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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3Cadernos PDE
I
ÁLBUM DIDÁTICO DE FIGURINHAS: UMA ABORDAGEM DIFERENCIADA
SOBRE O MEIO AMBIENTE ESCOLAR
Autora: STELLA MARIS BENINCA RODRIGUES1
Orientadora: SUSETE WAMBIER CHRISTO ²
RESUMO A crescente dificuldade de aprendizagem observada nas crianças do 6º Ano do Colégio Borell, oriundas de diferentes escolas municipais de Ponta Grossa no Estado do Paraná, vem ao longo do tempo aumentando gradativamente. O ensino de ciências é uma das disciplinas que tem sofrido as consequências pelo fato da dificuldade de escrita e leitura que implica na interpretação de textos científicos e de temas abordados dentro da disciplina. Muitas dessas dificuldades também envolvem o aumento de alunos com necessidades especiais. O tema no que se refere à Educação Ambiental, bem como aos problemas relacionados com a preservação vem sendo desenvolvido e repassado aos alunos. Mas, no que consiste à mudança de comportamento, muitos conhecimentos poderão ser aprimorados no ambiente escolar. Frente às dificuldades de aprendizagem com as turmas dos sextos anos na disciplina de Ciências do Colégio Borell, em Ponta Grossa Paraná; e, como forma de buscar novos recursos didáticos, este Projeto de Intervenção teve como objetivo compreender por meio da investigação dos alunos, aspectos da realidade biológica faunística local. Foram articuladas atividades individuais e coletivas, utilizando-se de filme, música, jogos como forma de articular o conhecimento científico e socializar as informações, pesquisas interativas e fotografias da biodiversidade encontradas no interior da escola. Como forma de efetivar o processo de ensino e aprendizagem, foi produzido um álbum didático de figurinhas, intitulado: “Conhecer para Preservar”. Todas as atividades foram organizadas através de uma sequência didática ligadas entre si pelos temas da biodiversidade, preservação da biodiversidade, aves e meio ambiente escolar. Nesse contexto, proporcionou-se a produção de uma nova metodologia de trabalho para enriquecer o ensino e aprendizagem, driblando as dificuldades de compreensão e interpretação dos conhecimentos científicos.
Palavras-chave: Ciências. Meio ambiente. Lúdico. Álbum didático.
1 Acadêmica do PDE/ UEPG.
² Profª. Drª. do Laboratório de Zoologia/Campus Uvaranas/ UEPG
1 INTRODUÇÃO
Em consonância com o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual
Professor João Ricardo Von Borell Du Vernay entende-se por educação ambiental
como um tema inter e transdisciplinar, assim deverá ser desenvolvido nas disciplinas
de forma integrada e articulada, desenvolvendo valores, atitudes e habilidades que
proporcionem atuação individual e coletiva voltada à preservação e identificação de
problemas ambientais visando a conservação, recuperação e melhoria do meio
ambiente. Na escola supracitada, isto será feito pela difusão de conhecimentos na
sala de aula, tecnologias e informações sobre a questão ambiental e a montagem de
um banco de dados e imagens, para as ações realizadas e através de projetos.
(PPP, 2011).
Com base na Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, não apenas acolheu como precisou a terminologia: ‘Art. 3º. Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I - Meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas’ (QUEIROZ, 2006).
O homem vem alterando o ambiente onde vive de forma a desconsiderar
que é um ser social, ao desrespeitar a Natureza compromete a qualidade de vida de
ambos. Faz-se necessário, no que se refere ao ambiente escolar, a conscientização
dos educandos, já que nesta fase de desenvolvimento estão abertos ao
conhecimento, e a curiosidade leva ao despertar do interesse e fascínio.
Dados os planos de ações governamentais como a Conferência Rio-92,
ocorrida no Rio de Janeiro, que estabeleceu a Agenda 21 com um plano de ação
sobre a sustentabilidade em detrimento aos problemas ambientais surge a
expressão Educação Ambiental. No que diz respeito à escola pública, o Brasil é o
único país da América Latina com política nacional específica visando a Educação
Ambiental. Embora se trate de educação relacionada ao ambiente, não se refere a
uma disciplina própria no âmbito escolar, mas sim, um conceito mais amplo e dever
de todos os envolvidos na escola, com participação ativa principalmente dos
educadores, não sendo exclusivo voltado às Ciências Biológicas ou a Geografia,
afinal a cidadania é dever de todos (AGENDA 21, 2002).
