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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO RURAL E
AGROECOLOGIA - PGDR
PASTOREIO ROTATIVO E CONTEXTOS DE PASTOREIO ROTATIVO E CONTEXTOS DE
SUSTENTABILIDADE NO MUNICÍPIO DE SUSTENTABILIDADE NO MUNICÍPIO DE
TUCUNDUVA/RSTUCUNDUVA/RS
Aluno: Flávio Joel Baz Fagonde
Orientador: Fábio Kessler Dal Soglio
Santa Rosa – RS
2001
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO RURAL E
AGROECOLOGIA - PGDR
PASTOREIO ROTATIVO E CONTEXTOS DE SUSTENTABILIDADE
NO MUNICÍPIO DE TUCUNDUVA/RS
Aluno: Flávio Joel Baz Fagonde
Orientador: Fábio Kessler Dal Soglio
Monografia apresentada no Curso de
Especialização em Desenvolvimento Rural
Sustentável e Agroecologia, como requisito parcial
para a obtenção do grau de Especialista.
Santa Rosa – RS
2001
DEDICATÓRIA
Á minha esposa Lourdes Helena Definski
Fagonde e meus filhos, meu carinho e
admiração, pois que suportaram a distância
e a saudade, transmitindo ânimo e coragem
para continuar.
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador e amigo Fábio Kessler Dal Soglio que auxiliou,
estimulou e ajudou a fazer com que esta monografia se torna-se
realidade, pois que, sem o mesmo, o resultado deste trabalho seria
de difícil leitura e compreensão.
À Diretoria da ASCAR/EMATER/RS pela oportunidade de participar deste curso.
SUMÁRIO
RESUMO ............................................................................................................................ 01
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 02
1.1 TEMA .................................................................................................................. 03 1.1.1 Justificativa .......................................................................................... 03 1.1.2 Problema............................................................................................. 05
1.2 OBJETIVO............................................................................................................ 05
1.3 BASE TEÓRICA ................................................................................................... 05
1.4 METODOLOGIA.................................................................................................... 14
2 DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO............................................................................... 15
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO ....................................................................... 15 2.1.1 Recuperação histórica .......................................................................... 15 2.1.2 Cenário da Investigação ........................................................................ 16
2.2 METODOLOGIA E DADOS EMPÍRICOS COLETADOS ........................................... 20 2.2.1 Resultados da Pesquisa ....................................................................... 21
2.3 ANÁLISE E BUSCA DE SIGNIFICADOS................................................................. 25 2.3.1 Análise quanto aos aspectos sociais ..................................................... 25 2.3.2 Análise quanto aos aspectos ambientais................................................ 28 2.3.3 Análise quanto aos aspectos econômicos............................ 30
3 CONCLUSÕES ................................................................................................................. 32
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................ 34
5 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................ 35
6 ANEXOS .......................................................................................................................... 37
RESUMO
O pastoreio rotativo adaptado à atividade de bovinos de leite e a construção de contextos de
sustentabilidade junto à agricultura familiar, são os focos centrais de análise do presente trabalho de
monografia, para desenvolver esta análise foi feita pesquisa teórico-empírica, com análise qualitativa
junto à doze famílias em quatro comunidades do município de Tucunduva- RS.
As respostas permitiram diversas análises e associações a idéias e conceitos de diversos
autores, que aprofundaram seus estudos sobre o que é o pastoreio rotativo, bem como as discussões
dominantes que permeiam o conceito sobre sustentabilidade.
Este trabalho permite identificar que a atividade de bovinos de leite pode ser viável junto à
agricultura familiar, desde que os agricultores adotem a postura flexível de mudança em relação a sua
rotina diária , bem como passem a dar importância às relações sistêmicas existentes entre o solo, a
água, as plantas e o homem.
O pastoreio rotativo com as alterações adotadas pelos agricultores familiares, impõe reflexão
sobre as interações e a dinâmica que passa a acontecer no meio ambiente e nas relações sociais da
família, o que no sistema convencional de produção nem sempre são consideradas importantes,
rompe-se a idéia segmentada de identificar a atividade de bovinos de leite como uma forma isolada
de produzir, para colocá-la dentro de um conceito de sistema mais abrangente, onde o todo deve ser
visualizado.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho de monografia mostrará no seu conteúdo o que é o Pastoreio rotativo
na atividade de bovinos de leite, bem como a construção de contextos de sustentabilidade junto a
agricultura familiar no município de Tucunduva-RS .
Os atuais e crescentes interesses e preocupações em torno da questão ambiental vem
redimir e redimensionar a persistente ação agressiva do homem na degradação do meio
ambiente, para um maior respeito e convivência harmônica com a natureza. Embora existam
muitos comentaristas de ecologia e do meio ambiente, existem poucos especialistas nesta área.
No decorrer deste trabalho vamos enfatizar questões que são atuais, e que nos remetem a
uma análise mais profunda, do modo de ação das instituições, dos profissionais, dos agricultores,
no que se refere à utilização dos espaços rurais.
Nossa preocupação no decorrer do texto é colocar o homem e o meio ambiente e suas
relações no centro de todas as atenções. O espírito do trabalho procura deixar claro que existe a
necessidade de um esforço interdisciplinar, que são requeridos pelos problemas reais da nossa
sociedade, e em especial dos pequenos agricultores familiares, que foram objeto do presente
trabalho.
A monografia está dividida em partes e em capítulos: a parte I será composta pela capa,
pela dedicatória, e a lista com tabelas e índice; a parte II estará sendo composta por: introdução,
que nos dará uma visão geral do trabalho; o tema do presente trabalho, a justificativa, e o
problema, os objetivos, o referencial teórico, a metodologia, e a estrutura de capítulos; a parte III
será composta por bibliografia, e anexos. No desenvolvimento do trabalho vamos dividir ainda em
capítulos com títulos, procurando demonstrar a caracterização da situação, a metodologia utilizada
e os dados empíricos coletados, bem como uma análise da busca de significados, confrontando as
teorias e os dados. Na conclusão serão retomados os objetivos, o problema, confrontando com o
desenvolvimento onde iremos confirmar, indicar, explicar, sugerir, recomendar.
1.1 TEMA
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O Pastoreio rotativo na atividade de bovinos de leite e a construção de contextos de
sustentabilidade junto à agricultura familiar no Município de Tucunduva,RS.
1.1.1 Justificativa
No município de Tucunduva 98% dos produtores pertencem a categoria de agricultores
familiares, sendo que mais de 90% têm a atividade de leite em suas propriedade, dados esses
obtidos através de levantamentos feitos pelo escritório da Emater, que indicam ainda baixos
índices de produção por propriedade. Isto tem levado as empresas recebedoras de leite a
selecionar aqueles produtores que produzem uma quantidade mínima, abaixo da qual se torna
antieconômica a coleta de leite, ocasionando, como conseqüência, a exclusão daqueles que não
conseguem se adequar às novas exigências.
A dificuldade do trabalho, aliada ao uso intensivo de mão de obra na atividade
convencional, tem restringido o número de animais nas propriedades bem como o emprego de
tecnologias mais modernas. A atividade convencional de produção leiteira exige que
continuamente o produtor adquira sementes de forrageiras, fertilizantes, medicamentos, rações,
carrapaticidas, ou seja, faz com que a propriedade se torne dependente de insumos externos.
A atividade convencional exige que o produtor prepare o solo para os cultivos de inverno e
de verão, e com isto ocasionando desmatamento com a finalidade de abrir novas áreas para
formação de áreas de pastagens. Isto implica em uma forte interferência no meio ambiente,
afetando, poluindo e desgastando os agroecossistemas.
É preciso observar que, devido à baixa renda e altos custos de produção, é pequeno o
lucro da atividade. Com isso, a mão-de-obra dos jovens tem migrado para cidades a procura de
emprego, tornando mais difícil ainda a atividade para aqueles que ficam na propriedade.
Portanto, o tema pastoreio rotativo na atividade de bovinos de leite e a construção de
contextos de sustentabilidade junto a agricultura familiar no Município de Tucunduva, torna-se
relevante na medida que propõe mudanças estratégicas no modo de agir no cotidiano do produtor
rural, tornando-se uma alternativa à produção convencional. Isso ocorre por haver redução na
quantidade de mão-de-obra utilizada e na dependência de insumos externos, estimulo ao uso
racional do solo e adequação dos espaços da propriedade, permitindo que o produtor possa ter
um número maior de animais, possibilitando um incremento na renda familiar destes agricultores.
Através das entrevistas realizadas junto à algumas famílias no município de Tucunduva
RS, identificou-se o que levou os produtores a adotarem o manejo rotativo, determinou-se quais
as comunidades que foram atendidas inicialmente, e avaliou-se os resultados da adoção desta
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alternativa do ponto de vi sta social, econômico, técnico e ambiental, em um contexto de
sustentabilidade.
A originalidade do trabalho é atendida na medida em que foi avaliada a adoção de uma
nova tecnologia, introduzida com a intenção de tornar a atividade dos agricultores familiares
economicamente e socialmente viável, respeitando-se o agroecossistema, e a tradição local, bem
como o impacto causado nas relações entre os agricultores e o meio ambiente, com esta adoção.
1.1.2 Problema
O modelo convencional de produção leiteira está baseado em métodos intensivos em
mão de obra, e muito dependente de insumos externos à propriedade. É um modelo que não
considera os aspectos ambientais e sociais da produção. Este modelo é economicamente viável
somente para os produtores de grande porte e capitalizados, pois depende de produção em
escala. Este mesmo modelo, no entanto, tem sido amplamente indicado para pequenos
produtores, o que tem levado à inviabilidade da produção leiteira na agricultura familiar. Logo, o
problema é:” Como tornar viável e ao mesmo tempo sustentável a atividade de bovinos de leite na
pequena propriedade familiar?”
1.2 OBJETIVOS
Explicar o que vem a ser o manejo do gado leiteiro em pastoreio rotativo, já implantado em
propriedades familiares, bem como demonstrar a viabilidade deste sistema para a agricultura
familiar, em uma perspectiva de desenvolvimento sustentável.
Identificar os contextos da sustentabilidade em suas três dimensões, social, econômica e
ambiental, existentes nas propriedades que implantaram o sistema de pastoreio rotativo, no
município de Tucunduva RS.
Identificar o papel das instituições, como a Emater, e as cooperativas que atuam no
município de Tucunduva, na adoção desta nova tecnologia.
1.3 BASE TEÓRICA
Para fundamentar o presente trabalho vamos recorrer à inúmeros autores que foram
matéria de estudo ministrado durante o curso, bem como alguns autores que abordam a temática
específica sobre o pastoreio rotativo, tendo em vi sta que esta atividade contempla alguns itens
que dão sustentação a construção de contextos de sustentabilidade.
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Segundo KLAPP (1971), a história do pastoreio rotativo é antiga, pois em tempos
remotos se fazia pastoreio com o auxílio do cão pastor ou ainda recorrendo a estacas a que se
prendia o gado. Por razões de ordem histórico, agrária e técnica, entretanto, o Pastoreio rotativo
não conseguiu, se impor. Porém, alguns pontos são essenciais no estabelecimento do pastoreio
rotativo como: a) divisão da área de pastagens em parcelas; b) estabelecimento de intervalos de
repouso após o pastoreio da erva pelo gado, durante o espaço de tempo necessário para a erva
voltar a apresentar o desenvolvimento satisfatório, portanto a uma duração variável conforme a
época do ano; c) distribuição dos animais na pastagem e grupos da mesma idade de acordo com
o tipo de aproveitamento.
KLAPP (1971) também observa que “não se podem ignorar a as vantagens do Pastoreio
rotativo: ele fornece a forragem Verde mais barata, não exige trabalho no estábulo, pode ser
iniciado mais cedo, e ainda é tido como uma forma especialmente saudável de criação de gado,
sendo que os excrementos representam uma considerável economia de fertilizantes”.
Segundo PINHEIRO MACHADO (1981), a manutenção da fertilidade dos solos é uma
conseqüência da reciclagem que ocorre de forma natural no solo no sistema de Pastoreio Voisin.
Cita ainda que mais de 50% das áreas onde hoje se faz lavoura são inadequadas, ou porque tem
um declive exagerado ou porque tem uma estrutura de solo impróprio para a agricultura de grãos,
logo teriam uma vocação natural para criações de gado em cima de pastagens permanentes.
Segundo VOISIN e LECOMTE (1973), os pastos só conseguem crescer no início,
utilizando as reservas das suas raízes, e que por isso seu desenvolvimento cotidiano é lento. Por
outro lado, quando as células estão verdes e em número suficiente, utilizando eficazmente a
energia solar, logo o pasto apresenta condições de criar três a quatro vezes mais massa verde por
dia, por hectare, o que significaria em torno de 300 quilos por hectare diários: é a “ labareda de
crescimento”.
VOISIN E LECOMTE (1973) também observam que, triplicando-se o tempo de repouso,
pode-se multiplicar por dez a quantidade de pasto. Calcula-se que uma vaca de 500 quilos de
peso vivo colocado em uma parcela, com pasto denso de 15 cm de altura, que ela deve acabar de
rapar, colhe uma ração cotidiana de aproximadamente 48 quilos de pasto. É claro que se trata de
números indicativos, dependendo das características do pasto, do solo, do clima e das
capacidades individuais do animal para colhê-lo, capacidades estas que são hereditárias.
Geralmente uma superfície de 50 m2 é empregada por animal por dia no caso da divisão
de pastagens permanentes, com rodízio nos piquetes. O tempo de permanência no piquete deve
ser curto, no máximo de três dias no caso de vacas de leite, mais do que isto é prejudicial para a
produção de leite, para o gado e para o pasto. A divisão do rebanho em grupos oportuniza aos
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animais mais exigentes com a alimentação, que colham pasto de melhor qualidade bem como
maior quantidade (VOISIN e LECOMTE, 1973).
VOISIN e LECOMTE (1973) observaram que entre dois cortes sucessivos do pasto pelo
animal é preciso considerar um tempo suficiente de repouso, para permitir a reconstituição das
reservas das suas raízes, e realizar a sua labareda de crescimento. É preciso permitir ao pasto
atingir o desenvolvimento suficiente, de maneira a satisfazer suas exigências e, principalmente, as
da vaca. Ora, o tempo necessário ao pasto para atingir este desenvolvimento depende de seu
vigor de rebrote, que é função própria das condições sazonais e climáticas. Os tempos de repouso
deverão, portanto, ser variáveis no decorrer do ano. A tendência atual é aumentar cada vez mais
os tempo de repouso para aproveitar melhor a labareda de crescimento do pasto, fornecer aos
animais uma alimentação mais equilibrada, e guardar as reservas no pé para enfrentar os atrasos
imprevisíveis no crescimento do pasto.
