Oeste da Bahia ganha laboratórios de referência para...

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ANO 17 Nº 175 Nov/09 Oeste da Bahia ganha laboratórios de referência para análise agrícola e ambiental Página 07 A Fundação Bahia e a Kuhlmann Laboratórios, com apoio do Fundeagro, inauguraram quatro novos laboratóri- os no dia 9 de novembro. Eles são equipados para análise ambiental, de água, de resíduos de defensivos químicos, fertilizantes, sementes e fertilidade do solo, além de grãos, nematóides, microbiologia do solo, entomologia, fitopatologia, dentre outros, e vão representar mais rapidez e segurança nos resultados, além de economia para o produtor rural. Oeste Sustentável formaliza acordo com Instituto do Meio Ambiente (IMA) Com a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica entre Sema, Seagri e IMA, com interveniência da Aiba, no dia 23 de outubro, o Plano Oeste Sustentável chega, en- fim, ao dia a dia do produtor rural. A cerimônia realizada em Barrei- ras reuniu cerca de 300 participan- tes, a maioria produtores, que que- riam conhecer mais sobre o Plano e manifestar apoio ao que vem sen- do chamado de “divisor de águas” na história do desenvolvimento do cerrado baiano. Página 03 Divulgados resultados da safra 2008/09 e estimativa de plantio para 2009/10 O Conselho Técnico da Aiba di- vulgou os resultados das principais culturas da região Oeste na safra 2008/09 e a primeira estimativa de plantio para 2009/10. A reunião aconteceu no dia 30 de outubro, na sede da Aiba, e contou com a pre- sença da Abapa, Fundação Bahia, Adab, EBDA, Sindicato Rural de Luís Eduardo Magalhães e agentes das tradings do complexo soja da re- gião Oeste. Página 04 Abapa participa de comitiva para pleitear em Brasília mais recursos no Orçamento 2010 Presidente da Abapa, João Car- los Jacobsen, e líderes da cotonicul- tura brasileira argumentaram a neces- sidade de mais recursos para o algo- dão em 2010, durante reunião em Bra- sília, no dia 28 de outubro. O grupo foi ao Congresso Nacional expor o pleito dos produtores ao relator-geral da proposta orçamentária, o deputa- do Geraldo Magella (PT-DF). Cartões de Natal do Fundeagro beneficiam APAE’s de Barreiras e LEM Mais uma vez, o Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro) substituirá os tradicionais cartões de Natal envia- dos pelos Correios pela versão digi- tal da mensagem de Boas Festas. O valor da doação equivalente aos cus- tos de confecção e envio dos car- tões será destinado, em partes iguais, para as unidades da Associação de Amigos e Parentes dos Excepcionais (APAE) de Barreiras e de Luís Eduardo Magalhães. Página 05 Página 06

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ANO 17 Nº 175 Nov/09

Oeste da Bahia ganha laboratórios dereferência para análise agrícola e ambiental

Página 07

A Fundação Bahia e a Kuhlmann Laboratórios, com apoio do Fundeagro, inauguraram quatro novos laboratóri-os no dia 9 de novembro. Eles são equipados para análise ambiental, de água, de resíduos de defensivos químicos,fertilizantes, sementes e fertilidade do solo, além de grãos, nematóides, microbiologia do solo, entomologia,fitopatologia, dentre outros, e vão representar mais rapidez e segurança nos resultados, além de economia para oprodutor rural.

Oeste Sustentável formaliza acordo comInstituto do Meio Ambiente (IMA)

Com a assinatura do Acordo deCooperação Técnica entre Sema,Seagri e IMA, com interveniênciada Aiba, no dia 23 de outubro, oPlano Oeste Sustentável chega, en-fim, ao dia a dia do produtor rural.A cerimônia realizada em Barrei-ras reuniu cerca de 300 participan-tes, a maioria produtores, que que-riam conhecer mais sobre o Planoe manifestar apoio ao que vem sen-do chamado de “divisor de águas”na história do desenvolvimento docerrado baiano.

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Divulgados resultadosda safra 2008/09

e estimativa deplantio para 2009/10

O Conselho Técnico da Aiba di-vulgou os resultados das principaisculturas da região Oeste na safra2008/09 e a primeira estimativa deplantio para 2009/10. A reuniãoaconteceu no dia 30 de outubro, nasede da Aiba, e contou com a pre-sença da Abapa, Fundação Bahia,Adab, EBDA, Sindicato Rural deLuís Eduardo Magalhães e agentesdas tradings do complexo soja da re-gião Oeste.

Página 04Abapa participa de

comitiva para pleitearem Brasília mais

recursos noOrçamento 2010Presidente da Abapa, João Car-

los Jacobsen, e líderes da cotonicul-tura brasileira argumentaram a neces-sidade de mais recursos para o algo-dão em 2010, durante reunião em Bra-sília, no dia 28 de outubro. O grupofoi ao Congresso Nacional expor opleito dos produtores ao relator-geralda proposta orçamentária, o deputa-do Geraldo Magella (PT-DF).

Cartões de Nataldo Fundeagro

beneficiam APAE’sde Barreiras e LEM

Mais uma vez, o Fundo para oDesenvolvimento do Agronegócio doAlgodão (Fundeagro) substituirá ostradicionais cartões de Natal envia-dos pelos Correios pela versão digi-tal da mensagem de Boas Festas. Ovalor da doação equivalente aos cus-tos de confecção e envio dos car-tões será destinado, em partes iguais,para as unidades da Associação deAmigos e Parentes dos Excepcionais(APAE) de Barreiras e de LuísEduardo Magalhães.

