O Turismo como elemento relevante da reestruturação do transporte ferroviário de passageiros
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Os Comboios de Passageiros em Portugal
Grupo civ216
Antoacutenio Miguel Moura de Freitas
David Pereira da Silva
Dolores Cristina Rodrigues Amorim
Filipe Manuel Teixeira Cruz
Gonccedilalo Teixeira Ferreira Lopes
Ano Lectivo 20102011
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 1
RESUMO
Este relatoacuterio tem em vista demonstrar como os comboios de passageiros
evoluiacuteram no nosso paiacutes e assim deste modo verificar como alterou o dia-a-dia da
nossa sociedade
Ateacute podemos salientar que os comboios jaacute fazem parte do ADN portuguecircs tais
satildeo as inuacutemeras histoacuterias e as longas e tradicionais viagens pelas melhores paisagens
do nosso paiacutes
Aleacutem disso facilitou e continua a facilitar o transporte a inuacutemeras pessoas que
natildeo tecircm um veiacuteculo privado e a preccedilos relativamente acessiacuteveis face as dificuldades
econoacutemicas do nosso paiacutes E natildeo nos podemos esquecer das questotildees ambientais ao
usarmos transportes puacuteblicos nomeadamente o comboio pois assim estaremos a
poluir menos o meio ambiente e deste modo a preservar natildeo soacute o nosso paiacutes mas todo
o planeta
Portugal tem uma linha feacuterrea vasta e que liga com eficaacutecia o nosso paiacutes
havendo ainda diferentes tipos de comboios de forma a satisfazerem as necessidades
de quem os utiliza quer essa necessidade seja conforto tempo ou questotildees
monetaacuterias
Para alguns viajar de comboio torna-se mesmo um passatempo um gosto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 2
INTRODUCcedilAtildeO
Toda a paixatildeo por este meio de transporte comeccedila em 1856 com a travessia de
um pequeno troccedilo por uma locomotiva de origem francesa Eram assim dados os
primeiros passos neste novo mundo pela engenharia civil e por todos os outros
responsaacuteveis
Esta primeira viagem em Portugal acabou por ser um pouco atribulada e por
isso provavelmente natildeo se pensou que este novo conceito de viagem perduraria no
tempo ou seja pensava-se que seria uma mera experiecircncia e nada que merecesse
seriedade O que noacutes hoje em dia podemos refutar dada eacute a utilidade a
funcionalidade e o sucesso que os comboios de passageiros tecircm no nosso paiacutes
Portugal em 1856 vivia um periacuteodo monaacuterquico o que pode levar a pensar que
se adoptaria na altura uma mentalidade mais fechada mas isso natildeo impediu que o
paiacutes quisesse seguir as pegadas das potecircncias europeias nomeadamente de Inglaterra
que vivia tempos de sucesso prosperidade e enriquecimento econoacutemico devido agrave
revoluccedilatildeo Industrial que atingiu a Europa mas que teve origem no paiacutes a cima
referido Ainda assim a primeira viagem em Portugal aconteceu cerca de quarenta
anos depois da primeira viagem de comboio da histoacuteria que ocorreu em 1825 na
cidade de Londres De salientar ainda assim que a construccedilatildeo de uma linha feacuterrea em
Portugal foi das primeiras medidas tomadas por D Pedro V apoacutes a sua coroaccedilatildeo o que
demonstra a vontade de fazer mais e melhor pelo seu paiacutes Estava longe D Pedro de
saber que daria iniacutecio a um mar de histoacuterias e tradiccedilotildees e para aleacutem disso
desenvolveria a naccedilatildeo enriquecendo entre outras coisas a comunicaccedilatildeo com o nosso
paiacutes vizinho Espanha
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Iacutendice
1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL---------------------------------------------------------------------------------6
11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE-----------------------6
12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO-----------------------------------------6
13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS--------------------------------------------10
14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS---------------10
15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO---------------------------------14
16 COMPETIVIDADE-----------------------------------------------------------15
2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE
PASSAGEIROS EM PORTUGAL--------------------------------------------------------16
21TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS
MEIOS DE TRANSPORTE-------------------------------------------------------16
22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS----------------------------------------16
23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE
FERROVIAacuteRIO----------------------------------------------------------------------------17
24 REFFER-----------------------------------------------------------------------17
25 CP-----------------------------------------------------------------------------19
26 FERGATUS-------------------------------------------------------------------19
3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS-----------------------------------------------------23
311 LOCOMOTIVAS--------------------------------------------------23
312 AUTOMOTORAS------------------------------------------------30
32 TIPOS DE SERVICcedilO---------------------------------------------------------39
321 ALFA PENDULAR------------------------------------------------40
322 INTERCIDADES---------------------------------------------------41
323 REGIONAL--------------------------------------------------------42
324 INTERNACIONAL------------------------------------------------42
335 METRO------------------------------------------------------------43
4 COMBOIO HISTOacuteRICO--------------------------------------------------------------46
5 CONCLUSAtildeO--------------------------------------------------------------------------47
6 BIBLIOGRAFIA------------------------------------------------------------------------48
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Paginaccedilatildeo das tabelas e figuras Figura Paacutegina 1-----------------------------------------------------------------------------------------------9 2----------------------------------------------------------------------------------------------10 3----------------------------------------------------------------------------------------------11 4----------------------------------------------------------------------------------------------11 5----------------------------------------------------------------------------------------------12 6----------------------------------------------------------------------------------------------13 7----------------------------------------------------------------------------------------------13 8----------------------------------------------------------------------------------------------14 9----------------------------------------------------------------------------------------------18 10--------------------------------------------------------------------------------------------21 11--------------------------------------------------------------------------------------------22 12--------------------------------------------------------------------------------------------23 13--------------------------------------------------------------------------------------------24 14--------------------------------------------------------------------------------------------24 15--------------------------------------------------------------------------------------------24 16--------------------------------------------------------------------------------------------25 17--------------------------------------------------------------------------------------------25 18--------------------------------------------------------------------------------------------26 19--------------------------------------------------------------------------------------------26 20--------------------------------------------------------------------------------------------26 21--------------------------------------------------------------------------------------------30 22--------------------------------------------------------------------------------------------31 23--------------------------------------------------------------------------------------------31 24--------------------------------------------------------------------------------------------31 25--------------------------------------------------------------------------------------------32 26--------------------------------------------------------------------------------------------32 27--------------------------------------------------------------------------------------------33 28--------------------------------------------------------------------------------------------34 29--------------------------------------------------------------------------------------------34 30--------------------------------------------------------------------------------------------35 31--------------------------------------------------------------------------------------------35 32--------------------------------------------------------------------------------------------40 33--------------------------------------------------------------------------------------------40 34--------------------------------------------------------------------------------------------40 35--------------------------------------------------------------------------------------------40 36--------------------------------------------------------------------------------------------41 37--------------------------------------------------------------------------------------------41
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passageiros
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38--------------------------------------------------------------------------------------------41 39--------------------------------------------------------------------------------------------41 40--------------------------------------------------------------------------------------------42 41--------------------------------------------------------------------------------------------42 42--------------------------------------------------------------------------------------------42 43--------------------------------------------------------------------------------------------42 44--------------------------------------------------------------------------------------------43 45--------------------------------------------------------------------------------------------43 46--------------------------------------------------------------------------------------------44 47--------------------------------------------------------------------------------------------45 48--------------------------------------------------------------------------------------------45 49--------------------------------------------------------------------------------------------46 50--------------------------------------------------------------------------------------------46
Tabela Paacutegina
1--------------------------------------------------------------------------------------------------------------15
2--------------------------------------------------------------------------------------------------------------21
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passageiros
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1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS
EM PORTUGAL
11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE
A partir de da invenccedilatildeo das maacutequinas a vapor aplicadas aacute produccedilatildeo de
produtos industriais que levou os governos Europeus a criar novos elementos de
transporte para fazer escoar os seus produtos de grande carga com facilidade e
rapidez Desapareciam as simples carroccedilas e surgiam os comboios que se deslocavam
em caminhos-de-ferro sendo estes portadores de grande forccedila e capazes de
percorrerem grandes distacircncias num curto espaccedilo de tempo Em Portugal depois de
muitos projectos e constituiccedilatildeo de vaacuterias empresas fracassadas foi inaugura-se a
primeira linha de caminho de ferro entre Lisboa e o Carregado numa extensatildeo de 37
km A primeira viagem realizou-se no dia 28 de Outubro de 1856 levando a bordo o rei
D Pedro V
12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO
Em 1844 eacute fundada a Companhia das Obras Puacuteblicas em Portugal em que um
dos objectivos era a elaboraccedilatildeo de estudos para a construccedilatildeo do Caminhos de Ferro
Mais tarde apoacutes os primeiros estudos realiza-se um contrato com a Companhia
Central e Peninsular dos Caminhos de Ferro Portugueses para a construccedilatildeo do troccedilo de
Lisboa ateacute a fronteira de Espanha e ligaccedilatildeo com o Porto em 1853
Ao fim de 2 anos inaugura-se a ligaccedilatildeo Lisboa carregado e abre-se agrave sua
exploraccedilatildeo Dada a lentidatildeo das obras em geral dos Caminhos de Ferro extingue-se a
Companhia dessa altura e cria-se outra Companhia Real dos Caminhos de Ferro
Portugueses
A partir destes anos seguem-se a construccedilatildeo de muitas linhas que densificaram
o que hoje satildeo os caminhos-de-ferro de Portugal
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passageiros
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18650501 - Inauguraccedilatildeo da estaccedilatildeo principal de Caminho de Ferro de Leste e Norte
(Lisboa Stordf Apoloacutenia)
18650625 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo das linhas do Leste e Norte pela Companhia Real dos
Caminhos de Ferro
18680110 - Iniacutecio do serviccedilo ferroviaacuterio entre Lisboa e Vigo
18771104 - Inauguraccedilatildeo da ponte sobre o Rio Douro na Linha do Norte
18800606 - Abertura do Ramal de Caacuteceres entre Torre das Vargens e Valecircncia de
Alcacircntara
18820410 - Inauguraccedilatildeo do comboio raacutepido entre Madrid e Lisboa e entre Galiza e
Porto
18820803 - Inauguraccedilatildeo oficial da Linha da Beira Alta
18860325 - Abertura do Ramal Internacional entre Valenccedila e a fronteira ligaccedilatildeo da
Linha do Minho com a Galiza
18870402 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Oeste entre Alcacircntara - Terra e o
Caceacutem e o Ramal de Sintra entre o Caceacutem e Sintra
18871104 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo do Sud-Express que faz a ligaccedilatildeo Lisboa - Madrid -
Paris e Calais
18871209 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do serviccedilo directo de Caminho de Ferro do Porto a
Salamanca por Barca de Alva
18880717 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Leiria e Figueira da Foz conclusatildeo
da Linha do Oeste
18900518 - Inauguraccedilatildeo da Estaccedilatildeo Central do Rossio
18901125 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Datildeo (Santa Comba Datildeo e Viseu)
18910611 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana de Lisboa (Lisboa - Rossio e
Campolide)
18910905 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Campolide Sete Rios Chelas e
Braccedilo de Prata Conclusatildeo da Linha de Cintura de Lisboa
18910906 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Abrantes e Covilhatilde na Linha da
Beira Baixa
18930506 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do Ramal de Leixotildees (Senhora da Hora a Leixotildees)
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18930511 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Covilhatilde e Guarda conclusatildeo da
Linha da Beira Baixa
18950904 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Cais do Sodreacute e Alcacircntara-Mar
18961108 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana do Porto (Campanhatilde e Porto Satildeo
Bento)
19040115 - Abertura da Linha de Vendas Novas (Setil - Vendas Novas)
19060414 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Tavira e Vila Real de Stordm Antoacutenio
Conclusatildeo da Linha do Sul
19061231 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Rosas e Braganccedila Conclusatildeo da
Linha do Tua
19080711 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Pavia e Mora Conclusatildeo da Linha
de Mora
19140205 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Vouzela e Bodiosa Conclusatildeo da
Linha do Vouga
Esta cronologia estaacute disponiacutevel no site da CP (wwwcppt)
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Figura 1 ndash Mapa da Rede Ferroviaacuteria Nacional
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13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS
Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma
posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que
actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes
rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio
dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas
Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a
diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos
A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por
demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar
de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes
14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS
Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma
locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por
ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas
actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor
tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral
Figura 2 ndash Locomotiva a vapor
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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor
diesel
Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel
Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco
poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico
Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A
corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados
Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas
As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo
que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante
dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro
carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada
nos motores eacute de milhares de voltes
Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica
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Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem
variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a
surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando
tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na
localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas
que permitem mais velocidade e menos balanccedilos
Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas
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passageiros
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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de
uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a
electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade
funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo
geacutenero
Figura 6 - Automotora
A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade
com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes
velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto
espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros
Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente
ainda natildeo existem em Portugal
Figura 7 ndash TGV
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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO
Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma
determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a
circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo
tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e
modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a
Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular
nela facilitando o acesso a todas as regiotildees
Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola
comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute
dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola
europeia
Figura 8 ndash Caminho de Ferro
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16 COMPETIVIDADE
O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no
seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector
dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos
comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos
clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais
despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias
rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes
Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que
se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo
nenhuma
Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional
De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias
pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente
crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte
colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas
favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio
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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL
21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS
MEIOS DE TRANSPORTE
A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a
melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio
O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees
(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe
permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-
cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido
agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees
contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias
No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de
transporte nomeadamente
Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de
passageiros
Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte
porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias
distacircncias
A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes
encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias
contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees
22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e
alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e
longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma
oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos
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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO
24 REFER
A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das
infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo
da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que
tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo
As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de
mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das
existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo
de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo
Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de
passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal
Vantagens Desvantagens
Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro
Menos poluente e consome menos recursos
Reduzido impacto ambiental
Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada
Raacutepido natildeo tem congestionamentos
Fraca sinistralidade
Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)
Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)
Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias
Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas
Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas
Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1
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passageiros
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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos
cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-
de-ferro entre outras
Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees
de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas
ferroviaacuterias
A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis
associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e
colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo
Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)
CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico
Geral
EIM- European Rail Infrastructure Managers
ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia
UIC - Union Internationale des Chemins de Fer
CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation
RNE - Rail Net Europe
AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes
Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional
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passageiros
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25 CP
A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma
empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o
territoacuterio nacional e no estrangeiro
Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o
cariz dos serviccedilos prestados
Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto
Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional
CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-
Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal
CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-
Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees
CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso
ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular
CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash
opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra
26 FERTAGUS
A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo
Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte
Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta
em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro
A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e
exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave
REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que
este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs
No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da
ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees
da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo
e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees
Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca
de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo
Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem
Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso
entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela
Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de
estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte
Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao
fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer
Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o
automoacutevel na travessia
O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31
dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem
e 36 maior flexibilidade
O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala
de 1 a 5
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 21
Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 22
Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 23
3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 26
Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
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passageiros
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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passageiros
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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passageiros
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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passageiros
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
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passageiros
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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33
Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
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passageiros
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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
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6Bibliografia
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inveno-da-mquina-vaporhtml
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10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
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RESUMO
Este relatoacuterio tem em vista demonstrar como os comboios de passageiros
evoluiacuteram no nosso paiacutes e assim deste modo verificar como alterou o dia-a-dia da
nossa sociedade
Ateacute podemos salientar que os comboios jaacute fazem parte do ADN portuguecircs tais
satildeo as inuacutemeras histoacuterias e as longas e tradicionais viagens pelas melhores paisagens
do nosso paiacutes
Aleacutem disso facilitou e continua a facilitar o transporte a inuacutemeras pessoas que
natildeo tecircm um veiacuteculo privado e a preccedilos relativamente acessiacuteveis face as dificuldades
econoacutemicas do nosso paiacutes E natildeo nos podemos esquecer das questotildees ambientais ao
usarmos transportes puacuteblicos nomeadamente o comboio pois assim estaremos a
poluir menos o meio ambiente e deste modo a preservar natildeo soacute o nosso paiacutes mas todo
o planeta
Portugal tem uma linha feacuterrea vasta e que liga com eficaacutecia o nosso paiacutes
havendo ainda diferentes tipos de comboios de forma a satisfazerem as necessidades
de quem os utiliza quer essa necessidade seja conforto tempo ou questotildees
monetaacuterias
Para alguns viajar de comboio torna-se mesmo um passatempo um gosto
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INTRODUCcedilAtildeO
Toda a paixatildeo por este meio de transporte comeccedila em 1856 com a travessia de
um pequeno troccedilo por uma locomotiva de origem francesa Eram assim dados os
primeiros passos neste novo mundo pela engenharia civil e por todos os outros
responsaacuteveis
Esta primeira viagem em Portugal acabou por ser um pouco atribulada e por
isso provavelmente natildeo se pensou que este novo conceito de viagem perduraria no
tempo ou seja pensava-se que seria uma mera experiecircncia e nada que merecesse
seriedade O que noacutes hoje em dia podemos refutar dada eacute a utilidade a
funcionalidade e o sucesso que os comboios de passageiros tecircm no nosso paiacutes
Portugal em 1856 vivia um periacuteodo monaacuterquico o que pode levar a pensar que
se adoptaria na altura uma mentalidade mais fechada mas isso natildeo impediu que o
paiacutes quisesse seguir as pegadas das potecircncias europeias nomeadamente de Inglaterra
que vivia tempos de sucesso prosperidade e enriquecimento econoacutemico devido agrave
revoluccedilatildeo Industrial que atingiu a Europa mas que teve origem no paiacutes a cima
referido Ainda assim a primeira viagem em Portugal aconteceu cerca de quarenta
anos depois da primeira viagem de comboio da histoacuteria que ocorreu em 1825 na
cidade de Londres De salientar ainda assim que a construccedilatildeo de uma linha feacuterrea em
Portugal foi das primeiras medidas tomadas por D Pedro V apoacutes a sua coroaccedilatildeo o que
demonstra a vontade de fazer mais e melhor pelo seu paiacutes Estava longe D Pedro de
saber que daria iniacutecio a um mar de histoacuterias e tradiccedilotildees e para aleacutem disso
desenvolveria a naccedilatildeo enriquecendo entre outras coisas a comunicaccedilatildeo com o nosso
paiacutes vizinho Espanha
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Iacutendice
1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL---------------------------------------------------------------------------------6
11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE-----------------------6
12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO-----------------------------------------6
13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS--------------------------------------------10
14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS---------------10
15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO---------------------------------14
16 COMPETIVIDADE-----------------------------------------------------------15
2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE
PASSAGEIROS EM PORTUGAL--------------------------------------------------------16
21TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS
MEIOS DE TRANSPORTE-------------------------------------------------------16
22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS----------------------------------------16
23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE
FERROVIAacuteRIO----------------------------------------------------------------------------17
24 REFFER-----------------------------------------------------------------------17
25 CP-----------------------------------------------------------------------------19
26 FERGATUS-------------------------------------------------------------------19
3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS-----------------------------------------------------23
311 LOCOMOTIVAS--------------------------------------------------23
312 AUTOMOTORAS------------------------------------------------30
32 TIPOS DE SERVICcedilO---------------------------------------------------------39
321 ALFA PENDULAR------------------------------------------------40
322 INTERCIDADES---------------------------------------------------41
323 REGIONAL--------------------------------------------------------42
324 INTERNACIONAL------------------------------------------------42
335 METRO------------------------------------------------------------43
4 COMBOIO HISTOacuteRICO--------------------------------------------------------------46
5 CONCLUSAtildeO--------------------------------------------------------------------------47
6 BIBLIOGRAFIA------------------------------------------------------------------------48
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Paginaccedilatildeo das tabelas e figuras Figura Paacutegina 1-----------------------------------------------------------------------------------------------9 2----------------------------------------------------------------------------------------------10 3----------------------------------------------------------------------------------------------11 4----------------------------------------------------------------------------------------------11 5----------------------------------------------------------------------------------------------12 6----------------------------------------------------------------------------------------------13 7----------------------------------------------------------------------------------------------13 8----------------------------------------------------------------------------------------------14 9----------------------------------------------------------------------------------------------18 10--------------------------------------------------------------------------------------------21 11--------------------------------------------------------------------------------------------22 12--------------------------------------------------------------------------------------------23 13--------------------------------------------------------------------------------------------24 14--------------------------------------------------------------------------------------------24 15--------------------------------------------------------------------------------------------24 16--------------------------------------------------------------------------------------------25 17--------------------------------------------------------------------------------------------25 18--------------------------------------------------------------------------------------------26 19--------------------------------------------------------------------------------------------26 20--------------------------------------------------------------------------------------------26 21--------------------------------------------------------------------------------------------30 22--------------------------------------------------------------------------------------------31 23--------------------------------------------------------------------------------------------31 24--------------------------------------------------------------------------------------------31 25--------------------------------------------------------------------------------------------32 26--------------------------------------------------------------------------------------------32 27--------------------------------------------------------------------------------------------33 28--------------------------------------------------------------------------------------------34 29--------------------------------------------------------------------------------------------34 30--------------------------------------------------------------------------------------------35 31--------------------------------------------------------------------------------------------35 32--------------------------------------------------------------------------------------------40 33--------------------------------------------------------------------------------------------40 34--------------------------------------------------------------------------------------------40 35--------------------------------------------------------------------------------------------40 36--------------------------------------------------------------------------------------------41 37--------------------------------------------------------------------------------------------41
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passageiros
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38--------------------------------------------------------------------------------------------41 39--------------------------------------------------------------------------------------------41 40--------------------------------------------------------------------------------------------42 41--------------------------------------------------------------------------------------------42 42--------------------------------------------------------------------------------------------42 43--------------------------------------------------------------------------------------------42 44--------------------------------------------------------------------------------------------43 45--------------------------------------------------------------------------------------------43 46--------------------------------------------------------------------------------------------44 47--------------------------------------------------------------------------------------------45 48--------------------------------------------------------------------------------------------45 49--------------------------------------------------------------------------------------------46 50--------------------------------------------------------------------------------------------46
Tabela Paacutegina
1--------------------------------------------------------------------------------------------------------------15
2--------------------------------------------------------------------------------------------------------------21
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passageiros
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1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS
EM PORTUGAL
11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE
A partir de da invenccedilatildeo das maacutequinas a vapor aplicadas aacute produccedilatildeo de
produtos industriais que levou os governos Europeus a criar novos elementos de
transporte para fazer escoar os seus produtos de grande carga com facilidade e
rapidez Desapareciam as simples carroccedilas e surgiam os comboios que se deslocavam
em caminhos-de-ferro sendo estes portadores de grande forccedila e capazes de
percorrerem grandes distacircncias num curto espaccedilo de tempo Em Portugal depois de
muitos projectos e constituiccedilatildeo de vaacuterias empresas fracassadas foi inaugura-se a
primeira linha de caminho de ferro entre Lisboa e o Carregado numa extensatildeo de 37
km A primeira viagem realizou-se no dia 28 de Outubro de 1856 levando a bordo o rei
D Pedro V
12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO
Em 1844 eacute fundada a Companhia das Obras Puacuteblicas em Portugal em que um
dos objectivos era a elaboraccedilatildeo de estudos para a construccedilatildeo do Caminhos de Ferro
Mais tarde apoacutes os primeiros estudos realiza-se um contrato com a Companhia
Central e Peninsular dos Caminhos de Ferro Portugueses para a construccedilatildeo do troccedilo de
Lisboa ateacute a fronteira de Espanha e ligaccedilatildeo com o Porto em 1853
Ao fim de 2 anos inaugura-se a ligaccedilatildeo Lisboa carregado e abre-se agrave sua
exploraccedilatildeo Dada a lentidatildeo das obras em geral dos Caminhos de Ferro extingue-se a
Companhia dessa altura e cria-se outra Companhia Real dos Caminhos de Ferro
Portugueses
A partir destes anos seguem-se a construccedilatildeo de muitas linhas que densificaram
o que hoje satildeo os caminhos-de-ferro de Portugal
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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18650501 - Inauguraccedilatildeo da estaccedilatildeo principal de Caminho de Ferro de Leste e Norte
