Apresentao do PowerPoint

O Palhao Biduim AutoraBia Bedran

Ilustraes Cristina Biazetto

EditoraNova Fronteira

O Palhao Biduim cantava assim:Nenm Beb Menino, Nenenha Bebia Menina, Voc to lindo, to linda. E tem o amor do meu corao. O que sinto por vov to gigante, maior que um trem, um navio, um avio!

O Palhao Biduim era assim.Amigo das crianas e contador de histrias, tocava violino, violo e bandolim. s vezes tocava bumbo, e organizava uma orquestra de batucada, em que todo mundo entrava, tocando panela, colher, caixinha, lata, pedrinha, a primeira coisa que encontrava...

O Palhao Biduim era uma mistura de Bastio, Malasartes e Chaplin... Tinha um chapu com uma flor amarela, com cheirinho de cravo, canela e alecrim. Todas as crianas cantavam junto com o palhao Biduim:

Um dia apareceu uma bruxa que disse ao palhao Biduim: Com tanro talwnto assim, seu sucesso ser sem fim! Vamos ficar ricos! Venha atrs de mim!No quero no, dona bruxa. Minha vida est boa assim! falou, com muita certeza o palhao Biduim.- Voc quer sim! afirmou a bruxa.

E, dizendo umas palavras mgicas- Abracadabra Atchim Pim Pim! arrastou o enfeitiado Biduim, que esqueceu o chapu de flor amarela na mesa do lado da janela, que dava pro seu jardim.

E o tempo foi passando. E muito foi mudando o palhao Biduim. Foi ficando rico e famoso, em todo o canto do mundo. Sucesso ele fazia, mas faltava alguma coisa...

O que seria? pensava o palhao Biduim, depois do espetculo, sozinho se olhando no espelho do camarim. Uma saudade sentia... Da Maria, do Toninho, da Faf, do Joaquim. Conhecia tanta gete agora... Contava outras histrias, as antiga esquecia. As msicas tambm eram novas, nada das velhas melodias. claro que j no fazia a orquestra da batucada, porque a bruxa no deic=xava a crianada ir atrs.

Mas no isso que acontece com quem faz coisa boa. Um dia aparece uma fada (e foi o que aconteceu!) e d uma ideia engraada.Fale ao contrrio as palavras mgicas da bruxa! E foi o que o palhao Biduim fez. Gritou bem forte:- Pim Pim Atchim Cadabra Abra!

E logo se sentiu contente, assim como quando uma brisa gostosa bate na cara da gente. A bruxa sumiu no ar, o feitio se foi de repente.

Palhao Biduim foi voltando pelas curvas da estrada, at chegar na sua cidade. Veio criana de toda parte, j catando lata, pedrinha, panela, bambu, caixinha, anunciando a batucada.

O Palhao Biduim entrou na casinha pequena, passando por seu jardim, e do lado da janela estava o chapu da flor amarela, com cheiro de cravo, canela e alecrim. Ao coloc-lo na cbea, logo acendeu sua memria e ele voltou a cantar, como no comeo da histria:Nenm Beb Menino, Nenenha Bebia Menina, Voc to lindo, to linda. E tem o amor do meu corao. O que sinto por vov to gigante, maior que um trem, um navio, um avio!

Ah! claro que a histria no vai terminar assim! E a cano do alecrim? Cante junto com o palhao Biduim. E lembre-se de como ele fez, quando pra voc as coisas estiverem dando errado de vez. Faa um pouco ao contrrio. Volte um pouco pra trs. Nem sempre indo pra frente que a gente encontra a paz. Enfim, pelo menos com o palhao Biduim, a histria foi assim.

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