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Expediente

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ANO 17 Nº 175 Nov/09I mrofn 2

CONSELHO EDITORIAL

Alcides VianaAlex Rasia

Johnson Medrado AraújoJussara Piai

Késia MagdalaRodrigo Alves

Sérgio Pitt

ANO 17 - Nº 175 - Nov09

Jornalista responsável:Catarina Guedes - DRT 2370-BA

Jornalista assistente:Milena Brasil

Editoração Eletrônica:Eduardo Lena (77) 3611-8811

Impressão:Gráfica Irmãos Ribeiro

(77) 3614-1201

Tiragem:2.500 exemplares

Av. Ahylon Macêdo, 11, Barreiras - BA - CEP. 47.806-180Fone: (77) 3613-8000 Fax: (77) 3613-8020

www.abapaba.org.brwww.aiba.org.br

[email protected]

Publicação mensal editada pelaAbapa -Aiba e Fundação Bahia

Comentários sobre o conteúdo editorial destapublicação, sugestões e críticas, devem ser

encaminhadas através dee-mail para: [email protected] reprodução total ou parcial do conteúdo desta

publicação é permitida e até recomendada, desdeque citada a fonte.

Editorial

Elinor Ostrom, a primeira mulher a receber o Nobel de Economia, o fez pelos méritos dos seus estudos a respeito dagovernança através de ações lideradas pela sociedade civil organizada.

Sem conhecer a Doutora Elinor, produtores rurais do Oeste da Bahia, uma das mais recentes fronteiras agrícolas doBrasil, tinham na virada do século cerca de 1 200 processos de propriedades rurais ilegais, nas suas mãos. O passivoambiental ia se avolumando, à medida em que os agricultores desmatavam para plantar, e as estruturas de fiscalização ede regularização do estado não conseguiam acompanhar a demanda do crescimento rural.

Exatamente neste mês de outubro, nove anos após o inicio dos trabalhos da Associação dos produtores com a socie-dade civil organizada, ONG’s e governo, está sendo assinado oficialmente (23 de outubro, em Barreiras/BA) o Plano deAdequação e Regularização dos Imóveis Rurais – Oeste Sustentável (lei No.11 478 de 1 de julho de 2009 e suas normativas).

O Oeste da Bahia tem hoje uma das agriculturas mais tecnificadas e competitivas do mundo. Algodão de qualidadecomparada ao do Egito. Soja, milho, cafés especiais, frango, suínos, feijão, pecuária, florestas. Há 30 anos atrás existi-am apenas 50 ha de capim, numa estação experimental. Hoje são mais de 1 milhão e 800 mil ha plantados, com muitairrigação, além de projetos voltados para pequenas áreas com frutas, pimenta e produtos diferenciados. Barreiras, LuisEduardo Magalhães (LEM), São Desidério (o maior município produtor de algodão do país), são os pólos centrais daregião. Dificilmente encontramos torcedores do Bahia ou do Vitória, na área. Grêmio, Inter, times do Rio, São Paulo eMinas são preferidos, revelando a diferença sociológica e cultural com a Bahia litorânea. Região de Cerrado, onde a leiflorestal reserva 20% de cada propriedade para preservação das matas nativas.

No início, os agricultores ainda conseguiam obter a regularização e autorização para plantar dentro de um tempoexeqüível. Com a chegada de novos produtores, o Ibama não atendia, os papéis estacionavam na burocracia, a falta de diálogoentre os diversos órgãos públicos, e complicações políticas, agregavam mais dramas e os plantios foram feitos sem asautorizações legais. A Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA) estava diante de um problema extremamenteperigoso: “um passivo ambiental ameaçando a viabilidade de um dos maiores pólos agrícolas do Brasil”, afirma Sergio Pitt,agricultor, vice-presidente da entidade e o coordenador de toda essa ação, uma gigantesca “cruzada” para a legalização.

O que este caso tem de exemplar para todo agronegócio brasileiro, é demonstrar que, sim, é possível caminharmos aolado do futuro, compatibilizando agronegócio com sustentabilidade, com lei, com ONG’s, Ibama, Ministério público, legisla-tivos, executivos, secretaria de meio ambiente, secretaria da agricultura, mercados, e empreendedorismo rural. Qual é achave da questão? Liderança sustentável, visão de longo prazo. E a consciência nova de que só poderemos caminhar doravan-te através da integração estratégica de uma governança que tenha pés no chão, com atitudes e comprometimentos efetivos dasociedade civil organizada. Dá trabalho? Sim, e muito. Exige voluntariado? Sim; verdadeiros abnegados para dar as viradas nahistória. Desde Policia Federal investigando servidores, prendendo agricultores utilizando químicos contrabandeados, até idase vindas, paciência, tolerância pelos gabinetes dos órgãos públicos municipais, estaduais e federais, enfrentamentode aproveitadores, espertos, indo para alianças com ONG’s éticas como a TNC (The Nature Conservancy), criando diversosacordos de cooperação técnica suportados pelos próprios agricultores, conscientização do legislativo. Essa tem sido a pere-grinação das lideranças dos produtores da região, para criar o Oeste Sustentável.

E agora? o trabalho apenas começa no campo, no mundo real. A Associação dos Agricultores calcula em cerca de50% as propriedades que precisarão ser legalizadas. Hoje existem em torno de 2 000 processos parados. Sem contar osnovos a serem gerados. Há um prazo de enquadramento para os agricultores se cadastrarem. Após o cadastramento comas coordenadas localizadoras, a ONG TNC plota os dados numa matriz geo-referenciada. A partir disso o produtorprepara um projeto do que fará, como fará, e o prazo, se for preciso reflorestar, corrigir, etc. Vai ao IMA (Instituto doMeio Ambiente). O técnico do IMA (trabalhando a partir do acordo de cooperação assinado entre o Ibama, Ministério doMeio Ambiente e demais órgãos) avalia; e o agricultor firma um Termo de Compromisso. A partir de então, se nãocumprir vai para a execução da promotoria pública. Durante a vigência do TC, o produtor fica liberado para o exercíciodas suas atividades.

As modernas lideranças do agronegócio brasileiro podem tirar um ótimo proveito desse caso do oeste da Bahia.Liderar, fazer acontecer, coordenar, dialogar com a sociedade. Cidadania e organização da sociedade é o novo nome dojogo. Ética, o fiel da balança.