(Lisboa Stordf Apoloacutenia)
18650625 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo das linhas do Leste e Norte pela Companhia Real dos
Caminhos de Ferro
18680110 - Iniacutecio do serviccedilo ferroviaacuterio entre Lisboa e Vigo
18771104 - Inauguraccedilatildeo da ponte sobre o Rio Douro na Linha do Norte
18800606 - Abertura do Ramal de Caacuteceres entre Torre das Vargens e Valecircncia de
Alcacircntara
18820410 - Inauguraccedilatildeo do comboio raacutepido entre Madrid e Lisboa e entre Galiza e
Porto
18820803 - Inauguraccedilatildeo oficial da Linha da Beira Alta
18860325 - Abertura do Ramal Internacional entre Valenccedila e a fronteira ligaccedilatildeo da
Linha do Minho com a Galiza
18870402 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Oeste entre Alcacircntara - Terra e o
Caceacutem e o Ramal de Sintra entre o Caceacutem e Sintra
18871104 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo do Sud-Express que faz a ligaccedilatildeo Lisboa - Madrid -
Paris e Calais
18871209 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do serviccedilo directo de Caminho de Ferro do Porto a
Salamanca por Barca de Alva
18880717 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Leiria e Figueira da Foz conclusatildeo
da Linha do Oeste
18900518 - Inauguraccedilatildeo da Estaccedilatildeo Central do Rossio
18901125 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Datildeo (Santa Comba Datildeo e Viseu)
18910611 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana de Lisboa (Lisboa - Rossio e
Campolide)
18910905 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Campolide Sete Rios Chelas e
Braccedilo de Prata Conclusatildeo da Linha de Cintura de Lisboa
18910906 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Abrantes e Covilhatilde na Linha da
Beira Baixa
18930506 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do Ramal de Leixotildees (Senhora da Hora a Leixotildees)
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18930511 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Covilhatilde e Guarda conclusatildeo da
Linha da Beira Baixa
18950904 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Cais do Sodreacute e Alcacircntara-Mar
18961108 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana do Porto (Campanhatilde e Porto Satildeo
Bento)
19040115 - Abertura da Linha de Vendas Novas (Setil - Vendas Novas)
19060414 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Tavira e Vila Real de Stordm Antoacutenio
Conclusatildeo da Linha do Sul
19061231 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Rosas e Braganccedila Conclusatildeo da
Linha do Tua
19080711 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Pavia e Mora Conclusatildeo da Linha
de Mora
19140205 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Vouzela e Bodiosa Conclusatildeo da
Linha do Vouga
Esta cronologia estaacute disponiacutevel no site da CP (wwwcppt)
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Figura 1 ndash Mapa da Rede Ferroviaacuteria Nacional
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13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS
Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma
posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que
actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes
rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio
dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas
Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a
diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos
A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por
demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar
de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes
14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS
Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma
locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por
ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas
actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor
tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral
Figura 2 ndash Locomotiva a vapor
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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor
diesel
Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel
Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco
poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico
Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A
corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados
Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas
As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo
que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante
dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro
carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada
nos motores eacute de milhares de voltes
Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica
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Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem
variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a
surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando
tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na
localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas
que permitem mais velocidade e menos balanccedilos
Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas
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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de
uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a
electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade
funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo
geacutenero
Figura 6 - Automotora
A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade
com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes
velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto
espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros
Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente
ainda natildeo existem em Portugal
Figura 7 ndash TGV
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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO
Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma
determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a
circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo
tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e
modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a
Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular
nela facilitando o acesso a todas as regiotildees
Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola
comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute
dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola
europeia
Figura 8 ndash Caminho de Ferro
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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16 COMPETIVIDADE
O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no
seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector
dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos
comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos
clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais
despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias
rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes
Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que
se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo
nenhuma
Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional
De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias
pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente
crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte
colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas
favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL
21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS
MEIOS DE TRANSPORTE
A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a
melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio
O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees
(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe
permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-
cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido
agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees
contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias
No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de
transporte nomeadamente
Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de
passageiros
Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte
porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias
distacircncias
A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes
encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias
contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees
22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e
alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e
longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma
oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO
24 REFER
A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das
infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo
da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que
tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo
As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de
mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das
existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo
de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo
Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de
passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal
Vantagens Desvantagens
Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro
Menos poluente e consome menos recursos
Reduzido impacto ambiental
Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada
Raacutepido natildeo tem congestionamentos
Fraca sinistralidade
Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)
Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)
Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias
Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas
Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas
Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos
cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-
de-ferro entre outras
Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees
de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas
ferroviaacuterias
A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis
associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e
colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo
Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)
CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico
Geral
EIM- European Rail Infrastructure Managers
ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia
UIC - Union Internationale des Chemins de Fer
CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation
RNE - Rail Net Europe
AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes
Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional
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passageiros
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25 CP
A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma
empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o
territoacuterio nacional e no estrangeiro
Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o
cariz dos serviccedilos prestados
Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto
Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional
CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-
Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal
CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-
Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees
CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso
ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular
CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash
opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra
26 FERTAGUS
A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo
Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte
Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta
em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro
A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e
exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave
REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que
este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs
No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da
ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees
da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo
e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees
Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca
de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo
Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem
Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso
entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela
Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de
estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte
Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao
fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer
Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o
automoacutevel na travessia
O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31
dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem
e 36 maior flexibilidade
O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala
de 1 a 5
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
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passageiros
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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
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passageiros
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
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passageiros
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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passageiros
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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passageiros
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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passageiros
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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
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passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
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Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 2
INTRODUCcedilAtildeO
Toda a paixatildeo por este meio de transporte comeccedila em 1856 com a travessia de
um pequeno troccedilo por uma locomotiva de origem francesa Eram assim dados os
primeiros passos neste novo mundo pela engenharia civil e por todos os outros
responsaacuteveis
Esta primeira viagem em Portugal acabou por ser um pouco atribulada e por
isso provavelmente natildeo se pensou que este novo conceito de viagem perduraria no
tempo ou seja pensava-se que seria uma mera experiecircncia e nada que merecesse
seriedade O que noacutes hoje em dia podemos refutar dada eacute a utilidade a
funcionalidade e o sucesso que os comboios de passageiros tecircm no nosso paiacutes
Portugal em 1856 vivia um periacuteodo monaacuterquico o que pode levar a pensar que
se adoptaria na altura uma mentalidade mais fechada mas isso natildeo impediu que o
paiacutes quisesse seguir as pegadas das potecircncias europeias nomeadamente de Inglaterra
que vivia tempos de sucesso prosperidade e enriquecimento econoacutemico devido agrave
revoluccedilatildeo Industrial que atingiu a Europa mas que teve origem no paiacutes a cima
referido Ainda assim a primeira viagem em Portugal aconteceu cerca de quarenta
anos depois da primeira viagem de comboio da histoacuteria que ocorreu em 1825 na
cidade de Londres De salientar ainda assim que a construccedilatildeo de uma linha feacuterrea em
Portugal foi das primeiras medidas tomadas por D Pedro V apoacutes a sua coroaccedilatildeo o que
demonstra a vontade de fazer mais e melhor pelo seu paiacutes Estava longe D Pedro de
saber que daria iniacutecio a um mar de histoacuterias e tradiccedilotildees e para aleacutem disso
desenvolveria a naccedilatildeo enriquecendo entre outras coisas a comunicaccedilatildeo com o nosso
paiacutes vizinho Espanha
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Iacutendice
1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL---------------------------------------------------------------------------------6
11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE-----------------------6
12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO-----------------------------------------6
13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS--------------------------------------------10
14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS---------------10
15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO---------------------------------14
16 COMPETIVIDADE-----------------------------------------------------------15
2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE
PASSAGEIROS EM PORTUGAL--------------------------------------------------------16
21TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS
MEIOS DE TRANSPORTE-------------------------------------------------------16
22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS----------------------------------------16
23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE
FERROVIAacuteRIO----------------------------------------------------------------------------17
24 REFFER-----------------------------------------------------------------------17
25 CP-----------------------------------------------------------------------------19
26 FERGATUS-------------------------------------------------------------------19
3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS-----------------------------------------------------23
311 LOCOMOTIVAS--------------------------------------------------23
312 AUTOMOTORAS------------------------------------------------30
32 TIPOS DE SERVICcedilO---------------------------------------------------------39
321 ALFA PENDULAR------------------------------------------------40
322 INTERCIDADES---------------------------------------------------41
323 REGIONAL--------------------------------------------------------42
324 INTERNACIONAL------------------------------------------------42
335 METRO------------------------------------------------------------43
4 COMBOIO HISTOacuteRICO--------------------------------------------------------------46
5 CONCLUSAtildeO--------------------------------------------------------------------------47
6 BIBLIOGRAFIA------------------------------------------------------------------------48
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 4
Paginaccedilatildeo das tabelas e figuras Figura Paacutegina 1-----------------------------------------------------------------------------------------------9 2----------------------------------------------------------------------------------------------10 3----------------------------------------------------------------------------------------------11 4----------------------------------------------------------------------------------------------11 5----------------------------------------------------------------------------------------------12 6----------------------------------------------------------------------------------------------13 7----------------------------------------------------------------------------------------------13 8----------------------------------------------------------------------------------------------14 9----------------------------------------------------------------------------------------------18 10--------------------------------------------------------------------------------------------21 11--------------------------------------------------------------------------------------------22 12--------------------------------------------------------------------------------------------23 13--------------------------------------------------------------------------------------------24 14--------------------------------------------------------------------------------------------24 15--------------------------------------------------------------------------------------------24 16--------------------------------------------------------------------------------------------25 17--------------------------------------------------------------------------------------------25 18--------------------------------------------------------------------------------------------26 19--------------------------------------------------------------------------------------------26 20--------------------------------------------------------------------------------------------26 21--------------------------------------------------------------------------------------------30 22--------------------------------------------------------------------------------------------31 23--------------------------------------------------------------------------------------------31 24--------------------------------------------------------------------------------------------31 25--------------------------------------------------------------------------------------------32 26--------------------------------------------------------------------------------------------32 27--------------------------------------------------------------------------------------------33 28--------------------------------------------------------------------------------------------34 29--------------------------------------------------------------------------------------------34 30--------------------------------------------------------------------------------------------35 31--------------------------------------------------------------------------------------------35 32--------------------------------------------------------------------------------------------40 33--------------------------------------------------------------------------------------------40 34--------------------------------------------------------------------------------------------40 35--------------------------------------------------------------------------------------------40 36--------------------------------------------------------------------------------------------41 37--------------------------------------------------------------------------------------------41
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 5
38--------------------------------------------------------------------------------------------41 39--------------------------------------------------------------------------------------------41 40--------------------------------------------------------------------------------------------42 41--------------------------------------------------------------------------------------------42 42--------------------------------------------------------------------------------------------42 43--------------------------------------------------------------------------------------------42 44--------------------------------------------------------------------------------------------43 45--------------------------------------------------------------------------------------------43 46--------------------------------------------------------------------------------------------44 47--------------------------------------------------------------------------------------------45 48--------------------------------------------------------------------------------------------45 49--------------------------------------------------------------------------------------------46 50--------------------------------------------------------------------------------------------46
Tabela Paacutegina
1--------------------------------------------------------------------------------------------------------------15
2--------------------------------------------------------------------------------------------------------------21
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 6
1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS
EM PORTUGAL
11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE
A partir de da invenccedilatildeo das maacutequinas a vapor aplicadas aacute produccedilatildeo de
produtos industriais que levou os governos Europeus a criar novos elementos de
transporte para fazer escoar os seus produtos de grande carga com facilidade e
rapidez Desapareciam as simples carroccedilas e surgiam os comboios que se deslocavam
em caminhos-de-ferro sendo estes portadores de grande forccedila e capazes de
percorrerem grandes distacircncias num curto espaccedilo de tempo Em Portugal depois de
muitos projectos e constituiccedilatildeo de vaacuterias empresas fracassadas foi inaugura-se a
primeira linha de caminho de ferro entre Lisboa e o Carregado numa extensatildeo de 37
km A primeira viagem realizou-se no dia 28 de Outubro de 1856 levando a bordo o rei
D Pedro V
12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO
Em 1844 eacute fundada a Companhia das Obras Puacuteblicas em Portugal em que um
dos objectivos era a elaboraccedilatildeo de estudos para a construccedilatildeo do Caminhos de Ferro
Mais tarde apoacutes os primeiros estudos realiza-se um contrato com a Companhia
Central e Peninsular dos Caminhos de Ferro Portugueses para a construccedilatildeo do troccedilo de
Lisboa ateacute a fronteira de Espanha e ligaccedilatildeo com o Porto em 1853
Ao fim de 2 anos inaugura-se a ligaccedilatildeo Lisboa carregado e abre-se agrave sua
exploraccedilatildeo Dada a lentidatildeo das obras em geral dos Caminhos de Ferro extingue-se a
Companhia dessa altura e cria-se outra Companhia Real dos Caminhos de Ferro
Portugueses
A partir destes anos seguem-se a construccedilatildeo de muitas linhas que densificaram
o que hoje satildeo os caminhos-de-ferro de Portugal
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 7
18650501 - Inauguraccedilatildeo da estaccedilatildeo principal de Caminho de Ferro de Leste e Norte
(Lisboa Stordf Apoloacutenia)
18650625 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo das linhas do Leste e Norte pela Companhia Real dos
Caminhos de Ferro
18680110 - Iniacutecio do serviccedilo ferroviaacuterio entre Lisboa e Vigo
18771104 - Inauguraccedilatildeo da ponte sobre o Rio Douro na Linha do Norte
18800606 - Abertura do Ramal de Caacuteceres entre Torre das Vargens e Valecircncia de
Alcacircntara
18820410 - Inauguraccedilatildeo do comboio raacutepido entre Madrid e Lisboa e entre Galiza e
Porto
18820803 - Inauguraccedilatildeo oficial da Linha da Beira Alta
18860325 - Abertura do Ramal Internacional entre Valenccedila e a fronteira ligaccedilatildeo da
Linha do Minho com a Galiza
18870402 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Oeste entre Alcacircntara - Terra e o
Caceacutem e o Ramal de Sintra entre o Caceacutem e Sintra
18871104 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo do Sud-Express que faz a ligaccedilatildeo Lisboa - Madrid -
Paris e Calais
18871209 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do serviccedilo directo de Caminho de Ferro do Porto a
Salamanca por Barca de Alva
18880717 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Leiria e Figueira da Foz conclusatildeo
da Linha do Oeste
18900518 - Inauguraccedilatildeo da Estaccedilatildeo Central do Rossio
18901125 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Datildeo (Santa Comba Datildeo e Viseu)
18910611 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana de Lisboa (Lisboa - Rossio e
Campolide)
18910905 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Campolide Sete Rios Chelas e
Braccedilo de Prata Conclusatildeo da Linha de Cintura de Lisboa
18910906 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Abrantes e Covilhatilde na Linha da
Beira Baixa
18930506 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do Ramal de Leixotildees (Senhora da Hora a Leixotildees)
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 8
18930511 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Covilhatilde e Guarda conclusatildeo da
Linha da Beira Baixa
18950904 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Cais do Sodreacute e Alcacircntara-Mar
18961108 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana do Porto (Campanhatilde e Porto Satildeo
Bento)
19040115 - Abertura da Linha de Vendas Novas (Setil - Vendas Novas)
19060414 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Tavira e Vila Real de Stordm Antoacutenio
Conclusatildeo da Linha do Sul
19061231 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Rosas e Braganccedila Conclusatildeo da
Linha do Tua
19080711 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Pavia e Mora Conclusatildeo da Linha
de Mora
19140205 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Vouzela e Bodiosa Conclusatildeo da
Linha do Vouga
Esta cronologia estaacute disponiacutevel no site da CP (wwwcppt)
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 1 ndash Mapa da Rede Ferroviaacuteria Nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS
Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma
posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que
actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes
rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio
dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas
Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a
diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos
A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por
demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar
de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes
14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS
Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma
locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por
ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas
actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor
tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral
Figura 2 ndash Locomotiva a vapor
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor
diesel
Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel
Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco
poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico
Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A
corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados
Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas
As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo
que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante
dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro
carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada
nos motores eacute de milhares de voltes
Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica
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passageiros
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Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem
variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a
surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando
tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na
localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas
que permitem mais velocidade e menos balanccedilos
Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas
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passageiros
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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de
uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a
electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade
funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo
geacutenero
Figura 6 - Automotora
A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade
com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes
velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto
espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros
Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente
ainda natildeo existem em Portugal
Figura 7 ndash TGV
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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO
Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma
determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a
circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo
tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e
modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a
Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular
nela facilitando o acesso a todas as regiotildees
Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola
comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute
dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola
europeia
Figura 8 ndash Caminho de Ferro
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passageiros
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16 COMPETIVIDADE
O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no
seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector
dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos
comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos
clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais
despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias
rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes
Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que
se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo
nenhuma
Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional
De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias
pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente
crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte
colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas
favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio
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passageiros
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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL
21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS
MEIOS DE TRANSPORTE
A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a
melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio
O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees
(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe
permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-
cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido
agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees
contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias
No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de
transporte nomeadamente
Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de
passageiros
Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte
porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias
distacircncias
A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes
encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias
contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees
22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e
alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e
longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma
oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos
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passageiros
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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO
24 REFER
A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das
infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo
da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que
tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo
As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de
mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das
existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo
de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo
Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de
passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal
Vantagens Desvantagens
Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro
Menos poluente e consome menos recursos
Reduzido impacto ambiental
Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada
Raacutepido natildeo tem congestionamentos
Fraca sinistralidade
Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)
Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)
Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias
Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas
Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas
Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1
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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos
cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-
de-ferro entre outras
Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees
de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas
ferroviaacuterias
A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis
associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e
colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo
Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)
CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico
Geral
EIM- European Rail Infrastructure Managers
ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia
UIC - Union Internationale des Chemins de Fer
CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation
RNE - Rail Net Europe
AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes
Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional
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25 CP
A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma
empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o
territoacuterio nacional e no estrangeiro
Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o
cariz dos serviccedilos prestados
Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto
Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional
CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-
Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal
CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-
Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees
CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso
ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular
CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash
opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra
26 FERTAGUS
A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo
Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte
Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta
em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro
A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e
exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave
REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que
este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs
No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da
ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees
da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo
e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees
Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca
de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo
Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem
Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso
entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela
Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de
estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte
Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao
fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer
Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o
automoacutevel na travessia
O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31
dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem
e 36 maior flexibilidade
O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala
de 1 a 5
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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
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passageiros
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 30
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 31
Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32
Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33
Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40
necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41
mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42
323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43
optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44
Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47
5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
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27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 3
Iacutendice
1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL---------------------------------------------------------------------------------6
11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE-----------------------6
12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO-----------------------------------------6
13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS--------------------------------------------10
14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS---------------10
15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO---------------------------------14
16 COMPETIVIDADE-----------------------------------------------------------15
2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE
PASSAGEIROS EM PORTUGAL--------------------------------------------------------16
21TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS
MEIOS DE TRANSPORTE-------------------------------------------------------16
22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS----------------------------------------16
23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE
FERROVIAacuteRIO----------------------------------------------------------------------------17
24 REFFER-----------------------------------------------------------------------17
25 CP-----------------------------------------------------------------------------19
26 FERGATUS-------------------------------------------------------------------19
3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS-----------------------------------------------------23
311 LOCOMOTIVAS--------------------------------------------------23
312 AUTOMOTORAS------------------------------------------------30
32 TIPOS DE SERVICcedilO---------------------------------------------------------39
321 ALFA PENDULAR------------------------------------------------40
322 INTERCIDADES---------------------------------------------------41
323 REGIONAL--------------------------------------------------------42
324 INTERNACIONAL------------------------------------------------42
335 METRO------------------------------------------------------------43
4 COMBOIO HISTOacuteRICO--------------------------------------------------------------46
5 CONCLUSAtildeO--------------------------------------------------------------------------47
6 BIBLIOGRAFIA------------------------------------------------------------------------48
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 4
Paginaccedilatildeo das tabelas e figuras Figura Paacutegina 1-----------------------------------------------------------------------------------------------9 2----------------------------------------------------------------------------------------------10 3----------------------------------------------------------------------------------------------11 4----------------------------------------------------------------------------------------------11 5----------------------------------------------------------------------------------------------12 6----------------------------------------------------------------------------------------------13 7----------------------------------------------------------------------------------------------13 8----------------------------------------------------------------------------------------------14 9----------------------------------------------------------------------------------------------18 10--------------------------------------------------------------------------------------------21 11--------------------------------------------------------------------------------------------22 12--------------------------------------------------------------------------------------------23 13--------------------------------------------------------------------------------------------24 14--------------------------------------------------------------------------------------------24 15--------------------------------------------------------------------------------------------24 16--------------------------------------------------------------------------------------------25 17--------------------------------------------------------------------------------------------25 18--------------------------------------------------------------------------------------------26 19--------------------------------------------------------------------------------------------26 20--------------------------------------------------------------------------------------------26 21--------------------------------------------------------------------------------------------30 22--------------------------------------------------------------------------------------------31 23--------------------------------------------------------------------------------------------31 24--------------------------------------------------------------------------------------------31 25--------------------------------------------------------------------------------------------32 26--------------------------------------------------------------------------------------------32 27--------------------------------------------------------------------------------------------33 28--------------------------------------------------------------------------------------------34 29--------------------------------------------------------------------------------------------34 30--------------------------------------------------------------------------------------------35 31--------------------------------------------------------------------------------------------35 32--------------------------------------------------------------------------------------------40 33--------------------------------------------------------------------------------------------40 34--------------------------------------------------------------------------------------------40 35--------------------------------------------------------------------------------------------40 36--------------------------------------------------------------------------------------------41 37--------------------------------------------------------------------------------------------41
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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38--------------------------------------------------------------------------------------------41 39--------------------------------------------------------------------------------------------41 40--------------------------------------------------------------------------------------------42 41--------------------------------------------------------------------------------------------42 42--------------------------------------------------------------------------------------------42 43--------------------------------------------------------------------------------------------42 44--------------------------------------------------------------------------------------------43 45--------------------------------------------------------------------------------------------43 46--------------------------------------------------------------------------------------------44 47--------------------------------------------------------------------------------------------45 48--------------------------------------------------------------------------------------------45 49--------------------------------------------------------------------------------------------46 50--------------------------------------------------------------------------------------------46
Tabela Paacutegina
1--------------------------------------------------------------------------------------------------------------15
2--------------------------------------------------------------------------------------------------------------21
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS
EM PORTUGAL
11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE
A partir de da invenccedilatildeo das maacutequinas a vapor aplicadas aacute produccedilatildeo de
produtos industriais que levou os governos Europeus a criar novos elementos de
transporte para fazer escoar os seus produtos de grande carga com facilidade e
rapidez Desapareciam as simples carroccedilas e surgiam os comboios que se deslocavam
em caminhos-de-ferro sendo estes portadores de grande forccedila e capazes de
percorrerem grandes distacircncias num curto espaccedilo de tempo Em Portugal depois de
muitos projectos e constituiccedilatildeo de vaacuterias empresas fracassadas foi inaugura-se a
primeira linha de caminho de ferro entre Lisboa e o Carregado numa extensatildeo de 37
km A primeira viagem realizou-se no dia 28 de Outubro de 1856 levando a bordo o rei
D Pedro V
12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO
Em 1844 eacute fundada a Companhia das Obras Puacuteblicas em Portugal em que um
dos objectivos era a elaboraccedilatildeo de estudos para a construccedilatildeo do Caminhos de Ferro
Mais tarde apoacutes os primeiros estudos realiza-se um contrato com a Companhia
Central e Peninsular dos Caminhos de Ferro Portugueses para a construccedilatildeo do troccedilo de
Lisboa ateacute a fronteira de Espanha e ligaccedilatildeo com o Porto em 1853
Ao fim de 2 anos inaugura-se a ligaccedilatildeo Lisboa carregado e abre-se agrave sua
exploraccedilatildeo Dada a lentidatildeo das obras em geral dos Caminhos de Ferro extingue-se a
Companhia dessa altura e cria-se outra Companhia Real dos Caminhos de Ferro
Portugueses
A partir destes anos seguem-se a construccedilatildeo de muitas linhas que densificaram
o que hoje satildeo os caminhos-de-ferro de Portugal
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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18650501 - Inauguraccedilatildeo da estaccedilatildeo principal de Caminho de Ferro de Leste e Norte
(Lisboa Stordf Apoloacutenia)
18650625 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo das linhas do Leste e Norte pela Companhia Real dos
Caminhos de Ferro
18680110 - Iniacutecio do serviccedilo ferroviaacuterio entre Lisboa e Vigo
18771104 - Inauguraccedilatildeo da ponte sobre o Rio Douro na Linha do Norte
18800606 - Abertura do Ramal de Caacuteceres entre Torre das Vargens e Valecircncia de
Alcacircntara
18820410 - Inauguraccedilatildeo do comboio raacutepido entre Madrid e Lisboa e entre Galiza e
Porto
18820803 - Inauguraccedilatildeo oficial da Linha da Beira Alta
18860325 - Abertura do Ramal Internacional entre Valenccedila e a fronteira ligaccedilatildeo da
Linha do Minho com a Galiza
18870402 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Oeste entre Alcacircntara - Terra e o
Caceacutem e o Ramal de Sintra entre o Caceacutem e Sintra
18871104 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo do Sud-Express que faz a ligaccedilatildeo Lisboa - Madrid -
Paris e Calais
18871209 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do serviccedilo directo de Caminho de Ferro do Porto a
Salamanca por Barca de Alva
18880717 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Leiria e Figueira da Foz conclusatildeo
da Linha do Oeste
18900518 - Inauguraccedilatildeo da Estaccedilatildeo Central do Rossio
18901125 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Datildeo (Santa Comba Datildeo e Viseu)
18910611 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana de Lisboa (Lisboa - Rossio e
Campolide)
18910905 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Campolide Sete Rios Chelas e
Braccedilo de Prata Conclusatildeo da Linha de Cintura de Lisboa
18910906 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Abrantes e Covilhatilde na Linha da
Beira Baixa
18930506 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do Ramal de Leixotildees (Senhora da Hora a Leixotildees)
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18930511 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Covilhatilde e Guarda conclusatildeo da
Linha da Beira Baixa
18950904 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Cais do Sodreacute e Alcacircntara-Mar
18961108 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana do Porto (Campanhatilde e Porto Satildeo
Bento)
19040115 - Abertura da Linha de Vendas Novas (Setil - Vendas Novas)
19060414 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Tavira e Vila Real de Stordm Antoacutenio
Conclusatildeo da Linha do Sul
19061231 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Rosas e Braganccedila Conclusatildeo da
Linha do Tua
19080711 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Pavia e Mora Conclusatildeo da Linha
de Mora
19140205 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Vouzela e Bodiosa Conclusatildeo da
Linha do Vouga
Esta cronologia estaacute disponiacutevel no site da CP (wwwcppt)
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Figura 1 ndash Mapa da Rede Ferroviaacuteria Nacional
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passageiros
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13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS
Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma
posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que
actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes
rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio
dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas
Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a
diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos
A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por
demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar
de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes
14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS
Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma
locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por
ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas
actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor
tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral
Figura 2 ndash Locomotiva a vapor
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor
diesel
Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel
Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco
poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico
Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A
corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados
Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas
As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo
que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante
dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro
carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada
nos motores eacute de milhares de voltes
Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem
variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a
surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando
tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na
localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas
que permitem mais velocidade e menos balanccedilos
Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de
uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a
electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade
funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo
geacutenero
Figura 6 - Automotora
A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade
com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes
velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto
espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros
Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente
ainda natildeo existem em Portugal
Figura 7 ndash TGV
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO
Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma
determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a
circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo
tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e
modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a
Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular
nela facilitando o acesso a todas as regiotildees
Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola
comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute
dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola
europeia
Figura 8 ndash Caminho de Ferro
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16 COMPETIVIDADE
O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no
seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector
dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos
comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos
clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais
despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias
rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes
Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que
se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo
nenhuma
Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional
De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias
pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente
crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte
colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas
favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL
21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS
MEIOS DE TRANSPORTE
A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a
melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio
O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees
(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe
permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-
cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido
agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees
contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias
No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de
transporte nomeadamente
Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de
passageiros
Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte
porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias
distacircncias
A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes
encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias
contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees
22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e
alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e
longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma
oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO
24 REFER
A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das
infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo
da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que
tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo
As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de
mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das
existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo
de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo
Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de
passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal
Vantagens Desvantagens
Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro
Menos poluente e consome menos recursos
Reduzido impacto ambiental
Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada
Raacutepido natildeo tem congestionamentos
Fraca sinistralidade
Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)
Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)
Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias
Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas
Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas
Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos
cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-
de-ferro entre outras
Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees
de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas
ferroviaacuterias
A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis
associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e
colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo
Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)
CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico
Geral
EIM- European Rail Infrastructure Managers
ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia
UIC - Union Internationale des Chemins de Fer
CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation
RNE - Rail Net Europe
AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes
Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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25 CP
A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma
empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o
territoacuterio nacional e no estrangeiro
Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o
cariz dos serviccedilos prestados
Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto
Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional
CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-
Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal
CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-
Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees
CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso
ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular
CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash
opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra
26 FERTAGUS
A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo
Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte
Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta
em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro
A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e
exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave
REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que
este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs
No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da
ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees
da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo
e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees
Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca
de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo
Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem
Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso
entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela
Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de
estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte
Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao
fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer
Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o
automoacutevel na travessia
O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31
dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem
e 36 maior flexibilidade
O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala
de 1 a 5
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
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passageiros
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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 25
As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 26
Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
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passageiros
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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passageiros
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 30
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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passageiros
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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passageiros
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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40
necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
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passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
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passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
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passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
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passageiros
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
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passageiros
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Paginaccedilatildeo das tabelas e figuras Figura Paacutegina 1-----------------------------------------------------------------------------------------------9 2----------------------------------------------------------------------------------------------10 3----------------------------------------------------------------------------------------------11 4----------------------------------------------------------------------------------------------11 5----------------------------------------------------------------------------------------------12 6----------------------------------------------------------------------------------------------13 7----------------------------------------------------------------------------------------------13 8----------------------------------------------------------------------------------------------14 9----------------------------------------------------------------------------------------------18 10--------------------------------------------------------------------------------------------21 11--------------------------------------------------------------------------------------------22 12--------------------------------------------------------------------------------------------23 13--------------------------------------------------------------------------------------------24 14--------------------------------------------------------------------------------------------24 15--------------------------------------------------------------------------------------------24 16--------------------------------------------------------------------------------------------25 17--------------------------------------------------------------------------------------------25 18--------------------------------------------------------------------------------------------26 19--------------------------------------------------------------------------------------------26 20--------------------------------------------------------------------------------------------26 21--------------------------------------------------------------------------------------------30 22--------------------------------------------------------------------------------------------31 23--------------------------------------------------------------------------------------------31 24--------------------------------------------------------------------------------------------31 25--------------------------------------------------------------------------------------------32 26--------------------------------------------------------------------------------------------32 27--------------------------------------------------------------------------------------------33 28--------------------------------------------------------------------------------------------34 29--------------------------------------------------------------------------------------------34 30--------------------------------------------------------------------------------------------35 31--------------------------------------------------------------------------------------------35 32--------------------------------------------------------------------------------------------40 33--------------------------------------------------------------------------------------------40 34--------------------------------------------------------------------------------------------40 35--------------------------------------------------------------------------------------------40 36--------------------------------------------------------------------------------------------41 37--------------------------------------------------------------------------------------------41
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38--------------------------------------------------------------------------------------------41 39--------------------------------------------------------------------------------------------41 40--------------------------------------------------------------------------------------------42 41--------------------------------------------------------------------------------------------42 42--------------------------------------------------------------------------------------------42 43--------------------------------------------------------------------------------------------42 44--------------------------------------------------------------------------------------------43 45--------------------------------------------------------------------------------------------43 46--------------------------------------------------------------------------------------------44 47--------------------------------------------------------------------------------------------45 48--------------------------------------------------------------------------------------------45 49--------------------------------------------------------------------------------------------46 50--------------------------------------------------------------------------------------------46
Tabela Paacutegina
1--------------------------------------------------------------------------------------------------------------15
2--------------------------------------------------------------------------------------------------------------21
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passageiros
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1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS
EM PORTUGAL
11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE
A partir de da invenccedilatildeo das maacutequinas a vapor aplicadas aacute produccedilatildeo de
produtos industriais que levou os governos Europeus a criar novos elementos de
transporte para fazer escoar os seus produtos de grande carga com facilidade e
rapidez Desapareciam as simples carroccedilas e surgiam os comboios que se deslocavam
em caminhos-de-ferro sendo estes portadores de grande forccedila e capazes de
percorrerem grandes distacircncias num curto espaccedilo de tempo Em Portugal depois de
muitos projectos e constituiccedilatildeo de vaacuterias empresas fracassadas foi inaugura-se a
primeira linha de caminho de ferro entre Lisboa e o Carregado numa extensatildeo de 37
km A primeira viagem realizou-se no dia 28 de Outubro de 1856 levando a bordo o rei
D Pedro V
12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO
Em 1844 eacute fundada a Companhia das Obras Puacuteblicas em Portugal em que um
dos objectivos era a elaboraccedilatildeo de estudos para a construccedilatildeo do Caminhos de Ferro
Mais tarde apoacutes os primeiros estudos realiza-se um contrato com a Companhia
Central e Peninsular dos Caminhos de Ferro Portugueses para a construccedilatildeo do troccedilo de
Lisboa ateacute a fronteira de Espanha e ligaccedilatildeo com o Porto em 1853
Ao fim de 2 anos inaugura-se a ligaccedilatildeo Lisboa carregado e abre-se agrave sua
exploraccedilatildeo Dada a lentidatildeo das obras em geral dos Caminhos de Ferro extingue-se a
Companhia dessa altura e cria-se outra Companhia Real dos Caminhos de Ferro
Portugueses
A partir destes anos seguem-se a construccedilatildeo de muitas linhas que densificaram
o que hoje satildeo os caminhos-de-ferro de Portugal
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18650501 - Inauguraccedilatildeo da estaccedilatildeo principal de Caminho de Ferro de Leste e Norte
(Lisboa Stordf Apoloacutenia)
18650625 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo das linhas do Leste e Norte pela Companhia Real dos
Caminhos de Ferro
18680110 - Iniacutecio do serviccedilo ferroviaacuterio entre Lisboa e Vigo
18771104 - Inauguraccedilatildeo da ponte sobre o Rio Douro na Linha do Norte
18800606 - Abertura do Ramal de Caacuteceres entre Torre das Vargens e Valecircncia de
Alcacircntara
18820410 - Inauguraccedilatildeo do comboio raacutepido entre Madrid e Lisboa e entre Galiza e
Porto
18820803 - Inauguraccedilatildeo oficial da Linha da Beira Alta
18860325 - Abertura do Ramal Internacional entre Valenccedila e a fronteira ligaccedilatildeo da
Linha do Minho com a Galiza
18870402 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Oeste entre Alcacircntara - Terra e o
Caceacutem e o Ramal de Sintra entre o Caceacutem e Sintra
18871104 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo do Sud-Express que faz a ligaccedilatildeo Lisboa - Madrid -
Paris e Calais
18871209 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do serviccedilo directo de Caminho de Ferro do Porto a
Salamanca por Barca de Alva
18880717 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Leiria e Figueira da Foz conclusatildeo
da Linha do Oeste
18900518 - Inauguraccedilatildeo da Estaccedilatildeo Central do Rossio
18901125 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Datildeo (Santa Comba Datildeo e Viseu)
18910611 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana de Lisboa (Lisboa - Rossio e
Campolide)
18910905 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Campolide Sete Rios Chelas e
Braccedilo de Prata Conclusatildeo da Linha de Cintura de Lisboa
18910906 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Abrantes e Covilhatilde na Linha da
Beira Baixa
18930506 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do Ramal de Leixotildees (Senhora da Hora a Leixotildees)
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18930511 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Covilhatilde e Guarda conclusatildeo da
Linha da Beira Baixa
18950904 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Cais do Sodreacute e Alcacircntara-Mar
18961108 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana do Porto (Campanhatilde e Porto Satildeo
Bento)
19040115 - Abertura da Linha de Vendas Novas (Setil - Vendas Novas)
19060414 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Tavira e Vila Real de Stordm Antoacutenio
Conclusatildeo da Linha do Sul
19061231 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Rosas e Braganccedila Conclusatildeo da
Linha do Tua
19080711 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Pavia e Mora Conclusatildeo da Linha
de Mora
19140205 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Vouzela e Bodiosa Conclusatildeo da
Linha do Vouga
Esta cronologia estaacute disponiacutevel no site da CP (wwwcppt)
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Figura 1 ndash Mapa da Rede Ferroviaacuteria Nacional
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13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS
Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma
posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que
actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes
rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio
dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas
Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a
diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos
A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por
demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar
de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes
14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS
Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma
locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por
ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas
actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor
tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral
Figura 2 ndash Locomotiva a vapor
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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor
diesel
Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel
Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco
poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico
Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A
corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados
Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas
As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo
que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante
dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro
carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada
nos motores eacute de milhares de voltes
Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem
variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a
surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando
tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na
localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas
que permitem mais velocidade e menos balanccedilos
Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de
uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a
electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade
funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo
geacutenero
Figura 6 - Automotora
A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade
com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes
velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto
espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros
Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente
ainda natildeo existem em Portugal
Figura 7 ndash TGV
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO
Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma
determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a
circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo
tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e
modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a
Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular
nela facilitando o acesso a todas as regiotildees
Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola
comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute
dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola
europeia
Figura 8 ndash Caminho de Ferro
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16 COMPETIVIDADE
O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no
seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector
dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos
comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos
clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais
despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias
rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes
Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que
se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo
nenhuma
Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional
De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias
pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente
crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte
colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas
favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio
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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL
21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS
MEIOS DE TRANSPORTE
A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a
melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio
O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees
(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe
permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-
cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido
agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees
contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias
No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de
transporte nomeadamente
Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de
passageiros
Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte
porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias
distacircncias
A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes
encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias
contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees
22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e
alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e
longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma
oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos
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passageiros
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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO
24 REFER
A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das
infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo
da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que
tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo
As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de
mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das
existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo
de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo
Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de
passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal
Vantagens Desvantagens
Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro
Menos poluente e consome menos recursos
Reduzido impacto ambiental
Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada
Raacutepido natildeo tem congestionamentos
Fraca sinistralidade
Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)
Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)
Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias
Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas
Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas
Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos
cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-
de-ferro entre outras
Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees
de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas
ferroviaacuterias
A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis
associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e
colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo
Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)
CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico
Geral
EIM- European Rail Infrastructure Managers
ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia
UIC - Union Internationale des Chemins de Fer
CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation
RNE - Rail Net Europe
AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes
Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional
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25 CP
A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma
empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o
territoacuterio nacional e no estrangeiro
Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o
cariz dos serviccedilos prestados
Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto
Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional
CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-
Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal
CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-
Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees
CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso
ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular
CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash
opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra
26 FERTAGUS
A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo
Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte
Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta
em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro
A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e
exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave
REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que
este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs
No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da
ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees
da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo
e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees
Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca
de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo
Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem
Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso
entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela
Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de
estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte
Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao
fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer
Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o
automoacutevel na travessia
O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31
dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem
e 36 maior flexibilidade
O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala
de 1 a 5
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 21
Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 22
Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 23
3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 25
As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 26
Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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passageiros
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29
Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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passageiros
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32
Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33
Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
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passageiros
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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
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6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
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27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
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Tabela Paacutegina
1--------------------------------------------------------------------------------------------------------------15
2--------------------------------------------------------------------------------------------------------------21
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1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS
EM PORTUGAL
11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE
A partir de da invenccedilatildeo das maacutequinas a vapor aplicadas aacute produccedilatildeo de
produtos industriais que levou os governos Europeus a criar novos elementos de
transporte para fazer escoar os seus produtos de grande carga com facilidade e
rapidez Desapareciam as simples carroccedilas e surgiam os comboios que se deslocavam
em caminhos-de-ferro sendo estes portadores de grande forccedila e capazes de
percorrerem grandes distacircncias num curto espaccedilo de tempo Em Portugal depois de
muitos projectos e constituiccedilatildeo de vaacuterias empresas fracassadas foi inaugura-se a
primeira linha de caminho de ferro entre Lisboa e o Carregado numa extensatildeo de 37
km A primeira viagem realizou-se no dia 28 de Outubro de 1856 levando a bordo o rei
D Pedro V
12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO
Em 1844 eacute fundada a Companhia das Obras Puacuteblicas em Portugal em que um
dos objectivos era a elaboraccedilatildeo de estudos para a construccedilatildeo do Caminhos de Ferro
Mais tarde apoacutes os primeiros estudos realiza-se um contrato com a Companhia
Central e Peninsular dos Caminhos de Ferro Portugueses para a construccedilatildeo do troccedilo de
Lisboa ateacute a fronteira de Espanha e ligaccedilatildeo com o Porto em 1853
Ao fim de 2 anos inaugura-se a ligaccedilatildeo Lisboa carregado e abre-se agrave sua
exploraccedilatildeo Dada a lentidatildeo das obras em geral dos Caminhos de Ferro extingue-se a
Companhia dessa altura e cria-se outra Companhia Real dos Caminhos de Ferro
Portugueses
A partir destes anos seguem-se a construccedilatildeo de muitas linhas que densificaram
o que hoje satildeo os caminhos-de-ferro de Portugal
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18650501 - Inauguraccedilatildeo da estaccedilatildeo principal de Caminho de Ferro de Leste e Norte
(Lisboa Stordf Apoloacutenia)
18650625 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo das linhas do Leste e Norte pela Companhia Real dos
Caminhos de Ferro
18680110 - Iniacutecio do serviccedilo ferroviaacuterio entre Lisboa e Vigo
18771104 - Inauguraccedilatildeo da ponte sobre o Rio Douro na Linha do Norte
18800606 - Abertura do Ramal de Caacuteceres entre Torre das Vargens e Valecircncia de
Alcacircntara
18820410 - Inauguraccedilatildeo do comboio raacutepido entre Madrid e Lisboa e entre Galiza e
Porto
18820803 - Inauguraccedilatildeo oficial da Linha da Beira Alta
18860325 - Abertura do Ramal Internacional entre Valenccedila e a fronteira ligaccedilatildeo da
Linha do Minho com a Galiza
18870402 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Oeste entre Alcacircntara - Terra e o
Caceacutem e o Ramal de Sintra entre o Caceacutem e Sintra
18871104 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo do Sud-Express que faz a ligaccedilatildeo Lisboa - Madrid -
Paris e Calais
18871209 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do serviccedilo directo de Caminho de Ferro do Porto a
Salamanca por Barca de Alva
18880717 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Leiria e Figueira da Foz conclusatildeo
da Linha do Oeste
18900518 - Inauguraccedilatildeo da Estaccedilatildeo Central do Rossio
18901125 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Datildeo (Santa Comba Datildeo e Viseu)
18910611 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana de Lisboa (Lisboa - Rossio e
Campolide)
18910905 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Campolide Sete Rios Chelas e
Braccedilo de Prata Conclusatildeo da Linha de Cintura de Lisboa
18910906 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Abrantes e Covilhatilde na Linha da
Beira Baixa
18930506 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do Ramal de Leixotildees (Senhora da Hora a Leixotildees)
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18930511 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Covilhatilde e Guarda conclusatildeo da
Linha da Beira Baixa
18950904 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Cais do Sodreacute e Alcacircntara-Mar
18961108 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana do Porto (Campanhatilde e Porto Satildeo
Bento)
19040115 - Abertura da Linha de Vendas Novas (Setil - Vendas Novas)
19060414 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Tavira e Vila Real de Stordm Antoacutenio
Conclusatildeo da Linha do Sul
19061231 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Rosas e Braganccedila Conclusatildeo da
Linha do Tua
19080711 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Pavia e Mora Conclusatildeo da Linha
de Mora
19140205 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Vouzela e Bodiosa Conclusatildeo da
Linha do Vouga
Esta cronologia estaacute disponiacutevel no site da CP (wwwcppt)
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Figura 1 ndash Mapa da Rede Ferroviaacuteria Nacional
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13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS
Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma
posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que
actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes
rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio
dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas
Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a
diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos
A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por
demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar
de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes
14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS
Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma
locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por
ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas
actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor
tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral
Figura 2 ndash Locomotiva a vapor
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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor
diesel
Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel
Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco
poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico
Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A
corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados
Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas
As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo
que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante
dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro
carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada
nos motores eacute de milhares de voltes
Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica
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Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem
variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a
surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando
tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na
localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas
que permitem mais velocidade e menos balanccedilos
Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas
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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de
uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a
electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade
funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo
geacutenero
Figura 6 - Automotora
A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade
com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes
velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto
espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros
Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente
ainda natildeo existem em Portugal
Figura 7 ndash TGV
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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO
Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma
determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a
circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo
tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e
modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a
Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular
nela facilitando o acesso a todas as regiotildees
Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola
comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute
dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola
europeia
Figura 8 ndash Caminho de Ferro
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16 COMPETIVIDADE
O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no
seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector
dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos
comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos
clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais
despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias
rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes
Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que
se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo
nenhuma
Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional
De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias
pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente
crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte
colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas
favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL
21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS
MEIOS DE TRANSPORTE
A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a
melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio
O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees
(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe
permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-
cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido
agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees
contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias
No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de
transporte nomeadamente
Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de
passageiros
Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte
porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias
distacircncias
A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes
encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias
contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees
22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e
alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e
longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma
oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos
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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO
24 REFER
A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das
infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo
da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que
tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo
As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de
mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das
existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo
de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo
Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de
passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal
Vantagens Desvantagens
Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro
Menos poluente e consome menos recursos
Reduzido impacto ambiental
Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada
Raacutepido natildeo tem congestionamentos
Fraca sinistralidade
Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)
Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)
Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias
Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas
Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas
Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos
cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-
de-ferro entre outras
Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees
de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas
ferroviaacuterias
A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis
associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e
colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo
Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)
CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico
Geral
EIM- European Rail Infrastructure Managers
ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia
UIC - Union Internationale des Chemins de Fer
CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation
RNE - Rail Net Europe
AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes
Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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25 CP
A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma
empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o
territoacuterio nacional e no estrangeiro
Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o
cariz dos serviccedilos prestados
Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto
Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional
CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-
Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal
CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-
Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees
CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso
ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular
CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash
opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra
26 FERTAGUS
A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo
Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte
Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta
em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro
A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e
exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave
REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que
este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs
No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da
ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees
da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 20
de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo
e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees
Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca
de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo
Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem
Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso
entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela
Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de
estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte
Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao
fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer
Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o
automoacutevel na travessia
O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31
dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem
e 36 maior flexibilidade
O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala
de 1 a 5
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 24
Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 25
As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 26
Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 31
Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32
Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33
Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
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passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
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passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
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passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
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passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
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passageiros
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
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passageiros
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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6Bibliografia
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27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
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Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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1 EVOLUCcedilAtildeO HISTOacuteRICA DOS COMBOIOS DE PASSAGEIROS
EM PORTUGAL
11 O COMBOIO COMPONENTE DE TRANSPORTE
A partir de da invenccedilatildeo das maacutequinas a vapor aplicadas aacute produccedilatildeo de
produtos industriais que levou os governos Europeus a criar novos elementos de
transporte para fazer escoar os seus produtos de grande carga com facilidade e
rapidez Desapareciam as simples carroccedilas e surgiam os comboios que se deslocavam
em caminhos-de-ferro sendo estes portadores de grande forccedila e capazes de
percorrerem grandes distacircncias num curto espaccedilo de tempo Em Portugal depois de
muitos projectos e constituiccedilatildeo de vaacuterias empresas fracassadas foi inaugura-se a
primeira linha de caminho de ferro entre Lisboa e o Carregado numa extensatildeo de 37
km A primeira viagem realizou-se no dia 28 de Outubro de 1856 levando a bordo o rei
D Pedro V
12 CONSTRUCcedilAtildeO E DENSIFICACcedilAtildeO
Em 1844 eacute fundada a Companhia das Obras Puacuteblicas em Portugal em que um
dos objectivos era a elaboraccedilatildeo de estudos para a construccedilatildeo do Caminhos de Ferro
Mais tarde apoacutes os primeiros estudos realiza-se um contrato com a Companhia
Central e Peninsular dos Caminhos de Ferro Portugueses para a construccedilatildeo do troccedilo de
Lisboa ateacute a fronteira de Espanha e ligaccedilatildeo com o Porto em 1853
Ao fim de 2 anos inaugura-se a ligaccedilatildeo Lisboa carregado e abre-se agrave sua
exploraccedilatildeo Dada a lentidatildeo das obras em geral dos Caminhos de Ferro extingue-se a
Companhia dessa altura e cria-se outra Companhia Real dos Caminhos de Ferro
Portugueses
A partir destes anos seguem-se a construccedilatildeo de muitas linhas que densificaram
o que hoje satildeo os caminhos-de-ferro de Portugal
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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18650501 - Inauguraccedilatildeo da estaccedilatildeo principal de Caminho de Ferro de Leste e Norte
(Lisboa Stordf Apoloacutenia)
18650625 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo das linhas do Leste e Norte pela Companhia Real dos
Caminhos de Ferro
18680110 - Iniacutecio do serviccedilo ferroviaacuterio entre Lisboa e Vigo
18771104 - Inauguraccedilatildeo da ponte sobre o Rio Douro na Linha do Norte
18800606 - Abertura do Ramal de Caacuteceres entre Torre das Vargens e Valecircncia de
Alcacircntara
18820410 - Inauguraccedilatildeo do comboio raacutepido entre Madrid e Lisboa e entre Galiza e
Porto
18820803 - Inauguraccedilatildeo oficial da Linha da Beira Alta
18860325 - Abertura do Ramal Internacional entre Valenccedila e a fronteira ligaccedilatildeo da
Linha do Minho com a Galiza
18870402 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Oeste entre Alcacircntara - Terra e o
Caceacutem e o Ramal de Sintra entre o Caceacutem e Sintra
18871104 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo do Sud-Express que faz a ligaccedilatildeo Lisboa - Madrid -
Paris e Calais
18871209 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do serviccedilo directo de Caminho de Ferro do Porto a
Salamanca por Barca de Alva
18880717 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Leiria e Figueira da Foz conclusatildeo
da Linha do Oeste
18900518 - Inauguraccedilatildeo da Estaccedilatildeo Central do Rossio
18901125 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Datildeo (Santa Comba Datildeo e Viseu)
18910611 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana de Lisboa (Lisboa - Rossio e
Campolide)
18910905 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Campolide Sete Rios Chelas e
Braccedilo de Prata Conclusatildeo da Linha de Cintura de Lisboa
18910906 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Abrantes e Covilhatilde na Linha da
Beira Baixa
18930506 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do Ramal de Leixotildees (Senhora da Hora a Leixotildees)
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passageiros
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18930511 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Covilhatilde e Guarda conclusatildeo da
Linha da Beira Baixa
18950904 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Cais do Sodreacute e Alcacircntara-Mar
18961108 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana do Porto (Campanhatilde e Porto Satildeo
Bento)
19040115 - Abertura da Linha de Vendas Novas (Setil - Vendas Novas)
19060414 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Tavira e Vila Real de Stordm Antoacutenio
Conclusatildeo da Linha do Sul
19061231 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Rosas e Braganccedila Conclusatildeo da
Linha do Tua
19080711 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Pavia e Mora Conclusatildeo da Linha
de Mora
19140205 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Vouzela e Bodiosa Conclusatildeo da
Linha do Vouga
Esta cronologia estaacute disponiacutevel no site da CP (wwwcppt)
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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Figura 1 ndash Mapa da Rede Ferroviaacuteria Nacional
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passageiros
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13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS
Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma
posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que
actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes
rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio
dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas
Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a
diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos
A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por
demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar
de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes
14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS
Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma
locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por
ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas
actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor
tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral
Figura 2 ndash Locomotiva a vapor
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor
diesel
Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel
Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco
poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico
Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A
corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados
Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas
As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo
que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante
dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro
carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada
nos motores eacute de milhares de voltes
Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica
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passageiros
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Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem
variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a
surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando
tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na
localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas
que permitem mais velocidade e menos balanccedilos
Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de
uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a
electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade
funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo
geacutenero
Figura 6 - Automotora
A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade
com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes
velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto
espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros
Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente
ainda natildeo existem em Portugal
Figura 7 ndash TGV
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passageiros
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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO
Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma
determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a
circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo
tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e
modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a
Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular
nela facilitando o acesso a todas as regiotildees
Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola
comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute
dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola
europeia
Figura 8 ndash Caminho de Ferro
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passageiros
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16 COMPETIVIDADE
O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no
seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector
dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos
comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos
clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais
despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias
rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes
Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que
se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo
nenhuma
Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional
De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias
pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente
crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte
colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas
favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL
21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS
MEIOS DE TRANSPORTE
A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a
melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio
O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees
(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe
permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-
cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido
agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees
contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias
No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de
transporte nomeadamente
Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de
passageiros
Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte
porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias
distacircncias
A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes
encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias
contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees
22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e
alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e
longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma
oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos
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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO
24 REFER
A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das
infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo
da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que
tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo
As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de
mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das
existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo
de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo
Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de
passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal
Vantagens Desvantagens
Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro
Menos poluente e consome menos recursos
Reduzido impacto ambiental
Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada
Raacutepido natildeo tem congestionamentos
Fraca sinistralidade
Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)
Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)
Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias
Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas
Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas
Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos
cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-
de-ferro entre outras
Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees
de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas
ferroviaacuterias
A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis
associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e
colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo
Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)
CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico
Geral
EIM- European Rail Infrastructure Managers
ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia
UIC - Union Internationale des Chemins de Fer
CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation
RNE - Rail Net Europe
AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes
Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional
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passageiros
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25 CP
A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma
empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o
territoacuterio nacional e no estrangeiro
Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o
cariz dos serviccedilos prestados
Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto
Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional
CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-
Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal
CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-
Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees
CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso
ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular
CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash
opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra
26 FERTAGUS
A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo
Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte
Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta
em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro
A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e
exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave
REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que
este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs
No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da
ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees
da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos
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passageiros
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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo
e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees
Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca
de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo
Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem
Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso
entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela
Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de
estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte
Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao
fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer
Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o
automoacutevel na travessia
O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31
dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem
e 36 maior flexibilidade
O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala
de 1 a 5
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passageiros
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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
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passageiros
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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
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passageiros
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
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passageiros
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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passageiros
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
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27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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18650501 - Inauguraccedilatildeo da estaccedilatildeo principal de Caminho de Ferro de Leste e Norte
(Lisboa Stordf Apoloacutenia)
18650625 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo das linhas do Leste e Norte pela Companhia Real dos
Caminhos de Ferro
18680110 - Iniacutecio do serviccedilo ferroviaacuterio entre Lisboa e Vigo
18771104 - Inauguraccedilatildeo da ponte sobre o Rio Douro na Linha do Norte
18800606 - Abertura do Ramal de Caacuteceres entre Torre das Vargens e Valecircncia de
Alcacircntara
18820410 - Inauguraccedilatildeo do comboio raacutepido entre Madrid e Lisboa e entre Galiza e
Porto
18820803 - Inauguraccedilatildeo oficial da Linha da Beira Alta
18860325 - Abertura do Ramal Internacional entre Valenccedila e a fronteira ligaccedilatildeo da
Linha do Minho com a Galiza
18870402 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Oeste entre Alcacircntara - Terra e o
Caceacutem e o Ramal de Sintra entre o Caceacutem e Sintra
18871104 - Iniacutecio da exploraccedilatildeo do Sud-Express que faz a ligaccedilatildeo Lisboa - Madrid -
Paris e Calais
18871209 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do serviccedilo directo de Caminho de Ferro do Porto a
Salamanca por Barca de Alva
18880717 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Leiria e Figueira da Foz conclusatildeo
da Linha do Oeste
18900518 - Inauguraccedilatildeo da Estaccedilatildeo Central do Rossio
18901125 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha do Datildeo (Santa Comba Datildeo e Viseu)
18910611 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana de Lisboa (Lisboa - Rossio e
Campolide)
18910905 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Campolide Sete Rios Chelas e
Braccedilo de Prata Conclusatildeo da Linha de Cintura de Lisboa
18910906 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Abrantes e Covilhatilde na Linha da
Beira Baixa
18930506 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do Ramal de Leixotildees (Senhora da Hora a Leixotildees)
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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18930511 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Covilhatilde e Guarda conclusatildeo da
Linha da Beira Baixa
18950904 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Cais do Sodreacute e Alcacircntara-Mar
18961108 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana do Porto (Campanhatilde e Porto Satildeo
Bento)
19040115 - Abertura da Linha de Vendas Novas (Setil - Vendas Novas)
19060414 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Tavira e Vila Real de Stordm Antoacutenio
Conclusatildeo da Linha do Sul
19061231 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Rosas e Braganccedila Conclusatildeo da
Linha do Tua
19080711 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Pavia e Mora Conclusatildeo da Linha
de Mora
19140205 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Vouzela e Bodiosa Conclusatildeo da
Linha do Vouga
Esta cronologia estaacute disponiacutevel no site da CP (wwwcppt)
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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Figura 1 ndash Mapa da Rede Ferroviaacuteria Nacional
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passageiros
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13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS
Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma
posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que
actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes
rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio
dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas
Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a
diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos
A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por
demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar
de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes
14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS
Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma
locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por
ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas
actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor
tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral
Figura 2 ndash Locomotiva a vapor
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor
diesel
Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel
Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco
poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico
Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A
corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados
Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas
As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo
que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante
dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro
carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada
nos motores eacute de milhares de voltes
Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem
variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a
surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando
tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na
localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas
que permitem mais velocidade e menos balanccedilos
Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de
uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a
electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade
funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo
geacutenero
Figura 6 - Automotora
A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade
com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes
velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto
espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros
Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente
ainda natildeo existem em Portugal
Figura 7 ndash TGV
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passageiros
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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO
Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma
determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a
circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo
tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e
modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a
Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular
nela facilitando o acesso a todas as regiotildees
Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola
comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute
dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola
europeia
Figura 8 ndash Caminho de Ferro
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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16 COMPETIVIDADE
O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no
seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector
dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos
comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos
clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais
despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias
rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes
Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que
se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo
nenhuma
Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional
De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias
pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente
crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte
colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas
favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL
21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS
MEIOS DE TRANSPORTE
A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a
melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio
O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees
(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe
permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-
cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido
agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees
contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias
No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de
transporte nomeadamente
Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de
passageiros
Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte
porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias
distacircncias
A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes
encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias
contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees
22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e
alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e
longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma
oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos
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passageiros
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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO
24 REFER
A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das
infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo
da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que
tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo
As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de
mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das
existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo
de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo
Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de
passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal
Vantagens Desvantagens
Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro
Menos poluente e consome menos recursos
Reduzido impacto ambiental
Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada
Raacutepido natildeo tem congestionamentos
Fraca sinistralidade
Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)
Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)
Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias
Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas
Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas
Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1
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passageiros
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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos
cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-
de-ferro entre outras
Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees
de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas
ferroviaacuterias
A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis
associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e
colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo
Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)
CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico
Geral
EIM- European Rail Infrastructure Managers
ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia
UIC - Union Internationale des Chemins de Fer
CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation
RNE - Rail Net Europe
AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes
Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 19
25 CP
A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma
empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o
territoacuterio nacional e no estrangeiro
Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o
cariz dos serviccedilos prestados
Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto
Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional
CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-
Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal
CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-
Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees
CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso
ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular
CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash
opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra
26 FERTAGUS
A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo
Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte
Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta
em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro
A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e
exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave
REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que
este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs
No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da
ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees
da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 20
de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo
e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees
Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca
de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo
Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem
Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso
entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela
Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de
estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte
Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao
fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer
Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o
automoacutevel na travessia
O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31
dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem
e 36 maior flexibilidade
O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala
de 1 a 5
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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passageiros
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29
Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 31
Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33
Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
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passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
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passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
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passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
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passageiros
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
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passageiros
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 8
18930511 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Covilhatilde e Guarda conclusatildeo da
Linha da Beira Baixa
18950904 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Cais do Sodreacute e Alcacircntara-Mar
18961108 - Abertura agrave exploraccedilatildeo da Linha Urbana do Porto (Campanhatilde e Porto Satildeo
Bento)
19040115 - Abertura da Linha de Vendas Novas (Setil - Vendas Novas)
19060414 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Tavira e Vila Real de Stordm Antoacutenio
Conclusatildeo da Linha do Sul
19061231 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Rosas e Braganccedila Conclusatildeo da
Linha do Tua
19080711 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Pavia e Mora Conclusatildeo da Linha
de Mora
19140205 - Abertura agrave exploraccedilatildeo do troccedilo entre Vouzela e Bodiosa Conclusatildeo da
Linha do Vouga
Esta cronologia estaacute disponiacutevel no site da CP (wwwcppt)
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 1 ndash Mapa da Rede Ferroviaacuteria Nacional
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passageiros
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13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS
Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma
posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que
actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes
rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio
dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas
Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a
diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos
A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por
demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar
de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes
14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS
Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma
locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por
ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas
actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor
tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral
Figura 2 ndash Locomotiva a vapor
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passageiros
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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor
diesel
Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel
Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco
poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico
Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A
corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados
Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas
As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo
que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante
dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro
carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada
nos motores eacute de milhares de voltes
Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem
variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a
surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando
tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na
localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas
que permitem mais velocidade e menos balanccedilos
Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de
uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a
electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade
funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo
geacutenero
Figura 6 - Automotora
A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade
com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes
velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto
espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros
Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente
ainda natildeo existem em Portugal
Figura 7 ndash TGV
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO
Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma
determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a
circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo
tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e
modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a
Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular
nela facilitando o acesso a todas as regiotildees
Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola
comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute
dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola
europeia
Figura 8 ndash Caminho de Ferro
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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16 COMPETIVIDADE
O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no
seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector
dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos
comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos
clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais
despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias
rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes
Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que
se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo
nenhuma
Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional
De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias
pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente
crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte
colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas
favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL
21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS
MEIOS DE TRANSPORTE
A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a
melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio
O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees
(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe
permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-
cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido
agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees
contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias
No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de
transporte nomeadamente
Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de
passageiros
Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte
porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias
distacircncias
A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes
encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias
contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees
22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e
alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e
longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma
oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos
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passageiros
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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO
24 REFER
A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das
infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo
da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que
tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo
As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de
mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das
existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo
de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo
Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de
passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal
Vantagens Desvantagens
Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro
Menos poluente e consome menos recursos
Reduzido impacto ambiental
Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada
Raacutepido natildeo tem congestionamentos
Fraca sinistralidade
Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)
Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)
Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias
Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas
Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas
Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1
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passageiros
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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos
cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-
de-ferro entre outras
Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees
de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas
ferroviaacuterias
A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis
associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e
colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo
Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)
CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico
Geral
EIM- European Rail Infrastructure Managers
ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia
UIC - Union Internationale des Chemins de Fer
CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation
RNE - Rail Net Europe
AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes
Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional
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passageiros
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25 CP
A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma
empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o
territoacuterio nacional e no estrangeiro
Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o
cariz dos serviccedilos prestados
Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto
Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional
CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-
Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal
CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-
Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees
CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso
ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular
CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash
opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra
26 FERTAGUS
A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo
Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte
Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta
em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro
A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e
exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave
REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que
este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs
No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da
ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees
da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo
e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees
Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca
de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo
Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem
Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso
entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela
Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de
estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte
Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao
fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer
Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o
automoacutevel na travessia
O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31
dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem
e 36 maior flexibilidade
O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala
de 1 a 5
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passageiros
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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
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passageiros
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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
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passageiros
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
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passageiros
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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passageiros
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
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passageiros
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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
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passageiros
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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
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passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
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6Bibliografia
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httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
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10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
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Figura 1 ndash Mapa da Rede Ferroviaacuteria Nacional
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13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS
Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma
posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que
actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes
rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio
dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas
Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a
diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos
A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por
demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar
de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes
14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS
Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma
locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por
ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas
actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor
tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral
Figura 2 ndash Locomotiva a vapor
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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor
diesel
Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel
Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco
poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico
Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A
corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados
Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas
As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo
que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante
dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro
carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada
nos motores eacute de milhares de voltes
Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica
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Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem
variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a
surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando
tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na
localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas
que permitem mais velocidade e menos balanccedilos
Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas
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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de
uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a
electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade
funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo
geacutenero
Figura 6 - Automotora
A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade
com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes
velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto
espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros
Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente
ainda natildeo existem em Portugal
Figura 7 ndash TGV
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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO
Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma
determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a
circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo
tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e
modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a
Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular
nela facilitando o acesso a todas as regiotildees
Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola
comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute
dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola
europeia
Figura 8 ndash Caminho de Ferro
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16 COMPETIVIDADE
O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no
seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector
dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos
comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos
clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais
despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias
rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes
Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que
se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo
nenhuma
Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional
De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias
pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente
crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte
colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas
favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio
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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL
21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS
MEIOS DE TRANSPORTE
A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a
melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio
O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees
(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe
permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-
cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido
agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees
contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias
No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de
transporte nomeadamente
Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de
passageiros
Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte
porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias
distacircncias
A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes
encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias
contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees
22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e
alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e
longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma
oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos
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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO
24 REFER
A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das
infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo
da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que
tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo
As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de
mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das
existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo
de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo
Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de
passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal
Vantagens Desvantagens
Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro
Menos poluente e consome menos recursos
Reduzido impacto ambiental
Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada
Raacutepido natildeo tem congestionamentos
Fraca sinistralidade
Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)
Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)
Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias
Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas
Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas
Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1
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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos
cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-
de-ferro entre outras
Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees
de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas
ferroviaacuterias
A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis
associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e
colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo
Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)
CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico
Geral
EIM- European Rail Infrastructure Managers
ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia
UIC - Union Internationale des Chemins de Fer
CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation
RNE - Rail Net Europe
AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes
Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional
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25 CP
A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma
empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o
territoacuterio nacional e no estrangeiro
Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o
cariz dos serviccedilos prestados
Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto
Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional
CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-
Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal
CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-
Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees
CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso
ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular
CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash
opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra
26 FERTAGUS
A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo
Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte
Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta
em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro
A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e
exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave
REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que
este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs
No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da
ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees
da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos
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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo
e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees
Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca
de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo
Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem
Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso
entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela
Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de
estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte
Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao
fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer
Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o
automoacutevel na travessia
O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31
dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem
e 36 maior flexibilidade
O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala
de 1 a 5
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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
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passageiros
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
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passageiros
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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passageiros
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
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passageiros
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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passageiros
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
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passageiros
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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
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passageiros
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Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
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passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
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passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
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passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
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passageiros
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
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passageiros
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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6Bibliografia
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Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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13 PERSISTEcircNCIAS E RUPTURAS
Entre 1927-1928 a CP (Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro) toma
posse de grande parte das linhas pertencentes ao estado Esta companhia a que
actualmente gere os comboios de Portugal devido a concorrecircncia dos transportes
rodoviaacuterios acaba por ter bastante prejuiacutezo Sendo assim comeccedila a cortar o horaacuterio
dos seus comboios e fechando as linhas menos utilizadas
Com o objectivo da inovaccedilatildeo a CP comprou e investiu em mais locomotoras a
diesel que por sua vez foram sendo substituiacutedas pelas eleacutectricas ao longo dos tempos
A companhia como hoje se sabe com a concorrecircncia que possui acaba por
demonstrar-se como algo gerador de prejuiacutezo para o estado mas que natildeo deve deixar
de existir essencial ao sector puacuteblico dos transportes
14 CARACTERISTICAS DA EVOLUCcedilAtildeO NOS COMBOIOS
Um comboio circula sobre carris de ferro ou de accedilo sendo constituiacutedo por uma
locomotiva ligadas a carruagens de passageiros e ou de carga Denomina-se por
ldquobitolardquo a distacircncia miacutenima entre os carris variando a mesma de paiacutes para paiacutes mas
actualmente caminha-se para a uniformizaccedilatildeo As primeiras locomotivas eram a vapor
tendo como combustiacutevel para a caldeira a lenha e depois o carvatildeo mineral
Figura 2 ndash Locomotiva a vapor
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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor
diesel
Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel
Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco
poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico
Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A
corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados
Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas
As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo
que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante
dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro
carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada
nos motores eacute de milhares de voltes
Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica
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Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem
variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a
surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando
tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na
localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas
que permitem mais velocidade e menos balanccedilos
Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas
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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de
uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a
electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade
funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo
geacutenero
Figura 6 - Automotora
A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade
com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes
velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto
espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros
Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente
ainda natildeo existem em Portugal
Figura 7 ndash TGV
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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO
Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma
determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a
circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo
tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e
modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a
Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular
nela facilitando o acesso a todas as regiotildees
Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola
comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute
dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola
europeia
Figura 8 ndash Caminho de Ferro
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16 COMPETIVIDADE
O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no
seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector
dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos
comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos
clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais
despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias
rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes
Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que
se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo
nenhuma
Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional
De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias
pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente
crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte
colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas
favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio
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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL
21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS
MEIOS DE TRANSPORTE
A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a
melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio
O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees
(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe
permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-
cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido
agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees
contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias
No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de
transporte nomeadamente
Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de
passageiros
Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte
porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias
distacircncias
A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes
encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias
contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees
22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e
alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e
longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma
oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos
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passageiros
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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO
24 REFER
A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das
infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo
da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que
tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo
As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de
mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das
existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo
de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo
Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de
passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal
Vantagens Desvantagens
Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro
Menos poluente e consome menos recursos
Reduzido impacto ambiental
Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada
Raacutepido natildeo tem congestionamentos
Fraca sinistralidade
Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)
Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)
Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias
Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas
Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas
Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1
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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos
cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-
de-ferro entre outras
Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees
de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas
ferroviaacuterias
A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis
associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e
colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo
Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)
CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico
Geral
EIM- European Rail Infrastructure Managers
ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia
UIC - Union Internationale des Chemins de Fer
CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation
RNE - Rail Net Europe
AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes
Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional
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25 CP
A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma
empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o
territoacuterio nacional e no estrangeiro
Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o
cariz dos serviccedilos prestados
Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto
Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional
CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-
Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal
CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-
Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees
CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso
ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular
CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash
opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra
26 FERTAGUS
A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo
Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte
Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta
em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro
A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e
exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave
REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que
este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs
No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da
ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees
da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo
e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees
Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca
de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo
Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem
Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso
entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela
Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de
estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte
Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao
fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer
Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o
automoacutevel na travessia
O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31
dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem
e 36 maior flexibilidade
O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala
de 1 a 5
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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 28
Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29
Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 30
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 31
Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32
Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33
Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40
necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43
optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47
5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
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Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Com o final da 2ordf Grande Guerra Mundial (1945) surgem locomotivas a motor
diesel
Figura 3 ndash Locomotiva a motor diesel
Estas locomotivas apesar de serem melhores que as de vapor tinham fraco
poder de tracccedilatildeo e que foram vindo a ser substituiacutedos pelo modelo diesel-eleacutectrico
Este sistema consiste num motor diesel ligado a um gerador de corrente eleacutectrica A
corrente eleacutectrica assim gerada vai accionar motores eleacutectricos ligados aos rodados
Existem outras de sistema deste tipo como as turbinas de gaacutes e as diesel-hidraulicas
As locomotivas a eleacutectricas foram entrando cada vez mais em circulaccedilatildeo sendo
que as diesel foram abandonadas a pouco e pouco visto que eram bastante
dispendiosas Estas locomotivas satildeo alimentadas por catenaacuterias ou por um terceiro
carril como eacute o caso do metropolitano de Lisboa Neste sistema a corrente injectada
nos motores eacute de milhares de voltes
Figura 4 ndash Locomotiva eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem
variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a
surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando
tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na
localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas
que permitem mais velocidade e menos balanccedilos
Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas
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passageiros
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O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de
uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a
electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade
funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo
geacutenero
Figura 6 - Automotora
A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade
com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes
velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto
espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros
Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente
ainda natildeo existem em Portugal
Figura 7 ndash TGV
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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO
Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma
determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a
circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo
tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e
modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a
Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular
nela facilitando o acesso a todas as regiotildees
Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola
comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute
dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola
europeia
Figura 8 ndash Caminho de Ferro
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16 COMPETIVIDADE
O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no
seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector
dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos
comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos
clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais
despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias
rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes
Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que
se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo
nenhuma
Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional
De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias
pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente
crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte
colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas
favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio
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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL
21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS
MEIOS DE TRANSPORTE
A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a
melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio
O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees
(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe
permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-
cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido
agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees
contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias
No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de
transporte nomeadamente
Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de
passageiros
Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte
porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias
distacircncias
A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes
encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias
contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees
22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e
alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e
longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma
oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos
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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO
24 REFER
A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das
infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo
da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que
tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo
As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de
mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das
existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo
de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo
Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de
passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal
Vantagens Desvantagens
Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro
Menos poluente e consome menos recursos
Reduzido impacto ambiental
Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada
Raacutepido natildeo tem congestionamentos
Fraca sinistralidade
Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)
Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)
Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias
Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas
Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas
Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1
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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos
cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-
de-ferro entre outras
Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees
de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas
ferroviaacuterias
A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis
associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e
colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo
Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)
CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico
Geral
EIM- European Rail Infrastructure Managers
ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia
UIC - Union Internationale des Chemins de Fer
CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation
RNE - Rail Net Europe
AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes
Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional
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25 CP
A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma
empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o
territoacuterio nacional e no estrangeiro
Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o
cariz dos serviccedilos prestados
Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto
Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional
CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-
Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal
CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-
Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees
CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso
ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular
CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash
opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra
26 FERTAGUS
A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo
Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte
Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta
em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro
A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e
exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave
REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que
este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs
No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da
ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees
da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo
e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees
Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca
de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo
Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem
Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso
entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela
Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de
estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte
Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao
fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer
Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o
automoacutevel na travessia
O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31
dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem
e 36 maior flexibilidade
O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala
de 1 a 5
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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 31
Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32
Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33
Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47
5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
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27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 12
Natildeo soacute as locomotivas sofreram alteraccedilotildees mas as carruagens tambeacutem
variaram muito ao longo dos tempos quer no aspecto quer no conforto As primeiras a
surgir nas linhas eram as de madeira e acabaram depois por ser metaacutelicas variando
tambeacutem no comprimento no tipo de assentos no nuacutemero de pisos e ateacute na
localizaccedilatildeo dos rodados independentes do chassis aleacutem de outras soluccedilotildees teacutecnicas
que permitem mais velocidade e menos balanccedilos
Figura 5 ndash Evoluccedilatildeo do design das carruagens das locomotivas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 13
O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de
uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a
electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade
funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo
geacutenero
Figura 6 - Automotora
A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade
com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes
velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto
espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros
Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente
ainda natildeo existem em Portugal
Figura 7 ndash TGV
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 14
15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO
Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma
determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a
circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo
tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e
modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a
Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular
nela facilitando o acesso a todas as regiotildees
Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola
comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute
dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola
europeia
Figura 8 ndash Caminho de Ferro
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 15
16 COMPETIVIDADE
O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no
seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector
dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos
comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos
clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais
despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias
rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes
Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que
se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo
nenhuma
Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional
De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias
pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente
crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte
colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas
favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL
21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS
MEIOS DE TRANSPORTE
A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a
melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio
O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees
(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe
permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-
cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido
agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees
contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias
No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de
transporte nomeadamente
Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de
passageiros
Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte
porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias
distacircncias
A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes
encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias
contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees
22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e
alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e
longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma
oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 17
23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO
24 REFER
A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das
infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo
da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que
tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo
As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de
mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das
existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo
de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo
Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de
passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal
Vantagens Desvantagens
Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro
Menos poluente e consome menos recursos
Reduzido impacto ambiental
Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada
Raacutepido natildeo tem congestionamentos
Fraca sinistralidade
Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)
Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)
Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias
Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas
Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas
Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos
cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-
de-ferro entre outras
Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees
de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas
ferroviaacuterias
A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis
associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e
colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo
Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)
CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico
Geral
EIM- European Rail Infrastructure Managers
ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia
UIC - Union Internationale des Chemins de Fer
CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation
RNE - Rail Net Europe
AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes
Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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25 CP
A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma
empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o
territoacuterio nacional e no estrangeiro
Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o
cariz dos serviccedilos prestados
Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto
Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional
CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-
Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal
CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-
Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees
CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso
ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular
CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash
opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra
26 FERTAGUS
A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo
Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte
Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta
em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro
A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e
exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave
REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que
este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs
No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da
ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees
da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 20
de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo
e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees
Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca
de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo
Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem
Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso
entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela
Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de
estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte
Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao
fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer
Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o
automoacutevel na travessia
O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31
dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem
e 36 maior flexibilidade
O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala
de 1 a 5
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29
Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 30
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 31
Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33
Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
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passageiros
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Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
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passageiros
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Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
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passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
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passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
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passageiros
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
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inveno-da-mquina-vaporhtml
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10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
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Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 13
O comboio foi evoluindo cada vez mais surgindo a automotora Trata-se de
uma grande carruagem de passageiros com locomoccedilatildeo proacutepria a diesel ou a
electricidade Este veiacuteculo possui dois postos de comando um em cada extremidade
funcionado como uma unidade simples ou em combinaccedilatildeo com outras do mesmo
geacutenero
Figura 6 - Automotora
A evoluccedilatildeo natural das automotoras foi para os comboios de alta velocidade
com um nuacutemero reduzido de carruagens e linhas aerodinacircmicas para permitir grandes
velocidades Estes satildeo utilizados para distacircncias longas para se deslocarem num curto
espaccedilo de tempo Satildeo pensados principalmente para o transporte de passageiros
Funcionam a tracccedilatildeo eleacutectrica e satildeo alimentados por uma catenaacuteria Actualmente
ainda natildeo existem em Portugal
Figura 7 ndash TGV
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO
Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma
determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a
circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo
tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e
modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a
Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular
nela facilitando o acesso a todas as regiotildees
Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola
comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute
dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola
europeia
Figura 8 ndash Caminho de Ferro
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 15
16 COMPETIVIDADE
O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no
seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector
dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos
comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos
clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais
despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias
rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes
Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que
se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo
nenhuma
Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional
De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias
pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente
crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte
colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas
favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL
21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS
MEIOS DE TRANSPORTE
A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a
melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio
O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees
(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe
permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-
cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido
agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees
contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias
No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de
transporte nomeadamente
Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de
passageiros
Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte
porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias
distacircncias
A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes
encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias
contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees
22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e
alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e
longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma
oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO
24 REFER
A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das
infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo
da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que
tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo
As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de
mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das
existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo
de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo
Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de
passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal
Vantagens Desvantagens
Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro
Menos poluente e consome menos recursos
Reduzido impacto ambiental
Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada
Raacutepido natildeo tem congestionamentos
Fraca sinistralidade
Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)
Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)
Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias
Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas
Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas
Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos
cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-
de-ferro entre outras
Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees
de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas
ferroviaacuterias
A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis
associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e
colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo
Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)
CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico
Geral
EIM- European Rail Infrastructure Managers
ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia
UIC - Union Internationale des Chemins de Fer
CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation
RNE - Rail Net Europe
AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes
Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional
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passageiros
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25 CP
A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma
empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o
territoacuterio nacional e no estrangeiro
Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o
cariz dos serviccedilos prestados
Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto
Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional
CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-
Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal
CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-
Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees
CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso
ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular
CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash
opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra
26 FERTAGUS
A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo
Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte
Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta
em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro
A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e
exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave
REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que
este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs
No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da
ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees
da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 20
de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo
e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees
Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca
de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo
Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem
Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso
entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela
Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de
estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte
Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao
fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer
Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o
automoacutevel na travessia
O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31
dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem
e 36 maior flexibilidade
O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala
de 1 a 5
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 21
Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 22
Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 23
3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 25
As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 26
Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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passageiros
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29
Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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passageiros
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32
Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33
Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
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passageiros
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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
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6Bibliografia
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27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
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httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
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15 CAMINHO PARA A UNIFORMIZACcedilAtildeO
Os comboios circulam sobre carris e essas linhas de ferro encontram-se a uma
determinada distacircncia a qual se designa por bitola Para que caso seja necessaacuterio a
circulaccedilatildeo de comboios de um dado local para outro eacute preciso que possuiacuterem o mesmo
tamanho de bitola Eacute este um trabalho de uniformizaccedilatildeo que ajuda no avanccedilo e
modernizaccedilatildeo da CP e que se aplica com as ligaccedilotildees ao estrangeiro visto se toda a
Europa possui-se a mesma distacircncia de carris ldquoqualquer comboiordquo poderia circular
nela facilitando o acesso a todas as regiotildees
Para facilitar este acesso em Portugal como na Espanha usa-se uma bitola
comum de 1668 mm chamada de bitola ibeacuterica Mas o acesso agrave Europa estaacute
dificultado pelo facto da bitola ibeacuterica apresentar um valor diferente da bitola
europeia
Figura 8 ndash Caminho de Ferro
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16 COMPETIVIDADE
O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no
seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector
dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos
comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos
clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais
despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias
rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes
Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que
se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo
nenhuma
Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional
De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias
pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente
crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte
colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas
favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio
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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL
21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS
MEIOS DE TRANSPORTE
A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a
melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio
O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees
(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe
permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-
cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido
agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees
contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias
No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de
transporte nomeadamente
Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de
passageiros
Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte
porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias
distacircncias
A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes
encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias
contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees
22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e
alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e
longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma
oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos
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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO
24 REFER
A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das
infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo
da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que
tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo
As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de
mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das
existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo
de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo
Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de
passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal
Vantagens Desvantagens
Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro
Menos poluente e consome menos recursos
Reduzido impacto ambiental
Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada
Raacutepido natildeo tem congestionamentos
Fraca sinistralidade
Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)
Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)
Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias
Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas
Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas
Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1
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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos
cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-
de-ferro entre outras
Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees
de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas
ferroviaacuterias
A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis
associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e
colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo
Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)
CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico
Geral
EIM- European Rail Infrastructure Managers
ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia
UIC - Union Internationale des Chemins de Fer
CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation
RNE - Rail Net Europe
AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes
Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional
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25 CP
A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma
empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o
territoacuterio nacional e no estrangeiro
Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o
cariz dos serviccedilos prestados
Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto
Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional
CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-
Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal
CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-
Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees
CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso
ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular
CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash
opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra
26 FERTAGUS
A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo
Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte
Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta
em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro
A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e
exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave
REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que
este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs
No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da
ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees
da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos
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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo
e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees
Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca
de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo
Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem
Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso
entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela
Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de
estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte
Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao
fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer
Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o
automoacutevel na travessia
O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31
dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem
e 36 maior flexibilidade
O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala
de 1 a 5
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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 28
Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
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passageiros
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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passageiros
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
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Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
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Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
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Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
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Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
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Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
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passageiros
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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
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passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
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passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
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passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
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passageiros
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
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passageiros
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 15
16 COMPETIVIDADE
O comboio eacute de facto um meio de transporte utilizado por muitas pessoas no
seu dia-a-dia por ser um modo seguro e econoacutemico Apesar de pertencer ao sector
dos transportes do Estado ultimamente natildeo tem havido grandes modernizaccedilotildees nos
comboios de Portugal o que tem levado a uma desistecircncia por parte de muitos
clientes que passaram a deslocar-se mais pelo sector rodoviaacuterio gerando mais
despesa agrave CP Com isto tem havido tambeacutem um maior investimento nas vias
rodoviaacuterias que proporcionam uma melhor qualidade aos utentes
Com isso a evoluccedilatildeo no transporte ferroviaacuteria ficou muito comprometida e que
se natildeo fosse o investimento na aacuterea metropolitana praticamente natildeo haveria evoluccedilatildeo
nenhuma
Tabela 1 ndash Cronologia sobre a evoluccedilatildeo da rede ferroviaacuteria nacional
De facto a prioridade dada ao desenvolvimento das infra-estruturas rodoviaacuterias
pode explicar o baixo niacutevel de equipamento do paiacutes associada a um insuficiente
crescimento do investimento em infra-estruturas e equipamentos de transporte
colectivo e um aumento significativo da populaccedilatildeo nas aacutereas metropolitanas
favoreceu o forte crescimento do traacutefego rodoviaacuterio
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 16
2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL
21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS
MEIOS DE TRANSPORTE
A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a
melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio
O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees
(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe
permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-
cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido
agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees
contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias
No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de
transporte nomeadamente
Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de
passageiros
Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte
porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias
distacircncias
A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes
encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias
contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees
22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e
alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e
longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma
oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO
24 REFER
A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das
infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo
da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que
tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo
As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de
mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das
existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo
de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo
Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de
passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal
Vantagens Desvantagens
Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro
Menos poluente e consome menos recursos
Reduzido impacto ambiental
Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada
Raacutepido natildeo tem congestionamentos
Fraca sinistralidade
Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)
Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)
Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias
Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas
Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas
Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos
cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-
de-ferro entre outras
Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees
de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas
ferroviaacuterias
A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis
associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e
colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo
Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)
CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico
Geral
EIM- European Rail Infrastructure Managers
ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia
UIC - Union Internationale des Chemins de Fer
CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation
RNE - Rail Net Europe
AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes
Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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25 CP
A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma
empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o
territoacuterio nacional e no estrangeiro
Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o
cariz dos serviccedilos prestados
Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto
Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional
CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-
Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal
CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-
Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees
CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso
ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular
CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash
opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra
26 FERTAGUS
A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo
Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte
Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta
em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro
A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e
exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave
REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que
este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs
No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da
ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees
da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo
e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees
Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca
de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo
Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem
Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso
entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela
Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de
estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte
Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao
fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer
Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o
automoacutevel na travessia
O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31
dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem
e 36 maior flexibilidade
O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala
de 1 a 5
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
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passageiros
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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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passageiros
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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passageiros
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
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passageiros
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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33
Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
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passageiros
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Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
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passageiros
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Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
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passageiros
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2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A CIRCULACcedilAtildeO FERROVIAacuteRIA DE PASSAGEIROS EM PORTUGAL
21 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO COMPARACcedilAtildeO COM OS OUTROS
MEIOS DE TRANSPORTE
A partir de meados do seacuteculo XX o desenvolvimento do transporte aeacutereo e a
melhoria das vias rodoviaacuterias contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio
O transporte ferroviaacuterio conheceu nas uacuteltimas deacutecadas sucessivas inovaccedilotildees
(electrificaccedilatildeo das redes modernizaccedilatildeo das vias sistemas de sinalizaccedilatildeo) que lhe
permitiu adquirir maior velocidade comodidade especializaccedilatildeo dos serviccedilos (vagotildees-
cisterna vagotildees-frigoriacuteficos porta-contentores) e uma diminuiccedilatildeo dos custos devido
agrave forte competiccedilatildeo com os outros modos de transporte Todas estas alteraccedilotildees
contribuiacuteram para o aumento da mobilidade de pessoas e de mercadorias
No seacuteculo XX o transporte sofreu uma forte concorrecircncia de outros meios de
transporte nomeadamente
Aeacutereo que por ser mais raacutepido a longas distacircncias conquistou o traacutefego de
passageiros
Rodoviaacuterio que por ser mais flexiacutevel nos itineraacuterios permitindo o transporte
porta-a-porta conquistou o traacutefego de passageiros e mercadorias a curtas e medias
distacircncias
A rede ferroviaacuteria portuguesa eacute extensa mas algumas linhas do interior do paiacutes
encontram-se desactivadas O despovoamento e a melhoria das vias rodoviaacuterias
contribuiacuteram para a diminuiccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do comboio em algumas regiotildees
22 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
O transporte ferroviaacuterio estaacute claramente vocacionado para ser concorrente e
alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos suburbanos regionais e
longo curso distinguindo-se do modo rodoviaacuterio colectivo e individual por ser uma
oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO
24 REFER
A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das
infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo
da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que
tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo
As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de
mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das
existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo
de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo
Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de
passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal
Vantagens Desvantagens
Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro
Menos poluente e consome menos recursos
Reduzido impacto ambiental
Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada
Raacutepido natildeo tem congestionamentos
Fraca sinistralidade
Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)
Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)
Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias
Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas
Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas
Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos
cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-
de-ferro entre outras
Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees
de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas
ferroviaacuterias
A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis
associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e
colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo
Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)
CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico
Geral
EIM- European Rail Infrastructure Managers
ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia
UIC - Union Internationale des Chemins de Fer
CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation
RNE - Rail Net Europe
AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes
Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional
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passageiros
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25 CP
A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma
empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o
territoacuterio nacional e no estrangeiro
Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o
cariz dos serviccedilos prestados
Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto
Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional
CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-
Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal
CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-
Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees
CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso
ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular
CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash
opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra
26 FERTAGUS
A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo
Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte
Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta
em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro
A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e
exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave
REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que
este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs
No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da
ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees
da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo
e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees
Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca
de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo
Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem
Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso
entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela
Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de
estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte
Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao
fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer
Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o
automoacutevel na travessia
O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31
dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem
e 36 maior flexibilidade
O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala
de 1 a 5
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passageiros
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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 22
Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
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passageiros
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
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passageiros
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
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Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
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Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
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Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40
necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
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passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
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passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
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6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
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27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
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23 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO
24 REFER
A REFER (Rede Ferroviaacuteria Nacional) eacute a empresa responsaacutevel pela gestatildeo das
infra-estruturas e tem realizado grandes investimentos de expansatildeo e modernizaccedilatildeo
da Rede Ferroviaacuteria Nacional acrescentando profundas alteraccedilotildees tecnoloacutegicas que
tem resultado na melhoria das acessibilidades e das condiccedilotildees de circulaccedilatildeo
As intervenccedilotildees principalmente destinadas a melhorar as condiccedilotildees de
mobilidade criando novas ligaccedilotildees ou reduzindo os tempos de percurso das
existentes garantem condiccedilotildees acrescidas de seguranccedila e de qualidade da prestaccedilatildeo
de serviccedilos reduzindo tambeacutem os custos de exploraccedilatildeo e de manutenccedilatildeo
Tambeacutem interveacutem na construccedilatildeo e renovaccedilatildeo integral de via supressatildeo de
passagens de niacutevel e os correspondentes restabelecimentos vedaccedilatildeo do canal
Vantagens Desvantagens
Meio de transporte regular confortaacutevel e seguro
Menos poluente e consome menos recursos
Reduzido impacto ambiental
Pequeno consumo de energia por cada unidade transportada
Raacutepido natildeo tem congestionamentos
Fraca sinistralidade
Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)
Permite viagens raacutepidas (comboio de alta velocidade)
Fraca flexibilidade ndash Limitaccedilotildees da rede itineraacuterios fixos implicando o transbordo de passageiros e mercadorias
Os elevados investimentos na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo das linhas-feacuterreas Este facto tambeacutem explica que sejam os paiacuteses desenvolvidos os que tecircm maior densidade de vias-feacuterreas
Elevados investimentos na manutenccedilatildeo e construccedilatildeo dos equipamentos e de infra-estruturas
Natildeo ser capaz de subir inclinaccedilotildees de terreno superiores a 1
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ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos
cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-
de-ferro entre outras
Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees
de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas
ferroviaacuterias
A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis
associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e
colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo
Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)
CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico
Geral
EIM- European Rail Infrastructure Managers
ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia
UIC - Union Internationale des Chemins de Fer
CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation
RNE - Rail Net Europe
AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes
Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional
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25 CP
A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma
empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o
territoacuterio nacional e no estrangeiro
Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o
cariz dos serviccedilos prestados
Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto
Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional
CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-
Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal
CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-
Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees
CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso
ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular
CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash
opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra
26 FERTAGUS
A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo
Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte
Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta
em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro
A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e
exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave
REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que
este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs
No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da
ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees
da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos
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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo
e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees
Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca
de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo
Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem
Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso
entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela
Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de
estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte
Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao
fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer
Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o
automoacutevel na travessia
O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31
dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem
e 36 maior flexibilidade
O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala
de 1 a 5
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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32
Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33
Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45
Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47
5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
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httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
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10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 18
ferroviaacuterio construccedilatildeo de novas estaccedilotildees ou a introduccedilatildeo de novos equipamentos nos
cais de passageiros e de sistemas de videovigilacircncia novas acessibilidades ao caminho-
de-ferro entre outras
Eacute de salientar que nos uacuteltimos dez anos a REFER investiu cerca de 5 mil milhotildees
de euros neste tipo de investimentos de modernizaccedilatildeo das infra-estruturas
ferroviaacuterias
A REFER eacute membro de pleno direito e participa nos trabalhos de seis
associaccedilotildees internacionais do sector ferroviaacuterio ndash EIM RNE CEN CEEP AEVV UIC ndash e
colabora tambeacutem em actividades de dois oacutergatildeos da Uniatildeo Europeia ndash Comissatildeo
Europeia e Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia (ERA)
CEEP - Centro Europeu das Empresas Puacuteblicas e ou de Interesse Econoacutemico
Geral
EIM- European Rail Infrastructure Managers
ERA - Agecircncia Ferroviaacuteria Europeia
UIC - Union Internationale des Chemins de Fer
CEN- Comiteacute Europeacuteen de Normalisation
RNE - Rail Net Europe
AEVV - Association Europeacuteenne des Voies Vertes
Figura 9 ndash Perspectiva de uma linha ferroviaacuteria nacional
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passageiros
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25 CP
A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma
empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o
territoacuterio nacional e no estrangeiro
Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o
cariz dos serviccedilos prestados
Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto
Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional
CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-
Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal
CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-
Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees
CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso
ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular
CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash
opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra
26 FERTAGUS
A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo
Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte
Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta
em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro
A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e
exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave
REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que
este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs
No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da
ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees
da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo
e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees
Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca
de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo
Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem
Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso
entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela
Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de
estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte
Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao
fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer
Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o
automoacutevel na travessia
O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31
dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem
e 36 maior flexibilidade
O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala
de 1 a 5
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passageiros
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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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passageiros
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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passageiros
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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passageiros
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
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passageiros
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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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passageiros
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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
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passageiros
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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40
necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
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passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
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passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
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passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
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6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
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27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
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25 CP
A CP ndash Comboios de Portugal EPE (Entidade Puacuteblica Empresarial) Eacute uma
empresa operadora de transporte ferroviaacuterio de passageiros que actua em todo o
territoacuterio nacional e no estrangeiro
Encontra-se actualmente dividida em Unidades de Negoacutecio de acordo com o
cariz dos serviccedilos prestados
Serviccedilos Urbanos ndash CP Lisboa CP Porto
Serviccedilos de Longo Curso ndash CP Longo Curso e CP Regional
CP Lisboa Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Lisboa-
Azambuja Lisboa-Cascais Lisboa-Sintra e Barreiro-Setuacutebal
CP Porto Prestadora dos serviccedilos urbanos de passageiros nos eixos Porto-
Aveiro Porto-Braga Porto-Guimaratildees Porto-Marco e Porto-Leixotildees
CP Longo Curso Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso
ndash opera os serviccedilos Internacional Intercidades e Alfa Pendular
CP Regional Prestadora dos serviccedilos de passageiros de meacutedio e longo curso ndash
opera os serviccedilos Regional Inter-regional e Urbanos de Coimbra
26 FERTAGUS
A empresa do Grupo Barraqueiro eacute a responsaacutevel pela exploraccedilatildeo do Eixo
Ferroviaacuterio NorteSul tendo-lhe sido atribuiacuteda a concessatildeo para o Transporte
Suburbano de Passageiros tendo por base os criteacuterios de qualidade da sua proposta
em questotildees da intermodalidade tempos de percurso tarifaacuterio e modelo financeiro
A FERTAGUS eacute por isso o primeiro operador privado responsaacutevel pela gestatildeo e
exploraccedilatildeo comercial de uma linha ferroviaacuteria em Portugal mediante o pagamento agrave
REFER de uma taxa pela utilizaccedilatildeo das infra-estruturas Foi entatildeo a primeira vez que
este mecanismo foi introduzido no sistema ferroviaacuterio portuguecircs
No acircmbito do contrato de concessatildeo a empresa assegura a exploraccedilatildeo da
ligaccedilatildeo ferroviaacuteria a seguranccedila manutenccedilatildeo dos comboios e de algumas das estaccedilotildees
da Margem Sul (do Pragal a Penalva) sendo tambeacutem responsaacutevel pela venda de tiacutetulos
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de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo
e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees
Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca
de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo
Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem
Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso
entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela
Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de
estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte
Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao
fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer
Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o
automoacutevel na travessia
O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31
dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem
e 36 maior flexibilidade
O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala
de 1 a 5
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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
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passageiros
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Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40
necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47
5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
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inveno-da-mquina-vaporhtml
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vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 20
de transporte de Eixo Ferroviaacuterio NorteSul assim como pelo recrutamento formaccedilatildeo
e gestatildeo de toda a equipa que opera nos comboios e nas estaccedilotildees
Actualmente a FERTAGUS serve 14 estaccedilotildees numa extensatildeo de linha com cerca
de 54 km Dez na Margem Sul Setuacutebal Palmela Venda do Alcaide Pinhal Novo
Penalva Coina Fogueteiro Foros de Amora Corroios e Pragal e quatro na Margem
Norte Campolide Sete Rios Entrecampos e Roma-Areeiro O tempo total de percurso
entre Setuacutebal e Roma-Areeiro eacute de 57 minutos As estaccedilotildees do Sul geridas pela
Fertagus estatildeo dotadas de um elevado nuacutemero de espaccedilos comerciais parques de
estacionamento e ainda ligaccedilotildees a outros meios de transporte
Hoje a FERTAGUS eacute responsaacutevel por cerca de 85 mil deslocaccedilotildees diaacuterias e ao
fim de 10 anos de operaccedilatildeo continua a crescer
Cerca de 25 dos clientes que hoje viajam no comboio utilizavam no passado o
automoacutevel na travessia
O contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadatildeos eacute inegaacutevel 31
dos clientes consideram hoje que tecircm mais tempo livre 40 menos stress na viagem
e 36 maior flexibilidade
O Iacutendice Global de Satisfaccedilatildeo dos clientes da Fertagus atinge 45 numa escala
de 1 a 5
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
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passageiros
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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 23
3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 24
Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
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passageiros
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 28
Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29
Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 30
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 31
Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33
Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40
necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
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passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
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passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
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10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
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passageiros
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Figura 10 ndash Estaccedilatildeo ferroviaacuteria Tabela 2 - Evoluccedilatildeo do nuacutemero de passageiros transportados (milhatildeo de passageiros por km)
Componentes 2005 2006 2007 2008 2009(1ordm
semestre) Total
CP Lisboa 1271 1308 1318 1297 626 5820
Fertagus 340 362 378 391 198 1669
CP Porto 446 500 530 577 300 2353
CP Longo curso 1093 1102 1256 1372 641 5464
CP Regional 602 604 574 569 275 2624
Total 3752 3876 4056 4206 2040 17930
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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
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passageiros
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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
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Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
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Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
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passageiros
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Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
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passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
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passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
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passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
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passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
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passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
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Figura 11 ndash Linhas e ramais com traacutefego ferroviaacuterio
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passageiros
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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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passageiros
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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passageiros
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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passageiros
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32
Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33
Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
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passageiros
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Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
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passageiros
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Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
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passageiros
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Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
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passageiros
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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
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passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
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passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
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passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
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passageiros
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
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passageiros
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
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27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
