PESCAS E AQUACULTURA - w3.ualg.ptw3.ualg.pt/~madias/docencia/paq/PAQ_presentation_01.pdf · UC...
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PESCAS E AQUACULTURABiologia Marinha (1º ciclo)
3º ano – 2º Semestre5 ECTS
Ano Lectivo 2006/20072º Bloco (4 semanas + 1 avaliação)
UC “Pescas e Aquacultura”
Disciplina Introdutória no 1º ciclo de Biologia Marinha
Desenvolvimento nos 2ºs ciclos > Mestrado de Biologia Marinha e Mestrado de Pescas e Aquacultura
Docentes: Manuel Afonso Dias (pescas) - regente da disciplinaRui Cabral e Silva (aquacultura)
Programa, horários, organização, funcionamento, bibliografia, saídas, trabalhos e avaliação, horários de atendimento > Portal
Hoje: Teórica (1/4) 12:00-13:30h >> Prática (1/2) 14:30-17:00h
>> Reunião:17:30-18:30h (com todos os alunos)
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Anon, 2001. A Fishery Industry Guide to Offshore Operators. Scottish Executive Rural Affairs DepartmentIn http://www.scotland.gov.uk/library3/fisheries/figoo.pdf
Pesca e sua importância
Fonte: Sainsbury, J.C., 1996. Commercial fishing methods. An introduction to vessels and gears, 3ª edição. Fishing News Books Ltd, 359p.
A pesca – acto de capturar peixes ou outros animais aquáticos tais como crustáceos, moluscos, equinodermes, etc nos rios, lagos ou nos mares com propósitos comerciais, de subsistência, desportivos ou outros.
A captura de algas designa-se por “apanha” e a captura de mamíferos, como a baleia, é normalmente designada de “caça”.
Importância da pesca – actividade antiquíssima; actividade económica fundamental para a alimentação humana e emprego (na exploração e nas actividades a montante e a jusante como a construção/reparação de navios de pesca, fabrico de artes e apetrechos de pesca, transformação, transporte e comercialização do pescado, bem como na administração, fiscalização, ensino e investigação pesqueira.
3
História da pesca: breves notas
Fontes: Sainsbury, J.C., 1996. Commercial fishing methods. An introduction to vessels and gears, 3ª ed.
Fishing News Books Ltd, 359p.Leite, A.M., 1991. Manual de Tecnologia da Pesca. Escola Portuguesa de Pesca, Lisboa, 314p.Breves Notas sobre a História da Pesca (apontamentos)
Pesca de anzol - gravura em rocha, da Idade do Bronze Nórdica (in Fernö & Olsen, 1994).
História
- da pré-história (50 mil anos atrás) aos dias de hoje.
- vestígios pré-históricos: pinturas rupestres, kitchen middens, anzóis.
- colheita ou apanha > Instrumentos de arremesso > barragens e armadilhas> redes > pesca à linha > pesca afastada da costa (utilização de plataformas > embarcações) > revolução industrial (mecanização) > actualidade.
- pouco desenvolvimento nos métodos de pesca ao longo dos tempos
- desenvolvimento tecnológico – materiais (fibras sintéticas), mecanização da pesca, conservação (refrigeração e congelação) e localização do pescado (sondas e sonares).
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Recursos pesqueiros:distribuição geográfica e factores condicionantes
Fonte: Sainsbury, J.C., 1996. Commercial fishing methods. An introduction to vessels and gears, 3ª edição.Fishing News Books Ltd, 359p.
Abundância de fitoplânctoncomo indicador de produtividade pesqueira
Fito > zoo > peixes
Relação entre a Capturaanual em peso (Yield) de algumas pescarias e a Produção primária (PP) parasistemas estuarinos, marinhose grandes lagos
Fonte: Nixon, 1988. Limnol. & Oceanogr. 33: 1019
Produção primáriaS
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Produção primária
Elevados níveis de produção primária nas zonas costeiras, particularmentenas zonas menos profundas – plataformas continentais – onde se realiza a maior parte da pesca comercial.
Fonte: Longhurst et al., 1995. J. Plankton Res. 17: 1245-1271
As zonas costeirasocupam cerca de 10% da área total mas suportam 20-40% da produçãoprimária (~45-50 GtC ano-1).
http://www.noc.soton.ac.uk/
Relação negativa entre a produção de fitoplâncton e a latitude
Atlântico Norte:
A produção primáriadecresce, em média, cercade 7 gC m-2 ano-1 por grau de latitude.
Nos trópicos (excepto em águas continentais pouco profundas) a produtividade émenor (reduzidas trocas entre as camadas de água superficiais e profundas).
Produção primária
Fonte: Ware, 2000. In: Harrison and Parsons. Fisheries Oceanography. Blackwell Science
6
Produção primária
Imagem MODIS 13/09/2005 - upwelling nacosta portuguesa (elevadas concentrações de clorofila perto da costa).
