Perturbações do comportamento alimentar - apdh.pt§ão Comportamento... · Introdução...
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Perturbações do
Comportamento Alimentar -Uma abordagem integrada com peso e
medida
Lisboa, 23 de Novembro de 2016
Introdução
Conjunto de entidades nosológicas que surgem desde a infância à
idade adulta, atingindo o funcionamento global do indivíduo;
Importante causa de mortalidade (6x AN, 3x BN) e morbilidade em
adolescentes e adultos jovens , especialmente no sexo feminino (Suokas
JT, Suvisaari JM, Gissler M, 2013).
Prevalência de AN de 4% e BN 3% (Lee S, Tsang A, Breslau J, 2009).
Perturbações do Comportamento Alimentar (PCA)
Introdução
Necessidades existentes
Introdução
Perturbações do Comportamento Alimentar (PCA)
Inexistência de uma resposta satisfatória (até 2007)
Abordagem multidisciplinar, especializada, articulada, sistematizada e continuada envolvendo especialidades médicas e não médicas (a nível de consulta e internamento), com os recursos existentes.
Criação da equipa de PCA (2008).
Equipa/Recursos Humanos
Psicologia
Nutrição
Enfermagem
Medicina Interna
Psiquiatria
PCA
Equipa - Recursos Humanos
Equipa de PCA
Engloba
três serviços em articulação
entre si
e outros elementos indispensáveis à
intervenção neste tipo de patologias
Engloba profissionais de
saúde de diferentes áreas que garantem de
forma
concertada e contínua o
seguimento
da idade pediátrica à idade
adulta
A ligação
interdisciplinar
e
inter-serviçospermite um
contínuo assistencial.
Equipa – Objetivos Gerais
É direta
Cuidados de saúde primários
Consultas de outras especialidades/urgência
GASA (Gabinete de Apoio à Saúde do Adolescente)
Melhorar a acessibilidade e a prestação de cuidados
conseguindo-se uma resposta em termos de cuidados de
saúde atempada, sequencial e interligada, respondendo às
necessidades existentes.
Referenciação
Consultas inicialmente com regularidade semanal, ajustadas consoante a evolução clínica;
Capacidade através do internamento de dar resposta a situações que apresentem critérios para tal;
Realização de grupos terapêuticos (adolescentes/adultos);
Terapia familiar sistémica;
Realização de reuniões de equipa regulares;
Articulação com centros de referência;
Realização de sessões de sensibilização e psicoeducação;
Actividade científica.
Equipa – Objetivos Específicos
Equipa - Breve descrição
Internamento – Unidade de Adolescentes
Consulta
Internamento – Serviço de Psiquiatria
Consulta
PsiquiatraEnfermeira
PediatraPedopsiquiatra
Psicóloga
Dietista Internista
Nutricionista
Grupos Terapêuticos
Intervenções Comunitárias
Adulto
Adolescente
Centro de SaúdeUrgência
Consulta ExternaClínica privada
Hospitais fora da área de influência
Equipa - Breve descrição
Perante a suspeita de uma PCA, a avaliação é realizada pela Pedopsiquiatria ou Medicina do Adolescente.
O acompanhamento é feito pelas duas especialidades e, se necessário, pela nutricionista no mesmo dia e espaço, o que permite discussão imediata dos casos.
O internamento é efetuado na Unidade de Adolescentes, com acompanhamento pelos mesmos elementos da equipa.
Nos casos pertinentes e na adolescência tardia, se necessidade de manter o acompanhamento, a orientação passa a ser partilhada com a Psiquiatria de forma a efetuar uma transição gradual.
Na Infância/Adolescência
O doente é encaminhado para consulta efetuada por Psiquiatra, Psicólogo e Enfermeiro.
O internamento é no DPSM com a colaboração da Medicina Interna e dietista.
Equipa - Breve descrição
Na Idade Adulta
Existe uma reunião mensal de articulação com todos os profissionais,
sendo realizada interface sempre que necessário.
Equipa – Trabalho Desenvolvido
Reuniões de equipa 160
Supervisão de casos clínicos 12
Participação em reuniões científicas (comunicações orais e pósteres) 25
Dinamização de ações de formação a profissionais de saúde (intra e extra-hospitalar) e comunidade
23
Número de internamentos - total 114
idade inferior a 18 anos 64
idade adulta 46
Número de Consultas - total 4440
idade inferior a 18 anos 1177
idade adulta 3263
Trabalho desenvolvido pela equipa de PCA de 2008-2015
Elaboração de protocolo de avaliação e intervenção emPCA;
Elaboração de linhas orientadoras para Anorexia Nervosapublicadas na Ata Pediátrica Portuguesa em 2009 e pertencendoatualmente aos consensos da Sociedade Portuguesa de Pediatria;
Colaboração com centros universitários em protocolos deinvestigação em PCA;
Em 2015, foi solicitado pela Unidade Coordenadora FuncionalInter-hospitalar de Medicina do Adolescente da região centro aapresentação das práticas da equipa, para uma possívelimplementação por outras unidades de saúde.
