OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · enfrentados pela escola brasileira nos dias...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
1 IDENTIFICAÇÃO
Título: ADOLESCENTES NA EJA – POSSIBILIDADESDE INTERVENÇÃO VISANDO A MELHORIA DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
Autor: Idehide Aparecida Ribeiro.
Disciplina/Área: Pedagogia
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual “Profª Rina Maria de Jesus Francovig”
Município da escola: Londrina.
Núcleo Regional de Educação: Londrina.
Professor Orientador: Edmilson Lenardão
Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Londrina
Resumo:
Esta Produção Didática será empregada na proposta de implementação pedagógica a ser realizada com professores,gestores e funcionários, do C.E. “Profª Rina Maria de Jesus Francovig, na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos, da cidade de Londrina. A proposta tem como objetivo aprofundar estudos sobre a EJA e sobre a indisciplina acadêmica junto à comunidade escolar, no sentido de provocar mudanças no Projeto Político Pedagógico, relacionadas à organização da prática pedagógica. A metodologia a ser utilizada para a realização deste trabalho começará pelo levantamento e pesquisa bibliográfica e de campo, com base em consultas a livros, legislação pertinente, internet artigos científicos. Com a proposição de referencial teórico, será também desenvolvido grupo de estudos para aprofundamento teórico sobre a temática,além de levantamento de propostas de intervenção, quando for o caso.
Palavras-chave: Eja. Indisciplina. Novas Ações Pedagógicas.
Formato do Material Didático: Unidade Didática.
Público: Professores, gestores e funcionários.
2 APRESENTAÇÃO
Esta Produção Didático - Pedagógica é parte integrante do Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE), Programa de Formação Continuada dos
Professores da Rede Estadual da Secretaria de Educação do Estado do Paraná.
O presente trabalho tem a intenção de subsidiar o estudo e a reflexão dos
professores sobre indisciplina escolar na EJA decorrente da inserção dos
adolescentes oriundos do ensino regular e dos educandos adolescentes em conflito
com a lei encaminhados pela justiça. Nesse sentido, considera-se importante o
embasamento teórico que colabore com a prática pedagógica nesse contexto. A
presente Produção Didático - Pedagógica tem a finalidade de servir de apoio para a
realização da formação continuada de professores , gestores e demais profissionais
da educação, para desenvolver estratégias que auxiliem os professores em sua
prática pedagógica, favorecendo o sucesso escolar dos educandos.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
De acordo com o dicionário Aurélio (FERREIRA, 2001), “indisciplina é o
regime da ordem imposta ou livremente consentida; ordem que convém ao
funcionamento regular duma organização (militar, escolar, etc.); relações de
subordinação do aluno ao mestre ou ao instrutor”.
Na educação escolar, porém, o conceito de indisciplina vem se modificando.
Para Garcia (1999, p. 103), atualmente, a indisciplina escolar apresenta expressões
diferentes, sendo mais complexa e criativa, o que leva os professores a terem maior
dificuldade em resolvê-la de modo efetivo.
De acordo com Meletti (2010), vivemos hoje um dilema no cotidiano escolar,
em que a indisciplina e violência são causas significativas do fracasso escolar e de
dificuldade na prática docente.
Fortuna (2002), ressalta que a noção predominante é a do não cumprimento
das regras, da rebeldia contra qualquer regra construída e do desrespeito aos
princípios de convivência combinados, sem justificativa viável, criando transtornos e
incapacidade de se organizar e se relacionar de acordo com as regras estabelecidas
pelo grupo.
Rego (1996) afirma que a indisciplina afeta o trabalho pedagógico do
professor, ocasionando mal-estar físico, psicológico, podendo trazer conflitos entre
professor e aluno ,interferindo no processo pedagógico, afetando a aprendizagem e
o desempenho profissional do professor.
Para esta autora, a concepção de ensino que prevalece a da escola
tradicional, na qual a maioria dos professores reproduz em sala de aula a mesma
estrutura organizacional por meio da repressão e da homogeneização dos
indivíduos.
Para Paula (2010) ocorre um equívoco sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA) Lei nº8069/90 em geral, pois família, escola, sociedade e Estado
ainda não compreenderam o que reza esse estatuto. Segundo a autora, o estatuto
não foi compreendido, principalmente pela área da Educação, visto como lei
permissiva, que contempla apenas os direitos da criança e do adolescente, o que,
de certo modo, tem contribuído para o aumento da indisciplina e da violência nas
escolas. Para a autora não existe direito que não corresponda a um dever,
desmistificando a crença de que o ECA se limita a instituir só direitos às crianças e
adolescentes.
