. Gestão: Pública da Rede Estadual da Administração Direta b. Perfil: Unidade Terciária c. Certificação: Unidade de Ensino Residência Médica (Endocrinologia,
Clínica Médica, Cardiologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular e Torácica) e Hospital Amigo da Criança.
d. Capacidade Instalada: 388 Leitos (311 leitos no Hospital e 77 leitos na maternidade)
2. Localização:
Estrada do Arraial, 2.723 – Casa Amarela – CEP: 52051-380 Recife - PE Fones: (81) 3184-1602/ 3184 / 31841612 E-mail: [email protected] 3. Demonstrativo do Nº. de Leitos por Especialidades Existentes no Hospital
Especialidade Nº de Leitos
Canguru 06
Cirurgia Bariátrica 02
Cirurgia Endocrinológica 12
Cirurgia Geral 21
Cirurgia Ginecológica 12
Cirurgia Oftalmológica 01
Cirurgia Otorrinolaringologia 07
Cirurgia Plástica 06
Clínica Cardiológica 56
Clínica Médica 30
Cirurgia Vascular 19
Emergência Cardiológica 20
Emergência Geral 24
Obstetrícia - Alojamento Conjunto 48
Obstetrícia - Expectação 12
Obstetrícia - Patológica 17
Reanimação Cardiológica 01
Reanimação Geral 03
Recuperação (pós-operatório cardiologia) 01
Sala de Recuperação Cirúrgica 08
Sala de Recuperação Obstétrica 03
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
102
UCI - Neo 15
UTI - Neo 14
UTI - Geral 16
UTI - Coronariana 18
Total 372 Fonte: Hospital Agamenon Magalhães – Junho / 2010
Salas de Parto – 04 Salas de Cirurgias – 07 4. Serviços
Especialidades no Hospital
Cardiologia Cirurgia Vascular
Cirurgia Cardíaca - Adulto e RN (Cardiopatia Congênita) Clínica Médica
Cirurgia Endocrinológica Internação Neonatal
Cirurgia Geral Obstetrícia
Cirurgia Ginecológica Reumatologia, para parecer médico
Cirurgia Oftalmológica
Cirurgia Otorrinolaringológica
Cirurgia Plástica
Cirurgia Torácica
Especialidades de atendimento na Emergência
Cardiológica Otorrinolaringológica
Clínica Geral Pequenas Cirurgias
Obstetrícia
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
103
HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE
1. Caracterização
o Gestão: Pública Estadual o Perfil: Unidade de Urgência e Emergência o Certificação: Unidade de Ensino (Residência Médica, clínica Cirúrgica,
Traumato Ortopedia e Enfermagem) o Capacidade Instalada: 228 leitos
2. Localização BR 232 - km 130 – Indianópolis - Cep: 55.000-000, Caruaru - PE Fones: (81) 3722-0100/ 0195 - Diretoria - Fax: (81) 3722-6094 E-mail: [email protected]
3. Demonstrativo do Nº. de Leitos por Especialidades Existentes no Hospital
Especialidade Nº de Leitos
Cirurgia Geral 42
Cirurgia Infectada 14
Cirurgia Buco-maxilo-facial 06
Cirurgia Pediátrica 20
Neurocirurgia 14
Traumato-ortopedia 24
Clínica Médica 14
Clínica Pediátrica 23
Emergência Adulto* 11
Emergência Repouso** 24
Emergência sala de redução 03
Emergência Pediátrica 07
Recuperação (pós- operatório) 03
Sala Vermelha 03
Sala Amarela 04
UTI 10
Centro Cirúrgico 06
Total 228
Fonte: Hospital Regional do Agreste/ Junho
* Fixas, porém este nº geralmente triplica, pelo volume de atendimento (macas extras); ** 17 leitos em enfermaria em três enfermarias e 07 macas em área comum.
