OFICINA DE FORMAÇÃO: Concepção, Gestão e Avaliação de ... · Relatório, na sua versão...
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REDE EUROPEIA ANTI-POBREZA/ PORTUGAL
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO E
EMPREGABILIDADE DE PÚBLICOS DESFAVORECIDOS
Relatório de Análise dos Questionários
Versão Preliminar
Dezembro | 2008
Organização Apoios
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
1
NOTAS INICIAIS
Este trabalho de investigação resulta de um Protocolo de Cooperação assinado entre a Rede Europeia Anti-
Pobreza/Portugal (REAPN) e o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Assim, o presente
Relatório, na sua versão preliminar, resulta da análise das informações recolhidas através do Questionário
de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos, o qual teve como objectivo avaliar
o impacto da formação junto dos públicos desfavorecidos, particularmente ao nível da empregabilidade,
qualificação profissional e inserção social.
Assim, procurou-se, através do envio de um questionário às entidades promotoras de formação, em cada
um dos 18 distritos de Portugal Continental, recolher dados sobre a formação realizada, durante o ano de
2005, no âmbito de algumas das políticas de inserção social e profissional de públicos desfavorecidos.
Entre essas medidas destacamos a Medida 5.3 – Promoção da Inserção Social e Profissional de Grupos
Desfavorecidos do Programa Operacional de Emprego, Formação e Desenvolvimento Social; Mercado Social
de Emprego e o Programa para a Inclusão e Desenvolvimento (PROGRIDE), nomeadamente as Medidas 1 -
Apoiar o desenvolvimento de projectos que combatam fenómenos graves de exclusão em territórios
identificados como prioritários e 2 - Apoiar o desenvolvimento de projectos direccionados para a promoção
da inclusão e da melhoria das condições de vida de grupos específicos.
Importa referir que dos 59 questionários remetidos, foram considerados válidos, para tratamento e análise
estatística1
48 questionários.
No que respeita à sua estrutura, o questionário de “Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos
Desfavorecidos”, encontra-se organizado em cinco domínios de questões, a saber:
1 | A Entidade;
2 | Identificação da Medida;
3 | Perfil dos Destinatários;
4 | O Processo de Formação;
5 | Avaliação.
Assim, seguidamente, apresentaremos, de forma descritiva e recorrendo aos quadros produzidos pelo SPSS
- Statistical Package for Social Sciences – versão 17.0, os principais resultados obtidos para cada um dos
domínios de questões referidos. Note-se que os respectivos quadros e figuras não obedeceram a um
tratamento gráfico cuidado, numeração ou com a designação do seu título ou fonte, em virtude do seu
carácter preliminar.
1
O tratamento estatístico foi feito através do pakage estatístico SPSS - Statistical Package for Social Sciences – versão 17.0 para
Windows.
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
2
1 | A ENTIDADE;
Com este primeiro bloco de questões, procurou-se, sobretudo, recolher um conjunto de dados
identificativos sobre a entidade, nomeadamente, os seus contactos, equiparação a Instituição Particular de
Solidariedade Social (IPSS) e natureza jurídica.
Assim, no que respeita ao número de entidades, por distrito, que responderam ao questionário “Avaliação
da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecido”, afirmando ter desenvolvido, em 2005,
formação dirigida a públicos desfavorecidos podemos destacar os seguintes aspectos:
- Os distritos do Porto (8 respostas/16,7%), Aveiro (7 respostas/14,6%) e Coimbra (5 respostas/10,4%) foram
aqueles que obtiveram um maior número de respostas. Ou seja, verifica-se, nestes distritos, uma maior
presença de entidades promotoras de formação que se disponibilizaram para responder ao questionário;
- Não foi possível obter qualquer informação, através da resposta ao questionário, dos distritos de Santarém
e Viana do Castelo.
Distritos Frequências Percentagem Percentagem acumulada
Aveiro 7 14,6 14,6
Beja 3 6,3 20,8
Braga 3 6,3 27,1
Bragança 1 2,1 29,2
Castelo Branco 3 6,3 35,4
Coimbra 5 10,4 45,8
Évora 1 2,1 47,9
Faro 3 6,3 54,2
Guarda 1 2,1 56,3
Leiria 4 8,3 64,6
Lisboa 1 2,1 66,7
Portalegre 1 2,1 68,8
Porto 8 16,7 85,4
Setúbal 2 4,2 89,6
Vila Real 2 4,2 93,8
Viseu 3 6,3 100,0
Total 48 100,0
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
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Relativamente à equiparação da entidade como IPSS observa-se que das 48 organizações que responderam
aos questionários, cerca de 66,7% (32) afirmam ter Estatuto de IPSS.
Opções de
resposta Frequências Percentagem
Percentagem
acumulada
Não 16 33,3 33,3
Sim 32 66,7 100,0
Total 48 100,0
No que respeita à natureza jurídica das organizações é possível observar uma relativa diversidade na forma
de constituição destas organizações. Desta forma, existe uma expressão considerável de associações sem
fins lucrativos (26/54,2%), a par de associações de desenvolvimento local (7/14,6%), misericórdias (4/8,3%),
cooperativas (3/6,3%) e empresas privadas (3/6,3%).
Estes dados revelam a diversidade de promotores de formação junto dos públicos desfavorecidos,
particularmente ao nível da empregabilidade, qualificação profissional e inserção social.
P 1.1 – Forma jurídica da pessoa colectiva de suporte ao projecto
Opções de resposta Frequências Percentagem Percentagem acumulada
Associação Sem Fins
Lucrativos
26 54,2 54,2
Associação de
desenvolvimento local
7 14,6 68,8
Fundação 1 2,1 70,8
Misericórdia 4 8,3 79,2
Mutualidade 2 4,2 83,3
Cooperativa 3 6,3 89,6
Empresa Privada 3 6,3 95,8
Associação Comercial 1 2,1 97,9
Agrupamento
Complementar de Empresas
1 2,1 100
Total 48 100,0
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
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2 | IDENTIFICAÇÃO DA MEDIDA;
Com este segundo domínio de questões, procurou-se, sobretudo, recolher um conjunto informações sobre
a formação executada pelas organizações, em 2005, segundo o tipo de medida dirigida aos públicos
desfavorecidos. Ou seja, para além da identificação do tipo de medida, as entidades foram convidadas a
indicar quais as organizações que envolveram na constituição da parceria de desenvolvimento do processo
formativo, qual a responsabilidade/papel dos parceiros no processo de formação, a existência de outros
apoios e, por último, a descrição das acções de formação desenvolvidas ao nível da área de formação, início
e conclusão, número de formandos que iniciaram, desistiram e concluíram as respectivas acções.
Importa, desde já, referir que só foram considerados válidos para tratamento e análise estatística os
questionários, cujas organizações afirmam ter desenvolvido formação para públicos desfavorecidos,
durante o ano de 2005.
P 2.1 – A entidade desenvolveu formação para públicos
desfavorecidos
Opções de
resposta Frequências Percentagem
Percentagem
acumulada
Válidas 48 100,0 100,0
Assim, com base nas possibilidades de respostas relativas ao tipo de medida, sob a qual as entidades
desenvolveram acções de formação, foram obtidos os seguintes resultados:
- Medida 5.3 – Promoção da Inserção Social e Profissional de Grupos Desfavorecidos do Programa
Operacional de Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS) – 95,8%;
- Mercado Social de Emprego – 10,4%;
- Programa para a Inclusão e Desenvolvimento (PROGRIDE) – Medida 1 - Apoiar o desenvolvimento de
projectos que combatam fenómenos graves de exclusão em territórios identificados como prioritários -
2,1%;
- Programa para a Inclusão e Desenvolvimento (PROGRIDE) - Medida 2 - Apoiar o desenvolvimento de
projectos direccionados para a promoção da inclusão e da melhoria das condições de vida de grupos
específicos – 2,1%;
Para além do tipo de medidas apresentadas anteriormente, foram identificadas, pelas entidades promotoras
da formação, outras, nomeadamente o Programa Escolas Oficinas – IEFP (4,2%) e a Medida 1.1 Formação
Inicial com Certificação Profissional e Escolar do POEFDS (2,1%).
