Pedras Vivas Online 235 Pedras Vivas 24–02–2019 Ano 13...
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TexTos l iTúrgicos
VII DomIngo Do Tempo Comum · Ano C · 24-02-20191.º Livro de Samuel 26,2.7-9.12-13.22-23 — Salmo 102,1-4.8.10.12-13 — 1.ª Carta aos Coríntios 15,45-49 — S. Lucas 6,27-38
Pedras Vivas Online 235Ano 13
24–02–201903–03–2019Quinzenal
ses da filosofia e das ciências jurídicas, procurare-
mos reencontrar nos textos sagrados aquelas expe-
riências originárias de sentido cujos matizes podem
justificar o apreço que tantas e tão numerosas gera-
ções de crentes lhes dedicaram e que, acreditamos,
se continuam a projectar luminosamente no futuro.
Passando o episódio da falta original de Adão
e eva, situado num cenário ainda afastado da nossa
quotidianidade, talvez nos interpele mais directa-
mente o do homicida caim que, atentando não con-
tra uma ordem cósmica um pouco abstracta para nós,
mas pessoalmente contra a vida de seu irmão, se apre-
senta ainda hoje como paradigma das mais abominá-
veis violências contra o ser humano e a humanidade.
Ao contrário dos pais, caim não comete um crime
por negligência nem apresenta como atenuante qual-
quer instigação exterior. corroído pela inveja e cego
pela ira, prefere ignorar sobranceiramente as advertên-
cias sobre os seus sentimentos nefastos... e depois de
friamente premeditar o cruel fratricídio, ainda com as
mãos manchadas de sangue, furta-se de forma boçal a
qualquer responsabilidade pelas suas acções.
caim é, sem dúvida, figura modelar da contu-
mácia no crime e, numa era em que a única lei sobre
a Terra era a soberania de Deus, podemos até ficar
ComentárioCristo é a medida de todas as coisas. Cristo é a medida exata, que pode dar a tudo o que existe e acontece o seu justo valor e peso de eternidade. Na sua mensagem, Cristo revela-nos uma nova dimensão de relações com Deus e com os homens. Para o cristão, a regra de vida é Cristo ressuscitado. “Sede misericordiosos como vosso Pai”. Deus é misericórdia. Não se cansa de perdoar, porque não se cansa de amar. Quando deixasse de perdoar, deixaria de ser Deus: Deus ama-nos perdoando e é no perdão que se revela amor. Mas a suprema compaixão de Deus mostra-se em Jesus Cristo, a misericórdia do Pai em pessoa. “Amai os vossos inimigos”. Nem todos entendem. Perdoar ao outro é absolver-me também a mim. A paz no mundo depende do meu amor e perdão. “E sereis filhos do Altíssimo”. Da nossa atitude para com os outros depende a nossa transformação em Cristo. Só quando perdoar aos outros é que poderei dizer: “Pai Nosso!”
EvangElho sEgundo são lucas(lc 6,27-38)
«sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso»
e d i T o r i A l
Os Cr i s tãos e a Just i ça
Nesta época de triunfalismo tecnológico em que uma
visão salvífica dos métodos quantitativos pretende
subjugar todos os discursos diversos, deparamo-nos
com o recrudescer de uma espécie de ateísmo epis-
temológico que julgávamos ter deixado para trás há
muito, com o ingénuo positivismo do século xix.
encerrado, assim, um século xx em que as ofen-
sivas contra a religião assumiram contornos essencial-
mente ideológicos e políticos, e ao longo do qual os
cristãos tiveram de demonstrar de forma inequívoca
como, muito longe de se encontrarem ao serviço do
obscurantismo e da opressão dos povos, eram um dos
mais firmes baluartes da luta pela liberdade e a paz,
parece que regressamos de novo a um estádio primá-
rio desta dolorosa peregrinação do ser humano no
mundo. em consequência, vão emergindo um pouco
por todo o lado os habituais arautos de um materia-
lismo radical, lançando fulminantes invectivas sobre
tudo quanto possa apontar para além de uma reali-
dade encarcerada em gaiolas e provetas.
