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OPME
OPME
OPME é a sigla utilizada por empresas e profissionais de saúde do Brasil para referenciar as
Órteses, Próteses e Materiais Especiais. As OPMEs são insumos utilizados em uma
intervenção médica ou odontológica, diagnóstica ou terapêutica. Não há uma definição
específica ou objetiva para as classificações das OPMEs, sendo este nome muitas vezes
utilizado para indicar dispositivos ou materiais, de alto valor, utilizados em procedimentos
médicos.
Uma órtese (português brasileiro) ou ortótese (português europeu) é qualquer material ou
dispositivo, permanente ou transitório que auxilie ou substitua as funções de um membro,
órgão ou tecido cuja colocação ou remoção não requeiram a realização de um ato cirúrgico ,
conforme definição ISO, é um apoio ou dispositivo externo aplicado ao corpo para modificar os
aspectos funcionais ou estruturais para obtenção de alguma melhoria mecânica ou ortopédica.
As próteses são materiais que, de forma permanente ou transitório, possam substituir de
forma total ou parcial um membro, órgão, tecido, ou ainda podem ser usadas para suprir
necessidades e funções de indivíduos sequelados por amputações, traumáticas ou não. Pinos,
placas e implantes ortopédicos são exemplos de próteses.
Materiais especiais são insumos médicos que melhoram ou auxiliam procedimentos
terapêuticos, implantáveis ou não, de uso individual como: catéter, introdutores, material
de videolaparoscópia, entre outros.
O Brasil está na 11ª posição no mercado de dispositivos médicos no mundo , movimentando
cerca de R$ 7 bilhões de reais em 2012. No sistema de saúde há uma constante preocupação
no financiamento dos insumos hospitalares exigindo modelos que impactem de maneira
efetiva no custo, no acesso e na gestão da demanda aos serviços hospitalares. Embora, os
planos de saúde desenvolvam controles sobre as OPME , as distribuidoras dos produtos
médicos exercem, por outro lado, forte ação mercadologia junto a classe médica.
As OPMEs têm, cada vez mais,comprometido os custos da assistência à saúde,
correspondendo a aproximadamente 10% do sinistro total das operadoras e em torno 20% do
custo em internações, o que demonstra a importância do item na composição dos custos em
saúde.
Apesar do alto custo, as órteses e próteses não são vilãs da medicina. São grandes avanços
que representam melhoria na qualidade de vida dos pacientes e redução da mortalidade.
Desfibriladores e marcapassos, por exemplo, reduzem em 20% a mortalidade quando
comparados com o tratamento convencional em pacientes portadores de miocardiopatia com
risco de morte súbita . Próteses valvares implantáveis transcateter reduzem significativamente
a mortalidade em pacientes com estenose aórtica que não podem ser submetidos a tratamento
cirúrgico.
Órtese
Uma órtese ou ortótese , conforme definição ISO, é um apoio ou dispositivo externo aplicado
ao corpo para modificar os aspectos funcionais ou estruturais do sistema neuro músculo-
esquelético para obtenção de alguma vantagem mecânica ou ortopédica. Refere-se aos
aparelhos ou dispositivos ortopédicos de uso provisório ou não, destinados a alinhar, prevenir
ou corrigir deformidades ou melhorar a função das partes móveis do corpo. Exemplo: O
aparelho dentário ortodôntico é uma órtese, pois corrige a deformidade da arcada dentária
(orto=reto, correto), já a dentadura ou um implante dentário é uma prótese pois substitui o
órgão ou sua função (substitui os dentes).
São exemplos de órteses: palmilha ortopédica,
óculos, tutores, joelheiras, coletes, munhequeiras, entre outros.
Em Portugal estes dispositivos são prescritos por profissionais da área médica e são
estudados, projetados e fabricados por ortoprotésicos.
Diferenciam-se principalmente de uma prótese pelo fato de não substituir o órgão ou membro
incapacitado.
Tipos de Órteses
Podem classificar-se em quatro tipos conforme sua função:
1. Estabilizadoras: Mantém uma posição e impedem movimento indesejado, o que dá a
esse tipo, utilidade como correção de pé equino, fraturas e dores, e para disminuir a
amplitude articular de um segmento inflamado oudoloroso.
2. Funcionais: Também conhecidas de dinâmicas, são mais flexíveis, e permitem um
movimento limitado.
3. Corretoras: Indicadas para corrigir deformidades esquelética. Geralmente tem seu uso
em idades infantis para corrigir membros em desenvolvimento.
4. Protetoras: Mantém protegido um orgão afetado.
Prótese
Prótese (do grego antigo prósthesis, "adição, aplicação, acessório") é o componente artificial
que tem por finalidade suprir necessidades e funções de indivíduos sequelados
por amputações, traumas ou deficiências fisicas de nascença.
Quando uma pessoa perde algum membro do corpo, no lugar é posto uma prótese mecânica.
Essa prótese responde a qualquer impulso nervoso, virando um substituto ideal, com a
vantagem de ser mais resistente.
As próteses podem também ser internas, para substituição de articulações ósseas (operação
da anca). Geralmente são prescritas por médicos, cirurgião
dentista,veterinários, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.
Peça protética
Peça protética um objeto artificial que é ajustado ao corpo humano. Após a instalação do
implante, aguarda-se de dois a três meses para a colocação das peças protéticas no caso de
maxilares inferiores, e de quatro a cinco meses para o maxilar superior. Esta diferença de
tempo se deve a qualidade de dureza óssea de um e de outro caso. Há casos dos implantes
de carga imediata, onde a prótese, no caso ainda com características provisórias, é colocada
imediatamente após a fixação do implante. São casos mais específicos, onde além da
qualidade do osso , deve ser analisada também a quantidade de carga mastigatória que esta
peça vai sofrer.
Órtese
Órteses são dispositivos utilizados na área da saúde, com a finalidade de melhorar a
capacidade funcional do indivíduo, alinhando, prevenindo e até corrigindo deformidades das
partes móveis do corpo. É utilizada na oftalmologia (optometria) para correção de erros
refrativos em casos não patológicos, onde as deformidades do olho são compensadas por
lentes oftálmicas e lentes de contato. Órteses utilizadas na oftalmologia para adaptação de
lentes de contato e ortoqueratologia. Também utilizada órtese para correção
de estrabismos através de prismas e oclusores.
Prótese ocular
As próteses oculares são utilizadas para manter a cavidade orbitária, tônus dos músculos
das pálpebras, manter a fisiologia das vias excretoras de lágrimas e principalmente a estética.
A prótese ocular pode ser de dois tipos: de estoque, quando a peça é pré-fabricada e
adaptada ao paciente e a individualizada, realizada com a moldagem do defeito oftálmico do
paciente e confeccionada para se adaptar perfeitamente à cavidade, sendo a íris (parte
colorida do olho) pintada à mão pelo especialista em prótese buco maxilofacial, isso permite
uma prótese que se movimenta acompanhando o olho sadio e muito mais estética, podendo o
paciente retornar as suas atividades normais.
Próteses e Impressoras 3D
A impressão 3D está inserida num conceito denominado RP (Rapid Prototyping) ou
prototipação rápida, onde criamos uma peça a partir de um desenho. Esse tipo de processo
permite a criação de um objeto de maneira mais rápida, utilizando meios de produção
economicamente acessíveis para grande parte da população. Ao final, o produto resultante
desse um processo de pode ficar muito mais barato que o comercial correspondente.
Esse tipo de processo está sendo utilizando para impressão de próteses para membros
inferiores e superiores, tornando-as acessíveis para as pessoas que não tenham condições de
pagar por uma prótese comercial.
Qual a diferença de ÓRTESE e PRÓTESE?
Prótese: dispositivo permanente ou transitório que substitui total ou parcialmente um
membro, órgão ou tecido.
Podendo ser:
-Interna ou Implantada (Ex: prótese articular, prótese não convencional para substituição de
tumor, coração artificial, válvula cardíaca, ligamento artificial, etc);
-Externa ou não implantada (Ex: prótese para membro);
-Implantada total ou parcial por ato cirúrgico ou percutâneo (Ex: implante dentário, pele
artificial);
-Estética, quando mantém apenas a forma e a estética (Ex: prótese ocular, prótese mamária,
cosmética de nariz).
Órtese: dispositivo permanente ou transitório, utilizado para auxiliar as funções de um
membro, órgão ou tecido, evitando deformidades ou sua progressão e/ou compensando
insuficiências funcionais.
Podendo ser:
-Interna ou implantada: (Ex: material de sutura e de síntese,material de ósteossíntese,
instrumental para estabilização e fusão de coluna, marca-passo implantado, bomba de infusão
implantada, etc)
-Externa ou não implantada (Ex: bengalas, muletas, coletes, colares cervicais, aparelhos
gessados, tutores, andadores, aparelhos auditivos, óculos, lentes de contato, aparelhos
ortodônticos, etc)
-Implantada total ou parcial por ato cirúrgico ou percutâneo (Ex: fixadores externos, stents,
drenos, etc).
Gestão das Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME
Exigências
a. A aquisição deve ser de OPME legalmente registradas na Anvisa, conforme as disposições
da Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, que dispõe sobre a Vigilância Sanitária a que
ficam sujeitos os Medicamentos, as Drogas, os Insumos Farmacêuticos e Correlatos,
Cosméticos, Saneantes e Outros Produtos, e dá outras Providências; dentro de seu prazo de
vigência, com indicação técnica de uso registrada na bula do produto.
b. A aquisição de OPME deverá ser realizada por fabricante ou distribuidor legalmente
habilitado para a comercialização no País.
c. A solicitação de OPME a qualquer fornecedor e o seu recebimento, no estabelecimento de
saúde, são atividades preferencialmente da estrutura administrativa qualificada para tais atos.
d. A dispensação de OPME para reabilitação deve ocorrer em um centro especializado de
reabilitação ou o paciente deve ser encaminhado a um estabelecimento de saúde que ofereça
este serviço.