VOISIN e LECOMTE (1973) dizem que as principais causas da degeneração da flora
podem ser classificadas em três categorias: a) um péssimo em regime de águas devido quase
sempre uma drenagem defeituosa; b) uma péssima alimentação do solo com alimentos nutritivos
(fertilizantes químicos); e c) uma exploração defeituosa e não racional, cuja forma comum é a
pastagem contínua e abusiva.
Segundo VOISIN (1980), o Pastoreio racional permite “fabricar” mais excrementos,
melhorando os métodos de Pastoreio; satisfazendo o mais possível as exigências do animal e do
pasto, há um incremento na quantidade e na qualidade da forragem produzida, da qual o animal
recolherá quantidades aumentadas,resultará, finalmente, uma aplicação na pastagem de
quantidades aumentadas de excrementos mais ricos, os quais, por sua vez, permitirá uma
produção aumentada de pasto de melhor qualidade. Estamos, pois, em presença da hélice
orgânica da produção que conduz progressivamente ao enriquecimento de humos do solo, e por
conseguinte, ao aumento lento da produção das pastagens permanentes bem exploradas.
A ação favorável das fezes e da urina é proporcional ao rendimento do pasto que os
animais comem e convertem em adubo orgânico. Esta ação é tanto mais notável quanto melhor a
qualidade do pasto. Por outro lado, é uma ação cumulativa, dado que as plantas de pastagem são
particularmente sensíveis ao estado de fertilidade do solo, fertilidade que aumenta
progressivamente com as aplicações de excrementos. Daí resulta que os excrementos favorecem
o desenvolvimento das plantas que exigem um solo fértil, e que estas plantas chegarão a dominar
as que conseguirem manter-se precedentemente sobre um solo de baixo nível de fertilidade
(VOISIN, 1980).
HOLMES e WILSON (1990) afirmam que no sistema de pastejo rotacionado os animais
são movimentados para uma nova área de pasto em intervalos regulares de tal forma que após
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cada pastejo essa mesma área tem um período em que não é pastada. Este sistema é usado mais
nas fazendas de leite de produção intensiva na Nova Zelândia porque ele simplifica o pastejo
controlado, facilita a conservação dos pastos e em conseqüência minimiza a perda de forragens.
HOLMES E WILSON (1990) citam que, quando há dois lotes de animais na fazenda com
diferentes exigências nutricionais, é possível fazê-los pastejar em dois grupos distintos, um após o
outro, na mesma área de pasto. O lote que tiver maior exigência será o ponteiro e pastará primeiro
e o seguidores pastarão depois, no dia seguinte. Um sistema deste tipo torna possível alimentar
os ponteiros generosamente e ao mesmo tempo pastejar com intensidade razoável ou seus
seguidores no dia seguinte.
Segundo CAPORAL e BEBER (2000), o trabalho com a agricultura familiar sob a ótica da
construção de contextos de sustentabilidade, exige de parte dos agentes de desenvolvimento a
compreensão de que os agricultores tradicionais, no processo de inserção em sua matriz social,
estão submetidos a um contexto ecológico específico e sua socialização ocorre mediante o
processo de aprendizagem, experimentação e erro, mediado pelo conhecimento de processos
biológicos e sociais já presentes no seu entorno sócio-cultural.
Já SEVILLA GUZMAN (1999) observa que a sustentabilidade não é algo estático fechado
em si mesmo, mas faz parte de um processo de busca permanente de estratégias de
desenvolvimento que qualifiquem a ação e a interação humana nos ecossistemas. Este processo
deve estar orientado por certas condições que, no seu conjunto, permitam a construção e a
conformação de contextos de sustentabilidade crescentes a curto, médio e longo prazo. Como por
exemplo, pode-se citar as seguintes condições: a) ruptura das formas de dependência, que põem
em perigo os mecanismos de reprodução, sejam estas de natureza ecológica, sócio-econômica e
ou política; b) utilização daqueles recursos que permitam que os ciclos de materiais e energias
existentes no agroecossistema sejam o mais parcimoniosos possíveis; c) utilização dos impactos
benéficos que se derivam dos ambientes ecológico, econômico, social e político existentes nos
distintos níveis; d) não alteração substantiva do meio ambiente quando tais mudanças, através da
trama da vida, podem provocar transformações significativas nos fluxos de materiais e energia que
permitem o funcionamento do ecossistema, o que significa tolerância ou aceitação de condições
biofísicas em muitos casos adversos; e) estabelecimento dos mecanismos bióticos de
regeneração dos materiais deteriorados, para permitir a manutenção a longo prazo das
capacidades produtivas dos agroecossistemas; f) valorização, regeneração e ou criação de
conhecimentos locais, para sua utilização como elementos de criatividade que melhorem a
qualidade de vida da população, definida desde que sua própria identidade local; g)
Estabelecimento de circuitos curtos para o consumo de mercadorias que permitam uma melhoria
da qualidade de vida da população local e uma progressiva expansão espacial, segundo os
acordos participativos dos alcançados por sua forma de ação social coletiva; e h) potencialização
da biodiversidade, tanto biológica como sócio-cultural
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A construção de contextos de sustentabilidade poderá servir de guia para que as ações da
extensão rural se distanciem gradualmente do caminho representado pela intensificação
tecnológica. Meio ambiente e sociedade constituem os dois pilares básicos de toda e qualquer
proposta de extensão rural dirigida a promoção da qualidade de vida, a inclusão social e ao
resgate da cidadania no campo. Isto implica em buscar permanentemente contextos de
sustentabilidade crescentes (SEVILLA GUZMAN 1999).
Segundo GLIESSMAN (2000), a sustentabilidade é, em última instância, um teste de
tempo. Um agroecossistema que continua produtivo por um longo período de tempo, sem
degradar a sua base de recursos, pode ser dito sustentável.
GLIESSMAN (2000) salienta ainda que é necessário determinar o que se compreende por
sustentabilidade. Em resumo, a tarefa é identificar os parâmetros da sustentabilidade -
características específicas dos agroecossistemas que constituem peças-chave em seu
funcionamento - e determinar em que nível ou condições esses parâmetros devem ser mantidos
para que um funcionamento sustentável possa ocorrer. Através deste processo, podemos
identificar o que chamaremos de indicadores de sustentabilidade, que são condições específicas
do agroecossistema, necessárias para a sustentabilidade, e indicadores dela. Com tal
conhecimento será possível prever se um determinado agroecossistema pode, ou não, ser
sustentável a longo prazo, e desenhar agroecossistemas que tenham a melhor chance de se
mostrar sustentáveis.
GLIESSMAN (2000) diz que o processo de identificação dos elementos de
sustentabilidade começa com dois tipos de sistemas existentes: os ecossistemas naturais e
agroecossistemas tradicionais. A chave para a sustentabilidade é encontrar um meio-termo entre
as duas coisas, um sistema que imite a estrutura e a função de ecossistemas naturais e, ainda
assim, produza uma colheita para uso humano.
GLIESSMAN (2000) diz ainda que os agroecossistemas sustentáveis imitam alta
diversidade, resiliência e autonomia dos ecossistemas naturais. Comparados com os sistemas
convencionais, tem rendimentos ligeiramente mais baixos e variáveis, um reflexo da variação que
ocorre de ano para ano na natureza. Esses rendimentos mais baixos, contudo são usualmente
mais do que compensados pelas vantagens obtidas, devido à menor dependência de insumos
externos e por conseqüência redução de impactos ambientais adversos.
Segundo GLIESSMAN (2000), muitos sistemas agrícolas tradicionais permitem satisfazer
as necessidades locais, contribuindo, também, no sentido de atender a demanda de alimento em
nível regional ou nacional.
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GLIESSMAN (2000) cita quais são os princípios orientadores para a sustentabilidade: a)
manejo baseado na reciclagem de nutrientes, com uma crescente dependência em relação a
processos naturais, tais como a fixação biológica do nitrogênio e as relações com o micorrizas; b)
usar fontes renováveis de energia; c) usar materiais no sistema que sejam naturais; d) manejar
pragas e doenças e ervas; e) restabelecer as relações biológicas que ocorrem naturalmente
unidade produtiva; f) Estabelecer combinações mais apropriadas entre padrões de cultivo e o
potencial produtivo e as limitações físicas da paisagem agrícola; g) usar uma estratégia de
adaptação do potencial biológico e genético das espécies de plantas agrícolas e animais às
condições ecológicas da unidade produtiva, em vez de modificá-las para satisfazer as
necessidades das culturas de animais; h) valorizar na mais alta conta a saúde geral do
ecossistema; i) enfatizar a conservação do solo, água, energia e recursos biológicos; j) incorporar
a idéia de sustentabilidade a longo prazo no desenho e manejo geral do agroecossistema.
Segundo GLIESSMAN (2000), existe uma necessidade urgente de mais pesquisa acerca
da sustentabilidade dos agroecossistemas. O produtor deve esforçar-se para desenvolver e
manter ciclos de nutrientes que sejam tão fechados quanto possível, a fim de reduzir as perdas de
nutrientes do sistema e buscar maneiras sustentáveis de fazer retornar, para a unidade produtiva,
os nutrientes exportados. Um agroecossistema que incorpore as qualidades dos ecossistemas
naturais, de resiliência, estabilidade, produtividade e equilíbrio, assegurará melhor a manutenção
do equilíbrio dinâmico necessário para estabelecer uma base ecológica de sustentabilidade.
Segundo ALMEIDA e NAVARRO (1997), no final da década de 1980, na literatura sobre a
agricultura mundial, o qualificativo sustentável passou a atrair a atenção de um número crescente
de profissionais, pesquisadores e agricultores, fazendo surgir uma infinidade de definições sobre o
termo. As várias definições de agricultura sustentável demonstram, de certo modo, o caráter
polêmico em torno do termo.
Ainda segundo ALMEIDA E NAVARRO (1997), o debate atual em torno da agricultura
sustentável parece estar polarizado por duas vertentes: de um lado, aqueles que pensam esse
tipo de agricultura como um objetivo, projeto, e de outro, os que querem estabelecer e implantar
um conjunto de práticas ou regras produtivas mais ambientalistas se comparadas com o modelo
convencional. Este debate superará o impasse entre essas duas correntes? Por enquanto, a
agricultura sustentável é apenas um termo e não uma prática em andamento. O que se pode
pensar é que haverá, certamente, uma evolução do atual modelo de produção agrícola, em uma
direção ainda não muito clara, mas que certamente deverá combinar elementos de várias
propostas alternativas e de um melhoramento das práticas convencionais.
ALMEIDA E NAVARRO (1997) dizem que existem dificuldades na implantação da
proposta de agricultura sustentável, com destaque as seguintes: a) necessidade de uma
abordagem interdisciplinar; b) formação acadêmica atual dos técnicos, que conduz a uma visão
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segmentada do todo e, conseqüentemente, há um enfoque monofatorial na análise dos
agroecossistemas ; c) falta de suporte da pesquisa para uma adoção integral da proposta de
agricultura sustentável; d) Necessidade de definir indicadores de sustentabilidade para avaliar os
efeitos a médio e longo prazos da deterioração ambiental e da introdução de novas práticas; e)
necessidade de definir parâmetros para a caracterização de produtos agroecológicos; f)
imposições legais dificultando a adoção de uma linha mais agro ecológica no processo de
produção; g) uma certa incoerência, hoje, do consumidor: quando exige um alimento saudável,
também quer que ele tem um aspecto bonito; h) viabilidade econômica, pois o produtor só adotará
um modelo que lhe proporcionar lucro, mantendo vantagens em relação aos níveis de rendimentos
obtidos com a agricultura convencional; i) penosidade do trabalho: a adoção de alternativas
tecnológicas não pode implicar acréscimo de dificuldades no processo de trabalho para o
agricultor.
Segundo EHLERS (1996), surgiram dezenas de definições para explicar o que se entende
por agricultura sustentável; quase todas procuram expressar a necessidade do estabelecimento
de um novo padrão produtivo que não agrida o meio ambiente e que mantenha as características
dos agroecossistemas por longos períodos. O mais provável é que esse novo padrão combine
práticas convencionais e alternativas. No entanto, a noção de agricultura sustentável permanece
cercada de imprecisões, permitindo abrigar desde aqueles que se contentam com um simples
ajuste no atual padrão produtivo, até aqueles que vêem nessa noção um objetivo de longo prazo
que possibilite mudanças estruturais, não apenas na produção agrícola mas em toda a sociedade.
Assim, sustentabilidade é um conceito em formação, atendendo até o momento muitas
correntes de pensamento bem como a muitos interesses que estão em jogo. É de fundamental
importância que diferentes instituições se somem ao processo de construção de indicadores que
realmente venham a consolidar o conceito de sustentabilidade.
1.4 METODOLOGIA
Quanto à classificação a pesquisa foi teórico-empírica, pois foram coletados dados junto ao
produtores. Também pode ser classificada como primária, pois a fonte de informações foi a
realidade estudada através de entrevistas semi-estruturadas, com um questionário previamente
elaborado de forma a contemplar os aspectos ambientais, sociais e econômicos, que permitisse
visualizar um contexto maior dos produtores entrevistados. Foi uma pesquisa qualitativa, sem
preocupações estatísticas uma vez que as pessoas que foram entrevistadas são objetos do
estudo. O número de propriedades objeto dessa pesquisa chegou a doze, tendo em vista que já
estava havendo repetição de informações; à representatividade em relação ao número total das
propriedades foi significativo nas quatro comunidades. Comunidades estas que eram as mais
carentes do município e que estiveram presentes e representadas pelos produtores por ocasião da
excursão ao município de Vista Gaúcha, são elas: a) Esquina Batista; b) Campininha; c) Esquina
Gaúcha; d) Reserva São João.
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A decisão sobre a escolha dos produtores, para a entrevista, foi àqueles que primeiro
adotaram o sistema de pastoreio rotativo em suas propriedades, até porque já tem um tempo a
mais na atividade, o que permitiu fazer uma coleta de dados com maior coerência.
As perguntas orientadoras em relação aos aspectos sociais, ambientais e econômicos
farão parte dos anexos desta monografia.
