paulo guinote_liberdade escolha

10
ï[rd&$ nillrffiffir- Atëqueponto hâliberdaüe naliberdade ileescolh& PauloGuinote Cheque-ensino. Charter schools. Magnet schools. Á liberdade' de escolha da escoia tem assumido d,iferentesformas. Sã,0 muitns as experi'ênci.as e diftrentes os graus d,e sucesso. DaSuécia aos Estados Unidos. Um ponto da situação possíz;e d.e uma discussão que continuard. a marcar odebate sobre modelos educatioos tema da liberdade de escolha em Educação é um dos mais armadilhados e enredados em preconceitos ideológicos um pou- co por todo o lado, mas muito em es- pecial em Portugal onde a sua análise se faz com base em leituras e conceitos apre(e)ndidos em segunda ou terceira máo, de forma muito simPlifrcada e simplista. Há quem defenda a liberdade de es- colha em Educação como se isso se tra- tasse de uma crença quase cega nas vir- tudes libertadoras e regeneradoras de um liberalismo educativo, çluase só por tal ser enunciado, sem atender às con- dições práticas da sua implementação e conhecimentos adquiridos em múltiplas experiências feitas em outros países. E l2O Xn,TerOPinião há quem se oponha de forma quase au- tomática, por apego anquilosado a um conceito restrito de Escola Pública, não procurando sequer entrar no debate das vantagens que algumas medidas da li- berdade de escolha em Educação podem conter, exactamente com base nas expe- riências conhecidas. O debate encontra-se, desta forma, fortemente enviesado e entrincheira- do, sendo indispensável abordá-lo com essa consciência, procurando reduzir os efeitos dos olhares posicionados sobre o fenómeno e tentando discernir entre a multiplicidade de testemunhos e análi- ses disponíveis a informação útil para um conhecimento minimamente isento do que está em causa. Em qualquer das trincheiras cavadas em torno deste de- bate há dois discursos fortemente con- dicionados por concepções restritas do que é considerado liberdade e escolha, sendo comuns às duas Partes em con- fronto a tendência para cometer três erros básicos que devem ser evitados. O primeiroreduz a liberdade de escolha a uma única dimensão (escolhida pelo analista conforme as suas convicções). O segundo isola a Educação do contexto social, económico e cultural específico que a envolve em cada situação Par- ticular, local, regional ou nacional. O terceiro ignora o trajecto particular de cada sistema nacional de ensino desde as suas origens no século XIX, e as cir- cunstâncias em que se desenvolveram as teses e as práticas relacionadas com a liberdade de escolha.

description

ï[rd&$ nillrffiffir- l2O Xn,TerOPinião smwdmffwdsrsdwp*ã&d#*w ffims$#s##d#sdw wdsssffw ffK"ffx.mdw*ssd*pwstww pública de um EstadoCentral é o factor d"W6*pp6dW mgmggsddmdm ds s*ssdpp#pp&#sss$# $### $sp##d###wew#dxwdwu#$ffi IgrejaCatólica,atravésdaacçãoepressão #Wdçgg ##ftrff gggWd*f de um poder político progressivamente : " ;- laico e,a partir de finais do séculoxïiiì, #rWddg#W #d&mr#g#rdw g rftii*effi* ïr$dÂ$ flito com o monopólio até então exercido sobre a Educação pelas estruturas da

Transcript of paulo guinote_liberdade escolha

Page 1: paulo guinote_liberdade escolha

ï[rd&$nillrffiffir-

Atëquepontohâliberdaüenaliberdadeileescolh&

PauloGuinote

Cheque-ensino. Charter schools. Magnet schools. Á liberdade' de escolha daescoia tem assumido d,iferentesformas. Sã,0 muitns as experi'ênci.as e diftrentes os.graus d,e sucesso. Da Suécia aos Estados Unidos. Um ponto da situação possíz;el

d.e uma discussão que continuard. a marcar o debate sobre modelos educatioos.

tema da liberdade de escolhaem Educação é um dos maisarmadilhados e enredados

em preconceitos ideológicos um pou-

co por todo o lado, mas muito em es-pecial em Portugal onde a sua análise

se faz com base em leituras e conceitosapre(e)ndidos em segunda ou terceiramáo, de forma muito simPlifrcada e

simplista.Há quem defenda a liberdade de es-

colha em Educação como se isso se tra-

tasse de uma crença quase cega nas vir-

tudes libertadoras e regeneradoras de

um liberalismo educativo, çluase só por

tal ser enunciado, sem atender às con-dições práticas da sua implementação e

conhecimentos adquiridos em múltiplasexperiências já feitas em outros países. E

l2O Xn,TerOPinião

há quem se oponha de forma quase au-

tomática, por apego anquilosado a um

conceito restrito de Escola Pública, nãoprocurando sequer entrar no debate das

vantagens que algumas medidas da li-

berdade de escolha em Educação podem

conter, exactamente com base nas expe-

riências já conhecidas.O debate encontra-se, desta forma,

fortemente enviesado e entrincheira-do, sendo indispensável abordá-lo comessa consciência, procurando reduzir os

efeitos dos olhares posicionados sobre o

fenómeno e tentando discernir entre a

multiplicidade de testemunhos e análi-

ses disponíveis a informação útil para

um conhecimento minimamente isentodo que está em causa. Em qualquer dastrincheiras cavadas em torno deste de-

bate há dois discursos fortemente con-

dicionados por concepções restritas doque é considerado liberdade e escolha,sendo comuns às duas Partes em con-fronto a tendência para cometer três

erros básicos que devem ser evitados.O primeiroreduz a liberdade de escolha

a uma única dimensão (escolhida pelo

analista conforme as suas convicções).O segundo isola a Educação do contextosocial, económico e cultural específicoque a envolve em cada situação Par-ticular, local, regional ou nacional. O

terceiro ignora o trajecto particular de

cada sistema nacional de ensino desde

as suas origens no século XIX, e as cir-

cunstâncias em que se desenvolveramas teses e as práticas relacionadas com

a liberdade de escolha.

Page 2: paulo guinote_liberdade escolha

ïr$dÂ$

&s mn*gffiÍr$:ffi$ $r$rffirrïffi$ dm mmmtrnm

rftii*effi*

Comecemos por uma ligeira digres-são pelas duas formas fundamentais dedesemrolvimento dos actuais sistemasde ensino no chamado mundo ociden-tal (Europa e América), em especial noque conhecemos como Ensino Básico,a partir dos tempos do Iluminismo e daascensão do Liberalismo como ideologiafundamental dos Estados-nação moder-nos, tal como os conhecemos na ÉpocaContemporânea. Porque tanto o modelode rede exclusivamente (ou quase) pública, estatal, mais ou menos cerútalizada,quanto o modelo de rede de origem pre-dominantemente privada, mais ou me-nos localizada, daquilo a que podemoschamar Ensino Primário ou Básico têmorigem nos princípios do Liberalismo,embora em duas formas de o interpre-tar, uma mais anglo-saxónica e atlântica,com um maior peso das comunidadeslocais e da religião, no caso reformadaou protestante, e outra mais europeia econtinental, com predominância da ac-

ção de um Estado laico em territórios demaioria religiosa católica.

No noroeste atlântico da Europa, bemcomo nos EUA, a rede de escolas primá-rias desenvolveu-se principalmente apartir de iniciativas das comunidades lo-cais, por regra congregadas em torno deuma aprendizagemda fé protestante, di-vulgada em escritos religiosos, a começarpela Bíblia, divulgados em língua comume não em latim. É um modelo que se de-senvolve de forma descentralizada, commúltiplos pólos de difusão da alfabeti-zaçáo e da literacia. Está associado a umliberalismo basista, muito ligado ao pre-domínio de uma ideologia individualista,de liberdade pessoal de iniciativa, natu-ralmente privada em que o Estado Cen-tral é encarado mais como um entravedo que como um ajudante. A sociedadeciüI, as comunidades locais e as famíliassão os elementos fundamentais de umprocesso em que o Estado surge apenascomo distante regulador, solucionadorde conflitos de interesses ou limitador desituações abusivas como os monopólios.

Na Europa do Sul, bem como nos seusterritórios coloniais, uma rede escolarequivalente só vai surgir, em relativo con-

122 XXI, TerOpinião

flito com o monopólio até então exercidosobre a Educação pelas estruturas da

adepto de uma concepção de igualdadeliberal imposta a partir de um centro ir-radiador ou difusor que assume para si afunção de eliminar os particularismos, osprivilégios e tudo aquilo que se consideraserem obstáculos a uma cidadania vivi-da plenamente por todos, em igualdadede oportunidades. Neste caso a iniciativa

determinante para a expansão de umaescolarização e alfabetização que se pre-tendem universais e estão ao serviço daascensão dos Estados-Nacão modernos.