O Programa Escolas Oficinas – IEFP, dirigido a jovens desempregados ou à procura do primeiro emprego,
inscritos nos Centros de Emprego, bem como a desempregados de longa duração, inscritos nos Centros de
Emprego, tem por objectivo proporcionar qualificação profissional adequada ao exercício de uma actividade
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
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no domínio de ofícios tradicionais e de novas profissões relacionadas com a valorização do património
natural e urbanístico, contribuindo para o desenvolvimento cultural e regional.
P 2.2 - Identificação da Medida de Apoio à Formação de Públicos Desfavorecidos
Opções de resposta
Identificação do Tipo de Medidaa
Respostas
Percentagem de casos
Número
Mercado Social de Emprego
POEFDS - Medida 5.3
PROGRIDE Medida 1
PROGRIDE Medida 2
Programa Escolas Oficinas - IEFP
POEFDS Medida 1.1 – Formação Inicial
5 10,4
46 95,8
1
1
2,1
2,1
2 4,2
1 2,1
Total 56 116,7
Os cursos de Educação e Formação promovidos no âmbito da Medida 1.1 do POEFDS visam a aquisição das
competências escolares, académicas, técnicas, sociais e relacionais, correspondentes a uma qualificação
profissional de nível 1, 2 ou 3, associada à equivalência ao 6.º, 9.º ou 12.º ano de escolaridade,
respectivamente. A estrutura, o conteúdo e a duração das componentes de formação, varia em função do
perfil de ingresso de cada participante, em especial das competências de natureza técnica e académica
previamente adquiridas. São destinatários destes cursos, preferencialmente, jovens com idade igual ou
superior a 15 anos e inferior ou igual a 25 anos, em risco de abandono escolar ou que já abandonaram,
antes da conclusão da escolaridade de 12 anos, bem como àqueles que, após conclusão dos 12 anos de
escolaridade, pretendam adquirir uma qualificação profissional para ingresso no mercado de emprego.
No que respeita à natureza dos parceiros que as entidades promotoras da formação envolveram no apoio
ao processo formativo para os públicos desfavorecidos, foi possível verificar, com base nas respostas
obtidas, que o Centro de Emprego e Formação Profissional revelou-se um parceiro presente na maior parte
das parcerias constituídas (66,7%), bem como, as Empresas privadas ou públicas (56,3%) e as Autarquias
Locais (50,0%). Importa também referir a participação dos Centros Distritais de Segurança Social nas
parcerias constituídas (31,3%).
Uma das explicações possíveis para os resultados obtidos nesta pergunta poderá estar, naturalmente,
associada ao facto de os serviços públicos de emprego (caso do IEFP, UNIVAS, etc.) ou de inserção e acção
social serem dos serviços com maior proximidade e visibilidade junto dos públicos em situação de risco
social. Sendo que estes os procuram na expectativa de, por um lado, garantir as condições de acesso às
contribuições previstas pelo modelo do Estado Social Português, e por outro, potenciar o aumento da sua
empregabilidade com a frequência de acções de formação. De todo o caso, é possível observar que os
parceiros, mais vezes referenciados pelas entidades promotoras de formação na constituição da parceria,
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
6
privilegiam o trabalho com os públicos desfavorecidos com maiores dificuldades de inserção no mercado de
trabalho, sendo por isso “aliados naturais” na formação e empregabilidade dos mesmos.
P 2.3 - Parcerias desenvolvidas no âmbito da Formação
Opções de resposta
Respostas
Percentagem de casos
Número
Parcerias desenvolvidas na
formação
Instituto de Emprego e
Formação Profissional
32 66,7
Centro Distrital de
Segurança Social
15 31,3
Entidades formadoras
certificadas
12 25,0
Empresas privadas ou
públicas
27 56,3
Associações empresariais 5 10,4
Autarquias locais 24 50,0
IPSS do concelho 8 16,7
Total 123 256,3
No que respeita à concretização da parceria2
, ou seja, em que momento do processo formativo os parceiros
tiveram um papel mais interventivo, podemos observar que existiu um considerável envolvimento dos
mesmos na fase de recrutamento e selecção dos formandos (85,1%); seguido do apoio à colocação dos
formandos no período pós-formação (61,7%) e apoio logístico à formação (36,2%).
P 2.4 – Como se concretizou a Parceria?
Opções de resposta Respostas Percentagem de casos
2
Importa referir que dos 39 questionários validados, e no que se refere a esta questão verificamos a existência de um questionário
que deu uma resposta não válida. Esta ocorrência poderá ser observada, com maior detalhe, no Anexo 1. Quadros Produzidos.
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
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Número
Concretização
das parcerias
Recrutamento e selecção dos formandos 40 85,1
Apoio à colocação dos formandos no período pós-formação 29 61,7
Apoio logístico à formação 17 36,2
Avaliação da formação 10 21,3
Divulgação da formação 2 4,3
Na realização da formação prática em contexto real de
trabalho
5 10,6
Ao longo de todo o processo formativo 3 6,4
Total 106 225,5
Quando questionadas sobre a existência de outros apoios obtidos para a realização da acções de formação
dirigidas a públicos desfavorecidos, as organizações optaram por não responder. Na verdade, dos 48
questionários validados, só três entidades afirmam ter beneficiado de outros apoios: duas para apoio à
contratação do IEFP e a terceira para a realização de obras de adaptação.
P 2.5 – Outros Apoio obtidos
Opções de resposta
Respostas Percentagem de
casos Número
Outros apoios Apoio à contratação IEFP 2 66,7
Apoio financeiro para obras
de adaptação
1 33,3
Total 3 100,0%
Este segundo bloco de questões termina com a solicitação, às entidades promotoras de formação, de um
conjunto de informações sobre as acções que desenvolveram em 2005, cujos beneficiários foram públicos
em situação de exclusão social. Assim, e atendendo à diversidade de cursos registados nos 48
questionários, tornou-se necessário agrupá-los com vista à sua utilização, para fins estatísticos, segundo
Classificação Nacional das Áreas de Educação e Formação (CNAEF) no âmbito do Sistema Estatístico
Nacional, definido e aprovado pela Portaria n.º 256/2005, de 16 de Março. Importa referir que os cursos
cujas áreas de formação não foram passíveis de enquadrar nesta tipologia, num total de 6, foram
agrupados na categoria Outras. Por conseguinte, e observando a figura seguinte, é possível verificar que os
92 cursos promovidos repartiram-se pelas seguintes 20 áreas de formação:
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
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251 – Artesanato;
341 – Comércio;
345 - Gestão e Administração;
481 - Ciências Informáticas;
523 - Electrónica e Automação;
525 - Construção e Reparação de Veículos a Motor;
541 - Indústrias Alimentares;
542 - Têxtil, Vestuário, Calçado e Couros;
543 - Materiais (Cerâmica e Madeiras);
582 - Construção Civil e Engenharia Civil;
621 - Produção Agrícola e Animal;
622 - Floricultura e jardinagem;
623 - Silvicultura e Caça;
761 - Serviços de Apoio a Crianças e Jovens;
811 - Hotelaria e Restauração;
814 - Serviços Domésticos;
815 - Cuidados de Beleza;
819 - Serviços Pessoais;
862 - Segurança, Higiene do Trabalho;
000 – Outras.
