Os mass media géneros
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OS MASS MEDIA
Disciplina de PortuguêsProfª: Helena Maria Coutinho
Meios de Comunicação Social
O termo "meio de comunicação" refere-se ao instrumento ou à forma de conteúdo utilizados para a realização do processo comunicacional. Quando referido a comunicação de massa, pode ser considerado sinónimo de mass media.
Comunicação Social
Comunicação Social é uma designação pleonástica, na mediada em que toda a comunicação é, por definição, de natureza social.A sua generalização ficou a dever-se mais à importância tanto do Estado como das instituições religiosas e humanitárias. Foram sobretudo estas instituições que consagraram o seu uso, ao darem este nome aos serviços que criaram com a finalidade de orientar o funcionamento dos media em favor dos valores que entendem promover e até de promover a censura das suas mensagens.
Mass Media
"Mass media" é uma palavra inglesa que significa intermediário ou suporte de massas.
Esta expressão formou-se nos anos 50 do século XX para designar os media industriais (jornais, rádio e televisão) que atingem um público alargado, diversificado e não individualizável.
Esta designação é habitualmente utilizada, de maneira crítica, para sublinhar hipotéticos efeitos de uniformização das mensagens, de modelização e de manipulação do público, encarado como objecto passivo dos seus produtos culturais.
Comunicação de Massas
A expressão Comunicação de Massas é hoje menos utilizada, pelo facto de as mais recentes transformações tecnológicas e os estudos entretanto realizados sublinharem, cada vez mais, a natureza activa e e diversificada dos públicos, assim como a disseminação dos produtos culturais produzidos e difundidos pelos media. A lógica da massificação subsiste, na medida em que a diversificação actual dos produtos culturais e dos públicos representa mais uma estratégia de captação das audiências do que uma real implementação de alternativas.
Os meios de comunicação social são estruturas ou sistemas organizados que produzem, difundem e concebem a recepção de informação. Permitem, essencialmente, o fluxo de comunicação numa perspectiva unívoca, com o emissor sem capacidade de resposta..
Estes sistemas são geridos, por empresas especializadas na comunicação de massas e exploradas nos regimes concorrenciais, monopolísticas ou mistos. As empresas podem ser privadas, públicas ou estatais.
"Os "mass media" são ao mesmo tempo canais de difusão e meios de expressão que se dirigem não a um indivíduo personalizado mas a um "público-alvo" definido por características sócio-económicas e culturais, em que todos os receptores são anónimos." (A. Moles, La Communication et les mass media, Gérard-Marabout, 1971.)
Meios de Comunicação Social
Televisão
Cinematografia
Rádio
ImprensaOs meios de comunicação social são designados mass media (comunicação massiva), pois o receptor, sendo colectivo, perde identidade, integrando-se numa massa social.
Os Mass Media assentam em diferentes suportes ou tipos de transmissão da informação:
Por difusão - Scriptovisual (imprensa escrita)
- Audio (rádio)- Audiovisual (televisão e cinema)
Por edição -Scripto (livro)
- Audio (disco)- Scriptovisual (cartaz e poster)
- Audiovisual (documento audio visual)
Os vários meios de expressão social: a imprensa, a televisão, a rádio e o cinema, são orientados para um público que se pretende o mais abrangente possível, produzindo um produto específico de mensagens políticas, ideológicas, comerciais, recreativas e culturais etc.
Os meios de comunicação social /mass media /comunicação de massas têm sofrido uma rápida evolução.
1. A Imprensa
2. A Rádio e a Televisão
3. A Internet
Internet: propiciou a possibilidade de aceder aos distintos meios de comunicação através da rede.
Tecnologia digital: possibilitou o aumento de cadeias de rádio e televisão.
Satélites artificiais: permitem-nos conectar com canais de rádio e de televisão de muitos países, aproximando-nos do mito da “aldeia global”.
Funções
Importância dos Mass Media
InformarEducar
Entreter
Regular acções Articular iniciativas
DesenvolverComportamentos
adequados
IntervirFormar opinião
Ajuda-nos
Estes meios permitem que uma vasta população aceda aos seus conteúdos. Assim, se contribuiu em grande medida, para a globalização, rompendo barreiras de tempo e espaço, fazendo do mundo uma aldeia global, sem fronteiras.