Apesar das diferentes origens, nos sé-culos XIX e XX, a generalidade dos siste-mas de ensino evoluiu, não apenas quan-to àrede escolar, no sentido de umamaiorcentralização e de um acrescido papel doEstado na definição da maior parte dosaspectos das políticas educativas.

Seja por pressão dos ideais naciona-listas que incitavam a tornar a Educa-

ção a forma mais adequada de formaros cidadãos e as escolas o local maisadequado para o fazeL seja pelas con-tingências vividas na primeira metadedo século XX (em particular com asconsequências da Grande Guerra e daGrande Depressão), que levaram aoprogressivo crescimento do papel doEstado Central, em meados do sécu-lo XX predominava o modelo de redepública de ensino mesmo nos paísescom maior tradição libertária e de des-centralização. É nesse contexto que seentende o aparecimento de um debate,de início muito localizado, em torno danecessidade de desnacionalizar algunsserviços públicos como a Educação, emnome do retorno a uma liberdade (de

escolha, de iniciativa) que o Estado es-taria a tolher.

ffims $#s##d#s dw wdsssffwffK"ffx.mdw*ssd*pwstw wsmwdmffw ds rsdw p*ã&d#*wds s*ssdpp# pp&#sss$# $###

ds demsspp#rep#dswp#w.#* ssswse swssdss#wws## str #$sf#effds mwsewrmwdxrwes##m ds#dd$# ds&w#s* dm d*pds#m$sp##d## #wew#dxwdwu #$ffi

dw dsss'pffi #d#$#ffi #d"wwrwwfu:cxxwm sffKfd##ffipe#&#dm## ###trs# #ffidecwwg#q #srn #&##ss#dm re#wtrp## d$ ###p##fd&srdwde {ds swww#&w*ds #ppdsdw#dww$ Wd.##w ffisfwdw m-s#mr$mw #wff&mr

IgrejaCatólica, atravésdaacçãoepressão #Wdçgg ##ftrff gggWd*f

de um poder político progressivamente : "

;-laico e, a partir de finais do século xïiiì, #rWddg#W #d&mr#g#rdw g

pública de um Estado Central é o factor d"W6*pp6 dW mgmggsddmdm

&m mg-ümffiffi$:m f;*fumrdmdm c$m wmmmtfumffi ffi$ müxmry[$ffiffi-ffi fftm$rxm

Page 3: paulo guinote_liberdade escolha

gGlogtu!.4o rzL'IXX

n14ur"rad seql oulsua-anbaqr ep Btuelslso opuenb 'soprea.rone;sap sÍBIJos sod-n"r8 ap sor.rgu181"ro ogs anb sou tuerluoJ-ue es sounle so ered soque8 seJoretuso anb 9 ogJenrys Ep soluod a solrg]-e1ar 'sopnlse ep s€uezap sep Jr€Jlxa

1an;ssod 9 anb otuluFu osuesuoJ O'Bsep€prunruoJ sBp

ogseoJ E souep eeonord anb a B^IlBJnpeEruJoJaJ e e"red €pBJJe eluetuepun;o"rdogJdo Brun a elsa anb rueJaplsuoJ soJ-IUJJ so 'ope1 nas Jod lsua8e1ue^ rrr€J]-uorua gs oE5do Iq ap serosueJap sO'epp-red ap segJlsod a sessrurard seperrensl€ru sç sepelsn[e sagsnpuoJ tuol 'so1

-so8 ap odp o opol ered so-gtl'o llernpe€ruelsrs op ElruouoJe E ered a sounle soe.red soqueE sop erqos sopnlse e oluen|'olunsse o aJqos sle^IsueeJdtuor sr€LusoluaurnEre so tuetupr8sa as epuo 'Vilg

sou osaJe eluels€q BnuI+uoJ sua8eluen(sap) sens sep otrJol rue eleqep O

'BrIIor

-se ep epepreqll Ep sarosueJep sop oçJe1-uerun8re Bp IBuorJIpBrl sreur oluarualeo'oulsua-sanbaqe soe oglue sotuello

'seIoJSe sBp oluetuErJuBuua oç1sa8 ep s€^Ileurelle sagJdo sep ou-e1d ou efas 'selgrue;/sounle sop sag5dosep oueld ou e[as 'eqlorsa ap epepreq-II Ep SunruoJ srBru soluatunJlsul sopesIIguE B ruoJ souenbg e"ro8e ro4

'eluEIpB sr€lugrello es ossl B sBtrN 'er1au1.rd E o1rnturue relrrurl apod epunEas e slod'ogJe1.r;e olIUuoJ ppualod ap og5enlls Brun Bueznpuor sepepreqll senp selse anb 9eualqord 6

'oçJetnPtr ue Bl{ïorsa epapeprãq11 Erlapepre Brun ra] sourapodsolueluele slop salse luoJ 9s

'sounlE

snes so ruaJaqloJsa s€IoJSe sB ap epep-reqg E 'orlno "rod :seglue;/sounp sopaped "rod elorse B reqlo)sa ep epepreqlle 'ope1 urn rod :ossalord elsep soluodslop sou es-LuBroloJ €qlorse ep epEp-Jeq[ €p sunuoJ srBtu so]ueluale so

'solreJep srepualod snes so sopelJelep'sepeprpnb sepe8ele sens s€ s€p€lsel'rr;pezrlaTJorreredo Jãs € oporu ap'o95ez-rleJJuoJ ep soJr]gJd soluaurnJlsul Jalap ESIrard eqlorse ep epepreq$ V

'so^rleurelp ogpeEep solapour 'sBSra^Ip serÉg8epad se1-sodo"rd'sepergrs"ranrp sBUeJo'JeqIoJ-sa anb o eJlue rllsge ã ep €r{IoJsa epepepreqrl rlls1xe ered 'Erru9"ra;a"rd ensep Blo)sa e tuaJeqlotsa e"red orlequlpsounl€/s€lïIurEJ sBp soBtu sBu elueru€l-JeJIp J€JOIOJ B erUnSaJ eS oEu €tuseru Esrod 'ogJeJnptr ep €Irg]€ur rue Brllorsaap epepJeqrl B urelo8sa oursua-sanbaqlso anb JeJeprsuo) e ap as ogu setrN

'e€JIJgruV OgC €trr€"r8o"rd oB saJEI-9p ep sagqllul srop Err€Jrpep uoll€^(\ €rI-Iru€C ep ogJepun ü B V66Iura oluenbua'-

t66Í tue 'CC[ uofulqsel6 e xlueoqd'4JoU apll'I '1ro"r1aq 'JeAueO 'uqsnv

Áueq1y - oursua-sanbeqo ap sopenpdseruer8o"rd ure;eJue^E sose) sop apedJoreru ug 'rogJdop€ Bns ç oluenb sr€npel-se a sr€Jol sopuaJeJeJ ure s€]oJJap sBpES-ad opuelua4ue seze .rod'e1ua1 oESnJIperun ruoJ neJeueurJad seru'pnpulsa 1an-Iu B seytugSradxe seJlno es-ru€Jape)nsoluaruoru essap .41"led V

'rsBpEIJueJ€J

sag5epdod ura o I€ o trroJ o^ou eP eseluezrlesJe^run segsuelaJd ap a3uo1'se1-uepnrd e sep€Jepotu elu€lseq setllslre]-r€r€r lrroJ - uarplrqJ "tottqg 19 uror op-rJequoJ eIJBJS enb - oulsue-sanbaqr apopa[ord tun re]uasa.rde l€repal ourenoEoudgrd o ep za B €rJes 'G66I rufl'Ierros

oESnIJXa ep OJSIJrua e'ouBJrJeluB-oJJ€ al-ueruBrJElIJoIBru'op€rJueJ€r olrlqqd unelueulerJuesse opuESI^'(ar1oq3 ]uer€dea>In€rv{u l o) ogSernpg Bu oursue-sanb-eqJ ep uue;8o.rd orlarul"rd o noJu€JJB'ursuolstTyl ou'aa{nE&{IIAI epBpIJ Bu s€u-ade eluaurl€IJIUI e'qsng a8;oep ep olep-uerrr ou g['06 soue sop or4ur ou 9S

'rogJernpg epoglezTlenrd etun otuoJ op€J€Jue BJeanb o tuessesl^ anb senrlelJlul s€p epep-qe.raua8 e ure;eanbolq 'seJossa;ord ep

IErrpuIS ogJe"rapa; ror€Lu € tuor eJuelpure 'anb 'OB soue sop aped Boq elueJ-np s€leJJorueq solad opeulruop e âlsaossa"r8uo3 o anb"rod eped ure 'oprluas

esseu sBuBJIJeurE slBJapeJ sepeplJolnBsep o5"ro;se run BIJIlstxe 'áF!ü ltt uo!'LoN trorJglBIeJ eluetuJeIe op eougnbes Eu IEIJ-adse ura'(ue8eag'uoxlN) eropen"rasuorno IBJaqII sr€tu rue8u.rln ep soluaruorusou tuaN 's€Iepr s€p e orlur9pBrB alBqapop olqrug ou sleru sepergp seurn8p op-ueJeu€ruJad'odtua] olmtu €IJeJotuepodrl elsap Eprpatu Brun êp ogJerqde y