2. RESULTADOS E DISCUSSÃO2.1 CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO2.1.1 Recuperação
histórica De acordo com dados coletados junto à Emater regional Santa Rosa a
recuperação histórica do Pastoreio rotativo na região noroeste do Estado começa em setembro
de 1997, quando o agricultor de Tiradentes do Sul Darcy Hens começou a manejar seu rebanho
de 10 vacas holandesas em 36 piquetes divididos em 2 hectares, de uma área maior de 11
hectares, em gramas perenes do gênero Cynodon, variedade tifton 85. Após sete meses de
acompanhamento a esta propriedade, juntamente com os técnicos da equipe local da Emater,
resolveu-se mostrar esta propriedade aos técnicos e extensionistas de 17 municípios da região
celeiro, bem como aos responsáveis pelo escritório regional do Emater de Santa Rosa,que após
reunião e debate sobre a viabilidade de implantar-se este mesmo sistema em outras pequenas
propriedades, por decisão do grupo optou-se por seguir esta linha de trabalho, identificou-se
junto aos colegas uma mudança de ânimo em relação a atividade de leite, bem como a forma de
encarar a pequena propriedade dominante nesta região. A partir daí, começaram a acontecer nos
17 municípios, cursos, excursões de produtores e suas famílias, à propriedade do sr. Darcy. Este
tornou-se referência aos técnicos. Alguns municípios destacaram-se e, já em 1998, algumas
propriedades começaram a implantar este método de pastejo rotativo nos municípios de
Crissiumal, Vista Gaúcha, Boa Vista do Buricá, que elaboraram programas para desenvolver a
atividade de leite, tendo em vista a presença da mesma em quase todas as pequenas
propriedades. Este período coincidiu com o alerta das cooperativas de leite, que passaram a exigir
uma quantidade mínima de leite por propriedade, que na ocasião era 20 litros de leite, sendo que,
em alguns municípios cerca de 80% dos produtores entregavam abaixo dessa quantia. Em
diálogo mantido entre a empresa Emater e a cooperativa Cotrimaio que estava presente em quase
todos os municípios da região Celeiro, foi estabelecida uma parceria de trabalho, onde os técnicos
da empresa Emater passaram a atuar junto aos pequenos produtores, e os técnicos da
cooperativa então passaram a atuar junto aos seus núcleos, desenvolvendo em conjunto o
sistema de Pastoreio rotativo. Nos anos de 1999 e 2000, através do método de trabalho, dias de
campo, a Emater divulgou o sistema de pastoreio rotativo na região noroeste do RS, só o
município de Crissiumal recebeu através de excursões cerca de 2500 produtores, que constam no
livro de registros daquele município, estima-se por levantamentos feitos no escritório regional de
Santa Rosa, que hoje mais de 5000 propriedades adotaram o sistema de Pastoreio rotativo, na
região Noroeste. 2.1.2 Cenário da Investigação Em julho de 1999 chegaram novos
técnicos à equipe da EMATER do município de Tucunduva RS, onde após levantamento junto aos
produtores e as cooperativas recebedoras de leite, identificou-se que os produtores de leite
utilizavam o sistema convencional de produção sendo que os pequenos produtores de leite, em
função dos baixos rendimentos, estavam desanimados e sem perspectiva de continuarem na
atividade. Na cidade predominava um sentimento de desânimo para com a agropecuária em
geral, tendo em vista que o endividamento de todos os produtores era muito grande. Este aspecto
preocupava sobremaneira os agentes financeiros, bem como o comércio e o setor público.
16
Embora ocorressem inúmeras reuniões para buscar soluções para a situação dos
pequenos produtores, as sugestões para o pequeno produtor eram a saída do meio rural, ou a
dedicação à olericultura ou à fruticultura. Estas últimas atividades, além de serem altamente
especializadas, apresentavam como dificuldade a dependência de uma comercialização sem
tradição nem consumidores no município. Nas reuniões do conselho de política agrícola para
definir quais as linhas de atuação em relação aos financiamentos do Estado, geralmente a
sugestões eram para continuar o mesmo modelo e tipo de agropecuária que até então vinha
sendo desenvolvido, o que na verdade em iria reproduzir o mesmo modelo que está se mostrando
insuficiente para manter uma família de pequenos produtores em suas propriedades.
Tendo em vista a dependência dos produtores em relação a insumos como adubos,
calcário, sementes, os agentes financeiros estavam reticentes e receosos em financiar a atividade
agrícola tendo em vista a inadimplência dos produtores, bem como a pequena perspectiva de ver
o produtor sair do quadro difícil que se encontrava, com o sistema tradicional de produção.
Ao detectar tal quadro, organizou-se uma excursão ao município de Vista Gaúcha, com
inúmeros produtores das localidades de Reserva São João e Esquina Gaúcha, para visitarem a
propriedade de um pequeno produtor. Este, com apenas 7 ha de área produtiva, estava
conseguindo manter sua família com dignidade, utilizando o pastoreio rotativo, em cima de gramas
perenes do gênero Cynodon spp da variedade tifton 85.
Iniciou-se, então, um diálogo aberto entre o produtor e os visitantes, sobre a maneira de
como o produtor vinha conduzindo a atividade de leite, suas dependências externas á
propriedade, como fertilizantes e medicamentos e carrapaticidas, bem como a mão-de-obra que o
mesmo utilizava antes de entrar na atividade de bovinos de leite, a sua renda mensal, como era
sua vida antes de entrar no sistema de Pastoreio rotativo, e como estava sendo sua vida e de sua
família naquele momento.
O depoimento do produtor sobre os itens acima mencionados de tal forma impactou o
grupo de produtores que levou-os a repensar seu sistema de produção, senão vejamos: Sobre a
questão dependências externas à propriedade o produtor disse que desde a implantação do
sistema de pastoreio rotativo, somente utilizava esterco de suínos, até porque não tinha recursos
para comprar fertilizantes, já fazendo mais de um ano que não sabia mais o que era tratar uma
vaca com carrapaticidas e com medicamentos para controle de mamites.
Sobre a quantidade de mão-de-obra utilizada antes disse o seguinte: após a ordenha, a
esposa do produtor começava a cortar pastos, como capim elefante e cana-de-açúcar, para tratar
aos animais, perto das 11 hs da manhã, retornava com uma carroçada, que após picada era
tratada aos animais no cocho de alimentação dentro das instalações de ordenha; após o almoço,
liberava os animais para o piquete rapado em frente à casa, e novamente ia cortar mais pastos,
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para tratar após a segunda ordenha, que era feita à tardinha, tudo isto para produzir 12 litros de
leite por dia, com 4 vacas que tinham, produziam ainda para sobreviver durante o ano cerca de 50
sacas de soja, logo sua renda mensal era de cerca de R$ 100,00.
Após a instalação das gramas tifton e dos piquetes, os animais somente ficavam no
estábulo no momento da ordenha, logo a seguir iam para o piquete do dia, ficando lá até a
segunda ordenha , depois retornavam ao piquete para passar à noite. As mesmas vacas
passaram a produzir 60 litros de leite por dia, com os recursos que começou a ganhar à mais,
adquiriu mais duas vacas, e quando por ocasião da visita do grupo ao produtor o mesmo já
estava produzindo 90 litros de leite por dia, o que estava significando uma renda mensal de R$
580,00 por mês. Permitindo ao produtor adquirir uma máquina de lavar roupa para a esposa, o
que para muitos do grupo que estavam na excursão também era impensável.
O produtor disse que antes se sentia mais como escravo dos animais do que dono dos
mesmos. Atualmente o estado nutricional dos animais é muito melhor, ou seja, estão gordos. A
sua família encontrava-se feliz, podia se dar ao luxo de sair de casa após a primeira ordenha,
fazer o rancho na cidade, sem ficar preocupado em retornar cedo para cortar pastos , como é a
maioria da rotina diária de milhares de pequenos produtores que produzem leite.
O passo seguinte, foi já no município de Tucunduva onde a equipe da Emater se colocou
á disposição para realizar um trabalho com aqueles produtores que estivessem interessados, o
que na verdade foi com todos os produtores e familiares que estavam presentes na excursão.
A partir deste momento, foram feitas visitas aos produtores com a finalidades de orientar
os mesmos em relação a formação dos pastos, o tamanho da área em relação ao número de
animais que os que produtores poderiam ter em sua propriedade, ou seja, organizar a
propriedade, dimensioná-la, para que a mesma pudesse ser utilizada de acordo com a sua
capacidade, com um mínimo possível de dependências externas.
O trabalho em si não dependeu de recursos para aquisições de insumos, nem para
aquisições de animais, até porque muitos produtores não criavam terneiras, nem terneiros, dando
os mesmos aos seus vizinhos, a partir deste momento todos produtores passaram a criar os
animais que nasciam em suas propriedades.
Após os produtores terem implantado os pastos, que em sua maioria foram gramíneas
perenes do gênero Cynodon spp, das variedades tifton 85 e Florakirk, a assistência técnica,
passou a dimensionar os piquetes, de acordo com o número de animais de existentes em
lactação, de acordo com o tamanho dos animais, de acordo com a quantidade de massa verde por
m2, variando de 40 m2 até 60 m2 por animal, observando detalhes como: a) a proximidade da
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casa; b) sombras disponíveis; c) proximidade das águas. Por outro lado, arame velho é o que não
faltava nos galpões para que os produtores pudessem construir as cercas elétricas.
A partir deste momento os produtores foram orientados em relação ao manejo dos animais
e dos pastos, de acordo com as diferentes estações do ano, adotando o sistema no qual os
animais em lactação sempre estavam na ponteira, com os melhores pastos, logo a seguir no
piquete do dia anterior estavam as vacas secas e o resto do rebanho.
O número de piquetes foi estabelecido de acordo com o período crítico, que na nossa
região coincide com período de inverno, ao serem analisados os anos anteriores, acreditou-se que
o número de 36 piquetes seria suficiente para atender a demanda dos animais, o que não se
confirmou, pois dependendo do rigor do inverno, ou do período de seca, nem sempre é suficiente
este número de piquetes.
O que exige do produtor atenção para os momentos de sobras ou fartura pasto, a fim de
que o mesmo prepare feno guardando-o no galpão para os momentos críticos, bem como
plantação de pastos de inverno, sem revolver a área, dentro do sistema de Pastoreio rotativo,
como aveia, azevém, ervilhaca.
2.2 METODOLOGIA E DADOS EMPÍRICOS COLETADOS
A metodologia de trabalho de pesquisa utilizada, para coletar os dados junto aos
produtores do município de Tucunduva, foi a qualitativa primária através de entrevistas com
perguntas orientadoras (ANEXO 1) realizadas com agricultores e suas famílias.
No município de Tucunduva-RS existem doze comunidades em seu interior, a pesquisa
abrangeu apenas 4 comunidades, sendo as mesmas onde residem as famílias mais carentes do
município.
O que definiu inicialmente os trabalhos da Extensão Rural, para com estas comunidades
foi o grau de carência das mesmas em relação às demais, sendo que dentro destas comunidades
os produtores que realmente participaram da excursão, foram os mais carentes dentro das
comunidades.
Para visualizar melhor os resultados da pesquisa vamos dividir as perguntas quanto aos
aspectos sociais, para se identificar a relação de vida dos produtores e suas famílias; quanto aos
aspectos ambientais para se identificar a relação das famílias em relação ao meio ambiente;
quanto aos aspectos econômicos para permitir uma identificação de como estava a vida dos
produtores antes e atualmente, fatores esses que dão a abrangência do trabalho, bem como a
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perspectiva de o sistema Pastoreio rotativo na atividade de leite, apresentar dados que permitam
dizer que estamos construindo contextos de sustentabilidade junto à agricultura familiar.
2.2.1 Resultados da Pesquisa
a) Quanto aos aspectos sociais
Localidades objetos da pesquisa, bem como origem da população:
Esquina Batista, população de origem polonesa; Esquina gaúcha, população de origem alemã;
Reserva São João, população de origem brasileira.
Principais atividades sociais das comunidades? missa.
Existem grupos que recebem orientação na área assistencial? As quatro comunidades são
assistidas, pela Emater, através dos grupos do lar, como única entidade assistencial, que chega
até ao meio rural.
Número de hectares total das propriedades : 223,9 ha : 12= 18,66 ha
Filhos que estão em casa:19 filhos, no total.
Qual o nível de satisfação pessoal/ familiar antes de entrar no sistema de Pastoreio rotativo: os
doze estavam insatisfeitos, endividados e desanimados.
O que pretendia fazer? 7 produtores pretendiam desistir da atividade, 5 produtores pretendiam
continuar com o mesmo número de animais, dos sete que pretendiam desistir da atividade 4
famílias pretendiam ir para a cidade, sendo que alguns familiares já tinham conseguido até
emprego.
Penosidade do trabalho?10 produtores se queixaram do excesso de trabalho, bem como do
excesso de peso.
Qual é o nível de satisfação atual? 11 famílias dizem que está ótimo, animador, que estão
contentes; uma família diz que está razoável pois o filho está se formando em direito e vai para a
cidade.
Qual a intenção atual dos produtores? 11 produtores querem ampliar o plantel e aumentar a
quantidade de leite, um produtor não sabe o que fazer, porém 12 produtores já tem de seu plantel
ampliado tem relação ao que era antes.
Tinham a assistência técnica antes? 8 produtores não tinham assistência técnica, 4 produtores
tinham a assistência técnica da cooperativa Contul, porém não para o Pastoreio rotativo; os doze
produtores são assistidos pela Emater atualmente na área do leite.
Número de horas de trabalho antes de entrar no Pastoreio rotativo? 75 hs
Número de pessoas que trabalhavam com a atividade? 31 pessoas.
Número de horas de trabalho atual? 42 horas, sendo que o trabalho é muito mais leve.
Número de hectares com a atividade antes de entrar no sistema? 84 hectares.
Número de hectares atual? 69,1 ha
Tem algum vizinho que adotou método? 25 produtores adotaram o Pastoreio rotativo, porque
viram a facilidade de manejo e a diminuição de mão-de-obra.
20
b) Quanto aos aspectos ambientais
Tipos de solos? Ciríaco-charrua e solo Santo Ângelo.
Declividade? 10 propriedades com média de 4,8%, uma propriedade com 12%, e uma propriedade
com 30%.
Alimentos que eram oferecidos antes do Pastoreio rotativo aos animais? 9 produtores ofereciam
silagem de milho, ração, farelo de soja, aveia, cana-de-açúcar, capim elefante e mandioca; 3
produtores ofereciam só cana-de-açúcar, capim elefante, mandioca, milho quebrado.
Onde os animais ficavam antes de tentar no sistema de Pastoreio rotativo? em todas as doze
propriedades com os animais dormiam em piquetes rapados.
Quais os pastos disponibiliza aos animais atualmente? Gramas tifton, aveia, azevém, trevos e
sorgo forrageiro.
Qual o número médio de piquetes? 35 piquetes.
Quantas horas os animais ficam nos piquetes no inverno? Em 8 propriedades ficam de 18 à 22
horas, em 4 propriedades ficam de 9 à 16 horas.
No verão? Em 6 propriedades os animais ficam de 20 à 22 hs e em 6 propriedades ficam de 7 à
16 horas.
