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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

A INTEGRAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS DE NOVA LARANJEIRAS:

A ACULTURAÇÃO INDÍGENA E A QUALIDADE DE VIDA EM TERRAS

KAINGANG

Professor PDE: Luciano Rodrigues da Silva Professora orientadora: Nilsa de Oliveira Pawlas

Resumo: Sabe-se que um povo que não possui uma educação cultural própria, que não defende sua cultura é um povo que está sendo dominado e escravizado. Este artigo é o resultado da aplicação do projeto de intervenção numa turma do 8° ano, dos Anos Finais do Ensino Fundamental, no Colégio Estadual Rui Barbosa, localizado no município de Nova Laranjeiras, estado do Paraná. O projeto de intervenção, dividido em três unidades didáticas, consistiu em 32 aulas, nas quais se deteve nas características culturais do grupo Kaingang de Nova Laranjeiras/ PR, com o intuito de conduzir os alunos às análises dos fatores determinantes para a aculturação do indígena no município de Nova Laranjeiras–PR. As atividades foram elaboradas de modo a levar o aluno a discutir, refletir e buscar formas de desconstruir as práticas discriminatórias contra o indígena na sociedade atual, compreendendo o processo de aculturação que eles estão vivendo. Apresentam-se ainda algumas contribuições dos professores que participaram do GTR. Palavras-chave: Aculturação, indígena, kaingang, Educação.

INTRODUÇÃO

Entendemos que as condições de sobrevivência do indígena hoje são

precárias. Sem um padrão de vida digno, através do qual ele possa viver com

decência. O índio não é considerado como cidadão livre e autônomo, não possui

trabalho fixo e seus meios de subsistência são cada vez mais precários.

Os indígenas Kaingang de Nova Laranjeiras/PR, ainda mantém algumas

trocas culturais como: produção de artesanato, danças típicas, valores morais e

religiosos, as pinturas, a prática da caça e pesca e o futebol como esporte preferido.

_________________________________

[1] Professor PDE - da Rede Estadual do Paraná. Licenciado em História pela Instituição FAFI-Palmas-Pr (1998); Especialista em Saúde e Qualidade de Vida - FACEPAL (2002); Especialista em Gestão Escolar - FACINTER (2003).

[1] Professora Orientadora do PDE/UNICENTRO - Docente da UNICENTRO/Guarapuava. Graduada

em Pedagogia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (1988); Mestrado em Educação pela UNICAMP; Mestrado em Lingüística Aplicada pela Universidade Estadual de Maringá UEM -(2003); Duas especializações: Em Orientação Educacional e Psicopedagogia. Doutora em Educação, pela Faculdade Ciencias de la Educación - UNIVERSIDAD DE LA EMPRESA - Doctorado En Educación -

Montevideo Uruguay

O principal fator que leva o indígena a aculturação é a forte presença do não

índio e da evolução tecnológica como principais meios de sobrevivência, forçando o

indígena a aculturação por sua posição geográfica, ou seja, pela distância da terra

indígena da cidade de Nova Laranjeiras.

Devido à evolução cultural e tecnológica da sociedade e a influência da mídia

em seu meio, os indígenas envergonham-se de sua cultura, deixando hábitos,

crenças e os costumes cada vez mais esquecidos e acabam vivendo a cultura não

indígena na tentativa de fazer parte desta sociedade.

Sabe-se que um povo que não possui uma educação cultural própria, que não

defende sua cultura é um povo que está sendo dominado e escravizado. A partir

dessa afirmação questiona-se: como revitalizar a cultura indígena do povo Kaingang

do município Nova Laranjeiras, sabendo que sua cultura está passando por um

processo de aculturação?

O ensino de história garante uma intervenção com relação à noção de

identidade, isso está garantido nos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN’s de

história e geografia:

O ensino de História possui objetivos específicos, sendo um dos mais relevantes o que se relaciona à constituição da noção de identidade. Assim, é primordial que o ensino de História estabeleça relações entre identidades individuais, sociais e coletivas, entre as quais as que se constituem como nacionais (BRASIL, 1997, p. 26) .

Sendo o objetivo principal destas ações pedagógicas, devemos reconhecer a

importância da aculturação indígena para a melhoria da qualidade de vida dos povos

indígenas do município de Nova Laranjeiras e, ao mesmo tempo, mostrar também a

importância de revitalizar a sua cultura.

Neste sentido, este artigo tem como propósito apresentar as especificidades

da aplicação do projeto de intervenção numa turma do 8° ano, dos Anos Finais do

Ensino Fundamental, no Colégio Estadual Rui Barbosa, localizado no município de

Nova Laranjeiras, estado do Paraná.