No que respeita às áreas de formação, nas quais se realizaram mais acções formativas, destacam-se a
Hotelaria e Restauração e os Serviços Domésticos, com 19 acções cada uma (21%); seguem-se, ainda que de
uma forma menos expressiva, apenas com 6 acções cada, os cursos das áreas das Ciências Informáticas e
Serviços de Apoio a Crianças e Jovens.
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
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Com base nos dados recolhidos, nomeadamente sobre a duração dos cursos (em meses), foi possível
verificar que, em média, os cursos tiveram uma duração de 12 meses, ou seja um ano. No entanto, entre as
áreas de formação com processos formativos mais demorados, entre 14 a 13 meses, destacam-se a
Electrónica e Automação (14 meses), Silvicultura e Caça (13 meses); Ciências Informáticas (13 meses) e
Serviços Pessoais (13 meses). Do lado oposto, ou seja cursos com uma menor duração, entre 3 a 5 meses,
encontram-se as acções de formação enquadráveis nas tipologias Outras (3,5 meses); Serviços Pessoais (4
meses); Segurança, Higiene do Trabalho (5 meses).
Relativamente ao número de formandos que iniciaram as das acções de formação, é possível constatar que,
em média, cada grupo de formandos, era composto por 12 indivíduos (ver fig. 3).
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
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Um aspecto que merece muita atenção num processo de formação e que, necessariamente, contribui para o
seu êxito relaciona-se com os formandos que, por motivos de natureza diversa, abandonam o processo, ou
seja desistem. Desta forma, com base nos elementos recolhidos nos questionários (ver fig. 4), foi possível
observar que, em média, 2 formandos abandonam o curso em que se inscreveram antes da sua conclusão.
Esta situação, no total dos 92 cursos, teve uma expressão particularmente negativa na acção de formação
na área da Floricultura e Jardinagem, registando-se a desistência de 6 formandos.
Na sequência dos indicadores anterior, podemos observar que, em média, concluíram as acções de
formação, um grupo de formandos, composto por 10 indivíduos (ver fig. 5).
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
11
Importa referir que este estudo pretende, com base na recolha de informação sobre a formação realizada
no âmbito de um conjunto de medidas desenhadas em função das necessidades especiais de determinados
grupos com particulares dificuldades no acesso ao mercado de trabalho, como sejam as pessoas com
deficiência, os desempregados de longa duração, as minorias étnicas, os toxicodependentes e outros
grupos cuja integração social se encontra fragilizada, em resultado de situações de pobreza, discriminação
ou marginalidade social. Assim, a análise do indicador número de formandos colocados após a acção de
formação encerra toda a pertinência.
Face ao exposto, com base nos dados recolhidos, foram colocados, após a conclusão do percurso
formativo, em média, cinco indivíduos por curso. Importa referir que nas áreas de formação Serviços
Pessoais (13), Cuidados de Beleza (10), Electrónica e Automação (8) e Construção e Reparação de Veículos
as Motor (7) registaram-se os valores mais significativos no que respeita à integração profissional dos
formandos.
Em seguida apresenta-se um quadro síntese com dados, por área de formação, das acções de formação
desenvolvidas pelas 48 entidades que responderam ao questionário de Avaliação da Formação e
Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos.
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
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Informação sobre as acções de formação desenvolvidas (pergunta 2.6)
Área(s) de Formação Desenvolvida(s) (Portaria
n.º 256/2005, de 16 de Março)
Número
de acções
Duração Média da
Formação (n.º
meses)
Número Médio
Formandos no
início das acções
Número Médio de
Formandos que
desistiram
Número Médio de
Formandos que
concluem as acções
Número de
Formandos
colocados após
a acção
251 - Artesanato 3,0 13,3 11,3 1,3 10,0 5,0
341 - Comércio 5,0 15,4 12,6 2,0 10,8 6,0
345 - Gestão e Administração 4,0 11,0 11,3 2,0 8,8 3,3
481 - Ciências Informáticas 6,0 15,7 12,8 1,8 11,0 5,3
523 - Electrónica e Automação 1,0 5,0 14,0 2,0 10,0 8,0
525 - Construção e Reparação de Veículos
a Motor 1,0 15,0 12,0 1,0 11,0 7,0
541 - Indústrias Alimentares 2,0 11,0 10,0 1,5 8,5 4,0
542 - Têxtil, Vestuário, Calçado e Couros 4,0 12,5 11,5 0,8 10,8 5,8
543 - Materiais (Cerâmica e Madeiras) 4,0 8,8 10,0 2,3 8,0 2,8
582 - Construção Civil e Engenharia Civil 3,0 11,3 10,7 3,0 7,7 3,7
621 - Produção Agrícola e Animal 4,0 11,8 11,0 1,3 9,8 4,8
622 - Floricultura e jardinagem 1,0 10,0 12,0 6,0 6,0 6,0
623 - Silvicultura e Caça 1,0 17,0 12,0 3,0 9,0 4,0
761 - Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 6,0 13,2 12,7 1,3 11,3 3,8
811 - Hotelaria e Restauração 19,0 13,2 12,5 2,1 10,5 4,1
814 - Serviços Domésticos 19,0 13,2 12,5 1,0 11,5 5,1
815 - Cuidados de Beleza 1,0 16,0 12,0 2,0 10,0 10,0
819 - Serviços Pessoais 1,0 4,0 13,0 0,0 13,0 13,0
862 - Segurança, Higiene do Trabalho 1,0 5,0 9,0 0,0 9,0 0,0
000 - Outras 6,0 3,5 11,5 0,7 10,8 1,2
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
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3 | PERFIL DOS DESTINATÁRIOS;
Tal como o próprio nome indica, esta terceira secção do questionário, centrou-se na recolha de dados sobre
o perfil dos formandos, nomeadamente o género, idade, habilitações literárias, situação e experiência
profissional. Ao mesmo tempo, solicitou-se às entidades promotoras da formação que indicassem quais os
critérios de selecção que adoptaram no recrutamento dos formandos.
Face ao exposto, os 92 cursos registados envolveram a participação de 1 284 indivíduos, maioritariamente
do sexo feminino (1 049/81,7%), sendo que os homens representam 18,3% (235) do universo dos
formandos.
P 3.1 – Número de formandos do sexo masculino
Opções de resposta Número de respostas válidas Somatório
Número de destinatários do
sexo masculino
47 235
P 3.1 – Número de formandos do sexo feminino
Opções de resposta Número de respostas válidas Somatório
Número de destinatários do
sexo feminino
47 1 049
No que respeita à estrutura etária dos formandos, num total 949 indivíduos, é possível verificar que existe
uma concentração significativa de indivíduos com idades compreendidas entre os 31 e 40 anos, cerca de
335 formandos, o que representa 35,3% do total. Ao mesmo tempo, e na faixa etária dos 21 aos 30 anos,
também é possível observar valores expressivos (275/29,0%). Com base nestes resultados, podemos
afirmar que 64,3% dos formandos têm idades compreendidas entre os 21 e 40 anos.
P 3.2 – Número de formandos por escalão etário
Opções de resposta Número de respostas válidas Somatório
Até 21 anos 42 86
21 aos 30 anos 42 275
31 aos 40 anos 42 335
41 aos 50 anos 42 197
mais de 50 anos 42 56
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
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Quanto ao nível de habilitações literárias dos formandos, num total de 842 indivíduos, observam-se os
seguintes resultados:
1º Ciclo do Ensino Básico Incompleto – 76/9,0%;
1º Ciclo do Ensino Básico Completo - 275/32,7%;
2º Ciclo do Ensino Básico Completo - 426/50,6%;
3º Ciclo do Ensino Básico Completo – 56/6,7%;
Ensino Secundário Incompleto – 3/0,4%;
Ensino Secundário Completo – 6/0,7%;
Frequência do Ensino Superior – 0/0,0%;
Licenciatura ou Bacharelato - 0/0,0%.
