2 – O MANIFESTO DOS PIONEIROS DA EDUCAÇÃO NOVA E O DEBATE EDUCACIONAL NA DÉCADA DE 1930.
Os Pioneiros do Manifesto da Educação Nova
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O MANIFESTO DOS PIONEIROS DA EDUCAÇÃO NOVA
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O Manifesto de 1932 foi redigido por Fernando de Azevedo e, apesar de representar tendências diversas de pensamento como as do Filósofo John Dewey e a do sociólogo francês Émile Durkheim entre outros.
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O manifesto da educação foi composta debaixo de ideologias que compunha uma autêntica e sistematizada concepção pedagógica, indo da Filosofia da educação até formulações pedagógica-didáticas, passando pela política educacional.
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Capa da Revista
Educação
Jan/fev/mar 1932 ,
na qual foi
publicado o
Manifesto da
Escola Nova
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Adotando o título: “A reconstrução educacional do Brasil ao povo e ao governo” o texto já inicia dizendo o seguinte:
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Dentre todos os problemas nacionais nem mesmo os problemas econômicos poderiam disputar a primazia com o problema educacional.
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Isso, porque, “se a evolução orgânica do sistema cultural de um país depende de suas condições econômicas”, seria então impossível “desenvolver as forças econômicas ou de produção” sem o “preparo intensivo das forças culturais e o desenvolvimento das aptidões à invenção e à iniciativa”.
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Pois, estes aspectos mencionados “seriam os fatores fundamentais do acréscimo de riqueza de uma sociedade”.
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Todavia, apesar de à primeira vista o texto subordinar o desenvolvimento material do país à educação, logo em seguida apresenta o meio-termo ideal que seria o seguinte:
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As reformas econômicas não deveriam estar dissociadas das reformas educacionais; pelo seguinte motivo:
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Quando o país investe economicamente em qualquer área sem levar em conta a realidade e os aspectos educacionais da nação, tal investimento tende a não ser eficiente por completo.
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Porém, este não é o problema maior da educação no país, e sim a falta de um planejamento do governo nesta área.
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O manifesto da educação diz quanto ao governo que “faltaria a eles uma filosofia da educação” e, mais, uma visão científica dos problemas educacionais.
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E a solução para este impasse seria então retirar a escola e os programas de ensino dos “quadros de segregação social” vigentes, adequando a escola à nova sociedade urbano-industrial emergente.
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Portanto, a nova filosofia da educação deveria adaptar a escola à modernidade e, para tal, teria de aplicar sobre os problemas educacionais de toda ordem os métodos científicos.
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Finalizando esta primeira parte do documento (manifesto dos pioneiros da educação) eles ressaltam que o que vai mudar a educação não são ilusões dita ao povo, mas sem o empreendimento de um apoio à educação, uma vez que essa seria, ela mesma, uma “reforma social”, que se realizaria com uma “ação da escola sobre o indivíduo”.
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Findadas as páginas introdutórias do manifesto, o texto alinha alguns princípios de filosofia da educação, que falarão sobre:
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As finalidades da educação e valores mutáveis e permanentes sob a ótica do movimento renovador do ensino.
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O manifesto toma como ponto de partida a premissa de que a “educação varia sempre em função da uma concepção de vida, refletindo em cada época, a filosofia predominante que é determinada, a seu turno, pela estrutura da sociedade”.
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Lembrando ainda que “cada classe tem suas opiniões, particulares sobre a educação, afirma que um longo olhar para o passado” nos permite perceber que o ideal a ser alcançado pela educação varia segundo cada época.
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Essa variação se dá sempre “de acordo com a estrutura e as tendências sociais”, extraindo sua vitalidade da “própria natureza da realidade social”.
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Então a “educação nova” não artificial, pois estaria sobre as bases das novas tendências sociais.
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Sendo assim deveria colocar as finalidades da educação “para além dos limites das classes” e, para tal, preparar-se para formar a “hierarquia democrática” através da “hierarquia das capacidades” recrutadas em todos os grupos sociais.
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Contra a “escola tradicional”, o manifesto defende a “escola socializada”, ou seja, a escola reconstruída sobre a base da atividade e da produção, em que se considera o trabalho em si mesmo, como fundamento da sociedade humana”.
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O Manifesto estabelece dois tipos de escolas: a “escola tradicional” voltada para a satisfação de interesses classistas e a “escola socializada” que subordinaria os “fins particulares de determinados grupos sociais” aos “fins fundamentais e gerais que assinala a natureza nas suas funções biológicas”.
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Tal “educação nova” pautada nesses princípios “biológicos”, buscaria como fundamentos do novo sistema educacional os ‘valores permanentes’ da humanidade.
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Estes valores permanentes da humanidades que serão aprofundados no trabalho, pois seria o trabalho segundo o manifesto o sustentáculo da “solidariedade social e da cooperação”.
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O ponto de honra da “educação nova”, no texto de 1932, se consubstancia na ideia de que o professor tem de conhecer o educando.
![Page 29: Os Pioneiros do Manifesto da Educação Nova](https://reader033.fdocument.pub/reader033/viewer/2022061521/55cb4ec6bb61eb53448b4809/html5/thumbnails/29.jpg)
A “nova doutrina” entende que o educando não pode ser modelado exteriormente, deve, sim obedecer às leis de desenvolvimento da criança que indicariam que ela cresce de dentro para fora.
![Page 30: Os Pioneiros do Manifesto da Educação Nova](https://reader033.fdocument.pub/reader033/viewer/2022061521/55cb4ec6bb61eb53448b4809/html5/thumbnails/30.jpg)
Segundo o manifesto, este tipo de educação estaria atuando em reação à “escola tradicional”, cultivadora de “tendências exclusivamente passivas, intelectualistas e verbalistas.