Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

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UMA ABORDAGEM HISTÓRICA E PRÁTICA PARA O ENSINO DA

TERMODINÂMICA

Professora PDE - Marilsa Aparecida Jofre da Silva 1 Orientadora - Irinéa de Lourdes Batista 2

RESUMO

Este artigo relata a experiência da implementação do projeto “UMA ABORDAGEM

HISTÓRICA E PRÁTICA PARA O ENSINO DA TERMODINÂMICA”, investigação,

caracterização e conscientização desenvolvidos no decorrer do Programa de

Desenvolvimento Educacional - PDE da Rede Pública Estadual do Paraná, no

Colégio Estadual Hermínia Lupion – E F M N, localizado no município de Ribeirão do

Pinhal, durante o primeiro semestre de 2013. Apresenta o percurso da realização do

projeto, desde sua concepção, a trajetória da realização, implementação, desafios

encontrados e resultados obtidos. Apresenta, também, a produção da Unidade

Didática desenvolvida como apoio pedagógico à implementação do projeto na

escola. Aponta as contribuições trazidas pela atuação em Grupo de Tutoria em Rede

– GTR para a expansão do assunto Termodinâmica e validação do trabalho. Os

resultados da implementação apontam a importância da conscientização dos

envolvidos para a compreensão clara e exata da história da Termodinâmica e sua

aplicação no cotidiano dos alunos.

Palavras – chave: Física – Educação - Termodinâmica

______________________________________________________________________ 1 Licenciada em Ciências pela Fundação Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Cornélio Procópio (1989). Licenciada em

Pedagogia pelo Centro de Ensino Superior de Pinhais (2009), Pós Graduada em Metodologia e Didática do Ensino Superior pela Faculdade

Estadual de Filosofia , Ciências e Letras de Cornélio Procópio (1997), Pós Graduada em educação Matemática pela Faculdade Estadual de

Filosofia, Ciências e Letras de Cornélio Procópio (1999). E-mail: marilsaparecida@seed.pr.gov.br

2 Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo, Brasil(1999)

Trabalha no FONDECYT/Comisión Nacional de Investigación Científica y Tecnológica/Chile , Chile . E-mail: irinea2009@gmail.com

2

INTRODUÇÃO

O Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria de

Estado da Educação do Paraná iniciou a oferta de sua formação continuada como

uma importante política de formação e de valorização dos professores da Rede

Pública Estadual do Estado do Paraná, dando início a parceria com o Ensino

Superior, efetivando do conhecimento docente o seu ponto convergente de maior

articulação. Esta proposta visou ofertar ao professor PDE, com o retorno das

atividades acadêmicas de sua área de formação inicial, condições de atualização e

aprofundamento de seus conhecimentos teóricos – práticos, permitindo a reflexão

teórica a respeito da prática, possibilitando mudanças na práxis escolar.

As atividades desenvolvidas no programa PDE constam de um plano de

trabalho realizado em conjunto com o professor orientador da Instituição de Ensino

Superior, sendo uma proposta de intervenção no âmbito escolar, a elaboração de

um material didático-pedagógico para auxiliar a implementação e a coordenação de

um grupo de trabalho em rede.

O presente artigo relata a experiência da construção e da realização do

projeto durante a implementação pedagógica realizada no Colégio Estadual

Hermínia Lupion - Ensino Fundamental Médio e Normal de Ribeirão do Pinhal -

Paraná. A implementação ocorreu no primeiro semestre do ano letivo de 2014 e

contou com o envolvimento do corpo discente e docente ( O projeto foi encampado

pela escola e a Unidade Didática produzida foi aplicada pela professora PDE e

também por mais 2 professores ministrantes de aulas de Física em salas diferentes.)

, desenvolvimento de regras de classe, encontros para a busca de soluções e

conversas individuais para conscientizar todos os envolvidos da importância de se

conhecer o assunto em questão.

A implementação teve o objetivo de buscar a conscientização dos alunos

sobre o tema abordado, sua desmistificação, sua ocorrência na vida e no cotidiano

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de todo ser humano, entre outros problemas. Assim, consequentemente, possibilitar

a melhoria do desempenho acadêmico no espaço escolar.