Recursos Humanos Recomendados
A gestão de OPME no estabelecimento de saúde poderá envolver os seguintes profissionais
para atingir sua eficiência:
a. Diretorias, chefias imediatas e equipes técnicas das áreas usuárias de OPME, responsáveis
pela realização do procedimento.
b. Coordenador do centro cirúrgico.
c. Coordenador do serviço de confecção e dispensação de órteses, próteses e meios
auxiliares de locomoção.
d. Coordenador do centro de material e esterilização (CME).
e. Responsável pelo gerenciamento do almoxarifado central.
f. Colaboradores do almoxarifado central e almoxarifado satélite.
g. Responsável administrativo pelo processo de aquisição de insumos.
h. Responsável pelo setor de faturamento.
Objetivos para uma Boa Gestão de OPME
Os objetivos de um hospital quanto à gestão de OPME devem ser:
– Segurança do paciente.
– Eficiência operacional.
– Redução de desperdício e variabilidade.
– Relações comerciais e técnicas harmoniosas.
– Oferta de uma boa relação custo-benefício para os produtos.
– Eliminação do risco de glosas/atrasos no faturamento.
– Alcance de confiança e resolubilidade.
Para que se consiga contemplar todos os objetivos da boa gestão de OPME se faz necessária
uma organização do estabelecimento de saúde com o controle dos itens utilizados no
estabelecimento, evitando, assim, a falta quando solicitados, bem como mantendo um estoque
mínimo dentro da instituição, uma vez que demandam um alto fluxo de caixa.
Outra grande preocupação que deve existir é com a logística praticada pelos distribuidores
desses materiais, que por vezes compromete todo o plano de abastecimento, gerando
insatisfação dos clientes internos: médicos, gerentes dos setores, coordenadores e a alta
direção do estabelecimento de saúde, bem como dos clientes externos, os pacientes.
Há também a necessidade da implantação de rígidos controles no uso, porque pode haver
uma tendência a consumir mais determinado item, somente porque ele está disponível no
estabelecimento.
A equipe responsável pelos suprimentos do estabelecimento de saúde (almoxarifado, farmácia
ou até mesmo outra estrutura definida pelo estabelecimento) tem como atribuições: ter o
mínimo conhecimento de mercado (quanto a prazos para execução e entrega); proporcionar a
otimização dos resultados, tais como o cadastro de todo o estoque existente, cadastro de
requisições praticadas pelos setores de serviços, a organização dessas requisições para uma
programação e possível compra, a confecção de planilhas comparativas de preços, realização
e envio de cotações para os fornecedores e análise da melhor cotação por produto ou por
fornecedor, avaliando neste item o preço e a qualidade.
Vantagens da logística hospitalar
É possível afirmar que a logística hospitalar é fundamental para a boa gestão de uma empresa
do segmento da saúde.
Para que uma instituição de saúde possa cumprir sua missão e zelar pela saúde e pelo bem-
estar dos pacientes, a logística, ou seja, a administração de todo o caminho que um produto
percorre desde o fornecedor até chegar ao consumidor final, está relacionada ao custo e
benefício do serviço prestado.
Gerenciamento das movimentações das instituições de saúde
A logística bem aplicada em uma instituição de saúde permite que todas as movimentações
dos materiais utilizados dentro do ambiente médico-hospitalar fluam de modo que todos os
setores da empresa apliquem estratégias na aquisição, armazenamento e manuseio dos
produtos, resultando no bom funcionamento de toda a organização.
Em setores específicos, como os relacionados com o recebimento de um dispositivo médico
implantável (OPME), a logística ainda está intimamente conectada com o fluxo e rastreamento
de informações referentes a esses procedimentos para que haja a redução de custos e a
excelência na qualidade do serviço prestado.
Benefícios de uma logística hospitalar eficiente
Além de promover a facilitação dos processos burocráticos de uma instituição de saúde, a
logística também tem a função de promover a melhora de comunicação e relacionamento com
os fornecedores, colaboradores e, principalmente, os pacientes.
A gestão de estoque, de medicamentos, insumos e outros produtos utilizados, bem como a
gestão de dados eficientes promovem a redução dos custos operacionais por meio da redução
expressiva do desperdício.
A logística eficiente também está relacionada ao fluxo de pacientes e colaboradores nas
dependências das instituições de saúde. A organização do espaço físico do ambiente
hospitalar descarta o deslocamento excessivo e permite uma movimentação mais facilitada
para as equipes.
Três dicas para uma logística hospitalar eficiente
Estreite o relacionamento com os fornecedores qualificados
Um bom relacionamento com os fornecedores qualificados não só permite uma boa
negociação nas aquisições de produtos, mas também garante a qualidade dos produtos e uma
entrega mais rápida.
Determinar ação em conjunto de certificação técnica com os principais fornecedores de
OPMEs é uma medida inteligente para garantir o fluxo constante e a qualidade dos materiais
adquiridos. Para tanto, há disponível empresas especializadas nesse processo de certificação.
Automatize os processos da instituição
Já falamos anteriormente sobre as vantagens da automatização dos processos burocráticos
dentro de uma instituição de saúde. Essa medida garante que os procedimentos possam ser
padronizados e mais eficiente, agilizando o fluxo de informações e reduzindo o número de
erros e retrabalho.
Medidas como a automatização de cotações de preços de OPMEs em plataformas de rede
especializadas permitem resultados econômicos significantes, sobretudo em ambientes em
que há prévia qualificação de fornecedores, ou seja, compra do material certo pelo preço
correto.
Faça o redirecionamento de insumos não utilizados
Todos os medicamentos, materiais e outros insumos não utilizados em uma instituição devem
ser direcionados a outras unidades em que tais materiais estejam em falta. Esse procedimento
é conhecido como logística reversa e pode resultar em uma economia real para todas as
empresas de saúde envolvidas e incentivar a eliminação do desperdício.
Mantenha um controle minucioso do estoque de sua instituição para que possa estabelecer
parcerias com outras empresas e manter o fluxo da logística reversa funcionando
corretamente.
A logística hospitalar bem empregada contribui para que as instituições de saúde sejam
capazes de entregar melhores resultados tanto do ponto de vista administrativo como no
atendimento ao paciente. Invista nesta estratégia.
O processo de compra e Gestão de OPME do século XXI
OPME é um acrônimo para órteses, próteses e materiais especiais, sendo que as órteses são
dispositivos de ação temporária que melhoram a função ou possibilitam alcançar um objetivo
funcional; enquanto as próteses são dispositivos destinados a substituir estruturas anatômicas
e realizar suas funções. Materiais especiais por sua vez, auxiliam no procedimento diagnóstico
ou terapêutico, implantáveis ou de uso único, sem possibilidade de re-esterilização.
Pesquisas realizadas por órgãos especializados estimam que os gastos com
as compras de OPME chegam a até 80% dos gastos em uma fatura hospitalar, e quem paga
essa conta é, em geral, o plano de saúde. Por isso, a gestão de OPME é cada vez mais
importante na área da saúde.
A tecnologia
Muitas pessoas ainda enxergam a tecnologia como um inimigo, um complicador ou ladrão de
empregos, mas a verdade é que a tecnologia, caso bem utilizada, é um poderoso aliado a ser
utilizado sem restrições. Pensando em OPME, o fator tecnológico será decisivo no processo
de compra, interferindo na qualidade dos produtos adquiridos, no gasto ou economia gerados
e na satisfação do cliente final.
A gestão de OPME deve estar sempre em sintonia com o mercado. Sempre que uma nova
técnica ou produto é disponibilizada, há uma corrida por empregá-la o mais cedo possível.
Contudo, será que esse é o melhor caminho?
A nova tecnologia costuma ser também a mais custosa. A boa gestão de OPME é aquela
que sabe identificar a melhor hora de utilizar o novo. O procedimento ou produto antigo atende
bem as expectativas? O cliente e os médicos clamam pelo novo método? O custo vale o
benefício?
Com essas e outras perguntas devidamente respondidas, o gestor saberá a hora certa de
introduzir uma novidade ou permanecer com o que já estava sendo utilizado. Vale lembrar que
nem sempre o novo é mais caro. Muitas vezes, a tecnologia de ponta acaba por baratear
a compra de certos recursos. Cabe o bom senso na boa gestão de OPME.
Sistemas Integrados
A gestão de OPME é uma área que trabalha sob constante pressão por resultados. Médicos
querem sempre o melhor material possível no menor prazo, ao passo que as empresas
administradoras de planos de saúde se preocupam com os custos envolvidos. Por se tratar da
saúde humana, a margem de erro tem que ser sempre baixa.
O fluxo de compras de OPME também não é apenas uma decisão do gestor. Ele tem regras a
seguir, a maioria delas definida pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que
regula como o processo de compra deve acontecer e de que forma.
Essa é a hora de utilizar a tecnologia a nosso favor. O uso de sistemas integrados é o
melhor caminho para controlar entradas e saídas, estoque, preços e gerar toda a
documentação exigida por governo e planos de saúde.
Isso porque todas as compras de OPME devem ser feitas sob licitação. Para isso funcionar, é
preciso tempo para receber propostas e optar pela que oferecer o melhor compromisso entre
preço, qualidade e prazo de entrega. Investir em sistemas integrados ajuda o profissional a
tomar sempre a melhor decisão na hora das compras.
Recursos Humanos
A área de saúde é um campo que lida com pessoas. Clientes, fornecedores e profissionais que
trabalham na área precisam ser bem gerenciados para que toda a cadeia funcione. A gestão
de OPME só funciona de forma eficiente quando essa cadeia está bem equilibrada. A primeira
ideia quando se pensa em saúde é a qualidade dos médicos. Claro que esses profissionais
são essenciais para o bom funcionamento da cadeia, mas não se pode negligenciar os outros
profissionais.
