Os sete saberes necessários à educação do futuro Edgar Morin · Os sete saberes necessários à...
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Os sete saberes
necessários à educação
do futuro
Edgar Morin
Apresentação por Paulo Mendes, mestrandoem Direito Ambiental e Políticas Públicas,avaliação parcial da disciplina DireitosHumanos e Meio Ambiente, sob orientaçãodo Prof. Dr. Edson Carvalho
Capítulo I – As cegueiras do
conhecimento: o erro e a ilusão
• Todo conhecimento comporta o risco de
erro e de ilusão;
• O reconhecimento de ambos é difícil pois
o erro e a ilusão não mse reconhecem
como tais;
• Marx e Engels visualizaram isto em A
ideologia Alemã,mas não escaparam dos
erros.
1. O calcanhar de Aquiles do
conhecimento
• A educação deve mostrar que não há
conhecimento que não esteja, em algum grau,
ameaçado pelo erro e pela ilusão;
• Teoria da Informação – noise – transmissão;
• O conhecimento não é um espelho das coisas
ou do mundo externo;
• A educação deve dedicar-se à identificação da
origem dos erros, ilusões e cegueiras.
1.1 Os erros mentais
• Nenhum dispositivo cerebral permite
distinguir a alucinação da percepção, o
sonho da vigília, o imaginário do real, o
subjetivo do objetivo;
• Cada mente tem potencial para mentir
para si próprio;
• A memória é fonte de erros e de ilusões –
falsa memória – perda da memória;
1.2 Os erros intelectuais
• Nosso sistema de idéias, além de estarem
sujeitos a erros e ilusões, protegem os
erros e ilusões neles inseridos;
• Teorias e agressões de teorias inimigas;
• Ideologias e doutrinas.
1.3 Os erros da razão
• A racionalidade é a melhor proteção contra o
erro e a ilusão;
• Deve manter-se aberta à contestação e
verificação, pena de racionalização;
• A racionalização baseia-se em dados falsos. É
fechada e não admite contestação;
• Racionalidade é diferente de racionalização;
• Princípio da incerteza racional.
1.4 As cegueiras paradigmáticas
• Paradigma pode ser definido por:
– Promoção ou seleção dos conceitos mestres da intelegibilidade. Ex. Ordem, nas concepções deterministas; Matéria nas materialistas; espírito, nas espiritualistas; Estrutura, nas estruturalistas;
– Determinação das operações lógicas-mestras. O paradigma seleciona as operações lógicas preponderantes: exclusão/inclusão; disjunção/conjunção.
1.4 As cegueiras paradigmáticas
• Descartes: grande paradigma do ocidente:
– Sujeito/objeto
– alma/corpo
– Espírito/matéria
– Qualidade/quantidade
– Finalidade/causalidade
– Sentimento/razão
– Liberdade/determinismo
– Existência/essência
2. O imprinting e a normalização
• Determinismo de paradimas;
• Doutrinas e ideologias dominantes – força
imperativa e coercitiva – medo inibidor;
• Encarceramento do conhecimento no
multideterminismo de imperativos,
normas, proibições, rigidezes e bloqueios;
• O patinho feio de Konrad Lorenz –
imprinting.
3. A noologia: possessão
• Marx – “os produtos do cérebro humano...;
• Os seres mentais podem nos possuir;
• Noosfera: a esfera das coisas do espírito,
produto de nossa alma e mente, ela está
em nós e nós estamos nela: mitos,
deuses, e o extraordinário;
• As sociedades modernas domesticam os
indivíduos por meio de mitos e idéias.
3. A noologia: possessão
• Lenine: os fatos eram inflexíveis; e as
idéias dele?
• O mito e a ideologia destroem os fatos;
• Paradoxo incontonável: DEVEMOS
MANTER UMA LUTA CRUCIL CONTRA
AS IDÉIAS, MAS SOMENTE PODEMOS
FAZÊ-LO COM A AJUDA DE IDÉIAS.