sem poder aqui ensaiar sequer uma breve inter-
pretação deste retrocesso, parece-nos contudo útil
tecer algumas considerações acerca de um dos seus
tópicos favoritos: o das escrituras como um “livro
recheado de tantas ficções, mitos e erros”, o que fare-
mos à luz de um dos conceitos mais avessos à nossa
suposta condição animal — precisamente, o de Justiça.
deixando de lado, portanto, os eruditos impas-
Naquele tempo,Jesus falou aos seus discípulos, dizendo:«digo-vos a vós que Me escutais:Amai os vossos inimigos,fazei bem aos que vos odeiam,abençoai os que vos amaldiçoam,orai por aqueles que vos injuriam.A quem te bater numa face, apresenta-lhe
também a outra;e a quem te levar a capa, deixa-lhe também
a túnica.dá a todo aquele que te pedir,e ao que levar o que é teu, não o reclames.como quereis que os outros vos façam,fazei-lho vós também.se amais aqueles que vos amam,que agradecimento mereceis?
Também os pecadores amam aqueles que os amam.
se fazeis bem aos que vos fazem bem,que agradecimento mereceis?Também os pecadores fazem o mesmo.e se emprestais àqueles de quem
esperais receber,que agradecimento mereceis?Também os pecadores emprestam
aos pecadores,a fim de receberem outro tanto.Vós, porém, amai os vossos inimigos,fazei o bem e emprestai, sem nada esperar
em troca.então será grande a vossa recompensae sereis filhos do Altíssimo,que é bom até para os ingratos e os maus.sede misericordiosos,como o vosso Pai é misericordioso.Não julgueis e não sereis julgados.Não condeneis e não sereis condenados.Perdoai e sereis perdoados.dai e dar-se-vos-á:deitar-vos-ão no regaço uma boa medida,calcada, sacudida, a transbordar.A medida que usardes com os outrosserá usada também convosco».
Palavra da salvação
James Tissot, O Sermão da Montanha,
1886–96
Continua na p. 6
Pedras Vivas
2 · Pedras Vivas online 235 · Paróquia de Nossa senhora da Areosa
cristã vivida nos acontecimentos: Paixão—Páscoa/cruz—
ressurreição”, referiu o Pe. José Maia.
No Natal de 1985 celebrou-se finalmente a Primeira
Missa (Missa do galo) na cripta da Nova igreja. Foi uma
noite inolvidável, com um autêntico sabor a Belém: frio,
chuva, desconforto, mas uma alegria imensa no rosto
de centenas de cristãos que não quiseram deixar de afir-
mar o seu — Presente! A partir de então, a comunidade
foi tomando uma consciência mais forte da realidade
da Nova igreja. No Verão de 1986, com todas as festas
da Primeira comunhão e Profissão de Fé na cripta da
Nova igreja, cresceu na comunidade paroquial a vontade
de poder utilizar os espaços que esta proporcionava o
mais urgentemente possível, uma vez que as instalações
então usadas eram exíguas e muito desconfortáveis para
acolher a multidão de fiéis que se reunia ao domingo
para celebrar a eucaristia.
Um pouco por isto tudo, o Pároco, depois de ouvidos
o conselho Pastoral, o conselho económico e os vários
grupos paroquiais, propôs ao Arcebispo-Bispo do Porto,
d. Júlio Tavares rebimbas, o dia 17 de Maio 1987 para a
inauguração oficial da Nova igreja. A proposta foi aceite,
e nesse dia houve festa rija na comunidade paroquial, que
40 ANOS DA PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA AREOSA
— O caminho faz-se caminhando —
O sonho da Nova Igreja torna-se realidade
No 4.º capítulo desta caminhada de memórias, iremos
recordar um dos momentos de maior importância para a
nossa comunidade de Nossa senhora da Areosa.
