Pesquisa nacional sobre o Impacto da Covid-19 nos negócios€¦ · faturamento deverá diminuir...

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Foram consultados 91 empresários de todas as regiões, sendo a maioria do sudeste (65,93%), seguidos pela região sul (18,68%), centro-oeste (9,89%), nordeste (4,4%) e norte (1,1%). Embora a amostra contenha empresas dos mais variados segmentos produtivos sobressai entre os respondentes um maior percentual de companhias que atuam no ramo de Serviços Financeiros (com 13,89% do total), de Energia e Recursos Naturais (11,11% do total); Alimentos, Bebidas e Bens de Consumo e de Consumo e Varejo (cada um com 8,33% do total) e, também com igual índice de 5,56% do total, os setores de Agronegócios, de Infraestrutura e Automotivo. Em abril de 2020, pouco mais de um mês após o início das medidas governamentais de restrição às atividades econômicas de um modo geral, a maior parte das empresas consultadas (18,68% do total) registrou uma redução entre 10% e 30% em suas receitas em relação ao mesmo período de 2019. Na sequência, estão aquelas cujas receitas encolheram mais da metade (17,58% do total de entrevistados). É o mesmo percentual dos que afirmaram diminuição de até 10% nas receitas e, também, daquelas que mantiveram seus números no mesmo patamar (17,58% cada um). Por outro lado, é interessante notar que 16,48% das empresas consultadas informaram que suas receitas aumentaram nesse período. Em maio de 2020, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o número de entrevistados que apontaram redução entre 10% e 30% foi bem maior, com 26,37% do total indicando este nível de encolhimento nos negócios. Por consequência, foi um pouco menor o percentual das empresas que tiveram redução de até 10% nas receitas (com 16,48% do total de entrevistados). No período, somente 12,09% do total disseram que suas receitas permaneceram iguais e 17,58% afirmaram que houve expansão. Por tudo isso, aproximadamente 25% do total de empresários consultados acreditam que o faturamento deverá diminuir entre 10% e 30% em 2020. Para 18,68%, os números ficarão muito próximos aos do ano anterior. Redução mais acentuada, superior a 50%, é a expectativa de uma pequena parcela de 5,49% do total. Por outro lado, aproximadamente 13% deles esperam atingir crescimento de até 10%. Para 2021, as previsões são bem mais otimistas: 34,07% dos entrevistados avaliam que seu faturamento irá aumentar entre 10% e 25%; 30,77% esperam crescimento de até 10%; e 17,58% acreditam que seus negócios irão se expandir até mais de 25%. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2021, a maioria (25,27%) aposta em um crescimento de até 3%. Para 19,78% dos entrevistados, o País não deverá registrar crescimento maior que 1% em seu PIB; e 23,08% avaliam que não haverá expansão alguma. Esta é uma pesquisa inédita realizada pela KPMG no Brasil com empresários de todo o País sobre os impactos sentidos nos negócios e suas perspectivas após o controle da pandemia do novo coronavírus. A análise, que coletou dados relativos a abril e maio de 2020, é importante para medir a temperatura do atual momento e, também, para saber qual é a reação esperada para os próximos meses. Isso porque realizaremos o mesmo levantamento mensalmente, o que permitirá construir um diagnóstico sobre o comportamento da economia do Brasil de um modo geral. Pesquisa nacional sobre o Impacto da Covid-19 nos negócios Julho de 2020

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Foram consultados 91 empresários de todas as regiões, sendo a maioria do sudeste (65,93%), seguidos pela região sul (18,68%), centro-oeste (9,89%), nordeste (4,4%) e norte (1,1%). Embora a amostra contenha empresas dos mais variados segmentos produtivos sobressai entre os respondentes um maior percentual de companhias que atuam no ramo de Serviços Financeiros (com 13,89% do total), de Energia e Recursos Naturais (11,11% do total); Alimentos, Bebidas e Bens de Consumo e de Consumo e Varejo (cada um com 8,33% do total) e, também com igual índice de 5,56% do total, os setores de Agronegócios, de Infraestrutura e Automotivo.

Em abril de 2020, pouco mais de um mês após o início das medidas governamentais de restriçãoàs atividades econômicas de um modo geral, amaior parte das empresas consultadas (18,68% dototal) registrou uma redução entre 10% e 30% emsuas receitas em relação ao mesmo período de2019. Na sequência, estão aquelas cujas receitasencolheram mais da metade (17,58% do totalde entrevistados). É o mesmo percentual dos queafirmaram diminuição de até 10% nas receitase, também, daquelas que mantiveram seusnúmeros no mesmo patamar (17,58% cada um).Por outro lado, é interessante notar que 16,48% dasempresas consultadas informaram que suas receitasaumentaram nesse período.

Em maio de 2020, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o número de entrevistados

que apontaram redução entre 10% e 30% foi bem maior, com 26,37% do total indicando este nível de encolhimento nos negócios. Por consequência, foi um pouco menor o percentual das empresas que tiveram redução de até 10% nas receitas (com 16,48% do total de entrevistados). No período, somente 12,09% do total disseram que suas receitas permaneceram iguais e 17,58% afirmaram que houve expansão.

Por tudo isso, aproximadamente 25% do total de empresários consultados acreditam que o faturamento deverá diminuir entre 10% e 30% em 2020. Para 18,68%, os números ficarão muito próximos aos do ano anterior. Redução mais acentuada, superior a 50%, é a expectativa de uma pequena parcela de 5,49% do total. Por outro lado, aproximadamente 13% deles esperam atingir crescimento de até 10%.