Com base nos dados recolhidos, é possível observar que a maioria dos formandos, que frequentaram as
acções de formação dirigidas a públicos desfavorecidos, detinham níveis de qualificação reduzidos, ou seja,
32,7% tinha apenas o 1º Ciclo do Ensino Básico e 50,6% o 2º Ciclo do Ensino Básico.
P 3.6 – Habilitações literárias dos formandos
Opções de resposta 1.º CEB
incompleto
1.º CEB 2.º CEB 3.º CEB
Secundário
incompleto
Secundári
o
Frequência
de Ensino
Superior
Licenciatura
ou
Bacharelato
N Válidas 33 33 34 33 33 33 33 33
Inválidas 15 15 14 15 15 15 15 15
Somatório 76 275 426 56 3 6 0 0
No que respeita à situação perante o trabalho dos formandos, anterior ao início do seu percurso formativo,
dos 906 indivíduos, a esmagadora maioria encontrava-se desempregada 90,5% (820), com especial
incidência, ao nível da duração, dos casos de desemprego superiores a 12 meses, com uma expressão de
41,2% dos casos registados (373).
P 3.5 – Identificação do perfil dos formandos face à situação profissional antes da formação
Opções de resposta À procura do
1.º emprego
Em situação
de
desemprego
recente (- 6
meses)
Em situação
de
desemprego
(+ 1 ano)
Em situação
de
desemprego
(+ 2 anos)
Em situação
de
desemprego
há menos de
um ano
Trabalhador
independente
N Válidas 36 36 36 35 28 19
Inválidas 12 12 12 13 20 29
Somatório 50 218 373 226 3 36
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
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Com base nos dados recolhidos junto das entidades promotoras de formação, e no concerne à experiência
de trabalho dos formandos (671 respostas válidas), metade dos formandos (50,1 % / 336) tiveram acesso
ao mercado de trabalho (pelo menos uma vez), por um período superior a um ano. Os formandos, com
mais de um emprego, com a duração superior a ano, representam cerca de 38,2% (256 formandos); os que
nunca trabalharam 6,7% (45) e os que transitaram de outro curso de formação profissional (4,8%) ou do
sistema de ensino secundário ou profissional (0,3%) figuram, no total, 5,1 dos casos (34).
P 3.7 - Experiência de trabalho anterior dos formandos
Opções de
resposta
Nunca
trabalharam
Tiveram, pelo
menos, 1
emprego
anterior
(durante + de
um ano)
Com mais do
que 1 emprego
anterior
(durante + de 1
ano)
Transitaram de
outro curso de
formação
profissional
Transitaram do
sistema de
ensino
secundário ou
profissional
N Válidas 29 30 30 30 29
Inválidas 19 18 18 18 19
Somatório 45 336 256 32 2
Quanto à classificação, segundo o sector de actividade económica, das actividades profissionais
desempenhadas pelos formandos, no período anterior à formação (no total de 644 respostas válidas), cerca
de 41,0 % (264) exerceu uma profissão integrada no sector terciário; 36,2% (233) no sector secundário e
cerca 14, 9% associadas ao sector primário. Importa referir, neste âmbito, que cerca de 7,8% (50) dos
indivíduos seleccionados para a frequência das acções de formação, integraram grupos de antigos
formandos e/ ou beneficiários noutras acções ou projectos promovidos pelas instituições.
P 3.8 - Tipo de trabalhos anteriores desempenhados pelos destinatários
Opções de resposta Oriundos do
sector primário
Oriundos do
sector
secundário
Oriundos do
sector terciário
Transitaram do
sistema de
ensino
secundário ou
profissional
Antigos
formandos e/ ou
beneficiários
noutras acções
ou projectos
promovidos pela
instituição
N Válidas 28 28 27 27 27
Inválidas 20 20 21 21 21
Somatório 96 233 264 1 50
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
16
Com base nos dados estatísticos recolhidos é possível, dentro das limitações implícitas no facto de nem
todos os 48 questionários apresentarem respostas válidas nas questões neste domínio, traçar o perfil dos
formandos que frequentaram as acções de formação, a saber: a formanda é mulher (81,7%) com idade
compreendida entre os 31 e 40 anos (35,3), possuí o 2º Ciclo do Ensino Básico (50,6%) e encontrava-se em
situação de desemprego (90,5%), há mais de um ano (41,2%), aquando do início da formação. No que
respeita à sua experiência profissional, esteve empregada, pelo menos uma vez, por um período superior a
um ano (50,1%) a exercer uma profissão associada ao sector terciário (41,0%).
No que respeita aos critérios referenciados, na maior parte dos casos, pelas entidades promotoras de
formação, no processo de selecção dos formandos, destacam-se os seguintes:
A situação de pobreza e/ ou exclusão social em que os destinatários se encontravam – 80,9%;
Habitações académicas – 78,7%;
Disponibilidade manifesta na entrevista - 55,3%;
Indicados pelo centro de emprego - 40,4%.
P 3.3 – Critérios de selecção dos formandos (resposta múltipla)
Opções de resposta
Respostas Percentagem de
casos Número
Critérios de selecção dos
formandos
Habitações académicas 37 78,7
Experiência profissional na área 7 14,9
Formação específica/ qualificação profissional na área 4 8,5
Aparência física do candidato 1 2,1
Disponibilidade manifesta na entrevista 26 55,3
Antigos formandos 5 10,6
Indicados pelo centro de emprego 19 40,4
Indicados por empresas da região 1 2,1
A situação de pobreza e/ ou exclusão social em que os
destinatários se encontravam
38 80,9
Total 138 293,6
Antes de iniciar a análise da próxima questão, sobre quais as formas de recrutamento dos formandos
utilizadas pelas entidades promotoras de formação para públicos desfavorecidos, importa referir que
regista-se, para esta questão, um índice de respostas válidas muito reduzido (ver quadro seguinte), inferior
a 50% das respostas obtidas. Entre os principais motivos para a não validação das respostas encontra-se a
sinalização, não através da ponderação sugerida na questão, de 1 a 10, sendo 1 a situação mais frequente e
a 10 a menos frequente, mas apenas através do desenho de uma cruz; ou mesmo a não resposta. Tendo
presente este constrangimento, os resultados que em seguida se apresentam deverão ser analisados de
forma condicionada no que respeita à sua representatividade.
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
17
P 3.4 – Quais as formas de recrutamento dos formandos (resposta ponderada de 1 a 10, sendo 1 a situação mais frequente e a 10 a menos frequente)
Opções de
resposta
Indicados
pela
Segurança
Social (RSI)
Indicados
pelo IEFP
(DLD)
Através da
imprensa
Indicados
pelo IEFP
(DCD)
Indicados
por
empresas da
região
Pessoas que
procuravam
formação
com vista à
obtenção do
1º emprego
Pessoas
oriundas do
ensino
secundário
ou
profissional
Indicadas
pelas
autarquias
locais
Iniciativa do
próprio
formando
Fichas de
candidatura
s a
emprego/
formação
preenchidas
na
instituição
Site da
Fundação da
Juventude
N Válidas 23 22 22 22 22 22 22 22 22 15 6
Inválida
s
25 26 26 26 26 26 26 26 26 33 42
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
18
Face ao exposto, foi solicitada, nesta questão, a colaboração das entidades promotoras de formação junto
de públicos desfavorecidos, que indicassem, recorrendo à atribuição de uma ponderação, qual a forma de
recrutamento mais frequente para a constituição dos grupos de formandos. Assim, com base nos quadros
seguintes, é possível obter os seguintes resultados:
Indicados pelo IEFP (Desempregados de Longa Duração) - ponderação 1 - 36,4% e ponderação 2 –
22,7%;
Indicados pela Segurança Social (RSI) - ponderação 1- 26,1% e ponderação 2 - 17,4%;
Iniciativa do próprio formando – ponderação 1 – 31,8% e ponderação 5 - 22,7%;
Indicados pelo IEFP (Desempregados de Curta Duração) - ponderação 3 - 22,7% e ponderação 4 –
18,2%;
Pessoas que procuravam formação com vista à obtenção do 1º emprego – ponderação 4 – 18,2%;
Indicadas pelas autarquias locais – ponderação 6 – 27,3%;
Indicados por empresas da região – ponderação 7 e 8 – 18,2%;
Pessoas oriundas do ensino secundário ou profissional – ponderação 8 e 9 – 18,2% e ponderação 9
– 17,6%;
Através da imprensa – ponderação 9 – 22,7;
Outras formas;
o Fichas de candidaturas a emprego/ formação preenchidas na instituição – ponderação 1 –
20%;
o Site da Fundação da Juventude – ponderação 8 – 16,7%.