A necessidade de ações de apoio dos educadores que vivem às voltas

com alunos com muita dificuldade e sem conseguir compreender a importância de

se trabalhar tal assunto em sala de aula, fez com que, durante a implementação, os

alunos passassem a se interessar pelo conteúdo, demonstrando maior

envolvimento, o que possibilitou o desempenho do professor e a aprendizagem dos

alunos.

COMPREENDENDO A TERMODINÂMICA NO NOSSO COTIDIANO

A T é o ramo da Física que se dedica ao estudo das relações entre o calor

e as restantes formas de energia. Analisa, por conseguinte, os efeitos das mudanças

de temperatura, pressão, densidade, massa e volume nos sistemas a nível

macroscópico.

A base da Termodinâmica é tudo o que diz respeito à circulação da

energia, um fenômeno capaz de incutir movimento aos corpos. De acordo com a

primeira lei da Termodinâmica, conhecida como sendo o princípio de conservação

da energia, se um sistema trocar calor com outro, a sua própria energia interna irá

mudar. O calor, nesse sentido, é a energia necessária que deve trocar um sistema

para compensar as diferenças entre o trabalho e a energia interna.

A história da Física Moderna começou no momento em que o espectro da

radiação térmica passou a ser analisado com o estudo da radiação emitida por

corpos negros.

Quem primeiro estudou a emissão e absorção do calor, chegando à

conclusão sobre corpos negros, foi o físico alemão Robert Kirchhoff. Depois dos

estudos desse espectro (o corpo negro), sua utilização foi muito importante para o

início da física moderna. Em razão da facilidade de se construir esse espectro, todos

os estudos a respeito da radiação térmica passaram a ser feitos a partir do corpo

negro.

Baseado nos gráficos gerados a partir da emissão da radiação dos corpos

negros, o físico alemão Max Planck buscou chegar a uma equação matemática

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capaz de explicar o fenômeno causado pela intensidade de radiação emitida pelo

corpo negro. Tudo isso porque a radiação emitida pelo corpo negro produzia gráficos

bem definidos, mas até então inexplicáveis aos olhos da Física Clássica.

O estudo dos gráficos para se chegar a uma equação matemática era

sempre feito da seguinte forma: as pesquisas partiam dos princípios da Física

Clássica para tentar chegar aos gráficos precisos.

Planck resolveu inverter a ordem, partindo dos gráficos gerados para uma

possível equação. Quando conseguiu o feito, Planck foi buscar uma justificativa para

a interpretação, afinal alguma teoria precisava explicar o que ele havia desvendado.

A teoria de entropia e a probabilidade de Boltzmann foram a chave para a abertura

do conhecimento, em que era possível analisar uma equação matemática e

entendê-la teoricamente.

Entre todas essas descobertas, Planck trazia também à tona uma nova

constante, que em sua homenagem foi chamada de constante de Planck. Ela é

representada pela letra h e tem o valor de:

h = 6,63.10-34 J.s

Segundo Max Planck, a energia só existe na natureza em quantidades

“discretas”, o que ele chamou de quanta de ação.

É interessante relacionar todo este estudo ao nosso cotidiano. Muitas

vezes nos perguntamos: “E o que essa Física Moderna tem a ver comigo?”.

Na verdade, toda essa tecnologia que temos hoje partiu desses princípios:

• Ondas de rádio

• Luz infravermelha

• Ondas de Raios X

• Luz visível

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Tudo isso é exemplo de pesquisas feitas dentro do estudo do espectro da

radiação do corpo negro.

Aparelhos como o computador e todos os outros dispositivos eletrônicos

da conhecida high-tech existem em razão da Física Moderna.

Dentro da Física Moderna foi Lord Kelvin quem introduziu o novo vocábulo

TERMODINÂMICA para este capítulo da física.

Hoje, sabemos que o calor é energia, mas não foi sempre assim.

A noção de calor apareceu desde que o primeiro homem se encostou a

uma rocha, virado ao Sol: aquecia-se. A essa certamente confusa primeira noção,

juntaram-se mais tarde outros elementos, como o fogo, a sua utilização,

pricipalmente no aquecimento próprio

Sabemos que a Termodinâmica tem diversas aplicações. Com isso ela

consegue descrever tanto situações simples como situações complexas, fazendo

uso de uma pequena quantidade de variáveis. As variáveis que a Termodinâmica

utiliza para descrever diferentes situações são temperatura, pressão, volume e

número de mols. A seguir citaremos algumas das aplicações da Termodinâmica.