Nas zonas de upwelling, a combinação de ventos e correntes faz ascender à superfície águas frias profundas, ricas em nutrientes, resultando em níveis elevados de plâncton, que suportam importantes pescarias.
http://ivy2.epa.gov.tw
Produção primária
As cores falsas mostram os diferentes níveis de produtividadenos oceanos.
http://marine.rutgers.edu/
7
Correntes
http://www.abc.net.au/
Os movimentos do plâncton (fito e zoo) estão dependentes das correntes
5 grandes giros / sentido de rotação / correntes equatoriais (de oeste) / grande corrente cincumpolar do Antártico
Modelo de circulaçãooceânicaglobal mostrando a forma comovaria a temperatura de superfície dos oceanosdurante o ano
Temperatura
http://www.usq.edu.au/
Cada espécie tem a sua amplitude térmica.Distribuição dentro do ano das espécies dependente da variação vertical e horizontal da temperatura
As alterações climáticas causam alterações importantes nos padrões das correntes >> distribuição e abundância dos recursos
8
Principais Grupos de Recursos Pesqueiros
• Pelágicos – espécies que vivem nas camadas superiores do mar (pequenos pelágicos = peixes como o arenque,sardinha, anchoveta, carapau e cavala; grandes pelágicos = peixes como os atuns e similares, espadarte; tubarões como a tintureira, potas e lulas).
• Demersais – espécies que vivem sobre ou perto do fundo do mar sobre a plataforma continental (e.g., pescada, tamboril, bacalhau, gamba, lagostim, polvo)
• De profundidade = espécies que vivem para lá do talude continental, a profundidades superiores a 400 m (e.g., Peixe-espada preto, Peixe-relógio, tubarões de profundidade como a lixa, etc)
• Diádromos – espécies que migram entre os rios e os oceanos durante o seu ciclo de vida (e.g., salmão, lampreia e enguias)
Principais espécies capturadas
Pequenos pelágicos nas zonas de upwelling, e.g.,:- Sardinhas (Califórnia, Peru, Europa e África do Sul)- Anchoveta (Peru)- Carapau do Chile (Chile)
Atlântico Norte:- Demersais - Bacalhau do Atlântico- Pequenos pelágicos - Arenque do Atlântico
Pacífico Norte:- Diádromos: Salmão do Pacífico- Demersais: Escamudo-do-Alaska (Alaska Pollock)- Pequenos pelágicos: Arenque do Pacífico e Sardinha do Japão
A maior parte das capturas mundiais corresponde a um reduzidonúmero de espécies. Por exemplo:
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Situação actual da Pesca no Mundo
Fontes: The state of the world fisheries and aquaculture 2006 (FAO, 2007)Review of the state of world marine fishery resources (FAO, 2004)
The State of World Fisheries and Aquaculture 2006http://www.fao.org/sof/sofia/index_en.htm
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The State of World Fisheries and Aquaculture 2006http://www.fao.org/sof/sofia/index_en.htm
The State of World Fisheries and Aquaculture 2006http://www.fao.org/sof/sofia/index_en.htm
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The State of World Fisheries and Aquaculture 2006http://www.fao.org/sof/sofia/index_en.htm
EU-25
Review of the State of World Marine Fisheries Resourcesftp://ftp.fao.org/docrep/fao/007/y5852e/y5852e00.pdf
Áreas de pesca FAO para fins estatísticos
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The State of World Fisheries and Aquaculture 2006http://www.fao.org/sof/sofia/index_en.htm
61
87
71
2757
51
3467
21
EU-25
Capturas marinhas mundiais, por grupo de espécies, por área de pesca, em 2002
Review of the State of World Marine Fisheries Resourcesftp://ftp.fao.org/docrep/fao/007/y5852e/y5852e00.pdf
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Review of the State of World Marine Fisheries Resourcesftp://ftp.fao.org/docrep/fao/007/y5852e/y5852e00.pdf
Capturas marinhas mundiais, por grupo de espécies, por área de pesca, em 2002
Milhões de Toneladas
Grandes Pelágicos
21%
Pequenos Pelágicos
26%
Crust áceos7%
Tubarões e raias
1%
Diversos Cost eiros
7%
Diádromos1%
Demersais15%
Out ros1%
Não ident if icados
13%
Moluscos8%
The State of World Fisheries and Aquaculture 2006http://www.fao.org/sof/sofia/index_en.htm
Thunnus albacares
Trichiurus lepturus
Trachurus murphyi
Engraulis japonicus
Scomber japonicus
Clupea harengus harengus
Katsuwonus pelamis
Micromesistius poutassou
Atum-bonito
Arenque
Cavala
Biqueirão
Theragra chalcogramma Escamudo-do-Alasca
Verdinho
Atum-albacora
Peixe-espada-branco
Carapau-chileno
Engraulis ringens Anchoveta
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A pesca na União Europeiae em Portugal