'seJoprunsuoJ otuoJsop€JeJue salueln so€ sra^Issod sepa;osep Erun seuade as-opueurol 'opln1lxa

g ogu oulsua ap €rrlqld apar ep ladedo 'ogJderuoJ €lsaN 'aJ^II €qIoJSe BtunrueJãJJexã e"red sIEIJe]€ru solaur sosogpepp soe rerJuappo"ld op€]sg o op-uelep 'op€JJeru oled epr"reJe Jes anep€IJgrUe e anb ure'solqqqd soJln"les sopoglezTue8ro ap IBraqH oçSdaruor BLunopurznper] (- u€rupelrg ep serlePds€u E-opuBzll€uolJBusep - elualueJ^Ilrer{loJse rapod UBIJe^ep sBII}ruBJ s€ seJ-opelsard so[nt oJrzr"ras tun oluoJ €peJ-€rue;e 9 oçSernpg V'ï€rpuntrN BrrenC

II Ep souerale so ered qftfl IC €peru€qr€p Brruanuul qos'rss6l ap opBlBp'uBrup-elrd uol116 ap oEq;e runu BplJer{uoJar

I€uTtues uraEr.ro €ns B ual oçJernpfl ureeqlorse ap epepreqll Ep oglsanb Y

ffiryHffiffiffiffi ffiffi ffiffiffiffiiffiruË&ffiffi ffiffi&ffiffiffiffi*ffi ffiffi

s0pnlsa 0p ololtlfusvcrlsÍrd sul0csl svN oNlsNl-]n01Hc 00 0rl1l1s+Nvdrc rruvd soN 0N F Nr -rï0üÏ1'rï ffi ïiiÏÏï

Iz0C0 uol8ulqsPM

007's0lln0

00zEpu0ll

00z00ìnEMlrl,ï

on[eFeuoilil1

ls^Jsl^ 0Euoil111

onrlrsod

oilil1

00I0uoile0

0Iz0ìr0 MoN

000z30tlsEfft

000zailqrcqc

000z0aìne/úlr]/\l

:.,.' :,..1.,., l:l:

outeBou0Jlll

la^lsr^ 0Euoilil1

onrlrsod

0Ïlll

Page 4: paulo guinote_liberdade escolha

ïflffie$ .[frilteç&ü

condições económicas para acederem

a escolas com propostas pedagógicas

alternativas, sejam aquelas públicas ou

privadas, melhor ou pior posicionadas

ãm termos de resultados em examese'

Um outro elemento da liberdade de

escolha passa pela existência de diversi-

dade na oferta educativa, pois sem ela a

escolha não é possível. É neste contexto

que surgem as propostas alternativas ao

nível dos seus modelos de organizaçáo

pedagógica e/ou de gestão e financia-

mento, dentro e fora da rede Públicade ensinolo.

Historicamente, as escolas de tiPo

alternativo, em matéria de gestão finan-

ceira e organização pedagógica desen-

volveram-se nos EUA ao longo dos anos

6O do século Passado, no âmbito do

próprio sistema público de ensino e fi-

ã"t"* conhecidas como mognet schools'

O seu objectivo inicial era providenciar

uma oferta educativa de qualidade con-

tra a segregação racial que permanecia

no sistema educativo' apesar das leis em

contrário, funcionando como pólos de

atracção para alunos por vezes de zonas

bem afastadas. Ainda agora estes objec-

tivos permanecem, como se pode ler na

introdução de um recente relatório da

Magnet Schools of Americall'

As charter schools coffespondem a

uma outra fase e a um outro tiPo de

escolas, pois são de iniciativa e gestão

privadas, com um contrato (carta) con-

cedido pelo poder público, recebendo

um financiamento para funcionarem e

atingirem os objectivos deflnidos no re-

ü wbl s*türt* i'n"üsi.sÍ. d,n xro*m.&"gfügt sçÍtçoÍ$"n qI*ü&

#& ú, # s #tt$ *l'tt srnfiü rr$ #

ffiWÃ fi,# Í$ng# dos il"rt{I#

6# d,m *éewÍ,* Pa,xxa,do,

Como é natural, conforme as situações e

a legislação estadual específica, nem to-

das as charter schools sáocriadas de igual

modo e a diversidade é enorme, embora

fosse possível encontrar algumas carac-

terísticas comuns quando o movimento

se começou a espalhar: eram conside-

radas escolas públicas, não devendo

ser sectárias, cobrar propinas ou usar

testes de admissáo paraescolher os alu-

nos (em caso de excesso de procura, foi

introduzido em muitos locais o método

do sorteio para seleccionar os candida-

tos admitidos).As charter schools têm autonomia pe-

dagógica, de contratação de professo-

,.* " podem financiar-se fora da esfera

pública, não sendo raro contratarem

ãd*ittitttadores para uma gestão mais

efrcaz ou aceitarem o apoio de financia-

dores privados em troca de uma partici-

pação nessa mesma gestão.

*'3ï:Ïl#;. das charter schoots ga- #fy prowãd*n*ls'r rü'n ffi

nhou impulso teórico nos anos Bo' Jm wf*rta'gáü{"*ntãwg- d'*pouco em paralelo com o dos cheques- AWnli.d,g,ú,ç ggtüff'' g.

;ff'""ï,J"-:ï:ïi,ï: ïÏnf ;Jïï: ãesr*swpfr,* r*rãn! wsnal a que era atribuída responsabilida- P#ftt0#,*eff#*"e f** Xi'Xtçmm

de pela decadência dos resultados do.s g&.WçWti,WWalunos americanos. A primeira experi-

ência surgiria no estado do Minnesota,

na sequência de legislação introduzida

pelo governador Rudy Perpich na se-

gunda metade dos anos BO do século

passado, abrindo a primeira cbarter--school em1r992- A partir de então a ex-

periência alargou-se nos EUA à maioria

dos estados, contra todas as expectati-

vas nas palavras de uns e criando espe-

rança e oportunidade para a Educação

nas de outros, mas quase sempre asso-

ciada a uma retórica com contornos sal-

víficos e regeneradoresl3.B no que consiste vma charter school?

É uma escola que faz um contrato com

o distrito escolar ou outra autoridade

pública competente do mesmo tipo que

nas escolas públicas se estabelecem

contratos com fornecedores de refei-

ções ou empresas de transportes esco- vos, pais ou outros podem formar uma

lares, só que para fornecef um outro cooperativa ou parceria e tornar-se'

tipo de serviço. Professores, gente de essencialmente, empresários 'educa-

negócios, organizações sem fins lucrati- cionais, estabelecendo um contrato ou

carta para dirigir a sua própria escola'

Tsïalçharïcr sch*ols

f{*va*uüi*rtsr s*h**ls

rgrÈrfËr4-r5 r9s6-g7 rgsg-sg 2000-01 2002-03 2004-05 2006-07 2008-09

Quad,ro 1. Ersoluçã,0 d.o número d,e charter schools. Em 2OOB-2009 eristiam 4662 charter

schools, que representaoam 4,Bo/o do total de escolas públicas

Fonte: National Charter Scbool Research Proiect

124 XXI, Ter O7iniã'o

Page 5: paulo guinote_liberdade escolha

sGtov!.u!.q.o ral'IXX

olreJ opues 'oursue ap sepe^I.rd sagJ-mlgsq serol{Ietu sç'sepeprunpodo apapeppnft lue e oJr]gJJoJIJetu osseJe tunJeJJolsIp urapod enb secrurguoJe sep-eppn8lsep sB JBJourLu no Jeurru11e epoppues ou opelsg op ogJuauelur €urnep ep€pIsseJeu B eluepl^a srBru ErrrJoJap Ergllsn[anb o 9 a (soE"rerue so.repod-ns ered sagJlpuoe tueJe^r] ogu sounl€seror.{Ieu sop sunEle as) olsn[ut slerueluarulelJos oluoJ es-JBJEJUa epod '(e1

-of,se Ep soçrrr seu glse so8rerua sop ogJ-Eulrurelap e stod) operqqrnbesep sl€ru.res rod 'orusrueJeu opun8as o gf

'o1dleupd op ogJ-eo11de eu sagJ"rolslp B rÍzr:rpuoJ uapodanb souatugueJ sosueu4 ruelsïxa eapg"rdBU OrrroJ BqIES eS BJOqtua 'Olr19 JaIJ9JBJap sagJrafqo souau B]uB^eI 'oldyeupd

ula 'anb elanbe a ogJralas ep ltsonXJtasluru BruJoJ E EuoIJunJ enb ura B1reJo€ e BJnJord e a"4ua opJelnEeJ ap 'opef,