Mesmo estando inseridos nesta prática de ação, onde se percebe os efeitos
de atitudes que afetam e desrespeitam o ambiente e que os educandos desde
quando iniciam na fase escolar recebem informações referentes aos cuidados com o
Planeta, nos temas abordados sobre o ar, a água e o solo. Mas, então, o que
justifica que embora recebam o conhecimento do 1º ano do ensino fundamental ao
ensino médio onde a incidência de continuidade ao ensino superior é menor, não
aplicam estes conceitos adquiridos no processo de ensino e aprendizagem de forma
a aplicá-los no seu cotidiano. O que justifica o grande número de desastres e
catástrofes ambientais relacionadas à falta de consciência ou a falta de
aplicabilidade do conhecimento adquirido. Como justificar as doenças que vêm
aumentando sua discriminação por questões apenas de cuidados com o ambiente,
relacionados à quantidade indiscriminada de lixo e as relações ao ato de reciclar que
envolvem na maioria das vezes questões políticas e de ações públicas. Não cabe
definir, portanto, as questões que se referem aos problemas políticos, mas a
reflexão no que tratam a escola, a educação ambiental, a aprendizagem, os
recursos didáticos e pedagógicos para que os conceitos sejam adquiridos,
assimilados e que ocorra a mudança de comportamento.
O que torna uma escola sustentável? Como a escola pode atuar para
potencializar a ação da comunidade escolar, em prol de um ambiente mais
equilibrado e solidário? Como torná-la um espaço fecundo para a produção de
conhecimentos e para o desenvolvimento de ações que contribuam para a
sustentabilidade local e planetária? (OLIVEIRA et al, 2011 p. 6).
Um número crescente de educadores tem refletido e muitas vezes buscado
cumprir o importante papel de desenvolver o comprometimento dos alunos com o
cuidado do ambiente escolar: cuidado do espaço externo e interno da sala ou da
escola, cuidado das relações humanas que traduzem respeito e carinho consigo
mesmo, com o outro e com o mundo. A reflexão sobre o ambiente que nos cerca e o
repensar de responsabilidades e atitudes de cada um de nós, gera processos
educativos, contextualizados e significativos.
2 O REPENSAR SOBRE OS PROBLEMAS AMBIENTAIS NA ATUALIDADE
Um dos questionamentos sobre os problemas ambientais da atualidade é
referente ao papel da escola como espaço de produção de conhecimentos em busca
de uma sociedade sustentável.
Freire (2002, p. 33) questiona: “[...] por que não discutir com os alunos a
realidade concreta a que se deva associar a disciplina cujo conteúdo se ensina [...]”.
Dentre as novas abordagens no ensino de Ciências que procuram
contemplar uma cultura que engaje os estudantes na linguagem e nas formas de
investigação científica autêntica, estão os modelos de aprendizagem participativa
(GOUW, 2013 apud BARAB et al, 2000; BARAB; HAY, 2001; BARAB; LUEHMANN,
2003; GOLICK et al, 2003).
Tornando-se um desafio com uma nova metodologia de trabalho e
estratégias diversificadas para adequar a rotina de sala de aula, visto que a
formação na década de 1980 tratava-se de ideias behavioristas considerando que
todo conhecimento já está estabelecido e contido nos “livros já escritos” de forma a
aprender por memorização (CAMPOS & NIGRO, 2009).
Diversos projetos têm estimulado a participação das escolas em desenvolver
planos de ação que permitam uma aprendizagem significativa com valores sociais e
ambientais.
Através do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica à
Docência (PIBID), com intuito de estimular a curiosidade e o interesse dos
estudantes do ensino médio desenvolveu-se uma coleção científica com exsicatas
de plantas encontradas nas dependências do Colégio Estadual Professor João
Ricardo Von Borell Du Vernay, tendo como resultados a identificação de 17 espécies
vegetais (COLEÇÃO INICIAÇÃO À DOCÊNCIA - PIBID, BIOLOGIA/ UEPG [...],
2013).
No Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (PIBID) no
Instituto Federal de Santa Catarina/ Campus Jaraguá do Sul teve como proposta de
pesquisa a utilização de um álbum de figurinhas para o Ensino de Astronomia, tendo
como uma ferramenta positiva para tornar mais atraente o estudo, visando o
interesse dos alunos e como metodologia diferenciada e uma ferramenta de
ensino/aprendizagem.
Segundo Vigotski (1989) a aquisição dos conhecimentos ocorre da
interação do sujeito com o meio. A implementação didático-pedagógica foi
desenvolvida numa turma do 6º ano do Colégio Estadual Professor João Ricardo
Von Borell Du Vernay, na cidade de Ponta Grossa.
Todas as atividades aqui registradas, foram organizadas através de uma
sequência didática ligadas entre si pelos temas da biodiversidade, preservação da
biodiversidade, aves e meio ambiente escolar, sendo envolvidas as disciplinas de
Língua Portuguesa e Geografia. As propostas metodológicas foram desenvolvidas
no primeiro semestre do ano letivo de 2015 na forma de oficinas durante as aulas de
Ciências. A turma aparentava ser tranquila, porém ao longo do período foram
surgindo algumas “dificuldades” que foram substituídas por “desafios”. Participavam
da turma do 6º ano 30 alunos, sendo dois alunos especiais, A e B (cadeirantes/ com
hidrocefalia), um aluno C com Transtorno fóbico da infância, Transtorno desafiador
opositor e encoprese de origem não orgânica e uma aluna D com problemas de
aprendizagem. Sendo um menino ao qual será citado como “aluno A” que já fez 18
cirurgias; e a uma menina, muito inteligente, que será chamada “aluna B”. O aluno
“A” escrevia pouco e participou em contra turno da sala de recursos, escrevia em
caixa alta e usava esse mecanismo para não escrever muito. A aluna “B” parecia ter
apenas problemas locomotores, o aluno “C”, conhecido por ser muito ativo e que
chegava a perturbar a turma toda, a aluna “D” escrevia com o caderno de forma
contrária, ou seja, de ponta cabeça, mas era amorosa e sempre queria ajudar,
escrevia muito devagar e estava num processo de soletrar para fazer uma leitura.
A sala de aula da turma não tinha TV pen drive, mas foi adaptada aos alunos
com deficiência locomotora, com uma rampa de acesso. Aos pais foi enviada uma
autorização para o uso da imagem, com uma carta de agradecimento pela
colaboração e participação dos alunos no desenvolvimento do projeto e que os
mesmos não iriam ter despesas, apenas “vontade de aprender”. Cada aluno recebeu
uma apostila encadernada com as atividades, para facilitar a implementação.
Uma das grandes “dificuldades” em receber os alunos dos sextos anos em
nosso Colégio é devido ao espaço ser amplo, cujo terreno mede 40.141,91 m² e
área construída de 4.620,16 m². As escolas municipais da cidade de Ponta Grossa
são pequenas e com poucas turmas, o Colégio Borell conta em cada turno com 20
turmas e para os recém-chegados parece assustador. No primeiro dia de aula, os
alunos foram recepcionados e conduzidos pelo espaço escolar, mostrando a
localização de cada ambiente como forma de acolhimento e de pertencimento da
escola. Num primeiro momento, um “bate papo” descontraído com a presença de
alguns pais se fizeram questão de comparecer. Foi explanado alguns detalhes sobre
o projeto e explicado a eles porque não seria utilizado o livro didático e que da
mesma forma os alunos estariam adquirindo conhecimento, porém de forma
diferenciada. A cada aula um aprendizado, todos os dias ocorreram “muitos
desafios”. Quando um projeto é escrito e registrado, ao colocar em prática parece
tudo impossível, aos poucos os relacionamentos entre professor e aluno começaram
a facilitar o desempenho em sala de aula. A primeira atividade desenvolvida foi
assistir ao filme Wall-E que de forma lúdica, traz à tona a problemática da geração
de resíduos em todos os cantos do planeta – e será que um dia, com tanto lixo
espalhado por muitos lugares, os seres humanos não conseguirão mais viver aqui?
O filme ganhou o Oscar 2009 como Melhor Animação. Após assistirem o filme os
alunos preencheram uma ficha de roteiro para filmes, fornecida pela professora,
visando o resgate da percepção da relação entre o homem e o meio ambiente e o
desgaste do planeta, com ele o primeiro desafio. Então surgiram as dúvidas, tais
como:
“– Professora, mas já esqueci e não lembro mais o que aconteceu no filme!”