Ciência dos materiais

Uma das aplicações da Termodinâmica está ligada à ciência dos

materiais, que estuda meios para obtenção de novos tipos de materiais, que

possuam propriedades Químicas e Físicas bem definidas. A Termodinâmica,

podemos assim dizer, é uma das bases da engenharia dos materiais, pois os

processos de fabricação de novos materiais envolvem bastante a transferência de

calor e trabalho para as matérias primas.

Por exemplo, uma peça de cerâmica necessita passar por um processo de

cozimento com temperaturas muito elevadas, que chegam a ser superiores a

1.000°C. Suas propriedades físicas finais dependerão do tempo e da temperatura

aos quais ela foi submetida.

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Para cada situação prática sempre existe um tipo de material mais

adequado: a utilização de ligas de alumínio com titânio permitiu a construção de

aviões maiores, mais leves e resistentes, os automóveis modernos usam, em grande

parte, materiais plásticos e ligas especiais; os médicos cirurgiões fazem uso de

bisturis com lâmina especial muito afiada e bastante resistente etc.

Nas indústrias

Os processos industriais transformam matéria-prima em produtos

acabados usando máquinas e energia. Na indústria de laticínios, a transferência de

calor é usada na pasteurização e na fabricação de queijos e manteiga. Nas

siderúrgicas, as altas temperaturas dos fornos causam a fusão de várias

substâncias, permitindo a sua combinação e produzindo diferentes tipos de aço.

Arquitetura

O desenho e a construção de habitações devem sempre levar em

consideração os aspectos de troca de energia. O nosso organismo só pode

sobreviver em uma pequena faixa de temperatura onde nosso metabolismo é mais

eficiente, por isso nos sentimos melhor quando a temperatura do meio ambiente

está em torno dos 20°C.

Os projetos urbanos e residenciais levam em consideração esses limites,

mas devem considerar também o bom aproveitamento dos recursos naturais. Um

exemplo é o uso da energia solar para substituir aquecedores de água que

funcionam com energia elétrica ou com queima de combustível.

PENSANDO UM PROJETO A RESPEITO DA HISTÓRIA E A PRÁTICA DA

TERMODINÂMICA PARA A ESCOLA

Este projeto foi pensado com a finalidade de aproximar os alunos e

professores da temática pesquisada e, também, determinar as ações que ocorreriam

no desenvolvimento do mesmo, buscando a compreensão dos docentes e discentes

acerca dessa prática.

Ele foi desenvolvido no primeiro semestre do ano de 2014 com orientação

do Professor Orientador da IES e contemplou todas as etapas de planejamento de

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uma pesquisa científica, contendo o roteiro detalhado das ações para que os

objetivos propostos fossem atingidos.

O tema principal do projeto foi a História e a Prática da Termodinâmica

na escola, cujas questões problematizadas foram: A escola está preparada para

trabalhar com o assunto de forma clara? Sendo a Termodinâmica, na fase escolar,

um fenômeno mundial, qual o nível de conscientização que está sendo aplicado no

cotidiano escolar brasileiro para minimizar os efeitos desta falta de conhecimento e,

consequentemente, a dificuldade de compreensão do assunto em nossas escolas?

A situação problema, nesse caso o fenômeno da Termodinâmica, foi delimitada,

contendo a justificativa, os objetivos, a fundamentação teórica, a metodologia de

estudo, o cronograma de aplicação e as referências estudadas.

Pretendeu-se, então, com essas questões iniciais, primeiramente perceber

a existência do problema na escola e, posteriormente, dar apoio pedagógico à

instituição escolar para que a mesma tivesse subsídios para trabalhar este tipo de

assunto e também aplicar medidas que promovessem a conscientização de toda a

comunidade escolar em relação a essa prática.

