Patologia em Revestimentos com Pinturas - Apresentação - 06062012
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PATOLOGIA EM REVESTIMENTOS COM PINTURAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN
CENTRO DE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil – PEC
Disciplina: DURABILIDADE DAS EDIFICAÇÕES – 45 h
SEMINÁRIO
Florentino Teixeira Machado
Prof.ª. Dr.ª Maria das Vitórias V. Almeida de Sá
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COMPOSIÇÃO TÍPICA DE UMA TINTA LÁTEX
Fonte: Tintas SUVINIL (2012)
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Fonte: Tintas SUVINIL (2012)
CARACTERÍSTICAS DE UMA BOA TINTA
TINTA PARA INTERIORES
TINTA PARA EXTERIORES
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CAUSAS MAIS PROVÁVEIS DAS PATOLOGIAEM REVESTIMENTO DE PINTURAS
Escolha inadequada da tinta por conta da exposição imprópria a condições
agressivas ou por incompatibilidade com o substrato;
Condições meteorológicas inadequadas por temperatura e/ou umidade muito
elevada ou muita baixa ou ventos fortes;
Ausência de preparação do substrato ou preparo inadequado: pulverulência,
contaminação, sujeiras, bolor, materiais soltos e substrato poroso;
Substratos que não apresentam estabilidade: argamassa ou concreto sem cura
total;
Umidade excessiva no substrato: infiltração, condensação;
Diluição excessiva da tinta na aplicação;
Formulação inadequada da tinta.
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EFLORESCÊNCIA
São depósitos cristalinos de cor branca que surgem na superfície do revestimento,
resultante da migração de soluções aquosas salinizadas através da evaporação da
água para a superfície pintada, onde se depositam causando as manchas
esbranquiçadas, sendo mais perceptíveis em tintas coloridas.
Essas manchas acontecem quando os saís solúveis nos componentes das
alvenarias e nas argamassas de revestimento (chapisco/reboco), são transportados
pela água utilizada nos serviços de construção, na limpeza dos ambientes ou
resultantes de vazamentos e infiltrações, através dos poros dos componentes do
revestimento, que, em contato com o ar, se solidificam, resultando nesses
depósitos.
É constituída quimicamente por sais de metais alcalinos (sódio e potássio) e
alcalinos-ferrosos (cálcio e magnésio) .
Fonte: Comunidade da Construção - ABCP (2012)
Fonte: Comunidade da Construção - ABCP (2012)
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FLORESCÊNCIAS
SUBFLORESCÊNCIAS - CRIPTOFLORESCÊNCIAS
São florescências não visíveis, onde os depósitos salinos se formam no interior
do revestimento.
EFLORESCÊNCIAS
São florescências visíveis, onde os depósitos salinos se formam na superfície do
revestimento.
Fonte: Tintas SUVINIL (2012)
Fonte: Tintas SUVINIL (2012)
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EFLORESCÊNCIA
CAUSAS
pintura sobre umidade retida: aplicação de acabamento final sobre reboco não
curado ou úmido;
superfície com umidade: má impermeabilização, infiltrações e vazamentos de
instalações;
diluição excessiva da tinta em cores escuras, aparecendo as marcas do rolo.
AÇÕES CORRETIVAS
eliminar os agentes que causam umidade: intempéries, infiltrações, vazamentos;
aguardar a secagem e cura total da superfície;
lixar e limpar a superfície a ser pintada;
aplicar fundo preparador de superfície álcali-resistente (1 demão);
aplicar emassamento e/ou pintura conforme acabamento desejado.
Fonte: Tintas SUVINIL (2012)
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DESAGREGAÇÃO
É caracterizada pela destruição da pintura, onde a película de tinta destaca-se da
superfície pintada juntamente com partes de reboco, que se esfarela internamente.
Essa patologia é causada pela aplicação da camada de tinta antes da cura total do
reboco ou sobre superfície com umidade.
Observa-se também que esse problema pode ser resultante do excesso de
agregado miúdo (areia) no traço de argamassa para reboco.
Fonte: Comunidade da Construção - ABCP (2012)
Fonte: Comunidade da Construção - ABCP (2012) Fonte: Comunidade da Construção - ABCP (2012)
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DESAGREGAÇÃO
CAUSAS
pintura sobre umidade retida: aplicação de acabamento final sobre reboco não
curado ou úmido;
superfície com umidade: má impermeabilização, infiltrações e vazamentos de
instalações;
reboco fraco: excesso de agregado miúdo (areia) no traço de argamassa para
reboco.
AÇÕES CORRETIVAS
eliminar os agentes que causam umidade: intempéries, infiltrações, vazamentos;
raspar e escovar todas as partes soltas das superfícies;
aplicar fundo preparador de superfície (2 demãos)
refazer parte de reboco e aguardar a secagem e cura total da superfície (28 dias);
lixar e limpar a superfície a ser pintada;
aplicar fundo preparador de superfície (1 demão);
aplicar emassamento e/ou pintura conforme acabamento desejado.
