PEDIATRIA (CLÍNICA) -IVAS - Pneumonia - PROF. ÁLVARO
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Afecções respiratórias da Criança
Aparelho respiratório- um dos principais órgãos de contato do ser humano com o
ambiente exterior
- fortemente influenciado pela qualidade do ar ambiental
- sensível às agressões por agentes biológicos (microorganismos epor partículas aéreas
- agressões por microorganismos produzem epidemias sazonais
- pulmões só alcançam o pleno desenvolvimento por volta dos oito anos de idade
Órgão sensível ao modo de vida urbano
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Linha da vida
Pré-natal e partoFumo, nutrição, prematuridade
Sínd. do Desconforto Respiratório,
Broncoaspiração Meconial
IVAS. OtitePneumoniaSibilância
PneumoniaAsma
Bronquiolite
Modo de vida urbano
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Afecções respiratórias da Criança
Afecções de natureza infecciosa e não-infecciosa
Problema clínico freqüente na prática pediátrica, em todas as faixas deidade, com repercussões para as crianças, suas famílias e os serviços
desaúde
Motivo comum de consultas em Pronto Socorro, Ambulatório e Enfermaria
Superlotação das unidades de saúde (sazonalidade)
Desafio clínico: acurácia diagnóstica e decisão clínica
Condições sensíveis à Atenção Primária de Saúde
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IVAS
- 5 a 8 episódios/ano
- Etiologia predominantemente viral
- Grande número de vírus implicados (mais de 200 vírus
antigenicamente distintos)
- Período de “aprendizado/experiência” imunológica
- Diagnóstico fundamentalmente clínico
- Tratamento de apoio, com poucos medicamentos
- Reconhecimento precoce das complicações
Afecções respiratórias do RN ao Adolescente
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IVAS
5 a 8 episódios/ano; virais; diagnóstico clínico;
tratamento de apoio
Excesso de medicalização – exames de imagem, exames de
laboratório, antibióticos e sintomáticos
Risco de aparecimento de cepas bacterianas resistentes
Gastos desnecessários
Hospitalização e morte por iatrogenia (medicamentos)
Afecções respiratórias do RN ao Adolescente
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RINORRÉIA / RESFRIADO
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Paradoxo assistencial
Quadros de baixa gravidade, evolução auto-limitada,
que podem ser manejados com pouca densidade tecnológica.
Excesso de medicalização – exames de imagem, exames de
laboratório, antibióticos e sintomáticos. Iatrogenia.
CONSULTA MÉDICA – elemento central da atividade clínicaAnamnese. Exame Clínico
(valorização da clínica, da comunicação e do seguimento clínico)
Infecção das Vias Aéreas Superiores
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Epidemiologia
• Maioria, etiologia viral, de evolução auto-limitada, exigindo pouco recursos tecnológicos
• Regularidade e variabilidade de síndromes clínicas
• Poucos casos com potenciais complicações graves
- falência respiratória – epiglotite, bronquiolite, pneumonias
- longo prazo - febre reumática, doença pulmonar crônica
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INFECÇÃO DA VIAS AÉREAS SUPERIORES- síndromes clínicas -
• quando predomina a rinite• quando predomina a
tonsilite e faringotonsilite/ adenotonsilite
• quando predomina a otite• quando predomina a
sinusite• quando predomina a
laringite
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INFECÇÃO DA VIAS AÉREAS SUPERIORES- síndromes clínicas -
Rinofaringite viralInfluenzaFaringiteFaringotonsiliteOtite médiaRinossinusiteLaringite
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INFECÇÃO DA VIAS AÉREAS SUPERIORES
- síndromes clínicas -
Quadros agudos, catarrais(reação inflamatória;local e/ou sistêmica)Produzem diversos graus dedesconforto. Auto-limitados.
