OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA ......uma cartilha para os pais, intitulada "Acompanhem...
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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA TURMA 2014
Título: Escola e Família: aliança importante no combate à Evasão Escolar.
Autor: Katia Mara de Lara Tissi
Disciplina/Área: Gestão Escolar
Escola de Implementação
do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Alfredo Chaves
Rua Budapest n° 08 – Jardim Santa Clara
Município da escola: Colombo
Núcleo Regional de Educação:
Área Metropolitana Norte
Professor Orientador:
Wanderley José Deina
Instituição de Ensino Superior:
Universidade Tecnológica da Paraná - UTFPR
Resumo:
A presente produção traz reflexões sobre a importância da família, em um trabalho paralelo à escola frente ao grave problema da evasão escolar, buscando esclarecer aos pais e responsáveis dos alunos do ensino fundamental, do Colégio Estadual Alfredo Chaves, Colombo-Pr, sua parcela de responsabilidade, articulando-os com a escola e desenvolvendo estratégias de combate ao abandono escolar, um problema que vem causando prejuízos imensuráveis sob os aspectos econômico, social e humano. A escola tem sua filosofia e metodologia para ensinar, mas, para concretizar o seu projeto educativo, necessita da família. Ambas são essenciais para aprendizagem e sucesso dos alunos.
Palavras-chaves Família – Escola – Evasão – Educando
Formato do Material Didático:
Caderno Pedagógico
Público: Comunidade escolar
APRESENTAÇÃO
A presente Produção Didática Pedagógica apresenta reflexões e
informações sobre: Família, Escola e Evasão. Embora o enfoque esteja nos
problemas do Colégio Alfredo Chaves, pode ser direcionada ao coletivo
escolar, no sentido de aprofundar, ampliar e refletir sobre o papel de cada
instituição, propondo alternativas de enfrentamento à Evasão Escolar.
Ao disponibilizar este material, espera-se que o mesmo possa
contribuir auxiliando-os na articulação e mediação didático-pedagógicas, por
meio de atividades que venham a conscientizar sobre a importância de cada
segmento, dividindo-os em unidades temáticas:
•Unidade I: Família (10 horas)
A família é o primeiro vínculo social de uma criança antes de chegar
à escola e, articuladas, podem influenciar de maneira positiva ou negativa o
indivíduo, como também, promover sua permanência no ambiente escolar.
•Unidade II: Escola (10 horas)
É uma instituição concebida para o ensino de alunos sob a direção
de professores, ou seja, são espaços organizados propostos para o ensino
e a aprendizagem coordenados pelos interesses do Estado. Hoje a escola
apresenta-se como uma das mais importantes instituições sociais, fazendo
a mediação entre o indivíduo e a sociedade. Ao transmitir a cultura e, com
ela, modelos sociais de comportamento e valores morais, a escola permite
que a criança “humanize-se”, cultive-se, socialize-se ou, numa palavra,
eduque-se.
“Educar é semear com sabedoria e colher com paciência.”
Augusto Cury
•Unidade III: Evasão Escolar (12 horas)
Entende-se como a situação do aluno que abandonou a escola ou reprovou
em determinado ano letivo, e que, no ano seguinte não efetuou a matrícula para
dar continuidade aos estudos. Neste contexto, a evasão, o abandono e a
reprovação podem gerar desafios para a instituição escolar.
Objetivando contribuir para a aprendizagem dos nossos educandos, faz-se
necessário uma aliança entre escola e família, resgatando responsabilidades e
envolvendo-as, pois ambas constituem a base fundamental para manter a
frequencia dos alunos em sala de aula.
Família
Escola
Educando
UNIDADE I
FAMÍLIA
Não cabe ao Estado, via escola pública, substituir a
Mario Sergio Cortella
FONTE: http://www.casadeismael.org/areas-de-atuacao/assistencia-social/orientacao-
familia-asfam/
“Não cabe ao Estado, via escola pública,
substituir a responsabilidade que a família tem, a
menos que ela esteja em situação de descuido total.
Cabe à instituição promover a autonomia, a
solidariedade e a formação crítica, mas a
responsabilidade principal continua sendo da família
e ela não pode se eximir disso”.