As principias funções dos meios de comunicação social relacionadas com o funcionamento das sociedades democráticas são:- Vigilância- servir como fórum de
discussão (tribunal da opinião pública)
J O R N A I S , R E V I S TA S , P E R I Ó D I C O S D I V E R S O S
Imprensa escrita
Jornalismo
Actividade informativa que se define por uma expressão nua, directa, impessoal e não literária, e que tem como principais características
a brevidade a concisão e muitas vezes o atractivo do sensacional.
Embora o jornalismo se distinga da literatura, os jornais continuam a incluir subgéneros literários, como a grande reportagem e a crónica, onde a personalidade e o estilo de visão e expressão dos autores é visível.
O jornalismo apresenta-se como produtor e reprodutor de enunciados através do discurso noticioso, que utiliza fragmentos da realidade, seja para a transmissão de cultura, seja para influir ideologicamente na formação de opinião pública.
O jornalismo fala ao mundo, fala do mundo e fala no mundo. E, nesse falar, utiliza-se da teoria da enunciação e da polifonia na tentativa de apagar as marcas de subjectividade presentes em quaisquer discursos.
No jornal, os enunciados misturam-se em diferentes contextos: violência e acidentes com a moda da estação e a nova estrela da novela; os escândalos da política com os dos astros do futebol; as crises económicas com o gosto cultural popular; a fome com a vida das elites sociais.
Assim, simbolicamente, o jornal é uma arena onde se confrontam os valores sociais, e onde cada leitor tem um entender a partir de seu próprio contexto.
Os jornais são publicações periódicas, constituídas por uma série de folhas de papel grandes, dobradas em caderno, onde são impressas notícias, reportagens, crónicas, entrevistas, anúncios e outro tipo de informação de interesse público. São um importante meio de informação. Podemos lê-los e relê-los sempre que o desejarmos.
O jornal foi o primeiro meio de comunicação de massa criado pelo homem: originário dos documentos informativos dos navegadores do século XVI, esse meio, originalmente impresso, tomou a forma que tem hoje em 1836, em França.
•Informativos (âmbito geral)•Desportivos•Económicos•Literários•Culturais•e outros mais específicos
•Nacional•Regional•Local
•Anual (raros)•Semestral•Trimestral•Mensal•Semanário•Diário•Vespertino (sai à tarde)•Matutino (sai de manhã)
Tipos Âmbito Periodicidade
Os jornais
A grande maioria das informações veiculadas por um jornal tem as
seguintes fontes de informação:
Agências noticiosas – empresas que vendem informações para os
jornais, enviando-as por Telex ou e-mail;
Fontes documentais – fichas, dossiers, centros de documentação
existentes no próprio jornal;
Informação recebida – correio dos leitores, agenda, comunicados;
Informação procurada – correspondentes nacionais e estrangeiros.
As fontes de informação jornalística
A 1ª Página de um Jornal
Secções de um Jornal
I M P R E N S A E S C R I TA
Géneros Jornalísticos
INFORMATIVOS
NOTÍCIA
ENTREVISTA
REPORTAGEM
ARTIGO CIENTÍFICO E/OU
TÉCNICO
BREVE
OPINATIVOS
EDITORIAL
ARTIGO DE OPINIÃO
CRÍTICA
CRÓNICA
COLUNA
CARTAS
ILUSTRATIVOS OU VISUAIS
CARTOON
PUBLICIDADE
FOTOJORNALISMO
CARICATURA
Géneros Jornalísticos
INFORMATIVOS
• NOTÍCIA• ENTREVISTA• REPORTAGEM• ARTIGO CIENTÍFICO
E/OU TÉCNICO• BREVE
OPINATIVOS
• EDITORIAL• ARTIGO DE OPINIÃO• CRÍTICA• CRÓNICA• COMENTÁRIO• COLUNA• CARTA
ILUSTRATIVOS OU VISUAIS
• CARTOON• PUBLICIDADE• FOTOJORNALISMO• CARICATURA
Géneros Jornalísticos
Géneros Jornalísticos
NOTÍCIA
A notícia é um texto do domínio da comunicação social, que informa sobre um acontecimento novo, actual e de interesse geral para o público, devendo, por isso, ter uma linguagem clara, concisa e objectiva.