Fontes: Factos e Números da PCP (Comissão Europeia, 2006)
Factos e Números sobre a PCP 2006http://ec.europa.eu/fisheries/publications/facts/pcp06_pt.pdf
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Factos e Números sobre a PCP 2006http://ec.europa.eu/fisheries/publications/facts/pcp06_pt.pdf
EU_25
Factos e Números sobre a PCP 2006http://ec.europa.eu/fisheries/publications/facts/pcp06_pt.pdf
EU_25
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Factos e Números sobre a PCP 2006http://ec.europa.eu/fisheries/publications/facts/pcp06_pt.pdf
Factos e Números sobre a PCP 2006http://ec.europa.eu/fisheries/publications/facts/pcp06_pt.pdf
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EU_25
Factos e Números sobre a PCP 2006http://ec.europa.eu/fisheries/publications/facts/pcp06_pt.pdf
EU_25
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Factos e Números sobre a PCP 2006http://ec.europa.eu/fisheries/publications/facts/pcp06_pt.pdf
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4º 6º
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7º
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Factos e Números sobre a PCP 2006http://ec.europa.eu/fisheries/publications/facts/pcp06_pt.pdf
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EU_25
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Factos e Números sobre a PCP 2006http://ec.europa.eu/fisheries/publications/facts/pcp06_pt.pdf
EU_25
Factos e Números sobre a PCP 2006http://ec.europa.eu/fisheries/publications/facts/pcp06_pt.pdf
EU_25
10º
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Factos e Números sobre a PCP 2006http://ec.europa.eu/fisheries/publications/facts/pcp06_pt.pdf
A pesca em Portugal
Fontes: Plano Estratégico Nacional para as Pescas 2007-2013Recursos das Pescas 2006 “Sea Around Us” project website
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Fonte: INE-DGPA, Estatísticas da Pesca
Desembarques Anuais em Portugal(não inclui congelados, salgados e aquicultura)
50
100
150
200
250
300
350
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
Ano
Peso
(mil
tone
lada
s)
50
100
150
200
250
300
350
Valo
r (m
il eu
ros)
Peso (toneladas) Valor (milhares de euros)
Portugal – desembarques em peso (toneladas)
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Portugal continental – desembarques em peso (toneladas)
Regiões autónomas – desembarques em peso (toneladas)
37
Desembarques em peso (2005)
Águas salobra e doce
Peixes Marinhos
Crustáceos
Moluscos
Animais Aquáticos Diversos
Outros produtos
Desembarques em valor (2005)
Águas salobra e doce
Peixes Marinhos
Crustáceos
Moluscos
Animais Aquáticos Diversos
Outros produtos
Fonte: INE-DGPA, Estatísticas da Pesca
Importância em peso dos desembarques (2005)
05
10152025303540
Águas salobra e doceAtum
e similares
BesugoC
arapauC
arapau negrãoC
avalaC
ongro ou safioFanecaLinguado e azeviaPeixe espadaPeixe espada pretoPescadasR
aiaR
obaloSardaSardinhaTam
borilVerdinhoC
amarões
Gam
baLagosta e lavaganteLagostimAm
eijoaBerbigãoC
hocoLulaM
exilhãoPolvo
Espécie / Grupo de espécies
%
Importância em valor dos desembarques (2005)
02468
1012141618
Águas salobra e doceAtum
e similares
BesugoC
arapauC
arapau negrãoC
avalaC
ongro ou safioFanecaLinguado e azeviaPeixe espadaPeixe espada pretoPescadasR
aiaR
obaloSardaSardinhaTam
borilVerdinhoC
amarões
Gam
baLagosta e lavaganteLagostimAm
eijoaBerbigãoC
hocoLulaM
exilhãoPolvo
Espécie / Grupo de espécies
%
38
Desembarques anuais em peso (2005) Peixes marinhos
Atum e similares Besugo Carapau Carapau negrãoCavala Congro ou safio Faneca Linguado e azeviaPeixe espada Peixe espada preto Pescadas RaiaRobalo Sarda Sardinha TamborilVerdinho
Desembarques anuais em valor (2005) Peixes marinhos
Atum e similares Besugo Carapau Carapau negrãoCavala Congro ou safio Faneca Linguado e azeviaPeixe espada Peixe espada preto Pescadas RaiaRobalo Sarda Sardinha TamborilVerdinho
Fonte: INE-DGPA, Estatísticas da Pesca
Desembarques anuais em peso (2005) Crustáceos
Camarões Gamba Lagosta e lavagante LagostimDesembarques anuais em valor (2005) Crustáceos
Camarões Gamba Lagosta e lavagante Lagostim
Fonte: INE-DGPA, Estatísticas da Pesca
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Desembarques anuais em peso (2005) Moluscos
Ameijoa Berbigão Choco Lula Mexilhão PolvoDesembarques anuais em valor (2005)
Moluscos
Ameijoa Berbigão Choco Lula Mexilhão Polvo
Fonte: INE-DGPA, Estatísticas da Pesca
n = 9955
Frota nacional