Mario Sergio Cortella
UNIDADE I - FAMILIA
A família é unidade básica da sociedade, representa um grupo social,
formado por indivíduos com ancestrais em comum ou ligado por laços afetivos, que
influencia e é influenciado por outras pessoas e instituições. Ela tem funções a
desempenhar para garantir o seu desenvolvimento. As principais funções da família
são:
Sexual e reprodutiva: garante a satisfação dos impulsos sexuais dos
cônjuges e perpetua a espécie humana com a geração dos filhos;
Econômica: assegura os meios de subsistência e bem estar de seus
integrantes e,
Educacional: transmissão à criança dos valores e padrões culturais
da sociedade. Ao cumprir tal função, a família torna-se o primeiro
agente de socialização do indivíduo.
A família tem como função primordial a de proteção, tendo, sobretudo,
potencialidades para dar apoio emocional para a resolução de
problemas e conflitos, podendo formar uma barreira defensiva contra
agressões externas, assumindo funções sociais essenciais para a
existência da vida coletiva, oscilando em tipos e formas variadas
(SERRA,1999, p. 5-6)
Assim, a família assume uma estrutura característica que denota a
responsabilidade pela proteção da criança ou adolescente. Por estrutura entende-
se “uma forma de organização ou disposição de um número de componentes que
se inter-relacionam de maneira específica e recorrente” (WHALEY e WONG, 1989;
p. 21). Podemos classificar a família em dois tipos básicos:
Família conjugal ou nuclear: reúne o marido, a esposa e os filhos.
Família consanguínea ou extensa: englobam outros parentes como avós, netos,
genros, noras, primos, sobrinhos e até agregados. Também chamada de família
grande.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente em seu parágrafo único:
Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além
da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos
com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade
e afetividade.
Lembrando que, segundo decisão recente do STF, a unidade familiar
não precisa ser formada a partir de homem e mulher apenas, mas também
de uniões homoafetivas.
Atualmente algumas famílias não apresentam um padrão considerado
“normal”, ou seja, elementar ou nuclear, composta por pai, mãe e filhos e
acaba sofrendo preconceitos. Esses modernos tipos de família estão
presentes em nossa escola. Essa nova formação familiar pode interferir no
desempenho escolar do aluno?
A família tem papel essencial para com a criança:
(...) a família constitui o primeiro, o mais fundante e o mais importante grupo
social de toda a pessoa, bem como o seu quadro de referência, estabelecido
PARA REFLETIR!
através das relações e identificações que a criança criou durante o
desenvolvimento (VARA, 1996; p. 8).
De acordo com a Constituição Brasileira de 1988, em seu artigo 227:
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-
los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão. (Alterado pela Emenda 65, de 2010).
O Estatuto da Criança e do Adolescente corrobora com a Constituição ao
incumbir aos pais o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores,
cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as
determinações judiciais, também tem a obrigação de matricular seus filhos na rede
regular de ensino e zelar para que os mesmos permaneçam na escola.
É relevante mencionar que na época atual a realidade familiar se modificou
de forma drástica. A família de hoje, comparada àquela de trinta anos atrás, em
geral, já não tem mais a mesma estrutura, principalmente no que se refere ao
número de membros, bem como às atribuições delimitadas em relação ao pai e a
mãe. Atualmente, os membros de uma família estão reduzindo e a figura estrita da
mãe, como responsável pela educação cotidiana dos filhos, raramente existe.
A necessidade de se buscar melhores condições de sobrevivência levou a
mãe para o mercado de trabalho, consequentemente, a educação dos filhos, muitas
vezes negligenciada pela família, passou a ser em grande parte atributo exclusivo
da escola. Nesta conjuntura, a transmissão básica dos valores morais, éticos e
culturais de socialização passou a ser de responsabilidade da escola, anulando
com isso a participação da família neste processo.
Segundo Feijó (2007, p.66), pais ausentes têm dificuldades na educação dos
filhos, que tenderão a buscar informações e apoio fora de casa. Estar presente na
vida do filho não significa necessariamente a presença física o tempo todo,
mas, antes na certeza de que o filho tenha em contar com o interesse dos
pais nas suas necessidades.
ATIVIDADES DE CONSCIENTIZAÇÃO, SENSIBILIZAÇÃO
E INTEGRAÇÃO FAMÍLIA/ESCOLA.