ENTREVISTA
Só se considera a entrevista como um género jornalístico autónomo quando é apresentada isoladamente ou como parte importante de uma peça jornalística. Esta afirmação justifica-se pela presença constante de elementos de entrevista em notícias e reportagens.
A pergunta é a principal técnica jornalística de recolha de dados junto de fontes humanas.
A entrevista é um diálogo, uma conversa, entre um entrevistador (quem dirige e faz as perguntas) e um entrevistado (quem responde às questões), com o objectivo de dar a conhecer melhor as ideias, sentimentos, experiências, forma de actuar, entre outros, do entrevistado.
A realização de qualquer entrevista obedece a uma preparação prévia, que passa por:
definição do tema;selecção dos objectivos da entrevista;escolha da pessoa a entrevistar;recolha de documentação e informação sobre o tema e/ou o entrevistado.
Apresentação
Deve ser breve, mas esclarecedora.Apresentam-se o entrevistado, o tema e o objectivo da entrevista.
- nome- idade- actividade-aspecto biográfico mais interessante e oportuno- acontecimentos significativos
Corpo da entrevista
É constituído pelas perguntas e respostas. Podem ser abordados dados pessoais, familiares, afectos, gostos…
As perguntas devem:- ser breves e claras;- ser adequadas e interessantes, de forma a manter o público/leitor interessado;- adequar-se ao nível etário e ao nível sociocultural do entrevistado;- ter em conta a situação (momento e lugar);- ter sequência entre si, evitando saltar de um assunto para o outro.
Conclusão Deve ser breve e incluir um resumo da conversa ou um comentário pessoal do entrevistador. Pode, ainda, apresentar um parágrafo de despedida ou de agradecimento
Na redacção final da entrevista, é necessário:•registar com exactidão as respostas do entrevistado;•evitar repetições desnecessárias;•utilizar pontuação e ortografia correctas;•usar uma apresentação gráfica clara e apelativa.
O guião da entrevista
Quanto à origemEntrevistas de rotina - Entrevistas do dia-a-dia.
Entrevistas caracterizadas - Entrevistas de grande importância e destaque num jornal.
Quanto ao estiloEntrevistas pergunta / resposta - Entrevistas em que a uma pergunta do jornalista sucede a resposta do entrevistado, e assim sucessivamente. Este é, provavelmente, o estilo de entrevista mais comum na actualidade.
Entrevistas em “discurso indirecto” - Entrevistas em que as respostas do entrevistado são integradas num texto que integra outras informações, funcionando, portanto, como citações. Este estilo facilita ao jornalista a interpretação das características pessoais do entrevistado, a valorização das declarações do mesmo e o relacionamento de fatos com as declarações do entrevistado no seio da entrevista.
Classificação das entrevistas
Quanto aos entrevistados Entrevistas individuais - Entrevista a um único entrevistado.Entrevista de grupo - Entrevista a vários entrevistados.
Quanto aos entrevistadoresEntrevista colectiva - Entrevista de um ou vários entrevistados a um ou vários entrevistadores. As conferências de imprensa são entrevistas colectivas.Entrevista pessoal ou exclusiva - Entrevista de um ou vários entrevistados a um único entrevistador.
Quanto ao tipoEntrevista de personalidade - Entrevista em que se procura revelar o modo de ser, o pensamento e a vida de uma pessoa, geralmente de uma figura pública.Entrevista de declarações - Entrevista em que se procuram obter declarações de um entrevistado sobre um ou vários temas. É o tipo mais comum de entrevista. As entrevistas de actualidade são um subtipo das entrevistas de declarações que se caracteriza pela busca de informações junto de fontes autorizadas sobre temas de interesse público no momento.
Quanto ao tamanhoEntrevista curta - Entrevista de pequena dimensão.Grande entrevista - Entrevista de grande dimensão, geralmente feita a uma figura pública.
Entrevista mista - Entrevista que mistura aspectos da entrevista de personalidade e da entrevista de declarações.
Inquérito - Entrevista em que uma mesma pergunta ou um mesmo conjunto de perguntas é colocado a vários entrevistados.
