Vilson Caetano de Sousa Jr. e Maria das Mercês Ferreira Vilson ...
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1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL AGRÍCOLA
“FERNANDO COSTA”
Código do Estabelecimento= 00044
Ato de Autorização = 1432/2008 DOE 10/06/2008
Ato de Reconhecimento
Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio - Res 090/2007
Curso Técnico em Agropecuária Subseqüente ao Ensino Médio – Res 089/2007
Curso Técnico em Agroindústria Subseqüente ao Ensino Médio – Autorização
de funcionamento Res 2902/2011
Ato administrativo do Regimento Escolar Adendo – nº 02/2005
ENDEREÇO
BR 369 - KM 68 - BAIRRO LARANJINHA
CEP 86350-000 SANTA MARIANA - PARANÁ
LOCALIZAÇÃO: ZONA RURAL
Fone (43) 3531- 1326
www.colegiofernandocosta.com.br
Distância Escola/ Núcleo 16 Km
NÚCLEO REGIONAL DE CORNÉLIO PROCÓPIO
Cód do NRE 08
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
PPP 2012
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
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2. INTRODUÇÃO
O Projeto aqui elaborado é fruto do trabalho coletivo da comunidade escolar, que
envolve: Pais, Alunos, Professores, Funcionários, Direção e Equipe Técnico Pedagógica
comprometidos com a Educação Pública. Educação esta, que abrange todos os
processos de formação do indivíduo. Esses processos formativos podem se desenvolver
nos mais diferentes ambientes sociais, como o ambiente familiar, na convivência
humana, nos locais de trabalho, nas instituições de ensino e de pesquisa, nos
movimentos sociais, nas organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais,
daí a importância desse coletivo.
Ao se propor uma nova concepção de escola, fez-se necessária uma adequação
pedagógica que tornasse viável a passagem do empírico ao concreto.
O reconhecimento da importância da educação traduz uma posição incompatível
com a postura elitista. Preocupar-se com a educação significa preocupar-se com a
elevação do nível cultural das massas; significa, em conseqüência, admitir que a defesa
de privilégios é uma atitude insustentável. Isto porque a educação é uma atividade que
supõe a heterogeneidade no ponto de partida e a homogeneidade no ponto de chegada.
Diz Demo (2.000, p.9) que a aprendizagem é marcada profundamente pela
virtude de trabalhar “os limites em nome dos desafios e os desafios dentro dos limites.”
A aprendizagem é, no seu âmago, expressão política e ética. Tem como objetivo a
formação do sujeito capaz de saber o que fazer da vida, de construir sua própria
história(expressão política), mas sempre com sentido solidário, pois a ética dessa
história se origina no mundo dos valores no qual a educação deve se fundar
“Não pode haver seguro contra erros. Só os que escolhem nada
fazer pela transformação do mundo não cometem erros.
Cometem um crime.”
(Gilberto Grenn)
De acordo com o apóstolo [Paulo], vivemos num mundo que foi engravidado pela atividade do Espírito Santo. No seu seio uma nova realidade está tomando forma ante os nossos olhos extasiados. Não se trata de um mundo estéril, seco, acabado, abandonado por Deus à sua própria sorte. Ao contrário: ele é morada do Espírito que nele penetra para gerá-lo de novo. Como se, a cada momento, o milagre da criação se repetisse, e as forças do caos e da morte fossem conquistadas pela determinação divina: Haja vida.( ARENDT)
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Em nossa tradição educacional, o termo educação tem um referente de formação
geral que tem como objetivo fundamental o desenvolvimento humano integral
informado por valores éticos, sociais, políticos, de modo a preservar a dignidade
intrínseca do ser humano e a desenvolver ações junto à sociedade com base nos mesmos
valores. O que requer uma leitura atualizada do mundo nas suas implicações
econômicas, culturais e científico-tecnológicas.
A escola é um mundo social que tem suas características de vida própria, seus
ritmos e seus ritos, sua linguagem, seu imaginário, seus modos próprios de regulação e
de transgressão, seu regime próprio de produção e de gestão de símbolos.