O projeto de intervenção, dividido em três unidades didáticas, consistiu em 32

aulas, nas quais se deteve nas características culturais do grupo Kaingang de Nova

Laranjeiras/ PR, com o intuito de conduzir os alunos à análises dos fatores

determinantes para a aculturação do indígena no município de Nova Laranjeiras–

PR. As atividades foram elaboradas de modo a levar o aluno a discutir, refletir e

buscar formas de desconstruir as práticas discriminatórias contra o indígena na

sociedade atual, compreendendo o processo de aculturação que eles estão vivendo.

REFERENCIAL TEÓRICO

O Índio Kaingang de Nova Laranjeiras/PR está passando por um processo de

aculturação muito rápido, principalmente o indígena jovem. O jovem está consciente

da aculturação, e ele entende que é preciso levar a tecnologia para a tribo, desde

que seja feita de uma maneira, através da qual possam preservar sua cultura.

Este tema propõe uma concepção que busca explicitar a diversidade étnica e

cultural que compõem a sociedade brasileira, compreendendo suas relações

marcadas pela desigualdade social e econômica, apontando transformações

necessárias, oferecendo elementos para a compreensão dos valores do outro ser

humano, por sua dignidade intrínseca sem qualquer discriminação. A afirmação da

diversidade é o traço fundamental na construção de uma identidade nacional que se

põe e repõe permanentemente, tendo a Ética, como elemento definidor social e

interpessoal.

O estudo de História nos faz provocações que visam o arranjo de uma

analogia social, constituída no passado, mas articulada à história da população

brasileira devendo abranger inicialmente a compreensão da construção da

identidade social nas propostas educacionais para o ensino de História.

Diante disso, contata-se nos PCN’s: Do trabalho com a identidade decorre, também, a questão da construção das noções de diferenças e de semelhanças. Nesse aspecto, é importante a compreensão do “eu” e a percepção do “outro”, do estranho, que se apresenta como alguém diferente (BRASIL, 1997, p. 26).

Para tanto, para haver a inclusão do “outro”, as disciplinas necessitam admitir

a assimilação das diferenças no próprio grupo de convívio, analisando o “outro”, ou

seja, aquele que vive no local. Para ter a abrangência do todo é necessária a

identificação de noções culturais comuns no grupo local e comum a toda a

sociedade.

Ao tratar deste assunto, é importante distinguir diversidade cultural, na qual o

tema se refere de desigualdade social. As culturas são produzidas pelos grupos

sociais ao longo das histórias, na organização da vida social e política, relações com

o meio e na produção de conhecimento.

A diferença entre culturas é fruto desses processos em cada grupo social.

Reconhecer diferentes histórias possibilita um comparativo consigo mesmo

estabelecendo relações significativas para compreensão da necessidade do outro

inserir-se na sociedade. Neste eixo, os PCN’s fundamentam que:

O conhecimento do “outro” possibilita, especialmente, aumentar o conhecimento do estudante sobre si mesmo, à medida que conhece outras formas de viver, as diferentes histórias vividas pelas diversas culturas, de tempos e espaços diferentes. Conhecer o “outro” e o “nós” significa comparar situações e estabelecer relações e, nesse processo comparativo e relacional, o conhecimento do aluno sobre si mesmo, sobre seu grupo, sobre sua região e seu país aumenta consideravelmente (Ibid., p. 27).

Para tanto, toda a raça humana tem uma cultura, seja onde quer que ela se

encontre; o outro deve conhecê-la e compreender suas interações no processo de

socialização.

A escola tem o dever de preparar futuros cidadãos para a diversidade, lutando

contra todo tipo de preconceito, buscando o fortalecimento da identidade, a

aceitação das diversidades, a reparação, a valorização da contribuição dos

indígenas aqui existentes, o entendimento dos motivos que levam o indígena a uma

aculturação e aprender a respeitar a cultura do outro. Nesta perspectiva, o trabalho

de ensino aprendizagem de forma interdisciplinar apresenta-se rico:

A partir das disciplinas, as relações interdisciplinares se estabelecem quando: • conceitos, teorias ou práticas de uma disciplina são chamados à discussão e auxiliam a compreensão de um recorte de conteúdo qualquer de outra disciplina; • ao tratar do objeto de estudo de uma disciplina, buscam-se nos quadros conceituais de outras disciplinas referenciais teóricos que possibilitem uma abordagem mais abrangente desse objeto (PARANÁ, 2008, p. 27).