Tem sombra nos piquetes? Em 8 propriedades existem sombra de árvores nativas e em 4
propriedades não existem sombras nos piquetes.
Pretendem plantar? Em 8 propriedades os produtores querem plantar árvores nos piquetes,
alguns querem plantar grevilha, outros leucena.
Qual o período mais crítico no ano que falta pastos? Para 6 produtores, o período é de Julho à
agosto; para 3 é de maio à julho; para 2 é só em setembro, e para 1 produtor é de junho à
setembro.
O que fazem na falta de pastos? 8 produtores fazem silagem, tratam com feno, cana-de-açúcar,
aveia; 4 produtores plantam aveia e azevém nos piquetes de pastejo rotativo.
O que fazem com as sobras de pastos no período de abundância?
5 produtores dizem que não sobra pasto, 7 produtores armazenam em forma de feno e tratam no
período de falta para as novilhas, terneiras e até as vacas.
Os produtores fazem silagem? 5 fazem do pé inteiro de milho, 6 fazem de grão úmido de milho, e
1 produtor não faz.
Quando tratam? Todos os 11 dizem que tratam quando falta alimento.
Os estercos dos animais ficam nos pastos? Sim nas 12 propriedades.
Quem esparrama? Em 8 propriedades são as galinhas, e em 2 propriedades são as galinhas e as
pessoas, nas outras 2 são as pessoas.
c) Quanto aos aspectos econômicos
Compra fertilizantes? Os 12 disseram que sim.
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Químicos? 11 disseram que sim e 1 não.
Orgânicos? 4 compram esterco de peru e de suínos, 1 produtor tem esterco de suínos em sua
propriedade.
Complementa a alimentação dos animais com proteínas? 3 produtores disseram que não, 4
produtores disseram sim com grão de soja umedecido que produzem, 1 produtor produz soja e
ainda compra farelo de soja, 4 compram farelo de soja.
Complementa a alimentação com energéticos? Os 12 produtores disseram que sim.
Que tipo? Silagem de milho e silagem de grão úmido.
Compram? 10 disseram que não, produzem, e 2 disseram que além de produzirem falta tendo que
comprar.
Produz? Sim os 12.
Usam medicamento nos animais? Os 12 usam.
É comprado ? 7 compram.
Fazem em casa? 5 fazem.
Usam plantas caseiras como medicamento? 10 produtores usam, 2 não.
Usam carrapaticidas comprados? 10 não e 2 dizem que sim eventualmente.
Quanto tempo deixou de usar? 6 produtores disseram que deixaram de usar nos últimos 2 anos; 4
já fazem mais de 10 anos; e 2 usam.
Qual a causa? Os 10 produtores que não usam dizem que é por causa do manejo rotativo, pois os
animais dormem nos piquetes; os 2 outros é porque falta manejo.
Tem galinhas no sistema? 10 tem, 2 tem só para o consumo.
Tinham antes ? 8 tinham pouco, só para o consumo, atualmente, vendem ovos; 3 não tinham e 1
tinha como fonte de renda, pois vendem galinhas caipiras.
Antes de entrar no sistema de pastoreio rotativo, qual era o número de vacas? 101 vacas.
Quantas em lactação? 87 vacas.
Quantos litros produziam por dia? 825 litros
Qual o número de vacas atual? 172
Quantas em lactação? 141
Quantos litros produzem por dia atualmente? 1745 litros.
Preço médio liquido recebido ? R$ 0,26/ litro.
Qual a raça dominante no plantel? Em 8 propriedades e a raça holandesa; em 3 são mestiças; e
em 1 são jersey.
Qual é a melhor raça? 4 produtores disseram que a melhor era a jersey, 6 disseram que o melhor
era a holandesa e 2 disseram que o melhor era o cruzamento entre as duas raças.
Como era a renda da propriedade antes? 9 produtores disseram que era pouca, e que não
sobrava nada; 1 disse que sobrava dívida; e 2 disseram que sobrava alguma coisa.
Como é a renda da propriedade atual? 100% dos produtores afirmaram que melhorou.
Sobra alguma coisa? Os produtores dizem que a atividade de leite paga desde o rancho, o
custeio, os investimentos, os estudos dos filhos, e ainda sobra alguma coisa para viver, cerca de
20 à 40 % da arrecadação.
22
E as demais atividades são para consumo na propriedade? 58% dos produtores entrevistados
produzem para consumo na propriedade, 83% dos produtores vendem soja, sendo que alguns
vendem para pagarem as dívidas remanescentes.
Também são sustentáveis? Sob o ponto de vista econômico e social 100% das propriedades são
sustentáveis, tendo em vista que estão conseguindo saldar seus débitos antigos, bem como, ter
recursos para viver com dignidade; sob o aspecto ambiental existe ainda um caminho a ser
percorrido.
2.3 ANÁLISE E BUSCA DE SIGNIFICADOS
2.3.1 Análise quanto aos aspectos sociais
Nas quatro comunidades onde foram realizadas as pesquisas, as origens dos agricultores
são bastante diversificadas, mesmo estando estas muito próximas. É importante observar que
não houve dificuldades maiores na adoção das práticas para o pastoreio rotativo, embora as
pessoas sejam de diferentes origens. Os produtores empenharam-se para levar adiante a
proposta de trabalho que visualizaram por ocasião da excursão, bem como para mudar a rotina
diária de suas vidas.
Em relação a assistência técnica, os produtores foram unânimes em dizer que somente a
empresa Emater através dos grupos do lar, estava presente todos os meses com suas famílias,
que tinham aí a oportunidade de aprender e trocar experiências. Analisando tal afirmativa
identificamos a importância de uma instituição estar presente no meio rural, para ajudar as famílias
de agricultores que de outra forma não teriam tido ajuda alguma.
Quando questionados se recebiam assistência técnica antes da implantação do pastoreio
rotativo, a maioria dos produtores entrevistados (67%) afirmou não receber nenhum tipo de apoio;
33% dos produtores tinham a assistência técnica, porém não para o manejo do gado de leite, que
mudasse o estilo convencional de criação.
Atualmente todos os produtores são assistidos pela Emater na área do leite. Estes
produtores afirmam que se não fosse esta instituição eles ainda hoje estariam produzindo pelo
sistema convencional. De acordo com CAPORAL e BEBER (2000), o trabalho com a agricultura
familiar sob a ótica da construção de contextos de sustentabilidade, exige da parte dos agentes de
desenvolvimento a compreensão de que os agricultores tradicionais, no processo de inserção em
sua matriz social, estão submetidos a um contexto ecológico específico. Sua socialização ocorre
mediante o processo de aprendizagem, experimentação e erro, mediado pelo conhecimento de
processos biológicos e sociais já presentes no seu entorno sócio-cultural. Isto permite, de certa
forma, ao extensionista buscar novas formas de fazer o que já vinha sendo feito, porém com
melhorias, ou seja, expressar criatividade no seu dia-a-dia de trabalho.
23
Ao menos em um caso, em que o filho do produtor já havia migrado para trabalhar na
cidade, por não mais ser possível manter-se na propriedade, assim que a propriedade começou a
progredir, este retornou à casa para ajudar seus pais. Em uma outra propriedade os pais
manifestaram-se com clareza dizendo que estavam felizes, pois seus filhos no futuro quando
crescessem poderiam ficar em casa se quisessem, pois agora estavam vendo possibilidades em
relação ao meio rural.
Quanto ao nível de satisfação, antes de entrar para o sistema de pastoreio rotativo,
observou-se que todos os produtores estavam insatisfeitos não apenas com a atividade de
bovinos de leite, mas também, com a atividade de agropecuária em geral. Estes não estavam
vendo perspectiva naquilo que estavam fazendo. Isto deixava transparecer em todas as famílias
um sentimento de desânimo, e de impotência, pois quase todas as famílias estavam endividadas,
e sem possibilidade de com seu trabalho auferir recursos para pagar aos credores, tanto que se
muitos pudessem sair do meio rural, teriam saído.
As respostas dos produtores quanto ao nível de satisfação atual, permite visualizar a
dimensão da adoção do sistema de pastoreio rotativo na vida das famílias. Foi possível a estas
famílias uma mudança em seu estado de ânimo com relação à atividade de leite e em relação à
agropecuária em geral. Atualmente os produtores estão contentes e animados, pois que, todos já
ampliaram seus plantéis de vacas leiteiras, e ainda querem ampliar mais. Segundo GUZMÁN
(1999), a valorização, a regeneração e ou criação de conhecimentos locais, para a sua utilização
como elementos de criatividade, que melhorem a qualidade de vida da população, definida desde
sua própria identidade local, é fundamental para dar apoio ao desenvolvimento das comunidades.
O grande esforço necessário ao trabalho impressiona, pois todos aqueles produtores que
já estavam na atividade de leite, na verdade estavam descontentes, pelo excesso de peso da
atividade e pelo excesso de horas de trabalho por dia. Nas famílias onde a idade já era avançada,
o número de animais era pequeno, somente o suficiente para poder comprar o rancho. Segundo
ALMEIDA e NAVARRO (1997), a questão penosidade do trabalho é abordada com a noção de
que a adoção de alternativas tecnológicas não pode implicar em acréscimo de dificuldades no
processo de trabalho para o agricultor, o que está sendo atendido de acordo com o depoimento de
todos os doze agricultores entrevistados.
As respostas dos produtores, referentes ao número de horas de trabalho antes e após a
implementação do pastoreio rotativo, bem como o número de pessoas que trabalhavam e
trabalham com a atividade número de horas de trabalho anterior e atual, número de hectares
anterior e atual? O que permite visualizar uma dimensão real da questão diminuição do esforço
físico, melhor utilização dos espaços da propriedade, senão vejamos:
- Número total de horas de trabalho antes era de 75 horas, o número atual de horas de
trabalho e de 42 horas;
24
- O número de pessoas que trabalhavam com a atividade anterior era de 31 pessoas, o
número atual é de 29 pessoas;
- O número de hectares utilizados com a atividade de leite no sistema convencional era de
84 hectares, sendo que atualmente é de 69,1 hectares.
A quantidade de litros de leite produzida antes era de 825 l/dia, e atual é de 1745 l/dia.
Se for feita a correlação com o número de animais antes e atual veremos que existiam
antes de 101 vacas, e atualmente 172 vacas, ou seja praticamente 70% a mais de animais. Dentro
da lógica do sistema convencional não seria possível aos produtores terem mais animais, porém
dentro da lógica atual do sistema de pastoreio rotativo os produtores querem ter praticamente o
dobro do que tem atualmente (Gráfico Anexo 01).
Isto é possível aos produtores, se analisarmos os dados de utilização da mão-de-obra,
bem como dos espaços das propriedades, o que remete a identificar contextos de
sustentabilidade, descritos por GUZMAN (1999), na questão da construção de contextos de
sustentabilidade, indicando claramente que se o produtor souber aproveitar os impactos benéficos
de algumas modificações, na utilização dos fatores disponíveis, certamente, poderá dar um salto
de qualidade no que vem fazendo atualmente.
2.3.2 Análise quanto aos aspectos ambientais
Foi identificado através das respostas, que os tipos de solos onde estão situados estes
pequenos produtores familiares, são solos do tipo Ciríaco-Charrua e Santo Ângelo, sendo que em
todas as propriedades, não havia sistemas de conservação de solo, e pelo sistema convencional
de produção de leite, os produtores mexiam nestas áreas no mínimo duas vezes por ano, com
cultivos anuais de pastagens de verão e de inverno.
Com o sistema atual de pastoreio rotativo, os produtores implantaram pastos
permanentes, das variedades tifton, trevos perenes, alfafa, o que praticamente eliminou a erosão
laminar que ocorriam nestes solos, sendo que os pastos anuais de inverno como a aveia e o
azevém, são cultivados sem mexer no solo dentro dos piquetes de pastoreio rotativo, pois que
segundo GUZMAN (1999), as atividades agrícolas devem buscar harmonia entre as relações
econômicas e meio ambiente.
Ainda com relação as questões ambientais, os doze produtores faziam com que os
animais dormissem à noite em piquetes rapados, o que significava que em torno de 12 horas os
animais não se alimentavam, por outro lado em dias de chuva estes piquetes viravam puro barro,
ou seja não consideravam as questões de meio ambiente, em relação aos animais nem em
relação ao solo. Atualmente os animais ficam a noite em piquetes, com grande quantidade de
forragem, pois na maioria dos 12 produtores entrevistados os animais só saem para serem
ordenhados, voltando logo a seguir para o piquete do dia.
25
Em relação ao ambiente de sombra mais agradável para os animais, os produtores estão
preocupados, já providenciando mudas de árvores para plantio, e em alguns casos os piquetes já
foram organizados de acordo com as sombras disponíveis, preocupação essa que quando os
produtores estavam no sistema convencional não existia, passaram a dar importância observando
o comportamento dos animais. Pois que, segundo GLIESSMAN (2000), os princípios orientadores
para a sustentabilidade estariam sendo atendidos, na medida que os produtores usassem uma
estratégia de adaptação do potencial biológico e genético das espécies de plantas agrícolas e
animais as condições ecológicas da unidade produtiva, bem como valorizar na mais alta conta a
saúde geral do ecossistema.
2.3.3 Análise quanto aos aspectos econômicos:
Dizemos que este sistema está ainda em fase de transição, e de construção gradativa de
contextos de sustentabilidade, porque os produtores ainda são dependentes de alguns insumos,
como fertilizantes, em que pese a perspectiva de no futuro cada vez que dependerem menos, pois
há uma tendência de os pastos se tornarem mais férteis, tendo em vista o acúmulo de matéria
orgânica de origem vegetal e animal, alguns produtores já utilizam esterco de peru e de suínos
nos pastos porém ainda há falta destes fertilizantes orgânicos, segundo VOISIN (1980) o pastoreio
racional permite "fabricar" mais excrementos, satisfazendo as exigências do animal e dos pastos,
estando em presença da hélice orgânica da produção que conduz progressivamente ao
enriquecimento de humos do solo, e por conseguinte, ao aumento lento da produção das
pastagens permanentes bem exploradas.
Praticamente os 12 produtores utilizam medicamentos de forma esporádica e só
eventualmente alguns utilizam medicamentos comprados, bem como produtos carrapaticidas,
segundo os produtores a causa de deixarem de utilizar tais produtos é em função do manejo que
passaram a adotar com os animais, logo não é que haja uma substituição de medicamentos,
porém na prática ocorreu uma redução drástica da necessidade de uso de tais produtos, o que
está de acordo com os itens a) a ruptura das formas de dependência que põe em perigo os
mecanismos de reprodução sejam estas de natureza ecológica, sócio econômico e ou política; e
b) utilização daqueles recursos que permitam que os ciclos de materiais e energias existentes no
agroecossistema sejam o mais parcimoniosos possíveis, segundo GUZMAN (1999).