Assim, com o retorno da Professora PDE ao ambiente escolar, passou-se

para a fase da Implementação do Projeto e aplicação da Unidade Didática, um

material confeccionado para subsidiar as ações dos professores perante a

Termodinâmica. A implementação visou enfrentar e superar as fragilidades e

problemas encontrados na disciplina/área do professor PDE, investigados e

constatados com base no seu objeto de estudo e promovendo a melhora qualitativa

do Sistema Educacional.

O retorno à escola foi um desafio a ser superado porque executar um

projeto de tão grande importância e amplitude necessitava de tempo e aceitação por

parte de toda a comunidade escolar e alguns entraves se fizeram presentes. A

principal dificuldade foi convencer os alunos a participarem de todas atividades

propostas, que envolviam um tema considerado “Assunto Dificíl” para os mais

desinformados.

Para que a implementação do projeto se efetivasse, houve a necessidade

de articulação das ações dentro da Escola, entre Direção, Equipe Técnico

Pedagógica e Técnico-Administrativa e Assistentes de Execução, Equipe Auxiliar

Operacional, professores e alunos, tendo por base o diálogo, a co-responsabilidade

e o envolvimento coletivo, para que houvesse sucesso na implementação.

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A pesquisa-ação, metodologia aplicada nesta proposta é uma metodologia

de pesquisa em que o pesquisador tenta solucionar algum problema por meio de

uma ação, na qual o problema passa a ser o objeto de estudo.

O projeto foi realizado mediante estudo por meio de levantamentos das

características da Termodinâmica. Em um primeiro momento com explicações orais

dentro da sala de aula, textos e alguns vídeos, caracterização e posterior

conscientização de todos os membros envolvidos sobre o fenômeno.

A pesquisa-ação é um tipo de pesquisa com base empírica que é

concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de

um problema coletivo, durante a qual os pesquisadores e os participantes

representativos da situação ou do problema devem estar envolvidos de modo

cooperativo ou participativo.

Houve necessidade que, no final do processo, existisse algum tipo de

transformação do grupo envolvido, gerando a solução para o problema levantado,

conforme os objetivos específicos da pesquisa.

A avaliação foi fundamental para o sucesso do programa a ser

implementado, garantindo sua continuidade e eficácia. Tanto, antes e após a

intervenção, foi necessário avaliar o programa: conhecimento do assunto pelos

discentes; envolvimento dos professores; graus de satisfação; difusão de

informação; o que a escola fez; o que aproveitaram; se houve mudanças. Essa

devolutiva aconteceu em forma de diálogo, com professores e alunos, em que os

mesmos expuseram a eficácia do projeto e relataram também seus pontos

delimitantes para que houvesse reelaboração das ações já efetivadas durante a

execução do projeto.

Foi ministrada, aos estudantes, uma palestra em sala de aula levando a

todos o conhecimento do fenômeno em si, suas formas de apresentação, bem como

trechos de filmes que abordavam o problema. Esse momento de caracterização e

conscientização surtiu efeitos positivos nos adolescentes que participaram da

palestra. Formou-se, a partir daí, grupos de alunos para desenvolverem e

coordenarem os trabalhos para que as experiências propostas fossem executadas.

A UNIDADE DIDÁTICA – E SUA CONTRIBUIÇÃO

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Dentre as ações previstas no PDE, constou também a confecção da

produção didático-pedagógica, caracterizada como atividade de idealização do

material didático que foi produzido no segundo semestre do programa. Esse trabalho

foi direcionado aos alunos do 3º ano do Curso de Formação de Docentes, material

este que foi utilizado pelo professor PDE em situações específicas, próprias do

processo ensino-aprendizagem, que foram planejadas, acompanhadas e avaliadas

durante todo o processo de implementação do Projeto na escola.

Houve, para a confecção da produção, toda uma fundamentação baseada

nos autores já pesquisados para a realização do projeto, visando os objetivos que se

queria atingir, focando a melhoria da escola pública paranaense. A produção

pedagógica escolhida para subsidiar a implementação deste projeto foi a Unidade

Didática.

A Unidade Didática foi pensada a partir do estudo da História e da Prática

da Termodinâmica, objetivando levar ao conhecimento dos alunos, enfim, a toda a

comunidade escolar, o conhecimento a respeito do fenômeno, suas consequências

e sua disseminação no ambiente não só escolar, como em toda a sociedade. O

material foi disponibilizado aos professores e alunos para que trabalhos educativos

fossem desenvolvidos e servisse de fonte de apoio constante para a atuação

pedagógica do professor.