-Jeru ep oluaru€uolJunJ ap otrdp our-srueJeru urn 9 orlrgel oueld ou BpUIV'.reluanbeq rueJaJe"rd anb seïoJse seu'souetu olad 'no sBIoJse seJol{Ieru seusopp1upe oES saJol{Ieu so anb ura'olr1-9JJOIJeru OSSaJB ep BrUalSIs tun E, rTzn-p-uoJ 'soJrJgel sotuJel rue 'apod ogJralasep sorusluuJeru selsap o.rlarur"rd g

'saJElnJrJJnJ-€Jlxe sepBpI^IIJBno al"rodsu€J] 'setuJoJlun 'oldruaxe rod'uroJ soS"rucua soJlno ep e sresueru seu-rdord ap íElnJlrleru a ogJprrsul e ered

Ia grre^ alueluoru run ep olueue8ed apapeplsseDau B otuoJ 'BJu.uguoJe uepJoap sollqnba.r a :epeplrelorsa ap Ie^Iu oeruJoJuoJ '(ounp op soluaurJel{uoJ epseruBxa B 9le EIIlur€J ç €lsr^erlue €p)oçsslurp€ ap senord sesJe rp tue os-Jrz-nperl apod anb o 'EIoJSa Ep s€Jllslrel-rerer sç ounl€ op lgrad op ogJenbapeBp asllgue e :slop ogs oçSnlrxe/oçJea1-es ep sunluo) sreru solusrueJetu so

;soJrnras snes sop erntordep osse)xe run ogrel sepefasap e seplr-JoJuoJ sreru se oluenb IBJnI€u sretuoluel o8le 'ogssprpe ap ser8a"r "rodurleled epepreqll E luare^rl rugqlue] sEI-oJSe sB es s€r.{IoJSa sB seJAII oçs oluodanb 91e

'aluelrodurr sretu 'g iznpotd e

uanb rod epeuolrlpuor e BpErUIporBpol glse BpezIllqluodstp 9 saql anboçJeuroyur B es sopueJnpa/soq1g snasso e.red sBIoJSe sE elueruaJ^rl JeqloJsesBlUurEJ se ruapod oluod anb 91y

'r...s€lsodsal sB elueur-IErelH urg] opu spnb se e"red saglsanb

- [Eer opunru ou o]IeJe-BSn€J ep sagJel-er no seqlca[qo sagJrpuoe tuer€rl€^Ee.red saql-urapad'saldurrs epug.re;a"rdeurn eJqos sopuuorlsanb Jes B oçlsa oEN'o1ode a ogJeuuoJul €Jnod uror 'zet Et-1eurr"rd elad sala eJqos resuad B glse sou-BJIJauB sop ErJoIBru B e selslppadsaso e.red gle soxelduor elueuelueJeuroES solunsse selsg 'sElJeJuI sen8e ura(onou ep) sou-Je otu B soruelse 'oursue-

-sanbeqa sop lepos olredu4 op Brrereseossad sç sourelunE.rad opuen|,,

:vnfl sou Brrralsïs el-sep s€]sersnlua sop tun'eoIA[ Árra; "rodsgrlB EpBrgp BIun ep €JJer 9q olIrJSe

1o; anb o as-er11de e orrguolrqure ollnuropBlse runu g]se sEIJ9l€tu sElsa eJqoseleqep o sgu erlug 'oogyeadsa olxeluoJrunu soldleur;d snes sop oçJeluaurald-rul ep eepg"td enllrads.rad eurnu sorueJ-olor sou opuenb 'oçJetnpg tue Brllorseep apepreqll rereprsuor apod as anb opBJIUJJ BJn}IaI Erun B OElue souass€d

## w#-üpffiw#w #

{mç *m*} {r#ffieg;Mw# N,{,ff&

'ousoue solulll4 souopBJeIeJE eluels€q olueturJseJJ tun BIe-e.r anb o'OIOU tue segqllur slop ep slerue.red nlqns anb rol€^ 'LOOG rrre soprulÌsopelsfl sou 'ogJen]IS Blseu suanol a seJ-uerrr ep sagl{Ipr g'1 e"red pqolE roIB^run opurlsge seuade 'sosseJsa epuleogs sle luodqp sonllereduoJ sopnlseso ogJdo Blse erqos 'leuorreu o1rqurç epsalsal rua eno"rd ç opBJoIoJ Jes 'aluatu

-"ror.ralsod 'apod anb orpsgurop oulsueap olepoul tunu BSBJ rua soqH so JBJnpaap ofasap o'e[as no'3u11oocpsau].ocl o e.red

vng sou alueJSeJJ B[Juepuel E 'eqIoJSa

ep epepreqll Bp otdyrupd ou eper8alulas-JeJeprsuol Epule apod 'trrg Jod

'.rleuolJrperl eruqr,tdepeJ €p so ïuoJ ogJe"reduoJ rue Eooqcs Jal-Jt)clc sep sounle sop aped "rod sa.roua;u1aluetuleqolE sopellnser Ef,Ipq'proJuelsep epeplsre^Iu.fÌ elad olta;'sop€]se 9I ruesounle sop oquaduresep op erreJe sopepsop o9sl^eJ v

'BrIEuorJïp€J+ oursua epepeJ eu sopBllnseJ snBru ruoJ elueurl€u-oplp€J] e solr9]Iroullu slBrn+lnJorJossodn.rE rue eluetupdnupd'sreulEreursoqueE e.red ueluode sounle sop ol-uetu€1re o"rde o eJqos sopep ep oJeruguJoIBru rrxrrvzrletualsls rue.rnrord anb ses-pbsad sV;sle luodqp sopep ap epBpII-enb esserse Ens E no sre luodqp sopepep erBlI€J ç oluenb sexanb es-opueJgrJa'so rsnlJuoJur eluelseq ogs sepe8repsreru seJlsorue IuoJ sopnlsa so 'sou

-nIB sop oluerue1re orde oe oluen|'srOOõ ap e)rer oç"43u11e g[anb

'srenlrrn spoqcs J.auaqJ sÊp elueJeJ srEtuBpule ouerugueJ o JeJeLIuoJ € BpurB es-

$ffiffiffiAjmhm mç

&#ffi,#,#fi&# # ípppe### -e #w$&pg,N#&p ##ú*$###flrys

"&fiP $ # eï# # ##{'P # #1.###

ü,ç,##.üffiW{Pl'#Wtg,#e:&ffi# -9p e}ueJer o}uerunrop ott"o.SÏ$ro

€t#8'il#fr&#ffiP##.8'ffiW# WW ou sla ls1n selorsa ap odp elsep oçsuedxa

#p #,# # q# # & "& * * * gg qgo 6B eJqos sopep so BlueseJde urlanyuodstporuplg 6

'pa[o"14 qrreeseg Ioot{rs re}-rBr{c I€uoI}BN op sIBnuB solrg}Bler sopsg^84€ rErrrJuuoJ lazrlssod 9 eurJoJuoJ

t';'q'ffi# *xwpwnç',xd mfrl#m'pg P 'soue sotul}I4 sop o8uol o€ o}ueulrserr

ffiewffi{npws pp #w#s$#d :ï: :HHïïXËïï"ffï"fiÏru; *s;wgrr**n #p ##&# #*#"&rl{ft-oclis JauoqJ sep oluetueuolJtmJ op o5uel-€q o 'oursua-sanberp so tuoJ otuoC

sed,#f& ffi & w#w#ffie/l*ç,ffi

www w w&,#pffimdspxtmp6d sg#$#f#s ###"{#ff#u* sff

Page 6: paulo guinote_liberdade escolha

ïffi4e$rffiÊJffifi*fi-

g+liÌ Públicas I Privadas - dependentes do Estado í3ffi Privadas independentes ffi Totalmente privadas