“– Ah, tem que escrever?”
“– Não sei o que escrever, quantas linhas?”
Foi, então, necessário resgatar algumas cenas do filme de suma
importância, mas sempre estimulando a memória e a participação de todos. Durante
o desenvolvimento das atividades propostas a professora de Língua Portuguesa
realizou a correção de algumas atividades e orientou no preenchimento do roteiro
para análise de filmes, com dicas sobre o enredo, mensagem central e cena de
maior impacto. O retorno foi satisfatório, com a seguinte resposta:
“– Ah, agora sim, ficou mais fácil!”
Figura 1- Síntese do filme Wall-E
Fonte: Elaborado pela autora.
Na segunda etapa o preenchimento do roteiro de análise de filme utilizada
pela escola, fornecida as dicas de preenchimento com explicação sobre cada um
dos itens que aparecem, tais como: enredo, ideia central, cena de maior impacto,
tema abordado, valores cinematográficos, linguagem predominante e grau de
entendimento. Para encerrar o tema abordado no filme algumas perguntas de fácil
entendimento foram propostas, sendo divididas em três situações devido ao
envolvimento do filme. O filme é uma boa dica para se trabalhar em sala de aula, já
diz a Revista Nova Escola, edição especial n. 50.
Após o término do filme, algumas linhas foram produzidas, o que permitiram
conhecer cada um dos alunos e a problemática da escrita, da letra e da
interpretação referente à mensagem do filme. Para quem nunca havia assistido, não
há diálogos e sim, apenas expressões como “Wall-E”, “EVA”, entre outras.
Na Oficina n. 2 foi realizado uma dinâmica para sensibilizar a preservação
da biodiversidade sobre “Identidade e Valores” com a montagem de um boneco. Os
alunos foram divididos em seis subgrupos e cada um ficou responsável pelo
desenho de uma parte do boneco: cabeça, tronco, braços, mãos, pernas e pés.
Nessa dinâmica, cada grupo não sabia de que forma o outro estaria desenhando e,
portanto, as partes do boneco tiveram proporções diferentes o que propiciou a
problemática das diversidades e das questões ambientais da comunidade escolar,
através de perguntas. As respostas foram registradas nos cartazes juntamente com
o desenho. Para que os grupos obtivessem uma visão geral da dinâmica, foi
importante a leitura de todas as perguntas antes de iniciar o trabalho (REVISTA
MUNDO JOVEM, 2007).
O momento foi divertido, descontraído, muito interessante e revelador,
contudo, sem que se percebesse, ao ser montado o boneco com as partes
desenhadas, verifica-se que os membros inferiores foram o que mais chamou a
atenção, pareciam pernas adaptadas. Enfim, na turma a presença dos dois alunos
cadeirantes propiciou a disputa entre os colegas para tentar ajudá-los a movimentar-
se até mesmo em sala de aula. Devido à insistência da mãe da aluna “B” foi
disponibilizada uma funcionária exclusiva para auxiliá-los no restante do período
letivo.
Figura 2 - Produção dos alunos do 6º ano A – Dinâmica: O Boneco
Fonte: Elaborado pela autora.
A dica sobre a dinâmica: cada grupo desenhou uma parte do boneco sem
estipular o tamanho de cada membro e, portanto, as peças ficaram disformes. Foi
utilizada, então, a comparação da estrutura do boneco com as ações ambientais que
foram realizadas pelos grupos. A ação conjunta promoveu resultados mais efetivos,
abrangentes e com maior rapidez, o que permitiu um retorno eficaz ao meio
ambiente.
A atividade proposta em parceria com a disciplina de Geografia foi a
produção de um desenho geográfico da localização do endereço do aluno em
relação à escola.
Figura 3 – Desenho da localização geográfica da casa/escola de três alunos
Fonte: Elaborado pela autora.