Uma outra análise nos diz que uma vez que se os animais estão bem alimentados, se
tornam mais produtivos, senão vejamos: os produtores com 87 vacas produziam 825 lt de leite,
uma média de 9,48 lt por vaca.; atualmente os mesmos produtores, porém com 141 vacas
produzem 1.745 lt de leite, uma média de 12,37 lt por vaca, o que conduz a uma reflexão, se os
produtores antes utilizavam mais rações compradas porque a sua média de produção era menor
26
que do que a atual? sendo que atualmente os produtores alimentam os animais mais à pasto. A
grande diferenciação é que os animais à noite tem o piquete livre para pastejar, e que os pastos
sendo disponibilizados com maior quantidade podem fazer com que o animal produza mais leite.
Os produtores dizem que a atualmente sobra mais dinheiro, e não é só com a quantidade
a mais de leite que produzem, e sim com a diminuição drástica de custos e dependências que as
propriedades possuíam. Pois que, segundo ALMEIDA e NAVARRO (1997), os produtores para
adotarem práticas mais sustentáveis, terão que ter viabilidade econômica, pois o produtor só
adotará um modelo que lhe proporcionar lucro, mantendo vantagens em relação aos níveis de
rendimentos obtidos com a agricultura convencional.
3. CONCLUSÕES
Pelas respostas dos produtores, a adoção do sistema de pastoreio rotativo tornou a
atividade de bovinos de leite mais rentável, mais produtiva, menos penosa, menos dependente,
com menor impacto ambiental, a análise dos dados descritos nesta monografia indica que houve
melhoria da qualidade de vida dos animais, a elevação gradativa da fertilidade dos solos, a
elevação da qualidade e da quantidade dos pastos, melhoria do nível de vida destes agricultores
familiares, concluímos portanto que o sistema de pastoreio rotativo mostrou-se viável pelo menos
para este grupo de produtores que foram objeto deste estudo.
O presente trabalho permitiu identificar os contextos de sustentabilidade em suas três
dimensões, social, econômica e ambiental, existentes nas propriedades que implantaram o
sistema de pastoreio rotativo, no município de Tucunduva/RS.
Quanto ao papel das instituições na adoção de novas tecnologias, que no caso do
presente trabalho foi a adoção do sistema de pastoreio rotativo por parte dos agricultores,
concluímos pelas respostas, que para este grupo foi fundamental a presença da empresa Emater,
sem a mesma ainda hoje aqueles que estivessem ficado no meio rural, ainda estariam dentro do
sistema convencional de produção de leite.
Através do presente trabalho conclui-se ainda em relação às instituições, que o que as
diferencia em suas ações, é o seu interesse, a sua missão, o seu objetivo, que nem sempre são
iguais, permitindo através de análise criteriosa, identificar que independente dos interesses os
contextos de sustentabilidade estão em construção, sendo que em algumas instituições o enfoque
mais forte é pelo aspecto econômico, como a ação das cooperativas que atuam no município de
Tucunduva, em outras empresas o enfoque de trabalho indica para uma harmonia entre os três
aspectos, o social, o ambiental e o econômico, o importante é que as instituições independente
dos seus interesses, de fato contribuam para que os agricultores familiares continuem a viver no
meio rural com mais dignidade.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sugerimos que novos e mais aperfeiçoados estudos sejam feitos para responder ao
problema viabilidade e sustentabilidade dos pequenos produtores familiares, tendo em vista que, o
Estado do Rio Grande do Sul necessita com urgência de respostas que permitam aos agricultores
familiares uma vida digna no campo.
Sugerimos ainda estudos com relação a este tema dentro de uma perspectiva de não
exclusão social, pois levantamos a hipótese, de que se os dados do último censo não
apresentaram mudanças significativas, em alguns municípios, em relação ao censo realizado em
1996, é porque possivelmente os produtores viram a possibilidade de continuarem no meio rural, e
ali no seu meio terem uma vida digna.
É provável que novos contextos de sustentabilidade surjam, o nos remete a indicar
estudos nesta área, que possibilitem a construção do conceito de sustentabilidade dentro da
perspectiva de vida da agricultura familiar.
5. BIBLIOGRAFIA
In: ALMEIDA, Jalcione. Da ideologia da progresso à idéia de desenvolvimento rural
sustentável. In: ALMEIDA, Jalcione e NAVARRO, Zander (Orgs.), Reconstruindo a agricultura:
idéias e ideais na busca do desenvolvimento rural sustentável, Porto Alegre, Editora da
Universidade (UFRGS), 1997, pp. 33-35
CAPORAL, Francisco Roberto e COSTABEBER, José Antônio, Agroecologia e
desenvolvimento rural sustentável: perspectivas para uma nova extensão rural, 2000.
EHLERS, Eduardo. Agricultura sustentável. São Paulo, livros da terra,1996, pp 95-133.
GLIESSMAN, Stephen. Agroecologia. P. Alegre, Ed. Univ. (UFRGS), 2000, pp 61-613.
GUSMAN, Eduardo Sevilla. Ética Ambiental y Agroecologia. Córdoba: ISEC-ETSIAM,
Universidade de Córdoba, Espanha, 1999.
HAGUETTE, Teresa Maria Frota, Metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis: Vozes,
1987. 163 p.
HOLMES, C W. e WILSON, G.F. Produção de leite à pasto. São Paulo, Instituto Campineiro de
Ensino Agrícola, 1990.
MACHADO, Luiz Carlos Pinheiro. Curso de Agricultura Biológica. Porto Alegre, Assembléia
Legislativa do RS, 1981, pp 34-51.
KLAPP, Ernst. Prados e pastagens. Lisboa. Fundação Calouste Gulbenkian.4ª edição, 1971.
VOISIN, André. Dinâmica das pastagens: deveremos lavrar nossas pastagens para melhorá-
las? São Paulo, Editora Mestre Jou, 1980.
ANEXOS
38
GRÁFICO 01 – Demonstrativo de Antes e Depois
101
75
31
84
172
4229
69,1
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
ANTES DEPOIS
VACAS
HORAS DE TRABALHO
PESSOAS TRABALHANDO
HECTARES
Produtividade Litros/dia
825
1745
antes
depois
PERGUNTAS ORIENTADORAS
QUANTO À ASPECTOS SOCIAIS:
Município: Tucunduva
Aspectos culturais: Predominância de agricultores familiares de origem Polonesa Localidade:
Esquina Batista
Nome do produtor: Carlos Alberto Martenexem
Quais as principais atividades sociais da comunidade? Não existem
Existem grupos que recebem orientação na área assistencial? sim, grupo do lar
Qual a instituição que orienta? A Emater
Número de hectares total da propriedade? 25 ha
Quantos filhos estão em casa? 2 filhas, uma de 5 e uma de 11 anos.
Quantos filhos já foram embora? 0 Porque? São dependentes.
Qual era o nível de satisfação pessoal/familiar antes de entrar no sistema de pastoreio rotativo?
Era desanimador, estava endividado.
O que pretendia fazer? Vender tudo pagar as dívidas e ir para a cidade.
Como é o nível de satisfação pessoal/familiar atual? Animador, otimista.
Qual a sua intenção atual? Continuar e aumentar plantel.
Tinha assistência Técnica antes? não Qual a empresa? -
Tem assistência Técnica Atual? sim Qual a empresa? Emater.
O que lhe levou a adotar o sistema de pastoreio rotativo? Viu no vizinho.
Qual o número de horas de trabalho antes de entrar no sistema? 7 horas
Qual o número de pessoas? Duas pessoas.
Número de hectares antes, com a atividade? 4 ha
Qual o número de horas de trabalho atual? 2 horas.
Qual o número de pessoas? 1 pessoa.
Qual o número de hectares atual, com a atividade? 2,6 ha
Alguns vizinho adotou o método? sim 2. Sabe a causa? Diminuição da mão de obra de custos e
facilidade de administrar a atividade.
QUANTO À ASPECTOS AMBIENTAIS:
Tipo de solo? Santo Ângelo Declividade? 4 %
Que alimentos oferecia aos animais antes de entrar no sistema? Inverno: Aveia, Silagem, rações.
Verão: Milheto, Cana de açúcar, capim Elefante.
Onde os animais ficavam antes de entrar no sistema de pastoreio? No potreiro.
Quais os tipos de pastos disponibiliza aos animais para pastoreio? Tifton, azevém, ervilhaca,
aveia.
Quantos piquetes? 35
Quantas horas os animais ficam nos piquetes no inverno? 22 hs no verão? 22 hs
Tem sombra? sim que tipo de árvores? nativas pretende plantar? sim
Qual o período mais crítico da falta de pastos? Julho/agosto. O que faz? Silagem
40
Qual o período de maior abundância de alimentos? Setembro à abril.
O que faz com as sobras? Não tem feito nada.
Faz feno? Não Para quem trata? -
Faz silagem? Sim Que tipo? Milho Quando trata? Quando falta.
Os estercos dos animais ficam nos pastos? Sim. Quem esparrama? As galinhas
QUANTO À ASPECTOS ECONÔMICOS:
Compra fertilizantes? sim Químicos? sim Orgânicos? Não tem por perto.
Complementa alimentação com proteínas? sim . Que tipo? Soja grão.
Compra? ração Produz? soja
Complementa alimentação com energéticos? Sim. Que tipo? Milho quebrado
Compra? sim produz? sim
Usa medicamento nos animais? Pouco. É comprado? não
Faz em casa? sim Plantas caseiras? Sim, bardana, confrei, óleo vegetal
Usa carrapaticida comprado? não
Quanto tempo deixou de usar? 2 anos. Qual a causa? O sistema rotativo.
Tem galinhas no sistema? Sim. Tinha antes? Poucas, só para o consumo.
É outra fonte de renda? Sim Ou é para alimentação da família? Também.
Antes de entrar no sistema qual o número de vacas? 9 Quantas em lactação? 7
Quantos litros produzia por dia? 50 litros
Qual o número de vacas atual? 15 Quantas em lactação? 11
Quantos litros produz por dia? 132 litros, a R$ 0,27 o litro.
Qual a raça dominante no plantel? Holandesa. É a melhor? não Qual a ideal? Cruzada com
jersey.
Como era a renda da propriedade antes? fraca Sobrava alguma coisa? não
Como é a renda da propriedade atual ? Boa. Sobra alguma coisa? 75%
E as demais atividades da propriedade, são para consumo na propriedade? Não.
Ou são para venda? sim Também são sustentáveis? Não, falta adubo orgânico.
PERGUNTAS ORIENTADORAS
QUANTO À ASPECTOS SOCIAIS:
Município: Tucunduva
Aspectos culturais: Predominância de agricultores familiares de origem Italiana.
Localidade: Campininha.
Nome do produtor: Gentil de Carli
Quais as principais atividades sociais da comunidade? Festa do São Roque.
Existem grupos que recebem orientação na área assistêncial ?sim
Qual a instituição que orienta? Emater, grupo do lar.
Número de hectares total da propriedade? 13 há.
Quantos filhos estão em casa? Uma filha.
41
Quantos filhos já foram embora? um Porque? A nora não se acertou com a sogra
Qual era o nível de satisfação pessoal/familiar antes de entrar no sistema de pastoreio rotativo?
Estava insatisfeito, muito trabalho.
O que pretendia fazer ? desistir da atividade e viver só com a aposentadoria.
Como é o nível de satisfação pessoal/familiar atual ? bom
Qual a sua intenção atual? Ampliar o rebanho, trazer o filho de volta.
Tinha assistência Técnica antes? Não. Qual a empresa? -
Tem assistência Técnica Atual? Sim. Qual a empresa? Emater.
O que lhe levou a adotar o pastoreio rotativo? Excursão à Vista Gaúcha
Qual o número de horas de trabalho antes de entrar no sistema? 6 hs
Qual o número de pessoas? 2
Número de hectares antes, com a atividade? 2,5 ha
Qual o número de horas de trabalho atual? 3 horas
Qual o número de pessoas? 2
Qual o número de hectares atual, com a atividade? 1,5 ha
Alguns vizinho adotou o método? Sim 3. Sabe a causa? Viram e gostaram.
QUANTO À ASPECTOS AMBIENTAIS:
Tipo de solo? Santo Ângelo. Declividade? 2%
Que alimentos oferecia aos animais antes de entrar no sistema? Inverno: Aveia, silagem de milho
grão. Verão: Capim Elefante, milheto, cana de açúcar.
Onde os animais ficavam antes de entrar no sistema de pastoreio? Potreiro.
Quais os tipos de pastos disponibiliza aos animais para pastoreio? Tifton, Azevém
Quantos piquetes? 30
Quantas horas os animais ficam nos piquetes no inverno? 18 hs no verão? 17 hs
Tem sombra? não Que tipo de árvores? - pretende plantar? sim
Qual o período mais crítico da falta de pastos? Julho/ Agosto O que faz? Feno, silagem de milho
grão.
Qual o período de maior abundância de alimentos? Setembro/ maio
O que faz com as sobras? Armazena para o período de falta.
Faz feno? sim Para quem trata? Novilhas e vacas
Faz silagem? sim que tipo? Grão úmido de milho. quando trata? Todos dias.
Os estercos dos animais ficam nos pastos? Sim. Quem esparrama? O próprio.
QUANTO À ASPECTOS ECONÔMICOS:
Compra fertilizantes? sim Químicos? Não Orgânicos? Sim, de porco e perú.
Complementa alimentação com proteínas? sim que tipo? Farelo de soja
Compra? sim produz? Vai produzir este ano.
Complementa alimentação com energéticos? Sim . que tipo? Milho
Compra? não Produz? Sim.
Usa medicamento nos animais? não é comprado? -
Faz em casa? Sim. Plantas caseiras? Bardana, confrei, tanchagem.
42
Usa carrapaticida comprado? Não.
Quanto tempo deixou de usar? 2 anos. Qual a causa? Piqueteamento.
Tem galinhas no sistema? não tinha antes? não
É outra fonte de renda? Não. Ou é para alimentação da família? Sim.
Antes de entrar no sistema qual o número de vacas? 6 Quantas em lactação? 6
Quantos litros produzia por dia? 30 litros
Qual o número de vacas atual? 11 Quantas em lactação? 9
Quantos litros produz por dia? 90 litros, a R$ 0,28 Litro.
Qual raça dominante no plantel? Jersey. É a melhor? Sim. Qual a ideal? Jersey
Como era a renda da propriedade antes? Pouca. Sobrava alguma coisa? Não.