Fonte: Tintas SHERWIN WILLIAMS (2012)
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DESCASCAMENTO
Também definida por “não aderência”, é causado por falta de aderência da pintura
aplicada devido a presença de pó (camada antiga pulverulenta) sobre a superfície,
como também pela falta de diluição de material e uso de fundos ou massas de
baixa qualidade.
Essa patologia pode ocorrer quando a pintura for executada sobre caiação, gesso,
partes soltas, cimento ou concreto curado indevidamente sem que se tenha
preparado devidamente a superfície.
São comuns em empreendimentos à beira mar ou em centros industriais com
grande concentração de poluentes, onde os sais da superfície não foram
devidamente removidos durante o preparo da superfície.
Fonte: Comunidade da Construção - ABCP (2012)
Fonte: Comunidade da Construção - ABCP (2012)
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DESCASCAMENTO
CAUSAS
pintura sobre umidade retida: aplicação de acabamento final sobre reboco não
curado ou úmido;
superfície com umidade: má impermeabilização, infiltrações e vazamentos de
instalações;
superfície pulverulenta: caiação, reboco novo e não selado, existência de poeira;
má aderência da tinta: diluição incorreta, concreto com desmoldante ou
revestimentos cerâmicos.
AÇÕES CORRETIVAS
raspar e escovar todas as partes soltas das superfícies;
lixar e limpar a superfície a ser pintada;
aplicar fundo preparador de superfície (1 demão);
aplicar emassamento e/ou pintura conforme acabamento desejado.
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CALCINAÇÃO
Formação de finas partículas que resultam em manchas esbranquiçadas sobre a
superfície pintada exposta ao tempo ou à temperatura excessiva, provocando a
deterioração da pintura com pulverulência superficial, causando o desbotamento
da cor.
É identificada pela deposição de pó de coloração clara, normalmente branca, ao se
esfregar a superfície com um pano.
Nas tintas de cores brancas e pastéis a falta de pigmento TiO2 (dióxido de titânio)
também pode causar calcinação.
Reação do Carbonato de Cálcio com o Calor:
Fonte: Tintas Coral (2012)
CaCO3 + Calor <----> CaO + CO2
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CALCINAÇÃO
CAUSAS
uso indevido de materiais e componentes: não hidratação da cal, excesso de cal
na preparação da argamassa de reboco, tinta de baixa qualidade e alta
concentração de pigmentação em uma cor específica;
exposição da superfície às intempéries: aplicação de produtos de uso interno em
exteriores, cores muitos escuras sob sol muito intenso.
AÇÕES CORRETIVAS
raspar e escovar todas as partes soltas das superfícies;
enxaguar com jato d’água e aguardar secar;
refazer toda parte profunda com uso de massa para reboco e aguardar a sua cura;
lixar e limpar a superfície a ser pintada;
aplicar fundo preparador de superfície (1 demão);
aplicar emassamento e/ou pintura conforme acabamento desejado.
Fonte: Comunidade da Construção - ABCP (2012)
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FUNGOS: MOFO ou BOLOR
São manchas escuras que aparecem geralmente sobre a superfície, originadas de
um grupo de seres vivos vegetais que se proliferam em condições de climas
favoráveis, como ambientes úmidos (banheiros, cozinhas e áreas de serviços), mal
ventilados ou sombreados, com exalação de odores fortes.
A existência de fissuras nas superfícies pintadas potencializa o crescimento de
fungos, aumentando a retenção de poeiras e a permanência de umidade, que juntos
favorecem o crescimentos desses micro organismos.
O mofo produz o escurecimento da película da pintura, causando sua
decomposição, essas manchas escuras podem ser resultante de infiltrações ou
vazamentos que aumentam a umidade dos ambientes.
Fonte: Comunidade da Construção - ABCP (2012)
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FUNGOS: MOFO OU BOLOR
CAUSAS
excesso de umidade nas superfícies: intempéries, infiltrações, vazamentos;
utilização de materiais de baixa qualidade;
inexistência de materiais impermeabilizantes nas superfícies;
más condições de ventilação e ausência de exposição solar;
falta de limpeza e cuidados adequados antes da aplicação da pintura.
AÇÕES CORRETIVAS
eliminar os agentes que causam umidade: intempéries, infiltrações, vazamentos;
lavar a superfície com uma solução de água sanitária na proporção 1:1, molhando
constantemente no período de 6 horas;
enxaguar com jato d’água e aguardar secar;
raspar e escovar todas as partes soltas das superfícies;
aplicar fundo preparador de superfície (1 demão);
aplicar emassamento e/ou pintura conforme acabamento desejado.
Fonte: Comunidade da Construção - ABCP (2012)
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BOLHAS
São também conhecidas por fervuras, têm suas causas de incidência relacionadas
com a aderência da tinta à superfície, ocorrendo principalmente em tinta esmalte
sobre substrato metálico.