UE27

BélgicaBulgáriaRep, ChecaDinamarcaAlemanhaEstónialrlandaGréciaEspanhaFrançaIráliaChipreLetóniaLituâniaLuxemburgoHungriaMaltaHolandaÁustriaPolóniaPortugalRoméniaEslovéniaEslováquiaFinlândiaSuéciaReino Unido

lslândiaLichtensteinNoruega

Turquia

Proporçã,o dos di.ferentes tipos de escola nos países d'a EuropaFonte: Eurostat

30%20%t0%

que estas podem ter, embora sempre de

forma residual, programas de incentivoà inclusão de alunos de meios carencia-dos, desde que demonstrem um desem-penho acima da média (bolsas, emprés-timos), até como estratégia de promover

a sua imagem para o exterior.Por isso, não deixa de ser algo Para-

doxal que em ambientes que afirmamnortear-se pelos princípios liberais, pela

liberdade do mercado e pela primaziada

iniciativa privada e individual, surjamtantos protestos e reclamações quanto ànecessidade de o Estado intervir no sen-tido de facultar meios materiais, neces-sariamente insufrcientes, para as famí-lias entrarem no mundo concorrencialda Educação privada. E é nesse contex-to que surge a promoção do aoucher oucheque-ensino, o seja, de uma quantia

disponibilizada pelo Estado a cada alu-no cuja família pretenda exercer o seu

126 XXI,TerOqinião

direito à liberdade de escolha ut_:f & *g*&*n#g# ##ãgw$rg#westabelecimento de ensino fora da redepública tradicional, universal e gratuita. ff*$#e ##g##f$# g#*dgd#dg

No plano teórico, é um conceito inte- dggW# ##S$## # f##SS#sressante, tanto mais quando aplicado de * *-***eËum modo socialmente justo, " oJ#; wwfrd&sa$g#w dwparece transparecer sempre no discur- f#fWgC*WS*##ËSd#S# ###ffiso dos seus defensores em Portugal, qrte $d#fË tr###trdbgpdg"#musistematicamente ignoram o conceitode targeted. oouchers e envered#;i; s##Ë$ sd#$## se$wqp#w

defesa do cheque-ensino a quem o p."- dmg dgsfd$droËdfdmgtenda. Para além de que o sistema.t.T

#Wf ggm*ã6g* dgsempre produz uma melhoria evidente ;, -- *,-** ^^----e , -rdos resultados dos alunos,.r*" "r..tïu rgfig.#ãÊffifff$f#e s#trtidf'st

liberalização do acesso às escolas priva- Jnfd$e*d$roïW.g*At* *Sdas mais conceituadas ou mesmo uma

economia significativa nos encargos doEstado com a Educação.

A realidade é bem diversa e, apesarda bondade dos princípios e dos bene-fícios detectados em alguns grupos dealunos, o cheque-ensino não é o meca-

m&Sr*#dar*s ds #$*p3#

*mddiw *w"*üw, üffi# 3tÊ'#* *ee w{.ftse s*r,te opt w. P eío#f#s$*##$r#wwd*

Page 7: paulo guinote_liberdade escolha

241o91u1d6.ral'IXX

sotuBnlIqBLI sou anb a selueprJureJ sotu-os enb rue soJJe soe oluenb sopBUeIEanb op sleru soruelse aluatupdpul.rd a'soJJno rod sopllatuoJ soJJe soe oluenb'eJue.rn8as ep ourultu tun tuoJ soruaJ-uB B anb u.red Je orueJ olJgssaJeu 9anb solneglsqo soe oluenb sopBSI^€ rueq

9 soru€]sfl 'e]ualuBlJ€sseJeu oEN

;ogJerrour e 'eJuepntu B Jesno opu V esop-eu8elsa e sopezllïqorul sorrrreJgv àB1.rerogJea"up eu re5ue^e ogu e langladeut eru-roJ ep sop€uapuoJ oElua sotuerBlsg

'Blse ruoJ s€IJglBIu tue aJeI9JEruroJ ep JBnIJE ered prarpnf euelsls os-sou op aped Boq ep €IrÌgrgeu1 eu 9 spdossou ou eJueguoJ Blnlosqu 'elueruzg

-eJuI '.ra1 sourapod enb ua o31e gI{ es tr'oBJucgde €ns B uequodo as anb sEIJU?]-sISeJ e sBIJJgul se eJuan enb elre.raolapeppedeJ Brun e sezBJUa sa.ropelnEarsolew üot zetge Buro] es gs epelsÉa1epepreqll e anb g epepre e'.ra1 B oguanb op ep€praq5 e elue.reE anb lal eurnre] rorllaru 9 enb 'EI^qg elueueluaredeogzer ruoJ 'eurJIIB es anb olrnru "ro4

&###ttfi#w#####Ã.a## s/ffi# ##ffir,&epffi

##*ã.fiw##q#### {#Ãs# &#$ffi.etr#t## ep ##eüg#$# ú##ffi

*r,s,sv, anfigg$wag #sü,w#w$#8# *p tptrp"ü&qí,Ï

wutts" -,t#fi"ã,###

'p14 odural tua seprund a sepepal-ep uaJoJ sagJcer;ur sB es 'eluau4euorc

-IpB 'e upelladsar roJ es 'sopeJe sopefasapso znpord gs 'opTlues zey gs er8ar BurfÌ'oEpa8 ap sogErg sozupadsar sop olunfogJnpas no ogsserd ap qerutoJur souetuno sreru soluerffiÌ4sur Je otu urapod anbsalanbe a4ue elsge g[ eloasa ep Eqlorseep epepreqll e anb rerequorer ogu IIrlJIp9

'ossIp rrrglE BrBd 'soI^sep so epBprreleJuroa.rlund a epugredsueJ] ruoJ or4JJexenes o reluauep.SeJ ep serrrJoJ ruals1xeoçu 'efas elsa anb Bp€+eJJep o1rntu Jod'epepreqrl .ranbpnb ruBIruII anb qetu-JoJuI sorusrueJeru rod BpBJJBIU eJueru-eUoJ 'apepareos Bssou Ep orgycadsaolxeluoJ o e epeplleer eldqp;ru B re^ras-qo 'se5ueT4ulzrt sessou selad sorrrJBJUsou oeu ïopar ossou ïue JELIIo seuedeg 'oJrruguoJeoDos no IBJnllnJ otusluFu-relep ranbpnb run ap oldape ras no roJruanb e efas l€n]Jale]ur epeprJoueru epopelsale urn.ressed eegp8ls opu olsl

êseluelslxe sB}JeJo sBpopenbape olueulJequoJ run e so8reaueep oruIJsgJJB run enbrldun enb eqlorsaep epepreqll Erun raJJaxe 'eeqqr;d apa.rBu oruseru 'ap sagSlpuoJ lue glsa urenb'aluaru.reluaurelduroJ

âBJnJord a epa;oep se.r8ar selad 'sepenr.rd sEIoJse seposBJ ou oruoJ p1 'ope1n8eJ Jes e "ressedossere o opuenb Eqlorse ep epepreqllra Br{ apod no gq oluod anb 91e :sopelr-unue salue gf seurapp sop sun81e ruoJsou-"re"redep B rnbe soruello sEtrN

'sarnEle qanyuodslp'sE^Il-BJnpe sEUeJo'saluara;rp no'seJoqleru.rod reldo ep ep€prlrqrssod E e EqIoJSeep ap€preql1 € íepeplllqou e apadrul er8-eJ €ssa 'soergrc so BJBd 'rueplsal epuoseuoz s€p s€ïoJse sE elueruerJoleEpqorueluanba4 sounle so anb epepre ganb oglua soruellaJv '€JE4 erEa.r erune segJdarxe se1rg^ tuelsga ogJelsl8aleudg.rd €u es oruseru 'ep€pJe g ossl

e esIIguB Bp epBplporuor €rBd'ueqqgd r€Iorse aper Ep sop

,{ea p*8& ffie#ffi&-rE;"r sagrped so ruoJ oproJe ap 'BIJugpIS

*rrçfi#$# 8ffip #gffi# ewffiilt$tlffi $p trfilf;Efid ffipffi,*

$$ffi tp trBmpl*q!ffiffi

ilw mt{p

tfr&!Íqfr$ ApAx WW anb rrrunsse sorrre^ 'eseJ Bp orrlJau

$üë,nn$e tAp X*gâç,pr,ü{r& -eq

çrír,r&s Íff * n #pffiFeff #.e&8* # d,##sffiü #sss##

# ##r,frfir*fr ww#### &ffeptrp,&fi wI .r.& $,# q #p# #

fre pç# &#rí,## ##*& g#Y

**çWAfm*ffi#tüe6#Í#*t**3 -er ap Barg €ns €p olue.''lraleq€lse .''n

âníü*r *(,.&o * m* **g* mp :ïÏi "ïJdüïÏiïr;.,Ëtffiï:i#fi,#'#fr.'I"xWa6 6xmpw*px# -ues ep osrnrsrp run ruor opro)E ao