Daí a importância desse Projeto Político Pedagógico, ser fruto de uma
construção coletiva, que espelhe a realidade das pessoas que aqui convivem e
compartilham de um mesmo ideal, que é ofertar à sua comunidade um ensino de
qualidade, baseado nos interesses regionais, mas levando em conta os preceitos morais,
políticos e tecnológicos que regem a sociedade.
A escola tende progressivamente a se transformar propiciando a aquisição de:
princípios científicos gerais que impactam sobre o processo produtivo; habilidades
instrumentais básicas que incluem formas diferenciadas de linguagens próprias
envolvendo diversas atividades sociais e produtivas; categorias de análise que facilitam
a compreensão histórico-crítica da sociedade e das formas de atuação do ser humano,
como cidadão e trabalhador; capacidade instrumental de exercitar o pensar, o estudar, o
criar e o dirigir estabelecendo os devidos controles.
O trabalho e a cidadania são previstos como os principais contextos nos quais a
capacidade de continuar aprendendo deve se aplicar, a fim de que o educando possa
adaptar-se às condições em mudança na sociedade, especificamente no mundo do
trabalho.
O conceito de mundo de trabalho inclui atividades materiais, produtivas, assim
como todos os processos de criação cultural que se geram em torno da reprodução da
vida.
Nesse contexto, a educação aliada a outros setores, torna-se agente importante
no processo de transformação social, capaz de promover o desenvolvimento social e
econômico. Para tanto, não deve limitar-se apenas na transmissão de conhecimentos,
mas também preparar o sujeito para que possa participar ativamente da vida,
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oferecendo-lhe elementos para compreensão do processo de produção e uso dos bens
criados com ajuda de tecnologia própria e do mundo em que vive.
3. OBJETIVOS GERAIS
estimular todos os procedimentos e atividades que permitam ao aluno reconstruir
os conhecimentos didaticamente transpostos para a sala de aula principalmente
no que tange à elaboração de projetos;
organizar os conteúdos de forma que forneçam uma visão do conhecimento a ser
apropriado nas diferentes disciplinas, priorizando conhecimentos científicos e
tecnológicos que atuam sobre o processo produtivo;
propiciar a aquisição de categorias de facilitam a compreensão histórico-crítica
da sociedade e das formas de atuação do ser humano, como cidadão e
trabalhador.
4. MARCO SITUACIONAL
HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO
Durante o período de intervenção em nosso Estado, o Sr. MANOEL RIBAS
criou a idéia e colocou-a em prática, construindo Escolas de Correção em diversas
regiões do Estado, inclusive em Santa Mariana, Estado do Paraná.O objetivo dessas
escolas era abrigar meninos de rua, educando-os a nível primário e com noções de
atividades de campo. O Estado era mantenedor dessa escola com ajuda total ao
educando.
A denominação “Fernando Costa” foi instituída, em homenagem ao Engenheiro
Agrônomo Fernando Costa, um precursor do ensino agrícola no Brasil.
A Escola de Trabalhadores Rurais “Fernando Costa” de nossa cidade foi criada
pelo Decreto Nº 9553 de 12/06/1953 , publicado no Diário Oficial nº 83 de 16/06/1953,
seguindo as normas ditadas pelo Regulamento das Escolas de Trabalhadores Rurais,
anteriormente criadas e aprovadas pelo Decreto Nº 10.858 de 12/10/1953.
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Pelo Decreto Nº 31.657/60, publicado no Diário Oficial Nº 144 de 29/08/60, foi
transformada em Escola Agrícola de Grau Médio.
Pelas Portarias Nº 1.049/62 de 06/11/62, publicada no Diário Oficial Nº 224 de
05/12/62 e 1.204/62, publicada no Diário Oficial 265 de 26/01/63 a Escola de
Trabalhadores Rurais, já então com a denominação de Escola Agrícola de Grau Médio
foi transformada em Escola Agrícola de Preparação Pré-Ginasial.