Mudança de aspecto dassecreçõesRinorréia purulenta (10
dias)
Mais de 200 tipos e sorotipos
RinovírusParainfluenzaInfluenzaCoronavírusEchovírus CoxsackievírusSincicial respiratórioMetapneumovírusBocavírus humano
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Plano de seguimento
Alcançar uma compreensão mútua do problema
Orientar o retorno à consulta em caso de:
Febre de mais de 3 dias de duração (sugere complicação)
Febre alta ( mais de 39,5°C), principalmente com calafrios(sugere bacteremia)
Gemência, irritabilidade ou apatia
Dificuldade para respirar ou falta de ar
Dor de ouvido, choro intenso
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RESFRIADO INFLAMAÇÃO
Obstrução dos óstios Retenção de secreções
Movimento Ciliar Invasão debactérias
Muco anormal (espesso) Meio decultura
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RINORRÉIA / RESFRIADO
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RINORRÉIA / RESFRIADO
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INFECÇÃO DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES- evolução -
Complicações
- decorrentes da obstrução dosóstios de drenagem, alteraçõesmovimento ciliares, muco
anormal(espesso)
- alteração na função deventilação da tuba faringo-timpânica
- infecção bacterianasecundária
Complicações
AdenoiditeSinusite agudaOtite média
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Prevenção
• Não há imunização ativa contra o resfriado comum.
• Há vacinas para prevenir gripe , que é causada pelo vírus Influenza A e B.
• A vacina disponível no Brasil é composta por vírus mortos, utilizada acima de 6 meses de idade, por via intramuscular.
• Recomendada para grupos especiais de pacientes, como os portadores de patologias crônicas pulmonares e cardíacas, imunodeficientes, idosos.
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TRATAMENTO
Antibióticos1ª linha:Amoxicilina: utilizar na dose de 50-70 mg/kg/d; 90% de eficácia
2ª linha (falha terapêutica):Amoxicilina + clavulanatoCefalosporina II geração ClaritromicinaCloranfenicolCeftriaxone
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PNEUMONIA
Infecção do parênquimaInfecção do parênquima
pulmonar, comprometendopulmonar, comprometendo
brônquios, bronquíolos, brônquios, bronquíolos,
alvéolos e interstício. alvéolos e interstício.
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Pneumonia em Crianças
• Magnitude- terceira causa de morte
- principal causa de internação
- 150.000 óbitos por ano nas Américas
- FUNDAMENTAL
- Reconhecimento rápido
- Tratamento precoce
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Pneumonia
Causa de morte evitável por medidas simples, acessíveis, de
baixo custo e que não exigem tecnologia diagnóstica nem
recursos terapêuticos sofisticados, na maioria das vezes.
É a afecção na qual mais se pode intervir para reduzir a
mortalidade infantil e de menores de cinco anos de idade.
Participam no óbito por PA, a não ser em casos excepcionais, o
atraso ou o erro no diagnóstico e/ou na terapêutica.
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Pneumonia em Crianças
• Magnitude- terceira causa de morte
- principal causa de internação- 150.000 óbitos por ano nas Américas
- FUNDAMENTAL- Reconhecimento rápido- Tratamento precoce
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Pneumonia
Atenção Primária de Saúde
Condição sensível ao atendimentoambulatorial (indicador de qualidadedos serviços de saúde)
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Pneumonia - quadro clínico -
Crianças maiores pode haver história anterior de
IVAS
febre
tosse
dispnéia
prostração, cianose, palidez, dor abdominal e dor
torácica.
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Pneumonia - quadro clínico -
• S.pneumoniae• início com início abrupto, muitas vezes sem
IVAS prévia, estado geral pode estar bem pouco comprometido.
• Ao Rx a imagem costuma ser lobar ou segmentar e a melhora da febre ocorre em 24 a 48hs de terapêutica.
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Pneumonia lobar
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Pneumonia - quadro clínico -
• S.aureus
quadro com toxemia intensa, lesão pulmonar
progride rapidamente.
A febre pode durar 1 a 2 semanas.
Ao RX, geralmente são focos múltiplos,
broncopneumônicos, com exsudato pleural,
pneumatocele e abcessos frequentes.
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Pneumonia complicada com empiema: imagem de nível hidroaéreo à direita e bolhas sugestivas
de pneumatoceles
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RX Simples de Tórax - Interpretação
• Pneumatocele (padrão cístico)
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Pneumonia - quadro clínico -
• H.influenzae
quadro clínico dificilmente se diferencia do pneumococo.
Ao Rx, é lobar (90%), porém sua instalação é mais insidiosa e quase sempre seguida a um quadro de IVAS.
![Page 32: PEDIATRIA (CLÍNICA) -IVAS - Pneumonia - PROF. ÁLVARO](https://reader033.fdocument.pub/reader033/viewer/2022061208/548b9c2bb47959da588b4673/html5/thumbnails/32.jpg)
Pneumonia por H. influenzae: condensação alveolar extensa à esquerda
![Page 33: PEDIATRIA (CLÍNICA) -IVAS - Pneumonia - PROF. ÁLVARO](https://reader033.fdocument.pub/reader033/viewer/2022061208/548b9c2bb47959da588b4673/html5/thumbnails/33.jpg)
Radiologia
• Pneumonia lobar:
imagem radiológica com opacificação homogênea,
com ou sem broncograma aéreo, que respeita a
segmentação pulmonar.