Mesa-Redonda - Entrevista que corresponde à transposição das declarações de vários participantes num debate moderado pelo jornalista.
REPORTAGEM
Uma reportagem tem por base uma notícia de grande impacto, em que se faz o relato pormenorizado e aprofundado de um acontecimento actual. Este género jornalístico implica a deslocação do repórter ao local do sucedido, para anotar o que vê, ouve e sente. Engloba, normalmente, a descrição do ambiente, integrando falas das personagens ligadas ao assunto. Não raro, possui manifestações de subjectividade do emissor, derivadas da sua interpretação dos factos, daí que surja sempre assinada.
O principal objectivo de uma reportagem é informar com profundidade e exaustividade, contando uma história. No meio jornalístico ouve-se frequentemente a expressão “uma reportagem é uma notícia vista à lupa”.
Mas, neste género, procura-se ainda que o leitor “viva” o acontecimento. Para o conseguir, a reportagem pode abrigar elementos da entrevista, da notícia, da crónica, dos artigos de opinião e de análise, etc.
Desta perspectiva, pode considerar-se a reportagem um género jornalístico híbrido, que vai buscar elementos à observação directa, ao contacto com as fontes e à respectiva citação, à análise de dados quantitativos, a inquéritos, em suma, a tudo o que possa contribuir para elucidar o leitor.
As principais características da reportagem são as seguintes:Predominância da narração;Humanização do relato;Texto impressivo;Factualidade da narrativa.
ARTIGO CIENTÍFICO
E / OU TÉCNICO
Texto, mais ou menos extenso, do domínio da ciência, marcado pelo rigor e pela objectividade, e que surge inserido em publicações periódicas.
Os artigos científicos e técnicos apresentam-se como textos que desenvolvem um determinado assunto no âmbito da ciência e/ou da técnica, representando um avanço do conhecimento na área abordada.
O artigo científico é um meio difusor de conhecimentos científicos a um determinado público.
Exprime o pensamento pessoal do seu autor, que, por seu turno, pode apoiar-se em ou fazer alusão a outros autores que já se debruçaram sobre a mesma matéria.Como o próprio nome indica, o artigo técnico expande conhecimentos no domínio da técnica.
O seu principal objectivo não é noticiar um acontecimento ou conjunto de acontecimentos mas comentar, relacionar os factos com os seus antecedentes, integrando-os num contexto mais amplo, interpretando e projectando o seu alcance através da formulação de hipóteses. Pode ser veículo de sensibilidades sociais, políticas e culturais, influenciando, desse modo, a opinião pública.
Os artigos podem ser• Analíticos definem e descrevem o assunto e têm em conta a forma e o objectivo que se tem em vista.• Classificatórios ordenam aspectos de determinado assunto e explicam os seus constituintes.• Argumentativos enfocam um argumento e apresentam factos que comprovam ou refutam o mesmo.
EDITORIAL
O editorial é um género jornalístico argumentativo.
Em princípio, é no editorial que se dá conta do posicionamento colectivo de um jornal sobre um determinado assunto problemático da actualidade.
Por isso, um editorial é sempre da responsabilidade da direcção do órgão jornalístico ou de alguém da sua inteira confiança.
Geralmente, o editorial é motivado por assuntos tratados no jornal e é elaborado em conformidade com a linha de orientação do órgão jornalístico, consubstanciada no respectivo estatuto editorial.
Aparece em lugar de destaque – normalmente nas primeiras páginas.
Não é assinado; apenas contém referência ao número da publicação.
Estrutura TITULO Exposição dos factos Opinião sobre os factos Conclusão final
Esquema Piramidal: o clímax encontra-se no final do texto.
Título
Exposição dos factos
Opinião sobre os factos
Conclusão(CLÍMAX)
Artigos
Denominam-se artigos as peça de carácter jornalístico que não se enquadram nos restantes géneros nem se podem situar na zona nebulosa das fronteiras que estes últimos estabelecem entre si.
Normalmente, os artigos possuem uma natureza interpretativa, explicativa e/ou persuasiva. São, portanto, peças assumidamente subjectivas e pessoais. O articulista pretende, no entanto, compartilhar a sua visão do mundo, expressa no artigo, com o leitor.