Tese do Prêmio Nobel de Economiasoluciona drama do agronegócio

* Jose Luiz Tejon* (“The Drama of the Commons”– Elinor Ostrom)

Prof. FGV; Dirige o Nucleo de Agronegócio da ESPM - [email protected]

Opresidente da Aiba, Walter Horita, foi um dos con-vidados para a Audiência Pública – Comissão Espe-

cial Código Florestal Brasileiro que aconteceu no dia 14de novembro, em Petrolina (PE). O encontro teve comoobjetivo discutir as alterações no Código Florestal Brasi-leiro com os estados da Bahia e Pernambuco. Na oca-sião, Walter Horita apresentou o Plano Oeste Sustentávelcomo exemplo de uma iniciativa conjunta entre produto-res, governos e sociedade civil organizada para adequaros imóveis rurais do ponto de vista ambiental, a princí-pio, na região Oeste, e, posteriormente e com ajustes, emtodo o estado da Bahia.

Convidado pela presidência da comissão, Horita de-fendeu três pontos, que impactam diretamente as ativida-des dos produtores do Oeste da Bahia. O primeiro é revo-gar a fixação do dia 15/12/1998 como data de corte paracompensação de reserva legal. De acordo com a MP 2.166-67, de 2001, produtores que abriram suas áreas após estadata não podem compensar a reserva fora da propriedade.Esta medida além de excluir muitas áreas, não é benéficapara o meio ambiente. Do ponto de vista da conservação

Código Florestal Brasileiro: Aiba participa de Audiência Pública em Petrolinada biodiversidade, é muito mais eficaz estimular a criaçãode reservas em grandes blocos do que “ilhas de preserva-ção” dentro das propriedades, sem ligação entre si. Alémdisso, está cientificamente comprovado que em solos cor-rigidos para a agricultura, a vegetação nativa encontra difi-culdades para se recompor.

A Aiba também defende a exclusão das Áreas de Pre-servação Permanente (APPs) no cômputo da Área de Re-serva Legal e a inserção, no Código Florestal, de disposi-tivos que estimulem a adoção de boas práticas agrícolas,como plantio direto, instalação de curvas de nível, mane-jo integrado de pragas e difusão de novas tecnologias quepropiciem a condução as lavouras com o menor impactopossível ao meio ambiente.

No encerramento do encontro, o relator e o presidenteda comissão receberam um documento registrando as prin-cipais considerações da Aiba sobre o Código Florestal. Oevento contou com a presença dos deputados Moacir Mi-cheletto (presidente da Comissão), Aldo Rebelo (relator) eGonzaga Patriota, além de líderes políticos locais, entida-des representativas do agronegócio e ambientalistas.

Walter Horita, à esquerda, durante explanação do deputadoGonzaga Patriota. Na mesa, entre outros, os deputados AldoRebelo e Moacir Micheletto

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Há exatos 20 anos, o agricultor MiguelCarvalho entrou com um pedido de

desmatamento no Ibama para poder pro-duzir em sua propriedade de 5,9 mil hecta-res no distrito de Roda Velha, município deSão Desidério. Pagou as taxas, recebeu oprotocolo, mas, jamais, apesar das suas inú-meras solicitações, recebeu a visita de umtécnico do órgão e muito menos a libera-ção da licença. Ainda assim, cumpre rigo-rosamente a lei, preservando os 20% demata nativa do cerrado e a nascente doRio Roda Velha, desde que chegou à re-gião há 30 anos. Mesmo com seu esforço,Miguel Carvalho, já passado dos 70 anos ecom excelente reputação na região, estáilegal do ponto de vista ambiental.

O caso do produtor Miguel Carvalho,longe de ser uma exceção, é mais um dosmilhares no Oeste da Bahia, que, em virtu-de da falta de estrutura de fiscalização ecumprimento da lei dos órgãos ambientais,gerou um enorme passivo, que punha emrisco a viabilidade de um dos maiores pó-los agrícolas do Brasil. A boa notícia é queem breve, estima-se, situações como estaserão assunto do passado, com o PlanoOeste Sustentável, força-tarefa empreen-dida pelos produtores rurais, através da As-sociação de Agricultores e Irrigantes daBahia (Aiba), Governo do Estado, repre-sentado pelas secretarias de Agricultura(Seagri) e de Meio Ambiente (Sema), e,desde o dia 23 de outubro, pelo Instituto doMeio Ambiente (IMA).

Com a assinatura do Acordo de Coo-peração Técnica entre Sema, Seagri eIMA, com interveniência da Aiba, o PlanoOeste Sustentável, que há dez meses foiesboçado, posteriormente constituído, eganhou arcabouço legal, chega enfim aodia a dia do produtor rural. A cerimôniarealizada em Barreiras reuniu cerca de 300participantes, a maioria produtores, quequeriam conhecer mais sobre o Plano emanifestar apoio ao que vem sendo cha-mado de “divisor de águas” na história dodesenvolvimento do cerrado baiano.

“Vejo como muito promissora essaassociação entre o agronegócio e o meioambiente e acredito demais nessa par-

Oeste Sustentável formaliza acordo comInstituto do Meio Ambiente (IMA)

Na nova etapa, o Plano deixa os gabinetes para chegar ao dia a dia do produtor rural do Oeste da Bahia

ceria. O IMA não pode ser uma entida-de de arrecadação. Nosso propósito éconverter multas em serviços ambien-tais”, afirmou a diretora geral do IMA,Beth Wagner, e continuou: “Não admiti-mos mais posturas anacrônicas, de 20anos atrás. Desconhecer a questão am-biental é estar desatualizado”.

Segundo Beth Wagner, o IMA, autar-quia ligada à Sema para executar a políti-ca estadual de administração dos recursosambientais na Bahia, está hoje se estrutu-rando para atender às demandas. Até o anopassado, o órgão possuía 22 técnicos parafazer licenciamento nos 417 municípiosbaianos. Hoje, são 80 nesta área específi-ca, com previsão de concursos públicos.