A Unidade Didática foi estruturada, elencando autores pesquisados;

definindo o fenômeno; relatando alguns casos ocorridos pelo mundo; sua influência

no mundo e na vida das pessoas; abordando a questão da instituição escolar e o

contexto escolar; a necessidade de uma Cultura com uma reflexão acerca do papel

do educador na questão do enfrentamento a esse problema.

O instrumento criado não foi concebido como documento de mera

transmissão e informação, mas sim como agente de problematização, tendo em

vista o raciocínio crítico e como consequência a apreensão, construção e

resignificação do conhecimento.

O material foi utilizado pelos docentes em sala de aula, em conversações

acerca do fenômeno pesquisado para a produção de trabalhos, exposições,o que

gerou bastante polêmica, mas de muito boa aceitação.

A curiosidade que o material aguçou nos alunos foi benéfico para a

ampliação dos conhecimentos acerca do assunto.

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APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS

1 - EXPERIÊNCIA : A SENSAÇÃO TÉRMICA

Autorização em anexo

Na execução dessa experiência foram usados os seguintes materiais: 3

bacias, água gelada, água morna, água quente e mesa. Mergulharam as duas mãos

e observaram que a sensação foi a mesma. Em seguida, imergiram uma mão na

água gelada e a outra na água quente por 30segundos. Retiraram as mãos,

recolocando as duas na água morna e observaram a diferença de sensação.

Com a atividade foi possível os alunos observarem de forma concreta que

o sentido humano é limitado para perceber a temperatura, pois o calor depende da

variação de temperatura, que é diferente na superfície de cada uma das mãos.

2 - Experiência: Condução de Calor

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Autorização em anexo

Na execução dessa experiência foram usados os seguintes materiais :

pedaço de arame ( ou fio de cobre) dobráveis, vela , massa de modelar e fósforo. O

arame foi dobrado em forma de L e fixado no comprimento menor à massa de

modelar que serviu como suporte na parte maior do L. Em posição horizontal um

pequeno pedaço de massinha foi fixado próximo à ponta, onde foi aceso uma vela

posicionada abaixo do L próximo ao canto. Observou-se que depois de pouco

tempo, a massinha se soltou do arame que estava aquecido.

Durante a atividade os alunos observaram de forma concreta que esse

processo de transferência de calor, chamado de condução, ocorre com eficiência

maior nos sólidos e, no dia a dia, pode ser observado em uma panela que se aquece

no fogo ou no ferro de passar roupa.

3 - EXPERIÊNCIA : CONVECÇÃO DE CALOR

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Autorização em anexo

Na execução dessa experiência foram usados os seguintes materiais :

pedaço de arame ( ou fio de cobre) , vela , massa de modelar , fósforo, follha de

sulfite, lápis e tesoura. Desenhou-se uma espiral (caracol) no papel sulfite em

seguida recortado formando uma espiral de papel, como uma pequena mola. Foi

feito um suporte com massa de modelar e nele colocado um pedaço de arame como

se fosse um pequeno poste, no qual foi fixado uma ponta da espiral na parte

superior do arame, enrolado em seu entorno. Uma vela foi acesa e posicionada ao

lado do arame. Atentou-se para a altura da vela e do arame, a fim de que a espiral

solta fosse menor que o arame e não tocasse a chama da vela.

Nessa atividade os alunos observaram de forma concreta que a espiral

flutuou um pouco, pois o ar quente próximo à vela subiu por ter uma densidade

menor que o ar frio, transferindo calor por meio da movimentação do fluído – no

caso, o ar. Esse tipo de processo chama-se convecção de calor e ocorre nos fluídos

(gases e líquidos). É algo semelhante às correntes de ar que sustentam uma asa

delta ou resfriam os ambientes por meio do ar-condicionado ou, ainda, às correntes

de água que transferem calor quando fervidas na panela.

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4 - EXPERIÊNCIA : PRESSÃO, VOLUME E TEMPERATURA

Autorização em anexo

Na execução dessa experiência foram usados os seguintes materiais :

vela, copo maior que a vela, prato, fósforo (ou isqueiro), água. Uma vela foi acesa e

fixada ao fundo do prato. O fundo do prato foi preenchido e a vela tampada com o

copo para que os alunos observassem o que ocorreria com a água.

