Objectividade científica e racionalidade científica
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OBJECTIVIDADE CIENTÍFICA E
RACIONALIDADE CIENTÍFICA
Perspectivas de Popper e Kuhn
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A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E A QUESTÃO DA OBJECTIVIDADE
Karl Popper Karl Popper – defende que o conhecimento
científico é objectivoobjectivo e que a sua evolução é
racionalracional.
Thomas Kuhn Thomas Kuhn – apresenta uma perspectiva da
ciência que rejeita a objectividade e a objectividade e a
racionalidade racionalidade desta.
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A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA SEGUNDO POPPER
Segundo Popper, nunca podemos saber que
uma teoria científica é literalmente verdadeira;
tudo o que podemos saber é que, até um certo
momento, não se mostrou que é FALSAFALSA.
Racionalidade crítica Racionalidade crítica – adoptar atitude
critica – sujeitar as teorias a testes que
possam resultar na sua refutação, ou seja,
tentar detectar os erros das teorias. Evolução da
ciência
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APROXIMAÇÃO À VERDADE
A verdade é a meta da ciência.
E uma teoria é VERDADEIRA se, e só se,
corresponde aos factos, ou seja, se descreve
correctamente aquilo que se passa no
Mundo.
Popper – ciência é objectiva
Valor de verdade de uma teoria é independente
de crenças ou opiniões, pois o que lhe confere valor
de verdade é o que se passa na REALIDADE.
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CIÊNCIA E PROGRESSO
Ciência progride em direcção à verdade,
embora a verdade última seja
inalcançável.
De um modo geral, uma teoria é mais mais
verosímil verosímil do que outra quando implica mais
verdades ou menos falsidades.
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OS PARADIGMA SEGUNDO KUHN
ParadigmaParadigma – baseia-se numa teoria de grande
poder explicativo, que serve de modelo aos
investigadores e que determina os problemas
em que a investigação incidirá.
Sem um paradigma, não existe ciência. Os
paradigmas fundam a ciência e organizam o
trabalho dos cientistas.
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ELEMENTOS DOS PARADIGMAS
Paradigma inclui:
Leis e pressupostos teóricos fundamentais
Regras para aplicar as leis à realidade
Regras para usar instrumentos científicos
Princípios metafísicos e filosóficos
Kuhn, pensa que um paradigma define e regula define e regula
todo o trabalho científico numa certa área de todo o trabalho científico numa certa área de
investigaçãoinvestigação.
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RACIONALIDADE E PARADIGMAS
Características desejáveis de uma boa teoria
para fundar um paradigma:
Precisão Consistência Abrangência Simplicidade Fecundidade
Uma teoria que não seja avaliada consoante estes
critérios poderá ser considerada irracional.
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A CIÊNCIA NORMAL
Depois da instituição de um paradigma
inicia-se um período de ciência normal.
A ciência normal ciência normal caracteriza-se pelas
tentativas de desenvolver o paradigma,
tornando-o mais pormenorizado e completo.
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ANOMALIAS E CRISE
A ciência normal nem sempre é bem sucedida:
há enigmas que ficam por resolver e que
resistem às tentativas de resolução
(anomalia).
A acumulação de anomalias abala a confiança
no paradigma, gerando uma crise.
(Crise – período de insegurança durante o qual a
confiança no paradigma é abalada.)
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A INCOMENSURABILIDADE DOS PARADIGMAS
Holística : todos os aspectos que constituem
um paradigma mudam em conjunto, como
um todo e não de forma isolada.
Incomensurabilidade – impossibilidade de
comparar os paradigmas objectivamente de
maneira a concluir que um é superior ao
outro.
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CRITÉRIOS OBJECTIVOS E FACTORES SUBJECTIVOS
Para Kuhn a evolução da ciência não é um
processo absolutamente racional de
eliminação de teorias falsas à luz de critérios
objectivos, mas uma sucessão de sucessão de
paradigmas paradigmas escolhidos por uma
combinação de critérios objectivos e
factores subjectivos.
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DISCUSSÃO
Se não podemos afirmar com tanta
certeza que as teorias cientificas que
aceitamos hoje são verdadeiras, por que
razão devemos de confiar nelas?
Para confiarmos numa teoria, não é preciso termos a
certeza de que é verdadeira. Basta que seja uma
teoria que, entre as teorias disponíveis, tenha
resistido aos melhores testes empíricos. Assim, será
razoável acreditarmos que é verdadeira.
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«Dado que tanto a racionalidade
científica como a filosofia se
caracterizam pela atitude critica, segue-
se que não há qualquer diferença entre a
ciência e a filosofia.» Concorda?
Justifique.
Não. Embora a ciência e a filosofia decorram de uma
atitude critica, só na ciência a investigação se
desenvolve de forma empírica.
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«O facto de as escolhas dos cientistas serem
influenciadas por factores subjectivos mostra que
a ciência não é objectiva.» Concorda? Porquê?
Não. Os cientistas são influenciados por factores subjectivos,
mas a existência de crítica aberta na comunidade científica
permite filtrar os preconceitos individuais. A objectividade da
ciência não resulta do «espírito imparcial» dos cientistas,
considerados individualmente. Resulta da possibilidade de se
realizarem testes empíricos às teorias – testes passíveis de
reprodução.
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