Para o presidente da Aiba, Walter Ho-rita, a assinatura do Acordo com o IMAfoi uma conquista. “A regularização am-biental é um direito que o produtor reivin-dica há muitos anos e é uma condição in-dispensável à sua atividade. Nós, da Aiba,empunhamos esta bandeira desde 2000,mas só agora encontramos um ambientefavorável para que a nossa causa fosseouvida, compreendida e, principalmente,apoiada, convertendo-se em ações e polí-ticas públicas eficazes”. O presidente

aproveitou o momento para ler o artigopublicado pelo renomado professor LuizTejon em um grande jornal de circulaçãonacional na última quinta feira, sobre oexemplo positivo do Plano Oeste Susten-tável (vide artigo na página 2).

Confiança mútua - O secretário daAgricultura, Roberto Muniz, lembrou quea Operação Veredas, ponto de partida doPlano Oeste Sustentável, foi deflagradana região em pleno dia da sua posse, nodia 6 de novembro de 2008, trazendo gran-des prejuízos para a região, em multas,embargos, confisco de máquinas, equipa-mentos e produção.

“Recebi do governador Jaques Wagner,a incumbência de, juntamente com o se-cretário Juliano Matos, trabalhar para fa-zer meio ambiente e agricultura caminha-rem juntos na Bahia. Creio que estamosconseguindo. Aqui na Bahia, ao contráriode muitos estados, essas duas pastas dia-logam, são parceiras, e, com isso, todossaem ganhando”, disse Muniz.

“Ninguém aqui abre mão de produzir,mas também não abre mão de preservar.Temos orgulho de ser o maior celeiro daBahia, mas também de ter os nossos riosconservados”, concluiu.

Já o secretário do Meio Ambiente, Juli-ano Matos, em seu discurso enfatizou a con-fiança mútua entre o setor produtivo e ogoverno. “O produtor aderiu espontanea-mente a essa causa. Estamos muito im-pressionados com isso, que é um sintomaclaro de que podemos fazer uma revolu-ção nesta área”, disse Juliano Matos.

Ao fim da cerimônia o presidente doFundo para o Desenvolvimento do Algo-dão (Fundeagro), Ezelino Carvalho, entre-gou as chaves de seis veículos utilitáriosde uso exclusivo adquiridos pelo Fundo, emconvênio com a Aiba, para o Plano OesteSustentável. Os veículos serão utilizadospelos técnicos de campo nos trabalhos decadastramento e fiscalização.

Treinamento - Também na sexta-fei-ra (23), no período da tarde, cerca de 150produtores e técnicos em projetos partici-param do treinamento em cadastramentoe licenciamento do Plano Oeste Sustentá-vel. As apresentações foram feitas, res-pectivamente, pelo representante da ONGambientalista parceira do Plano, The Na-ture Conservancy (TNC), Adolfo DallaPria, e pelo diretor do departamento de Flo-restas da Secretaria do Meio Ambiente,Plínio Augusto de Castro.

Secretário do Meio Ambiente, Juliano Matos durante a solenidade

Roberto Muniz, secretário de Agricultura da Bahia Público compareceu em massa ao evento

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OConselho Técnico da Associação deAgricultores e Irrigantes da Bahia

(Aiba) divulgou os resultados das princi-pais culturas da região Oeste na safra 2008/09 e a primeira estimativa de plantio para2009/10. A reunião aconteceu no dia 30de outubro, na sede da Aiba, e contou coma presença da Associação Baiana dos Pro-dutores de Algodão (Abapa), FundaçãoBahia, Agência de Defesa Agropecuária daBahia (Adab), Empresa Baiana de Desen-volvimento Agrícola (EBDA), SindicatoRural de Luís Eduardo Magalhães e agen-tes das tradings do complexo soja da re-gião Oeste.

Além dos resultados, o Conselho Téc-nico destacou os principais fatores que afe-tam a produção da região Oeste. Dentreeles, os reflexos da questão ambiental quese arrastou por um longo período, os pro-blemas trabalhistas que colocam o produ-tor em situação cada vez mais desfavorá-vel e as interferências climáticas.

Veja desempenho dasprincipais culturas:

Soja – Acompanhando a tendência na-cional, a soja permanece na liderança damatriz agrícola do Oeste da Bahia. Para asafra 2009/10, a previsão é de que a áreada cultura aumente 6,4%, chegando a1,046 milhão de hectares. A produtividademédia estimada neste primeiro levantamen-to é de 46 sacas por hectare, com produ-ção de 2,9 milhões de toneladas, o que re-presenta aumento de 15,2% sobre a pro-dução anterior.

Algodão – De acordo com os dados daAbapa, a área de algodão para a safra 2009/10 é de 246 mil hectares, o que representauma redução de 6% quando comparada àsafra passada. Segundo os técnicos, a re-tração nas lavouras teve como causa, den-tre outras, a crise econômica mundial quedescapitalizou os compradores em todo omundo, diminuiu a oferta de crédito e ge-rou muita incerteza na época do plantio. Aprodutividade estimada é de 270 arrobas dealgodão em caroço por hectare. A produ-ção será cerca de 15% superior à registra-da na safra anterior, atingindo 393,5 mil to-neladas de algodão em pluma.

Em 2008/09 a cultura do algodão ocu-pou área de 261,6 mil hectares com pro-dutividade média de 220 arrobas por hec-tare e produção de 341 mil toneladas dealgodão em pluma. A baixa produtividadenaquela safra, para os padrões da região,se deveu principalmente às variações cli-máticas, que entre outros problemas, re-

Conselho Técnico da Aiba divulga resultados da safra 2008/09e estimativa de plantio para 2009/10

duziu a eficiência das estratégias de com-bate ao bicudo no Oeste da Bahia.

Já na região Sudoeste da Bahia, ondese destaca o município de Guanambi, acultura do algodão na safra 2009/10 terásignificativo aumento de área, de 32,3%,em comparação com a área da safra 2008/09. As lavouras de algodão vão ocupar 18mil hectares, com produção estimada de20 mil toneladas de algodão em pluma eprodutividade média de 187 arrobas porhectare. A adoção da técnica do algodãoadensado foi um dos responsáveis peloaumento da área.