Esse tipo de patologia ocorre quando acontece a aplicação prematura de tinta
impermeável com a presença de água sob a película ou na presença de umidade.
Também pode ocorrer em superfícies externas, quando do uso de massa corrida
PVA, produto indicado apenas para ambientes internos. Em superfícies internas a
sua ocorrência deve-se a existência de resíduos pulverulentos sobre a superfície
ou quando a tinta não for corretamente diluída.
Outro fator que contribui para a formação de bolhas é quando uma nova aplicação
de camada de tinta umedece a película de tinta anterior, causando a sua expansão.
Bolhas na Pintura de Paredes
Bolhas na Aplicação de Verniz
Bolhas na Pintura deChapa de Aço e Ferro
Fonte: Tintas SUVINIL (2012)
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BOLHAS
CAUSAS
superfícies com umidade;
uso indevido de materiais e componentes;
utilização de materiais de baixa qualidade;
falta de limpeza e cuidados adequados antes da aplicação da pintura;
diluição inadequada do material aplicado.
AÇÕES CORRETIVAS
eliminar os agentes que causam umidade;
remover todo o material empolado: raspagem, escovagem ou lixagem;
aplicar fundo preparador de superfície (1 demão);
aplicar emassamento e/ou pintura conforme acabamento desejado.
Fonte: Tintas SHERWIN WILLIAMS (2012)
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ENRUGAMENTO
Esse problema ocorre quando a camada de tinta se torna muito espessa devido a
uma aplicação excessiva do produto, seja em uma demão ou sucessivas demãos,
sem aguardar o intervalo para secagem entre as mesmas.
Pode ocorrer superfície enrugada quando a secagem do material é feita sob
elevadas temperaturas ambientais.
Fonte: Tintas SUVINIL (2012)
CAUSAS
condições climáticas inadequadas: condições extremas de calor ou frio;
diluição inadequada do material aplicado;
superfícies com agentes contaminantes: umidade, gordura, poeira, resíduos.
AÇÕES CORRETIVAS
eliminar os agentes contaminantes;
remover toda a camada enrugada: raspagem, escovagem ou lixagem;
aplicar fundo preparador de superfície (1 demão);
aplicar emassamento e/ou pintura conforme acabamento desejado.
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BIBLIOGRAFIA
ABNT. Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Procedimento - NBR 7200. Rio
de Janeiro, 1998.
ABNT. Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Especificação - NBR 13749. Rio de Janeiro,
1996.
ABNT. Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Especificação - NBR 13529. Rio de Janeiro, 1995.
ABNT. Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Especificação - NBR 13530. Rio de Janeiro, 1995.
FAGUNDES NETO, Jerônimo Cabral Pereira. Perícias de fachadas em edificações: pintura. São Paulo. Livraria e
Editora Universitária de Direito, 2008.
TINTAS SUVINIL - Catálogo (www.suvinil.com.br) - acesso em maio de 2012.
TINTAS SHERWIN WILLIAMS - Catálogo (www.sherwinwilliams.com.br) - acesso em maio de 2012.
TINTAS CORAL - Catálogo (www.coral.com.br) - acesso em maio de 2012.
COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO - ABCP - Informativo (www.abcp.org.br) - acesso em junho de 2012.
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TRINCAS
A presença de trincas na superfície propicia a infiltração de umidade para o interior
do substrato, acelerando a degradação tanto do substrato como da pintura através
de manchas, bolhas, descascamentos. É de extrema importância o tratamento
dessa patologia para garantir uma maior durabilidade da superfície pintada.
Por possuir uma ação dinâmica
Fonte: Tintas SUVINIL (2012)
CAUSAS
condições climáticas inadequadas: condições extremas de calor ou frio;
diluição inadequada do material aplicado;
superfícies com agentes contaminantes: umidade, gordura, poeira, resíduos.
AÇÕES CORRETIVAS
eliminar os agentes contaminantes;
remover toda a camada enrugada: raspagem, escovagem ou lixagem;
aplicar fundo preparador de superfície (1 demão);
aplicar emassamento e/ou pintura conforme acabamento desejado.
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FISSURAS
Esse problema ocorre quando a camada de tinta se torna muito espessa devido a
uma aplicação excessiva do produto, seja em uma demão ou sucessivas demãos,
sem aguardar o intervalo para secagem entre as mesmas.
Pode ocorrer superfície enrugada quando a secagem do material é feita sob
elevadas temperaturas ambientais.
Fonte: Tintas SUVINIL (2012)
CAUSAS
condições climáticas inadequadas: condições extremas de calor ou frio;
diluição inadequada do material aplicado;
superfícies com agentes contaminantes: umidade, gordura, poeira, resíduos.
AÇÕES CORRETIVAS
eliminar os agentes contaminantes;
remover toda a camada enrugada: raspagem, escovagem ou lixagem;
aplicar fundo preparador de superfície (1 demão);
aplicar emassamento e/ou pintura conforme acabamento desejado.