Pela Portaria Nº 151/64 publicada no Diário Oficial Nº 291 de 27/02/64 foi
transformada a Escola Agrícola de Preparação Pré Ginasial “Fernando Costa” iniciando
neste mesmo ano o Curso Ginasial.
Pela Portaria 744/67 de 29/09/67, passou a denominação de Ginásio Estadual
“Fernando Costa”.
Durante esses anos, este estabelecimento esteve subordinado à Secretaria de
Agricultura. Com a criação dos Ginásios Agrícolas em nosso Estado, a Secretaria de
Agricultura criou um Departamento de Ensino Agrícola.
A partir de 1975, o Ginásio Agrícola transformou-se em Colégio Agrícola
“Fernando Costa”, Ensino de Grau Médio com Habilitação Técnico Agropecuária,
passando também a pertencer à Secretaria de Estado da Educação.
Em 1981, através da Resolução Nº 3.103/81 de 17/12/81, foi reconhecido o
curso de 2º Grau Regular, com habilitação plena em Agropecuária.
Pela Resolução Nº 2.456 de 14/09/82, foi reconhecido o curso de Técnico em
Agricultura.
Pela Resolução Nº 3.551/99, publicada em Diário Oficial de 30/09/99 o Colégio
Agrícola Estadual “Fernando Costa” – Ensino de 2º Grau, passou a denominar-se
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” – Ensino Médio e Profissional.
Pela Resolução Nº 107/02, datada de 27/02/02, ficou reconhecido os Cursos de
Ensino Pós Médio Técnico em Agricultura e Técnico em Pecuária – Parecer Nº
0443/2001 do CEE.
A partir do ano de 2002 o Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” – Ensino
Médio e Profissional, passou a denominar-se Centro Estadual de Educação Profissional
“Fernando Costa”, conforme Resolução Nº 2.418/2001, datada de 09/10/01.
A partir de 2002, também passou a ofertar cursos pelo SEBRAE, SENAR,
SINDICATO RURAL PATRONAL, para alunos, funcionários e comunidade em geral.
Nessa ocasião ofertou também Curso de Especialização em Manejo de Pragas, Doenças
e Ervas Daninhas, somente para Técnicos Agrícolas, da FUNTAPAR – Fundação dos
Técnicos Agrícolas do Estado do Paraná – Curitiba.
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A partir do ano letivo de 2004, passou novamente a denominar-se Colégio
Agrícola Estadual “Fernando Costa”, ofertando: Ensino Fundamental, Curso Técnico
em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio período diurno integral; Curso Técnico em
Agropecuária Subseqüente ao Ensino Médio, período diurno integral e Curso Técnico
em Turismo Subseqüente ao Ensino Médio período noturno.
A partir de 23 de novembro de 2011 o Colégio Agrícola Estadual Fernando
Costa- Ensino Fundamental e Profissional passou a denomiar-se Centro Estadual de
Educação Profissional Agrícola “Fernando Costa”. – Conforme Resolução nº
3.833/2011. DOE 23/11/2011.
Até a presente data, passaram pela Direção deste Colégio, os insignes
professores:
1º - Silvio Haluche
2º - Dr. Antonio Pereira Lima
3º - José Soares
4º - Diocles Azor Zattar
5º - Dr. Ermari Zanini
6º - Professor João Dynczuki
7º - Afonso Luiz Lacerda
8º - Vilson Rios
9º - Engº Agrº Antonio Carlos Bassi
10º - Humberto Marson
11º - Engº Agrº Irene Batista de Oliveira Pedroso
12º - Médico Veterinário James Jung
13º - Professora Elza Depintor
14º - Engº Agrº Paulo Sorace
15º - Professor João Dynczuki
16º - EngºAgrº Kazuio Hosoya Name
17º - Engº Agrº - Marcio José Polido
18º - Engº Agrº Rita de Cássia de Castro Polido
19º - Professor Aparecido Manoel dos Santos
20º - Professor Mauro Donizeti Fabian
21º- Professor Aparecido Manoel dos Santos
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ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
O Estabelecimento de Ensino funciona em regime de internato e externato, nos
períodos matutino, vespertino e noturno e manterá de acordo com a especificidade de
cada modalidade de Ensino, o Curso de Técnico em Agropecuária com Currículo
Integrado ao Ensino Médio e o Curso Técnico em Agropecuária Subseqüente ao Ensino
Médio em período integral e o Curso Técnico em Agroindústria Subseqüente ao Ensino
Médio no período noturno.