Na oficina seguinte, foi tratado sobre a audição da música Passaredo de
Chico Buarque e Francis Hime, a letra extraída do livro didático de ciências 5ª série
“O Planeta Terra” de (Gewandsznajder) através de vídeo com imagens retratando a
música, os alunos descobriram aves que até então não tinham sequer ouvido
comentar. Mostrando através da letra da música a variedade de espécies de aves que
existe no interior do Brasil, sendo algumas conhecidas. Utilizando o projetor de
multimídias e por meio da internet o site wikeaves, onde acompanharam as
características, localização e sons de algumas espécies em particular, como a
curucaca, o tucano e o urubu.
Nesse período, verificou-se que seria melhor dispor os alunos em pequenos
grupos, devidamente autorizados com crachá exclusivo do projeto, começar a fazer
as saídas no entorno do Colégio para dar início ao ato de fotografar as espécies de
aves encontradas. Foi uma grande disputa, porque todos queriam sair, porém sempre
orientados em como fotografar, principalmente ter paciência e ser observador.
Descobriram de forma rápida, pois, ao sair da sala, corriam atrás das aves e é claro,
sem sucesso. Outro problema verificado, é que nem todos possuíam um celular e,
principalmente, que tivesse uma câmera boa. As primeiras fotos vieram com uma
imagem borrada e sem nitidez. Na sequência, após a construção do conhecimento
dos conceitos da organização dos seres vivos e a interrelação com o meio ambiente
os alunos foram organizados em grupos e elaboraram no caderno por meio de
pesquisa uma tabela com informações sobre alguns ecossistemas brasileiros, tendo
como itens: características da fauna e da flora, localização geográfica, espécies
ameaçadas de extinção e ações institucionais para a sustentabilidade socioambiental.
Entre as oficinas seguintes estavam discussões e questionamentos sobre a
biodiversidade e sua conservação. Resgatando os conceitos sobre o meio ambiente
e como forma de textualizar sobre a biodiversidade baseando-se em dois textos a
reflexão e produção de texto intitulado: “ações institucionais para a sustentabilidade
socioambiental – Preservando a Biodiversidade”. Através do texto produzido pode-
se perceber o desenvolvimento dos alunos na escrita.
Figura 3 – Produção textual da aluna B
Fonte: Elaborado pela autora.
Utilizando-se das ferramentas tecnológicas como instrumento de
aprendizagem, os alunos foram pesquisar na sala de informática, sendo que aqueles
com conhecimento prévio na ferramenta auxiliaram os que não tinham conhecimentos
básicos em navegar na Plataforma Linux. O tema principal, a variedade de
ecossistemas brasileiros, sua localização, a fauna, a flora e as espécies ameaçadas
de extinção. E a pergunta final: a nossa região se enquadra em qual ecossistema?
Figura 4 – Pesquisa detalhada na sala de informática
Fonte: Elaborado pela autora.
Conforme a orientação e instrução de utilização de celular ou máquina
fotográfica, os alunos continuaram a investigar o espaço escolar. Com base na lei:
A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou, em maio de 2008, uma lei que proíbe alunos de usarem celulares e aparelhos eletrônicos como MP3 players e videogames em escolas públicas e privadas da Educação Básica. Está liberada a utilização nos intervalos e horários de recreio, fora da sala de aula, cabendo ao professor encaminhar à direção o aluno que descumprir a regra [...] (BRASIL, 2008).
Apesar de proibir os alunos a utilizarem aparelhos como tablets e celulares,
permite o uso quando orientado pelo professor – para fins pedagógicos.
Alguns animais e plantas já eram conhecidos, mas os alunos começaram a
reconhecê-los, cheios de curiosidade. A cada saída em equipes, novas emoções,
tais como fotos que se perderam porque não foram salvas, fotos borradas e algumas
que não saíram porque a ave “já voou”.
“– Professora olha o urubu na caixa d’água! - Ele está urubuservando!”
“– Professora o que é aquilo pendurado no muro? - Uma bucha vegetal!”
E surgiram novas dificuldades, do tipo: levar os cadeirantes nos lugares de
difícil acesso, como no pátio. Onde andar com a cadeira de rodas sobre a grama e
em superfícies diversas, transformou o percurso num obstáculo. Enquanto, os
alunos corriam pelos campos, saibros, subindo e descendo declives, os olhares
atentos e perdidos dos que não podiam acompanhar. Porém, não deixaram de
seguir com os colegas, sempre sorridentes e bem dispostos. Pode-se dizer que
neste aspecto, foi demonstrada grande superação por todos que procuraram
aproveitar cada passo dessa experiência.