A indisciplina escolar apresenta-se como o descumprimento das normas
fixadas pela escola e demais legislação (ECA), por exemplo por meio do
desrespeito ao colega, professor ou instituição escolar. Porém, dependendo do tipo
de ofensa ocorrida, esta pode ser caracterizada como ato infracional, ameaça, injúria
ou difamação, e para cada caso, os encaminhamentos são diferentes. O ato
infracional é específico da legislação e a indisciplina deve ser tratada no regimento
interno da escola (PAULA, 2010).
Outro aspecto a ser observado é que o trabalho com adolescentes não é fácil
em virtude das várias opções de atividades que a sociedade contemporânea oferece
facilmente aos educandos e que concorrem sobremaneira com o cotidiano escolar.
Todavia, para Saviani (1992), a escola existe para propiciar a aquisição de
conhecimentos que possibilitam o acesso ao saber elaborado. Dessa forma, deverá
organizar-se a partir do saber sistematizado estruturado, isto é, sobre o currículo da
escola.
Para o autor, a escola deverá deixar de dar maior importância ao que é
secundário em detrimento do que é principal: ”ensinar”. As atividades secundárias
(extracurriculares) deverão enriquecer as atividades curriculares, pois o fim a ser
atingido pela escola é a transmissão-assimilação do conhecimento por meio de
atividades organizadas de modo que a aprendizagem aconteça. Em suma, a escola
não está desempenhando sua função e isso também colabora para que a
indisciplina aconteça, devendo assim retomar sua função urgentemente junto aos
educandos (SAVIANI, 1992).
Young (2007) aborda outro aspecto que colabora com a dificuldade da escola
em exercer sua função que é a negligência das decisões políticas, mas também dos
educadores e sociólogos da educação. Enfatiza que todos os envolvidos com a
educação precisam tratar das questões específicas da escola e que esses
problemas, envolvendo demandas políticas e realidades educacionais, é uma das
maiores questões educativas da atualidade.
Aquino (1996) afirma que o professor é o responsável por apresentar o
mundo ao seu aluno, contribuindo para preservar o patrimônio cultural, instruindo
quanto aos conhecimentos acumulados e contribuindo para a transformação das
novas gerações.
De acordo com este autor, a indisciplina escolar é um dos maiores problemas
enfrentados pela escola brasileira nos dias atuais, ocasionando, por vezes, um
sentimento de fracasso, e que os profissionais da área acabam por serem vistos
com certo descrédito profissional pela sociedade. Porém, é importante deixar claro
que, sem escola, não há como o indivíduo ter os direitos de cidadania, pois quanto
menor for a escolaridade de uma pessoa, menores também serão suas condições
de leitura, interpretação e intervenção social..
Nessa perspectiva, o autor afirma que existem três hipóteses explicativas
para a indisciplina: a do aluno desrespeitador, do aluno sem limites e a do aluno
desinteressado.
O aluno desrespeitador decorre da permissividade da escola atual, se
comparada à escola do passado, elitizada, em que os padrões comportamentais
baseavam-se no militarismo ou na disciplina religiosa.
O aluno sem limites é aquele que não reconhece a autoridade, não cumpre
regras, sendo a família uma das maiores responsáveis por isso. É preciso, porém,
que se entenda que essa tem a função de moralizar a criança enquanto ao professor
cabe o trabalho com o conhecimento sistematizado. Ocorre, porém, o que acontece
é que muitos professores confundem estas tarefas e querem trabalhar aspectos
morais para, só depois, trabalhar com o conhecimento escolar. (AQUINO, 1998).
Para Aquino (1998), o desinteresse do aluno resulta do fato de que a escola
não é tão atrativa como outras possibilidades ofertadas ao educando no seu
cotidiano. A saída seria a adoção de recursos didáticos “mais atraentes” para
conquistar o aluno. Porém, é necessário não esquecer que a função da mídia é a de
fornecer informações e a da escola é a socialização do conhecimento sistematizado.