Por esta razão, o texto não pode ser elaborado de qualquer maneira, nem o tema do artigo pode ser escolhido ao acaso.
ARTIGO DE OPINIÃO
O texto de opinião é um texto argumentativo, ou seja, é um texto que expressa uma opinião, apresentando exemplos, provas ou argu mentos para a defender. Trata de factos de interesse do público em geral e o seu autor interpreta-os e avalia-os.O artigo de opinião distingue-se da crónica por não ter regularidade, nem continuidade.
• Apresenta a opinião de uma pessoa, de um redactor ou colaborador do periódico, a respeito de determinados temas de actualidade.
• Trata temas da actualidade.
•Aparece num lugar destacado do periódico, preferentemente, nas primeiras páginas.
• Aparece a assinatura /identificação do autor, que se responsabiliza pelo conteúdo do seu texto.
Título
Exposição dos factos
Opinião sobre os factos
Conclusão(CLÍMAX)
CRÍTICA
É a exposição e valoração sobre algum objecto cultural.Por exemplo: um livro, uma película, um concerto, etc.
O seu emissor é um colaborador permanente do meio e tem autoridade sobre a matéria que critica.
Crónica
O termo crónica provém da palavra grega cronos, que significa tempo. Em conformidade com o sentido etimológico da palavra, o cronista é alguém que escreve periodicamente para um jornal.
Assim sendo, o termo crónica serve primeiramente para designar as peças assinadas por um cronista regular de um jornal ou de uma revista. O cronista tem um espaço consagrado num periódico. Num determinado dia, numa determinada página, o leitor encontra sempre a crónica do mesmo cronista.
O discursoTexto curto e inteligível (de imediata percepção);Apresenta marcas de subjectividade – discurso na 1ª e 3ª pessoa;Pode comportar diversos modos de expressão, isoladamente ou em simultâneo:
narração;descrição;contemplação / efusão lírica;comentários;reflexão.
A linguagemLinguagem com duplos sentidos / jogos de palavras / conotações;Utiliza a ironia;Registo de língua corrente ou cuidado;Discurso que vai do oralizante ao literário;Predominância da função emotiva da linguagem sobre a informativa;Vocabulário variado e expressivo de acordo com a intenção do autor;Pontuação expressiva;Emprego de recursos estilísticos.
A temática
Aborda aspectos da vida social e quotidiana;
Transmite os contrastes do mundo em que vivemos;
Apresenta episódios reais ou fictícios.
A crónica pode ser:políticadesportivaliteráriahumorísticaeconómicamundanaetc.
Coluna
• Texto jornalístico de características muito similares ao artigo de opinião, a única diferencia é que aparece num lugar fixo dentro da publicação.
•O autor de uma coluna escreve cada dia um artigo no mesmo jornal /revista, na mesma página e com uma extensão similar (1 coluna).
• As suas características e estrutura são idênticas às do artigo de opinião.
A coluna diferencia-se de outros tipos de jornalismo por ter as seguintes
características:
É um artigo regular numa publicação;
É normalmente assinado;
Os temas podem ser variados;
Contém explicitamente uma opinião ou ponto de vista do autor;
O autor pode utilizar a primeira pessoal do singular;
O autor pode definir o tom, o ponto de vista, etc. com que pretende dirigir-se
aos seus leitores.
As colunas também podem ser divididas em dois tipos principais:Coluna de autor - geralmente identificadas como o nome ou pseudónimo do colunista, e podem ser acompanhadas pela fotografia. Baseia-se na ideia de criar uma certa cumplicidade entre o autor e o leitor, devido à familiaridade e frequência com que a coluna é publicada.
Coluna temática - este tipo de coluna não está a cargo de um só colunista, mas sim de vários que dão a sua opinião sobre o mesmo tema. O tema pode ser variado, como o desporto, notícias internacionais, saúde, etc.
O colunista é um profissional do jornalismo que trabalha escrevendo regularmente para veículos de comunicação (jornais, revistas, rádio, TV, websites), produzindo textos não necessariamente noticiosos denominados colunas. O colunista não precisa ser necessariamente jornalista
Cartas
Os leitores de jornais e revistas têm um espaço reservado para suas sugestões, críticas, opiniões e reclamações.