O uso cada vez maior da tecnologia exige que todo mundo seja bem qualificado e treinado,
sob o risco de gerar problemas onde se menos espera. Pessoas responsáveis por inputs nos
muitos sistemas integrados modernos são gargalos perigosos para toda a cadeia caso não
funcionem a contento. A gestão de OPME precisa analisar cada elo dessa corrente antes de
colocar toda uma operação em risco.
Se você lida com gestão de OPME, busque conhecimento, agregue valor ao seu trabalho e ao
de tantos profissionais e pessoas que dependem de você. Todos saem ganhando.
OPMEs: a importância da gestão de estoque de produtos e materiais
Em diversos nichos de mercado, a gestão de estoque se faz presente e tem elevada
importância, mas na área da saúde os cuidados são um pouco mais rigorosos, pois é a base
para garantir eficiência e qualidade em todos os demais processos da empresa envolvendo
seus produtos.
É na gestão de estoque que a empresa consegue controlar a entrada e a saída de produtos,
garante qualidade no atendimento e na precisão das informações, e também acompanha a
armazenagem dos produtos ou materiais. Para você saber o porquê da importância da gestão
de estoque de OPMEs, listo alguns fatores. Acompanhe!
Redução de gastos
Em se tratando de OPMEs (órteses, próteses e materiais especiais para procedimentos
médicos), a gestão de estoque influencia de maneira considerável na rentabilidade da
empresa. O controle eficiente dos materiais aumentam as chances de lucros da empresa, visto
os altos custos que eles representam, assim como os desperdícios no processo produtivo.
Dessa maneira, o correto gerenciamento de estoque tem como objetivo otimizar os recursos,
considerando os suprimentos com qualidade, na quantia necessária e no tempo ideal com o
menor custo, pois, por meio de um software de gestão especializado, é possível rastrear os
itens, o saldo e a reposição de materiais, reduzir as perdas por datas de vencimento, assim
como o tempo de inventário e de contagem de produtos, além de promover assertividade das
informações com a automatização.
Garantia de qualidade
A gestão de estoques, além da contenção de gastos, também permite maior atenção à
qualidade dos materiais de OPMEs, atendendo às normas da ANVISA e do Ministério da
Saúde. Com os recursos tecnológicos, é possível controlar os profissionais que estão
envolvidos no processo de gestão e garantir mais eficiência na cadeia de suprimentos,
assegurando maior produtividade e execução do serviço da maneira correta, como é exigida.
Comunicação eficiente
Pelo fato de uma gestão de OPMEs ser complexa e envolver uma grande variedade de
materiais, também é preciso que, ao longo do processo, uma diversidade de fornecedores e
profissionais também façam parte. Para garantir mais assertividade e segurança na gestão de
estoque, é fundamental que as informações sejam claras, facilitando a comunicação durante
todo o processo. Recursos humanos e financeiros são a base de sustentação das instituições
de saúde e por isso têm grande importância, desde o processo de solicitação. Pela
complexidade desse processo, é preciso estabelecer uma comunicação eficiente, promovendo
o entendimento adequado entre todas as pessoas envolvidas.
Atendimento às normas regulamentadoras
Um dos fatores mais importantes na gestão de estoque de OPMEs é o atendimento às normas
regulamentadoras na área, aplicadas pela ANVISA e pelo Ministério da Saúde. Por isso, é
necessário muita atenção da produção até o uso dos materiais, passando também pela
atualização frequente dos setores, como o de compras e logística. O alinhamento garante o
controle de que todos os produtos estejam dentro das normas atribuídas, além da excelência
na prestação do serviço.
Para obter um maior controle, desde o setor financeiro, cadastros dos materiais, relatórios, até
entradas e saídas, é fundamental contar com o auxílio de soluções tecnológicas, como um
software de gestão de OPMEs. A Visto Sistemas oferece soluções de gestão para a cadeia de
fornecimento, com tecnologia para auxiliar os processos, atendendo às normas regulatórias.
A importância de utilizar um software de gestão especialista para OPME’s
Ao longo dos mais de 15 anos que atuo no mercado de ERPs – Software de Gestão
Empresarial, sempre me fiz a seguinte pergunta: existem segmentos e sub-segmentos para
os quais a utilização de software de gestão especialista é realmente a mais adequada?
A busca da resposta sempre esteve centrada na criação de argumentos que sustentassem a
venda da “solução” que eu representava. Ou seja, a resposta, como não poderia deixar de ser,
estava focada no “meu” produto e não na necessidade efetiva do segmento.
Com o passar do tempo assisti e participei do processo de segmentação das soluções de
grandes “players” da indústria de softwares de gestão que, até então, eram genéricos. Este
processo marcou uma grande quebra de paradigma desta indústria: antes, o mercado tinha
que se adaptar às funcionalidades oferecidas pelos softwares. Mas, à partir daquele momento,
o software passou a tentar ofertar as funcionalidades que cada mercado e/ou segmento
específico necessitava.
Esta mudança radical não foi expontânea e sim forçada pelo crescimento das soluções
especialistas para cada segmento. Era o momento da expansão fenomenal destas empresas,
até então modestas, que estudaram, se aperfeiçoaram e disponibilizaram soluções que “falam
a língua” do segmento de atuação escolhido. A aderência aos processos e necessidades é
quase que total. E, por esta especialização e evolução contínua, as empresas especialistas
continuam à frente de muitos destes “players” que, em função de sua estrutura e cultura, não
conseguiram atingir o mesmo nível de desenvolvimento e, consequentemente, não se
tornaram aderentes às necessidades de diversos segmentos.
Este é o caso do segmento de OPMEs – Órteses, Próteses e Materiais Especiais, no qual as
soluções especialistas permanecem com amplo e total domínio. Explica-se: este segmento,
quer sejam empresas fabricantes, importadoras ou distribuidoras, é regido por normas,
regulamentos, instruções e fiscalização da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Esta regulamentação que exige, dentre outras, a rastreabilidade total de todos os materiais
desde a fabricação até o paciente, é bastante rígida e, portanto, requer funcionalidades
específicas que os softwares genéricos, via de regra, não atendem, gerando a necessidade de
customizações e, consequentemente, aumento substancial dos investimentos.
Dentre as funcionalidades específicas e essenciais para o segmento de OPMEs destacamos:
1- Gestão de Agendamento e Controle de Cirurgias
2- Gestão Total de Caixas / Kits (Montagem, Reposição e Locação)
3- Gestão de Materiais Consignados
4- Total Rastreabilidade de Pacientes e de Lote e Séries de Materiais utilizados através de
etiquetas com código de barras e RFID
Além dos processos acima, não podemos nos esquecer das obrigações fiscais e tributárias
específicas do segmento. A expertise dos profissionais e do software das empresas
especialistas evitam que alguns erros que podem gerar graves consequências sejam evitados.
Como exemplo, cito e exemplifico 02 situações:
1- Entrada de alguns Tipos de Materiais com classificação incorreta:
O exemplo mais clássico é o dos materiais de instrumentação cirúrgica que, quando
adquiridos, são classificados somente como mercadoria para revenda quando, na verdade,
são utilizados como instrumental nos atos cirúrgicos. Por isso, deveriam ser classificados
como ativo imobilizado.
2- Remessa de materiais para Cirurgia sem emissão de Nota Fiscal:
Com a classificação errônea, citada no item anterior, muitas empresas não emitem a Nota
Fiscal de Remessa destes materiais para as cirurgias.
A classificação incorreta e a não emissão de Nota Fiscal de Remessa geram a não
observância da legislação estabelecida no Ajuste SINIEF 11/14, o que expõe a empresa aos
riscos de autuações.
Pelo exposto é que os empresários que atuam no segmento de OPMEs devem analisar muito
bem as opções ao decidir pela adoção ou troca de um software de gestão para que tenham a
certeza que poderão contar com uma ferramenta que lhe proporcione as funcionalidades
necessárias e, principalmente, segurança na gestão.
OPME, Normas Regulatórias e Governança Clínica
Resoluções Normativas
Com o surgimento do Programa de Acreditação de Operadoras de Planos Privados de
Assistência à Saúde, as instituições de saúde precisam garantir aos beneficiários uma
excelência na prestação de serviços, diante de um cenário cada vez mais regulamentado.
Com a nossa experiência, iremos apoiar a sua instituição na implementação das
regulamentações determinadas pela ANS e ANVISA, com soluções de gerenciamento e
rastreabilidade, integradas ao atendimento operacional do CRM e da Ouvidoria.
Principais Benefícios
Workflow: Gestão de prazos na resolução de demandas com escalabilidade das pendências.
Regras de Negócio: Pré-aprovação, Liberação/ Autorização, Trekking/ Número do Processo/
Registros.
Integração com CRM: Acesso completo ao histórico de relacionamento com Beneficiários,
Rede Referenciada e Estipulantes.
Alertas Automáticos: Acompanhamento das resoluções dos casos, garantindo o cumprimento
dos prazos estabelecidos pela ANS para respostas aos beneficiários.
Relatórios e Dashboards: Gera visões estatísticas e gerenciais, para análise global das
demandas nos canais de contato, auxiliando na revisão e melhoria dos processos, garantindo
transparência para o Estipulante.
Resoluções Normativas
Órteses, Próteses e Materiais Especiais (opme)
A Solução de OPME, integra todos os agentes (Operadoras de Planos de Saúde, Hospitais e
Fornecedores de Materiais), reunindo em um único sistema todo o controle, registro e detalhes
sobre os valores das ofertas de diferentes fornecedores e produtos, gerando uma redução
imediata no custo de aquisição.