Milho – Devido às circunstâncias des-favoráveis de mercado para os produto-res da região Oeste, sobretudo os preçosabaixo do mínimo estipulado pelo Gover-no Federal, a cultura do milho apresentouqueda de área da ordem de 5,6%, caindode 180 mil hectares da safra 2008/09 para170 mil hectares nesta safra.

No ciclo 2008/09 o cereal atingiu a mai-or produtividade média de sua história noOeste da Bahia, com 135 sacas por hecta-re e produção de 1,46 milhão de tonela-das. Já para a safra 2009/10, o ConselhoTécnico da Aiba estima que a produtivida-de do grão alcance 125 sacas por hectare,com produção estimada em 1,3 milhão detoneladas por hectare.

Com o reflexo da crise na cultura do mi-lho, a região Oeste está com o cereal esto-cado em excesso. Por falta de estrutura emalgumas micro-regiões ainda pode-se en-contrar milho da safra 2007/08 estocado.

Café – Os números da safra 2008/09

indicam uma produtividade média de 45sacas por hectare, em uma área produtivade 11,7 mil hectares, com total de 527,4mil sacas de 60 quilos de café.

Para o ciclo 2009/10, a cultura apre-senta uma evolução de 8,7% da área em

produção, passando para 12,7 mil hecta-res. A produtividade ficou mantida em 45sacas. As áreas em formação, poda e cepasomam um total de 2,4 mil hectares. A áreatotal de café irrigado fica em torno de 15,1mil hectares.

Eucalipto: apresenta uma ligeira va-riação de 0,6% na área, passando para33,8 mil hectares nesta próxima safra.

Capim para semente: elevação de13,6% na área, atingindo área total de30 mil hectares.

Arroz: redução de 58,3% na área,resultando em cerca de 10 mil hecta-res. Segundo os dados divulgados, da

redução de 24 mil hectares do ciclo an-terior, 14 mil hectares deverão ser ocu-pados com o cultivo de soja.

Feijão, sorgo, dentre outras culturasdeverão manter suas áreas sem grandesalterações no próximo período.

Os números desta primeira estimati-va serão revisados pelo Conselho Téc-nico na primeira quinzena de dezembro.

Outras culturas:

Os produtores de milho e sorgo as-sociados à Aiba foram representa-

dos por membros da diretoria da entidadeno último dia 17 de novembro na CâmaraSetorial da Cadeia Produtiva do Milho eSorgo em Brasília. Pauta recorrente, os me-canismos de subvenção da Companhia Na-cional de Abastecimento - Conab (PEP ePepro) foram os mais questionados. Tam-bém foi criado um Grupo de Trabalho paradiscutir a comercialização para a próximasafra. A Aiba foi representada pelo diretorexecutivo Alex Rasia, pelo o diretor admi-nistrativo e membro titular da Aiba Câma-

Diretoria da Aiba discute situação do milho em Brasíliara Setorial, Celestino Zanella e conselheirotécnico, Raimundo Santos.

Os números apresentados pela Conabsobre a conjuntura atual da cadeia do mi-lho e do sorgo indicam ligeira redução naprodução e estoques mundiais. No Brasildeve restar, ao final da próxima safra, es-toque de passagem próximo a nove mi-lhões de toneladas. Segundo a Conab, atu-almente há cerca de cinco milhões de to-neladas em estoque.

De acordo com Rasia, houve muitosquestionamentos sobre a eficácia dos me-canismos de subvenção no ano de 2009,

sobretudo, por parte da Bahia, Goiás eParaná. Estes questionamentos levaram àformação de um grupo de trabalho paradiscutir os aspectos relacionados à comer-cialização da próxima safra, no qual a Aibaestá representada. A coordenação do GTficou a cargo da FAEG/CNA, em funçãoda proximidade com Brasília.

Grupo de Trabalho - Logo após a reu-nião da Câmara Setorial da Cadeia Produ-tiva de Milho e Sorgo, que definiu a for-mação do Grupo de Trabalho para análisedos instrumentos de subvenção à comer-cialização (PEP E Pepro), a Aiba e os de-

mais participantes da comissão se reuni-ram para pontuar questões relacionadas àoperacionalização dos programas em 2009.Para a região Oeste, os representantes daAiba enfatizaram o histórico negativo, comprêmios de escoamento de safra do Cen-tro-Oeste e limitações de armazenagem.

Ficou definido que cada entidade par-ticipante do GT deverá pontuar problemasoperacionais e sugestões sobre estes pro-gramas e encaminhá-las por e-mail à co-ordenação (FAEG/CNA). O próximo en-contro deverá ocorrer na segunda quinze-na de janeiro.

O diretor técnico da Aiba, Antonio Grespan (centro), presidiu a reunião que apurou aprimeira estimativa para a safra 2009/10

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Representantes da Associação Baianados Produtores de Algodão (Abapa)

e do Fundo para o Desenvolvimento doAgronegócio do Algodão (Fundeagro) sereuniram com a Associação Brasileira doAlgodão no 1º Workshop do ProgramaAbrapa de Combate ao Bicudo do Algodo-eiro. Na região Oeste, a Abapa, que assu-miu a coordenação do Programa em umaparceria já consolidada juntamente com a

Bahia discute Bicudo do Algodoeiro em evento nacional

Fundação Bahia e Fundeagro, participoudo encontro nos dias 04 e 05 de novem-bro, no Mercure Hotel Brasília Eixo Mo-numental (DF).

Na programação do Workshop foi feitoum alinhamento das diretrizes estratégicasdo Programa por áreas temáticas (política,técnico-científica e administrativa), a cons-trução do cronograma e os encaminhamen-tos finais, seguindo a Instrução Normativa

nº 44, do Ministério da Agricultura.Para representar a Abapa nas áreas políti-

ca, técnica e administrativa e abordar as es-feras do Programa na Bahia, foram selecio-nados o segundo tesoureiro da Associaçãoe também representante da Bahia na Câma-ra Nacional do Algodão, Celito Missio, o co-ordenador do Programa do Bicudo na Bahia,José Lima e o diretor da Abapa, Hermes Si-mões. O Fundeagro, um dos financiadores

do evento, foi representado no workshoppelo presidente Ezelino Carvalho.