FONTE:
http://4.bp.blogspot.com/Sr8xY9Hn6k/T1O5HKoR94I/AAAAAAAAL1w/7p3GTTMa5U/s1600/portalis-150.jpg
1.1 Reunião geral com os pais dando ênfase nas Leis no que se refere
à Evasão Escolar, expondo o projeto e conscientizando sobre a importância da
participação no ambiente escolar. (2horas e 30 minutos)
A preocupação com o envolvimento dos pais transpassa os muros da
escola, considerando que o próprio Ministério da Educação e Cultura – MEC lançou
uma cartilha para os pais, intitulada "Acompanhem a vida escolar dos seus filhos",
explicando como ajudá-los no processo educativo. A cartilha convoca as famílias a
se envolverem e participarem efetivamente na educação das crianças (BRASIL,
1998).
Destacamos alguns itens relevantes:
Visitem a escola de seus filhos sempre que puderem.
Observem se as crianças estão felizes e cuidadas no recreio,
na hora da entrada e na hora da saída.
Observem a limpeza e a conservação das salas e demais
dependências da escola.
Conversem com as mães, os pais ou os responsáveis pelos
colegas de seu filho ou de sua filha sobre o que vocês observaram.
Conversem com os professores.
Perguntem como seus filhos estão nos estudos.
Peçam orientação, caso seus filhos estejam com alguma
dificuldade na escola.
Procurem saber o que podem fazer para ajudar.
Conversem também com o diretor ou a diretora e as outras
pessoas da escola.
Leiam bilhetes e avisos que a escola enviar e respondam
quando necessário.
Olhem o material escolar, bem como os cadernos e as tarefas
de casa.
Além dessas responsabilidades básicas dos pais, a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (1996) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (1993)
enfatizam que as escolas devem apresentar aos pais os direitos e deveres da
educação, bem como o direito a participar na definição das propostas educacionais.
Assim, as intenções educativas da escola e a evolução da aprendizagem
devem estar na pauta das reuniões. Bem como o Projeto Político Pedagógico (PPP)
da instituição deve se conhecido e divulgado. É importante para o responsável ter
informações sobre:
A filosofia e a missão da escola;
Os objetivos da escola;
A linha pedagógica adotada pela escola;
Composição e formação acadêmica das equipes
docentes e pedagógicas;
O plano de trabalho docente (a matéria que vão ensinar);
Quais os procedimentos Metodologia defendido
(técnicas e métodos de como vão ensinar o conteúdo);
Como é gerenciada a Disciplina (como funciona a
questão dos limites);
Os procedimentos de Avaliação adotados pela escola
(maneira de verificar o progresso do aluno).
Como afirma Tiba, 2009, p.22, “quando um filho percebe que um pai ‘ que
sabe ‘ ainda quer aprender, ele capta o quanto é possível e desejável o aprender
sempre”. Ou seja, como já diziam os antigos, o exemplo vem de casa.
Após a explanação, teremos a apresentação do vídeo de Içami Tiba,
intitulado: Filhos são como Navio - tempo 4 minutos e 15 segundos.
https://www.youtube.com/watch?v=x1bVQS_4enM
Objetivo: Conscientização da responsabilidade do Pátrio Poder.
1.2. Encontro com os pais dos alunos evadidos em 2014 e, também os
faltosos no início de 2015. Conversa sobre motivo das faltas e desistência.
Sensibilizar os pais com o vídeo de Dr. José Martin Filho, intitulado: Quem cuidará
das crianças? – Tempo: 19 minutos.
http://www.youtube.com/watch?v=YzLwg94T3v0 . (2 horas)
Objetivo: Responsabilizar a família quanto ao acompanhamento da vida escolar
dos filhos.
1.3. Encontro com os pais onde serão selecionados trechos de filmes para
reflexão e analise com debate. (2 horas)
FILME 1 – MÃOS TALENTOSAS
1º trecho: 7 minutos aos 11min e 18seg.
2º trecho: 20min e 22 seg aos 23 min e 36 seg.