A oficina subsequente se constituiu na organização de um painel com as
fotos das espécies da Biodiversidade do Meio Ambiente Escolar, selecionadas pela
turma.
Figura 5 – Painel de fotos
Fonte: Elaborado pela autora.
Pode-se observar que muitas crianças gostavam de colecionar figurinhas,
sendo na maioria as de goma de mascar, visto que compraram, trocaram com os
colegas, fizeram disputas entre si e montaram no caderno, dispositivos para
colagem das mesmas, de maneira ordenada. Essa demonstração sugeriu a ideia da
necessidade de buscar brincadeiras mais simples que não só as tecnológicas como
as atividades lúdicas nas aulas de ciências, inserindo assim no contexto de
aprendizagem outras opções mais dinâmicas, como a construção de um álbum de
figurinhas sobre os componentes bióticos que envolvem o ambiente escolar. Como
forma de socializar as informações e articular os conceitos científicos sobre a
biodiversidade aprendidos a oficina final foi desenvolvida com a produção de um
álbum didático de figurinhas. As fotografias foram selecionadas e levadas para
impressão, o mesmo ocorreu com o álbum contendo doze páginas e 29 figurinhas
sobre as aves, e plantas encontradas no ambiente escolar e uma com a foto da
turma participante. Como encerramento da implementação os alunos receberam o
caderno com as atividades propostas, um álbum de figurinhas e dez pacotinhos com
três figurinhas cada, algumas repetidas para estimular a troca com os colegas até
completar o álbum.
Figura 6 – Figurinhas elaboradas
Fonte: Elaborado pela autora.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com relação ao grau de facilidade e dificuldade encontradas pelos alunos
em cada uma das oficinas propostas, foram observados os seguintes resultados:
Quanto ao filme Wall-E, apenas dois alunos consideraram-no regular.
No que diz respeito às questões propostas do roteiro para análise de filmes,
dezenove alunos realizaram com facilidade, oito tiveram dificuldade e apenas um
não conseguiu desenvolver.
A questão considerada difícil de responder foi em relação à cena de maior
impacto tratada pelo filme Wall-E. Para um grupo de quatorze alunos: sete
consideraram o enredo difícil, quatro avaliaram a mensagem central como difícil de
entender o problema e apenas três não tiveram dificuldades.
Importante, ressaltar que foram unânimes, ao concluírem que a mensagem
do filme tratava de uma ação correta para o meio ambiente, ou seja, em “não jogar
lixo” e “cuidar do planeta”.
Todos os alunos gostaram de trabalhar em grupos e as ações propostas
pela turma que podem fazer a diferença em relação ao meio ambiente da escola,
foram: – não poluir o meio ambiente e utilizar placas de conscientização para a
preservação ambiental.
Com relação à Oficina n. 3, ao se reportarem à letra da música Passaredo,
um número considerável de vinte e sete alunos entenderam, o significado da palavra
biodiversidade, como a variedade de espécies.
De modo geral, pode-se avaliar que todos gostaram de utilizar o computador
como ferramenta de pesquisa, por ser “mais prático, rápido, facilita a pesquisa e é
legal”.
Quanto à utilização de computador para realizar pesquisas, do total do
grupo, verificou-se que vinte possuem computador em casa, porém apenas quinze
tem conexão com a Internet, e oito alunos, nem sequer possuem computador em
casa.
A pesquisa foi considerada por eles muito interessante, visto que tiveram a
oportunidade de conhecer outros lugares, observando a fauna, flora, localização e
os seres ameaçados de extinção.
Eles também acharam interessante sua participação em uma investigação
científica sobre o espaço escolar. Percebeu-se o quanto se sentiram importantes por
fazerem parte de algo que antes não era cogitado buscar à frente da tela de um
monitor, ou seja, a pesquisa em tempo real. Sabe-se, porém, que muitos utilizam
seu computador para outros tipos de atividades, como jogos, redes sociais entre
outros.
Interessante, observar, que esses alunos em seus relatos, evidenciaram que
a atividade mais apreciada no Projeto de Investigação Científica, foi tirar fotos das
aves e conhecer melhor o espaço do Colégio e os animais que aparecem.
Perceberam que cada espécie de animal e plantas possui uma classificação
que confere uma identidade.