Equipa – Trabalho Desenvolvido
1730 35 40 42 47 53 57
32
81
98
69
94 89 89 86
49
111
133
109
136 136142 143
0
20
40
60
80
100
120
140
160
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Ano
< 18 anos
adultos
Total
Equipa – Trabalho Desenvolvido
Número de doentes observados por ano, pela equipa de PCA
95%
5%
Género
Feminino
Masculino
55%45%
Idade
< a 18 anos
≥ 18 anos Distribuição por Género dos doentes acompanhados pela Equipa de PCA 2008-2015
Distribuição por Idade dos doentes acompanhados pela Equipa de PCA 2008-2015
Equipa – Trabalho Desenvolvido
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%51,5%
7,0% 8,3%3,9% 2,6%
26,6%
DIAGNÓSTICO
Distribuição por Diagnóstico dos doentes acompanhados pelaEquipa de PCA 2008-2015.
Equipa – Trabalho Desenvolvido
0
10
20
30
40
50
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Primeiras Consultas
Nº de primeiras consultas efetuadas pela Equipa PCA no período de 2008-2015.Total: 272
0
100
200
300
400
500
600
700
800
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Consultas Seguimento
Nº de Consultas Seguimento efetuadas pela Equipa de PCA no período de 2008-2015. Total: 4168
Total (Primeiras e seguimento)- 4440
4
9
7 7 7
8
10
12
13
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Número de internamentos idade ≤ 18 anos
Internamentos na Unidade de Medicina do Adolescente – Serviço de Pediatria do CHTV no período de 2008-2016
Equipa – Trabalho Desenvolvido
N= 77
3
1
7
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Número de internamentos idade ≤ 18 anos FORA DA ÁREA DE INFLUÊNCIA
Internamentos na Unidade de Medicina do Adolescente – Serviço de Pediatria do CHTV – FORA DA ÁREA DE INFLUÊNCIA no período de 2008-2016.
Equipa – Trabalho Desenvolvido
6
9
3
10
14
4
2
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Número de internamentos idade adulta
Equipa – Trabalho Desenvolvido
Internamentos no Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental do CHTV no período de 2008-2016. N= 48
Equipa – Trabalho Desenvolvido
Internamentos
Adultos
Adolescentes
Adolescentes fora da área de referênciação
Taxa reinternamento de doentes da Equipa PCA
15%
Drop out internamento
5,4%
25%Beate
Herpertz-Dahlmann · Annemarie van
Elburg · Josefina Castro-Fornieles,
Ulrike Schmidt2015
31%Patrícia Nunes, Sofia Duarte Silva, Isabel Brandão, António
Roma Torres2009
23,3%Mª Helena Afonso
Rita RodriguesCláudia Cabido, Daniela Couto,
Mª Antónia Silva,Margarida Marques
2016
16
16,5
17
17,5
18
18,5
19
19,5
IMC na 1º consulta IMC 1 ano
Média IMC doentes com AN
Evolução IMC dos doentes acompanhados pela Equipa de PCA com o diagnóstico de Anorexia Nervosa 2008-2015
DESTINO:
DROPOUT: 30,4%
ALTA: 48,2%
MORTALIDADE: 0% Steinhausen,Boyadjieva,Griogoru-
Serbanesa, Neumarker
2003Mortalidade
Adolescentes 2,9%
Steinhausen, 2002
Mortalidade Adultos
2-10%
Souza,APL,Pessa,PR, J. bras.
Psiquiatr.,2016; 65 (1):60-7
Dropout – 66,7%Lampard et all,
Journal of EatingDisorders,2015 ,3
(Suppl1):3
Dropout 29%-73%
Equipa – Trabalho DesenvolvidoComunicações Orais/Workshop
Equipa – Trabalho Desenvolvido
Artigos Científicos
Equipa – Trabalho Desenvolvido
Artigos Científicos
Equipa – Trabalho Desenvolvido
Posters
Equipa – Trabalho Desenvolvido
Posters
Equipa – Trabalho Desenvolvido
Posters
Equipa – Trabalho Desenvolvido
Posters
Conclusão
Consegue-se desta maneira uma resposta mais eficaz a todos os níveis, tentando evitar uma evolução para a cronicidade e desta maneira
diminuir os custos pessoais, familiares, sociais, académicos e profissionais daí inerentes, utilizando os recursos existentes.
Apresenta como característica única a continuidade de cuidados da infância à idade adulta, com o consequente benefício para os utentes pela
existência de uma intervenção coordenada, com manutenção do plano terapêutico previamente delineado.
Esta equipa dispõe de recursos humanos habilitados a prestar uma resposta especializada em PCA num ambiente de multidisciplinariedade, respondendo às expectativas e com um acesso adequado às
necessidades.
Projeto (2016) … 2ª fase
Iniciaram-se em 2016 reuniões inter-hospitalares na zona centro envolvendo os seguintes hospitais e especialidades
médicas:
• Centro Hospitalar Tondela-Viseu -(Pediatria, Pedopsiquiatria, Psiquiatria)
• Centro Hospitalar Universidade de Coimbra -( Pediatria, Pedopsiquiatria, Psiquiatria)
• Centro Hospitalar de Leiria -(Pedopsiquiatria, Pediatria)
• ULSG – Hospital Sousa Martins -(Psiquiatria, Pediatria)
Replicação do modelo, com adaptaçõeslocais:
• Criação de equipas multidisciplinares para tratamento de PCA
• Uniformização de critérios de acesso/ intervenção
• Terapêutica/internamento/protocolar a transição de cuidados de saúde (HTC).
• Produção de trabalhos e encontros científicos entre as várias equipas.
Obrigado!