Nesta ótica, as atividades compreenderam explanações de textos, leitura e

discussão dando aos alunos uma oportunidade de entender a sua cultura e a do

outro, onde eles puderam debater sobre a diversidade cultural existente na

sociedade onde estão inseridos. Assim, é relevante retomar que:

O conhecimento do “outro” possibilita, especialmente, aumentar o conhecimento do estudante sobre si mesmo, à medida que conhece outras formas de viver, as diferentes histórias vividas pelas diversas culturas, de tempos e espaços diferentes. Conhecer o “outro” e o “nós” significa comparar situações e estabelecer relações e, nesse processo comparativo e relacional, o conhecimento do aluno sobre si mesmo, sobre seu grupo, sobre sua região e seu país aumenta consideravelmente (BRASIL, 1997, p. 28).

Para liberar esse processo de aprendizagem possibilitaram-se diferentes

situações em que o aluno pode conhecer a realidade indígena para respeitar as

diferenças, analisando as ideias vinculadas ou subentendidas, em uma determinada

obra e a influência dos meios de comunicação no cotidiano de toda a sociedade e

assim chegando também ao indígena. Da mesma forma, buscou-se ainda propiciar

aos educandos uma narrativa histórica sobre o tema, potencializando o ensino

aprendizagem e fortalecendo a construção de sua identidade e de outrem, visto que

ele é fruto de uma sociedade com uma grande diversidade étnica.

UNIDADE I – COMPREENSÃO DA DIVERSIDADE CULTURAL

As atividades planejadas e desenvolvidas em sala de aula nesta primeira

unidade tiveram como propósito conduzir o educando para a compreensão da

diversidade cultural presente no meio em que vive respeitando-a, a partir da

necessidade em conhecer a cultura do outro para tornar-se parte do contexto social

igualitário. Para tanto foi realizado um trabalho interdisciplinar com a disciplina de

arte. Esta unidade compreendeu a aplicação de vinte aulas nos meses de fevereiro

e março de 2014, aos alunos do oitavo ano do Colégio Estadual Rui Barbosa, em

Nova Laranjeiras.

Na primeira aula, o professor fez a apresentação do projeto de intervenção

aos alunos, bem como da apostila organizada pelo docente PDE, contendo os

conteúdos e atividades que foram trabalhadas ao longo das 32 aulas.

Em seguida, o professor proporcionou um momento de reflexão questionando

os educandos sobre o que sabem sobre os indígenas. Todos comentaram

oralmente, expressando saberes superficiais sobre o modo em que vivem a cultura,

os alimentos, entre outros. Na sequência, o professor orientou a turma para escrever

tudo o que sabe dos indígenas do passado e no presente.

Na perspectiva de levar o aluno a entender sobre si e sobre o outro, o

professor solicitou como tarefa de casa uma pesquisa com familiares sobre qual

etnia os alunos descendem, descrevendo a história, utilizando fotografias e fatos

históricos da família. Essa atividade foi desenvolvida de forma interdisciplinar com

Artes, onde a turma foi orientada a ilustrar os índios do passado e do presente,

apresentando as diferenças destas épocas.

Essa atividade foi socializada entre a turma na segunda aula, momento este

em que culminou também com a apresentação de álbuns de fotografias das famílias

dos alunos, bem como o relato oral da história de cada família. Foi uma aula

bastante intensa, pois todos os alunos estavam ansiosos para expor a própria

história. Vários educandos perceberam que suas descendências são semelhantes, o

que foi encarado com muita curiosidade.

Na terceira aula buscou-se direcionar as discussões sobre as especificidades

culturais dos indígenas. A turma foi dividida em dois grupos, um leu o texto “Trechos

da Carta de Pero Vaz de Caminha” e outro grupo leram “Textos sobre a História do

indígena no Paraná”. Posteriormente cada grupo fez uma explanação geral sobre a

leitura e o professor estimulou reflexões em torno das temáticas abordadas,

buscando estabelecer relações. A atividade foi extremamente relevante, tendo em

vista que os alunos mostraram-se participativos. O docente precisou controlar o

tempo das exposições para que todos pudessem socializar os entendimentos dos

textos.

Nas duas aulas seguintes, o professor iniciou com uma apresentação da

sinopse do filme “A Missão”, ampliando as capacidades de compreensão dos alunos

sobre o contexto narrado, o qual envolve os conflitos entre jesuítas e indígenas na

colonização brasileira. Em seguida, os alunos assistiram trechos do filme “A Missão”

e foram orientados para anotarem os pontos que julgassem relevantes. Após, o

docente conduziu discussões sobre o período apresentado bem como reflexões

sobre as mudanças ocorridas com os indígenas após a chegada jesuítica, e

possíveis consequências desta colonização para a vivência indígena. A turma

correspondeu às expectativas do projeto de intervenção identificando algumas das

principais mudanças indígenas com a chegada dos jesuítas e, alguns alunos

traçaram paralelos com consequências vislumbradas na atualidade, como a

mudança de alguns aspectos da cultura indígena em detrimento do “homem branco”.