Aguardavam com grande expectativa o álbum de figurinhas produzido com a
participação de todos.
Como colaboradores da construção de uma nova metodologia com
investigação do espaço escolar responderam algumas questões, os resultados
apontados seguem:
- a maioria dos alunos respondeu que sua escolha em se matricularem na
escola em pauta foi devido a fácil acessibilidade, porque todos falam que é uma
escola boa, rigorosa e com bons professores, porque toda família estudou ali e todos
gostaram, porém, apenas um citou que foi imposto pela mãe.
No que diz respeito a participar da produção de um álbum didático de
figurinhas, todos gostaram principalmente por ser “legal” e “diferente”. As fotos mais
interessantes foram a do tucano, urubu e o bem-te-vi. Consideraram o espaço da
escola muito grande por isso a importância de aprender a preservar o meio ambiente,
uns citaram que já haviam estudado sobre o meio ambiente nas séries iniciais.
Perceberam que os problemas encontrados na escola foram as questões relativas ao
lixo, como bola de papéis, embalagens de lanches e papel de balas jogados no chão.
E as ações propostas para preservar o ambiente escolar foram: não jogar papéis no
chão, cuidar das flores, não sujar, economizar água, ter respeito e cuidado. Com a
participação da disciplina de Língua Portuguesa cada aluno produziu um texto sobre o
desenvolvimento do projeto, relatando os momentos mais relevantes: uso do celular
em alguns momentos na escola, tirar fotos, as pesquisas realizadas na biblioteca e na
informática, os trabalhos em grupos, aprender de forma divertida e adquirir
conhecimentos sobre a biodiversidade para cuidar e preservar. “Quando a professora
entrava na sala era aquela alegria toda [...]”.
No Grupo de Trabalho em Rede (GTR), dezesseis professores fizeram a
inscrição, porém apenas dez concluíram com participação efetiva, cinco professores
não concluíram e uma professora informou da sua desistência.
Os dados referentes aos professores participantes do GTR relativamente à
implementação do projeto, são narrados na sequência:
- “Vou utilizar todas as atividades com meus alunos, achei todas interessantes, algumas a escola já faz, mas o álbum de figurinhas, ... o trabalho com a música do Chico Buarque e a interpretação, vou utilizar na disciplina de Arte. De maneira interdisciplinar todas as oficinas poderão ser utilizadas e tem muito a acrescentar de conhecimentos.”
- “Acredito que este projeto será bem-vindo no colégio onde trabalho, nós professores sempre estamos trocando experiências e procurando novas metodologias para despertar o interesse dos nossos alunos pela aprendizagem efetiva [...]”
- “O seu projeto muito contribuirá para motivação dos alunos”.
- “Seu projeto pode contribuir para uma leitura dinâmica em minhas aulas, ode os alunos irão pesquisar os animais, suas características e curiosidades [...]”
- “Creio que seu projeto possa ser implantado em qualquer colégio, bem como conte com a colaboração/aplicação de uma equipe multidisciplinar devido sua relevância. É algo que desperta interesse dos estudantes, não só para nossa disciplina, incentiva o cuidado com o meio ambiente, reforça a autonomia e estimula a criatividade dos educandos. A introdução de algo inovador que traga sentido e significado à prática realizada é algo estimulante ao conhecimento científico.”
- “Quando vi seu projeto fiquei encantada com a possibilidade de fazer algo com meus sextos anos que os levem a ter o mesmo interesse que em mim também foi despertado desde cedo”.
- “Gostaria de parabenizá-la pelo belíssimo projeto em sua totalidade, bem como, pela seriedade que o conduz, pois fiquei feliz em participar de seu projeto.”
- “Atividade como essas são prazerosas para as crianças e conseguimos atingir os objetivos propostos”.
- “Achei muito interessante essa atividade de confeccionar o álbum de figurinhas. Comecei a desenvolver com meus alunos sobre invertebrados/vertebrados. Estão eufóricos e estou percebendo que a atividade está sendo mais prazerosa”.
- “Muitas vezes as fotografias da natureza sensibilizam e provocam curiosidade por aquilo que compõe a imagem despertando o interesse pela aprendizagem”.