O evento reuniu 35 participantes, en-tre representantes das associações estadu-ais, fundações, fundos de desenvolvimen-to da cultura do algodão, Instituto Agro-nômico do Paraná (Iapar), Empresa Bra-sileira de Pesquisa Agropecuária (Embra-pa) e Ministério da Agricultura, Pecuária eAbastecimento (MAPA).

Novos desafios doPrograma para

Monitoramento e Con-trole do Bicudo do Algo-doeiro são metas paraAbapa, Fundação Bahiae Fundeagro, entidadesque coordenam, execu-tam e financiam o proje-to. Um coordenador enove técnicos foram contra-tados para intensificar asações de combate à praga naregião Oeste.

O coordenador do Pro-grama Bicudo é o engenhei-ro agrônomo José Lima Bar-ros. Ele exerceu a atividadede chefe da Empresa Baia-na de Desenvolvimento Agrí-cola (EBDA), nos municípi-os de Caetité, Carinhanha eGuanambi. Foi cotonicultordurante 22 anos e trabalhouno projeto de revitalização dalavoura algodoeira do Sudo-este da Bahia de 2002 a2004.

Segundo Barros, para asafra 2009/10 já foi feito um

Programa Bicudo temnovo coordenador

Odescompasso entre o or-çamento apertado previs-

to na proposta orçamentária para2010 para suporte ao setor agrí-cola, de R$1,2 bilhão, e a deman-da real estimada pelos produto-res, da ordem de R$3 bilhões,motivou líderes da cotoniculturabrasileira, dentre os quais o re-presentante da Associação Baia-na dos Produtores de Algodão(Abapa), João Carlos Jacobsen,a reunirem-se no dia 28 de outu-bro no Congresso Nacional, emBrasília, com o relator-geral daproposta, o deputado GeraldoMagella (PT-DF).

A comitiva foi formada pe-los presidentes da AssociaçãoBrasileira dos Produtores de Al-godão (Abrapa), Haroldo daCunha, da Câmara Setorial daCadeia Produtiva do Algodãodo Ministério da Agricultura(Mapa), Sérgio De Marco, daAssociação Baiana dos Produ-tores de Algodão (Abapa), JoãoCarlos Jacobsen, da Associa-ção Mato-grossense dos Pro-dutores de Algodão (Ampa),Gilson Ferrúcio Pinesso, daAssociação Goiana dos Produ-

Abapa participa de comitiva para pleitear emBrasília mais recursos no Orçamento 2010

tores de Algodão (Agopa), Mar-celo Jony Swart, da Associa-ção Paulista dos Produtores deAlgodão (Appa), Ronaldo Spi-randelli, e da Associação Sul-matogrossense dos Produtoresde Algodão (Ampasul), WalterSchlatter. Acompanharam osrepresentantes dos cotoniculto-res o senador Gilberto Goell-ner (DEM/MT) e o deputadoWaldemir Moka (PMDB-MS),militantes da causa do algodão.

De acordo com o Jacobsen,embora o relator tenha se mos-trado sensível ao pleito dos pro-dutores, todos reconhecem queas possibilidades de um ajustenão previsto de orçamento nãosão grandes. “Este ano o orça-mento foi muito apertado porcausa da baixa da arrecadação.O Governo ficou sem área demanobra e sabemos que inserirdespesas não planejadas é com-plicado. Entretanto, estamos fa-lando de R$1,2 bilhão para todoo setor, o que está muito aquémdo demandado. Só o café preci-sa de cerca de R$700 milhões”,afirma o presidente da Abapa. Eleenfatiza que os recursos para o

suporte à comercialização devemser previstos, mesmo que nãosejam utilizados. “Ninguém querdepender de Pepro. Se os pre-ços subirem, o prêmio não sejustifica, mas os riscos da ativi-dade agrícola são muitos”, com-plementa.

Sinal de alerta - Para ilus-trar os riscos no agronegócio,Jacobsen cita a expectativapara 2010 para o algodão naBahia. “Esperávamos um anomelhor, pelo arrefecimento dacrise econômica mundial e pelamelhora nos preços da pluma,mas essa chuva exagerada emoutubro já nos coloca em esta-do de alerta”. Segundo o líderbaiano, muita chuva em outu-bro, ao longo dos 10 anos decotonicultura no Oeste daBahia, é sinal de veranico e pro-blemas na época do plantio. “OGoverno deve estar atento,pois se os recursos não estive-rem previstos para ajudar osprodutores de algodão, uma dasprincipais fontes de emprego erenda em estados como a Bahia,depois, não há como remedi-ar”, concluiu.

levantamento de todas as áre-as produtoras de algodão noOeste da Bahia, e para aten-der 100% das propriedades,foram criados, além dos oitonúcleos regionais que já eramatendidos, mais quatro núcle-os. São eles: Acalanto-Myso-te-Ventura, Alto da Serra-Ce-olin-Linha Verde, Rosário eJaborandi.

Além das áreas que culti-vam algodão, os técnicos doPrograma Bicudo atendemtambém as áreas de rotaçãosoja/milho sobre algodão e àsbeneficiadoras de algodão, vi-sando orientar os produtorese usineiros sobre a eliminaçãode possíveis tigueras.

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Para dar mais agilidade e precisão aos trabalhos de-senvolvidos pela equipe do Programa de Monitora-

mento e Controle do Bicudo do Algodoeiro, o Fundo parao Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão – Funde-agro entregou no dia 4 de novembro para a Abapa, umacaminhonete, além de equipamentos de informática e apa-relhos de ar-condicionado.