Permite que a instituição tenha a gestão de todo o processo de aquisição dos itens de OPME,
tendo o controle desde o pedido gerado pelo médico, das cotações, além de cumprir com a
necessidade de rastreabilidade.
Modelo de OPME
Principais Benefícios Redução de custo; Produtividade; Rastreabilidade; Previsibilidade;
Qualificação dos fornecedores; Adequação à legislação (RDC 016 /2013, RDC 017 /2013,
RDC 036/2013).
Governança Clínica
Auxiliar na qualidade e continuidade do atendimento do paciente é um dos nossos objetivos. O
ACE - Assistente Clínico Eletrônico, é uma solução estratégica e inovadora que melhora o
ciclo do atendimento prestado na área da saúde, possibilitando a rastreabilidade dos
procedimentos e protocolos utilizados no atendimento dos Segurados/Beneficiários.
Rápida Visualização em Tela Única
Histórico Médico;
Procedimentos Efetuados;
Histórico de Exames, análise clínica e diagnóstico de imagem.
Principais Benefícios
Aumentar a capacidade de atendimento aos pacientes;
Integrar sumário clínico entre os prestadores;
Melhorar a qualidade dos registros dos pacientes;
Atender as normas de Rastreabilidade e Acreditação.
Ouvidoria
A gestão das manifestações críticas aliada ao compromisso de satisfazer o beneficiário
proporciona um ganho positivo para a Operadora de Plano de Saúde e/ou Odontológico. Por
isso, a Ouvidoria tem um papel estratégico para transmitir valores como transparência e
credibilidade. A área deve ser compreendida como um canal de interlocução, atuando como
uma instância superior, que ajuda a restabelecer o equilíbrio da relação entre a operadora e os
segurados, contribuindo para a retenção e fidelização de clientes. A solução está integrada ao
atendimento operacional do CRM e com todos os demais canais de interação.
Órteses também são usadas para membros superiores
A terapia ocupacional está em constante busca de equipamentos específicos para favorecer a
habilidade funcional dos pacientes nas atividades da vida diária, proporcionando uma vida
mais independente, produtiva, agradável e bem-sucedida. Dentre a gama de dispositivos
disponíveis, a órtese é um recurso amplamente empregado.
Em nosso serviço, as órteses mais comumente confeccionadas são indicadas para evitar
complicações comuns às lesões encefálicas, decorrentes das alterações de tônus (veja na
tabela com os modelos de órtese mais utilizados).
O material termoplástico de baixa temperatura é moldado no próprio segmento a ser ortetizado
do paciente, respeitando a integridade anatômica e permitindo remodelamento conforme
necessidade de graduação. A avaliação do terapeuta ocupacional é imprescindível para a
correta indicação e confecção, bem como treino do uso em terapia.
AMPUTAÇÕES
Indicações.
Uma perda irreparável do aporte sanguíneo de um membro doente ou lesionado é a única
indicação absoluta para a amputação, independentemente de todas as outras circunstancias.
As amputações ainda podem ser indicadas quando uma lesão que não afeta a circulação de
um membro é tão grave que seu funcionamento não pode ser restaurado, ou haveria melhor
função após a amputação e uso de uma prótese. Algumas vezes a amputação é necessária
para salvação da vida do paciente, quando a infecção num membro é incontrolável ou como
tratamento de tumores malignos. Ocasionalmente a amputação está indicada para remoção de
parte, ou de todo um membro congenitamente anormal, para a melhoria de seu funcionamento
com ou sem uma prótese.
Principais indicações para amputações:
Doenças vasculares periféricas.
Trauma
Infecções
Tumores.
Anomalias congênitas.
Congelamento.
Níveis de amputação:
A amputação deve se dar através de tecidos que cicatrizarão satisfatoriamente e num nível
que removerá a parte doente ou anormal. A regra fundamental é a preservação do máximo
comprimento compatível com o bom julgamento cirúrgico. Aproximadamente 85% das
amputações ocorrem em membro inferior, por este motivo será descrito os principais tipos de
amputações para membros inferiores.
Principais tipos de amputação para membro inferior:
Falangectomia
Amputação transmetatársica (diáfise do metatarso).
Amputação de Chopart (desarticulação entre o retro pé e o médio pé).
Amputação de Lisfranc (desarticulação tarso-metatarso)
Amputação de Pirogoff (ressecção bímaleolar e de todos os ossos do pé com exceção do
calcâneo que é seccionado verticalmente, eliminando sua parte anterior e artrodesado-o a tíbia
após uma rotação superior de 90 graus).
Amputação de Boyd (ressecção de todos os ossos do pé com exceção do calcâneo que é
seccionado verticalmente)
Amputação de Syme (desarticulação do tornozelo com ressecção bimaleolar).
Amputação abaixo do joelho (transtibial).
Amputação através do joelho (desarticulação do joelho).
Amputação acima do joelho (transfemoral).
Amputação através do quadril (desarticulação do quadril)
OBS: As amputações de Chopart e de Lisfranc raramente são utilizadas pois causam
deformidade em eqüinovaro e eqüino respectivamente. Isto ocorre porque os músculos
antagonistas (dorsiflexores) pendem suas inserções.
Principais níveis de amputação para membros superiores.
Próteses para membros superiores: São próteses não funcionais (próteses estéticas ou
passivas).
Técnica de bandagem do coto.
A bandagem é um método controverso de controlar o edema do coto, particularmente nos
pacientes vasculares, onde a má colocação da bandagem pode prejudicar o coto. A bandagem
geralmente começa quando as suturas são removidas. O paciente e os familiares devem
aprender a colocá-las. A bandagem deve ser reaplicada pelo menos 3 vezes por dia e usada
dia e noite, mais deve ser removida ao usar a prótese.
Técnica de bandagem para amputações abaixo e acima do joelho.
Modelos ultrapassados de prótese
Tipos de prótese para amputações abaixo do joelho
(1) PTB Temporária. (2) AcJAJ temporárias. (3) PTB definitiva. (4) Apoio com carga
isquiática definitiva
Obs: Na prótese PTB a carga é tomada através do tendão patelar e na prótese AcJAJ a
carga é tomada através do ísquio.
Tipos de prótese para amputações acima do joelho.
(1) AcJ temporária. (2) AcJ definitiva com pequena alavanca no joelho. (3) AcJ definitiva
com mecanismos de rodas. (4) AcJ definitiva com alavanca alta no joelho.
Obs: Na prótese AcJ temporária tem 1-2 cm a menos do que o membro remanescente, isto
porque o mecanismo do joelho é travado durante a marcha e liberado para sentar.
Modelos modernos de prótese
Tipos de próteses para membros inferiores
Existem basicamente dois tipos de próteses:
Próteses convencionais: São feitas em resina ou com componentes em plástico e madeira.
São indicadas para todos os níveis de amputação com exceção da desarticulação do
joelho. As próteses convencionais não são utilizadas acima do joelho devido seu peso
excessivo acarretando dificuldades graves na deambulação, ocorrendo desistência de
utilização pelo paciente, o que dificilmente ocorre nas próteses modulares.
Próteses modulares: Também chamada de prótese endoesquelética com revestimento
cosmético em espuma, este sistema foi lançado em 1969, pela OTTO BOCK, sendo desde
então constantemente aperfeiçoado, podem ser utilizadas em todos os níveis de
amputação de membro inferior. São constituídas por vários módulos ajustáveis e
intercambiais entre si, mais leves e estéticas por serem revestidas de espuma cosmética,
seus componentes podem ser em aço, Próteses convencionais ou exoesqueléticas 9 titânio
(metal extremamente leve e resistente), alumínio e fibra de carbono. Essas próteses
oferecem ampla linha de opções para uma protetização eficaz.
OPME
As órteses e próteses, atualmente, compõem um dos mais sensíveis na relação entre
operadoras e hospitais. A prática do mercado é o hospital aplicar uma taxa de
comercialização sobre o valor da nota fiscal. O entendimento que a comercialização de
materiais de OPME é uma das atividades dos hospitais, complementando a estratégia de
remuneração dos serviços prestados. Por esta linha a taxa de comercialização também
recupera os gastos relacionados com a estrutura de compras, do armazenamento, das
eventuais perdas e dos custos administrativos. Não sendo assim, aceitar que a
comercialização de órteses e próteses é um negócio dos médicos ou das operadoras de
saúde teria de ser aceito (SILVA, 2003).
Segundo a ANVISA a sigla OPME significa Órteses, Próteses e Materiais Especiais, que são
definidos como:
Órteses: É uma ajuda externa, destinada a suplementar ou corrigir
uma função deficiente ou mesmo complementar o rendimento fisiológico
de um órgão ou um membro que tenha sua função diminuída; Prótese:
São aparelhos e/ou equipamentos que venham substituir partes do corpo
humano amputadas ou mal formadas;
Materiais Especiais: São materiais implantáveis temporários ou
para síntese, e os não implantáveis que auxiliam durante o processo
cirúrgico.
Segundo Jardim (2008), um dos focos das operadoras para reduzir custos, são os materiais
de OPME, que, como já citados, são conhecidos como materiais de alto custo. Há uma
preocupação em compreendê-las e unir forças para reduzir custos, negociar em grupo de
interesses afins, criar mecanismos de verificação da qualidade dos materiais, bem como
desenvolver protocolos de Medicina Baseada em Evidências, critérios para incorporação de
novas tecnologias etc.
Moura (2008) ratifica Jardim (2008) ao afirmar que o tema OPME é recente, sob o ponto de
vista de preocupação das operadoras de saúde, como também em abordagem para estudos
em uma forma geral.