Dessa forma, o leitor tem a oportunidade de participar da formação da opinião pública, sempre que discordar de alguma informação, ou quiser, por exemplo, dar uma sugestão.
É facto que os jornais e as revistas noticiam muitos factos e da mesma forma que em algumas situações o leitor concorda com o que foi dito, em outras discorda. Assim, ele tem espaço para suas manifestações.
Diariamente os jornais e revistas veiculam cartas de leitores.
CARTOON
Nasceu da criação dos esboços realizados durante a preparação de fescos (frescoes) em Itália, durante os séculos 14 a 17.Os pintores desenhavam os esboços, para as equipas de pintura dos frescos os poderem desenhar na perfeição, e a esse esboço davam o nome de “cartoni”.O conceito de cartoon mudou mais tarde, em 1840, quando o príncipe Alberto lançou uma competição entre pintores para decorar as paredes das “Houses of Parlament in London” com frescos.O resultado foi que alguns deles eram de certo modo absurdos, tendo em conta que os autores tanto quiseram dar-lhes um ar de heroísmo que os deixaram cair no ridículo. Assim o cartoon começou a ser considerado “pictorial parody”, um desenho humorístico e satírico.
Cartoon é uma palavra de origem inglesa que significa literalmente cartão. Era o suporte onde eram feitos desenhos ingénuos e, por vezes, humorísticos, para serem inseridos nos jor nais. Consiste numa anedota gráfica expressa de forma criativa e por vezes metafórica, mas, ao vincular-se ao espírito do momento, pode incorporar eventualmente factos e personagens reais.O cartoon anda sempre associado ao humor, do mais fraterno ao mais agressivo.A medicina antiga caracterizava o humor como secreções do corpo que interferiam no comportamento psíquico do Homem.O objectivo dos cartoons é instalar o riso através do humor e, ao mesmo tempo, fazer pensar.No cartoon funciona uma regra de oiro - a economia de meios. Não interessa acrescentar elementos que podem funcionar como ruídos para a ideia principal.O cartoon tem como função o passatempo inconsequente, mas pode traduzir com ironia e inteligência as expectativas do grupo social em relação aos seus problemas, promovendo a reflexão. Enquanto produção jornalística com dimensão social, o cartoon pode ter uma função bem determinada: a crítica.
PUBLICIDADE
A publicidade é uma forma de comunicação que pretende informar e, sobretudo, persuadir, seduzindo e convencendo, os destinatários a adoptarem determinado comportamento.
Podemos identificar dois tipos de publicidade:A publicidade comercial cujo objectivo é persuadir o destinatário a adquirir determinado produto ou serviço;A publicidade institucional, humanitária ou não comercial cujo objectivo é informar, divulgar ideias e/ou incitar a realizar acções que dizem respeito ao bem-estar da comunidade (acções de solidariedade, informação sobre prevenção de doenças, condução com prudência, entre outros).
SLOGANAventure-se por novos horizontes
TEXTO ARGUMENTATIVO…e surpreenda-se com a inesperada e misterio-sa beleza dos Açores. Nada melhor do que fazer longos passeios a pé para descobrir uma nature-za em estado puro. Mantos verdes cobrem paisa-gens repletas de segredos. Lagoas, caldeiras, piscinas naturais e praias escondidas, jardins exóticos e vales paradisíacos que são tesouros que lhe vão encher a alma. E dos inúmeros miradouros naturais que povoam a costa pode olhar o azul intenso do céu e do mar e, em silêncio, prometer a si próprio que vai voltar.
TEXTO ICÓNICO(imagem)
SLOGANDá que pensar. Não dá?
TEXTO ARGUMENTATIVODepois de mais de 30 anos de guerra, a herança em Angola é terrível: 4 MILHÕES DE PESSOAS passam fome e vivem privadas das mais básicas condições para a sobrevivência humana. É por essa razão que a OIKOS declarou guerra a esta situação e conta consigo para a vencer. E é tão fácil, basta beber menos um café hoje, fumar menos um maço de cigarros esta semana ou dispensar uma ida ao cinema este mês e doar o valor destas “insignificâncias” que quando convertido em alimentos e medicamentos passam a significar tudo. Passam a significar uma vida.