Segundo Moraes (2007), a EJA sempre se constituiu como espaço ocupado
pelos segmentos discriminados da sociedade brasileira.Seja nos anos 1940 do
século passado, seja no início do século XXI, sempre trabalhou com os excluídos,
com as “minorias”, com os “diferentes” e com as “diferenças”.
A autora destaca que, em relação à formação de professores em nível de
graduação em pedagogia, a análise das matrizes curriculares indicou que nenhuma
das instituições contempla disciplinas que tratem da inclusão de pessoas com
necessidades educacionais especiais na EJA. Dessa forma, pode-se depreender
que os professores hoje em atuação na EJA não tiveram, em seus cursos de
graduação, estudos e/ou reflexões que os instrumentalizassem para trabalhar com
esses alunos.
A intenção do presente trabalho é, nesse sentido, trazer o debate para dentro
da escola, refletindo as possibilidades de intervenção visando a melhoria da
organização do trabalho pedagógico com este público.
Segundo Veiga (2002, p. 101) “[...] quando trazemos para o debate os
problemas da escola, expressos pela vivência de seus sujeitos, precisamos refletir
sobre a natureza destes problemas.”
4 PROBLEMATIZAÇÃO
As questões a serem abordadas neste trabalho partem das seguintes
indagações:
1. Quais as características do público atual atendido pela EJA?
2. Os professores que atuam na EJA estão preparados para lidar com as
demandas geradas pelo ingresso de adolescentes oriundos do ensino
regular e de adolescentes em conflito com a lei?
3. Que medidas internas podem contribuir para melhorar as condições
escolares diante deste contexto?
Espera-se, assim, que a comunidade escolar esteja mais ciente, no sentido
de incorporar trabalhos de caráter pedagógico, que promovam uma relação eficiente
no meio escolar visando garantir o direito de igualdade, respeito e aprendizagem dos
educandos.
5 OBJETIVOS
5.1 Objetivo Geral
Aprofundar estudos sobre a EJA e sobre a indisciplina acadêmica junto à
comunidade escolar, no sentido de propiciar mudanças no Projeto Político
Pedagógico, relacionadas à organização da prática pedagógica.
5.2 Objetivos Específicos
a) Aprofundar o conhecimento sabre a temática por meio do estudo de
referencial bibliográfico pertinente.
b) Revisão bibliográfica, estudo do Projeto Político Pedagógico,
levantamento e análise dos dados da realidade escolar.
c) Promover grupo de estudos para aprofundamento e socialização dos
dados e do conteúdo sobre o tema, oportunizando momentos de reflexão
da prática pedagógica e levantamento de propostas de intervenção,
quando for o caso.
6 METODOLOGIA
O presente trabalho será desenvolvido por meio de grupo de estudos, no
qual educadores e demais profissionais da educação, participarão assim com o
processo de formação continuada.
Contará com uma carga horária de 32 horas presenciais em oito encontros,
sendo quatro presenciais e quatro em atividades orientadas.
Os conteúdos propostos na realização desta atividade de formação
continuada serão compostos por textos e vídeo.
A revisão de literatura o aprofundamento teórico do tema abordado, situando
o projeto no campo do conhecimento pedagógico e possibilitando melhor
compreensão do problema a ser estudado.
O presente projeto será desenvolvido no Colégio Estadual Professora Rina
Maria de Jesus Francovig - Ensino Fundamental e Médio.
O trabalho, já iniciado, conta com o levantamento bibliográfico referente ao
tema, e também com coleta de dados sobre a temática junto aos professores da
EJA por meio de questionário específico. Agora será proposto o grupo de estudos
para aprofundamento teórico sobre a temática além da busca por alternativas no
enfrentamento dos problemas levantados na coleta de dados. A pesquisa será
concluída com a produção de artigo científico.
Após a realização das atividades acima, promoveremos para os demais
profissionais da escola a socialização dos conteúdos abordados.
7 ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO
O grupo de estudos proposto está detalhado a seguir:
1º Encontro: Apresentação do projeto, quando será explicado a dinâmica
dos encontros e apresentação do material didático.
Estabelecimento de um contrato acertando dias e horários dos encontros.
Objetivos: Apresentar o projeto a ser desenvolvido ao grupo para ciência
do trabalho a ser iniciado, assim como definir os dias e horários para os
encontros .
2º Encontro: Bases históricas da EJA no Brasil -PARECER CNE/CEB 11/2000. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos.