HTTPS://WWW.YOUTUBE.COM/WATCH?V=K4XRWBE12OK
O filme conta a história do menino pobre de Detroit que se tornou
neurocirurgião de fama mundial. Era um menino desmotivado que tirava notas
baixas na escola. Entretanto, aos 33 anos, ele se tornou o diretor do Centro de
Neurologia Pediátrica do Hospital Universitário Johns Hopkins, em Baltimore, EUA.
Era incentivado pela mãe com as seguintes frases:
Você não foi feito para fracassar.
Você pode fazer melhor.
Você tem que enxergar além do que vê.
Eu sabia que você iria conseguir.
Não se preocupe com os outros, o mundo tá cheio dos outros.
FILME 2 – ESCRITORES DA LIBERDADE
(Diário I – 4minutos e 59 segundos)
s
https://www.youtube.com/watch?v=uO0wfJkhv3s
É uma instigante história envolvendo adolescentes criados no meio de
tiroteios e agressividade e a professora que oferece o que eles mais precisam: uma
voz própria. Quando vai parar numa escola corrompida pela violência e tensão
racial, a professora Erin Gruwell combate um sistema deficiente, lutando para que
a sala de aula faça a diferença na vida dos estudantes. Agora, contando suas
próprias histórias, e ouvindo as dos outros, uma turma de adolescentes
supostamente indomáveis vai descobrir o poder da tolerância, recuperar suas vidas
desfeitas e mudar seu mundo
Os trechos serão apresentados aos pais com objetivo de enfatizar a
importância da participação dos mesmos na vida escolar de seus filhos e filhas.
O que posso fazer para auxiliar meu filho?
Objetivo: Analisar e debater a participação da família na vida escolar das
crianças.
1.4 Apresentação para as mães a ser realizada pelos alunos evadidos em
2014 e também faltosos em 2015, com objetivo de envolvimento e articulação.
Apresentação de slide: http://pt.slideshare.net/Thiagodealmeida/a-relao-
famliaescola?next_slideshow=1 ( 1 hora e 30 minutos )
Objetivo: Integrar a Família e a Escola.
1.5 Atendimentos individualizados de alguns casos específicos de
estudantes, no sentido de buscar soluções para garantir a permanência do
estudante na Instituição. (2 horas )
Objetivo: Buscar soluções para garantir a permanência do estudante na
Instituição.
UNIDADE II
ESCOLA
Imagem do Colégio Estadual Alfredo Chaves- Arquivo próprio
“Se queremos uma escola
transformadora, precisamos
transformar a escola que temos.”
Vitor Henrique Paro
UNIDADE II – A ESCOLA
A Escola é, sem dúvida, o local que favorece a vida coletiva, as interações
são observadas e vivenciadas, valores, normas e modos de vida diferentes. É o
local que recebe influência das condições socioculturais da comunidade em que
está inserida. É o espaço no qual é socializada a vivência de todos que ali
convivem: troca de experiências e aprendizagens entre todos os que fazem parte
do processo educacional.
Para Luckesi (2007, p.15), uma escola é o que os seus gestores, os seus
educadores pais dos estudantes, alunos e comunidade. A “cara” da escola decorre
da ação conjunta de todos seus elementos.
Ela é uma comunidade e nela cada aluno deve possuir pleno conhecimento
de seus direitos e deveres. Para que todos possam estabelecer uma convivência
inspirada na cooperação e ajuda mútua, a escola deve contribuir fortemente para o
pleno desenvolvimento da personalidade, da formação de caráter e de cidadania
do educando, para o desenvolvimento da competência comunicativa, assegurar a
sua formação cívica e moral, assegurar o direito à diferença, desenvolver a
capacidade para o trabalho e proporcionar uma sólida formação geral e uma
formação específica para a ocupação de um justo lugar na vida ativa.
Além disso, ela deve permitir ao indivíduo ter uma participação no progresso
da sociedade em consonância com os seus interesses. Também deve assegurar a
igualdade de oportunidades para ambos os sexos, através de práticas de
coeducação, da orientação escolar e profissional. Deve ainda contribuir para
desenvolver o espírito e a prática democráticos, através da adoção de estruturas e
processos participativos na definição da política educativa, na administração e
gestão do sistema escolar e na experiência pedagógica cotidiana, em que se
integram todos os intervenientes no processo educativo, em especial os alunos, os
docentes e as famílias. Ou seja:
“Escola é…
O lugar onde se faz amigos.