Hoje, a inflação da saúde não pode ser comparada apenas ao IGP-M ou a outros índices
nacionais, calculados a partir da cesta básica e algumas outras necessidades primárias da
população, pois a saúde é um mercado que exige atualização tecnológica constante. Além
disto, a inflação, se medida destes materiais de OPME, como também de medicamentos,
tende a se comportar de maneira discrepante.
Nesta mesma linha, Jardim (2008) diz que compreender que o mercado de saúde privado é
diferente e complexo se comparado com qualquer outro. Sua constante necessidade de
investimento em pesquisa e tecnologia, além de cumprir rigorosas exigências legais de
fabricação, armazenamento, distribuição, bem como, responder civilmente por quaisquer
danos causados pelos produtos fabricados, diferencia este nicho de mercado dos demais.
Além disso, as compras de materiais de OPME não são feitas frequentemente, tão pouco
em grandes quantidades, mais sim, individualmente, por paciente, fazendo tributar assim a
carga tributária. Raramente existem materiais idênticos em distribuidores ou fabricantes
concorrentes, ou mesmo quando há, depare- se com a dificuldade técnica de comparação,
pois é imprescindível em consideração com a indicação médica e os diversos interesses no
processo, custo de consignação de materiais e instrumentais médicos, e longos prazos de
pagamento e inadimplência constante em diversas instituições de saúde. Diversas variáveis
não são consideradas no cálculo, mas é necessário que as operadoras de saúde tenham
conhecimento destes números para analisar qual a melhor estratégia de negociação
aplicável à sua realidade.
Um dos pontos mais delicados na negociação dos materiais de OPME está exatamente
ligado aos casos nos quais existem materiais semelhantes para a mesma finalidade com
fornecedores e/ou fabricantes diferentes. Alguns atores desta negociação, principalmente os
pagadores, preferem optar pelos que menos impactarão nos seus custos, o que acaba
gerando um impasse quando o hospital e/ou o médico optam pelo similar que possui um
custo relativamente maior.
Ainda sobre as especificidades dos materiais de OPME, Jardim (2008) diz que:
A cadeia de suprimentos de órteses, próteses e materiais especiais é complexa se
analisarmos os diversos atores envolvidos no processo de decisão por determinado
material, marca ou fornecedor. Existe o critério técnico, a especificidade de cada marca
ou modelo de material, que pode (acredita-se) levar o cirurgião a fazer sua opção,
conforme a patologia do paciente. Mas existem, em algumas situações, cópias de
materiais importados, ou similares, e mesmo a indicação de fornecedor por parte do
hospital, médico, ou operadora.
Sobre o fato de a categoria médica poder influenciar na decisão do material a utilizar, é
importante citar o Código de Ética Médica, no qual o artigo 98 veda ao médico exercer a
profissão com interação ou dependência econômica de farmácia, laboratório farmacêutico,
ótica ou qualquer organização destinada à fabricação, manipulação ou comercialização de
produto de prescrição medica de qualquer natureza.
Deve-se ressaltar também o artigo 99 do mesmo Código de Ética Médica que veda ao
médico obter vantagem pela comercialização de medicamentos, órteses, próteses, cuja
compra decorra da influência direta.
Contudo, profissionais da área médica possuem opinião que entram em conflito com o
próprio Código de Ética Médica. Um caso recente é o do médico Ricardo Dick publicado na
Revista Saúde&Gestão na edição de número 6 de 2008:
A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, da qual sou
membro titular há vários amos, realizou uma pesquisa para saber como
era considerada a tal bonificação. A maior parte dos colegas assinalou
que não via qualquer problema quanto à mesma. Naquela ocasião, fiquei
estarrecido!
Posteriormente, trabalhando dentro do segmento de prospecção de
petróleo, observei que tal prática é adotada nos principais segmentos
corporativos empresaria, por exemplo: quando ocorre a descoberta de
um poço de petróleo/gás é comum a bonificação de todos os
empregados das empresas, que participaram direta e indiretamente da
descoberta, pois seria injusto não bonificar o servente que trabalha no
prédio da companhia e que nunca pisou na plataforma. Por sua vez,
ourives de grandes joalherias, assim como os lapidadores de pedras
recebem percentuais sobre a venda dos produtos feitos. Os garçons,
comins, cozinheiros, recepcionistas e maitres de restaurantes dividem as
gorjetas. Assim caminha a humanidade e o mercado, afinal, vivemos
num mundo capitalista!
A dificuldade residiria na indicação do procedimento e do material, afinal o
diabo mora nos detalhes. Será que o médico premiado financeiramente
teria o mesmo grau de racionalidade e discernimento para avaliar um caso
no qual o material X é o mais indicado? Ele se sentiria mais atraído a usar o
material Y que lhe renderia mais financeiramente?
Enquanto as motivações da escolha de um material de OPME por parte de um médico pode
ser técnica, para um hospital e/ou uma operadora de saúde a motivação é estratégica. Sua
escolha tem como objetivo manter a sua saúde financeira
Jardim (2008) questiona se neste conflito entre as partes envolve apenas a indicação
clínicas para justificar o uso de produtos as vezes tão mais caro que outro similar (às vezes
mais de 5 vezes o preço do “similar”), ou a preferência por certos fornecedores por parte dos
hospitais e operadoras, se funcionários ou mesmo a empresa, estão usufruindo de algum
outro benefício se não a restrição daqueles modelos mais onerosos financeiramente e de
baixa qualidade.
O Glossário Temático de Economia da Saúde publicado pelo Ministério da Saúde diz que na
saúde, não bastassem as necessidades originárias do sofrimento humano, criam-se novas
necessidade conforme a facilidade, no interesse de investidores econômicos, em obter
retorno de suas aplicações no setor.E uma das maneiras para que isto aconteça é uma
estratégica chamada de obsolescência precoce, que consiste em marketing industrial para
colocar no mercado de bens e serviços novos produtos substitutivos de produtos eficazes e
em uso, de modo a auferis ganhos exponenciais.
Silva (2003) lembra que a taxa de comercialização no mercado praticada no período de 35%, já era
suficientemente questionável. Cita também que, excluindo os prestadores que adotam medidas
corretas, existe no mercado informações que uma rede de interesses não esclarecida se instalou,
com participação de médicos, hospitais e fornecedores. Nesta suposta rede estão envolvidos:
comissão de profissionais, o aumento arbitrário de valores nas notas fiscais vinculados a
consideráveis descontos financeiros. Isso ajuda a aumentar os custos do sistema e, condena a
relação com as operadoras que, em última análise fazem o pagamento, mesmo com todas essas
distorções.
Não bastante a parte ética e técnica que está associada ao tema, os materiais de OPME compõe
parte significativa nos custos de um hospital, tornando cada vez mais importante direcionar sua
atenção para eles.
Para Melo (2007), analisando os custos de um hospital, as principais saídas de recursos são para
remuneração dos seus profissionais (que nem sempre são funcionários – muitas vezes são
terceirizados ou autônomos) e ao pagamento de fornecedores de produtos médicos- hospitalares.
Estes últimos, dependendo da especialidade, podem ser muito caros devido ao grau de
especialização e tecnologia empregados na sua fabricação.
Sobre a participação de itens dentro dos custos totais de um hospital, Paterno (2001) remete desde a
origem do estudo de curva A iniciado por Pareto:
Os materiais ou itens pertencentes à conta hospitalar apresentam
diferentes participações. Sabe-se que poucos itens respondem por uma
grande parcela dos gastos. Essa constatação foi destacada por um
economista italiano, Wilfredo Pareto (1842-1923), que o aplicou no
estudo da distribuição de renda da população, onde constatou que uma
pequena parte da população absorvia uma grande porcentagem de
renda restando uma bem menor para a maioria. No inicio dos anos 50,
nos Estados Unidos da América, engenheiro da General Eletric
adequaram a lei de Pareto à administração de estoques, utilizando a
denominação de análise ABC.
Moura (2008) diz que este estudo permitiu a divisão dos itens em categorias A, B e C em função do
seu custo em relação ao total investido. Assim os materiais serão divididos como: alta expressão
financeira (Grupo A; até 20% dos itens; custo acima de 60%); normal (Grupo B; de 20 a 30% dos
itens, custo de 20 a 30%) ou baixa (Grupo C; 50% dos itens, custo de cerca 10%).
Segundo Beulke e Berto (2008) custos diretos ficam caracterizados sempre que a identificação de
seus custos for facilmente associada a cada unidade de serviço ou procedimento. Sendo assim, a
presença dos materiais de OPME dentro dos custos diretos de um hospital se torna inquestionável.
Até mesmo pelo fato de que o uso destes materiais é imprescindível para os procedimentos em
questão.
Aplicando Paterno (2001) e Beulke e Berto (2008) em uma pesquisa, Moura (2008) identificou que os
custos diretos respondem por 41,4% do total de custos. Sendo que desses, 52,6% são referentes a
materiais de OPME, representando aproximadamente 22% do total de custos. Reforçasse aí a
importância dos materiais de OPME dentro da chamada Curva A dos hospitais.
Apesar de extremante interessante e pertinente, este estudo não se aprofundará na parte ética e
técnica da escolha de um material de OPME. O foco principal será a sua importância dentro dos
custos de um hospital e a melhor forma de negociá-lo com iguais condições para as demais partes
envolvidas (leia-se operadoras de saúde e hospitais).
Para tal, a parte técnica e ética já anteriormente citadas que tanto podem influenciar na
escolha de um determinado material, por motivos óbvios será descartada no decorrer deste
estudo.
OPME: Como a Tecnologia ajuda a Evitar Fraudes
As órteses, próteses e materiais especiais (OPME) respondem, hoje, por 20% do total
de recursos dispendidos em internações e 10% do sinistro das operadoras. Por isso,
requerem boa gestão e muita atenção dos responsáveis pelas fFinanças em toda a
cadeia de saúde.