'opefasap oursuaep olueurJeleqBlse op o e Blrugplser ep

IEroI o erlue sounlB sop apBplllqoul epep€pllrqrssod e tuelue.reE anb seplpeuep urgle e.red o1s1 'e.rnao.rd Ep osseJxarun ruoJ sag5lnlpsul tua sounl€ sop og5-f,eles ep oIJglBelB opolgru oruoJ olelJoso no/a sepezrlrd sBIoJSe sç sanbaqJ ses-sep seJopepod sop osseJe o ered sel-onb ap og5el.n e 'sopparo BJSep sl€rusoJlruguoJeorJos segl€Jsa ered oursua--sanbaqr sop olueueuoIJf,eJrp o otuoJsorusrueJeru sopuldope urefas anb sou-eru B'leuoneonpe opJezlpn8/ogJe8a$-es Joreru Brun B a apepqenb ap (epenudno el5qqÌd) ogJeenp[ Brun € osseJe ouapeppn8rsep rorelu ap sagJenlls € rlz-npuoJ orusaru opuapod 'sBrUtuBJ sepaped rod eqlorsa Ep ogJezrp.raqrl IBerBrun greagruSrs ogu oursue-sanbaqtep IESra lun €rualsrs run ap ogJdope€ 'sougueJ selsep ranbpnb rug

'apepqenb roqleu Iuor eluetu-BrJ€ssaJeu ogu e olEJBq sleru possad asoluauredlnba ap sg^EJIE sarolouro"rd soered olsnr oxreq ep BUaJo Btun ep sg^-e.4e 'e[as no 'ounle "rod solpgru soEreauasop ogJnper €p s9^B4B 'ecgqrld aper BruoJ BTJUgJJOJUO) Iue OIaJ aIUatuBIJBS-seJeu BIJes ossl sEIu 'sorrlperle ornodeluerulenlJ€ sIBIJos sodn.r8 a searg u;edepeJ Bns ep oçsuedxa Ep sg BJ]€ 'epenud

BUeJo up oluarueErep o ered'opg8au apsourJal rua 'orggueq BIJas oursua-senb-erlr ep Eruelsls run anb ap€pre g

'srBJss sagJnpepep (puotold utn uror seur) orrglusueduroralueruelrpeJe €tuelsls run ap ogJualnu-Bru Bp s9^BrlB lazrgssederlF ?

'ogJer

-npg € aluetueldnp rueEed'eruro; BSSep'anb ap oluatun8re O

'ope^I.rd oursuaolad eldo eluerulenpe gf anb Elle-Blpgruno Brpgru essEIJ Btun ep soqpafqo soaluaurpdnul.rd gJI^Jes'oluarurpueJ epsegleJse rod sopgl€ullsep sop oçJaalasBrun rues 'og.rped JoIB^ run tuoJ oursue--sanbeqr ap ogJrnqrJle B 'BSSou € otuoJ

I€np epupepos Brunu 'anb opJu^uoJBr.IuFu $'ezsBpezrFd selorsa sa.Ioqleru sçosse)B ou BJrruguota ogJe4]IIa ap osseJ-ord tun ;equedruoJe saql-opu11ttu.lad'solatu sleru urgl anb salanbe aluelulerJ-ua.ra;a.rd Jr^Jes € gJepual stod '1es.rarr

-run oporu ap opecllde JoJ'soluetulpueJep apepuedqp elroJ ruor epepelrosBrunu 'es souelu 9 o epul€ e tu€tuBIJ-ord sarosueJep snes sop sollnru anbsonrpafqo so .4Eu11e ered IBepI otusru

Page 8: paulo guinote_liberdade escolha

TËËfi&Tt L{ríftd

ff}$ffieffi--

a lamentar a posteriori., sem que alguma

v ez algtuêm seja responsab ilizado.Na rede pública de ensino, tal como

na rede privada, há que criar mecanis-

mos reguladores e fiscalizadores que as-

segurem que a liberdade de escolha não

é tomada como refém dos mais podero-

sos, acentuando fenómenos de agrava-

mento das desigualdades e segregação.

Algo que já é visível, em especial nos es-paços urbanos, onde as escolas secun-

dárias com melhor posicionamento nos

rankings são obrigadas (ou aderem de

moto próprio) a mecanismos informais

de selecção dos alunos com melhorespercursos educativos ou mais garan-

tias de sucesso no sentido de se mante-

rem competitivas em relação às escolasprivadas e à concorrência na própria

rede pública.

O balanço das experiências desenvol-

vidas em torno da liberdade de escolha

é múltiplo e contraditório, conforme as

fontes que se usem, pois os estudos, rela-

tórios, pontos da situação, em particular

nos últimos 10-15 anos, utilizam abor-

dagens e metodologias muito diversas e

em muitos casos com perspectivas parti-

culares que condicionam as conclusões,ainda antes de serem tratados os dados.

Bmbora essaforma de estudar o fenóme-

no seja mais característica dos momen-

tos e espaços de luta pela implementaçãode soluções como o cheque-ensino e as

charter schools, é sempre necessário pro-

ceder com bastante precaução perante

as dezenas de balanços aparentementeobjectivos e validados cientificamentesobre, por exemplo, o desemPenho dos

alunos e os encargos com o financiamen-to destas soluções alternativas à da redepública tradicional.

O exemplo da Suécia é normalmenteapresentado pelos defensores da liber-

dade de escolha como o mais radical e

de maior sucesso na Europa, chegandomesmo a ser apontado como um exem-

128 XXI, TerOPiniã'o

plo para os EUA23. A reforma foi pro-

funda e estendeu-se por quase toda a

década de 9O2a. Entre nós foi objecto de

recente e entusiasmada análise que su-

blinhou bastante as suas característicasinovadoras2s. O que faltou destacar foique estas reformas, incluindo um siste-

ma universâl de cheques-ensino e o re-

forço do papel das comunidades locais

na gestão das escolas, foram implemen-

tadas no país com menor disparidadenos rendimentos de acordo com os da-

dos mais recentes para o coeficiente de

Gini e que este não é um factor a despre-

zarBnquanto a Suécia tem o coeficiente

de O.23 pontos, Portugal tem de 0,385, oque o coloca em 63.0 lugar26.

Outro problema esquecido é o da

evolução dos resultados dos alunos sue-

cos nos testes PISA não ter sido a me-

thor na primeira década do século XXI.

Em 2OO9, as posições no ranki'ng foram

19.o na Leitura, 26.0 na Matemática

e 29.o em Ciências. As quedas foram

acentuadas em relação aos resultados

anteriores (1O.o na Leitura e 16.0 em

Ciências, em 20O6, e L4.o em Matemá-

tica, em 2OO3). O que dá a entender que

a situação está longe de ser animadora

e que a evolução do sistema educativopode não ter sido a mais adequada. E

isto raramente é abordado pelos defen-

sores do modelo educativo sueco.Sobre a liberdade de escolha numa

perspectiva da liberdade de iniciativa

de criação de escolas e do seu apoio pelo

Estado, há exemplos interessantes de

seguir pelo que demonstram de dife-

rente em relação aos habituais lugares

comuns. Deixemos de parte o caso in-glês, muito específico e actualmente em

mutação em direcção a um destino que

ainda não se percebe exactamente qual

será, depois de assumidos os falhanços

das últimas décadas. Os casos belga e

holandês revelam-se bem mais interes-

santes pois nesses países a rede privada

atinge, respectivamente, mais de 55o/o e

7So/o da rede escolar, mas é completa-mente subsidiada pelo Estado, não exis-

tindo iniciativa privada independente2lSó que isso implica a impossibilidadede cobrança de propinas ou a exigência

de quaisquer encargos adicionais para

os alunos e famílias. E, por outro lado,parece ter limitado a existência de uma

iniciativa privada pura, ou seja, autóno-ma do financiamento Público.

Purïugaldn qtlnnïfru

ft ssïndm mmlrln[da qunsïãu: algnlrls$x8rïïplus nurüpütr$

ffi # # s& #t,Nw*ndm ffemdPPP es# msdw wg:rwwdd$####s#"#dws dwmdglw*w#dwdss

ffi nsïadn asïnlaltfn

Como se disse logo a abric a dis-

cussão sobre este assunto está profun-

damente enviesada por preconceitos

ideológicos e assenta amiúde em pres-

supostos falsos, lacunares ou funda-

mentados de modo muito Parcial, com

recurso a exemplos seleccionados e apropostas que parecem esconder as al-

ternativas disponíveis em outros países.