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104
4.Serviços
Apoio Diagnóstico
Ultra-sonografia Exames Imunológicos**
Patologia Clínica Eletrocardiograma-ECG
Endoscopia Ecocardiograma***
Colonoscopia* Radiologia
Especialidades no Hospital
Cirurgia Traumato/Ortopédica Pediatria Clínica, Cirúrgica, Traumatológica e Ortopédica.
Cirurgia Geral, Neurocirurgia; Vascular, Cabeça e Pescoço e Buco-maxilo-facial.
UTI
Clínica Médica Emergência - Adulta e Pediatria
Especialidades de atendimento na Emergência
Pediatria Vascular
Cirurgia Geral Neurocirurgia
Clínica Médica Buco - Maxilo – Facial
Traumatologia
** VDRL, ASO, Proteína C Reativa, Beta HCG e Reação de Widal; *** Só para pacientes internados
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105
HOSPITAL JESUS NAZARENO
1. Caracterização
o Gestão: Pública Estadual o Perfil: Referência Hospitalar em Atendimento Secundário a Gestação
de Alto Risco, Cuidados intermediários em Neonatologia, Enteral e Parenteral, Alta Complexidade em Terapia Nutricional, Alojamento Canguru.
o Capacidade Instalada: 116 leitos 2. Localização Rua Rodrigues de Abreu, S/N. Bairro: Maurício de Nassau, Caruaru - PE Fones: (81) 3719-9333 Diretoria - (81) 3719-9329 E-mail: [email protected]
3. Demonstrativo do Nº. de Leitos por Especialidades Existentes no Hospital
Especialidade Nº de Leitos
Ginecologia 08
Clínica Médica 05
Neonatologia 15
UTI Neonatal 18
Obstetrícia Cirúrgica 47
Obstetrícia Clínica 05
Alojamento Canguru 13
Centro Cirúrgico 02
Sala de Parto 03
Total 116
Fonte: Hospital Jesus Nazareno – Junho/2010
4.Serviços
Apoio Diagnóstico
Ultra-sonografia Radiologia
Patologia Clínica
Especialidades no Hospital
Ginecologia UTI Neonatal
Obstetrícia
Especialidades de atendimento na Emergência
Obstetrícia Cirúrgica
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
106
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ
1. Caracterização
o Gestão: Fundação Pública da Esfera Estadual- Administração Indireta. o Centro de referência: DIP. o Capacidade Instalada: 399 leitos
2. Localização
Rua Arnóbio Marques, 310 – Santo Amaro - CEP: 50100130- Recife/PE
Fone: (81)21011300
3. Demonstrativo do N° de Leitos por Especialidades existentes no Hospital
Especialidade/ Setor Nº. de Leitos Buco Maxilo Facial 08 Cirurgia Geral 65 Cirurgia Toráxica 08 Oncologia 90 Nefrologia/ Urologia 16 Gastroenterologia 10 Transplante 04 Cardiologia 06 Dermatologia 03 AIDS 20 Geriatria 06 Pneumologia 18 Neurologia 14 Pediatria 16 Crônicos 16 Psiquiatria 02 Tisiologia 02 Intercorrência Pós- Transplante 04 Cirúrgico/ Diagnóstico/ Terapêutico 08 Recuperação Pós-anestésica 08 Unidade de Isolamento 36 UTI Adulto Tipo II 27 UTI Pediátrica Tipo II 10 Total 399 * O serviço dispõe de 06 salas no Bloco Cirúrgico e 06 salas de Cirurgia Ambulatorial. Fonte: CNES.