Nas duas aulas seguintes, desenvolvidas de forma interdisciplinar entre Arte e

História, deteve-se ainda em trechos dos textos e trechos do filme assistido.

Solicitou-se para que os educandos se lembrassem de algum fato marcante do

filme, produzindo um texto e ilustrando tal fato, como se fosse um roteiro

apresentado em imagens, ou uma crônica do fato ocorrido no filme.

Feitas as produções, a turma foi dividida em grupos e o docente organizou os

textos e ilustrações em forma de exposição para que cada grupo identificasse as

distintas representações e os elementos, visuais ou textuais, mais significativos. O

professor percorreu os grupos provocando os alunos a perceberem as diferentes

versões do contexto histórico descrito. Em seguida, as atividades foram expostas no

mural da escola.

Na oitava aula, organizou-se a turma em círculo e, em seguida o professor fez

questionamentos provocando os alunos para expusessem sobre o contexto

apresentado no filme destacando os fatores que influenciaram para que o indígena

tenha passado por um processo de aculturação. Como tarefa de casa, solicitou-se

aos alunos que fizessem um levantamento em livros de história e na internet, sobre

informações da colonização jesuítica e os fatos ocorridos naquela época e a

influência na vida do índio.

Na nona aula cada educando fez uma breve explanação do que pesquisou

sobre a colonização jesuítica. Em seguida, o professor auxiliou a turma na escolha

de um trecho do filme para ser encenado e apresentado ao coletivo escolar com o

intuito de demonstrar o processo histórico do indígena. No início houve um pouco de

tumulto, tendo em vista a escolha das personagens, mas aos poucos os próprios

alunos foram se organizando.

Nas duas aulas seguintes foi trabalhado com música, apresentando à turma

alguns trechos das seguintes composições: “Somos todos índios” interpretados por

Fagner, “Índios” interpretada por Legião Urbana, “Brincar de índio” da Xuxa, e “Cara

de índio” de Djavan. A turma foi dividida em quatro grupos. Cada grupo teve como

atividade ler a letra da música atribuída ao grupo. Em seguida o docente apresentou

a canção para que os alunos pudessem acompanhar a letra.

O professor comentou que a música pode ser uma forma de denúncia social,

auxiliando os alunos a perceberem em qual contexto histórico ela poderá ser

inserida. Foi exposto ainda que as letras das músicas contenham temas indígenas e

representam este povo. Além disso, a partir das reflexões e análises das letras das

músicas, os educandos foram levados a pensar:

I. Os colonizadores quando chegaram usaram a amizade como tática de

dominação. É correto afirmar?

II. Os indígenas foram receptivos, no início, pois tudo era novo para eles. Os

conquistadores usaram essa receptividade para explorarem toda a riqueza

mineral deste país. A troca por objetos que não tinha nenhum valor foi um dos

meios de exploração você concorda com isso, pontue suas opiniões sobre o

contexto histórico das músicas.

III. Por que depois da chegada dos portugueses o mundo desses aborígines

transformou-se? Pontue sobre isso.

IV. Porque as transformações ocorridas com a chegada dos europeus não

favoreceram os povos indígenas; mas sim, os desmantelaram?

Na décima segunda aula, o professor retomou os principais aspectos

abordados nas aulas anteriores, na perspectiva de que os índios que aqui viviam

são os verdadeiros donos dessas terras, mas não foram respeitados e para os

colonizadores eles eram selvagens, bárbaros, por isso cabia aos brancos civilizá-los,

ou melhor, domesticá-los.

A partir dessa reflexão, o professor solicitou à turma uma relação com o índio

do passado e o índio do presente, apresentando características importantes para

uma vivência de qualidade de vida para o indígena. Em seguida, os alunos foram

organizados em grupos e elaboraram paródias com as músicas apresentadas,

representando a importância da aculturação indígena e citando as características da

vida do indígena a partir dos textos expostos.

Após a apresentação das paródias, que foi o ápice da aula, o docente

organizou a turma num círculo e comentou que os trechos dos textos relatam

momentos da vida indígena da época, pedindo que os alunos comentassem o que

conhecem do indígena local e as diferenças do texto com a vida cotidiana do

indígena local. Todos puderam relatar as novas formas de vivência do índio e

destacaram a importância desta nova forma para que o índio possa integrar-se na

sociedade local.

A décima terceira aula foi realizada de forma interdisciplinar com Arte, a partir

de trabalhos de pesquisa e exposição. Os alunos foram divididos em cinco grupos.