Para evitar abusos, como os que foram amplamente divulgados pela mídia no ano
passado, um projeto de lei tramita no Senado (PLS 17/2015), estipulando multa para
médicos que receberem comissão pela prescrição ou compra de OPME (três vezes o
valor recebido), para o estabelecimento de saúde (dez vezes o valor recebido) e para
quem vende os materiais e, potencialmente, paga as comissões, no valor de 15 vezes
o total pago.
Com mais regras e obstáculos para racionalizar o uso desses dispositivos, cabe aos
hospitais organizar seus processos e controles para evitar desvios, fraudes e glosas.
Ferramentas de tecnologia, como os ERPs e prontuários eletrônicos, são aliados em
áreas como:
1) Suprimentos – ao permitir o rastreamento da OPME, do estoque ao ponto de uso, o
que evita desvios;
2) Compras – ao ajudar a manter os estoques em níveis adequados, promover o
planejamento das aquisições ou das solicitações de consignação, o que facilita as
negociações;
3) Gestão clínica – com soluções compartilhadas que facilitem a padronização dos
procedimentos nos hospitais e a autorização nas operadoras, aumentando a
segurança do paciente e o bom uso dos recursos;
4) Inteligência clínica – ao auxiliar o médico, com medicina baseada em evidências, a
buscar as melhores práticas para o uso dos materiais especiais em um determinado
paciente e evitando fraudes relacionadas à má indicação de procedimentos com o
intuito de obter vantagem financeira;
5) Gestão financeira – ao informar, na conta médica, se o procedimento e a OPME
são cobertos ou não pelo SUS ou pelo plano de saúde, evitando glosas.
A tecnologia, especialmente os sistemas de gestão, utilizada junto a uma equipe
especializada multidisciplinar, bem treinada nas rotinas administrativas e técnicas
relacionadas às OPMEs, e um relacionamento transparente entre prestadores de
serviços e fontes pagadoras, são os pilares para o uso sustentável desses recursos.
Gestão de Saúde Populacional: Cliente como Aliado na Redução de Custos
A atual crise financeira brasileira não só tira clientes da saúde suplementar – as
operadoras perderam mais de 2 milhões de beneficiários desde setembro do ano
passado – , como também torna mais difícil o reajuste dos planos de saúde de pessoa
jurídica, que respondem por 67% dos benefícios comercializados no Brasil. Apostar
em uma estratégia de gestão de saúde populacional (GSP), engajando o comprador,
mostra-se uma medida altamente eficaz na tarefa de manter as empresas do setor
economicamente viáveis.
De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar, ANS, o índice combinado
de saúde, que é resultado da divisão das despesas administrativas, comerciais,
outras despesas operacionais e assistenciais pelas contraprestações efetivas, ficou
em 99,6%, o que significa que a soma das despesas operacionais tem sido
semelhante à soma das receitas operacionais. Se não é possível aumentar receita, as
margens só poderão ser mantidas com uma utilização mais racional dos recursos,
especialmente por quem mais precisa deles: 15% da população de doentes crônicos
de uma empresa representa 70% dos gastos.
Tanto as instituições de saúde como os pacientes têm produzido e coletado uma série
de dados, via sistemas de gestão ERP, prontuário eletrônico do paciente (PEP),
aplicativos, wearable devices e smartphones. Com o uso de ferramentas de TI, como
big data e analytics, tudo isso vira informação essencial para programas de gestão de
saúde populacional focados em prever riscos e estratificar os perfis mais adequados
aos programas de prevenção e monitoramento de doenças.
De posse dos dados, cabe à operadora apresentá-los à área responsável pela gestão
do benefício no cliente e, juntos, trabalharem em programas educativos ou
campanhas de antitabagismo, perda de peso e combate ao sedentarismo, por
exemplo.
Segundo a Aliança para a Saúde Populacional (Asap), entre as determinantes que
influenciam na condição física das pessoas, hábitos, comportamentos e prevenção
são responsáveis por 50%, genética, 20%, ambiente, 20%, e acesso à atenção
médica, 10%. Um bom programa de gestão de saúde populacional poderia, então,
teoricamente, reduzir em 50% a incidência de crônicos numa carteira de beneficiários.
A adesão das empresas a esses programas ainda é baixa, mas, considerando que os
planos de saúde são a segunda maior despesa nas empresas, perdendo apenas para
folha de pagamento, isso logo deve mudar. Além de responder por 30% dos gastos,
seu uso intensivo está ligado ao presenteísmo e absenteísmo, indicando uma
população pouco saudável e pouco produtiva. Manter os funcionários em boas
condições físicas significa ter os custos sob controle e garantir a competitividade das
empresas.
Avaliação do Processo de Cuidado com Órteses, Próteses e Materiais
Especiais.
As instituições hospitalares trabalham diariamente com um alto número de
atendimentos de pacientes e demandam procedimentos e serviços hospitalares de
alta complexidade, dentre eles: as unidades de centro cirúrgico, exames e
procedimentos de endoscopia digestiva e colônica, hemodinâmica, diagnósticos por
imagem e terapia intensiva com a utilização, muitas vezes, de órtese, prótese e
materiais especiais (OPME). Para tanto, as políticas de qualidade e segurança do
paciente são fundamentais para diminuir a probabilidade de erros e risco de falhas
no processo de trabalho, aumentando a confiabilidade e a qualidade assistencial.
Diversos pontos do processo podem ser críticos para o atendimento adequado do
paciente e, qualquer falha em uma dessas etapas pode acarretar na ausência de
disponibilidade da OPME e impactar direta e negativamente sobre a condição de
saúde do paciente. A complexidade deste processo exige da equipe
multiprofissional um desempenho afinado e um conhecimento técnico-científico
muito específico. Convém enfatizar que os processos administrativos em áreas
específicas são gerenciados por enfermeiros.
O processo de trabalho do cuidado com OPME é considerado de alto custo para a
operação do hospital. Para que uma OPME seja utilizada na atenção ao paciente, é
necessária a participação tanto de profissionais da assistência quanto daqueles da
tecnologia de informação para que os processos sejam desenhados
minuciosamente e cumpridos com rigor para o controle de ingresso, preparo,
utilização, devolução e faturamento desses insumos.
Tratamentos específicos em saúde, tais como os procedimentos cirúrgicos que
utilizam OPME são discutidos apenas pelos médicos podendo gerar falhas no
sistema. Quando o processo falha em algum ponto, o custo da operação
permanece ativo, pois os recursos humanos, tecnológicos e logísticos continuam
instalados, sendo acrescidos, nessas situações, os custos de ociosidade de sala de
cirurgia, preparo inadequado do paciente e família, entre outros. A OPME
representa entre 15 a 25% de todos os gastos resultantes de um atendimento.
Desta forma, este processo torna-se quase inadministrável, especialmente quando
se trata do volume atual de OPME utilizado nas instituições hospitalares.
Em 2005, a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, reconhecendo a
necessidade da redução dos danos devido a erros no ambiente cirúrgico
estabeleceu aumentar os padrões de qualidade com quatro ações: prevenção de
infecção do sítio cirúrgico, anestesia segura, equipes cirúrgicas seguras e
indicadores de assistência cirúrgica. Baseado nisto, a Organização Mundial da
Saúde iniciou a campanha “Cirurgias Seguras Salvam Vidas”.
mpulsionadas pela necessidade prática de melhorias e controle de qualidade nos
processos voltados à assistência de pacientes, algumas ferramentas criadas e
utilizadas amplamente pela indústria têm sido adotadas e difundidas no âmbito
hospitalar, dentre eles: a FMEA (Failure Mode and Effects Analysis) ou Análise dos
Modos de Falha e seus Efeitos(5). Esta ferramenta é uma excelente metodologia
utilizada na detecção de modo de falhas conhecidas ou potenciais em produtos ou
processos, permitindo que ações sejam planejadas antes que esses cheguem ao
cliente final, isto é, trabalham a ocorrência de eventos adversos de forma
prospectiva.
A FMEA pode ser de quatro tipos: de produto utilizado para avaliar deficiências no
projeto de desenvolvimento de um produto, antes que o mesmo seja produzido; de
sistemas, indicado para a identificação de falhas nos sistemas e subsistemas antes
do desenvolvimento de um projeto; de processo focado em modos de falhas
causados por deficiências nos processos de fabricação e montagem e de serviço
utilizadas para identificação dos modos de falha de processo e sistemas antes que
o mesmo chegue ao consumidor final.
Órteses, Próteses, Materiais e Medicamentos Especiais, saiba como a AMS
verifica e autoriza esses itens.
Desde janeiro, os usuários do plano AMS estão sendo alertados sobre a máfia das
próteses cirúrgicas. Dando continuidade ao tema, a mídia divulgou, na última
semana, a prisão de oito pessoas acusadas de envolvimento no esquema que
descobriu até cirurgias falsas: o médico afirmava colocar um implante no coração
do doente, fazia a operação, mas não implantava nada. Com essa prática, os
valores dos materiais eram embutidos nos custos da cirurgia e cobrados
indevidamente aos planos de saúde.
Para evitar riscos de fraude nessa situação, entenda como a ams/pasa verifica e
autoriza o pedido de órteses, próteses, materiais especiais - OPME.
Em situações nas quais o usuário precisa de uma Órtese, Prótese e Material Especial
(OPME), uma das preocupações da AMS é a qualidade do material que será utilizado.
Por isso, todo procedimento que precisa de OPME passa por uma avaliação técnica
do procedimento e da procedência do material, que deve ter obrigatoriamente registro
na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).? As etapas de verificação são
amparadas em protocolos clínicos e buscam garantir a qualidade e a adequação dos
serviços do prestador, a melhor utilização dos recursos, a satisfação dos usuários e a
solução de problemas.