PUBL IC IDADE
COMERC IAL
PUBL IC IDADE
NÃOCOMERC IAL
FOTOJORNALISMO
O fotojornalismo é um género jornalístico que tem conhecido crescente aceitação nos jornais e revistas.
Como o seu próprio nome indica, consiste na união entre uma fotografia e um texto. Este funciona como uma espécie de legenda para a fotografia, mas foto e o texto beneficiam de uma relação de complementaridade e interdependência que a tornam uma unidade autónoma.
Surge também a designação fotolegendas ou fotonotícias e as legendas de fotografias.
Red Bull Race
Frequentemente, na fotolegenda o texto conota a fotografia, dando-lhe significados que ela não possuiria por si só. De facto, o texto pode assumir várias funções numa fotolegenda:
Função de ancoragem, já que contribui para dar à fotografia um determinado significado;Função de complemento, já que completa informativamente a foto, superando os condicionalismos informativos da imagem;Função de atenção, já que pode chamar a atenção para determinados pormenores da fotografia, nomeadamente aqueles que podem passar despercebidos ao leitor.
Os princípios do estilo jornalístico
Princípio da sedução - Um texto jornalístico deve ser cativante e agradável. Deve ter vivacidade e ritmo. A sua leitura deve proporcionar prazer e gratificação.
Princípio do rigor - Um texto jornalístico tem de ser preciso e rigoroso. As palavras devem escolher-se de acordo com o seu valor semântico. Os acontecimentos e as relações que estes estabelecem entre si devem ser descritos com exactidão. As interpretações devem ser feitas partindo dos fatos conhecidos para os desconhecidos, das partículas elementares para as complexas, sendo obrigatório mencionar as etapas intermédias do raciocínio.
Princípio da eficácia - Um texto jornalístico deve construir-se de maneira a que o essencial seja imediatamente apreendido.
Princípio da coordenação - Um texto jornalístico deve ser encadeado, lógico, conduzido, ordenado. A informação deve ser exposta por etapas, em blocos articulados e bem definidos. Os elementos intermédios de uma linha de raciocínio devem ser expostos. Não se pode passar da descrição dos fatos à conclusão eliminando as referências aos elementos que permitiram atingir essa conclusão.
Princípio da selectividade - A informação de um texto jornalístico deve ser seleccionada. Devem evitar-se as evidências e as irrelevâncias informativas. A capacidade de seleccionar a informação é, no reino da sobre-informação, uma das marcas distintivas do bom jornalismo.
Princípio da utilidade - Um texto jornalístico deve ser comunicação útil, ou seja, deve ter um conteúdo útil e deve apresentar-se de forma a poder ser utilizado. O consumo e uso da informação devem ser gratificantes.
Princípio do interesse - Não se pode dar apenas informação importante. Há que dar também informação interessante. E há também que tornar interessante a informação importante, mesmo aquela que seja árida pela sua própria natureza.
Princípio da hierarquização - Geralmente, a informação jornalística deve ser hierarquizada. A hierarquização das informações que se pretendem dar ao longo da peça ajuda a estruturar o texto. As informações hierarquicamente mais importantes podem abrir a matéria, serem remetidas para o final ou ainda serem posicionadas estrategicamente ao longo da matéria.
Tipos de enunciação jornalística
O texto jornalístico baseia-se, essencialmente, na descrição, nas citações,
na análise e na opinião.
Com frequência, os jornalistas, movidos pela sua ideologia da
objectividade, procuram separar a informação factual dos comentários
(analíticos ou opinativos). Esta é uma "regra"ainda significativamente viva
na imprensa ocidental.
Texto descritivoO texto descritivo jornalístico descreve alguma coisa. No jornalismo, geralmente usa-se o texto descritivo para descrever um facto, um acontecimento ou uma ideia, bem como as suas evoluções. A descrição jornalística serve, essencialmente, para trazer informação ao domínio público.
Texto analíticoNo jornalismo, a enunciação analítica fica a meio caminho entre a descrição e a opinião. Aliás, nem sempre é fácil destrinçar a análise da opinião, porque, com frequência, ao analisar o jornalista também opina.Analisar corresponde a uma dissecação da realidade, ao exame de um acontecimento ou de uma ideia, parte por parte. A análise serve-se dos factos conhecidos e descritos para interpretar acontecimentos e ideias, para fazer correlações entre os acontecimentos, para traçar as suas implicações, para explicar ocorrências, conjunturas e situações.