Cada grupo recebeu uma atividade diferente para pesquisar e apresentar na

próxima aula. As atividades consistiram em:

1. Pesquisar em jornais e revistas notícias e imagens sobre as condições

indígenas na atualidade e montar um painel apresentando essas informações.

2. Pesquisar em livros didáticos a forma como estes mostram os indígenas do

passado e do presente, respondendo a questão: Será que os livros didáticos

retratam apenas o indígena do passado ou também falam da atualidade desses

povos? Apresentar os contextos encontrados.

3. Pesquisar se na escola existe alunos indígenas ou descendentes e

apresentá-los ao grupo se possível.

4. Pesquisar e apresentar nomes e imagens de políticos indígenas em nível

estadual e federal. Pesquisar se em nossa cidade existe alguma liderança política

indígena, ou existiu. Cite-os, onde atuam e se possível apresentá-los aos colegas.

5. Produzir material em forma de reportagens destacando o indígena local e o

processo de aculturação que ele vem passando.

A aula foi bastante movimentada, pois os alunos se exaltaram, queriam sair

da sala, ir a busca de colegas indígenas que estudam em salas no colégio, queriam

perguntar aos funcionários das escolas sobre os indígenas, foram à biblioteca do

colégio fazer um levantamento dos materiais disponíveis. Enfim, a aula ficou

pequena para tanta ação e os grupos tiveram que levar os painéis para serem

terminados em casa.

A apresentação deu-se na décima quarta aula. Os alunos estavam muito

ansiosos. Os grupos contribuíram entre si com informações. Um grupo trouxe dois

colegas indígenas, estudantes do colégio, os quais conversaram sobre a temática

com a turma. O trabalho da pesquisa tendo o índio como parte do contexto de

vivência dos alunos foi determinante, pois os educandos sentiram-se valorizados e

importantes ao detectarem fatos na pesquisa teórica relacionados com os indígenas

de Nova Laranjeiras.

Para fechar esta unidade, na décima quinta aula foi aplicada algumas

atividades avaliativas, tais como: Produção de cartas contando um pouco da sua

história para enviar para outros colegas; Produção de textos fazendo uma relação de

como era a vida indígena do passado e como é hoje a realidade desse povo;

Apresentar a diversidade cultural existente entre os indígenas e os portugueses

naquela época através dos relatos descritos na carta; Identificar através de produção

de material didático como cartazes, jornais, livro de quadrinhos, entre outros a

relação existente entre o povo indígena local e os não índios de Nova Laranjeiras

destacando o processo de aculturação que o povo indígena vem sofrendo.

CONHECENDO A HISTÓRIA DE NOVA LARANJEIRAS

Nesta etapa também foram realizadas atividades interdisciplinares com Arte,

na perspectiva de que:

a valorização e o aprofundamento dos conhecimentos organizados nas diferentes disciplinas escolares são condição para se estabelecerem as relações interdisciplinares, entendidas como necessárias para a compreensão da totalidade (PARANÁ, 2008, s/p).

Para que os alunos conhecessem a história de Nova Laranjeiras foram

utilizados textos e materiais históricos possibilitando a aquisição de informações do

aluno, bem como munindo-o de argumentos para que pudesse refletir de forma

segura sobre a questão da aculturação indígena, sem descaracterizar o ‘ser índio’.

Assim, na primeira aula desta unidade e décima sexta aula do projeto de

intervenção foi apresentada os símbolos do município de Nova Laranjeiras. Os

alunos receberam uma cópia do hino municipal e, conduzidos pelo professor

refletiram sobre a participação do índio na sociedade local. Na sequência a turma

ouviu e cantou o hino de Nova Laranjeiras. O docente instigou a turma para pensar

sobre o porquê de o índio estar passando por um processo de aculturação.

Na disciplina de Arte, foi trabalhada a representação artística do hino,

refletindo a visão e os conhecimentos do aluno sobre a música.

Na décima sétima aula, os alunos se detiveram no Brasão e na Bandeira do

município de Nova Laranjeiras, observando a vivencia indígena dentro da sociedade

local. O professor fomentou uma discussão sobre a presença do indígena nestes

símbolos e a importância deles em nossa sociedade.

Na disciplina de arte foi feito a construção de material representando os

símbolos em forma de cartazes e maquetes.

Na décima oitava aula foi trabalhada com mapas, destacando a localização

geográfica do país, do estado, do município e da Terra Indígena Rio das Cobras. Em

seguida, o professor conduziu os alunos para o reconhecimento da sociedade onde

vivem e os que os rodeiam. A turma, dividida em grupos, produziu maquetes

representando os mapas e também a Terra Indígena Rio das Cobras.

