Planejamento e Controle de Obras
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Planejamento � Conceito de Planejamento: De uma forma geral o planejamento é entendido como uma previsão do estado futuro, para apoiar a tomada de decisão adequada (CORRÊA et al., 2001).
Planejamento � Conceito de Planejamento: Nessa linha de pensamento Corrêa et al. (2001) apresentam duas definições para planejamento: a) “Planejar é entender como a consideração conjunta da situação presente e da visão de futuro influencia as decisões tomadas no presente para que se atinjam determinados objetivos no futuro”;
b) “Planejar é projetar um futuro que é diferente do passado, por causas sobre as quais se tem controle”.
Planejamento � Formoso et al. (1999), por sua vez, destaca a necessidade de visão de processo no planejamento e controle, definindo planejamento como o processo de tomada de decisão que envolve o estabelecimento de metas e dos procedimentos necessários para atingi-‐las, sendo efetivo quando seguido de um controle.
Planejamento � Modelo de Laufer e Tucker (1987)
Planejamento do processo de planejamento
Coleta de informações
Difusão da informação
Preparação de planos
Ação
Avaliação do processo de planejamento
Contínuo Intermitente
Planejamento � Laufer e Tucker (1987) apresentam um modelo geral do processo de planejamento e controle da produção, no qual este processo é descrito através de duas dimensões � Horizontal
� A dimensão horizontal é formada por etapas que compõe o processo de planejamento e controle da produção
� Vertical � A vertical está relacionada aos diferentes níveis gerenciais.
Planejamento � Estratégico: refere-‐se à definição dos objetivos do empreendimento, a partir do perfil do cliente. Envolve o estabelecimento de algumas estratégias para atingir os objetivos do empreendimento, tais como a definição do prazo da obra, fontes de financiamento, parcerias, etc.
� Tático: envolve principalmente a seleção e aquisição dos recursos (por exemplo, tecnologia, materiais, mão de obra, etc.) necessários para atingir os objetivos do empreendimento, e a elaboração de um plano geral para a utilização, armazenamento e transporte destes recursos.
� Operacional: relacionado principalmente à definição detalhada das atividades a serem realizadas, seus recursos e momento de execução.
Planejamento � Níveis gerenciais:
PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO
PLANEJAMENTO DE MÉDIO PRAZO
PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO
Planejamento � Níveis gerencial de longo prazo:
� O planejamento de longo prazo é o primeiro a ser realizado para o empreendimento. Nele constarão as datas marcos de todas as etapas da obra e de seus respectivos serviços.
� É possível também planejar datas de verificação da produção, como medições dos serviços.
� As informações geradas no planejamento de longo prazo servirão para outros setores da construtora, como, por exemplo, o de compras.
Planejamento � Níveis gerencial de médio prazo:
� No nível de médio prazo, devem ser realizadas diversas ações para a proteção da produção, de forma a se buscar a criação de fluxo contínuo (TOMMELEIN; BALLARD, 1997).
� A elaboração deste plano passa pela análise do plano de longo prazo, identificando as atividades que devem ser preparadas para serem liberadas dentro do horizonte de médio prazo, com os recursos necessários e com espaço para realização das operações (TOMMELEIN; BALLARD, 1997).
Planejamento � Níveis gerencial de curto prazo:
� O planejamento de curto prazo ou operacional tem o papel de orientar diretamente a execução da obra.
� Em geral é realizado em ciclos semanais, sendo caracterizado pela atribuição de recursos físicos (mão-‐de-‐obra, equipamentos e ferramentas) às atividades programadas no plano de médio-‐prazo, bem como o fracionamento dessas atividades em lotes menores, que são designados por tarefas.
� Em obras muito rápidas ou nas quais existe muita incerteza associada ao processo de produção (por exemplo, reformas em hospitais) o ciclo de planejamento de curto prazo pode ser diário.