A atividade possibilitou aos alunos observaram que a água subiu para

dentro do copo, uma vez que a vela se apagou e com a transformação do oxigênio

em gás carbônico a temperatura do gás foi diminuído, a pressão no interior do copo

também diminui, assim, como o volume do gás.

5 - EXPERIÊNCIA : A REFRIGERAÇÃO

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Autorização em anexo

Na execução dessa experiência foram usados os seguintes materiais : 2

bexigas, vela, água e fósforo. Encheram uma bexiga com ar, acenderam a vela.

Segurando a bexiga pela boca, aproximaram-na, vagarosamente, da chama, o que

fez com que ela estourasse. Em seguida, colocaram um pouco de água em outra

bexiga e encheram o restante com ar, aproximando-a vagarosamente, da chama da

vela. Perceberam que ela não estourou com a mesma facilidade.

Nessa atividade os alunos observaram de forma concreta que o ar ao ser

aquecido, dilatou-se, aumentando a pressão, por isso a primeira bexiga estourou

com facilidade, com a água também ocorre uma dilatação, porém ela é muito menor,

e na região do aquecimento a temperatura na bexiga diminuiu com a transferência

de calor para a água. É possível ferver a água sem estourar a bexiga, pois a

temperatura de fusão da borracha é maior que a da água, em torno de 139ºC, basta

utilizar um suporte metálico para manter a bexiga a uma distância constante da

chama. É aproximadamente dessa forma que funciona o sistema de refrigeração dos

carros.

GRUPO DE ESTUDOS EM REDE

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Durante a execução do projeto de implementação houve a participação

virtual de professores de outras escolas que também apresentavam pouco

conhecimento acerca da História e Prática da Ternodinâmica.

O trabalho com o Grupo de Trabalho em Rede - GTR, subsidiado pela

Secretaria de Estado da Educação e oferecido a todos os professores da Rede

Estadual de Ensino do Paraná, enriqueceu a implementação do projeto na escola,

na medida em que trouxe experiências de outros professores, de outras regiões para

a problemática tratada.

Este instrumento tecnológico de trabalho em rede foi desenvolvido por

meio da plataforma MOODLE - Modular Object-Oriented Dynamic, com o objetivo de

gerenciar atividades educacionais na web voltada para a aprendizagem colaborativa

em ambientes virtuais. O acompanhamento de todas as ações desenvolvidas pelos

professores foram registradas no SACIR – Sistema de Acompanhamento e

Integração em Rede, para validar o trabalho do professor PDE e cursistas que

participaram do GTR.

O GTR fez parte do programa de formação continuada e foi desenvolvido

no período da respectiva implementação, com uma carga horária de 64 horas. O

GTR possibilitou a inclusão virtual dos Professores da Rede nos estudos, reflexões,

discussões e elaborações realizadas pelo professor PDE, tendo acesso democrático

aos conhecimentos teórico-práticos específicos das áreas/disciplinas trabalhados no

Programa.

Com o objetivo de possibilitar novas formas de formação continuada, de

viabilizar um espaço de estudo e pesquisa que articule as especificidades da

realidade escolar, de estabelecer relações teórico-práticas nas diversas áreas do

conhecimento visando o enriquecimento didático-pedagógico e de socializar o

Projeto de Pesquisa do professor PDE, com os demais professores da rede,

desenvolveu-se com atividades à distância, com um total de 15 cursistas.

A interação desses participantes e o registro de suas atividades ocorreram

por meio da plataforma Moodle e SACIR. A efetivação deste curso teve resultados

positivos mediante o apoio constante das coordenações do PDE nos NREs e

monitores da SEED.

A professora PDE, tutora nesse momento, coube incluir os cursistas no

SACIR, acompanhar o desempenho pedagógico de cada um, informando sobre sua

atuação no grupo, pendências de atividades, uso e manuseio das tecnologias

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envolvidas no GTR, avaliando-o durante todo o percurso. Os cursistas

acompanharam o Projeto de Pesquisa do professor PDE, visualizando as

referências que embasaram os estudos a respeito da Termodinâmica. Tiveram,

também acesso à produção didático-pedagógica elaborada pela professora PDE,

bem como os textos para leitura indicados pela mesma.