Nas duas aulas seguintes, décima nona e vigésima aulas foram trabalhadas

com vídeos produzidos pela comunidade, ou seja, pelos próprios habitantes locais e

por professores sobre Nova Laranjeiras. Nesta atividade os alunos assistiram vídeos

que retratam alguns momentos da história do município de Nova Laranjeiras, com o

intuito de ampliarem seus conhecimentos sobre a historicidade local. Enfatizaram-se

vídeos sobre o vendaval que assolou o município em 1997 e sobre a festa cultural

indígena nos anos de 2002 e 2003.

Após a visualização dos vídeos, a turma foi motivada a perceber o processo

de desenvolvimento histórico do município em diferentes momentos. Além disso, o

professor organizou um debate sobre a importância da aculturação indígena,

baseado no conhecimento de como o índio era e como ele é hoje. O debate foi

norteado pelas seguintes colocações:

a) Os colonizadores apresentaram várias inovações no cotidiano indígena como

o espelho, o cavalo, as armas de fogo, entre outros materiais, trouxeram também

doenças às quais o índio não tinha nenhuma resistência. Os alunos foram

solicitados a falar sobre essa influência na aculturação indígena.

b) Houve a catequização dos indígenas com a ordem da igreja católica e a

dominação europeia onde os indígenas foram passivos e enganados até certo

ponto. Quando houve uma mudança de conceito e credibilidade por parte do

indígena, desencadeou-se uma violência física de forma brutal patrocinando

barbáries e extermínio de milhares de indígenas. O professor motivou a turma para

discutir sobre esse período histórico.

Para fechar a aula, a turma elaborou e expôs no saguão da escola cartazes

promovendo a importância da aculturação do índio e a noção de que o indígena não

deixa de ser índio ao usar um celular nos dias de hoje.

UNIDADE II – FATORES DETERMINANTES PARA A ACULTURAÇÃO DO

INDÍGENA

Esta unidade compreendeu a aplicação de cinco aulas entre os meses de

março e abril de 2014, com o intuito de analisar os fatores determinantes para a

aculturação do indígena no município de Nova Laranjeiras/PR e nomear aspectos

correlacionados a aculturação.

Esta unidade buscou ressaltar aos alunos que neste breve tempo de

convivência do indígena com a sociedade não indígena, os indígenas sofreram

grandes influências desta sociedade, influências estas que muitas vezes acabaram

se tornado cotidiano do índio para sua sobrevivência. Essa impossibilidade cultural

tem um alto custo para a comunidade indígena, visto que eles deixaram de ter sua

cultura própria, ou seja, estão tentando adaptar-se ao meio, o que por um lado

garantirá melhoria na sua vivência diária, mas também deixará marcas.

As comunidades indígenas, através de suas organizações têm realizado o

esforço de superação destas barreiras que impedem a apropriação desse

conhecimento técnico e científico, bem como a adaptação desse conhecimento às

práticas tradicionais voltadas para a defesa dos territórios. O estado tem o dever de

garantir e incentivar aos povos indígenas em sua revitalização cultural.

Neste contexto, esta unidade proporcionou aos alunos atividades que

possibilitaram conhecer um pouco mais sobre a vivência do indígena na Terra

Indígena Rio das Cobras pelo olhar do próprio índio, bem como conhecer aspectos

linguísticos, artesanais e culinários.

Desta forma, na 21ª aula do projeto de intervenção organizou-se uma mesa

redonda destacando a importância da aculturação do povo indígena. Participaram da

mesa os diretores das escolas indígenas, Danieli Mioranza e Valmir Dorigon e as

lideranças indígenas, bem como o pedagogo indígena Florencio Fernandes.

Na 22ª aula Questões abertas para que os educadores tirem suas dúvidas

sobre a cultura indígena e a vivência deste povo; nesta aula foram feitas varias

perguntas por parte dos alunos e dos professores que faziam parte do projeto e

todas as dúvidas foram sanadas pelos professores que estavam compondo a mesa

de convidados.

Na 23ª aula participaram três professoras indígenas kaingang, apresentando

para a turma os artesanatos característicos, a variedade linguística tanto escrita

quanto falada, bem como comidas típicas. A turma mostrou-se receptiva aos

visitantes acolhendo-os. Observou-se que os alunos, já conscientes dos principais

fatos históricos e culturais dos indígenas, estavam curiosos e atentos a tudo,

estabelecendo relações com suas próprias vivências.

As duas aulas seguintes, 24ª e 25ª, foram destinadas para o desenvolvimento

de atividades, de forma interdisciplinar com Arte, para exposição na festa do Dia do

Índio na Terra Indígena Rio das Cobras. Em grupos, os alunos fizeram um

levantamento de palavras indígenas que usamos no nosso cotidiano, incluindo

nomes de cidades paranaenses e o próprio nome do estado, assim, confeccionaram

um pequeno dicionário com os seus devidos significados.