P 3.4 – Quais as formas de recrutamento dos formandos - Indicados pela Segurança Social (RSI)
Opções de resposta Frequências Percentagem Percentagem acumulada
Válidas 0 4 17,4 17,4
1 6 26,1 43,5
2 4 17,4 60,9
3 3 13,0 73,9
4 3 13,0 87,0
5 1 4,3 91,3
6 1 4,3 95,7
7 1 4,3 100
Total 23 100
Inválidas 25
Total 48
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
19
P 3.4 – Quais as formas de recrutamento dos formandos - Indicados pelo IEFP (DLD)
Opções de resposta Frequências Percentagem Percentagem acumulada
Válidas 0 1 4,5 4,5
1 8 36,4 40,9
2 5 22,7 63,6
3 3 13,6 77,3
4 1 4,5 81,8
5 2 9,1 90,9
9 2 9,1 100
Total 22 100
Inválidas 26
Total 48
P 3.4 – Quais as formas de recrutamento dos formandos - Indicados pelo IEFP (DCD)
Opções de resposta Frequências Percentagem Percentagem acumulada
Válidas 0 5 22,7 22,7
1 1 4,5 27,3
2 1 4,5 31,8
3 5 22,7 54,5
4 4 18,2 72,7
5 2 9,1 81,8
6 1 4,5 86,4
8 2 9,1 95,5
10 1 4,5 100
Total 22 100
Inválidas 26
Total 48
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
20
P 3.4 – Quais as formas de recrutamento dos formandos - Indicados por empresas da região
Opções de resposta Frequências Percentagem Percentagem acumulada
Válidas 0 5 22,7 22,7
1 3 13,6 36,4
2 1 4,5 40,9
5 1 4,5 45,5
6 1 4,5 50,0
7 4 18,2 68,2
8 4 18,2 86,4
9 1 4,5 90,9
10 2 9,1 100
Total 22 100
Inválidas 26
Total 48
P 3.4 – Quais as formas de recrutamento dos formandos - Pessoas que procuravam formação com
vista à obtenção do 1º emprego
Opções de resposta Frequências Percentagem Percentagem acumulada
Válidas 0 5 22,7 22,7
1 2 9,1 31,8
2 1 4,5 36,4
3 2 9,1 45,5
4 4 18,2 63,6
5 1 4,5 68,2
6 3 13,6 81,8
7 3 13,6 95,5
9 1 4,5 100
Total 22 100
Inválidas 26
Total 48
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
21
P 3.4 – Quais as formas de recrutamento dos formandos - Pessoas oriundas do ensino secundário ou
profissional
Opções de resposta Frequências Percentagem Percentagem acumulada
Válidas 0 6 27,3 27,3
3 1 4,5 31,8
4 1 4,5 36,4
6 2 9,1 45,5
7 2 9,1 54,5
8 4 18,2 72,7
9 4 18,2 90,9
10 2 9,1 100
Total 22 100
Inválidas 26
Total 48
P 3.4 – Quais as formas de recrutamento dos formandos - Indicadas pelas autarquias
locais
Opções de resposta Frequências Percentagem Percentagem
acumulada
Válidas 0 4 18,2 18,2
1 2 9,1 27,3
2 2 9,1 36,4
4 1 4,5 40,9
5 1 4,5 45,5
6 6 27,3 72,7
8 2 9,1 81,8
9 2 9,1 90,9
10 2 9,1 100
Total 22 100
Inválidas 26
Total 48
P 3.4 – Quais as formas de recrutamento dos formandos - Iniciativa do próprio formando
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
22
Opções de resposta Frequências Percentagem Percentagem
acumulada
Válidas 0 3 13,6 13,6
1 7 31,8 45,5
2 2 9,1 54,5
3 2 9,1 63,6
5 5 22,7 86,4
6 2 9,1 95,5
9 1 4,5 100
Total 22 100
Inválidas 26
Total 48
P 3.4 – Quais as formas de recrutamento dos formandos - Através da imprensa
Opções de resposta Frequências Percentagem Percentagem acumulada
Válidas 0 5 22,7 22,7
1 2 9,1 31,8
4 2 9,1 40,9
5 2 9,1 50,0
7 2 9,1 59,1
8 3 13,6 72,7
9 5 22,7 95,5
10 1 4,5
Total 22 100
Inválidas 26
Total 48
P 3.4 – Quais as formas de recrutamento dos formandos - Fichas de candidaturas a
emprego/ formação preenchidas na instituição
Opções de resposta Frequências Percentagem Percentagem acumulada
Válidas 0 8 53,3 53,3
1 3 20,0 73,3
5 1 6,7 80,0
6 1 6,7 86,7
10 2 13,3 100
Total 15 100
Inválidas 33
Total 48
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
23
P 3.4 – Quais as formas de recrutamento dos formandos - Site da Fundação da Juventude
Opções de resposta Frequências Percentagem Percentagem acumulada
Válidas 0 5 83,3 83,3
8 1 16,7 100
Total 6 100
Inválidas 42
Total 48
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
24
4 | O PROCESSO DE FORMAÇÃO;
O ponto 4 deste questionário pretende recolher informações sobre o processo de formação,
nomeadamente ao nível do diagnóstico de necessidades formativas, do número de horas de formação
executada, das desistências ocorridas e dos motivos das mesmas, do desempenho profissional dos
formandos inseridos no mercado de trabalho, bem como das competências sociais e profissionais dos
formandos adquiridas após a conclusão da formação.
Relativamente ao diagnóstico de necessidades formativas, verificamos que o principal meio de
diagnóstico consiste num diagnóstico realizado pela própria entidade formadora (95,7%), seguindo-se,
embora com menos expressão, o diagnóstico realizado pelas Redes Sociais (32,6%).
Principais meios de diagnóstico de necessidades formativas
Respostas
N % de casos
Diagnóstico de
necessidades
formativas
Diagnóstico realizado pela própria entidade
formadora
44 95,7%
Diagnóstico realizado pela Rede Social 15 32,6%
Diagnóstico realizado pelo IEFP 2 4,3%
Diagnóstico realizado pelo CDSS 1 2,2%
Total 62 134,8%
No que respeita ao número de horas de formação executada, nos projectos analisados, as entidades
executaram em média 36,88 horas de formação por semana, embora o mais frequente (moda) fossem
35 horas formativas semanais. Em média foram ainda executadas 195,55 horas por mês, 1720,74
horas por ano. O número total de horas de formação executada foi, em média, de 2075,29.
Número de horas de formação executada
N.º de horas de
formação
executada por
semana (em
média)
N.º de horas de
formação
executada por
mês (em média)
N.º de horas de
formação
executada por
ano
N.º total de horas
de formação
executada
N Válidas 41 38 31 34
Inválidas 7 10 17 14
Média 36,88 195,55 1720,74 2075,29
Moda 35 140 820 1840
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
25
Em 80,9% das acções de formação realizadas registaram-se desistências por parte dos formandos.