A plataforma MOODLE possibilitou a democratização do saber, na medida

em que expandiu o assunto para vários lugares do Paraná, uma vez que pessoas

envolvidas com o problema, angustiadas em busca de soluções, puderam contar

com o auxílio da tutoria e de outros colegas que vivenciavam tais problemas.

No início do GTR, acreditou-se que o tema não despertaria tanto

interesse, mas o retorno foi extremamente positivo, sendo que passou a ser

amplamente divulgado nas escolas públicas do estado do Paraná, viabilizado por

cursistas que faziam parte do grupo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse artigo procurou evidenciar que o desenvolvimento científico possui

raízes fortemente ancoradas em concepções oriundas do passado e que foram se

complexificando no decorrer do tempo, ocupando a Física, nesse processo, um lugar

de destaque.

O nosso enfoque centrou-se na crença da grande contribuição que a

História da Ciência pode oferecer para o ensino e o quanto ela revela do aspecto

estruturante da Física para a elaboração de uma lei ao evidenciar a íntima relação

entre Matemática e Física.

O trabalho do professor consistiu em encaminhar, acerca de atividades

adequadas, respostas às perguntas com conhecimentos mediadores da Física e da

Matemática que no processo de estruturação se revelaram estreitamente

relacionados.

Ainda, segundo a atividade apresentada neste trabalho, pode-se levantar

a seguinte questão: o calor é energia.

Sem pretender que o estudante seja um cientista, o trabalho procurou

mostrar uma situação organizada e idealizada pela qual passam os cientistas

durante a resolução dos problemas da Ciência; isto possibilitou uma familiarização

com o trabalho científico e seus resultados.

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Os textos históricos serviram para mostrar aos estudantes a problemática

com a qual os cientistas se defrontaram. Assim, foi possível levá-los à elaboração de

hipóteses e à compreensão de uma construção coletiva do conhecimento e à sua

socialização. Os textos de apoio ofereceram embasamento teórico acerca da

atividade desenvolvida.

A Unidade Didática proposta pode ser uma resposta possível para a

questão central desse artigo: Como possibilitar o acesso, aos alunos, a uma

concepção de calor diferente daquela até então informalmente utilizada, para que

se avance mais na compreensão científica da termodinâmica? No contexto de tal

unidade na experimentação aparece como recurso do pensamento para a

compreensão das teorias físicas, o que torna provável que os componentes

didáticos propostos na unidade possam ser utilizados como referência para outros

conteúdos da Física.

REFERÊNCIAS

http://www.ebah.com.br/content/ABAAABJTEAD/artigo-ensino-fisica-contemporanea-

sob-perspectiva-historica-filosofica - acessado em 03/052013 às 21:07

FOOT, C.J. & STEANE, A.M., “Gregarious atoms”, Nature, V. 376, 1995, p. 213-4.

Física: considerações sobre um exemplo de divulgação científica. 2 – Física

moderna”, Cad. Cat. Ens. de Física, V.15, n 3: p.265 - 300, dez. 1998. (*) 13.

ROCHA, José Fernando et al. (Org.). ORIGENS E EVOLUÇÃO DAS IDÉIAS DA

FÍSICA. Salvador: Edufba, 2002. 372 p.

http://www.mundoeducacao.com.br/fisica/moderna.htm -

GIBERT, Armando. ORIGENS HISTÓRICAS DA FÍSICA MODERNA. Lisboa:

Fundação Calouste Gulbenkian, 1982. 449 p.

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Termo de Cessão Pessoa Física para Pessoa Física

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

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para Artigo Final, sem fins lucrativos e com objetivos educacionais.

Para efeitos, este termo vai assinado pelas partes.

