Palestra Vidas paralelas

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Identidade e Diversidade

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Identidade e Diversidade

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É um projeto desenvolvido em parceria entre o Ministério da Saúde, Ministério da Cultura, Universidade de Brasília (UnB) e da Rede Escola Continental em Saúde do Trabalhador (REC-ST) com apoio das Centrais Sindicais (CUT, CTB, UGT, Nova Central, Força Sindical e CGTB), Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CERESTs) e da Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular em Saúde (ANEPS).

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O projeto Vidas Paralelas é uma ação desenvolvida para os trabalhadores, envolvendo cultura e saúde, cujo objetivo é dar visibilidade ao cotidiano do trabalhador a partir de seu ponto de vista, criando uma rede social que permita o compartilhamento, de forma criativa, de experiências de vida e as relações com a saúde do trabalhador.

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Em cada estado do nosso país e no Distrito Federal, 648 trabalhador@s de 24 categorias de trabalho - formais e informais - documentam suas vidas e seu trabalho através da utilização de ferramentas da cultura digital, dialogando, expressando e refletindo sobre seu mundo por meio de fotos, textos e vídeos que são disponibilizados em redes de discussão, criação, conhecimento e cidadania.

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Categorias Profissionais: o critério utilizado para a escolha das categorias foi a incidência de acidentes de trabalho

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Objetivos:

Busca conhecer o mundo do trabalho a partir do ponto de vista do trabalhad@r.

Estimular a visão crítica e a criatividade por meio da produção de fotografias, textos e vídeos, como forma de auto-representação.

Construir um processo de reflexão e diálogo entre os trabalhador@s, possibilitando a difusão do cotidiano laboral e cultural dos mesmos.

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Histórico 2005 - 3ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador

2006 - Processo de Devolução da 3ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador

2007 - Apresentação da Proposta ao Ministério da Saúde e Ministério da Cultura

2007- Construção conjunta do Projeto: Rede Escola Continental em Saúde do Trabalhador, Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (MinC), Dep. de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador (MS)

2008 - Início da Implantação do Projeto

2010 - Avaliação do projeto

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Cenário Atual21 estados

773 usuários do site

500 usuários no facebook

15.000 acessos ao site por mês

3000 posts

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Como se estrutura a metodologia do Projeto Vidas Paralelas?

1-Oficina com a rede de apoio

2- Oficina com os 24 trabalhadores3- Encontros quinzenais entre trabalhadores e rede de apoio.

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Inclusão digital

Considerando que vivemos numa sociedade do conhecimento, construir condições para que trabalhadores formais e informais apropriem-se da cultura digital, significa promover a inclusão social e digital .

Para o projeto vidas paralelas inclusão digital não é somente acesso a computador, à rede e o domínio dessas ferramentas.

Inclusão digital significa apropriar-se da cultura digital como dispositivo para permitir a construção de relações entre pessoas ou redes.

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Como? Através de oficinas de capacitação onde :

a)a)O processo de construção do conhecimento parte da O processo de construção do conhecimento parte da concepção de concepção de práxis -práxis - Diálogo Diálogo entre a teoria-prática entre a teoria-prática - ou relação - ou relação dialética entre pensamento e açãodialética entre pensamento e ação- essência de - essência de todo o processo de formação;todo o processo de formação;

b) Uso das ferramentas digitais (do uso da internet, das câmeras fotográficas e celulares) onde os trabalhadores registram sua vidas e seu trabalho, refletem sobre a realidade a partir da produção simbólica e compartilham estas experiências por meio do portal do PVP, construindo diálogos e alternativas.

c) as formas de expressar as vivências dos participantes da oficina devem contemplar diferentes linguagens de forma não excludente;

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Qual a perspectiva de inclusão digital que realizamos?

A inclusão digital no PVP é trabalhada de forma crítica, pois busca a partir da troca de experiências em rede, construir novas formas de relações culturais, políticas e sociais no contexto da sociedade contemporânea e fortalecer os processos de participação na gestão das políticas públicas e na organização dos trabalhador@s .

“(...) trocando experiências através do PVP pude ter um olhar critico em tudo que está no mundo em que vivo e também dar

mais valor ao esforço que cada um faz para sobreviver nesta vida.” - Trabalhador formal de Pernambuco – Transporte

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Apropriação da cultura digital e uso das tecnologias (Máquinas fotográficas, celulares e site)

“Mudou o meu jeito de ver o mundo! Ao mesmo tempo em que estou aqui em Cuiabá trabalhando, posso estar conectada com o resto do mundo -

Trabalhador informal do Mato Grosso – Empregada doméstica” .

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Formação e Produção do conhecimento

O PVP é norteado pelos princípios da educação popular e fundamenta-se na construção coletiva de saberes orientados à transformação social, na promoção da autonomia dos sujeitos e na ampliação da consciência critica.

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Pertencimento:

O pertencimento, ou o sentimento de pertencimento, é a crença subjetiva em uma origem comum que une distintos indivíduos. Os indivíduos pensam em si mesmos como membros de uma coletividade no qual símbolos expressam valores, medos e aspirações (Dicionário de Direitos Humanos – www.esmpu.gov.br)

O sentimento de pertença é construído na rede do PVP quando os trabalhador@s a partir da auto representação e da troca de experiências, trabalhador@s a partir da auto representação e da troca de experiências, reconhecem a si a ao outro, aprofundando a reflexão sobre as diferenças e reconhecem a si a ao outro, aprofundando a reflexão sobre as diferenças e semelhanças e construindo relações entre si.semelhanças e construindo relações entre si.

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O sentimento de pertença pode ser observado na avaliação do PVP por meio dos dados referentes à mudança na vida dos trabalhadores, trocas de experiências, articulação entre categorias profissionais e engajamento político.

“Eu aprendi no PVP que eu também posso questionar para uma melhoria, posso ter vez e voz e contribuir para o desenvolvimento, por que todos do PVP tem oportunidade de debater, discutir, questionar e expor idéias em um processo coletivo junto a um grupo unido que é o PVP.” Fala Trabalhador Informal da Paraíba – Artista de Rua

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“Após o projeto trabalhadores estão participando da CIST, FEPMAT, ANEPS, e implementando suas ações nos sindicatos.”- Rede de Apoio de Trabalhadores –

Rio Grande do Norte

“Alguns dos trabalhadores exercem ações que demonstram um maior engajamento em questões políticas e sociais. Defendem bandeiras em prol de

suas comunidades, de causas ambientais e etc.” – Rede de Apoio e Trabalhadores – Maranhão

Engajamento Político

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Considerações finais:O PVP deflagrou um processo importante no que tange à promoção da emancipação social e ao fortalecimento da luta dos trabalhador@s.

Contribuiu expressivamente para dar visibilidade às condições de vida e trabalho e desencadeou transformações significativas na vida dos trabalhadores.

Formou redes e gerou troca de experiências mediadas pela cultura digital.

As trocas de experiências possibilitaram a quebra de diversos preconceitos relativos às profissões historicamente e socialmente estigmatizadas e também a valorização e o reconhecimento da diversidade cultural brasileira.

Contribuiu para mudanças de práticas, de visões de mundo e a transformação da exclusão e dos juízos de valores em acolhimento e afirmação de identidades. .

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Projeto Vidas Paralelas: identidade e diversidade