Desistências no decorrer das acções de formação
Frequência Percentagem
Válidas Não 9 19,1
Sim 38 80,9
Total 47 100,0
Inválidas 1
Total 48
Os principais motivos dessas desistências estiveram relacionados com o facto de, no decorrer da
formação, aos formandos ter surgido uma oportunidade de emprego (o que aconteceu em 40,5% dos
casos), com falta de competências pessoais e sociais (35,1% dos casos) e com razões de
incompatibilidade com a vida familiar (32,4% dos casos).
Motivos das desistências
Respostas
N
Percentagem
de casos
Motivos das desistências
Os formandos tiveram oportunidade de obter
outro emprego no decorrer da formação
15 40,5%
Desistiram por razões de incompatibilidade
com a vida familiar
12 32,4%
Desistiram por falta de competências pessoas
e/ ou sociais
13 35,1%
Consideraram que o valor da bolsa de
formação era demasiado baixo
6 16,2%
Motivos de saúde 7 18,9%
Excesso de faltas 1 2,7%
Total 54 145,9%
Classificação do desempenho profissional das pessoas em processo de formação/ inserção
profissional
O desempenho profissional das pessoas em processo de formação / inserção foi avaliado por
referência a onze itens, classificados segundo a seguinte escala: Excelente, Muito Bom, Bom,
Suficiente, Insuficiente, Fraco, Muito Fraco.
A qualidade do trabalho dos formandos foi considera boa pela maioria dos inquiridos (56,5%).
Suficiente foi a classificação atribuída por 21,7% dos indivíduos e muito bom por 21,7%. Este aspecto
não mereceu classificações negativas.
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
26
Qualidade do trabalho realizado
Frequência Percentagem Percentagem acumulada
Válidas Suficiente 10 21,7 21,7
Bom 26 56,5 78,3
Muito bom 10 21,7 100,0
Total 46 100,0
Inválidas 2
Total 48
Quanto à quantidade do trabalho, metade das respostas recaí sobre a classificação Bom (50%). 26,1%
dos inquiridos classificaram a quantidade do trabalho realizado suficiente, enquanto 17,4%
classificaram-na de muito boa e 4,3% de excelente. Apenas 2,2% dos inquiridos consideraram
insuficiente o desempenho dos formandos no que respeita à quantidade de trabalho realizado.
Quantidade do trabalho realizado
Frequência Percentagem Percentagem acumulada
Válidas Insuficiente 1 2,2 2,2
Suficiente 12 26,1 28,3
Bom 23 50,0 78,3
Muito bom 8 17,4 95,7
Excelente 2 4,3 100,0
Total 46 100,0
Inválidas 2
Total 48
Grande parte (80%) das opiniões relativas à adaptação dos formandos à vida activa/ posto de trabalho
dividem-se entre as classificações de Bom (51,1,4%) e Suficiente (28,9%). A classificação de Muito Bom
foi atribuída por 15,6% dos inquiridos. Aqui 4,4% dos inquiridos classificaram como insuficiente a
adaptação à vida activa/ posto de trabalho pelos formandos.
Adaptação à vida activa/ posto de trabalho
Frequência Percentagem Percentagem acumulada
Válidas Insuficiente 2 4,4 4,4
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
27
Suficiente 13 28,9 33,3
Bom 23 51,1 84,4
Muito bom 7 15,6 100,0
Total 45 100,0
Inválidas 3
Total 48
O aperfeiçoamento do trabalho ao longo do processo de inserção revelou-se, segundo os inquiridos,
bastante positivo, sendo que as classificações de Bom e Muito Bom reúnem, 82,3% do total das
respostas dadas (com percentagens de 55,6% e 26,7%, respectivamente). O aperfeiçoamento foi
considerado suficiente por 15,6% dos inquiridos, enquanto 2,2% o consideram insuficiente.
Aperfeiçoamento do trabalho ao longo do processo de inserção
Frequência Percentagem Percentagem acumulada
Válidas Insuficiente 1 2,2 2,2
Suficiente 7 15,6 17,8
Bom 25 55,6 73,3
Muito bom 12 26,7 100,0
Total 45 100,0
Inválidas 3
Total 48
Relativamente ao relacionamento com os colegas, este foi classificado de excelente por 2,2% dos
inquiridos, muito bom por 26,1%, de bom por 43,5% e suficiente por 19,6%. Classificações menos
positivas atribuíram 8,7% dos inquiridos, que consideraram insuficiente (4,3%) e fraco (4,3%) o
relacionamento dos formandos com os colegas.
Relacionamento com os colegas
Frequência Percentagem Percentagem acumulada
Válidas Fraco 2 4,3 4,3
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
28
O
relacionamento dos formandos com os superiores hierárquicos merece uma apreciação bastante
positiva por parte de 86,7% dos inquiridos, na medida em que 46,7% o classifica de bom, 33,3% de
muito bom e 6,7% de excelente. Por outro lado, 11,1% classificam este aspecto como suficiente e 2,2%
como fraco.
Relacionamento com os superiores hierárquicos
Frequência Percentagem Percentagem acumulada
Válidas Fraco 1 2,2 2,2
Suficiente 5 11,1 13,3
Bom 21 46,7 60,0
Muito bom 15 33,3 93,3
Excelente 3 6,7 100,0
Total 45 100
Inválidas 3
Total 48
Metade dos inquiridos classifica como bom o relacionamento dos formandos com a equipa de
enquadramento, 36,4% como muito bom e 6,8 como excelente. Apenas 4,5% classifica este
relacionamento de suficiente e 2,3% de insuficiente.
Relacionamento com a equipa de enquadramento
Frequência Percentagem Percentagem acumulada
Válidas Insuficiente 1 2,3 2,3
Insuficiente 2 4,3 8,7
Suficiente 9 19,6 28,3
Bom 20 43,5 71,7
Muito bom 12 26,1 97,8
Excelente 1 2,2 100,0
Total 46 100,0
Inválidas 2
Total 48
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
29
Suficiente 2 4,5 6,8
Bom 22 50,0 56,8
Muito bom 16 36,4 93,2
Excelente 3 6,8 100,0
Total 44 100,0
Inválidas 4
Total 48
Não obstante as classificações atribuídas ao relacionamento dos formandos com os colegas, superiores
hierárquicos e equipa de enquadramento serem aqui claramente positivas, chamamos a atenção para o
facto de, como à frente veremos, quando questionados sobre quais os principais aspectos menos
positivos no decorrer da formação, os inquiridos terem frisado as dificuldades dos formandos ao nível
do relacionamento interpessoal.
A responsabilidade dos formandos no desempenho das tarefas foi considerada boa por 45,7% dos
inquiridos, muito boa por 26,1% e excelente por 4,3%. Suficiente foi a classificação atribuída por 21,7%
das entidades e insuficiente por apenas 2,2%.
Responsabilidade no desempenho das tarefas
Frequência Percentagem Percentagem acumulada
Válidas Insuficiente 1 2,2 2,2
Suficiente 10 21,7 23,9
Bom 21 45,7 69,6
Muito bom 12 26,1 95,7
Excelente 2 4,3 100,0
Total 46 100
Inválidas 2
Total 48
A maioria dos inquiridos (62,2%) divide a sua opinião relativamente ao interesse e motivação dos
formandos pelas classificações de bom e muito bom (cada umas das quais apresentando percentagens
de 31,1%). Três inquiridos (o que corresponde a 6,7%) considera-os mesmo excelentes. 24,4% atribuem
ao interesse e motivação a classificação de suficiente e 6,7% insuficiente.