4. Serviços
Especialidades de Atendimento na Emergência
Triagem para DIP
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
107
HOSPITAL DAS CLÍNICAS
1. Caracterização Gestão: Administrativa Federal - Dupla Certificação: Hospital de Ensino com contrato de Gestão/Metas Hospital de Ensino com contrato de Gestão/MEC Capacidade Instalada: 387 leitos 2. Localização
Av: Professor Morais Rego s/n – Cidade Universitária - CEP: 5067-0420 - Recife/PE Fone: (81) 2126.3662
3. Demonstrativo do N° de Leitos por Especialidades existentes no Hospital Especialidade/ Setor Nº. de Leitos
Buco-maxilo-facial 02 Cirurgia Geral 40 Cirurgia Torácica 02 Clínica Médica 29 Neonatologia 10 Neurocirurgia 03 Neurologia 10 Ortopedia/ Traumatologia 19 Pediatria 40 Cirurgia Plástica 02 Sala de Recuperação 05 Oftalmologia 02 Transplante 10 Ginecologia 06 Oncologia 14 Otorrinolaringologia 02 Nefro-urologia 22 Gastroenterologia 08 Dermatologia 08 Pneumologia 04 Hansenologia 02 Hematologia 04 AIDS 10 Obstétrico 34 Cardiologia 12 Tisiologia 05 Psiquiatria 12 UTI Adulto tipo III 08 UTI Neonatal tipo II 10 Unidade de Isolamento 05 Unidade Intermediária Neonatal 24 Total 364
Obs: Funciona com SPA das 07 às 17h.
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
108
Instalações Físicas para Assistência Nº de Leitos
Sala de Cirurgia 09
Sala de Cirurgia Ambulatorial 06
Sala de Curetagem 01
Sala de Parto normal 01
Sala de Pré-parto 04
Sala de Pequena Cirurgia 02
Total 23
4. Serviços
Apoio Diagnóstico
RESSONANCIA MAGNETICA SERVICO DE MEDICINA NUCLEAR
SERVICO DE ANATOMIA PATOLOGICA/CITOLOGIA ULTRA-SONOGRAFIA
PATOLOGIA CLINICA SERVICO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
SERVICO DE PRÓTESE SERVICO DE ENDOSCOPIA
Especialidades no Hospital
Buco-maxilo-facial Nefrologia
Cirurgia Geral Gastroenterologia
Cirurgia Torácica Dermatologia
Clínica Médica Pneumologia
Neonatologia Hansenologia
Neurocirurgia Hematologia
Neurologia AIDS
Ortopedia/ Traumatologia Obstétrico
Pediatria Cardiologia
Cirurgia Plástica Tisiologia
*Sala de Recuperação Psiquiatria
Oftalmologia UTI Adulto tipo III
Transplante UTI Neonatal tipo II
Ginecologia Unidade de Isolamento
Oncologia Unidade Intermediária Neonatal
Otorrinolaringologia
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
109
ANEXO H
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A POPULAÇÃO O que fazer em caso de enchentes ou inundações?
Inundação
Tenha um lugar previsto, seguro, onde você e sua família possam se alojar no caso de uma inundação; Desconecte os aparelhos elétricos da corrente elétrica para evitar curtos circuitos nas tomadas; Não construa próximo a córregos que possam inundar;
Não construa em cima de barrancos que possam deslizar, carregando sua casa; Não construa embaixo de barrancos que possam deslizar, soterrando sua casa; Feche o registro de entrada d’água; Retire todo o lixo e leve para áreas não sujeitas a inundações; Feche bem as portas e janelas.
Cuidados após as enchentes ou inundações:
Enterre animais mortos e limpe os escombros e lama deixados pela inundação; Lave e desinfete os objetos que tiveram contato com as águas da enchente; Retire todo o lixo da casa e do quintal e o coloque para a limpeza pública; Veja se sua casa não corre o risco de desabar; Raspe toda a lama e o lixo do chão, das paredes, dos móveis e utensílios; Cuidado com aranhas, cobras e ratos, ao movimentar objetos, móveis e utensílios. Tenha cuidado com cobras e outros animais venenosos, pois eles procuram refúgio em lugares secos.
Nunca beba água de enchente ou inundação; Não beba água ou coma alimentos que estavam em contato com as águas da inundação.
Cuidados com a água para consumo humano direto. A água pode ser fervida ou tratada com água sanitária, na proporção de 2 gotas de água sanitária para 1 litro de água ou tratada com hipoclorito de sódio, na proporção de 1 gota de hipoclorito para 1 litro de água. Nos dois casos, deixar em repouso por 30 minutos para desinfetar.