De acordo com Ezelino Carvalho, para esta safra (2009/10), o Fundeagro investirá o montante de R$ 800 mil parao Projeto de Monitoramento e Controle do Bicudo e para oPrograma dos Núcleos Regionais. Os equipamentos en-tregues fazem parte do convênio número 141/2009 entreo Fundeagro e a Fundação Bahia.

Pelo segundo ano consecutivo, o Fundo para o De-senvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fun-

deagro) substituirá os tradicionais cartões de Natal envia-dos pelos Correios pela versão digital da mensagem deBoas Festas. Assim, os recursos que seriam aplicados naação promocional de fim de ano serão revertidos para umacausa social. O valor da doação equivalente aos custos deconfecção e envio dos cartões, de R$ 4 mil, foi destinado,

Foi com muito entusiasmo que 80 jovens de Barreiras,Luís Eduardo Magalhães e São Desidério participa-

ram da cerimônia de formatura do Projeto Inclusão Digital,do Fundeagro, no dia 21 de novembro. O evento que for-mou quatro turmas de Operadores de Computador aconte-ceu na sede da Abapa em Barreiras e, além dos formandos,contou com a participação de pais, amigos e professores.

Com o diploma de Operador de Computador nas mãos,Dailson Amorim de 19 anos tem agora infinitas possibili-dades. “Há seis meses não sabia nem ligar o computador.Hoje, além de concluir o ensino médio, sigo para a carrei-ra militar contando com esse diferencial nas mãos”, co-memora.

Para a aluna Lorena Santana, o curso trouxe de imediatoo primeiro emprego. “Se eu não estivesse estudando infor-mática, não conseguiria o emprego, já que eu trabalho dire-tamente com computação em um supermercado”, salienta aestudante do Colégio Estadual Presidente Médici.

Na oportunidade, o presidente do Fundeagro, EzelinoCarvalho, sorteou quatro computadores completos com

Programa de combate ao Bicudo doAlgodoeiro ganha reforço do Fundeagro

Jovens da região Oeste recebem certificadodo Projeto Inclusão Digital

impressora para os alunos e entregou dois cheques novalor de R$ 2 mil cada, para a APAE Barreiras e LuísEduardo Magalhães. As APAES foram contempladas comrecursos revertidos dos cartões de Natal 2009 do Funde-agro (veja matéria nesta edição).

Com duração de seis meses, o conteúdo programáticodas aulas compõe módulos do Windows, Word, PowerPoint, Excel e Internet. Para cada módulo os alunos rece-bem gratuitamente todo o material didático. Além das au-las específicas, cada aluno tem acesso ao curso de digita-ção e uma série de palestras que são fundamentais paraentrar preparado no mercado de trabalho, como: habilida-des e atitudes vencedoras, entrevista e seleção, elabora-ção de currículo, encaminhamento virtual, dentre outras.

O curso faz parte do Projeto de Inclusão Digital, criadoem 2006 pelo Fundeagro. Mais de 200 pessoas já recebe-ram capacitação profissional, através da computação. Asaulas ministradas pela escola Microlins faz parte do progra-ma de educação nacional que consta na Lei de Diretrizes eBases - LDB (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996).

Fundeagro: cartões de Natal viram ação socialem partes iguais, para as unidades da Associação de Ami-gos e Parentes dos Excepcionais (APAE) de Barreiras ede Luís Eduardo Magalhães.

“Acreditamos que desta forma os cartões de Natal cum-prem ainda mais a sua missão, gerando benefícios que seestenderão por todo o ano para quem mais precisa”, afirmao presidente do Fundeagro, Ezelino Carvalho, que ressaltaainda a vantagem ecológica dos cartões digitais.

Presidente da APAE de Barreiras recebendo o chegue deR$ 2 mil

Ezelino Carvalho entrega cheque de R$ 2 mil a vice-presidente da APAE de Luís Eduardo Magalhães

· Adair Casagrande e Outros· Marcio José Liberalli

· Sabbá Combustíveis Ltda

Novos sócios - Aiba

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Desde o dia 09 de novembro, os pro-dutores baianos já podem realizar no

município de Luís Eduardo Magalhães exa-mes laboratoriais agrícolas que antes sóeram possíveis fora do estado. A Funda-ção de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimentodo Oeste da Bahia (Fundação Bahia), e aKuhlmann Laboratórios, com apoio doFundo para o Desenvolvimento do Agro-negócio Algodão (Fundeagro) inauguraramquatro laboratórios, equipados para análi-se ambiental, de água, de resíduos de de-fensivos químicos, fertilizantes, sementese fertilidade do solo, além de grãos, nema-tóides, microbiologia do solo, entomolo-gia, fitopatologia, dentre outros.

Os novos equipamentos estão instala-dos no Centro de Pesquisa e Tecnologiado Oeste da Bahia (CPTO), que hoje já éconsiderado o maior e melhor equipadocentro do gênero no Norte/Nordeste.

O convênio para instalação dos labora-tórios foi assinado entre a Fundação Bahia,a empresa Kuhlmann e o Fundeagro du-rante o VII Congresso Brasileiro do Algo-dão, que aconteceu entre os dias 15 e 18de setembro, em Foz do Iguaçu (PR).

De acordo com o presidente da Fun-dação Bahia, Amauri Stracci, o CPTO con-ta atualmente com a maior estrutura deanálise da Bahia e se consolida na presta-ção de serviços para o produtor rural, pes-

Pesquisas do Projeto Café, desenvolvi-das pela Fundação Bahia, foram apre-

sentadas para o público do 35º CongressoBrasileiro de Pesquisas Cafeeiras na cidadede Araxá (MG), de 27 a 30 de outubro. Dosoito trabalhos publicados, quatro foram se-lecionados para apresentação oral. Na opor-tunidade, também foi feita uma breve apre-sentação sobre a Fundação Bahia, sua novaestrutura, parcerias, laboratórios e a impor-tância para o desenvolvimento do agrone-gócio da região Oeste da Bahia.