O que são OPME?
Órteses: acessórios que melhoram, auxiliam ou mantêm determinada função e
exigem cirurgia para sua implantação. Exemplos: marcapassos cardíacos e
cardiodesfibriladores.?
Próteses: aparelhos que restituem funções orgânicas em substituição a órgãos
retirados, exigindo intervenção cirúrgica, tais como próteses/implantes ortopédicos,
neurocirúrgicos, auditivos, lentes intraocular.
Materiais especiais: materiais cujo uso não é comum a todas as cirurgias, sendo
específicos de determinados eventos, como os materiais de hemodinâmica.
Exemplos: “stents” e cateteres. Também enquadram-se nesta lista os materiais que
são usados para aproximar estruturas orgânicas (tecidos e ossos) como: placas,
pinos, parafusos, grampos, fios de sutura, clipes, pregos e hastes.
Entenda como Funciona o Pedido e a Liberação de OPME
1. O médico deve disponibilizar o Pedido Médico do procedimento (cirurgia) e a
relação dos materiais correspondentes, com a assinatura e carimbo do médico
responsável pela cirurgia, laudo dos exames realizados e protocolo da perícia,
quando necessário;
2. O prestador de serviço, no caso o local onde será realizado o procedimento,
encaminha os documentos citados acima para a Central PASA, juntamente com as
cotações contendo a descrição do material e o registro na Anvisa;
3. O prestador de serviço deve enviar três orçamentos, o que é uma prática comum
em qualquer tipo de cotação e também uma norma do CFM (Conselho Federal de
Medicina) e da ANS (Agência Nacional de Saúde);
4. Na PASA, uma equipe de médicos e/ou enfermeiros analisa o procedimento e o
material. Autorizado o procedimento, a solicitação da OPME é analisada;
5. A PASA efetiva as cotações e a negociação com os fornecedores de OPME e
Hospitais, visando resguardar a transparência do processo;
6. A PASA encaminha a autorização do procedimento de OPME ao fornecedor e
Hospital;
7. O procedimento é realizado.
ATENÇÃO:
O prestador de serviço deve enviar a documentação completa com o máximo de
antecedência possível da realização do procedimento, pois o prazo de autorização
dos referidos itens começa a contar a partir do recebimento da documentação
completa.
Os procedimentos de urgência e emergência também necessitam de liberação
por parte da AMS/PASA.
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) determina o prazo máximo de
21 dias para a liberação de procedimentos que envolvam OPME. A AMS trabalha
para atender seus usuários o mais rápido possível.
Importante
O prazo determinado pela ANS visa a necessidade da operadora verificar se todos os
materiais e/ou medicamentos de alto custo indicados ao usuário são registrados na
Anvisa, a real necessidade do uso do mesmo e o tempos necessário para negociação
dos mesmos com os fornecedores.
Cfm Proíbe Indicação De Marcas De Órteses E Próteses
A resolução 1.956/10 do Conselho Federal de Medicina (CFM) proíbe que médicos
indiquem marcas ou fornecedores de próteses, órteses ou materiais implantáveis aos
pacientes. A norma determina que o médico pode estabelecer as características do
material (tipo, matéria-prima, dimensões) e o instrumento compatível e adequado à
execução do procedimento.
O médico que infringir a resolução está sujeito a processo ético-profissional. As
penalidades vão de advertência até cassação do registro profissional.
Nos casos em que o médico não aceitar a OPME fornecida ao paciente por plano de
saúde ou instituição pública, ele pode recusar o produto e indicar pelo menos três
outras marcas que tenham registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa). Caso o plano de saúde ou instituição pública não aceite as indicações, a
norma prevê que será escolhido um especialista para dar análise final.
Como é a gestão de OPME (Órteses, Próteses e Materiais Especiais) dentro de um hospital.
Ao gerenciarmos uma unidade de serviço temos o objetivo de obter produtividade e
harmonia no ambiente de trabalho, garantindo a todos os envolvidos no processo a
segurança de que, o direcionamento do serviço está trilhando caminhos exatos.
Dentro de uma instituição hospitalar os materiais consignados, em especial os que são
chamados de OPME (órtese, prótese e materiais especiais) representam um alto custo
dos gastos hospitalares. A grande diversidade e o elevado custo requer uma gestão
segura e racional.
Por isso, os objetivos de uma instituição hospitalar na gestão de OPME devem ser:
Segurança do paciente, Eficiência operacional, Redução de desperdício e variabilidade,
Relações comerciais e técnicas harmoniosas, Oferecer uma boa relação custo
benefício para os materiais, Eliminação do risco de glosas/atrasos no faturamento,
Inspirar confiança e resolubilidade, e com certeza Ser uma instituição economicamente
viável.
Os dispositivos médicos hospitalários (OPME) representam uma das áreas mais
complexas e incompreendidas no mundo da saúde, onde cada grupo possui
determinadas características, como preço, giro, data de validade, prazos de entrega,
dentre outras. Tornando estes um desempenho preponderante na balança das contas
hospitalares, levando o serviço de suprimentos a manter todos os itens de OPME em
uma proporção adequada de utilização.
Um dos interesses da Gerência de Suprimentos é evitar a falta de materiais quando
solicitados, bem como manter um estoque mínimo dentro da organização, uma vez que
os materiais especiais demandam um alto fluxo de caixa.
Outra grande preocupação da Gerencia de Suprimentos é com a logística praticada
pelos distribuidores desses materiais, que por vezes compromete todo o plano de
abastecimento, gerando insatisfação dos clientes internos: médicos, gerentes de
unidades, coordenadores e a alta direção, bem como dos clientes externos: pacientes e
as operadoras de saúde.
O Serviço de Suprimento Hospitalar deve ter uma variedade de fornecedores
cadastrados em seu sistema, aqueles que atendam de maneira rápida a solicitação do
OPME e que dê prazos para pagamento, visto que a conta hospitalar em que aquele
material está incluso será somente pago pela operadora de saúde possivelmente no
mês seguinte, quando fechar a competência do faturamento.
Há também a necessidade da implantação de rígidos controles no uso, porque pode
haver uma tendência a consumir mais, determinado item, somente porque o mesmo
está disponível ao uso. Entretanto há necessidade de várias marcas com
disponibilidade de consignação de materiais especiais.
O gestor do Serviço de Suprimento necessita ter certo conhecimento de mercado, por
maior que seja o seu grau de formação acadêmica, pois negociar é trabalhar com
expectativas, preços praticados pelo mercado, qualidade e prazos de entrega.
Diversos recursos proporcionam a otimização dos resultados ao Serviço de
Suprimento, tais como o cadastro de requisições praticadas pelas unidades de
serviços, a organização dessas requisições para uma melhor compra, a confecção de
planilhas comparativas de preços, realização e envio de cotações para os
fornecedores, análise da melhor cotação por produto ou por fornecedor, avaliando
neste item o preço e qualidade.
Portanto, é também importe trabalhar com um sistema de informação adequado e de
confiança, permitindo a monitoração e integração de todo o fluxo, inclusive dispondo de
instrumentos de apoio aos gestores, como os relatórios gerenciais. Uma vez que a
eficiência no gerenciamento de todos os materiais especiais é indispensável para
manter um estoque em níveis adequados, além de melhorar o planejamento de
compras e solicitações de consignação.
Conclui-se que, para obter resultados efetivos na gestão de OPME dentro de uma
organização hospitalar é necessário que haja uma equipe especializada,
multidisciplinar, com conhecimento administrativo e técnico sobre os produtos a serem
utilizados. Assim, o processo terá abrangência necessária: compatibilidade dos
produtos com os procedimentos, escolhas de produtos similares nos quesitos de
qualidade e funcionalidade; informações estas que darão maior coerência técnica nas
negociações, procedendo em diminuição dos custos, maior transparência e otimização
do processo.
Fluxograma: passo a passo para um processo de fabricação de OPME eficiente
Para trabalhar com OPMEs, é preciso dar uma atenção especial a todo o processo que elas estejam envolvidas. Desde a identificação da necessidade até a fabricação desses materiais, é fundamental acompanhar de perto cada etapa e garantir sua eficiência.
Mas, antes de nos aprofundarmos no passo a passo para o processo de fabricação de
OPMEs, vamos entender do que se tratam.
O que são OPMEs
OPME é uma sigla que corresponde a nomenclatura de Órteses, Próteses e Materiais Especiais usada normalmente por profissionais da área da saúde e por empresas que trabalham diretamente com esses produtos.
Esses materiais costumam ser usados em pacientes que, após constatação por
diagnóstico, necessitam de intervenções médicas.
Acompanhe abaixo a funcionalidade de cada um desses materiais de saúde:
Funcionalidades das OPMEs
Órteses
São materiais conhecidos por oferecerem uma estrutura permanente ou não que pode substituir as funções realizadas por um membro, seja órgão ou tecido do corpo humano, sem necessidade de intervenção cirúrgica. Para isso, sua usabilidade necessita que seja acoplada ao corpo do paciente, oferecendo facilidade tanto na
colocação quanto na remoção.
Próteses
As próteses também são conhecidas por serem materiais ou estruturas permanentes ou não, assim como as órteses. O que as diferenciam é que as próteses podem substituir completamente um membro, um órgão ou um tecido do corpo humano. Normalmente são usadas em casos de acidentes, principalmente os que culminam em amputação, em que a falta do membro impacta muito na qualidade de vida do paciente.
Seu uso permite o retorno às atividades do dia a dia.
Materiais especiais
Os materiais especiais são caracterizados por todos os insumos que dão suporte ao tratamento prescrito. Podem ser implantados ou não, mas de qualquer forma são limitados ao uso individual. Um dos materiais bastante utilizados é o cateter, conhecido em procedimentos cardiovasculares.