Por decreto de 4 de Março de 1979, d. António Fer-
reira gomes, Bispo do Porto, criou a Paróquia Experi-
mental de Nossa Senhora da Areosa, e no dia 20 do
mesmo mês nomeia o Padre José Martins Maia como res-
pectivo pároco. este continua o seu papel de trabalhador
de todas as horas, não medindo esforços na consolidação
do trabalho iniciado e, devendo prosseguir a caminhada
em frente, sente que é necessária uma Nova igreja porque
a comunidade crescia sem cessar e os leigos, os trabalha-
dores dessa hora, se comprometiam a desenvolver todos
os esforços para financiar a obra tão sonhada.
o terreno para a construção foi oferecido pela família
corte real, e Maria Arminda rios corte real, filha da pro-
prietária dos terrenos, que um dia me falou para o jornal
Pedras Vivas, recordava as brincadeiras da sua infância
neste local a que chamavam “curtinhos”, com o enge-
nho e o tanque grande de pedra, onde um dia quase se
afogava... É interessante lembrar como tudo isto era uma
zona verde e viçosa onde a água jorrava pura e cristalina.
As cestas das vendedeiras enchiam-se aqui de legumes
frescos e sem “cosméticos”, que elas vendiam de casa em
casa, como era habitual nesse tempo. “Esta terra frutifi-
cou em pão para alimento do corpo e agora a igreja
sobre ela construída vai ser fecunda em pão espiri-
tual”, foram as palavras que Maria Arminda proferiu no
dia da bênção da primeira pedra. contudo, além deste
terreno foi preciso mais algum, o qual foi cedido por um
amigo, conhecido por sr. Marques.
o dia do lançamento da Primeira Pedra da Nova
igreja ocorreu a 27 de dezembro de 1981 e contou
com a presença de d. António Ferreira gomes, Bispo do
Porto. chovia torrencialmente. o acesso ao local teve
de fazer-se de jipe, mas o pároco afirmou que foi bom
assim, pois a comunidade já se tinha habituado a viver
com muitas contrariedades: “Tem sido no esforço e na
luta que temos procurado algum êxito. É a dinâmica
viu assim concretizado um sonho e se pode orgulhar de
em apenas oito anos de existência lhe ter sido possível
construir a sua igreja! “Uma casa de deus construída
pelos homens”, como afirmava um jovem na altura em
que se começou a pensar na construção. Nesse dia me-
morável encontraram-se a Igreja das Pedras Vivas (com
expressão na celebração do sacramento do crisma para
algumas dezenas de jovens) e a Igreja do Cimento, Casa
de Reunião do Povo do Senhor.
Muitas foram as pessoas que contribuíram com
tempo, trabalho e dinheiro para que hoje possamos des-
frutar deste espaço, agora enriquecido com a imagem
de Nossa senhora da Areosa, o cristo da Ascensão e as
belas pinturas do Padre cerezo, missionário claretiano.
Não nos é possível nomear todas as pessoas que se
dispuseram a deixar o aconchego e o bem estar dos seus
lares para trabalharem nas piores condições, com o fim
de angariar fundos para a obra que era preciso concluir.