Objetivo: Conhecer o histórico e as bases legais das Diretrizes
Curriculares Nacionais da EJA.
Roteiro de estudo: Estudo do texto com debate.
3º Encontro: Conceito, fundamentos e funções da EJA -PARECER
CNE/CEB 11/2000. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de
Jovens e Adultos.
Objetivo: Identificar o conceito e as funções da EJA.
Roteiro de estudo: Leitura do texto destacando as principais idéias.
4º Encontro: As Diretrizes Curriculares Nacionais para a EJA. EJA -
PARECER CNE/CEB 11/2000. Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação de Jovens e Adultos.
Objetivo: Relacionar os princípios das bases legais da LDB com as
bases legais da EJA.
Roteiro de estudo: Leitura do material procurando relacionar as
semelhanças e diferenças dos princípios que norteiam a LDB e a EJA.
5º Encontro: Conceituando disciplina/indisciplina e causas e consequências da indisciplina . VASCONCELLOS, Celso dos S. Desafios da indisciplina em sala de aula e na escola. Publicação: Série Idéias n. 28. São Paulo: FDE, 1997, páginas 227- 252
Objetivo: Oportunizar a reflexão acerca de conceitos de disciplina e
indisciplina e fazer a análise das possíveis causas e conseqüências da
indisciplina no ambiente escolar.
Roteiro de estudo: Após leitura do texto, destacar e analisar as
principais idéias defendidas pelo autor em relação ao tema.
6º Encontro: A fase da adolescência e o perfil do educando da EJA.( BOCK, Ana Mercês Bahia. A adolescência como construção social: estudo sobre livros destinados a pais e educadores. Psicologia escolar educacional.Campinas, v. 11, n. 1, jun. 2007. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572007000100007&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 11 nov. 2013.
Objetivos: Reconhecer que a adolescência é uma fase da vida construída
culturalmente e que o educando da EJA possui especificidades que
precisam ser consideradas.
Roteiro de estudo: Estudo em grupo do artigo sobre a adolescência e do
texto sobre o perfil do educando e debate.
7º Encontro: A formação docente para a atuação na EJA / o perfil do
educador da EJA / a autoridade do professor ( Parecer CNE/ CEB nº 11/2000;
FURLANI, Lúcia Mª Teixeira . Autoridade do professor: metas, mito ou nada
disso? 6ª Ed. São Paulo: Cortez, 2000.
Objetivos: Compreender as especificidades da formação do educador da
EJA, bem como o perfil necessário para atuação na modalidade.
Roteiro de estudo: Leitura dos textos com debate. A partir das
discussões, cada um deverá fazer uma reflexão sobre sua prática e
socializá-la para o grupo.
8º Encontro: Propostas de intervenção viáveis à solução dos problemas
indisciplinares apresentados no levantamento de dados e durante os encontros
anteriores.
Encerramento: Avaliação do desenvolvimento e aproveitamento do grupo de
estudos.
8 BIBLIOGRAFIA
AQUINO, J.G. Confrontos na sala de aula: uma leitura institucional da relação professor-aluno. São Paulo: Summus, 1996. BOCK, Ana Mercês Bahia. A adolescência como construção social: estudo sobre livros destinados a pais e educadores. Psicologia escolar educacional.Campinas, v. 11, n. 1, jun. 2007. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572007000100007&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 11 nov. 2013. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases, Lei nº 9394, de 24 de dezembro de 1996. Enfrentamento à Violência/SEED. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. Curitiba: SEED – PR., 2008 – 93p. FORQUIN, Jean-Claude. Escola e cultura: as bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. 3ª edição Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. 208p. FURLANI, L.M.T. Autoridade do professor: metas, mito ou nada disso? 6ª Ed. São Paulo: Cortez, 2000. HENNING, Leoni Maria Padilha et al. (Org). Violência, indisciplina e educação. Londrina; Eduel, 2010. 388p. ________. Ministério da Educação. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei n° 8069/90. Brasília. MEC. 2004 PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos. Ano: 2010. PARECER CNE/CEB 11/2000. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. SECAD – Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. COLEÇÃO TRABALHANDO COM A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – MEC. 2004. VASCONCELLOS, Celso dos S. Desafios da indisciplina em sala de aula e na escola. Publicação: Série Idéias n. 28. São Paulo: FDE, 1997, páginas 227- 252