Planejamento de Curto Prazo PPC - Mês X
60%
79%
55%
100%
67%72%
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%
Sem01 Sem02 Sem03 Sem04 Sem05 Média
Planejamento de Curto Prazo
Frequência do Problemas - Mês X
35
1712
11
95 3 2
Falta de espaço
Equipamento quebrado
Ansenteísmo
Erro de planejamento
Chuva
Baixa produtividade
Falta de material
Outros
Técnicas de Planejamento � Cronograma em Rede
� Tradicionalmente os cronogramas em rede são desenvolvidos em dois métodos: � Com atividades em setas
� Com atividades em nós
Técnicas de Planejamento � Cronograma em Rede
� É também conhecido como Diagrama de Precedência � O diagrama de precedência pode ser chamado de Rede Roy, porque foi desenvolvido pelo francês Roy. As durações das atividades podem ser determinadas por meio probabilístico, como no PERT, ou de maneira determinística, como no CPM (LIMMER, 1997).
Técnicas de Planejamento � Cronograma em Rede
� Neste tipo de diagrama existem as seguintes variáveis: � Nome da atividade; � Duração da atividade; � Primeira data de início; � Primeira data de término; � Última data de início; � Última data de término; � Folga livre; � Folga total.
Técnicas de Planejamento � Cronograma em Rede
� A seqüência ideal para o desenvolvimento de uma rede é: 1) Fazer a EAP da obra; 2) Escolher as ligações entre as atividades; 3) Definir os recursos e as durações das atividades; 4) Introduzir as folgas entre as atividades; 5) Ajustar datas do cronograma. � O processo de ajuste de datas é feito com o sequenciamento das atividades na escala de tempo. As primeiras datas são definidas do início para o final da rede e as últimas datas do final para o início.
Técnicas de Planejamento � Ligações
� Início-‐Início (II): relaciona o início de uma atividade com o início de outra atividade. A atividade “B” só poderá começar após a atividade “A” ter começado. Elas poderão ser paralelas, quer dizer, estar sendo executadas ao mesmo tempo, mas com uma defasagem.
A
B
Técnicas de Planejamento � Ligações
� Início-‐Término (IT): relaciona o início de uma atividade com o término de outra atividade. A atividade “B” só pode terminar após a atividade “A” ter começado. O término de “A” não está ligado a “B”, quer dizer que “A” pode terminar independente do que acontecer com “B”. Também podem ser paralelas e até terminar juntas.
A B
Técnicas de Planejamento � Ligações
� Término-‐Início (TI): relaciona o término de uma atividade com o início de outra atividade. A atividade “B” só pode começar se a atividade “A” terminar. Elas não podem ser paralelas. Esse tipo de ligação deve prezar ao máximo pelas relações físicas entre os serviços.
A B
Técnicas de Planejamento � Ligações
� Término-‐Término (TT): relaciona o término de uma atividade com o término de outra atividade. A atividade “B” só pode terminar após a atividade “A” terminar. Elas podem ser desenvolvidas paralelamente e os seus inícios não têm qualquer relação.
A B
Técnicas de Planejamento � Os principais métodos para o planejamento de redes são (LIMMER, 1997): � PERT (Program Evaluation and Review Technique – Técnica de Avaliação e Revisão de Programas)
� CPM (Critical Path Method – Método do Caminho Crítico)
Técnicas de Planejamento � Os principais métodos para o planejamento de redes são (LIMMER, 1997): � PERT (Program Evaluation and Review Technique – Técnica de Avaliação e Revisão de Programas): � Técnica utilizada para o planejamento de novos projetos. Como os serviços não são bem conhecidos, são estimados 3 durações para cada atividade. De posse das durações otimista (a), pessimista (b) e mais provável (m) pode-‐se calcular o tempo esperado (Te). Ex: a=5, b=10, m=8:
6141 ×+×+×
=bmaTe 83,7
61104815=
×+×+×=Te
Técnicas de Planejamento � Os principais métodos para o planejamento de redes são (LIMMER, 1997): � CPM (Critical Path Method – Método do Caminho Crítico): � Ao contrário do PERT a técnica CPM foi desenvolvida em ambiente bem conhecido. As atividades tinham as durações já definidas. Então, o foco do processo era na seqüência de atividades que poderia realmente atrasar o empreendimento. A seqüência de atividades em que a soma de suas durações resultasse na maior duração do empreendimento foi denominada de Caminho Crítico.