Como é a renda da propriedade atual ? Boa. Sobra alguma coisa? 70%
E as demais atividades da propriedade, são para consumo na propriedade? sim
Ou são para venda? Vende soja. Também são sustentáveis? Sim
PERGUNTAS ORIENTADORAS
QUANTO À ASPECTOS SOCIAIS:
Município: Tucunduva
Aspectos culturais: Predominância de agricultores familiares de origem Alemã
Localidade: Esquina Gaucha
Nome do produtor: Arquilau da Silva
Quais as principais atividades sociais da comunidade? Não existem
Existem grupos que recebem orientação na área assistêncial ? sim, grupo do lar.
Qual a instituição que orienta? Emater
Número de hectares total da propriedade? 7,2 ha
Quantos filhos estão em casa? Nenhum
Quantos filhos já foram embora? 3 Porque? Casaram, e um é universitário.
Qual era o nível de satisfação pessoal/familiar antes de entrar no sistema de pastoreio rotativo?
Era preocupante, estava descontente.
O que pretendia fazer ? tinha idéia de desistir da atividade.
Como é o nível de satisfação pessoal/familiar atual ? estão contentes
Qual a sua intenção atual? Continuar e expandir o negócio.
Tinha assistência Técnica antes? sim . Qual a empresa? Coop. Contul
Tem assistência Técnica Atual? Sim. Qual a empresa? Emater.
O que lhe levou adotar o sistema de pastoreio rotativo? Excursão à Vista Gaúcha
Qual o número de horas de trabalho antes de entrar no sistema? 10 hs
Qual o número de pessoas? 2
Número de hectares antes, com a atividade? 7
Qual o número de horas de trabalho atual? 8
Qual o número de pessoas? 2
43
Qual o número de hectares atual, com a atividade? 7
Alguns vizinho adotou o método? Sim, 5 Sabe a causa? Melhorar o rendimento.
QUANTO À ASPECTOS AMBIENTAIS:
Tipo de solo? Santo Ângelo Declividade? 8%
Que alimentos oferecia aos animais antes de entrar no sistema? Alfafa, Silagem, cana de açúcar,
ração.
Onde os animais ficavam antes de entrar no pastoreio? Potreiro e estábulo
Quais os tipos de pastos disponibiliza aos animais para pastoreio? Grama tifton, com alfafa, e
azevém, trevo.
Quantos piquetes? 30
Quantas horas os animais ficam nos piquetes no inverno? 18 hs No verão? 14 hs
Tem sombra? Não. Que tipo de árvores? - pretende plantar? Sim, leucena.
Qual o período mais crítico da falta de pastos? Maio/julho. O que faz? Silagem.
Qual o período de maior abundância de alimentos? Outubro à março.
O que faz com as sobras? Não sobrou.
Faz feno? Ainda não. Para quem trata? -
Faz silagem? Sim. Que tipo? Milho grão. Quando trata? Entre-safra.
Os estercos dos animais ficam nos pastos? Sim. Quem esparrama? Galinhas
QUANTO À ASPECTOS ECONÔMICOS:
Compra fertilizantes? Sim. Químicos? Sim. Orgânicos? De suinos.
Complementa alimentação com proteínas? Sim. que tipo? Farelo de Soja
Compra? Sim. produz? Sim, soja grão.
Complementa alimentação com energéticos? Sim. Que tipo? Milho.
Compra? Sim. Produz? Sim, mas falta.
Usa medicamento nos animais? Sim. É comprado? Usa os dois quando precisa.
Faz em casa? Sim. Plantas caseiras? Sim, Alho, Calêndula, Arnica, Bardana.
Usa carrapaticida comprado? Não.
Quanto tempo deixou de usar? 2 anos. Qual a causa? Rotação nos piquetes.
Tem galinhas no sistema? Sim. Tinha antes? Não.
É outra fonte de renda? Não. Ou é para alimentação da família? Sim.
Antes de entrar no sistema qual o número de vacas? 8 Quantas em lactação? 6
Quantos litros produzia por dia? 60
Qual o número de vacas atual? 17. Quantas em lactação? 17
Quantos litros produz por dia? 214 à R$ 0,32 o litro.
Qual a raça dominante no plantel? Holandesa. É a melhor? sim. Qual a ideal?-
Como era a renda da propriedade antes? Pouca. sobrava alguma coisa? pouco
Como é a renda da propriedade atual ? boa. Sobra alguma coisa? Sim, mesmo pagando dívidas
antigas, e investimentos, 30 %
E as demais atividades da propriedade, são para consumo na propriedade? sim
Ou são para venda? Não. Também são sustentáveis? Sim. Mandioca, milho.
44
PERGUNTAS ORIENTADORAS
QUANTO À ASPECTOS SOCIAIS:
Município: Tucunduva.
Aspectos culturais: Predominância de agricultores familiares de origem Alemã.
Localidade: Esquina Gaucha
Nome do produtor: Naldo Deuschle.
Quais as principais atividades sociais da comunidade? Não existem.
Existem grupos que recebem orientação na área assistêncial ? sim
Qual a instituição que orienta? Emater, grupo do Lar.
Número de hectares total da propriedade? 15 ha
Quantos filhos estão em casa? 3 famílias, 2 filhos casados com filhos.
Quantos filhos já foram embora? 5 Porque? Casaram, e a renda insuficiente.
Qual era o nível de satisfação pessoal/familiar antes de entrar no sistema de pastoreio rotativo?
Estavam descontentes, e endividados. O que pretendia fazer? Arrumar emprego na cidade, suas
esposas já tinham conseguido.
Como é o nível de satisfação pessoal/familiar atual ? Está ótimo, tem ânimo e coragem, enxerga
futuro, uma das esposas desistiu de trabalhar fora.
Qual a sua intenção atual? Aumentar as criações, de acôrdo com a mão de obra.
Tinha assistência Técnica antes? Sim. Qual a empresa? Coop. Contul.
Tem assistência Técnica Atual? Sim. Qual a empresa? Emater.
O que levou a adotar o pastoreio rotativo? Excursão à Tiradentes do Sul
Qual o número de horas de trabalho antes ? 10 hs e muito pesado.
Qual o número de pessoas? 2
Número de hectares antes, com a atividade? 12 ha
Qual o número de horas de trabalho atual? 5 hs e é muito mais leve.
Qual o número de pessoas? 2
Qual o número de hectares atual, com a atividade? 12 ha
Algum vizinho adotou o método? Sim, 3. Sabe a causa? Viram as vantagens.
QUANTO À ASPECTOS AMBIENTAIS:
Tipo de solo? Santo Ângelo. Declividade? 4 %
Que alimentos oferecia aos animais antes de entrar no sistema? Silagem de milho, ração, farelo
de soja.
Onde os animais ficavam antes de entrar no pastoreio rotativo? Piquete.
Quais os tipos de pastos disponibiliza aos animais para pastoreio? Tifton, Aveia, Azevém, trevo,
Sorgo forrageiro.
Quantos piquetes? 42
Quantas horas os animais ficam nos piquetes no inverno? 20 hs. No verão? 16 hs
Tem sombra? Sim. Que tipo de árvores? Nativas. Pretende plantar? sim
45
Qual o período mais crítico da falta de pastos? Maio/Agosto. O que faz? Silagem de sorgo, Aveia
em área arrendada, silagem de milho grão úmido.
Qual o período de maior abundância de alimentos? Setembro à abril.
O que faz com as sobras? Não sobra. Faz feno? Não. Para quem trata? -
Faz silagem? Sim. Que tipo? Sorgo e milho. Quando trata? Período crítico.
Os estercos dos animais ficam nos pastos? Sim. Quem esparrama? Galinhas.
QUANTO À ASPECTOS ECONÔMICOS:
Compra fertilizantes? Sim. Químicos? Sim. Orgânicos? Não, porque produz.
Complementa alimentação com proteínas? Sim. Que tipo? Farelo de soja, soja.
Compra? Sim. Produz? Sim, porém falta.
Complementa alimentação com energéticos? Sim. Que tipo? Milho.
Compra? Não. Produz? Sim, silagem de grão úmido de milho.
Usa medicamentos nos animais? sim. É comprado? Sim.
Faz em casa? Não. Plantas caseiras? Vai começar a fazer.
Usa carrapaticida comprado? Não.
Quanto tempo deixou de usar? 2 anos. Qual a causa? Piqueteamento.
Tem galinhas no sistema? Sim. Tinha antes? Não, por orientação veterinária.
É outra fonte de renda? Sim. Ou é para alimentação da família? Também.
Antes de entrar no sistema qual o número de vacas?15. Quantas em lactação? 14
Quantos litros produzia por dia? 300
Qual o número de vacas atual? 24 Quantas em lactação? 24
Quantos litros produz por dia? 430 à R$ 0,34 o litro.
Qual a raça dominante no plantel? Holandesa É a melhor? sim. Qual a ideal?-
Como era a renda da propriedade antes? Boa. Sobrava alguma coisa? Divida.
Como é a renda da propriedade atual ? boa. Sobra alguma coisa? 40%, pagando às dívidas, e
os investimentos feitos.
E as demais atividades, são para consumo na propriedade? Mandioca, feijão.
Ou são para venda? Vende soja. Também são sustentáveis? Não.
PERGUNTAS ORIENTADORAS
QUANTO À ASPECTOS SOCIAIS:
Município: Tucunduva
Aspectos culturais: Predominância de agricultores familiares de origem Polonesa.
Localidade: Esquina Batista
Nome do produtor: Mariano Jaskowiak
Quais as principais atividades sociais da comunidade? Não tem.
Existem grupos que recebem orientação na área assistêncial ? sim
Qual a instituição que orienta? Emater, grupo do lar.
Número de hectares total da propriedade? 25,7 ha
46
Quantos filhos estão em casa? 1
Quantos filhos já foram embora? 2 Porque? Casaram e arrumaram emprego.
Qual era o nível de satisfação pessoal/familiar antes de entrar no sistema de pastoreio rotativo?
Não era satisfatório,
O que pretendia fazer ? acabar com a atividade de leite.
Como é o nível de satisfação pessoal/familiar atual ? razoável.
Qual a sua intenção atual? Não sabe o que fazer, preço baixou, filho se formando advogado.
Tinha assistência Técnica antes? Não. Qual a empresa? -
Tem assistência Técnica Atual? Sim. Qual a empresa? Emater.
O que lhe levou a adotar o sistema de pastoreio rotativo? Aconselhamento técnico
Qual o número de horas de trabalho antes de entrar no sistema? 3 hs
Qual o número de pessoas? 3
Número de hectares antes, com a atividade? 10 há inverno, e 3 há no verão.
Qual o número de horas de trabalho atual? 3 hs
Qual o número de pessoas? 3
Qual o número de hectares atual, com a atividade? 3 ha
Alguns vizinho adotou o método? 2. Sabe a causa? Incentivo dos técnicos.
QUANTO À ASPECTOS AMBIENTAIS:
Tipo de solo? Ciríaco-charrua. Declividade? 5%
Que alimentos oferecia aos animais antes de entrar no sistema? Silagem de milho, ração, pastos
de inverno e verão, torta de soja.
Onde os animais ficavam antes de entrar no sistema de pastoreio? Piquete.
Quais os tipos de pastos disponibiliza aos animais para pastoreio? Tifton, aveia,
Azevém, trevo branco. Quantos piquetes? 47
Quantas horas os animais ficam nos piquetes no inverno? 14 hs. No verão? 22
Tem sombra? Tem. Que tipo de árvores? Nativas. Pretende plantar? Não.
Qual o período mais crítico da falta de pastos? Setembro. O que faz? Aveia.
Qual o período de maior abundância de alimentos? Outubro à junho.
O que faz com as sobras? Fica na lavoura. Faz feno? sim. Para quem trata? Novilhas e
terneiras. Faz silagem? Sim. Que tipo? Milho grão. Quando trata?Ano
Os estercos dos animais ficam nos pastos? Sim. Quem esparrama? As galinhas
QUANTO À ASPECTOS ECONÔMICOS:
Compra fertilizantes? Sim. Químicos? Sim. Orgânicos? Não.
Complementa alimentação com proteínas? sim. Que tipo? Farelo de soja.
Compra? Sim. Produz? Não.
Complementa alimentação com energéticos? Sim. Que tipo? milho
Compra? Não. produz? Sim.
Usa medicamento nos animais? Sim. É comprado? sim
Faz em casa? Sim. Plantas caseiras? Sim, calendula, arnica, confrei.bardana.
Usa carrapaticida comprado? Pouco, 2 vezes por ano.
47
Quanto tempo deixou de usar? - Qual a causa? Larga os animais num potreiro com mato, o que
não corta o ciclo do carrapato.
Tem galinhas no sistema? Sim. Tinha antes? Sim.
É outra fonte de renda? Sim, vende ovos e galinha caipira. Ou é para alimentação da família?
Também.
Antes de entrar no sistema qual o número de vacas? 8 Quantas em lactação? 7
Quantos litros produzia por dia? 80
Qual o número de vacas atual? 9 Quantas em lactação? 8
Quantos litros produz por dia? 100 à R$ 0,25/l
Qual a raça dominante no plantel? Holandesa. É a melhor? sim. Qual a ideal?-
Como era a renda da propriedade antes? Razoável. Sobrava alguma coisa? sim
Como é a renda da propriedade atual ? razoável. Sobra alguma coisa? Sim. 70%
E as demais atividades da propriedade, são para consumo na propriedade? Não.
Ou são para venda? Sim, soja. Também são sustentáveis? Não, produtor usa produtos químicos
para controle das invasoras e fertilizantes químicos.
PERGUNTAS ORIENTADORAS
QUANTO À ASPECTOS SOCIAIS:
Município: Tucunduva.
Aspectos culturais: Predominância de agricultores familiares de origem brasileira.
Localidade: Reserva São João.
Nome do produtor: Ernindo Rafalski
Quais as principais atividades sociais da comunidade? Não existem.
Existem grupos que recebem orientação na área assistêncial ? sim
Qual a instituição que orienta? Emater, grupo do lar.
Número de hectares total da propriedade? 7,5 ha
Quantos filhos estão em casa? 1
Quantos filhos já foram embora? - Porque? -
Qual era o nível de satisfação pessoal/familiar antes de entrar no sistema de pastoreio rotativo?
Desânimo total, estava endividado.
O que pretendia fazer ? Ir para a cidade, estava procurando emprego, tinha vendido todos os seus
animais, filho já estava empregado.
Qual o nível de satisfação pessoal/familiar atual ? está muito melhor, filho voltou.
Qual a sua intenção atual? Aumentar a quantidade de leite.