Deve-se garantir a utilização de água potável, filtrada, fervida ou clorada para consumo humano. Se o domicílio for abastecido por sistema público e, no ponto de consumo (torneira, jarra, pote, etc.), não for verificada presença de cloro na quantidade recomendada (maior que 0,5 mg/l) ou se a água utilizada for proveniente de poço, cacimba, fonte, rio, riacho, açude, barreira, etc., deve-se proceder à cloração no local utilizado para armazenamento (reservatório, tanque,
Plano de Contingência Estadual de Enfrentamento de Desastres de Origem Natural com Ênfase em Enchentes e Inundações
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tonel, jarra, etc.). Indica-se o uso de hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária, numa das seguintes diluições:
• 1 mil litros 100ml 2 copinhos de café (descartáveis); • 200 litros 15ml 1 colher de sopa; • 20 litros 2ml 1 colher de chá; • 1 litro 0,0045ml 2 gotas.
Obs.: Aguardar 30 minutos para consumir Limpeza da lama residual das enchentes nas casas, prédios e ruas.
A lama das enchentes tem alto poder infectante e nestas ocasiões fica aderida a móveis, paredes e chão. Recomenda-se retirar essa lama (sempre se protegendo com luvas e botas de borracha) e lavar o local, desinfetando-o a seguir com solução de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) na seguinte proporção:
Para um balde de 20 litros de água: adicionar 1 copo (200 ml) de água sanitária.
Limpeza de reservatórios domésticos de água (caixa d’água).
Nas enchentes, o sistema doméstico de armazenamento de água pode ser contaminado, mesmo quando não diretamente atingido pela água da enchente, pois a rede de distribuição pode apresentar vazamentos que permitem a entrada de água poluída. Para limpar e desinfetar o reservatório (caixa d’água) recomenda-se:
• Esvaziar a caixa d’água completamente e lavá-la esfregando bem as paredes e o fundo, retirando toda a sujeira utilizando pá, balde e panos. Não se esquecer de usar botas e luvas de borracha;
• Depois de concluída a limpeza, colocar 1 litro de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) para cada 1 mil litros de água do reservatório;
• Abrir a entrada (registro ou torneira) para encher a caixa com água limpa; • Após 30 minutos, abrir as torneiras da casa por alguns segundos, com vistas
à entrada da água clorada na tubulação doméstica; • Aguardar 1 hora e 30 minutos para que ocorra a desinfecção do reservatório
e das canalizações; • Abrir as torneiras, podendo aproveitar a água para limpeza em geral de chão
e paredes. Acidentes com animais peçonhentos
Depois de uma enchente, a limpeza dos locais afetados deve ser feita sempre com botas de cano alto ou botinas com perneiras, bem como luvas de raspa de couro ou mangas de proteção. Os animais peçonhentos podem estar escondidos ao redor ou mesmo no interior das casas, próximos a entulho, lixo e alimentos espalhados pelo ambiente. Devem-se tomar medidas para evitar a aproximação e proliferação de ratos, que são o principal alimento das cobras, e de baratas e outros insetos, os quais servem de alimento para escorpiões e aranhas.
A população colocada em alojamentos (escolas, ginásios e igrejas) deve ser orientada a sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, bem como vistoriar e sacudir roupas de cama e colchões antes de deitar-se.
Sempre que for necessário remexer em buracos, vãos de pedras e ocos de troncos deve-se usar um pedaço de pau ou graveto.
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Os vãos de portas e muros devem ser tapados e as soleiras devem ser vedadas.
Não se deve tentar segurar as cobras com as mãos. Mesmo quando mortas, suas presas continuam representando risco de acidente. Medidas a serem tomadas em caso de picada de cobra, escorpião ou aranha:
Manter o acidentado deitado, em repouso, na medida do possível, evitando andar ou correr, para retardar a absorção do veneno.