Desde logo, os defensores da liber-

dade de escolha não são muito claros e

transparentes em relação ao que defen-

dem. Defendem um sistema universal de

cheques-ensino ou direccionado a gru-

pos carenciados? Defendem um cheque--ensino padrão, ou um sistema ajustadoàs circunstâncias particulares e cada

situação? Defendem a entrega do valor

às famflias, ou a sua canahzaçáo directapara as instituições de ensino escolhi

das? Defendem um sistema de financia'mento de uma rede pública de ensino emque a oferta do Estado e dos privados se

ffi rsdep*,â&#$sw ds#sssdp##- fw$ *w6### #s#r.wd* Sr$w*wdw* #*$ ry*xesr$wr #######sdws**ws

$mmw$dxwdwtr## W$$##,#s##rustr#fpp wã## ###&srdssds ds #$###&#w#w d gwpssspdm

##f8### wef#xíis dmssp*wds $wd*rwwww*

# ###itr##wËwffi

Page 9: paulo guinote_liberdade escolha

ï[tÉfrfif ï,lfltti.ï

{:ffiililefrÂfr

:trïïï "ii.li1i1ïi:,ffiiï1ff'[:f: &fffi ffi âiffi ffi ffi rïtffi Wffi dffi e'nffi ffiobrigadaaseguirumconjuntoderôdrnc

g " ' ErÈ -E È

(raborais, organizacionais, p"d"sdi?;:ì ffiffi tffi ffiffif ffi fi fi ffi ffi fffiffiffi ffi

ãffiâ:i:ïï*'Ë:";ïJi#ï::ì#T ffi ffi ffiffi ffirrm dm üfr fu mrdmdmflexibilização concorrencial da oferta 5 ,oE$-"*pública? Defendem uma liberdade plena ffi ffi ffi$tç tü &d ífora e dentro da rede pública, ou apenas

a liberdade para os privados concorre- Ser livre decreta-se com facilidade,

rem com uma rede pública, espartilhada mas vive-se com muito maior dificulda-

por regïas e regulamentos? Consideram de. A liberdade em si mesma é um bem,

que há liberdade de escolha porque são mas enquanto se enuncia em abstracto,

atribuídos cheques-ensino às famflias e sem correspondência com as condições

se permitem parcerias público-privadas concretas, é como se não existisse. Po-

na Educação em igualdade de acesso deriam decretar a liberdade de viajar

ao financiamento público? Não há assi- até à Lua que eu não teria qualquer pos-

metrias e desigualdades por resolver? sibilidade de o f.azer, quer por falta de

Não devem ser testadas soluções-piloto meios, quer de informação para ofazer

localizadas e monitorizadas antes de se Quando os defensores da liberdade de

avançar para medidas de tipo global? escolha afirmam que a sua existência épretendem transpor de forma acrítica e em si mesma um bem para os cidadãos,

descontextualizadaasexperiênciastidas têm razão. Mas... falta depois tudo o

como de sucesso em outras paragens? resto que permite que essa liberdadepor outro lado, há em Portugal uma de escolha seja exercida de forma cons-

aparente confusão quando se fala ou es-

creve sobre o peso relativo dos sectorespúblico e privado na Bducação. Váriasvezes se acena contra um monopólio es-

magador da rede pública quando, afinal,estabelecidas as devidas comparações, o

sector privado na Educação é dos mais

fortes no contexto europeu.De acordo com os dados estatísticos

oficiais, o sector privado da Educação é

em Portugal mais relevante do que emmuitos países europeus. Em estudoscomparativos recentes, o nosso país &aparece nos primeiros lugares q;"to ffig wmmrdgl #&#s #s

ao peso da iniciativa privada em maté- dgdmg eg#W#dg#gmgria de Educação28. Será que tem verda- - & * e -deiro fundamento factual * a"rrarr"'i'"ï *Jffiedwdmt @ s###ffitr

ser portugal um caso atípico, no contex- $rdffwdo dW ffidgg##S##to europeu e ocidental, de ausência de

liberdade na Educação? Os dados não

apontam nessa direcção.

d ssm ff*n#eaglw$ mswdstrs$#wï##sf# dw rywrm#sfp ssps#dfwsSnmdmes86#tr#$h#s##. ff *#p ms#'*sd*s##$ffis#rmffw:mstr#tr#*###6p S #SSS## $p#&#jp#tr##s ss## iFMx�rww#rwsfxr.g:wres #ü&#ssf# #wdb#s# dw dssdssw#$s;mgwrdawdw tr#fs #s###drdw

1. Milton Friedman (1955) "The Role of

Government in Education," in Econotnics

and the Publìc Interest, ed. Robert A. Solo'

New Brunswick: Rutgers University Press.

2. A Nation at Risk: The Imperatiaefor

Educational Reforz - A Report to the

Nation and the Secretary ofEducation

United States Department of Education by

The National Commission on Excellence

in Bducation (1983), consultado emhttp: I Iteachertenure.procon.org/sourcefi les/a-

nation-at-risk-tenure- april-1983.pdf

Setembro de 2O11.

3. Diane Ravitch (2O1O), The Death and Life

of the Great American School Sistem.New

York: Basic Books, p.117.

4. Patrick J. McGuinn (2OO 61, No Child Left

Behind and the Transformatìon ofilederal

Education PolicXt, 1965-2005, Larvrence:

University ofKansas Press, P.69.5. Alexandra Usher e Nancy Kober (2011)'

Keeping Inforned about School Vouchers: A

Review of Maior Deoelopments and Research,

Washington: CER p.1.

6. Danny Weill (2OO2), School Vouchers and

Prioatization - A Reference Handbook. Santa

Barbara: ABC-Clio, pp. 33-34.

7. Greg Forster (2OlI), A Win-Win

Solution: The Rmpirical Ez;idence on School

Vouchers. Indianapolis: The Foundation

for Educational Choice (consultado em

Setembro de 2011 em wrnrw.edchoice.org/

Research/ Reports/A-V/in -Win - Solution -

-The-Empirical-Evidence-on-School-

Vouchers.aspx).B. William A. Fischel (2OO2), An Economic

Case against Youchers: Wlry Local Public

Schools Are a Local Public Good. Hanover:

Dartmouth College.

9. Cecilia Elena Rouse (2OOB) School

Vouchers and Student Achievement: Recent

Evidence, Remaining Qpestiors. Princeton:

Princeton University and NBER (consultado

em Setembro de 2011 em mlryr.ers.

princeton.edu/workingpapers/28ers.pdf ).10. Robert D. Barr e William H. Parrett,

Alternathse, Magnet, and Charter Schools Tbat

Wo rk, Bloomington, National Educational

Service, 1997,p.39.11. Robert Brooks e Doreen Marvin (2011),

HISD Comprehensive Magnet Prograrn

Reoiew, Este e outros materiais estão

disponíveis em v,rww.magnet.edu/modules/

info/related-articles-and-resources.html'12. Jennifer Hochschild e Nathan

Scovronick (2OO3), The Anerican Dream

and tlte Public Schools. Oxfotd: Oxford

University Press, p. 1O9.

13. Paul Hill et alii (2006), Charter Schools

Against All Odds. Stanford: Education

Next Books; Joe Nathan (1996), Charter

Schools - CreatingHope and Opportunitgfor

Arnerican Education: San Francisco: JosseyBass Publishers.

14. Robin Lake ed (2OlO) , Hopes, Fears E

Realitg - A Balanced Look at American Cbartes

Schools in zoo9. Washington: University of

Washington Bothel (disponível em r,vww.

crpe.org/cs/crpe/viedcsr-pubs/3Oó,consultado em Setembro de 2O11).

15. Susan Dynarski et alii (2OlO), Charter

Schools: A Report on Rethinkingthe Federal

Role in Education Washington DC: The

Brookings Intitution, P. 14.

16. Gary Miron and Christopher Nelson(2OOl), Student Academic Achieoement ìn

Charter Schools: What We Know andWfui

We Know So Little. Kalamazoo: Western

Michigan University.

l3O Xn, TerOPiniã.0

deffidss#ffiË##

Page 10: paulo guinote_liberdade escolha

lglogr,utdg tal, 'IXX

'€IUIJ€ Blou Jã 'Bõ

'(ilOõ ãP orqurelas lua oPBllnsuoD

a gpd'çg g617sa1.ras-e1ep-Áar1/slueuntop

/acroÁ.rna/uope cnpa/na'edo.rne' Ja'€a Jee

//tdiltl rua leruuodqp) acrpifung :slassnrg'(6giç11) 600r adotng u1 uogocnqg uo t'trÚO

tay' (66ç4\ uorssFuoC ueadorng 26'(ilOõ eP or+ualãS

urrrã op€llnsuor) 1ut1t4' 4 47 I s8urìuBvslBls

/atuaJaJãJ/ulocr(eqeEuourrt'Vnvr'r'33'96' 6Zl-GII'dd aluaureagpadsa spur

'Syt-g6t dd'oEã'I lenueIN ogSepung :1/5'4o3n1to4 wa outsug ap o1&2xo.ttrsg

anfi - apapanos d opttlsg'ogJotnpg u1

.psserns ap sB^IlBrnpg s€ruroJaìI"'(OIOU) €snos e Brrel^ orsrruErd 'Sõ

'(1166 aP olsoEY ura

opBìlnsuor) Itulg'9O-uollrâs/aJIotl{oot{rs/666Ilsenssl-IErllu/suollErllqnd/1au

'rxãl'rasEJJPlo//:dpq rua operluorua rãs

apod ossacord op l€lrolspl a^ârqrrl�n'V7''(ilOõ eP orqwelas ura

opBllnsuor) I€le=)ua;Frlq'arloqD-suapã.ry\s

I T,ríogg}g}v 6rlluourdo/sl/go/óoo6/oepF

/uroo'sau41Áu'oâprrr//:ütq ura olunsse

else ãrgos sa,4J qroà (nav oPlelrollpa o

ÉpuIB re '(Iï06 ap olsoty tue op€llnsuoD)