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httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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3 OS DIFERENTES TIPOS DE COMBOIOS DE PASSAGEIROS EM
PORTUGAL
31 TIPOS DE COMBOIOS
311 LOCOMOTIVAS
Tal como jaacute foi mencionado anteriormente a primeira viagem de comboio em
Portugal ocorreu a 26 de Outubro de 1956 entre Lisboa e Carregado Esta mesma foi
efectuada por um comboio constituiacutedo por uma locomotiva mais precisamente por
uma locomotiva a vapor e por carruagens de passageiros Para aleacutem da locomotiva a
vapor existem ainda outros tipos como a locomotiva a diesel entre outros que seratildeo
seguidamente apresentados
As locomotivas satildeo veiacuteculos ferroviaacuterios que fornecem energia necessaacuteria para
colocar os comboios em movimento e que natildeo tecircm capacidade proacutepria de transporte
de passageiros Estas geralmente encontram-se isoladas do resto do comboio por
diversas razotildees Para
Maior facilidade de manutenccedilatildeo de um soacute veiacuteculo
Manter a fonte de energia afastada dos passageiros em caso de perigo
Em situaccedilatildeo de avaria soacute seraacute necessaacuterio substituir a locomotiva e natildeo o
comboio todo
Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam antigas natildeo
seraacute necessaacuterio mudar todos os elementos do comboio
Figura 12 ndash Locomotiva a vapor
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 28
Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29
Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 30
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 31
Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32
Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33
Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
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passageiros
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Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
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passageiros
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Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
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passageiros
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Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
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passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
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passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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6Bibliografia
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27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 24
Locomotivas a vapor
A locomotiva a vapor funciona por meio de um motor a vapor sendo este
composto por trecircs partes importantes a caldeira que produz o vapor atraveacutes da
energia que obteacutem da queima da lenha e do carvatildeo mineral a maacutequina teacutermica que
transforma a energia do vapor em trabalho mecacircnico e a carroccedilaria que transporta a
construccedilatildeo A locomotiva conteacutem ainda outra unidade a carruagem que transporta o
combustiacutevel e a aacutegua necessaacuterios para abastecer a maacutequina
Figura 13 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva
As primeiras locomotivas a vapor que surgiram em Portugal construiacutedas pela
empresa inglesa Beyer Peacock e destinadas agrave Companhia Real designavam-se por
locomotivas ldquoCompoundrdquo
Figura 14 - Locomotiva a vapor nordm 9 fabricada por Beyer amp Peacock em 1875
Figura 15 - Locomotiva a vapor nordm 2049 (Andorinha) 1857
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 27
Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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passageiros
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 30
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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passageiros
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
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passageiros
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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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passageiros
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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
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passageiros
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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40
necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43
optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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As locomotivas vindas da empresa alematilde Henshel amp Sohn tinham como fim
reduzir as exaustivas 7 horas de viagem entre Porto ndash Lisboa para 5 horas e meia Estas
eram locomotivas mais potentes que atingiam 120 kmh
Figura 16 - Locomotiva a vapor nordm 801 fabricada por Henschel amp Sohn em 1930
Mais tarde surgem na CP as locomotivas a vapor ldquoPacificrdquo que sendo mais
pesadas tornaram a viagem mais confortaacutevel
Figura 17 ndash Locomotiva a vapor ldquoPacificrdquo
Locomotivas a diesel
As locomotivas a diesel que utilizam motor de combustatildeo interna diferem
entre si existindo locomotivas a diesel-mecacircnicas locomotivas a deisel-eleacutectricas e
locomotivas a diesel-hidraacuteulicas A diferenccedila entre elas eacute forma de como a energia eacute
transmitida do motor agraves rodas
Locomotivas diesel ndash mecacircnicas Foram as primeiras a surgir contudo rapidamente
foram substituiacutedas por possuiacuterem um fraco poder de tracccedilatildeo pois apresentavam
problemas no momento da troca na caixa de velocidades que natildeo suportava o
elevadiacutessimo atrito entre os dentes das engrenagens e se partiam ou se desgastavam
facilmente
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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passageiros
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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passageiros
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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
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Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
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passageiros
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Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
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passageiros
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Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
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passageiros
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Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
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passageiros
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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
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passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
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passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
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passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
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passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
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passageiros
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
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6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
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Locomotivas diesel ndash eleacutectricas Neste tipo de locomotivas o motor principal a diesel
acciona o gerador eleacutectrico que iraacute transferir a potecircncia para os motores de tracccedilatildeo
Satildeo geralmente conceituadas como hiacutebridas contudo o motor eleacutectrico e o gerador
formam um sistema de transmissatildeo de potecircncia e natildeo uma fonte da mesma
As locomotivas diesel eleacutectricas evitam as dificuldades geradas pelas limitaccedilotildees
do motor teacutermico assim como o uso de um sistema complicado de transferecircncia de
potecircncia do motor para as rodas Outra das vantagens do motor diesel eacute que trabalha
com velocidades menores e com menos variaccedilatildeo numa condiccedilatildeo optimizada de
funcionamento privilegiando o consumo de combustiacutevel e sua durabilidade
Figura 18 - Locomotiva diesel-eleacutectrica Alco RSC-2 de 1948 que circulou 50 anos no
nosso paiacutes
Figura 19 - Locomotiva montada na faacutebrica da Sorefame da Amadora entre os anos
1972 e 1977
Figura 20 ndash Constituiccedilatildeo de uma locomotiva a diesel
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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passageiros
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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
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Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
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Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
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Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
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passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
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passageiros
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
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27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
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httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
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10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
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Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Locomotivas diesel - hidraacuteulicas Ao contraacuterio do que acontecia nas locomotivas
diesel-eleacutectricas nas diesel-hidraacuteulicas a potecircncia eacute enviada do motor para as rodas
em forma de transmissatildeo hidraacuteulica Este tipo de locomotivas eacute significativamente
mais eficiente do que as diesel-eleacutectricas contudo devido agrave sua mecacircnica ser mais
complicada e estarem mais frequentemente sujeitas a quebras natildeo satildeo as locomotivas
mais procuradas
Duas grandes vantagens que as locomotivas diesel-hidraacuteulicas apresentam
comparativamente agraves diesel-eleacutectricas satildeo serem mais leves para a mesma potecircncia e
terem maior adesatildeo o que significa maior esforccedilo de tracccedilatildeo em baixas velocidades e
no arranque com o mesmo peso aderente
Hoje em dia ainda circulam algumas locomotivas a diesel pelas linhas
ferroviaacuterias de Portugal Sendo estas abaixo mencionadas
Seacuterie 1100 (1151-1186)
Unidades Operacionais 16
Ano de entrada em serviccedilo 1966-1967
Velocidade maacutexima (kmh) 58
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 1400 (1401-1467)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada em serviccedilo 1967 ndash 1969
Velocidade maacutexima (Kmh) 105
Tipo de Transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1500 (1551 ndash 1570)
Unidades Operacionais 18
Ano de entrada em serviccedilo 1973
Velocidade maacutexima (kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
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passageiros
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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passageiros
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32
Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33
Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Seacuterie 1900 (1901 ndash 1913)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada em serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 100
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1931 ndash 1947)
Unidades Operacionais 6
Ano de entrada ao serviccedilo 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Seacuterie 1900 (1961 ndash 1973)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao serviccedilo 1979
Velocidade maacutexima (Kmh) 120
Tipo de transmissatildeo eleacutectrica
Locomotivas Eleacutectricas
As locomotivas eleacutectricas ao contraacuterio das locomotivas a diesel dependem de
uma rede de distribuiccedilatildeo de energia natildeo tem capacidade de produzir a sua proacutepria
energia Satildeo alimentadas por uma usina central que se pode localizar a quiloacutemetros de
distacircncia ou entatildeo por um terceiro carril Por essa razatildeo eacute que a locomotiva eleacutectrica
necessita de fios eleacutectricos especiais para obter energia Essa energia chega ateacute agrave
locomotiva atraveacutes da catenaacuteria um fio suspenso
As usinas centrais para produzirem a energia que fornecem agraves locomotivas
podem utilizar carvatildeo gaacutes oacuteleo energia hidraacuteulica ou energia atoacutemica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 30
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 31
Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32
Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33
Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40
necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41
mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47
5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 29
Enquanto as locomotivas a diesel ficam muito restritas agrave energia que auto produzem
as locomotivas eleacutectrica recebem grandes quantidades de energia das usinas centrais
As locomotivas eleacutectricas satildeo mais potentes tecircm partidas instantacircneas capacidade de
deslocar composiccedilotildees pesadas sem diminuiccedilatildeo de velocidade e sem ruiacutedo sonoro natildeo
produzem fumaccedila nem libertam gases de exaustatildeo
As eleacutectricas satildeo adequadas para comboios de passageiros de alta velocidade
por possuiacuterem mais potencia por unidade que as locomotivas a diesel
Frota actual de Locomotivas Eleacutectricas
Seacuterie 2500 (2501-2515)
Unidades Operacionais 11
Ano de entrada ao Serviccedilo 1956-1957
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 5600 (5601-5630)
Unidades Operacionais 29
Ano de entrada ao Serviccedilo 1993
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4700 (4701-4725)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 2009
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2500 (2551-2570)
Unidades Operacionais 13
Ano de entrada ao Serviccedilo 1963-1964
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 30
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 31
Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32
Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33
Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40
necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2602-2612)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1974
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 2600 (2621-2629)
Unidades Operacionais 9
Ano de entrada ao Serviccedilo 1987
Velocidade Maacutexima (Kmh) 160
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Toda esta informaccedilatildeo podemos constatar em wwwcppt
312 AUTOMOTORAS
As automotoras satildeo um conjunto de unidades de material rodante em que
pelo menos uma dessas unidades eacute que tem capacidade de se mover pelos seus
proacuteprios meios geralmente estas unidades natildeo se separam circulam sempre juntas A
principal funccedilatildeo das automotoras eacute transportar passageiros em carreira regular
As primeiras automotoras que surgiram eram a vapor as ldquoBorsigrdquo as Purey Contudo
estas unidades apresentavam muitas falhas pelo que foram retiradas dos caminhos-de-
ferro portugueses E soacute mais tarde eacute que voltaram a ser novamente introduzidas em
circulaccedilatildeo com as ceacutelebres ldquoNohab
Automotoras Borsig Eram automotoras de vapor que dispunham de um
interior subdividido em 2ordf e 3ordf classes e furgatildeo com capacidade de 60 pessoas Faziam
maioritariamente a ligaccedilatildeo Barreiro-Seixal-Barreiro
Figura 21 ndash Automotora Borsig
Construtor ABorsig
Ano de Construccedilatildeo 1906
Ano de retirada ao serviccedilo 1942
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 32
Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33
Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
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passageiros
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Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40
necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
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passageiros
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Automotoras ME 51 a 53 Automotoras raacutepidas coacutemodas e luxuosas que
possuiacuteam motor Chevrolet a gasolina
Construtor CP (Oficinas de Sernada)
Ano de Construccedilatildeo 1941-1947
Velocidade maacutexima (Kmh) 89
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo Cardan de 4 velocidades + marcha a reacute
Combustiacutevel gasolina Figura 22 ndash Automotora ME 51 a 53
Automotoras M 1 a 7
Construtor CP (Ofinas de St Poloacutenia)
Ano de Construccedilatildeo 1943-1948
Velocidade Maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 1 motor Chevrolet 3500 cm3
Potecircncia 90 cavalos
Transmissatildeo mecacircnica de 4 velocidades Figura 23 ndash Automotora M 1 a 7
+ marcha a reacute
Combustiacutevel Gasolina
Automotoras Nohab Operaram nas linhas do Alentejo e Eacutevora Entrocamento ndash
Marvatildeo ndash Beira Badajoz ndash Abrantes e litoral Algarvio
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada ao serviccedilo 2007
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo 2 motores SaabScania D11 O1 A11
Potencia 252 cavalos Figura 24 ndash Automotora Nohab
Transmissatildeo Hidraacuteulica
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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
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passageiros
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Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
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passageiros
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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
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passageiros
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Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
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passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40
necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41
mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42
323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43
optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45
Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47
5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Automotoras Nohab 050 Construiacutedas com o objectivo de operar nas linhas de pouca
procura mais propriamente nas Linhas do Alentejo
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1948
Ano de retirada 1981
Velocidade maacutexima (Kmh) 80
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania Vabis
Potecircncia 219 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 25 ndash Automotoras Nohab 050
Automotoras Nohab 9100 Responsaacuteveis pela Linha do Tacircmega
Construtor Nohab
Ano de Construccedilatildeo 1949
Ano de retirada ao serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70
Motorizaccedilatildeo 2 motores Scania-Vabis D-802
Potecircncia 120 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica Figura 26 ndash Automotora Nohab 9100
Automotoras ldquoFogueterdquo 0500 As automotoras que funcionavam a diesel com classe
uacutenica e bar no reboque intermeacutedio foram as primeiras em Portugal a possuir ar
condicionado As mesmas tinham a capacidade de fazer a ligaccedilatildeo Porto ndash Lisboa num
tempo record de 4 horas e 20 minutos
Construtor FIAT ferroviaacuterio
Ano de Construccedilatildeo 1953
Ano de retirada ao Serviccedilo 1988 1989
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33
Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
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passageiros
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Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40
necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
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passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
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passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45
Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47
5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 33
Motorizaccedilatildeo 2 motores OM SBD a 4 tempos injecccedilatildeo directa
Potecircncia 480 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica
Automotoras Allan 0300 Automotora a diesel que circulou nas Linhas do Oeste tal
como na Linha da Beira Baixa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954 1955
Ano de retirada ao Serviccedilo 1999 2003
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Motorizaccedilatildeo diesel 2 motores Poyaud C6150T
Motorizaccedilatildeo Eleacutectrica 4 motores Smit GT3027
Potecircncia do grupo gerador 440 cavalos
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 341 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras Allan 9300 Comparativamente agraves automotoras allan 0300 estas tem
menos potecircncia assim como menor velocidade maacutexima Circulava pelas Linhas do Tua
Datildeo Vouga e algumas vezes pela Linha da Poacutevoa
Construtor NV Allan
Ano de Construccedilatildeo 1954
Ano de retirada ao Serviccedilo 20012002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 70 Kmh
Motorizaccedilatildeo diesel Volvo
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 4 motores Smit GT3027 S
Potecircncia do grupo tracccedilatildeo 284 cavalos Figura 27 ndash Automotora Allan 9300
Transmissatildeo Eleacutectrica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47
5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 34
Automotora UDD (Unidade Dupla a Diesel) 0400 Consideradas automotoras de luxo
tinham 1ordf e 2ordf classes serviccedilo de bar e um pequeno furgatildeo para transporte de
bagagens Operaram na ligaccedilatildeo Porto ndash Vigo e Porto ndash Madrid Mais tarde foram
colocadas ao serviccedilo das Linhas do Minho e Linhas do Douro
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1965
Ano de retirada ao Serviccedilo 19992001
Velocidade Maacutexima (Kmh) 110
Motorizaccedilatildeo 2 motores Roll-Royce C 8 TFLM-MK IV
Turbo Figura 28 ndash Automotora UDD 0400
Potecircncia Total 510 cavalos
Transmissatildeo Hidraacuteulica
Automotoras UDD 9600 Criaccedilatildeo do designer Jacques Cooper em serviccedilo nas ligaccedilotildees
Porto-Poacutevoa Poacutevoa-Famalicatildeo e Porto-Fafe
Construtor Alsthom
Ano de construccedilatildeo 19761977
Ano de retirada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo a diesel 1 motor SFAC SDHR1
Motorizaccedilatildeo eleacutectrica 2 motores Alsthom TA 671 Figura 29 ndash Automotora UDD 9600
Potecircncia do grupo gerador 550 cavalos
Potecircncia do grupo Tracccedilatildeo 383 cavalos
Transmissatildeo Eleacutectrica
Automotoras UQD (Unidades quadruplas a diesel) 9700 Estas eram automotoras com
inuacutemeros problemas desde motores de baixa qualidade maacute transferecircncia mecacircnica
sistema de portas que abria para o exterior causando por vezes ferimentos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40
necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41
mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42
323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43
optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44
Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45
Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47
5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 35
Construtor Duro Dakovic
Ano de construccedilatildeo 1963 a 1969
Ano de entrada ao Serviccedilo na CP 1980
Velocidade Maacutexima (Kmh) 60
Motorizaccedilatildeo 4 motores FIAT 221 HO 710
Potecircncia 185 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 5 velocidades
Automotoras Ferrobus 0750 Foram automotoras que tiveram um curto prazo de
circulaccedilatildeo nos CP e que sofriam do mesmo problema que as Nohab instabilidade em
andamento Colocadas ao serviccedilo de Ramal de Lousatilde de Alfarelos e no troccedilo da Linha
da Beira Alta entre as estaccedilotildees da Figueira da Foz e Pampilhosa
Construtor Waggon fabrik Uerdingen
Ano de construccedilatildeo 19661969
Ano de entrada ao Serviccedilo da CP 197980
Ano de retirada ao Serviccedilo 198990
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 2 motores PEGASO 9034 Figura 30 ndash Automotora Ferrobus 0750
Potecircncia 165 cavalos por motor
Transmissatildeo Mecacircnica de 6 velocidades
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 20005080
Construtor Sorefame
Anos de construccedilatildeo 1952 19621966
Ano de retirada ao Serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 90
Motorizaccedilatildeo 4 motores SiemensAEGOerlikon OSA750
Potecircncia 1800 cavalos Figura 31 ndash Automotora UTE
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40
necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41
mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42
323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43
optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47
5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 36
Automotoras UTE (Unidades triplas eleacutectricas) 2100 2150 2200
Construtor Sorefame
Ano de construccedilatildeo 1970 (2100) 1977 (2150) 1984 (2200)
Ano de retirada ao serviccedilo 2005
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Motorizaccedilatildeo 4 motores Siemens AEG MG400
Potecircncia 2360 cavalos
Frota actual de automotoras a diesel Apesar de serem o menor nuacutemero de unidades
ainda em serviccedilo desempenham um grande papel no quotidiano da populaccedilatildeo
Circulam nas vias natildeo electrificadas fazendo ligaccedilotildees internacionais
Seacuterie 0300 (0351-0371)
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0300 (0301 VIP)
Unidades Operacionais 1
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 0451-0469
Unidades Operacionais 19
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40
necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41
mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42
323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43
optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44
Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45
Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47
5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 37
Seacuterie 0100 (0101-0115)
Unidades Operacionais 4
Ano de entrada ao Serviccedilo 1980
Velocidade Maacutexima (kmh) 100
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash Hidraacuteulica
Seacuterie 0600 (0601-0640 e 0651-0662)
Unidades Operacionais 25
Ano de entrada ao Serviccedilo 1979 e
1989
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Hidraacuteulica
Seacuterie 9600 (9601-9637)
Unidades Operacionais 7
Ano de entrada ao Serviccedilo 1991
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 9500 (9501-9509)
Unidades Operacionais 5
Ano de entrada ao Serviccedilo 2000
Velocidade Maacutexima (kmh) 84
Tipo de Transmissatildeo Mecacircnico ndash
Hidraacuteulica
Frota actual de automotoras eleacutectricas Ao contraacuterio das automotoras a diesel as
eleacutectricas persistem em grande nuacutemero pelo pais a efectuar o serviccedilo de Alta
Velocidade ou Regional assim como Urbanos e Inter-regionais
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40
necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41
mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42
323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43
optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44
Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45
Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47
5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 38
Seacuterie 2400 (2401-2414 e 2451-2664)
Unidades Operacionais 14
Ano de entrada ao Serviccedilo 1997
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 3100 (3151-3163 3255 e 3261-3263)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
Seacuterie 3200 (3251-3271)
Unidades Operacionais 17
Ano de entrada ao Serviccedilo 1998
Velocidade Maacutexima (kmh) 90
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 2200 (2241- 2297)
Unidades Operacionais 57
Ano de entrada ao Serviccedilo 2004-2005
Velocidade Maacutexima (kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Seacuterie 3400 (3401-3434 e 3451- 3484)
Unidades Operacionais 34
Ano de entrada ao Serviccedilo 2002
Velocidade Maacutexima (kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica
assiacutencrona
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40
necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41
mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42
323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43
optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44
Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45
Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47
5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 39
Seacuterie 3500 (3519-3530 e 3569-3580)
Unidades Operacionais 12
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 140
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 2300 (2301-2342 e 2351-2392)
Unidades Operacionais 39
Ano de entrada ao Serviccedilo 1992
Velocidade Maacutexima (Kmh) 120
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Seacuterie 4000 (4001-4010 e 4051-4060)
Unidades Operacionais 10
Ano de entrada ao Serviccedilo 1999
Velocidade Maacutexima (Kmh) 220
Tipo de Transmissatildeo Eleacutectrica assiacutencrona
Toda a informaccedilatildeo estaacute disponiacutevel em
wwwcppt
32 TIPOS DE SERVICcedilO
Hoje em dia satildeo inuacutemeros os serviccedilos que a cp coloca agrave disposiccedilatildeo dos
passageiros facilitando-lhe as deslocaccedilotildees dentro das grandes cidades ou mesmo
entre diferentes regiotildees e paiacuteses Para cada um desses serviccedilos adequam-se diferentes
tipos de comboio cada um com as suas proacuteprias caracteriacutesticas
Urbanos
Este serviccedilo encontra-se agrave disposiccedilatildeo em Lisboa e no Porto e eacute essencial para
melhorar a qualidade de vida nestas aacutereas urbanas pois reduz o traacutefego rodoviaacuterio
assim como a libertaccedilatildeo de gases para o meio ambiente Pensando sempre nas
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40
necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41
mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42
323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43
optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44
Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45
Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47
5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 40
necessidades quotidianas da populaccedilatildeo este serviccedilo eacute reforccedilado nas horas de ponta
Assim como oferece agrave populaccedilatildeo nas diferentes estaccedilotildees outros tipos de serviccedilos
como por exemplo cafeacutes espaccedilos comerciais ateacute mesmo acesso a outros meios de
comunicaccedilatildeo Cada uma destas duas cidades tem diferentes linhas dependendo do
local de origem e do destino
Figura 32 - Mapa das linhas dos comboios Urbanos de Lisboa Figura 33 - Mapa das linhas dos
comboios Urbanos do Porto
Figura 34 - Comboio Urbano de Lisboa Figura 35 - Comboio Urbano do Porto
321 ALFA PENDULAR
Este serviccedilo oferece uma viagem confortaacutevel ideal para descansar ou ateacute
mesmo trabalhar Nestes comboios podemos dispor de Classes de Conforto e Turistica
cada uma com os seus serviccedilos especiacuteficos mini-bar canais de aacuteudio e viacutedeo
fraldaacuterios e WCs Os comboios disponiacuteveis para este tipo de serviccedilo estatildeo equipados
de forma a proporcionar uma viagem igualmente agradaacutevel para pessoas de
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41
mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42
323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43
optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44
Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45
Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47
5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 41
mobilidade reduzida Para tal conteacutem elevadores de acesso para cadeira de rodas dois
lugares reservados e uma instalaccedilatildeo sanitaacuteria adequada
O Alfa Pendular utiliza comboios Pendolino fabricados pela empresa Fiat
Ferroviaacuteria
Figura 36 ndash Comboio Alfa Pendular Figura 37 - Ligaccedilotildees do Alfa Pendular
322 INTERCIDADES
Oferece serviccedilo de bar e cafetaria WC e ambiente climatizado tornando cada
vez mais as viagens entre as principais cidades com mais qualidade
Figura 38 - Ligaccedilotildees Intercidades Figura 39 - Comboio do serviccedilo Intercidades
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42
323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43
optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44
Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45
Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47
5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 42
323REGIONAL
Figura 40 - Ligaccedilotildees Regionais Figura 41 - Comboio dos Serviccedilos Regionais
324 INTERNACIONAL
- Sud Expresso Parte de Lisboa-Stordf Poloacutenia com chegada a Handley no dia
seguinte Dispotildee de diversas condiccedilotildees
Lugar sentado na 2ordf classe
Nas carruagens cama
Gran Classe Single ou Duplo Com compartimento para uma ou duas pessoas
com casa de banho telefone interno e chave magneacutetica
Cama Preferente Single ou Duplo Compartimento para uma ou duas pessoas
com lavatoacuterios artigos higieacutenicos e telefone interno
Cama Turista Compartimento para quatro pessoas do mesmo sexo com
lavatoacuterio e artigos higieacutenicos
Restaurante
BarCafetaria
Figura 42 - Comboio Sud-Express Figura 43 - Ligaccedilotildees Sud-Expresso
-Lusitacircnia Comboio Hotel Tal como o Sud Expresso parte de Lisboa-Stordf
Apoloacutenia com destino a terras espanholas durante a noite Os passageiros podem
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43
optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44
Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45
Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47
5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 43
optar pela 1ordf ou pela 2ordf classe Para aleacutem de oferecer exactamente as mesmas
condiccedilotildees que o Sud-Express disponibiliza ainda uma sala Club na estaccedilatildeo de
Chamartin
Figura 44 - Percurso do Lusitacircnia Comboio Hotel
Figura 45 - Lusitacircnia Comboio Hotel
325METRO
Em 1959 surge em Lisboa um novo sistema de transporte ferroviaacuterio o metro
um meio de transporte suburbano que veio facilitar a mobilidade nesta cidade
reduzindo o traacutefego rodoviaacuterio O metro com a sua rede e estaccedilotildees disseminadas em
pontos estrateacutegicos pretendia resolver os problemas de estacionamento assim como
o tracircnsito nas zonas densamente povoadas
Com este meio de transporte a populaccedilatildeo pode usufruir das seguintes
vantagens
Impacto no desenvolvimento da economia
Impacto no modo de vida da populaccedilatildeo
Facilidade na mobilidade de um grande fluxo de pessoas
Rapidez de mobilidade de um grande nuacutemero de pessoas
Dinamizaccedilatildeo do desenvolvimento tecnoloacutegico
Modernizaccedilatildeo do paiacutes
Dinamizaccedilatildeo do comeacutercio nacional
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44
Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45
Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47
5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 44
Desenvolvimento dos serviccedilos
Desenvolvimento do turismo
Coesatildeo social e territorial do paiacutes
Actualmente no metro de Lisboa podemos usufruir das seguintes linhas
Figura 46 ndash Linhas do metro de Lisboa
Mais tarde foi construiacutedo o metro do Porto o qual usufrui dos seguintes
veiacuteculos
- Eurotram Veiacuteculo fabricado pela Bombardier atinge a velocidade maacutexima de
80 kmh e tem capacidade de transportar 80 passageiros sentados Dispotildee de portas
automaacuteticas para possibilitar mais rapidez e seguranccedila Cada veiacuteculo estaacute equipado
com ar condicionado sistema de som assim como indicadores do destino e da
estaccedilatildeo
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45
Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47
5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 45
Figura 47 - Metro do Porto
- Flexity Swift Este veiacuteculo tambeacutem fabricado pela empresa Bombardier entrou
em circulaccedilatildeo no ano de 2009 Satildeo mais confortaacuteveis e apresentam melhores
condiccedilotildees de transporte Atingem a velocidade maacutexima de 100 Kmh Apresentam as
mesmas caracteriacutesticas que o veiacuteculos eurotram permitindo ainda o transporte de
bicicletas
Figura 48 ndash Linhas do metro do Porto
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 46
4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 47
5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
Faculdade de Engenharia ndash Universidade do Porto Paacutegina 48
6Bibliografia
CP 27 de Setembro de 2010 wwwcppt
27 de Setembro de 2010 httpdnsapoptiniciointerioraspxcontent_id=644929
27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
vapor-pelo-dourohtml
10 de Outubro de 2010 httpvalores-beira-altablogssapopt10323html
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4 Comboio Histoacuterico
Actualmente durante alguns meses por ano (Junho - Agosto) a CP coloca em
funcionamento um exemplar de uma locomotiva a vapor tambeacutem denominada
ldquoComboio Histoacutericordquo com fins meramente turiacutesticos e que realiza uma viagem entre as
estaccedilotildees da Reacutegua e Tua Satildeo 30 km de percurso que demoram cerca de 2h30 a
percorrer e que permitem aos passageiros admirar as magniacuteficas paisagens do Douro
e observar bem de perto o modo de funcionamento da maacutequina
A maacutequina queima cerca de 2500 quilos de carvatildeo e 3000 litros de aacutegua no
percurso de ida e volta tendo necessidade de parar pelo caminho para abastecer o
depoacutesito de aacutegua e lubrificar os mecanismos
Eacute ainda de referir que a locomotiva eacute constituiacuteda por 5 carruagens e dispotildee de
250 lugares
Figura 49 - ldquoComboio Histoacutericordquo
Figura 50 - Algumas das paisagens que podemos contemplar ao longo do percurso
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passageiros
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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27 de Setembro de 2010 httpcomboioshomesapopthist_phtml
2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
3 de Outubro de 2010 httpwwwnovasblogspotcom200802os-comboios-foi-
inveno-da-mquina-vaporhtml
10 de Outubro de 2010 httpwwwnovasetapascomcomboio-dourophp
10 de Outubro de 2010 httpfugaspublicoblogspotcom200806de-comboio-
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passageiros
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5CONCLUSAtildeO
A elaboraccedilatildeo deste trabalho permitiu-nos aprofundar as noccedilotildees e conhecimentos
acerca dos comboios em Portugal e de todas as suas particularidades a sua
caracterizaccedilatildeo a forma como circulam e como estaacute organizada a rede ferroviaacuteria
nacional a sua evoluccedilatildeo ao longo do tempo entre outros aspectos
O transporte ferroviaacuterio nos uacuteltimos anos tem vindo a obter progressivas
alteraccedilotildees que lhe permitiram maximizar as suas potencialidades nos mais diversos
domiacutenios particularmente a niacutevel da rapidez e do conforto factores responsaacuteveis pela
crescente adesatildeo de pessoas a este serviccedilo No entanto foram surgindo outras
alternativas que em certos aspectos eram mais viaacuteveis tais como o transporte aeacutereo
mais raacutepido a longas distacircncias e o transporte rodoviaacuterio mais flexiacutevel nos itineraacuterios
abrangendo portanto uma aacuterea maior Estas alternativas foram cada vez mais
procuradas o que conduziu ao encerramento de algumas linhas feacuterreas Mas o
comboio eacute um meio de transporte eficaz com grande tradiccedilatildeo que eacute ainda
indispensaacutevel para muita gente e que ainda pode ser explorado e aproveitado e por
isso vai continuar a ser muito uacutetil durante os proacuteximos anos
Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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httpcesaredamablogssapopt200601 3 de Outubro
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Os Comboios em Portugal ndash A evoluccedilatildeo e as Caracteriacutesticas dos comboios de
passageiros
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2 de Outubro httpwwwceeetaptenergiafiles06transportesEvolucaohtm
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