Técnicas de Planejamento � Os principais métodos para o planejamento de redes são (LIMMER, 1997): � CPM (Critical Path Method – Método do Caminho Crítico): � Caminho Crítico: é a seqüência de atividades em que a soma das suas durações resulta na maior duração do empreendimento.
Técnicas de Planejamento � Gráfico de Gantt
� É o cronograma mais conhecido e utilizado na construção civil, também chamado de gráfico de barras.
� Este representa as atividades como barras horizontais. � O comprimento das barras ilustra a duração da atividade ao longo de um escala de tempo.
� Enquanto as atividades são posicionadas no eixo Y a escala de tempo é representada no eixo X.
Técnicas de Planejamento � Linha de Balanço
� A linha de balanço é outro tipo de cronograma utilizado para visualizar o planejamento das obras.
� A concepção da linha de balanço difere do gráfico de Gantt, apesar dos dois servirem para o mesmo objetivo.
� O eixo Y comporta uma escala para quantificar a atividade a ser executada, normalmente se utiliza partes da obra ou o percentual (%) como unidade de medida.
� No eixo X permanece a escala de tempo mais adequada ao planejamento, como visto no gráfico de Gantt.
� As atividades são representadas por linhas formadas pelos pontos de intercessão entre o tempo planejado e a quantidade a ser executada.
Técnicas de Planejamento � Linha de Balanço
� Quanto maior o ângulo de inclinação da linha, maior o ritmo de produção da atividade.
� Quanto menor o ângulo de inclinação da linha, menor o ritmo de produção da atividade.
� Com o ritmo de execução de cada serviço é possível fazer um planejamento com a linha de balanço sem se preocupar inicialmente com datas, o que seria mais complicado no gráfico de Gantt.
Técnicas de Planejamento � Linha de Balanço
� Outro artifício da linha de balanço é a explicitação das folgas entre as atividades.
� Com elas podemos analisar melhor a utilização do tempo da obra, aumentando ou reduzindo as folgas existentes.
� Com a visualização das folgas o processo de planejamento fica mais transparente, pois assim existe a possibilidade de análise das atividades que não agregam valor a produção tanto como de observar interferências prejudiciais à boa execução da obra.
Técnicas de Planejamento � Linha de Balanço
� A linha de balanço é normalmente utilizada em obras repetitivas. Nas obras de condomínio em que existe uma série de casas, ou prédios de múltiplos pavimentos, essa ferramenta se mostra muito útil.
� De maneiro geral, deve-‐se utilizar a linha de balanço para obras em que exista a possibilidade da divisão em módulos, como, por exemplo, casas ou pavimentos.
� Até em obras não repetitivas pode-‐se viabilizar o uso desta ferramenta com uma subdivisão do trabalho a ser realizado. Em obras rodoviárias a subdivisão pode ser cada trecho da estrada, por exemplo.
Técnicas de Planejamento � Curva S
� A primeira informação a ser utilizado em um controle de longo prazo de uma obra é a do andamento físico da mesma.
� Esta informação vem diretamente do acúmulo dos registros das planilhas de curto prazo.
� Ela pode ser expressa em um gráfico linear, o qual apresentará os valores percentuais executados acumulados da obra.
� Este tipo de gráfico é conhecido como Curva S, pois ela se parece com a letra “S” devido ao comportamento da maioria das obras.
Técnicas de Planejamento � Curva S
Evolução Física da Obra
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Mês
Técnicas de Planejamento � Curva S
� Assim, o gráfico deve ter duas curvas em vez de uma. As curvas são justamente a de evolução física planejada e real.
Evolução Física da Obra
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Mês
Planejado
Real
Técnicas de Planejamento � Histograma
� Recurso gráfico utilizado para apresentar a evolução dos recursos ao longo da obra
� O principais recursos apresentados em Histograma: � Financeiro � Humanos (número de operários) � Equipamento � Materiais
� É a melhor ferramenta para realizar o nivelamento de recurso.
Técnicas de Planejamento � Histograma
Distribuição da Mão-de-obra
020406080100120140
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41Semana
Nº d
e op
erár
ios