Da mesma forma, pesquisaram as principais variedades de alimentos

indígenas que hoje fazem parte do cotidiano do não indígena e montaram um painel

com desenhos e fotografias.

Também foram pesquisadas as seguintes lendas indígenas: do Milho, do

Fogo, da Erva-mate, da Gralha Azul, das Cataratas do Iguaçu e da Araucária. O

resultado dessa pesquisa foi apresentado em forma de livretos ilustrados.

Além disso, os grupos encenaram pequenas peças teatrais contando as

lendas indígenas.

UNIDADE III – VIVÊNCIA E CONVIVÊNCIA SOCIAL DO ÍNDIO

Nesta unidade, o objetivo foi levar os alunos a entenderem os fatores que

levam os indígenas a envergonharem-se de sua cultura, seus valores e seu modo

de vida. Analisar a vivência e convivência social do índio se está sendo muito difícil

manter sua cultura dentro de uma sociedade com tantas tecnologias e,

principalmente, com a mídia que leva as informações para dentro das casas do

indígena.

O professor refletiu com a turma que, para tanto, é necessário que o

indígena se conscientize da importância da sua cultura e a valorize, que ele possa

sim implantar as tecnologias no seu cotidiano para que consiga sobreviver, mas não

esquecendo seus princípios morais e éticos.

Neste sentido, foram desenvolvidas diversas ações para que o do aluno não

indígena reconheça a vivencia do índio na sociedade e, consequentemente, entenda

a importância da aculturação indígena para a melhoria na qualidade de vida desse

povo. Portanto, buscou-se apresentar a localização geográfica da Terra Indígena

Rio das Cobras dentro do município de Nova Laranjeiras para professores e alunos

do Colégio Estadual Rui Barbosa, bem como apresentar a vivência cultural das

diferentes etnias ali existentes, a organização social dentro de cada aldeia com suas

lideranças e a importância destas para o bom andamento da comunidade.

Assim, nas aulas 26ª à 29ª foi viabilizada uma visita na Terra Indígena Rio

das Cobras, conhecendo as cinco aldeias e as duas etnias que ali vivem, bem como

o modo de vida, as lideranças que compõe a sociedade e a importância destas

perante a aldeia.

Evidente que posterior à visita, os pais foram consultados e autorizaram a

retirada do aluno da escola. O que surpreendeu nesta visita é que como os alunos

vivem num município como Nova Laranjeiras, com Terra Indígena, se

surpreenderam ao conhecer o funcionamento da aldeia, as regras, os modos de

viver, os medicamentos, os costumes entre outros.

Nas três aulas seguintes, 30ª à 32ª, foram desenvolvidas atividades para

serem apresentadas nas comemorações ao Dia do Índio na Terra indígena Rio das

Cobras. Esta ação possibilitou aos alunos não indígenas participar ativamente das

comemorações ao Dia do Índio apresentando os trabalhos que foram desenvolvidos

sobre o Índio Kaingang de Nova Laranjeiras pelos professores do Colégio Estadual

Rui Barbosa, bem como tornou possível um convívio satisfatório e respeitoso entre

os povos que compõe a sociedade local.

As atividades desenvolvidas compreenderam apresentação de teatro

representando lendas indígenas por alunos do Colégio Rui Barbosa organizado

pelos professores de arte, história e língua portuguesa; Apresentação de danças

indígenas por alunos não indígenas, organizado pelos professores de arte;

Apresentação de danças do Programa de Atividades Complementares em Contra

Turno do Colégio Estadual Rui Barbosa, organizado pelo professor do projeto;

Apresentação de músicas sobre o índio por alunos não indígenas e exposição dos

trabalhos desenvolvidos em sala de aula, material pedagógico, organizado pelos

professores da disciplina de arte e história.

CONTRIBUIÇÕES DOS PROFESSORES GTR

As contribuições dos professores GTR mostraram-se bastantes críticas e

reflexivas, fundamentando amplo leque de discussões.

Para a professora C.A.O., chamou a atenção o fato dos indígenas Kaigang

terem vergonha de sua cultura e estão buscando se aculturar: “Um povo só povo

continuar existindo quando o mesmo reconhece, fortalece a sua identidade cultural,

senão está fadado a ser extinto.” A professora salientou ainda que não concorda

com a ideia de que é importante a aculturação indígena para a melhoria de vida

desses povos:

Eu acredito que esta aculturação será prejudicial ao povo indígena, pois a cultura e hábitos dos não índios levará a destruição da população indígena. Um exemplo é o habito dos não índios de consumir alimentos industrializados, o modo de utilizar os recursos naturais entre outros. Penso que se faz necessário fortalecer os elementos identitários dos povos indígenas e valorizar este patrimônio cultural que é brasileiro.