O acidentado deve ser levado imediatamente a um serviço de saúde,que disponha de soro, para que seja devidamente atendido. O tratamento deve ser sempre administrado por profissional habilitado e, de preferência, em ambiente hospitalar.
Quando indicado, o soro deve ser aplicado o mais breve possível, na quantidade adequada para a gravidade do acidente e de acordo com os sinais e sintomas típicos de cada tipo de animal agressor.
Retirar anéis, pulseiras ou qualquer outro objeto que possa prejudicar a circulação do sangue.
É contra-indicado chupar o local da picada. Não é possível retirar o veneno do corpo, o qual é absorvido pela corrente sanguínea.
Não amarrar o membro picado. O torniquete ou garrote dificulta a circulação do sangue, podendo produzir necrose ou gangrena, além de não impedir que o veneno seja absorvido.
Não cortar o local da picada. Alguns venenos produzem hemorragia e o corte aumentará a perda de sangue.
Não colocar folhas, querosene, pó de café, terra, fezes ou outras substâncias no local da picada, pois elas não impedem que o veneno vá para a corrente sanguínea e podem provocar uma infecção.
Evitar que a vítima beba querosene, álcool ou outras substâncias que, além de não neutralizarem a ação do veneno, podem causar intoxicações graves.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Fundação Nacional de Saúde. Textos de Epidemiologia para Vigilância Ambiental em Saúde. Brasília: MS; 2002.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Plano de Contingência de Vigilância em Saúde Frente a Situações de Calamidade Públicas por Inundações. Brasília: MS; 2005.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Plano de Trabalho Para Situações de Inundação no Brasil – Resposta do Ministério de Saúde Durante a Fase de Impacto. Brasília: MS; 2004 (no prelo).
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica . 7ª ed. Brasília: MS; 2009.816p.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental dos Riscos Decorrentes dos Desastres de Origem Natural – Vigidesastres. Brasília: MS; 2006 (no prelo).
Brasil. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Programas Urbanos. Livro texto do Curso de capacitação em Gestão e Mapeamento de Riscos Socioambientais, 2008.
Organización Pan-Americana de la Salud. Preparativos de salud para situaciones de desastres – guía para el nivel local. Ecuador: OPS; 2003.
Pernambuco. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. Atlas de Bacias Hidrográficas. Recife: SECTEMA; 2006.
Pernambuco. Secretaria Estadual de Saúde. Plano Estadual para o enfrentamento de uma pandemia de Influenza. 2 ed. Recife: SES, 2006.
Rio de Janeiro. Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil. Situações Emergenciais 2008. Rio de Janeiro, RJ. Disponível em www.saude.rj.gov.br.
Secretaría de Salud del Gobierno de Honduras. Guía Metodológica para la planificación de salud en casos de emergencias y desastres para el nivel local. Honduras: OPS/OMS; 2004.
Legislações relacionadas:
Lei nº 8.080/1990 – Sistema Único de Saúde. Lei nº 8.142/1990 – Participação da comunidade na gestão do SUS. Portaria GM nº. 2.132 de 4 de novembro de 2005 – Kits de medicamentos.
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Portaria GM nº. 372 de 10 de março de 2005 – Comissão – Saúde e Desastres. Decreto 5.376, de 17 de fevereiro de 2005 - Sistema Nacional de Defesa Civil – SINDEC.
Portaria GM 518, de 25 de março de 2004 -
LINKS de Interesse:
Departamento de Informática do SUS - Datasus (http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (www.ibge.gov.br) Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE (www.inpe.br) Organización Panamericana de la Salud-Desastres (http://www.disaster-info.net/socios_sp.htm) Secretaria Nacional de Defesa Civil – SEDEC (http://www.defesacivil.gov.br/index.asp) Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (http://www.forumclima.org.br/)
Informações gerais e material didático sobre desastres (www.paho.org/ped) (www.crid.or.cr) (www.desenredando.org) Biblioteca virtual sobre desastres (www.helid.desastres.net)