Não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos…
Escola é, sobretudo, gente,
gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima.
O Diretor é gente,
o Coordenador é gente, o Professor é gente, o Aluno é gente, cada Funcionário é
gente.
E a Escola será cada vez melhor na medida em que cada um se comporte como
colega, amigo, irmão.
Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade a
ninguém, nada de ser como o tijolo,
que forma a parede indiferente, frio, só.
Importante na Escola não é só estudar, não é só trabalhar, é também criar laços
de amizade,
é criar ambiente de camaradagem, é conviver, é se “amarrar nela”!
(Paulo Freire)
O que se espera que a escola faça para formar cidadãos educados e
críticos, aptos a participar da vida em sociedade e de que maneira fazer isso?
PARA REFLETIR!
1. Atividades de verificação,
acompanhamento, conscientização e
integração a serem desenvolvidas com
o coletivo escolar.
FONTE: http://moodle3.mec.gov.br/ufba/file.php/1/imagens/LivrosTECE/Livro2/coletivo1.jpg
2.1 Levantamentos de dados junto aos agentes educacionais II, relatório
final 2014, dos alunos evadidos e se efetuaram a matrícula em 2015. (2 horas e 30
minutos )
Objetivo: Verificar a situação atual do aluno.
2.2 Encontro com professores e funcionários cujo tema será Evasão
Escolar. Discussão de textos e reflexão. (2 horas e 30 minutos )
Quais as causas da evasão escolar em nossa escola
O que podemos fazer para minimizar o problema?
http://pt.slideshare.net/nivea16/slides-de-evaso-escolar
Objetivo: Identificar as causas da evasão e possíveis soluções.
2.3 Encontro com a equipe pedagógica para acompanhamento de alguns
alunos em especial: evadidos em 2014 e faltosos 2015. (1 hora e 30 minutos )
Objetivo: Acompanhar os alunos e interação equipe pedagógica e
professores.
2.4. Questionário a ser respondido pelos professores. (Anexo 1) ( 2 horas)
Objetivo: Analisar as causas da evasão na visão dos professores.
2.5. Relato de experiência: A vivência na sala de aula e o resgate do aluno
evadido. Solicitar a alguns professores que relatem uma experiência que resultou
na permanência do aluno no ambiente escolar. (1 hora e 30 minutos)
Objetivo: Utilizar as experiências para minimizar a evasão escolar.
Para aprofundar e ampliar a discussão sobre o papel da Escola e os
enfrentamentos do dia a dia, sugere-se assistir a alguns filmes, disponíveis em:
http://www.cinefilmes.ws.
ALÉM DA SALA DE AULA
Baseado em uma história real, conta a história do primeiro emprego da jovem
professora que aceita a vaga temporária em uma escola de abrigo, uma sala de
aula improvisada para crianças de famílias sem teto nos Estados Unidos, impedida
de se matricularem na escola regular. A escola é um depósito improvisado. As
famílias vivem em alojamentos, trailers ou até mesmo em carros. Crianças com
fome e com várias idades, falta de livros e carteiras em condições precárias são
dificuldades enfrentadas pela professora. Bess, mãe de duas crianças e novamente
grávida, além de habilidade precisa se superar em amor e dedicação.
"Além da Sala de Aula" é um exemplo de dedicação, amor e desprendimento.
Mas é principalmente uma lição de esperança. É uma prova de que, superando
PARA AMPLIAR A DISCUSSÃO
obstáculos e dificuldades, o estudo possibilita a esperança de que sim, é possível
mudar a vida de crianças carentes e suas famílias.
A LÍNGUA DAS MARIPOSAS
Espanha, 1936. Moncho, um garoto de 8 anos, tem medo de ir para a escola
porque ficou sabendo que os professores batem nas crianças. Até que seu novo
professor começa a dar aulas ao garoto em sua casa. Aos poucos, o menino
conhece o professor e fica fascinado por seu caráter e por sua sabedoria. Porém,
quando explode a Guerra Civil Espanhola, o garoto desespera-se ao saber que seu
mestre é perseguido, o filme tem como foco a relação professor-aluno.