O período Integral funciona com o Curso Técnico em Agropecuária com
Currículo Integrado ao Ensino Médio sendo: 2 turmas da 1ª série; 2 turmas da 2ª série e
1 turma da 3ª série e 03 (três) turmas do Curso Técnico em Agropecuária Subseqüente
ao Ensino Médio. O horário de entrada no período matutino é às 7:30 horas e de saída às
11:40 horas, com intervalo de 10 (dez) minutos entre a segunda e terceira aula, no
período vespertino, a entrada às 13:30 horas e saída às 17:40 horas com intervalo de 10
(dez) minutos entre a segunda e terceira aula.
No período noturno funcionam 02 (duas) turmas do Curso Técnico em
Agroindústria Subseqüente ao Ensino Médio, com entrada às 19:00 horas e saída às
22:30 horas com intervalo de 10 (dez) minutos entre a segunda e terceira aulas.Funciona
ainda a sala do CELEM e Atividade Complementar
Além das salas de aulas, dependências específicas disponíveis no Colégio são
utilizadas para desenvolvimento de atividades curriculares como Biblioteca, Salão
Nobre, Laboratório de Ciências, Física Química e Biologia, Oficina, Horta, Viveiro de
Mudas Nativas e os Setores: Avicultura; Cunicultura; Cotonicultura; Bovinocultura e
Suinocultura.
A fim de aprimorar a qualidade de ensino e a formação profissional dos alunos
matriculados nos cursos mantidos pelo Colégio, são firmados convênios e/ou Termos de
Cooperação com empresas ou entidades ligadas à área.
A carga horária é preenchida com aulas teóricas e práticas. Para a realização das
aulas práticas nas disciplinas de Formação Específica do Curso Técnico em
Agropecuária, as turmas são subdivididas em grupos, afim de que possa haver um
efetivo aproveitamento.
As atividades práticas podem ser: práticas complementares e/ou projetos
especializados, que visem aumentar a funcionalidade da propriedade, valorização do
imóvel, principalmente das instalações agropecuárias; projetos de produção que são
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empreendimentos agropecuários desenvolvidos pelos alunos, relacionados com as
disciplinas da Formação Específica em com programação do Colégio.
O Estágio Supervisionado é obrigatório e tem por objetivo complementar os
conhecimentos adquiridos, o Estabelecimento de Ensino poderá oferecer,
principalmente nos meses de férias, vagas para estagiários em agropecuária na Unidade
Didático Produtiva. São responsáveis pela condução do Plano de Estágio
Supervisionado, o Coordenador de Estágio, a Equipe Pedagógica e o Corpo Técnico,
tanto no aspecto de encaminhamento quanto na Banca de Avaliação.
O horário de aulas é organizado pela Equipe Pedagógica, buscando atender aos
interesses dos alunos, professores e do Colégio.
A equipe responsável pelo Colégio é distribuída nos três períodos de
funcionamento, de forma a coordenar os trabalhos e atender professores, alunos e pais.
Como o Colégio situa-se na zona rural, normalmente os alunos encontram-se no local ao
dar o sinal para entrada, com tolerância de 05 (cinco) minutos após o professor entrar na
sala de aula.
O Colégio adota como uniforme composto de camiseta, calça jeans e botina para
o Curso Técnico em Agropecuária para as aulas ministradas dentro de sala de aula, para
as aulas práticas de Agroindústria é obrigatório o uso de jaleco branco . Para o Curso
noturno de Técnico em Agroindústria é obrigatório o uso de jaleco de cor Branca para
aulas de prática .