ErlrâLuV-roJ-Iapo6-e-ua1sÁ5-rellrno-loot{rs -s-uepa,üs/peâJ-uÌEur/tuor

'laqrorl{/:dnq ura larr,podsrp',,€ruaruvroJ lapo6 B uralsÁg.raqrnon looqcg

s.uepaas,, 'qlfius IUBII€JSg Á11urg 'gõ

'og5ernpg e uroc qeqlqeq sotrecua

snas so Jlznpar e.red opuyr-ureq olptu IuoD

JOIÉ esse 9J€J€tua soluawlpuâJ SãJOr€rU

ap €IIILuBJ Bün oluenbue '(olduraxa.rod

'srEsuãur sorna OOZ € OOS) sope^ale slBtu

sa.ropn uranbpe.rd anb selocse.rod op18ue

efas enb puololpe o.reyodns grapod

ãluatullrltlp BpBlruorEr BIIIIU€J €tun'sorna

OSg no OO€ - sourequodns - eP lesuotuorpgtu JoI€ Ìun e.rapuodsa.uoJ oursuâ--onbaqc o as 'olduraxe ap sopeJa BJ€d 'õõ

296'd'sa.r6 uorlnlpsul sSuploorg

:3q uolSurqse4ç 'cltqnd uúcrrawy aW puo'staqcnol 'spoqcs '(IOOõ) aoW tu;a;'16

'(IIOõ ãP orqtualrs tuâ opEllnsuoJ)

pd'OeOOOOZ/Og66sqnd/ro3'pã'saru

//:dltq urâ sreirluodsrp sopB(I 'Oõ

'(Jpd'ocsuc-ãcIoHfi TdIJTnIN

/spoder/npã'ProJuels'oPãr//:d11q ura J166

ap orgtualâS rua opelpsuor).{11sra lun St'd'sauroclng uolleJnpg uo qcJEãsaU roJ

raluâJ :proJu€lS,'sdtols Y u! àtuawtoita4

poqrs rauúqJ :atloqi aQl4nYg'61'$Pd'7666Áqxoq/sraded

/spBolu.úop/ârloqrloollrs/npa'1llgrâpue' ÀrÀ r uIâ IIOõ ap oJqtualâS Irrã oP€llnsuoJ)

Á4s.rarr,gun premeg :atppqure3'sacua'ta[1q

aqt Butpox*upun :sawg pal1un aW u! spoqcs

c1tqn1 nln&ag Puo sqoqcs rauuqJ at

flawaaatqiv (V966) Áqxo11 'trN aullor€J'BI'96 'd 'Álrs.razrrun

ìllqrapu€ :a[llrqsuN'3u1o8 at,an ataqa pua

aro a@ araqAl :wau'taaalqiv uo sçca{X poqcg

rauoq) '(9OOõ) III€ la spuarãg {rBtrAI ZI

#ddepd # r€IIÍxnB e eluerop possad op a serpgS

l** -epad selsodord ap odp op opJun; urae&wffi&##ü#&& ffiw&W "1,r"-1*r,31 seru 's*rurnl e sounl* ep or

eP WP!#"&#INF m$ifS -etu[Ìu o luor seuade opu oprore ep op1u

trfdffe#$#8w#pffip#"#&&ff.Uepo}ueIuBTJuBuÏJeSSeopues.opB}Sfl

trff s# eveffi & rupw;,# & W w rã,i* ï":]", ü'"ï3Ï-,ï0,n".Ëïirìfirï'ïï, j"t##s#.e e ffip1gg,# s,p###p .op€]sg ep olue,''e5rg olad sopellnr'J

####s ...un$*r "wsrxwx ::J"$ïj,'"ï#:ffff3"ï'ïïj,ï1,ïJ*#eg# 6smgrpmBp# s8 sorraruBus sosrnrer rpa8 e r€zllIqolu

Neffi& 6e.g&q W,&gfi ffiírW.S#*d.S e.red ser^Il rueras oruor rursse 'seur8gd

gs d&p# # wg,#w#&ffptr# :i"'ï ,"i"i:;':fJ,rt'j^�,ïL:rfr"ïltrf$S ffi #g8"& #8&,ffiW{,,.ã,#98 -fgEepad sopafo.rd ruere lo uesap ser

#fdã#,#S# #P &ffiffiP##q#Ê -IIq[Ìd selorse sB ep spBpIIIqISSod (9

#ff 6'#*#ss **#*& e sBrETr se.r'ar -::tË;ïiïï':t"J,:ïW& ffiPW#f#ff .,o otitta-sanbaqr ep sope^pd sarup

-er ep Blrug]slxe ep o95ez1;o1ny (9'errEgEePad elsodord aP

odp a epeplrelorse ep opla ïeluanba'r;

e ogSlnlpsul B rrroJ oprore ap oursue--sanbaqr sop role^ oP og5Pgeç1 (7

'(96 plual.rad op oxl€qe 'olduraxa

rod) puolreu Elpgru ç serolraJul elue]-seq aluerualualslsuor ue[as sounle sop

sopellnsal so epuo no BJnJord ç oçJe1-eJ Lua eluarJlJns elas ogu eeqqrld apar

E epuo (soqlaeuor) seuoz 'oJrurguoJa

-orJos €]sI^ ap oluod op soprJero^EJsap

sodn;E ered sopeuolrrerlp (ope8.rep a1-uetue^rssarEord ras e) oursue-senbaqr

ap olopd-Bruelsls run eP oP5eu3 (g'seulqr,rd sEP oP€I oP efas 'sePen

-pd sagJp4lsq sep op€I op efas'Brr5eu.solueulpuer ep sle^Iu seluereJlp tuor -eq s€Iep uranb a ol1ry1od.rapod op op€l

sounlu sop epuplïIqou €^llJeJe BIun B+ op se-r8a"r sesse eulJep uanb eJlua olls

-purad anb sa.relorsa sassed no/a sapod -uçr] ap oluaturpadrul ep sBJEIJ se"r8ar

-suBrl ep €rualsls urn ap opSeFJ (OI JaJaleqBlse 'eluaulreluaualdtrloc 'solp

.so+€pTpuEr so^ou so arlue IEnu€ olel -Isqns ap ogJrnqul€ E ered sor.r9]IrJ op

-JoS tun opesn .les 'EJnJord ap oSSaJxe -ueJalaqelse 'op€lsg olad opBIJUEUIJ Jas

ep oseJ ou 'setu sopueJnpe snes so e;ed ap la^Iss€d ogJernptr ep oJIIqíÌd oirn"ras

op3lsg olad seperru€ug sepenrrd no opereplsuor 9 anb op oçJtugeq (U

set11q4d sglorse s€ elueruer^Il uareql 'pdppnurelu1 no/e plplslp Ie lu B €p

-oJSa seqFuBJ sB ep epBpIIIqISsod (6 -EuapJooJ seru'1e.r1uar Ie^Iu e epeln8a"r.sBpBluesarde alueIulBIJIuI Jas e^ep ogSeupu.relep Blsg 'olualuotu

sagSlpuoe sç ruepuodsa.r.ror sorlur?l e op so)$Ilod sa.rotunll soE sle greuln^

Souelunq SoIeIu So eS ouloJ tursse 'sop ogu e SoJ€lJ SoJIuJgl SoIJ?1ID Iue es€q

-prdrunr ru€roJ sonrlrafqo e sagJe8l.rqo ulor BrIIqgd epa;o ep oB5ez[IqB]sa e

sEns sB es J€urtuJelep ap opl}ues ou JBIOJSa apeJ ap BIJSIBIU UIa SB^IlJeJe.sepenr.rd a sBJIIqnd selorse sep (soue sapeplsseJeu sep oçSeupu"releq (t

v no g BpBr e) .reln8ar ogJladsul (g :sBplpew salup8as sE es-IuerBtuol'(sorplsqns sop ogJ l€rruasse -ras o8lnl'oçJernpg ep €rrg]Btu

-E^ouer Bp osBr ou) ogu no sopeJuBJIB e Iue €IIIoJSe ep ep€praqll €rlepBpre EIun

soppsap sonrpaf.qo sop oruoJ tursse'op sgu eJlue aluarualdurl as anb e"red

-ezlleriadse e opeJggenb sl€ru possad 'olleJuor op og5dale

tuoJ sBIoJSe SB opuBTlueJd'orlll.raxe tue elelduroc a BJIepBpJa^ Bu 'aJ^II e eluep