depois de formada uma equipa de angariação de fundos
para a Nova igreja, começaram a organizar-se vendas
de Natal e jantares confecionados e servidos pelos pró-
prios. Um dia, por exemplo, serviram um jantar a mais
de 300 pessoas, cortando oitenta quilos de pescada em
Alguns aspetos do terreno e das fases da construção da Nova igreja
A Primeira Pedra da Nova igreja A bênção da Primeira Pedra por d. António Ferreira gomes
Pedras Vivas online 235 · Paróquia de Nossa senhora da Areosa · 3
TexTos l iTúrgicos
vIII domIngo do TEmPo comum · ano c · 03-03-2019Ben-Sirá 27,5-8 — Salmo 91,2-3.13-16 — 1.ª Carta aos Coríntios 15,54-58 — S. Lucas 6,39-45
EvangElho sEgundo são lucas(lc 6,39-45)
«a boca fala do que transborda do coração»
ComentárioVamos dignificar a palavra de Deus e a nossa, conformando com ela a vida. O cristão é mensageiro da Boa Nova, testemunha entre os homens do que viu e ouviu. O Batismo compromete-nos. Tudo o que dizemos e fazemos tem uma dimensão redentora. O cristão pensa e atua como Cristo, ama pela medida do seu amor sem barreiras. “Um só é o vosso Mestre”. Se quero ser como o Mestre, tenho de fazer-me lição para os outros. “Retira primeiro a trave da tua vista”. Precisamos de gente que fale com a vida. Falta coerência entre as palavras e as obras, como fariseus hipócritas, que dizem, mas não fazem. É preciso olhar primeiro para nós mesmos antes de julgar alguém. Julga-te a ti mesmo e absolverás o teu irmão. Se queres corrigir alguém, corrige-te primeiro a ti. “A árvore conhece-se pelo fruto”. Queiramos ser a árvore boa, enraizada na fé e na esperança. A “obra do Senhor” é amarmos com a abundância do coração.
Naquele tempo,disse Jesus aos discípulos a seguinte parábola:«Poderá um cego guiar outro cego?Não cairão os dois nalguma cova?o discípulo não é superior ao mestre,mas todo o discípulo perfeito deverá ser como
o seu mestre.Porque vês o argueiro que o teu irmão tem
na vistae não reparas na trave que está na tua?como podes dizer a teu irmão:‘irmão, deixa-me tirar o argueiro que tens
na vista’,se tu não vês a trave que está na tua?
Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vistae então verás bem para tirar o argueiro da vista
do teu irmão.Não há árvore boa que dê mau fruto,nem árvore má que dê bom fruto.cada árvore conhece-se pelo seu fruto:não se colhem figos dos espinheiros,nem se apanham uvas das sarças.o homem bom,do bom tesouro do seu coração tira o bem;e o homem mau,da sua maldade tira o mal;pois a boca fala do que transborda
do coração».
Palavra da salvação
Pieter Bruegel o Velho, A Parábola dos Cegos, 1568
filetes. Apuraram a quantia de 600 contos (hoje,
3000 euros). Havia um paroquiano da “geração da
Primeira Hora” que convidava pessoas para os al-
moços e lhes pagava. Também foi importante o con-
tacto com o embaixador da Áustria, através do côn-
sul do Porto, eng.º Pinto de oliveira. Para animar
os jantares, não faltavam a orquestra de Tangos,
a Tuna Académica e vários fadistas. Trabalhava-se
imenso, mas animação não faltava. esta afirmação
é constante em todos os trabalhadores desta hora.
É justa e merecida uma homenagem a todas
as pessoas que trabalharam para que pudéssemos
hoje usufruir desta Nova igreja. Fizeram caminho,
e a sua história tem que ficar escrita para que não
mais esqueça. deixaram impressos no caminho que
trilharam passos que são luz, exemplo e motivação
para os trabalhadores de todas as horas, todos eles
merecedores da nossa gratidão.
MMA
O P R O J E T O A R Q U I T E T Ó N I C O
Para que a comunidade pudesse conhecer melhor as razões da opção tomada pelos organismos da paróquia e pelo arquiteto Acácio Brochado em relação ao projeto de arquitetura, o Pe. Maia quis deixar algumas ideia-chave para interpretar o desenho da Nova igreja que passo a descrever:
1 – somos um Povo Peregrino, itinerante. Temos a consciência de que a nossa pátria definitiva não se encontra aqui na Terra. A Terra é um simples lugar de passagem. A nossa casa de reunião deve acolher esta realidade de itinerância, peregrinação. Por isso, o projeto apresenta forma de uma tenda. somos uma família. A igreja de deus é casa, é vivenda para rezar, meditar, construir comunidade. Não queremos uma igreja--monumento para visita e admiração, mas sim uma igreja-casa para o encontro da família entre si e com deus.