MINHAS TARDES COM MARGUERITE
Eis uma miniatura que transpira ternura, arte, cultura, que nos educa e nos
torna melhores. A inesperada amizade entre o grandalhão Germain e Margueritte,
uma simpática senhora de 95 anos é o fio-condutor do filme.
Morando numa casa para idosos, Margueritte passa as tardes lendo para
os pombos numa praça. Depois de alguns encontros, a senhorinha passa também
a ler para Germain, que, por falta de apoio em casa e na escola, há muito
abandonou os livros. A amizade entre eles cresce, mas dois problemas ameaçam
essa convivência. Por conta da idade, Margueritte pode perder a visão a qualquer
momento e, para piorar, seu sobrinho ameaça cortar o pagamento do asilo onde
vive.
“Careço de modelos, tive de aprender tudo sozinho. “Em quinze palavras,
digo doze grosserias”. É o lamento de Germain que repara nas limitações que a
vida lhe impôs, o maltrato e as humilhações sofridas pela mãe e pelos professores,
a ausência de um pai, pois “eu não sou fruto do amor, mas um acidente de
percurso”. Margueritte é uma educadora que não tem pressa, saboreia cada
momento desde a perspectiva de uma vida vivida em plenitude, pratica a arte de
educar. Porque educar é mais do que quantidade; é provocar experiências
inesquecíveis, despertar o interesse, fomentar a reflexão. Educar é, antes de tudo,
colocar amor e delicadeza no processo que forma os outros.
O que é educar para você?
PARA REFLETIR!
UNIDADE III
EVASÃO ESCOLAR
http://2.bp.blogspot.com/0c6fqkfcyhY/UHxpZDgWwuI/AAAAAAAAAf8/KOUvCsX_9M/s1600/sala_de_
aula_vazia.jpg
“Nossa maior fraqueza está em desistir.
O caminho mais certo de vencer é tentar mais
uma vez.”
Thomas Edison
UNIDADE III – EVASÃO ESCOLAR
A evasão escolar alcança proporções inaceitáveis, sobretudo, na escola
pública, o que causa prejuízos imensuráveis sob os aspectos econômico, social e
humano na sociedade brasileira. De um modo geral, interpretamos o problema da
evasão a partir de duas perspectivas: como resultado do fracasso do estudante ou
da instituição escolar, que não desenvolve estratégias para modificar esta
realidade. Porém, tanto de um quanto de outro ponto de vista, ela reflete
diretamente no indivíduo que não desenvolve completamente suas competências
afetivas, cognitiva, cultural, pessoal, profissional e social. Acrescenta-se a isso, a
falta de comprometimento, ou mesmo, de responsabilidade, de boa parte dos
professores, como também dos pais ou responsáveis pelas crianças. Também
podemos considerar uma grande dose de omissão por parte do Estado diante da
ausência ou insuficiência de políticas públicas voltadas para o problema da evasão
escolar.
Para Ferreira (2011, p 02), são várias e diversas as causas dessa
“desistência” e podemos classificá-las ordenando-as em quatro grupos: Escola,
Aluno, Pais ou Responsáveis e Social.
Escola: não atrativa, autoritária, professores despreparados, insuficiente,
ausência de motivação, etc.
Aluno: Desinteressado, indisciplinado, com problemas de saúde,
gravidez, drogas, autoestima, etc.
Pais ou Responsáveis: Não cumprimento do pátrio poder, desinteresse
em relação ao destino dos filhos;
Social: Violência, preconceito, pobreza, incompatibilidades entre outros.
Segundo Pinto (2004), as causas mais frequentes da evasão escolar no
Brasil são: Instabilidade socioeconômica; Instabilidade na fixação de moradia;
Necessidade de ajudar financeiramente a família; Dificuldades de aprendizagem;
Falta de condições adequadas das escolas e materiais didáticos; Metodologia de
ensino; Motivação dos professores/ alunos e Métodos de avaliação.
Tais obstáculos têm atrapalhado a vida estudantil e levado à evasão. O
trabalho educativo precisa ir além, a escola deve incentivar e valorizar as
competências individuais, buscando superação de dificuldades docentes e
discentes.