Interesse/Motivação
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
30
Frequência Percentagem Percentagem acumulada
Válidas Insuficiente 3 6,7 6,7
Suficiente 11 24,4 31,1
Bom 14 31,1 62,2
Muito bom 14 31,1 93,3
Excelente 3 6,7 100
Total 45 100
Inválidas 3
Total 48
A assiduidade e pontualidade dos formandos foram classificadas de boas por 39,1% dos inquiridos e
de muito boas por 30,4%. 21,7% atribuiu a classificação de suficiente e apenas 4,3% consideraram
insuficiente a assiduidade e pontualidade dos formandos.
Assiduidade e Pontualidade
Frequência Percentagem Percentagem acumulada
Válidas Insuficiente 2 4,3 4,3
Suficiente 10 21,7 26,1
Bom 18 39,1 65,2
Muito bom 14 30,4 95,7
Excelente 2 4,3 100,0
Total 46 100
Inválidas 2
Total 48
Pela análise do quadro abaixo apresentado fica claro que os inquiridos consideram que a auto-estima e
a imagem pessoal dos formandos obtiveram ganhos significativos com a execução da formação.
Assim, registamos uma percentagem de 46,7% de entidades que consideraram que no domínio aqui
em questão o desempenho dos formandos foi muito bom, 31,1% que o consideram bom e 8,9%
suficiente. Apenas 4,4% apresentam uma opinião menos favorável, atribuindo aqui as classificações
insuficiente e muito fraco (ambas apresentando percentagens de 2,2%).
Auto-estima / melhoria da sua imagem pessoal
Frequência Percentagem Percentagem acumulada
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
31
Válidas Muito fraco 1 2,2 2,2
Insuficiente 1 2,2 4,4
Suficiente 4 8,9 13,3
Bom 14 31,1 44,4
Muito bom 21 46,7 91,1
Excelente 4 8,9 100,0
Total 45 100
Inválidas 3
Total 48
As competências sociais e profissionais dos formandos após a conclusão da formação foram
classificadas como boas pela maioria dos inquiridos (56,8%). As restantes opiniões distribuem-se entre
os 13,6% que atribuíram às competências dos formandos a classificação de suficiente, 13,6% de muito
boas, 11,4% de suficiente mas com algumas lacunas técnicas e relacionais e 4,5% insuficientes.
Caracterização das competências sociais e profissionais dos formandos após a conclusão da
formação
Frequência Percentagem
Válidas Insuficientes 2 4,5
Suficientes mas com algumas lacunas técnicas e relacionais 5 11,4
Suficientes 6 13,6
Boas 25 56,8
Muito boas 6 13,6
Total 44 100,0
Inválidas 4
Total 48
5 | AVALIAÇÃO;
Neste último ponto pretendeu-se avaliar a formação realizada, tendo em conta aspectos como a
colocação num posto de trabalho após a conclusão das acções, os obstáculos à empregabilidade dos
públicos, os factores mais positivos e menos positivos no decorrer da acção, mudanças que
eventualmente seria necessário levar a cabo, acompanhamento pós-formação e instrumentos de apoio
à integração no mercado de trabalho, entre outros aspectos.
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
32
A primeira questão colocada no âmbito da avaliação pretendia aferir se os cursos ministrados
conferiam certificação profissional. Conforme podemos verificar no quadro abaixo apresentado, 93,3%
dos cursos ministrados conferiam certificação profissional.
Frequência Percentagem
Válidas Não 3 6,7
Sim 42 93,3
Total 45 100,0
Inválidas 3
Total 48
No que respeita ao número de pessoas colocadas num posto de trabalho após a conclusão das acções
de formação, registamos um total 544 pessoas colocadas no mercado de trabalho no total das acções,
sendo que em média foram colocadas 11,57 pessoas (no total das acções), embora o mais frequente
(moda) é que sejam integrados 2 formandos num posto de trabalho.
Número de pessoas colocadas num posto de trabalho após a
conclusão das acções de formação (no total das acções)
N Válidas 47
Inválidas 1
Média 11,57
Moda 2
Soma 544
Como principais obstáculos à inserção socioprofissional dos públicos destinatários, do ponto de vista
das competências pessoais e sociais desenvolvidas, encontramos um conjunto de aspectos de entre os
quais é possível destacar, essencialmente: a) a criação de hábitos de disciplina (referida como
obstáculo em 4,5% dos questionários); b) a falta de suporte familiar (mencionada em 46,5% dos casos);
c) os ritmos de trabalho e formação (apontados em 37,2% dos casos); d) a aptidão para a adaptação a
um posto de trabalho futuro (referida em 32,6% das respostas); e) e a capacidade de relacionamento
com os colegas e hierarquias (considerada um obstáculo à inserção socioprofissional dos públicos em
30,2% dos casos).
Principais obstáculos à inserção socioprofissional dos públicos destinatários
Respostas
N Percentagem de casos
Obstáculos à Inserção Adaptação a um sistema de
acompanhamento durante a formação
2 4,7%
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
33
Aptidão para a adaptação a um posto de
trabalho futuro
14 32,6%
Aprendizagem de competências 6 14,0%
Capacidade de relacionamento com os
colegas e hierarquias
13 30,2%
Criação de hábitos de disciplina 20 46,5%
Falta de suporte familiar 20 46,5%
Ritmos de trabalho e formação 16 37,2%
Problemas de saúde 8 18,6%
Nível de exigência nas tarefas a
desempenhar
10 23,3%
Estigmatização por serem oriundos de
bairro social
2 4,7%
O mercado de emprego local não possui
capacidade de resposta para a inserção
das formandos
1 2,3%
Total 112 260,5%
Tendo como referência a empregabilidade dos públicos, em 46,7% dos questionários recepcionados a
avaliação global das acções de formação realizadas é positiva. As restantes respostas distribuem-se
entre os 13,3% atribuídos à classificação pouco positiva, 24,4%, a moderadamente positiva, e 15,6% a
muito positiva.
Avaliação global das acções de formação em função da empregabilidade dos públicos
Frequência Percentagem Percentagem acumulada
Válidas Pouco Positiva 6 13,3 13,3
Moderadamente positiva 11 24,4 37,8
Positiva 21 46,7 84,4
Muito positiva 7 15,6 100,0
Total 45 100,0
Inválidas 3
Total 48
Relativamente a factores cuja consideração pudesse significar uma melhoria em acções futuras, três
factores destacam-se claramente em relação as restantes, a saber: a) processo de acompanhamento
dos formandos após conclusão das acções de formação, com vista à sua colocação num posto de
trabalho (considerada como um factor de melhoria das acções em 53,3% das respostas dadas); b)
melhoria da articulação com as parcerias desenvolvidas ao nível da colocação em postos de trabalho
(considerada como um factor de melhoria em 53,3% dos casos); c) e um maior período de formação em
contexto de trabalho (referido em 51,1% dos casos).
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
34
Factores de melhoria em acções futuras, na globalidade das acções de formação
Respostas
N
Percentagem de
casos
Factores de melhoria Processo de acompanhamento dos formandos
durante o processo de formação
6 13,3%
Processo de acompanhamento dos formandos após
conclusão das acções de formação (colocação num
posto de trabalho)
24 53,3%
Melhorar a articulação com as parcerias
desenvolvidas ao nível da colocação em postos de
trabalho
24 53,3%
Apoio técnico a conceder na fase de colocação em
posto de trabalho
13 28,9%
Alargamento da fase de formação (+ horas de
formação)
5 11,1%
Maior período de formação em contexto de trabalho 23 51,1%
Aposta em formadores com mais qualidade 3 6,7%
Financiamento para o acompanhamento no pós-
curso
2 4,4%
Total 100 222,2%
Os inquiridos consideraram que a melhoria das competências pessoais e profissionais constitui um dos
factores mais positivos que se destaca entre as aquisições dos formandos no decorrer da formação,
tendo este factor sido referido em 81,8% das respostas fornecidas no âmbito da questão que pretendia
precisamente identificar os principais aspectos, que se destacavam pela positiva, adquiridos pelos
formandos ao longo da formação. Neste domínio merece ainda destaque a melhoria da auto-estima e
da imagem pessoal dos formandos (factor apresentado em 43,2% das respostas dadas) e a aquisição
de conhecimentos profissionais (mencionada em 27,3% dos casos).