Se descrever serve para trazer informação ao domínio público, analisar serve para gerar conhecimento. Fazer análise representa, portanto, fazer um jornalismo mais profundo e ambicioso do que o jornalismo descritivo, baseado nas declarações das fontes ou na descrição de fatos. Mas o jornalismo analítico requer jornalistas especializados, com um sólido domínio das matérias que aborda e um amplo leque de fontes contactáveis.
Texto opinativoSe, na sua essência, a descrição visa tornar pública a informação e se a análise visa gerar conhecimento, a opinião visa influenciar o público e contribuir para o debate de ideias, acontecimentos e problemáticas, enriquecendo o fórum público (por vezes transformado em arena pública). Para se dar uma opinião pertinente é preciso sabedoria. Se a descrição gera informação pura e se a análise produz conhecimento, a opinião é uma manifestação de saber.O texto opinativo é um enunciado jornalístico menos comum do que o texto descritivo e o texto analítico. Os jornalistas, geralmente, tentam separar a informação (descrição e análise) da opinião. A opinião fica reservada a especialistas, colunistas e opinantes.
Enunciação mistaA enunciação mista é uma das marcas do jornalismo actual. A descrição e as citações conjugadas com a análise constituem, provavelmente, o tipo mais comum de enunciação mista no campo jornalístico. Mas também se encontram exemplos de enunciação mista em que descrição, citações e opinião se conjugam e até em que estão presentes os vários tipos de enunciação.
CitaçõesAs citações podem ser diretas ou parafraseadas. Consideram-se citações diretas aquelas em que se reproduz o discurso de uma fonte entre aspas. Consideram-se paráfrases as citações em que o jornalista usa palavras suas para descrever aquilo que a fonte disse. Em ambos os casos deve remeter-se claramente a informação para a fonte citada.Nas citações diretas pode modificar-se ligeiramente a forma original do discurso, desde que não se modifique o sentido do mesmo. Faz-se isto para adequar a citação à forma da notícia e para corrigir problemas gramaticais, nomeadamente problemas sintáticos decorrentes da enunciação oral.
Novas medias sociais
Redes Sociais – Sites que permitem que as pessoas criem páginas pessoais e se
conectem com amigos a fim de compartilhar conteúdo e se comunicar. As
principais delas são: Orkut, MySpace, Facebook, Bebo, Hi5, Sônico;
Blogs – Tipo mais conhecido de mídia social. Trata-se de jornais online
organizados de maneira cronológica reversa, isso é, a informação mais recente
sempre recebe maior destaque.
Wikis – Esses websites permitem que pessoas adicionem conteúdo ou editem as
informações contidas, agindo como um documento comum ou banco de dados. A
mais conhecida delas é a Wikipédia.
Podcasts – Arquivos de áudio e vídeo ficam disponíveis mediante cadastro, um
bom exemplo é o iTunes da Apple.
Fóruns – Áreas de discussão online, geralmente sobre tópicos e interesses específicos.
Os fóruns já existiam antes da criação do termo das mídias sociais e são uma poderosa
e popular forma de comunidades online.
Comunidades de Conteúdo – Organizam e compartilham tipos específicos de
conteúdo. As mais populares giram ao redor de fotos (Flickr), agregadores de links
(Delicious) e Vídeos (YouTube)
Microblogging – Mídia social combinada com pequenos blogs, onde pequenos
pedaços de conteúdos são distribuídos online e através de aparelhos celulares. Twitter
é o exemplo mais conhecido deles.
Mídia Tradicional x Mídia Social
Mudança no processo de participação do receptor
Consequências
Os jornalistas deixam de ser os únicos produtores da notícia para compartilhar
essa actividade com a própria audiência.
Mídias sociais estão trabalhando em paralelo ao Jornalismo e não em
substituição a ele.
A notícia está deixando de ser um produto para se transformar no ponto de
partida de um processo, que começa com os jornalistas, que depois cedem o
papel principal para os leitores.
FIM
Helena Maria Coutinho