Ao contrário do posicionamento desta docente, o professor J.L.S. acredita

que:

[...] essa aculturação é um problema muito sério aos povos indígenas, penso eu que para isso voltar cada um a suas raízes é voltarmos ao aldeamento e ser feito um trabalho muito sério referente a cultura indígena, mas infelizmente esse mundo técnico-científico, faz com que eles percam essa cultura.

Paralelamente, o professor R.B. ponderou que os indígenas estão “lutando

por colocar nas suas escolas a língua materna e fazer disso uma lei pois vai ser

dessa forma que aos poucos eles irão recuperar a sua cultura”.

Já a professora R. M. A. F. não entende os conhecimentos técnico-científicos

como um empecilho no mundo indígena e justificou:

[...] como toda a sociedade evoluiu, esta também vai passar por este processo, mesmo que lento e gradual, e pode ter certeza de que não vão deixar de lado sua identidade cultural, costumes e tradições, pois os mais velhos são muito respeitados nas aldeias, e alguns jovens indígenas já passaram pelos bancos da faculdade e hoje sabem da importância e do respeito a sua cultura, muitos deles ensinam na escola indígena a língua e a escrita para que as crianças tenham o hábito de falar e escrever a sua língua materna.

Na socialização da produção didático-pedagógica, a professora V.S.L. expôs:

[...] está muito bem elaborada, eu a usaria tranquilamente em minhas aulas. O público a que se destina acredito que se apropriará do conteúdo trabalhado, pois a metodologia proposta tende a facilitar o processo ensino aprendizagem.

Vejo como destaque a proposta do conhecimento da historicidade da cultura e o processo de aculturação no tocante a exploração pelo colonizador através das músicas como Índios e através das propostas de coreografias, interdisciplinaridade com outras disciplina.Esta forma de trabalhar o conteúdo envolvendo a música e de certa forma o lúdico via teatro desperta o aluno mantendo-o interessado nas atividades. Outra atividade importante é a chamada de atenção para a presença do índio nos símbolos do município o que muitas vezes passa despercebido.Certamente esta metodologia está colocando a mídia e seus recursos tecnológicos a serviço da revitalização da cultura indígena.

Nesta mesma perspectiva, a professora M.A.J. acrescentou que:

[...] a música, o lúdico como você coloca é muito importante sai um pouco da rotina de quadro giz e educador e abre uma nova forma de interdisciplinar com outras áreas de conhecimento podendo assim outros educadores trabalhar dentro da sua a área o mesmo assunto com perspectivas diferentes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O índio está sendo esquecido. Precisa-se voltar ao passado e lembrar que os

índios eram de fato os donos de toda esta "terra". Neste sentido, o projeto de

intervenção aplicado deteve-se na aculturação indígena, levando os alunos a

perceberem os pontos positivos e negativos na sociedade indígena e não indígena,

bem como os diversos fatores que fizeram com que o indígena buscasse novos

meios de sobrevivência, de si e de sua cultura.

Após a aplicação de todas as atividades elencadas, acredita-se que os

objetivos a que nos propomos foram alcançados, tendo em vista o desenvolvimento

do posicionamento crítico da turma em relação às condições em que atualmente o

índio é tido pela sociedade.

A localização da Terra Indígena no município de Nova Laranjeiras faz com

que os alunos cresçam tendo contato com os indígenas. No entanto, esse “contato”

é superficial, não concebendo os indígenas a partir dos fatores históricos, sociais e

culturais. Essa afirmativa calca-se nas observações sobre o comportamento dos

alunos a cada aula do projeto, especialmente quando foram socializadas as práticas

de vivências das aldeias na escola, quando observei a surpresa, o encanto e, muitas

vezes, a ansiedade por querer saber mais de um povo que sempre esteve por perto,

mas que pareciam “estranhos”...

Verifica-se que o ensino de história torna-se bem mais prazeroso e

interessante ao aluno a partir do momento em que parte do seu próprio cotidiano,

que traz revelações e desperta inquietações a partir de sua vivência... enfim, que

amplia as capacidades cognitivas do aluno não somente diante dos fatos históricos,

mas da articulação destes com o presente por meio de uma postura crítica,

responsável e transformadora.

Destaco ainda que a aculturação indígena está cada vez mais real dentro das

Terras Indígenas principalmente no que diz respeito aos jovens, mas isso não faz

deles menos índios, mas sim garante a estes uma qualidade de vida mais digna,

pois a sociedade não indígena faz parte do dia a dia de cada índio, pois a cultura

indígena Kaingang ainda está fortemente inserida na vivência deste povo.

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