Como pudemos observar, as OPMEs têm grande importância nos tratamentos dos pacientes e, por serem materiais diretamente relacionados à saúde, exigem muitos cuidados e testes ao longo do seu processo.
Para garantir o padrão de qualidade exigido, foram criados programas que regulamentam e controlam o setor que lida com o desenvolvimento desses materiais e com a introdução deles na rotina dos pacientes.
Então, dentro do processo de fabricação de OPME e de distribuição, como no caso dos hospitais, foi necessário implementar rigorosas verificações da gestão de OPMEs,
assegurando fatores como:
– Segurança do paciente;
– Eficiência das pessoas envolvidos nos processos e práticas operacionais;
– Redução de desperdício;
– Garantia de experiência e conhecimento aos colaboradores envolvidos;
– Bom custo-benefício para as aquisições;
– Relacionamentos eficazes com os fornecedores;
– Confiança do público;
– Monitoramento e controle do estoque;
– Disponibilidade dos itens quando necessário.
Saiba se o manuseio e gestão de OPMEs em sua distribuidora é seguro
É preciso estar atento a todos esses itens, pois o não cumprimento de uma das cláusulas das verificações pode resultar na remoção da homologação que garante os
direitos à instituição para manipular órteses, próteses e materiais especiais (OPMEs).
Para checar todos os detalhes em cada etapa do processo e reduzir as falhas de gestão das OPMEs, é interessante seguir um fluxograma com o passo a passo que envolve todo o processo de fabricação e distribuição desses materiais.
O processo de OPME é um tanto quanto crítico, começando pela definição dos materiais que são indicados para a intervenção. Depois disso, temos a burocracia exigidas pelos processos administrativos, envolvendo também orçamentos e autorizações, pelas ações assistenciais de solicitação, recebimento, preparo e até o final do ciclo, com a utilização dos insumos e o seu descarte.
Por todos esses motivos é que o processo que envolve as OPMEs deve estar bem definido, com as informações claras e adequadas, visando atender às necessidades
dos pacientes e demais envolvidos no processo.
O que precisa conter em um fluxograma para processo de fabricação de OPME
Ao descrevermos um fluxograma básico sobre o processo de fabricação de OPME (órteses, próteses e materiais especiais), contendo todas as informações desde a
produção até a sua distribuição, observamos as seguintes etapas:
Microfusão ou forjamento
É uma etapa a qual ocorre após a identificação da necessidade de produção dos
materiais.
Tratamento superficial
O momento em que os produtos recebem suas características básicas.
Revestimento
É a etapa em que é aplicada a proteção básica às peças fabricadas.
Gravação a laser
Nesse momento o foco é esculpir e gravar as inscrições ou identificações específicas
do produto.
Polimento e acabamento superficial
É quando o material passa a adquirir a aparência mais próxima do que se tem em mente no momento da aquisição.
Metrologia
Está relacionada à verificação e busca por eventuais falhas no processo, evitando que uma peça defeituosa passe adiante.
Esterilização
É a higienização mandatória para que os materiais possam ser implantados e utilizados sem riscos aos pacientes.
Embalagem
Precisa considerar a segurança para o transporte dos materiais e sua disposição no ponto de venda.
Os processos ligados à fabricação dos OPMEs automaticamente estão relacionados com o manuseio da matéria-prima. Os produtos finais passam por revestimento, esterilização e embalagem, passando por aprovação antes da sua distribuição e
comercialização.
Buscando entender a crescente demanda de OPMEs, é comum que ocorram pesquisas de mercado para identificar possíveis falhas e, assim, apontando as melhorias necessárias no processo de fabricação de OPME. E um dos requisitos analisados é se os materiais chegam ao consumidor final com o registro da Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Por isso, manter um fluxograma atualizado e que atenda às necessidades de todas as pessoas envolvidas no processo de fabricação de OPME auxilia na redução de falhas nas execuções, assim como na implantação de ações para redução do risco
assistencial aos pacientes.
O controle de autorização da OPME
Muitos hospitais trabalham com materiais diferenciados para cirurgias de grande porte,
materiais esses chamados de OPMEs – Órteses, Próteses e Materiais Especiais. Por
serem especiais, estes suprimentos necessitam de maior investimento e, assim,
influenciam diretamente nos lucros da unidade de saúde. Por isso, é importante adotar
um sistema de gestão que forneça controle total do processo, desde a solicitação
e autorização da OPME, até sua chegada e utilização.
Com um sistema como o Smart, é possível fazer toda a gestão de materiais especiais
em uma mesma plataforma, em regime ambulatorial. A primeira etapa para uso de
procedimentos eletivos é a cotação junto aos fornecedores, depois o envio para o
convênio aprovar, a autorização e a efetivação da compra. Para a solicitação de
autorização é preenchido o formulário com cotações e enviado a Operadora de Saúde,
que autoriza o fornecimento.
Em casos de urgência, a rapidez desse processo pode interferir diretamente na saúde
e atendimento adequado do paciente. Assim, ter um sistema que faça a gestão de
todas essas etapas do controle de autorização da OPME é de extrema importância
para uma instituição de saúde.
Em um exemplo prático, suponhamos que um paciente sofreu um acidente de carro e
fraturou o fêmur. Assim que chega ao hospital, é levado ao centro cirúrgico e identifica-
se que ele precisará de um material especial em sua cirurgia. Assim, é feita uma
solicitação junto ao fornecedor, que leva o material para a cirurgia e posteriormente o
médico faz o relatório médico, bem como, a solicitação do OPME via sistema.
Posteriormente a central de autorização faz a solicitação de autorização junto ao
convênio do paciente. Então, o convênio autoriza o material. Esse processo precisa ser
feito com rapidez, pois o paciente está no centro cirúrgico aguardando o material para
que o procedimento seja executado.
Para ser um processo ágil e preciso, o controle de autorização da OPME deve ser
feito com a ajuda de um sistema de gestão. Assim, é possível evitar glosas, otimizar os
lucros, utilizar uma única plataforma para gerenciar todo o processo, além de atender
mais rápido e melhor aos pacientes que necessitem desse tipo de procedimento.
Qual o gasto com OPME?
Quando se trata de OPME é importante analisar seu impacto financeiro, causado nas
instituições de saúde.
Estudo recente do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar - IESS abordou o
tema distorções no gasto com OPME.
Para saber um pouco mais, acesse o artigo “Distorções no gasto com OPME – o que
está causando os altos valores pagos por produtos para saúde no sistema de saúde
suplementar?”
Ficar atento aos custos é essencial no setor de OPME, uma vez que a sinistralidade
das operadoras de saúde, compreendida como a relação entre a sua receita e os
custos assistenciais, cresce a cada ano.
O índice de Variação de Custos Médico-Hospitalares - VCMH é o principal indicador
utilizado pelo mercado de saúde suplementar, como referência sobre o comportamento
de custos.
De acordo com pesquisas do Instituto de Estudos de Saúde Complementar - IESS, o
custo das operadoras de planos de saúde, apurado pelo Índice de Variação de Custos
Médico-Hospitalares (VCMH), alcançou alta de 19,3% nos 12 meses encerrados em
dezembro de 2015.
Neste mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA
registrou elevação de 10,67 % na inflação geral no país.
Com estes dados é possível avaliar a importância do gerenciamento efetivo das
órteses e próteses, uma vez que esses materiais representam grande impacto nas
instituições de saúde.
Taxa de sinistralidade das operadoras médico-hospitalares, por modalidade da
operadora (Brasil - 2013-2015).
VCMH X IPCA
Portanto, dedicar um setor específico para o gerenciamento das OPMEs certamente
representa uma medida que trará resultados positivos, significativos, à gestão da
sinistralidade das operadoras de saúde. Atualize-se! O IESS sempre divulga as mais
novas informações sobre a Variação de Custos Médicos Hospitalares - VCMH.
Contexto
Atualmente existem determinados fatores que representam novos desafios à gestão da
sinistralidade das operadoras de saúde.
No que se refere a OPME, o conhecimento técnico e de gestão é fundamental para o
alcance de melhores resultados.
A busca pela qualidade dos materiais e custos viáveis devem ser objeto de especial
atenção.
Clientes e beneficiários, fornecedores, o governo e as agências reguladoras, as redes
prestadoras de serviço e os profissionais de saúde, assim como o próprio impacto
tecnológico, são elementos que devem ser analisados.
É importante destacar que o aumento dos custos da assistência médica também é um
reflexo das transformações sociais.
É inegável que o aumento da expectativa de vida e o acesso à tecnologia promoveram
melhor nível de informação, agregando maior proteção à população, como
consumidores.
Também é importante destacar que os avanços tecnológicos permitiram uma atuação
médica abrangente. Quanto maior as possibilidades de intervenções que produzam
resultados satisfatórios, maior o desejo dos profissionais de saúde em promover
qualidade de vida.
Áreas a serem avaliadas continuamente
As órteses, próteses e materiais especiais representam um setor de extrema
importância na gestão de saúde, de modo que determinadas áreas demandam uma
avaliação contínua para melhores resultados das operadoras e dos hospitais.
O departamento jurídico deve elaborar contratos definindo os critérios e formalizando
entre as partes as demais regras referentes aos serviços, como regras de utilização e
remuneração de instrumentais e equipamentos utilizados em procedimentos.
Ações destinadas à medicina preventiva são essenciais para a conscientização acerca
da necessidade de mudanças nos hábitos de vida.
A identificação das órteses e próteses que possuem maior impacto financeiro, para que
se inicie a gestão desse grupo de OPME. Esta ação também é conhecida como
codificação da curva A.
Outra área que necessita de avaliação constante é a padronização de OPME,
identificando aqueles materiais que, embora com nomenclaturas distintas, possuam a
mesma finalidade e efetividade.