Representada pelo diretor administrativo

AFundação Bahia já está trabalhan-do a todo vapor nos preparativos

para a Passarela da Soja 2010. Juntocom as empresas mantenedoras, a Fun-dação traça as estratégias para repetire, de preferência, superar o êxito das10 edições anteriores do evento, cujaparticipação de produtores tem sidosempre da ordem de milhares. O Diade Campo da Cultura da Soja, tambémconhecido por Passarela da Soja, serárealizado em meados do mês de abril,na Fazenda Maria Gabriela, na regiãode Roda Velha/São Desidério (BA).

Aagricultura moderna tem levado osprodutores a buscar eficiência no

que fazem. Para alcançar resultados po-sitivos, o produtor deve contar comuma gama de produtos e serviços dire-cionados à sua necessidade e que ele-vem o potencial produtivo. A regiãoOeste da Bahia tem despontado comouma das maiores regiões produtoras dealimentos do Brasil. E por se situar dis-tante dos grandes centros industriais,surgiu então a necessidade de implan-tar próximo aos agricultores, laborató-rios de análises agrícolas e ambientaisque ofereçam suporte para a agricultu-ra tecnificada da região.

Assim sendo, a Kuhlmann Labora-tórios, a Fundação Bahia e o Fundea-gro firmaram parceria para oferecer aosprodutores serviços de análises de so-los, foliar, sementes, classificação degrãos, fertilizantes, ambientais, nema-tológicas, fitopatológicas, e entomoló-gicas, que contribuirão para tomada dedecisões mais eficientes, seja no ma-nejo dos solos, de cultivares a seremimplantadas e da eficiência ambiental esustentabilidade do agronegócio.

A Kuhlmann Laboratórios ofere-cerá analises agrícolas e ambientaisa todos os produtores, indústrias ecomércio da região, atendendo tam-bém aos estados circunvizinhos,como Goiás, Tocantins, Piauí, MinasGerais, e demais interessados.

Teremos o credenciamento dos ór-gãos certificadores, além de uma equi-pe preparada para atender com eficiên-cia e qualidade ao produtor, dando su-porte para coleta, amostragem e análi-se de acordo com as metodologias ado-tadas. Trata-se de um serviço diferen-ciado, com atendimento exclusivo. Oprodutor irá se beneficiar com a redu-ção do gasto de transportes anterior-mente necessário para despachar osmateriais para os grandes centros. Ou-tro grande benefício será a redução dotempo de transporte, garantindo quali-dade ao material a ser analisado, queresultará em tempo hábil disponível parao produtor.

Todos os setores são beneficiadoscom os resultados das análises, quecontribuirá decisivamente para a redu-ção dos níveis de poluição do ambientee para a diminuição dos custos, funda-mental para se atingir os moldes da sus-tentabilidade do agronegócio.

Kuhlmann Laboratóriose Fundação Bahia trazem

grandes soluçõespara a agricultura do

Oeste baiano

Sandra Elisa GuimarãesMicrobiologistaAgrícola da Kuhlmann

Fundação Bahia e Kuhlmann inauguramlaboratórios de análise agrícola e ambiental

quisadores, consultores e empresas. “Va-mos utilizar os mais modernos equipamen-tos e uma equipe de alta qualidade pararealizar na própria região Oeste os examesque antes eram feitos em laboratórios forado estado. Isso representa mais agilidade,economia e segurança nos resultados parao produtor”, salienta Stracci.

Ações para a Passarela da Soja 2010 são discutidas

Orientar os funcionários sobre como proceder em caso de acidente de traba-lho e como lidar com fatalidades com animais peçonhentos e intoxicações é

uma das preocupações da Fundação Bahia, que realizou no dia 09 de novembroem sua sede, em Luís Eduardo Magalhães, um treinamento de primeiros socor-ros para todo o quadro da empresa.

A palestra foi ministrada pelo médico do trabalho Felipe Morgan Melhem, eabordou os temas: doenças ocupacionais, intoxicações, alergias, convulsão, in-farto, ataques cardíacos e cardiorrespiratórios.

Primeiros socorros são tema depalestra na Fundação Bahia

No evento, o público terá acessoàs tendências em tecnologias para a pro-dução, além de conhecer os mais re-centes resultados de pesquisa nas áre-as de melhoramento genético e as no-vas cultivares de soja desenvolvidaspela Fundação Bahia em parceria coma Embrapa Soja.

O evento já tem um público cativo,entre produtores agrícolas, profissio-nais do agronegócio, empresas de pes-quisa, de insumos, estudantes, autori-dades do setor público e políticos deexpressão regional e estadual.

Pesquisas com café da Bahia são destaque em Minas Geraisda Fundação Bahia, Sérgio Aguiar, e pelo co-ordenador do Projeto Café, Edmilson Figue-redo, a entidade apresentou no evento, osseguintes trabalhos:

Espaçamentos crescentes na linha deplantio (entre plantas) na cafeicultura irriga-da no Oeste da Bahia em plantio tardio –março/abril.

Estudo do espaçamento entre plan-tas, em plantio adensado e convencional, paracafeeiros irrigados sob pivô central-lepa comcultivo circular no Oeste da Bahia.

Comparativo de substratos comerci-

ais em tubetes na formação de mudas de café. Enraizadores na formação de mudas

de café em tubetes. Estudo de diferentes tipos de recipi-

entes para plantio de cafeeiros adensados eirrigados sob pivô central-lepa com cultivocircular no Oeste da Bahia.

Uso de azospirillum na formação demudas de café em sacolas.

O gesso agrícola em doses crescenteselevadas como cobertura morta ou irrigaçãobranca na produção de cafeeiros irrigadossob pivô lepa em solo arenoso.

Crescimento de ramos e produtivi-dade de cafeeiros arábica na região Oesteda Bahia, implantados em diferentes ori-entações cardeais.

Participaram do congresso pesquisado-res, professores, estudantes, fabricantes dedefensivos e fertilizantes e toda a cadeia en-volvida no agronegócio café distribuída emtodas as regiões cafeeiras do país.

Ezelino Carvalho, Isabel da Cunha,Amauri Stracci e Eduardo Kuhlmann

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