2 – Para além da simbologia da tenda, o projeto apresenta também a simbologia do triângulo: Trindade. Um símbolo muito adequado para falar de deus (Pai, Filho e espírito santo): é a igreja do deus emanuel, o deus próximo de nós.
3 – A forma triangular sugere ainda as mãos erguidas em oração. sem perder o sentido de elevação (a ala central da igreja tem um pé direito muito alto!), percebe-se melhor nesta arquitetura de mãos erguidas o acontecimento da encarnação e da Presença de deus entre nós, convidando-nos a saber partir dos acontecimentos da Vida (as duas bases onde assenta a igreja) para os acontecimentos de salvação (o elevado topo onde se encontram as duas bases que sustentam a igreja, à semelhança das mãos erguidas).
MMA
AgENdA PARA MARçO
dias 01 a 03 · comemorações do 40.º Aniversário
da Paróquia de Nossa senhora da Areosa,
com a presença de d. Manuel linda, Bispo
do Porto (v. programa à esquerda)
dia 05 · carnaval
Quaresma
dia 06 · Quarta-feira de cinzas · celebração
às 21h30
dia 10 · Festa de s. João de deus
dia 17 · dia do Pai
durante o período da Quaresma, irão ser
organizadas Vias Sacras na igreja todas as
sextas-feiras às 21h30
ENCONtROS dE fORMAçãO E ORAçãO
domingos · grupo do crisma de Adultos · 11h00
Quartas-feiras · renovamento carismático ·
capela do santíssimo · 15h00
Segundas terças-feiras do mês · Movimento
esperança e Vida · 15h00
EuCARISt IAS
domingo · 8h00, 10h00, 12h00 e 19h00
Segunda a sexta-feira · 8h00 e 19h30
Sábado · 8h00 e 19h00
Capela do Bairro S. João de deus · domingo ·
11h00
AtENdIMENtO PElO PáROCO
Segunda a sexta-feira · 17h00–19h00
Sábado · 17h00–18h00
CONtACtOS
Igreja – Secretaria e Cartório Paroquial
Tel.: 225 499 333 · Fax.: 225 404 722
segunda a sexta-feira · 9h30–12h00 e
14h30–18h00
INSt ItuIçõES dA PARóQuIA
Centro Social Areosa · 225 484 821
Jardim Infantil e Salas de Estudo Pio XII ·
225 490 515
Escola de Música Santa Cecília · 225 488 003
Escola de desporto · 225 401 116 ou
960 388 079
Pavilhão gimnodesportivo · 225 401 116 ou
917 571 305
Multiusos (Cripta) · 935 303 240
CORPO NACIONAl dE ESCutAS
Agrupamento 740-Areosa ·
•
Mais informações em
www.paroquia-areosa.pt
Boletim “Pedras Vivas”
4 · Pedras Vivas online 235 · Paróquia de Nossa senhora da Areosa
NoTíciAs“Escutar deus na voz dos jovens”
Edição na Zona Pastoral Norte
Diocese do Porto – decorreu no passado dia 9 de
fevereiro em lousada o primeiro encontro “escutar
deus na voz dos jovens”. dando resposta ao desafio
lançado no início deste ano pastoral pelo Bispo do
Porto, d. Manuel linda, e abrindo a igreja do Porto à
escuta dos jovens crentes e não crentes, este evento é
uma organização do secretariado diocesano da Pas-
toral da Juventude.
estiveram presentes no encontro cerca de 300
jovens que começaram por ouvir o testemunho de
dois casais recém-casados, referindo como é possível
numa vida familiar, mesmo com outras responsabi-
lidades, manter o caminho que leva a deus. depois
disso, uma juíza, um ex-presidiário e uma atriz assi-
nalaram como é possível sentir a presença de deus
no meio laboral e em momentos de dificuldade. estes
testemunhos foram intervalados com breves vídeos
do Papa Francisco dirigidos aos jovens de hoje. se-
guiu-se um período de diálogo com o bispo do Porto,
que respondeu a questões colocadas pelos jovens,
num momento no qual tiveram a possibilidade de
exprimir o que sentem e veem na igreja. o encontro
terminou com um concerto apresentado pela banda
spiritus do movimento dos jovens dehonianos.