Tinha assistência Técnica antes? Não. Qual a empresa?-
Tem assistência Técnica Atual? Sim. Qual a empresa? Emater.
O que lhe levou a adotar o pastoreio rotativo? Excursão à Vista Gaúcha.
Qual o número de horas de trabalho antes de entrar no sistema? 8 hs
Qual o número de pessoas? 3
48
Número de hectares antes, com a atividade? 2
Qual o número de horas de trabalho atual? 4 hs, porém é mais leve.
Qual o número de pessoas? 3
Qual o número de hectares atual, com a atividade? 2,5 ha
Alguns vizinho adotou o método? Sim, 1. Sabe a causa? Facilidade de trabalho.
QUANTO À ASPECTOS AMBIENTAIS:
Tipo de solo? Ciríaco-charrua. Declividade? 12%
Que alimentos oferecia aos animais antes de entrar no sistema? Cana de açúcar, capim elefante,
milho.
Onde os animais ficavam antes ? num potreiro rapado.
Quais os tipos de pastos disponibiliza aos animais para pastoreio? Tifton, azevém
Quantos piquetes? 40.
Quantas horas os animais ficam nos piquetes no inverno? 22. No verão? 22.
Tem sombra? Não. Que tipo de árvores? - pretende plantar? Sim.
Qual o período mais crítico da falta de pastos? Julho/Agosto. O que faz? Azevém
Qual o período de maior abundância de alimentos? Outubro à maio.
O que faz com as sobras? Armazena. Faz feno? Sim. Para quem trata? Terneiras e terneiros.
Faz silagem? Sim. Que tipo? Milho grão. Quando trata? Na falta. Os estercos dos animais ficam
nos pastos? Sim. Quem esparrama? As pessoas.
QUANTO À ASPECTOS ECONÔMICOS:
Compra fertilizantes? Sim. Químicos? Sim. Orgânicos? Não consegue.
Complementa alimentação com proteínas? Não. que tipo?-
Compra? não produz? Sim, mas tem que vender, para pagar dívidas.
Complementa alimentação com energéticos? Sim. Que tipo? Milho.
Compra? Não. Produz? Sim.
Usa medicamento nos animais? Não. é comprado? Não
Faz em casa? Sim. Plantas caseiras? Sim. Confrei, bardana, tanchagem.
Usa carrapaticida comprado? não
Quanto tempo deixou de usar? Nem lembra. Qual a causa? Raças mestiças não pegam
carrapato. Tem galinhas no sistema? Não. Tinha antes? Sim.
É outra fonte de renda? Não. Ou é para alimentação da família? sim
Antes qual o número de vacas? 8. Quantas em lactação? 6.
Quantos litros produzia por dia? 20
Qual o número de vacas atual? 9 Quantas em lactação? 6
Quantos litros produz por dia? 45 litros à R$ 0,24/l.
Qual a raça dominante no plantel? Mestiça. É a melhor?não. Qual a ideal? Jersey
Como era a renda da propriedade antes? Não tinha. Sobrava alguma coisa? Não.
Como é a renda da propriedade atual ? razoável. Sobra alguma coisa? 75%, está pagando às
dívidas com a atividade de leite.
E as demais atividades da propriedade, são para consumo na propriedade? sim
49
Ou são para venda? Vendeu soja, 30 sacas, para pagamento de dívidas. Também são
sustentáveis? Sim.
PERGUNTAS ORIENTADORAS
QUANTO À ASPECTOS SOCIAIS:
Município: Tucunduva.
Aspectos culturais: Predominância de agricultores familiares de origem Polonesa.
Localidade: Esquina Batista
Nome do produtor: Mario Martenexem
Quais as principais atividades sociais da comunidade? Não existem
Existem grupos que recebem orientação na área assistêncial ? sim
Qual a instituição que orienta? Emater, grupo do lar.
Número de hectares total da propriedade? 16 ha
Quantos filhos estão em casa? 2
Quantos filhos já foram embora? - Porque? -
Qual era o nível de satisfação pessoal/familiar antes de entrar no sistema de pastoreio rotativo?
Instisfeito, perdeu vários animais de tuberculose, estava endividado. O que pretendia fazer ?
continuar.
Como é o nível de satisfação pessoal/familiar atual ? estão satisfeitos.
Qual a sua intenção atual? Ampliar o plantel até 40 vacas.
Tinha assistência Técnica antes? sim. Qual a empresa? Coop. contul
Tem assistência Técnica Atual?sim. Qual a empresa? Emater.
O que o levou a adotar o sistema de pastoreio rotativo? Excursão à Vista Gaúcha.
Qual o número de horas de trabalho antes de entrar no sistema? 6 hs
Qual o número de pessoas? 3
Número de hectares antes, com a atividade? 10 ha
Qual o número de horas de trabalho atual? 3 hs
Qual o número de pessoas? 3
Qual o número de hectares atual, com a atividade? 7 ha
Alguns vizinho adotou o método? Sim, 1. Sabe a causa? Facilidade do manejo
QUANTO À ASPECTOS AMBIENTAIS:
Tipo de solo? Santo Ângelo. Declividade? 4%
Que alimentos oferecia aos animais antes de entrar no sistema? Silagem, capim elefante, Triticale,
aveia, cana-de-açúcar.
Onde os animais ficavam antes de entrar no sistema de pastoreio? Potreiro.
Quais os tipos de pastos disponibiliza aos animais para pastoreio? Tifton, florakirk, azevém, aveia.
Quantos piquetes? 36
Quantas horas os animais ficam nos piquetes no inverno? 19 hs No verão? 14 hs
Tem sombra? Sim. Que tipo de árvores? Eucalipto. Pretende plantar? Grevilha
50
Qual o período mais crítico da falta de pastos? Maio/julho. O que faz? Silagem
Qual o período de maior abundância de alimentos? Agosto/abril.
O que faz com as sobras? Armazena. Faz feno? Sim. Para quem trata? novilhas
Faz silagem? Sim. Que tipo? Milho e sorgo. Quando trata? Na falta.
Os estercos dos animais ficam nos pastos? Sim. Quem esparrama? As galinhas
QUANTO À ASPECTOS ECONÔMICOS:
Compra fertilizantes? Sim. Químicos? sim Orgânicos? Não tem na comunidade
Complementa alimentação com proteínas? não que tipo? Não tem.
Compra? Não. produz? Soja, porém vende para pagar dívidas antigas.
Complementa alimentação com a energéticos? Sim. Que tipo? milho
Compra? não produz? Sim.
Usa medicamento nos animais? Sim, eventualmente. É comprado? sim
Faz em casa? Sim. Plantas caseiras? Sim, bardana, confrei, arnica.
Usa carrapaticida comprado? não
Quanto tempo deixou de usar? 2 anos. Qual a causa? Manejo dos animais
Tem galinhas no sistema? Sim. Tinha antes? sim, porém poucas.
É outra fonte de renda? Sim, vende ovos. Ou é para alimentação da família? sim
Antes de entrar no sistema qual o número de vacas? 8. Quantas em lactação? 8
Quantos litros produzia por dia? 80 l
Qual o número de vacas atual? 18. Quantas em lactação? 15
Quantos litros produz por dia? 155 à R$ 0,26/l
Qual a raça dominante no plantel? Holandesa. É a melhor? sim. Qual a ideal?-
Como era a renda da propriedade antes? pouca. Sobrava alguma coisa? nada
Como é a renda da propriedade atual ? Boa. Sobra alguma coisa? Sim, 40%, pagando ainda,
dívidas anteriores, custeio de lavoura, e investimento.
E as demais atividades da propriedade, são para consumo na propriedade? não
Ou são para venda? Sim. Também são sustentáveis? Não, usa herbicidas, e fertilizantes
químicos, para produzir soja.
PERGUNTAS ORIENTADORAS
QUANTO À ASPECTOS SOCIAIS:
Município: Tucunduva
Aspectos culturais: Predominância de agricultores familiares de origem Alemá
Localidade: Esquina Gaucha.
Nome do produtor: Edwino Seidler.
Quais as principais atividades sociais da comunidade? Não tem
Existem grupos que recebem orientação na área assistêncial ? Sim
Qual a instituição que orienta? Emater, grupo do lar.
Número de hectares total da propriedade? 19 ha
51
Quantos filhos estão em casa? 2
Quantos filhos já foram embora? 2 Porque? Casaram.
Qual era o nível de satisfação pessoal/familiar antes de entrar no sistema de pastoreio rotativo?
Era péssimo, trabalho muito pesado, pouca renda.
O que pretendia fazer ? Continuar, sem ampliar o plantel.
Como é o nível de satisfação pessoal/familiar atual ? é bom.
Qual a sua intenção atual? Descartar os animais inferiores, e ampliar plantel.
Tinha assistência Técnica antes? não. Qual a empresa? -
Tem assistência Técnica Atual? Sim. Qual a empresa? Emater
O que o levou a adotar o sistema de pastoreio rotativo? Excursão à Vista Gaúcha
Qual o número de horas de trabalho antes de entrar no sistema? 3 hs
Qual o número de pessoas? 6
Número de hectares antes, com a atividade? 8 ha
Qual o número de horas de trabalho atual? 2 hs
Qual o número de pessoas? 6
Qual o número de hectares atual, com a atividade? 8 ha
Alguns vizinho adotou o método? Sim. Sabe a causa? Maior facilidade de manejo
QUANTO À ASPECTOS AMBIENTAIS:
Tipo de solo? Ciríaco-charrua. Declividade? 8%
Que alimentos oferecia aos animais antes de entrar no sistema? Silagem de milho, mandioca,
cana-de-açúcar, capim elefante, milho quebrado.
Onde os animais ficavam antes de entrar no sistema de pastoreio? Potreiro.
Quais os tipos de pastos disponibiliza aos animais para pastoreio? Tifton, aveia, azevém.
Quantos piquetes? 39
Quantas horas os animais ficam nos piquetes no inverno? 22. No verão? 22
Tem sombra? Sim. Que tipo de árvores? Nativas. Pretende plantar? sim
Qual o período mais crítico da falta de pastos? Junho/setembro. O que faz? Colocam os animais
na aveia, e dão silagem.
Qual o período de maior abundância de alimentos? Outubro/março.
O que faz com as sobras? armazena. Faz feno? Sim. Para quem trata? Terneiras
Faz silagem? Sim. Que tipo? Milho grão. Quando trata? Na falta.
Os estercos dos animais ficam nos pastos? Sim. Quem esparrama? Galinhas, e pessoas.
QUANTO À ASPECTOS ECONÔMICOS:
Compra fertilizantes? Sim. Químicos? Sim. Orgânicos? -
Complementa alimentação com proteínas? Sim, para as terneiras. Que tipo? Soja
Compra? Não. produz? Sim. Complementa alimentação com a energéticos? Sim. Que tipo?
Milho Compra? Não. Produz? sim
Usa medicamento nos animais? Sim, eventualmente. É comprado? sim
Faz em casa? Faz. Plantas caseiras? Confrei, tanchagem.
Usa carrapaticida comprado? não
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Quanto tempo deixou de usar? 10 anos. Qual a causa? Manejo.
Tem galinhas no sistema? Sim. Tinha antes? sim em menor quantidade.
É outra fonte de renda? Sim, vende ovos. Ou é para alimentação da família? sim
Antes de entrar no sistema qual o número de vacas? 8 Quantas em lactação? 6
Quantos litros produzia por dia? 30 l Qual o número de vacas atual? 14 Quantas em lactação?
12 Quantos litros produz por dia? 105 l à R$ 0,24/l
Qual a raça dominante no plantel? Holandesa e jersey. É a melhor? - Qual a ideal? Cruzamento
das duas. Como era a renda da propriedade antes? razoável. Sobrava alguma coisa? Não Como
é a renda da propriedade atual ? melhorou. Sobra alguma coisa? Sim, paga o rancho, a luz,
investimentos, custeio e ainda sobra 20%.
E as demais atividades da propriedade, são para consumo na propriedade? Sim, produzem,
mandioca, feijão, batata doce, amendoim, cana-de-açúcar.
Ou são para venda? Soja. Também são sustentáveis? Não.
PERGUNTAS ORIENTADORAS
QUANTO À ASPECTOS SOCIAIS:
Município: Tucunduva
Aspectos culturais: Predominância de agricultores familiares de origem Polonesa
Localidade: Esquina Gaúcha.
Nome do produtor: Lidio Jaskowiak
Quais as principais atividades sociais da comunidade? Não tem.
Existem grupos que recebem orientação na área assistêncial ? sim
Qual a instituição que orienta? Emater, grupo do lar.
Número de hectares total da propriedade? 15 ha
Quantos filhos estão em casa? 4
Quantos filhos já foram embora? - Porque? São pequenos.
Qual era o nível de satisfação pessoal/familiar antes de entrar no sistema de pastoreio rotativo?
Estava muito difícil, não conseguia vencer todo o trabalho.
O que pretendia fazer ? só não saia do meio rural, pôr não ter estudo e emprego.
Como é o nível de satisfação pessoal/familiar atual ? está muito melhor.
Qual a sua intenção atual? Quer continuar até chegar a 25 vacas.
Tinha assistência Técnica antes? não. Qual a empresa? -
Tem assistência Técnica Atual? Sim. Qual a empresa? Emater.
O que lhe levou a adotar o sistema de pastoreio rotativo? Excursão à três de maio
Qual o número de horas de trabalho antes de entrar no sistema? 6 hs
Qual o número de pessoas? 2
Número de hectares antes, com a atividade? 4 ha
Qual o número de horas de trabalho atual? 4 hs
Qual o número de pessoas? 1
53
Qual o número de hectares atual, com a atividade? 4 ha
Alguns vizinho adotou método? Sim, 2. Sabe a causa? Facilitou, eliminou trabalho
QUANTO À ASPECTOS AMBIENTAIS:
Tipo de solo? 30% ciríaco-charrua, 70% Santo Ângelo. Declividade? 3%
Que alimentos oferecia aos animais antes de entrar no sistema? Silagem de milho, capim elefante,
cana-de-açúcar, soja.
Onde os animais ficavam antes de entrar no sistema de pastoreio? Potreiro.
Quais os tipos de pastos disponibiliza aos animais para pastoreio? Grama tifton, trevo branco,
aveia, azevém. Quantos piquetes? 30
Quantas horas os animais ficam nos piquetes no inverno? 21 hs. No verão? 16 hs
Tem sombra? Sim. Que tipo de árvores? Nativas. Pretende plantar? não
Qual o período mais crítico da falta de pastos? Julho/agosto .. O que faz? Silagem, cana-de-
açúcar, aveia.
Qual o período de maior abundância de alimentos? Setembro/abril.