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Termo de Cessão Pessoa Física para Pessoa Física

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

Nos termos disponíveis do artigo 49 da Lei n. 9.610, por este instrumento o(a) Sr(a),

Kauana Emiriane de Paiva ( cedente), RG 13.566.927-0, CPF 064.147.599-37, residente na

rua Francisco César Nogari , 1316,bairro Vila Santa Terezinha, cidade Ribeirão do Pinhal, na

qualidade de titular dos direitos autorais, doravante denominado CEDENTE, cede

gratuitamente, pelo prazo indeterminado e de modo absoluto, para utilização exclusiva da

Secretaria de Estado da Educação do Paraná o direito de uso referente ao(s) seguinte(s)

material(is):

Fotos para o(a) professor(a) Marilsa Aparecida Jofre da Silva, RG 3.677.630-7 da Rede

Estadual de Ensino do Paraná, nesta ocasião denominada CESSIONÁRIO(A).

O CEDENTE fica ciente de que o material cedido pode ser publicado nas mídias

impressa e/ou Web.

Esta cessão afasta o CEDENTE e seus herdeiros de receberem qualquer espécie de

indenização ou compensação em virtude do uso e administração do material.

O(A) CESSIONÁRIO(A), por sua vez, compromete-se a utilizar o material descrito

para Artigo Final, sem fins lucrativos e com objetivos educacionais.

Para efeitos, este termo vai assinado pelas partes.

Curitiba, _________ de __________________de __________.

_____________________________

CEDENTE

_____________________________

CESSIONÁRIO(A)

21

Termo de Cessão Pessoa Física para Pessoa Física

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

Nos termos disponíveis do artigo 49 da Lei n. 9.610, por este instrumento o(a) Sr

Allan Elias Manoel Ribeiro ( cedente), RG 13.325.071-9, CPF 081.465,759-19, residente na

rua Amélia Naufal , 1739,bairro Vila santa Terezinha, cidade Ribeirão do Pinhal, na qualidade

de titular dos direitos autorais, doravante denominado CEDENTE, cede gratuitamente, pelo

prazo indeterminado e de modo absoluto, para utilização exclusiva da Secretaria de Estado da

Educação do Paraná o direito de uso referente ao(s) seguinte(s) material(is):

Fotos professor(a) Marilsa Aparecida Jofre da Silva, RG 3.677.630-7 da Rede Estadual de

Ensino do Paraná, nesta ocasião denominada CESSIONÁRIO(A).

O CEDENTE fica ciente de que o material cedido pode ser publicado nas mídias

impressa e/ou Web.

Esta cessão afasta o CEDENTE e seus herdeiros de receberem qualquer espécie de

indenização ou compensação em virtude do uso e administração do material.

O(A) CESSIONÁRIO(A), por sua vez, compromete-se a utilizar o material descrito

para Artigo Final, sem fins lucrativos e com objetivos educacionais.

Para efeitos, este termo vai assinado pelas partes.

Curitiba, _________ de __________________de __________.

_____________________________

CEDENTE

_____________________________

CESSIONÁRIO(A)

22

Termo de Cessão Pessoa Física para Pessoa Física

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

Nos termos disponíveis do artigo 49 da Lei n. 9.610, por este instrumento o(a) Sr(a),

Ana Flávia Rodrigues da Silva ( cedente), RG 10.982.134-9, CPF 093.631.239-44, residente

na rua Paraná , 377,bairro Vila Hernínia, cidade Ribeirão do Pinhal, na qualidade de titular

dos direitos autorais, doravante denominado CEDENTE, cede gratuitamente, pelo prazo

indeterminado e de modo absoluto, para utilização exclusiva da Secretaria de Estado da

Educação do Paraná o direito de uso referente ao(s) seguinte(s) material(is):

Fotos para o(a) professor(a) Marilsa Aparecida Jofre da Silva, RG 3.677.630-7 da Rede

Estadual de Ensino do Paraná, nesta ocasião denominada CESSIONÁRIO(A).

O CEDENTE fica ciente de que o material cedido pode ser publicado nas mídias

impressa e/ou Web.

Esta cessão afasta o CEDENTE e seus herdeiros de receberem qualquer espécie de

indenização ou compensação em virtude do uso e administração do material.

O(A) CESSIONÁRIO(A), por sua vez, compromete-se a utilizar o material descrito

para Artigo Final, sem fins lucrativos e com objetivos educacionais.

Para efeitos, este termo vai assinado pelas partes.

Curitiba, _________ de __________________de __________.

_____________________________

CEDENTE

_____________________________

CESSIONÁRIO(A)