Factores mais positivos adquiridos pelos formandos durante a formação
Respostas
N Percentagem de casos
Factores
positivos
Aquisição de conhecimentos profissionais 12 27,3%
Atitude positiva face ao trabalho 6 13,6%
Melhoria das condições económicas do agregado
familiar
2 4,5%
Melhoria da auto-estima e imagem pessoal 19 43,2%
Melhoria das competências pessoais e
profissionais
36 81,8%
Melhoria da qualidade de vida familiar 4 9,1%
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
35
Melhoria das oportunidades de inserção no
mercado de trabalho
11 25,0%
Incremento da participação cívica 3 6,8%
Certificação Escolar 1 2,3%
Total 94 213,6%
Ao nível dos aspectos menos positivos, as dificuldades que os formandos apresentaram ao nível do
relacionamento pessoal é o aspecto que claramente se demarca dos demais, tendo sido referido em
37,2% das respostas. A falta de motivação dos formandos e as dificuldades de adaptação às exigências
do mercado de trabalho foram os factores que, seguidamente às dificuldades de relacionamento,
apresentaram maiores percentagens de casos (18,6% e 14,0%, respectivamente).
Factores menos positivos no decorrer da formação
Respostas
N Percentagem de casos
Factores
negativos
Dificuldades de aprendizagem dos conteúdos teóricos 3 7,0%
Dificuldade dos formandos na aquisição de hábitos de trabalho 3 7,0%
Dificuldades ao nível do relacionamento interpessoal 16 37,2%
Inadaptação às exigências do mercado de trabalho 6 14,0%
Adopção da formação como substituta da inserção no mercado de trabalho 3 7,0%
Atraso no pagamento das bolsas de formação 1 2,3%
Limite de faltas 1 2,3%
Aspectos logísticos 1 2,3%
Empregabilidade dos formandos 5 11,6%
Falta de motivação 8 18,6%
Reduzido número de horas de formação em contexto real de trabalho 6 14,0%
Reduzido acompanhamento dos formandos na fase de pós-formação 3 7,0%
Pontualidade e assiduidade dos formandos 4 9,3%
Dificuldade de conciliação entre a formação e a vida familiar 2 4,7%
Comportamentos de risco dos formandos 1 2,3%
Excesso de carga horária de formação em sala 2 4,7%
Reduzido acompanhamento por parte da entidade gestora/ financiadora 1 2,3%
Total 66 153,5%
Os inquiridos foram capazes de identificar um conjunto de mudanças que gostariam de imprimir aos
projectos de formação e empregabilidade de públicos desfavorecidos caso estes iniciassem no
momento em que foi aplicado o questionário aqui alvo de tratamento. De entre as mudanças
apontadas, destacamos a selecção criteriosa dos formandos (29%), um acompanhamento dos
formandos no período pós-formativo (22,6%) e a concretização formal de um maior número de parceria
(apontada como uma mudança necessária por 19,4% dos inquiridos).
O que mudaria se acção iniciasse agora
Respostas
N
Percentagem
de casos
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
36
Mudanças na acção Atribuição de certificação escolar 1 3,2%
Selecção criteriosa dos formandos 9 29,0%
Selecção criteriosa dos formadores 4 12,9%
Nova regulamentação do regime de faltas 1 3,2%
Melhor articulação das diferentes fases do processo
formativo
2 6,5%
Maior acompanhamento aos formandos no pós-
formação
7 22,6%
Condições logisticas 1 3,2%
Fomentar a coesão entre o grupo de formandos e equipa
tecnico-pedagógica
2 6,5%
Intervenção ao nível das relações interpessoais 3 9,7%
Aumento da carga horária de formação em contexto real
de trabalho
3 9,7%
Realização de estágio 1 3,2%
Diversificação dos destinatários da divulgação do curso
(formandos e empresas)
1 3,2%
Concretização formal de um maior número de parcerias 6 19,4%
Aumento do n.º de técnicos com funções de mediação 2 6,5%
Alteração do valor da bolsa de formação dimuindo a sua
atractividade
1 3,2%
Total 44 141,9%
Como principais obstáculos à colocação dos formandos num posto de trabalho, os inquiridos
apontaram o facto de não existirem empregos disponíveis no tecido empresarial local (61,9%), a
existência de razões pessoais e/ ou sociais que impedem a aceitação de um emprego (42,9%), a não
existência de meios de transporte para o formando se deslocar para o local de trabalho (31%) e a idade
do formando (33,3%).
Principais obstáculos na colocação dos formandos num posto de trabalho
Respostas
N Percentagem de casos
Obstáculos à
empregabilidade
Não existem empregos disponíveis no tecido
empresarial local (público ou privado)
26 61,9%
O tipo de formação profissional é mais adequado
para a colocação num determinado sector de
actividade do que noutros
7 16,7%
O mercado de trabalho onde existem colocações
disponíveis é mais exigente no que respeita à
formação profissional
3 7,1%
Não existem meios de transporte para deslocação
para o posto de trabalho que estaria disponível
13 31,0%
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
37
A idade do formando não favorece a sua integração
profissional
14 33,3%
As condições de trabalho oferecidas não são
compensadoras
9 21,4%
Existem razões pessoais e/ ou sociais que impedem
a aceitação do emprego
18 42,9%
A apresentação dos formandos não favorece a sua
integração profissional
3 7,1%
Total 93 221,4%
Em termos de apoio à integração dos formandos no mercado de trabalho, o principal instrumento
utilizado pelas entidades promotoras dos projectos passa pelos contactos com outras empresas e
instituições (84,6%).
Instrumentos de apoio à integração no mercado de trabalho
Frequência Percentagem
Contactos com outras
empresas e instituições
11 84,6
Apoio na criação do
próprio emprego
2 15,4
Total 15 100,0
Inválidas 26
Total 39
O acompanhamento pós-formação passa sobretudo pelo apoio prestado aos formandos na procura de
emprego (70%) e por contactos regulares com os formandos após o terminus da formação (40%).
Acompanhamento Pós-Formação
Respostas
N Percentagem de casos
Acompanhamento pós-
formação
Contactos regulares 12 40,0%
Aplicação de questionários
de follow up
7 23,3%
Apoio na procura de
emprego
21 70,0%
Relatórios de
acompanhamento
2 6,7%
“Questionário de Avaliação da Formação e Empregabilidade de Públicos Desfavorecidos”
38
Visitas às entidades
empregadoras
2 6,7%
Total 44 146,7%
Relativamente aos formandos que encontraram colocação no mercado de trabalho após a formação, o
vínculo contratual mais frequente era o contrato a prazo (verificado em 83,3% dos casos).
Vinculo Laboral
Respostas
N Percentagem de casos
Tipo de contrato Tipo de Contrato - a prazo 35 83,3%
Tipo de Contrato - permanente 10 23,8%
Tipo de contrato - estágio
profissional
2 4,8%
Tipo de contrato - sem
contrato
7 16,7%
Tipo de contrato - criação do
próprio emprego
4 9,5%
Prestação de serviços 1 2,4%
Total 59 140,5%
Questionados sobre a relação entre o curso frequentado e o posto de trabalho no qual os formandos
foram integrados, 59% dos inquiridos consideraram que uma relação directa entre estes existe
parcialmente, e 41% afirmaram que existe totalmente.
Relação directa entre a função desempenhada e o curso frequentado
Frequência Percentagem
Válidas Existe parcialmente 23 59,0
Existe totalmente 16 41,0
Total 39 100,0
Inválidas 9
Total 48