O que faz com as sobras? Deixa no solo. Faz feno? não Para quem trata? -
Faz silagem? Sim. Que tipo? Milho. Quando trata? Quando falta.
Os estercos dos animais ficam nos pastos? Sim. Quem esparrama? Galinhas.
QUANTO À ASPECTOS ECONÔMICOS:
Compra fertilizantes? Sim. Químicos? Sim. Orgânicos? Não tem.
Complementa alimentação com proteínas? Sim. Que tipo? Soja úmido
Compra? Não. Produz? sim
Complementa alimentação com a energéticos? Sim. Que tipo? milho
Compra? Não. Produz? Sim, silagem de grão úmido.
Usa medicamento nos animais? Não. É comprado? não
Faz em casa? Sim. Plantas caseiras? Bardana, confrei, arnica.
Usa carrapaticida comprado? Não, usa infusão de pinheiro, eucalipto e alho.
Quanto tempo deixou de usar? 10 anos. Qual a causa? Manejo.
Tem galinhas no sistema? Sim. Tinha antes? sim. É outra fonte de renda? Sim. Ou é para
alimentação da família? sim
Antes de entrar no sistema qual o número de vacas? 9 Quantas em lactação? 7
Quantos litros produzia por dia? 50 l
Qual o número de vacas atual? 18 Quantas em lactação? 10
Quantos litros produz por dia? 115 l à R$ 0,24/l
Qual a raça dominante no plantel? Jersey e holandesa. É a melhor? - Qual a ideal? É a jersey.
Como era a renda da propriedade antes? pouca. Sobrava alguma coisa? nada
Como é a renda da propriedade atual ? melhorou. Sobra alguma coisa? Sobra 25%, pagando
rancho, custeio e investimentos. E as demais atividades da propriedade, são para consumo na
propriedade? Não. Ou são para venda? Vende soja. Também são sustentáveis? Só as verduras,
o soja não .
54
PERGUNTAS ORIENTADORAS
QUANTO À ASPECTOS SOCIAIS:
Município: Tucunduva
Aspectos culturais: Predominância de agricultores familiares de origem brasileira.
Localidade: Reserva São João
Nome do produtor: Nelson Klein Duarte
Quais as principais atividades sociais da comunidade? Ir à missa.
Existem grupos que recebem orientação na área assistêncial ? sim
Qual a instituição que orienta? Emater, grupo do lar.
Número de hectares total da propriedade? 15 há
Quantos filhos estão em casa? 2
Quantos filhos já foram embora? - Porque? -
Qual era o nível de satisfação pessoal/familiar antes de entrar no sistema de pastoreio rotativo?
Estavam insatisfeitos.
O que pretendia fazer ? continuar como estava, sem esta renda era pior.
Como é o nível de satisfação pessoal/familiar atual ? estão contentes.
Qual a sua intenção atual? Aumentar o número de vacas.
Tinha assistência Técnica antes? não. Qual a empresa? -
Tem assistência Técnica Atual? Sim. Qual a empresa? Emater.
O que lhe levou adotar o sistema de pastoreio rotativo? Excursão à Vista Gaúcha
Qual o número de horas de trabalho antes de entrar no sistema? 5 hs
Qual o número de pessoas?2
Número de hectares antes, com a atividade? 2,5 ha
Qual o número de horas de trabalho atual? 2 hs
Qual o número de pessoas? 2
Qual o número de hectares atual, com a atividade? 1,5 ha
Alguns vizinho adotou o método? Sim, 3. Sabe a causa? Facilitou o trabalho.
QUANTO À ASPECTOS AMBIENTAIS:
Tipo de solo? Ciríaco-charrua. Declividade? 30%
Que alimentos oferecia aos animais antes de entrar no sistema? Cana de açúcar, capim elefante,
mandioca, restolho de milho.
Onde os animais ficavam antes de entrar no sistema de pastoreio? potreiro.
Quais os tipos de pastos disponibiliza aos animais para pastoreio? Tifton, ervilhaca, e azevém.
Quantos piquetes? 34
Quantas horas os animais ficam nos piquetes no inverno? 10 hs, No verão? 8
Tem sombra? Não. Que tipo de árvores? - Pretende plantar? Sim, Leucena.
Qual o período mais crítico da falta de pastos? Julho/agosto. O que faz? Aveia, mandioca, cana-
de-açúcar.
Qual o período de maior abundância de alimentos? Setembro/maio.
55
O que faz com as sobras? Nada. Faz feno? - Para quem trata? -
Faz silagem? Não. Que tipo? - quando trata? -
Os estercos dos animais ficam nos pastos? Sim. Quem esparrama? As galinhas
QUANTO À ASPECTOS ECONÔMICOS:
Compra fertilizantes? Sim. Químicos? Sim. Orgânicos? Não tem na vizinhança.
Complementa alimentação com proteínas? Não. Que tipo? - Compra? - Produz?-
Complementa alimentação com a energéticos? Sim. Que tipo? Milho.
Compra? Não. Produz? Sim.
Usa medicamento nos animais? Sim. É comprado? Não.
Faz em casa? Sim. Plantas caseiras? sim
Usa carrapaticida comprado? Não, usava erva mate torrada.
Quanto tempo deixou de usar? 10 anos. Qual a causa? Terminou.
Tem galinhas no sistema? Sim. Tinha antes? pouco.
É outra fonte de renda? Não. Ou é para alimentação da família? Sim.
Antes de entrar no sistema qual o número de vacas? 6 Quantas em lactação?4
Quantos litros produzia por dia? 20 l
Qual o número de vacas atual? 10 Quantas em lactação? 7
Quantos litros produz por dia? 50 l à R$ 0,24/l.
Qual raça dominante no plantel? Holandesa. É a melhor? não. Qual a ideal?jersey
Como era a renda da propriedade antes? pouca. Sobrava alguma coisa? sim
Como é a renda da propriedade atual ? melhorou. Sobra alguma coisa? sim
E as demais ativi dades da propriedade, são para consumo na propriedade? Sim, produz feijão,
mandioca, batatinha, amendoim, melado.
Ou são para venda? Não. Também são sustentáveis? Sim, não levam agrotóxicos, nem adubos
químicos.
PERGUNTAS ORIENTADORAS
QUANTO À ASPECTOS SOCIAIS:
Município: Tucunduva.
Aspectos culturais: Predominância de agricultores familiares de origem brasileira.
Localidade: Reserva são João.
Nome do produtor: Valdir Erni Löch.
Quais as principais atividades sociais da comunidade? Missa.
Existem grupos que recebem orientação na área assistêncial ? sim.
Qual a instituição que orienta? Emater, grupos do lar.
Número de hectares total da propriedade? 36 ha
Quantos filhos estão em casa? 2 filhos homens.
Quantos filhos já foram embora? 3 Porque? Eram filhas e casaram.
56
Qual era o nível de satisfação pessoal/familiar antes de entrar no sistema de pastoreio rotativo?
Trabalho muito pesado e de pouca remuneração.
O que pretendia fazer ? continuar com o mesmo número de vacas.
Como é o nível de satisfação pessoal/familiar atual ? melhorou.
Qual a sua intenção atual? Chegar a 20 vacas.
Tinha assistência Técnica antes? não. Qual a empresa? -
Tem assistência Técnica Atual? Sim. Qual a empresa? Emater.
O que lhe levou a adotar o sistema de pastoreio rotativo? Excursão Vista Gaúcha
Qual o número de horas de trabalho antes de entrar no sistema? 3 hs
Qual o número de pessoas? 3
Número de hectares antes, com a atividade? 16 há no inverno, 10 há no verão
Qual o número de horas de trabalho atual? 3 hs
Qual o número de pessoas? 3
Qual o número de hectares atual, com a atividade? Inverno 16 há, verão 10 há.
Alguns vizinho adotou o método? Sim. Sabe a causa? Facilitou o trabalho.
QUANTO À ASPECTOS AMBIENTAIS:
Tipo de solo? Ciríaco-charrua. Declividade? 8%
Que alimentos oferecia aos animais antes de entrar no sistema? Milho, mandioca, sorgo, milheto,
capim elefante, aveia, azevém.
Onde os animais ficavam antes de entrar no sistema de pastoreio? no potreiro.
Quais os tipos de pastos disponibiliza aos animais para pastoreio? Tifton, aveia, azevém.
Quantos piquetes? 25
Quantas horas os animais ficam nos piquetes no inverno? 9. No verão? 7
Tem sombra? Sim. Que tipo de árvores? Nativas. Pretende plantar? não
Qual o período mais crítico da falta de pastos? Julho/agosto. O que faz? Corta capim elefante,
mandioca, cana-de-açúcar, planta aveia.
Qual o período de maior abundância de alimentos? Setembro/abril.
O que faz com as sobras? Armazena. Faz feno? Sim. Para quem trata? Novilhas e terneiras. Faz
silagem? Sim. Que tipo? Milho. Quando trata? Na falta.
Os estercos dos animais ficam nos pastos? Sim. Quem esparrama? As galinhas.
QUANTO À ASPECTOS ECONÔMICOS:
Compra fertilizantes? Sim. Químicos? Sim. Orgânicos? não
Complementa alimentação com proteínas? Sim. Que tipo? Soja. Compra? Não. Produz? Sim.
Complementa alimentação com a energéticos? Sim.
Que tipo? Milho. Compra? Não. Produz? Sim.
Usa medicamento nos animais? Sim. É comprado? Sim, ivomec p/ secar.
Faz em casa? Não. plantas caseiras? - Usa carrapaticida comprado? Sim.
Quanto tempo deixou de usar? - Qual a causa? -
Tem galinhas no sistema? Sim. Tinha antes? sim
É outra fonte de renda? Não. Ou é para alimentação da família? Sim.
57
Antes de entrar no sistema qual o número de vacas? 8 Quantas em lactação? 8
Quantos litros produzia por dia? 45 l
Qual o número de vacas atual? 10 quantas em lactação? 8
Quantos litros produz por dia? 85 l à R$ 0,24/l
Qual a raça dominante no plantel? Jersey e holandesa. É a melhor? - Qual a ideal? jersey
Como era a renda da propriedade antes? pouca. Sobrava alguma coisa? Pouco.
Como é a renda da propriedade atual ? melhor. Sobra alguma coisa? Sim, além do rancho, paga
o custeio e alguns investimentos.
E as demais atividades da propriedade, são para consumo na propriedade? Sim, produz feijão,
mandioca, cana-de-açúcar.
Ou são para venda? Vende soja. Também são sustentáveis? Só a soja não é sustentável.
PERGUNTAS ORIENTADORAS
QUANTO À ASPECTOS SOCIAIS:
Município: Tucunduva.
Aspectos culturais: Predomínio de agricultores familiares de origem Polonesa.
Localidade: Esquina Batista.
Nome do produtor: Valdir de Carli.
Quais as principais atividades sociais da comunidade? Missa.
Existem grupos que recebem orientação na área assistêncial ? sim
Qual a instituição que orienta? Emater, grupo do lar.
Número de hectares total da propriedade? 29,5 ha
Quantos filhos estão em casa? Um com seis anos.
Quantos filhos já foram embora? 1 filha. Porque? Faculdade.
Qual era o nível de satisfação pessoal/familiar antes de entrar no sistema de pastoreio rotativo?
Insatisfeito.
O que pretendia fazer ? estava desistindo da atividade, já tinha vendido a maior parte das suas
vacas.
Como é o nível de satisfação pessoal/familiar atual ? está satisfeito.
Qual a sua intenção atual? Aumentar o numero de vacas.
Tinha assistência Técnica antes? sim. Qual a empresa? Cooperativa contul.
Tem assistência Técnica Atual? Sim . Qual a empresa? Emater.
O que lhe levou a adotar o sistema de pastoreio rotativo? Viu o visinho.
Qual o número de horas de trabalho antes de entrar no sistema? 8 hs
Qual o número de pessoas? 1
Número de hectares antes, com a atividade? 6 há.
Qual o número de horas de trabalho atual? 3 hs. Qual o número de pessoas? 1
Qual o número de hectares atual, com a atividade? 4,0 ha
Alguns vizinho adotou o método? Não. Sabe a causa? Não produzem leite.
QUANTO À ASPECTOS AMBIENTAIS:
58
Tipo de solo? Santo Ângelo. Declividade? 2%
Que alimentos oferecia aos animais antes de entrar no sistema? Silagem, milho moído, cana de
açúcar, capim elefante.
Onde os animais ficavam antes de entrar no sistema de pastoreio? potreiro.
Quais os tipos de pastos disponibiliza aos animais para pastoreio? Tifton, trevo.
Quantos piquetes? 32.
Quantas horas os animais ficam nos piquetes no inverno? 16 hs. No verão? 20
Tem sombra? Sim. Que tipo de árvores? Nativas. Pretende plantar? Não.
Qual o período mais crítico da falta de pastos? Setembro. O que faz? Trata os animais com
silagem.
Qual o período de maior abundância de alimentos? Outubro/março.
O que faz com as sobras? Armazena. Faz feno? Sim. Para quem trata? Terneiras
Faz silagem? Sim. Que tipo? Milho grão. Quando trata? Todo ano.
Os estercos dos animais ficam nos pastos? Sim. Quem esparrama? As galinhas e as pessoas.
QUANTO À ASPECTOS ECONÔMICOS:
Compra fertilizantes? Sim. Químicos? Sim. Orgânicos? De perú, e suinos.
Complementa alimentação com proteínas? Sim. Que tipo? Farelo de soja.
Compra? Sim. Produz? -
Complementa alimentação com a energéticos? Sim. Que tipo? Silagem de milho grão e farelo de
trigo. Compra? Só farelo trigo. Produz? Sim, milho.
Usa medicamento nos animais? Sim. É comprado? Sim.
Faz em casa? Não. Plantas caseiras? Não.
Usa carrapaticida comprado? Não.
Quanto tempo deixou de usar? 1,5 anos. Qual a causa? Manejo.
Tem galinhas no sistema? Sim. Tinha antes? não.
É outra fonte de renda? Vende ovos. Ou é para alimentação da família? sim
Antes de entrar no sistema qual o número de vacas? 8. Quantas em lactação? 8
Quantos litros produzia por dia? 60 l
Qual o número de vacas atual? 17. Quantas em lactação? 14
Quantos litros produz por dia? 224 litros à R$ 0,28
Qual a raça dominante no plantel? Holandesa. É a melhor? sim. Qual a ideal? -
Como era a renda da propriedade antes? pouco. Sobrava alguma coisa? nada
Como é a renda da propriedade atual ? boa. Sobra alguma coisa? Sim, 70%.
E as demais atividades da propriedade, são para consumo na propriedade? não
Ou são para venda? Soja, milho, trigo. Também são sustentáveis? Não.