Para 2021, as previsões são bem mais otimistas: 34,07% dos entrevistados avaliam que seu faturamento irá aumentar entre 10% e 25%; 30,77% esperam crescimento de até 10%; e 17,58% acreditam que seus negócios irão se expandir até mais de 25%.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2021, a maioria (25,27%) aposta em um crescimento de até 3%. Para 19,78% dos entrevistados, o País não deverá registrar crescimento maior que 1% em seu PIB; e 23,08% avaliam que não haverá expansão alguma.

Esta é uma pesquisa inédita realizada pela KPMG no Brasil com empresários de todo o País sobre os impactos sentidos nos negócios e suas perspectivas após o controle da pandemia do novo coronavírus. A análise, que coletou dados relativos a abril e maio de 2020, é importante para medir a temperatura do atual momento e, também, para saber qual é a reação esperada para os próximos meses. Isso porque realizaremos o mesmo levantamento mensalmente, o que permitirá construir um diagnóstico sobre o comportamento da economia do Brasil de um modo geral.

Pesquisa nacional sobre o Impacto da Covid-19nos negóciosJulho de 2020

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A gestão na pandemia

A pesquisa também consultou os empresários brasileiros sobre o impacto da Covid-19 em diferentes aspectos da gestão de seus negócios. Com opção de classificar com notas de 0 (nenhum impacto) a 10 (impacto altíssimo), os entrevistados avaliaram cada tópico da seguinte forma: a gestão de crises é a que foi mais abalada, com média de 8,71 na escala, portanto, um impacto bastante significativo. Logo em seguida está a gestão financeira, com nota média de 8,15. A gestão de pessoas também recebeu média alta, com nota de 7,73, seguida pela adaptação tecnológica, com média de 7,48. Impacto um pouco menor, porém ainda sensível, se mostrou na cadeia de suprimentos (supply chain), com nota média de 6,32.

Se a adaptação tecnológica foi um dos aspectos que produziu grandes efeitos no cotidiano das empresas, a pesquisa também procurou saber qual a perspectiva dos entrevistados em relação ao número de colaboradores que deverão permanecer trabalhando em esquema de home office quando a fase crítica da pandemia for superada. Os resultados mostram que a Covid-19 veio mesmo trazer mudanças culturais à nossa sociedade. Nada menos que 27,47% das empresas pretendem manter o trabalho remoto para 25% a 50% de seu quadro de funcionários; outros 21,98% farão o mesmo com um número entre 10% e 25% dos colaboradores; e 19,78% dos entrevistados pensam em manter no home office até mais da metade de seu quadro.

Julho 2020

6%

18%

12%

4%

2%11%8%2%

9%

19%

9%AgronegócioConsumo e VarejoEnergia e Recursos NaturaisGovernoHealthcare & Life SciencesIndustrial MarketsInfraestruturaONGsServiçosServiços FinanceirosTecnologia, Mídia e Telecomunicações

Setores representados entre os respondentes da pesquisa:

Distribuição geográfica dos respondentes da pesquisa:

4.40%

1.10%

65.93%

9.89%

18.68%

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Julho 2020

3 - De 0 a 10, como você avalia o impacto da Covid-19 nas operações*:

1 e 2 (comparativo) - Qual foi o impacto da Covid-19 na receita de sua empresa nos meses de abril e maio de 2020, em comparação com o mesmo período do ano anterior?

*O gráfico acima apresenta a média de pontuação sinalizada pelos respondentes da pesquisa

Gestão de pessoas

Aumentou16.48%

ABRIL

17.58%

17.58%

18.68%

12.09%

17.58%

17.58% MAIO

12.09%

16.48%

26,37%

14.29%

13.19%

7.73

Gestão de crises

Permaneceu a mesma receita

8.71

Adaptaçãotecnológica

Diminuiu até 10%

7.48

Supplychain

Redução entre 10% e 30%

Redução entre30% e 50%

Diminuiu mais de 50%

6.32

GestãoFinanceira 8.15

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4 - Após o término da fase mais crítica da pandemia, qual é o percentual de colaboradores que deve permanecer trabalhando em esquema de home office?

5 - Qual é a previsão de faturamento para 2020?

Julho 2020

Menos de10%

Aumentaraté 10%

21.98%

27.47%

17.58%

19.78%

13.19%

13.19%

13.19%

5.49%

13.19%

7.69%

18.68%

25.27%

3.30%

Entre 10% e25%

Aumentar entre 10% e 25%

Diminuirentre 10% e 25%

Diminuirentre 25% e 50%

Entre 25%e 50%

Aumentar mais de 25%

Diminuirmais que 50%

Mais de 50%

Muito próximoao ano anterior

Não há previsão de trabalho remoto

Diminuir até 10%

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7 - Qual a sua estimativa quanto ao crescimento do PIB do Brasil para 2021?

6 - Para 2021, qual é a previsão de faturamento?

Julho 2020

André Coutinho Sócio-Líder de Clients & Markets da KPMG no Brasil e na América do Sul

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Aumentaraté 10%

Zero ounegativo

17.58%

23.08%

2.20%

6.59%

34.07%

19.78%

3.30%

5.49%

10.99%

25.27%

30.77%

12.09%

1.10%

7.69%

Aumentar entre 10% e 25%

Crescimentoaté 1%

Diminuirentre 10% e 25%

Crescimentoaté 5%

Diminuirentre 25% e 50%

Crescimentoacima 5%

Aumentar mais de 25%

Crescimentoaté 2%

Diminuirmais que 50%

Muito próximoa 2020

Crescimentoaté 3%

Diminuir até 10%

Crescimentoaté 4%