4. O inesperado
• “ELE” NOS SURPREENDE
• NOSSAS IDÉIAS E TEORIA NÃO
ACEITAM O NOVO
• O NOVO BROTA SEM PARAR
• “ELE”, O INESPERADO, É CAPAZ DE
REVER NOSSAS TEORIAS E IDÉIAS
5. A incerteza do conhecimento
• Destacar as interrogações sobre o conhecimento;
• Conhecimento permanente –conhecimento do conhecimento;
• Condições BIOANTROPOLÓGICAS; SOCIOCULTURAIS; NOOLÓGICAS.
• Conhecimento complexo – o dever principal da educação é de armar cada um para o combate vital para a lucidez.
Capítulo II – Os princípios no
conhecimento
• Da pertinência do conhecimento;
• dicotomia: problemas multidiciplinares;
transversais; multidimencionais; globais e
planetários versus Saberes divididos;
compartimentados, estanques.
• A educação deve tornar visíveis:
– O contexto; - O global;
– O multidimensional; - O complexo
2. A inteligência geral
• A educação deve favorecer a aptidão
geral da mente;
• Missão de desenvolver a inteligência geral
dos indivíduos;
• Superar as antinomias;
• Identificar as falsas racionalidades.
3. Os problemas essencias
• Disjunção e especialização fechada impede a percepção global e o essencial. Não permite o complexo;
• Redução e disjunção leva naturalmente a restringir o complexo ao simples –inteligência parcelada, compartimentada, mecanicista, disjuntiva e reducionista;
• Falsa racionalidade: abstrata e unidirecional.
2. O humano do humano
• Unidualidade;
• Circuito cérebro mente e cultura;
• Circuito razão afeto pulsão;
• Circuito indivíduo sociedade espécie
indivíduo
sociedadeespécie
IV - Ensinar a
Identidade
Terrena
- Era planetária: O MUNDO TORNA-
SE CADA VEZ MAIS UM TODO
- Intersolidariedade complexa dos
problemas
- Pensamento Policêntrico: “O
planeta não é um sistema global,
mas um turbilhão em movimento,
desprovido de centro organizador”
(p. 64)
É necessária uma noção mais rica e
complexa do desenvolvimento, que
seja não somente material, mas
também intelectual , afetiva, moral...
Educação: é ao mesmo tempo
transmissão do antigo e abertura da
mente para receber o novo
Responsabilidade
Solidariedade
Tomada de
consciência
Capítulo V - Enfrentar as Incertezas
“O conhecimento é a navegação em
um oceano de incertezas, entre
arquipélagos de certezas” (p.86)
“...é nas certezas doutrinárias,
dogmáticas e intolerantes que se
encontram as piores ilusões, ao
contrário, a consciência do
caráter incerto do ato cognitivo
constitui a oportunidade de
chegar ao conhecimento
pertinente”
Obstáculos:
• Ruídos
• Polissemia
• Ignorância dos ritos e costumes
• Incompreensão de valores
• Incompreensão ética
• Incompreensão de idéias
Humanizar:
- Compreender antes de condenar
- Respeitar idéias antagônicas
Unidade Humana
X
Diversidade
Cultural
Capítulo VII - A ética do
gênero humano
Caráter ternário:
Indivíduo - sociedade - espécie
DemocraciaCidadania
Terrestre
“A educação deve contribuir não
somente para a tomada de
consciência da nossa Terra-Pátria,
mas também permitir que esta
consciência se traduza em vontade de
realizar a cidadania terrena”
“Aptidão para pensar e criar
estratégias em situações de
complexidade
(multiplicidade de informações
e incertezas)”
“Ensinar é um processo político: os professores definem o que
incluir e o que excluir, e com isto legitimam certas crenças,
enquanto deslegitimam outras e, muitas vezes, com o passar do
tempo o conhecimento selecionado chega a ser visto
como inquestionável”
O QUE É EDUCAR
Processo em que a
criança ou o adulto
convive com o ou-
tro e se transforma
espontaneamente.
Este processo se
dá na convivência.