• Broncopneumonia
• imagens únicas ou múltiplas, uni ou bilaterais, que
não respeitam a segmentação pulmonar, com
aumento da trama vasobrônquica.
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Padrões radiológicos principais nas pneumonias
• Padrão intersticial: espessamento peribrônquico e infiltrado intersticial difuso, hiperinsuflação, mais sugestivo de infecção viral (ou asma).
• Padrão alveolar: condensações lobares ou segmentares, especialmente quando associado a pneumatoceles, derrame ou abscesso, sugere fortemente etiologia bacteriana.
• Controle radiológico do tratamento: nos casos complicados, com evolução desfavorável, e nas pneumonias de repetição.
![Page 35: PEDIATRIA (CLÍNICA) -IVAS - Pneumonia - PROF. ÁLVARO](https://reader033.fdocument.pub/reader033/viewer/2022061208/548b9c2bb47959da588b4673/html5/thumbnails/35.jpg)
Pneumonia em Crianças Sintomas clínicos
Infecção respiratória- TOSSE- DIFICULDADE PARA RESPIRAR
Início agudo: IVAS, sintomas catarrais e febre alta.
TAQUIPNÉIA1 semana - até 2 meses 60 rpm2 meses - 11 meses 50 rpm12 meses - 5 anos 40 rpm
![Page 36: PEDIATRIA (CLÍNICA) -IVAS - Pneumonia - PROF. ÁLVARO](https://reader033.fdocument.pub/reader033/viewer/2022061208/548b9c2bb47959da588b4673/html5/thumbnails/36.jpg)
Pneumonia em Crianças Sintomas clínicos
AUSCULTA PULMONARNormal
Lactente – choroChiado – sibilância
Examinador
![Page 37: PEDIATRIA (CLÍNICA) -IVAS - Pneumonia - PROF. ÁLVARO](https://reader033.fdocument.pub/reader033/viewer/2022061208/548b9c2bb47959da588b4673/html5/thumbnails/37.jpg)
Pneumonia em Crianças Sintomas clínicos
AUSCULTA PULMONAREstertores crepitantes
Diminuição do murmúrio vesicularBroncofonia
Submacicez ou macicez (percussão)
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Achados diagnósticos em pneumonias
• Freqüência respiratória elevada
• Batimento de asas de nariz, gemência respiratória e sinais de gravidade
• Tiragem subcostal
• Murmúrio vesicular diminuído, respiração brônquica, estertores crepitantes, ressonância vocal anormal, atrito pleural
• Radiografia de tórax anormal
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Pneumonia em Crianças ETIOLOGIA
Crianças menores de cinco anosStreptococcus pneumoniaeHaemophylus influenzaeStafilococcus aureus
Crianças menores de dois mesesBactérias gram-negativas (Klebsiela, E. coli)Clamídia tracomatis
Crianças maiores de cinco anosStreptococcus pneumoniaeMicoplama pneumoniae
VÍRUS
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COMO CONDUZIR?
Após estabelecido o diagnóstico de pneumonia, três perguntas devem ser respondidas:
1. EXISTE INDICAÇÃO DE INTERNAÇÃO?
2. É NECESSÁRIO UTILIZAR ANTIBIÓTICO?
3. QUAL O ANTIBIÓTICO A SER USADO?
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1 - Existe Indicação de Internação?
• A maioria das crianças com pneumonia pode ser tratada ambulatorialmente, com acompanhamento criterioso.
• Cerca de 10% dos pacientes requerem internação hospitalar.
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Tratamento
• Penicilina• Cefalosporina
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PneumoniaAntibioticos
• Penicilina Procaína• Pode ser aplicada a cada 24 horas
• Necessita pessoal treinado
• Eficaz clinicamente contra pneumococos parcialmente resistente a
penicilina
• Amoxacilina
• Cefalosporina, Cloranfenicol
• Eritromicina
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RX Simples de Tórax - Interpretação
• Hiperexpansão
• Hipertransparência
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Perguntas...
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Internato
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Pablo Picasso. A criança Enferma.
Muito obrigado!