3.1 Questionários/ Ficha de acompanhamento do aluno desistente no ano
anterior (anexo 2). (2 horas)
Objetivo: conhecer o aluno e identificar as causas da desistência.
3.2 Entrevistas com alunos desistentes no ano anterior e faltoso atualmente.
(3 horas)
3. Atividades de prevenção e combate à Evasão
Escolar
http://1.bp.blogspot.com/-SY-
y4ayYPaM/Tozpu2Q3JQI/AAAAAAAABiU/noAdbaSb3Wo/s1600/Estudantes-sala-de-aula-2.jpg
Objetivo: Identificar e ouvir o aluno.
3.3 Palestra de conscientização “Fracasso Escolar” ( 2 horas e 30 minutos
Objetivo: Conscientização.
3.4 Confecções de painéis: o que contribui para que o aluno permaneça na
escola e o que favorece o abandono escolar do ponto de vista dos alunos evadidos
em 2014 e faltosos em 2015. (3 horas)
Objetivo: Identificar os fatores que contribuem para permanência ou
abandono dos alunos.
3.5. Dissertação a ser realizada pelos evadidos no ano anterior e faltosos
no ano corrente, com o tema: A escola que queremos. (1hora e 30 minutos )
Objetivo: Desenvolver a autoestima e o sentimento de “pertença” no
aluno.
Oportunizando a articulação família e escola, quem ganha é o educando, pois
se não houver a participação efetiva dos pais, o processo educativo restrito à escola
é insuficiente para uma educação completa.
SUGESTÕES DE LEITURAS:
Para além do Fracasso Escolar
Anete Abramowic e Jaqueline Moll
São Paulo, 1997.
PARA AMPLIAR A DISCUSSÃO
A Escola e o Fracasso Escolar
Regina C. Ellero Gualtieri e Rosário Genta Lugli
São Paulo: Cortez, 2012
Escola e Família uma parceria que dá certo
Esther Cristina Pereira
Curitiba, 2004
Evasão Escolar Não Basta Comunicar e as Mãos Lavar
Murilo José Digiácomo
http://www.mp.ba.gov.br/atuacao/infancia/evasao_escola_murilo.pdf.
Fracasso Escolar. A culpa é de quem?
https://www.youtube.com/watch?v=48JaK73CzS4
Podemos pensar que a própria educação pode combater o fracasso escolar
e a evasão. Quais as possibilidades e desafios encontrados pelos educadores para
amenizar a situação?
PARA REFLETIR!
ANEXO 1
Questionário para os professores
1) Tempo de magistério:
( ) 0 à 5 anos ( ) 5 à 10 anos ( )mais de 10anos
2) Já presenciou casos de evasão escolar?
( ) nunca ( ) menos de 10 alunos ( ) mais de 10alunos
3) Em que ano a evasão escolar é mais frequente?
( ) 6º ( ) 7º ( ) 8º ( ) 9º ( )1º ( ) 2º ( ) 3º
4) Nos casos de evasão escolar, entre as causas, qual você considera a principal? ____________________________________
5) Justifique a resposta da questão anterior: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
6) Na sua disciplina, o que você faz para resgatar o aluno evadido? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
7) O que fazer para combater a evasão escolar? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
ANEXO 2
FICHA DE ACOMPANHAMENTO ALUNO EVADIDO EM 2014
NOME: ___________________________________________________________
IDADE: ___________________________________________________________
Série: ____________________________ Turma: _________________________
Endereço: ________________________________nº ___ Bairro: _____________
Telefone residencial: (___)_______________ Celular: (___)__________________
Telefone para Recado:(___)______________ Falar com: (____)______________
Nome do Responsável: (___)_____________ Celular: (___)__________________
Com quem mora? __________________________________________________
Motivo da desistência em 2014:
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
O que a Escola poderia ter feito para que você não desistisse?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Seu responsável estava ciente de sua desistência? ( ) Sim ( ) Não
Relate o que seus pais ou responsáveis falaram sobre a sua desistência:
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Quais são suas expectativas para o ano de 2015?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
REFERÊNCIAS
ABRAMOWIC, Anete; MOLL, Jaqueline. Para além do Fracasso Escolar. São
Paulo, 1997.
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, Brasília, 1988.
BRASIL, Presidência da República. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996.
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