Segundo Vygotsky o papel essencial da educação, é proporcionar a
aprendizagem com diferentes tipos de atividades, assegurando o desenvolvimento
de cada aluno. Através dos dados obtidos na implementação pedagógica tendo
como base os questionamentos fornecidos aos principais envolvidos, os alunos, e
alcançado os objetivos propostos tendo como metodologias o lúdico, leituras,
pesquisas, investigação científica com a mediação do lúdico, os conteúdos teóricos
foram assimilados de forma prazerosa e dinâmica resultando na aprendizagem,
driblando as dificuldades ou desafios diários.
Quando ocorre a busca por caminhos alternativos para efetivar a
aprendizagem tem-se a consciência de utilizá-los como mediadores e não apenas
como uma diversão, atividades relevantes e que permeiam os conteúdos,
assegurando a qualidade no ensino.
4 CONCLUSÃO
O resultado final das atividades propostas com a aplicação de metodologias
diferenciadas visando os alunos com dificuldades de aprendizagem ao longo do
projeto foi positivo. Pode-se dizer que durante todo o processo de
ensino/aprendizagem em meio a tantos desafios foi surpreendente à evolução de
cada um dos envolvidos; e, muito mais ainda, a superação da maioria em alguns
obstáculos que narraram. Percebeu-se, que ao vencerem os desafios propostos se
sentiram importantes perante sua participação na pesquisa.
Para os alunos “A” e “B” – com dificuldades locomotoras, foi concedida uma
funcionária para ajudá-los no transporte pelos corredores da escola, bem como
arranjada uma pequena rampa de acesso à sala de aula.
Ao aluno ‘C” – com Transtorno Desafiador Opositor, foi mantida uma relação
de afeto, aos poucos durante alguns surtos que ocorreram em sala de aula, buscou-
se tratá-lo com muito carinho, acalmando-o e conseguiu-se envolvê-lo de certa
forma que pode desenvolver todas as atividades. Esse aluno, embora seja agitado, é
dotado de inteligência e capacidade para alcançar todas as suas metas de
aprendizagem.
A aluna “D” – com dificuldades de leitura conseguiu desenvolver o senso da
escrita melhorando inclusive o seu rendimento escolar, haja vista com a participação
nas disciplinas de Língua Portuguesa e a sala de apoio.
Para tanto, com a nova metodologia desenvolvida de produzir um álbum
didático de figurinhas através da investigação científica no espaço escolar com
atividades diferenciadas, seja através de música, filme, leituras, fotografias,
pesquisas na sala de informática com produções escritas, orais, visuais, pode-se
chegar ao consenso de que os resultados positivos que eram esperados foram
alcançados. E, mais, isso despertou nos alunos o senso de preservação ambiental,
visando a qualidade de vida e o resgate dos conceitos ambientais. Lembrando que
essa ferramenta pode ser utilizada em qualquer área do conhecimento, bem como
adaptada a realidade de cada escola.
Pode-se concluir que tais aprendizagens têm sido possíveis para que a partir
de um conjunto de atividades que foram sendo desenvolvidas e discutidas do ponto
de vista teórico, buscar a compreensão de que tais conhecimentos tidos como
novos, não são transpostos de forma direta para o conjunto de saberes que os
professores devem mobilizar e articular ao preparar e desenvolver suas aulas
cotidianamente, dando uma nova dimensão à ideia de que há também um processo
de transformação dos saberes a serem ensinados em saberes organizados.
É importante destacar, por fim, que existem elementos novos a considerar
quando são elaboradas novas propostas curriculares para os saberes a serem
ensinados, elementos estes pertinentes aos próprios saberes, àqueles presentes
nos materiais de apoio didático, ou mesmo aos que estão presentes nas atividades
produzidas pelos alunos, como as que estão retratadas neste artigo.
Tais elementos, explicitados no contexto do Projeto e apontados nos
princípios aqui identificados, resultaram de reflexões que podem ser compreendidas
como primeiras aproximações, e que apontam para a necessidade de aprofundar a
compreensão sobre a forma como os saberes a serem ensinados se transformam
em “saberes ensinados” e em “saberes aprendidos”. E, que de modo muito
particular, indicam a necessidade de compreender melhor o papel que os materiais
de ensino têm nesses processos, reforçando o compromisso com a formação de
qualidade, tão difundida nas últimas décadas.
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