estes encontros terão outras edições nas próxi-
mas semanas nas restantes três zonas pastorais da
diocese do Porto: 16 fevereiro na Zona Nascente; 9
de Março na Zona do grande Porto; 23 de Março
na Zona sul.
recordemos o pedido do Papa Francisco dirigido
aos jovens nas recentes Jornadas Mundiais da Juven-
tude no Panamá: “Vós, queridos jovens, não sois o fu-
turo, mas o agora de deus. ele convoca-vos e chama-
-vos, nas vossas comunidades e cidades, para irdes à
procura dos avós, dos mais velhos; para vos erguerdes
de pé e, juntamente com eles, tomar a palavra e reali-
zar o sonho com que o senhor vos sonhou.”
RS
surpreendidos com a relativa moderação da pena a
que foi sujeito. Todavia, é justamente esse criminoso
tão impenitente quanto irremissível o primeiro vi-
vente a implorar a clemência do Soberano Juiz!
de forma algo paradoxal, somos conduzidos a
constatar como não foi na pena a que deus con-
dena caim, mas na magnânime protecção que lhe
concedeu na sequência desse angustiado apelo que
se manifestou plenamente o mais veemente princí-
pio de Justiça a extrair de tão misteriosa narrativa.
como cristãos, é igualmente nele que podemos
encontrar aquela excruciante tensão que percorre
toda a história da humanidade até que, com Jesus, o
último reduto da dignidade humana ganha finalmente
um estatuto inviolável com o indulto do “malfeitor
arrependido”, pouco antes de perecer na cruz. Não
nos esqueçamos nunca — toda a história da redenção
tem por fim o resgate dos pecadores. Abel já estava
na graça deus e ainda não tinha nascido. caim, desde
sempre perdido, não deixou, por isso, de merecer o
cuidado do Pai. só o Filho nos permite ver a razão.
santo Agostinho fixou esse pilar da justiça cristã na
famosa máxima que aqui podemos traduzir como “con-
denemos os erros, mas amemos os homens”. infeliz-
mente, mostram-nos os noticiários que de cada vez que
nos esquecemos disso franqueamos o mundo à arrogân-
cia de lamec — o filho de caim, que dizia “matar um
homem porque o feriu, e um rapaz porque o pisou”…
eis porque são tão incómodos Os Livros.
PM
Editorial, continuação da p. 1
40 ANOS DA PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA AREOSA
— Programa das Comemorações —
1 de Março
21h00 · lançamento de fogo de artifício
21h15 · inauguração da exposição de Fotografia
(Pavilhão Multiusos)
21h30 · colóquio “respostas às crises espirituais
e sociais” (Pavilhão Multiusos)
oradores: dr. Alberto Machado e
Pe. Henrique Barros
2 de Março
14h45 · lançamento de fogo de artifício
15h00 · Feira de serviços prestados pela paróquia
de N.s. da Areosa (Parque Automóvel) e
atividades diversas desenvolvidas pelo
Agrupamento de escuteiros 740–Areosa
19h00 · eucaristia animada pelo coral gregoriano
Feminino serenissimus
3 de Março
09h00 · lançamento de fogo de artifício
09h15 · saída da fanfarra, percorrendo algumas
artérias envolventes da igreja
10h00 · Missa da catequese animada pelo
coro infantil e Juvenil da escola de
Música santa cecília
10h45 · receção a d. Manuel linda,
Bispo do Porto, na frente da igreja,
com guarda de Honra dos escuteiros.
Boas vindas, no interior da igreja, com
as crianças da catequese e animação
musical pelos jovens.
12h00 · Missa solene presidida por
d. Manuel linda, Bispo do Porto
13h30 · Almoço no centro social da Paróquia
da Areosa (é necessária inscrição
presencial na secretaria paroquial até
ao dia 25 de Fevereiro, mediante uma
comparticipação de 15,00 euros)