Os alunos são atendidos em suas necessidades, pelo serviço de Equipe
pedagógica, Administração de Internato, Diretor e Diretores Auxiliares, Professores,
Coordenadores de Curso, Coordenador de Estágio, Pessoal Administrativo e
Funcionários, conforme a natureza da solicitação feita.
Os pais recebem orientações gerais quanto ao Regimento Escolar,e Regimento
de Internato no ato da matrícula e em reuniões previstas para cada bimestre, são
convidados a conversar com a Equipe Pedagógica e Professores sobre possíveis
problemas de aprendizagem, desenvolvimento das atividades escolares ou quaisquer
outros assuntos para os quais desejem esclarecimentos. Além desses momentos, todos
os setores do Colégio encontram-se à disposição da comunidade escolar para o
necessário atendimento, tendo em vista que a clientela é oriunda de diversos municípios
paranaenses e de outros Estados da Federação. Chegando ao Colégio, os pais são
atendidos por funcionários da secretaria que os encaminha ao setor competente.
Havendo necessidade do Professor é solicitada sua presença para atendimento aos pais.
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5-MARCO CONCEITUAL
Segundo Angel Pérez Gómez (2001, p.17) a escola, e o sistema educativo em
seu conjunto, podem ser considerados como uma instância de mediação cultural entre os
significados, sentimentos e as condutas da comunidade social e o desenvolvimento
humano das novas gerações.
A cultura da escola refere-se àqueles significados, modos de pensar e agir,
valores, comportamentos, modos de funcionamento que, de certa forma, mostram a
identidade, os traços característicos, da escola e das pessoas que nela trabalham.
A escola tende progressivamente a se transformar propiciando a aquisição de:
princípios gerais que impactam sobre o processo produtivo; habilidades instrumentais
básicas que incluem formas diferenciadas de linguagens próprias envolvendo diversas
atividades sociais e produtivas; categorias de análise que facilitam a compreensão
histórico-crítica da sociedade e das formas de atuação do ser humano, como cidadão e
trabalhador; capacidade instrumental de exercitar o pensar, o estudar, o criar e o dirigir
estabelecendo os devidos controles.
Um exercício profissional competente implica em um efetivo preparo para
enfrentar situações esperadas e inesperadas, previsíveis e imprevisíveis, rotineiras e
inusitadas, em condições de responder aos novos desafios profissionais, propostas
diariamente ao cidadão trabalhador, de modo original e criativo, de forma inovadora,
imaginativa, empreendedora, eficiente no processo e eficaz nos resultados que
demonstre senso de responsabilidade, espírito crítico, auto-estima compatível,
autoconfiança, sociabilidade, firmeza e segurança nas decisões e ações, capacidade de
autogerenciamento com autonomia e disposição empreendedora, honestidade e
integridade ética.
Vivemos numa época marcada por fenômenos de globalização e por uma
desenraizada circulação de idéias, conceitos e, ao mesmo tempo, por um exacerbar de
identidades locais, étnicas, culturais ou religiosas, através das quais se definem
memórias e tradições, pertenças e filiações, crenças e solidariedades. Pouco importando
se as comunidades são reais ou imaginárias, pois não há memória sem imaginação (e
vice-versa).
Á história cumpre elucidar este processo e, por via, ajudar as pessoas e as
comunidades a darem um sentido ao seu trabalho educativo. Cabe neste momento
recordar as palavras de Manuel de Oliveira (cineasta) “O presente não existe sem o
passado, e estamos a fabricar o passado todos os dias. Ele é um elemento da nossa
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memória, é graças a ele que sabemos quem fomos e como somos”. Nunca como hoje
tivemos uma consciência tão nítida de que somos criadores, e não apenas criaturas, da
história.
A reflexão histórica, mormente no campo educativo, não serve para descrever o
passado, mas sim nos colocar perante um patrimônio de idéias, de projetos e de
experiências.
As instituições escolares são espaços culturais, em que diferentes agentes e
proposições disputam o sentido de sua atuação: nem todos têm forças ou condições para
influir na proporção de seus desejos nos rumos escolares, mas as nossas escolas são
produtos de escolhas realizadas em diferentes situações. Os modelos que temos são
produtos de longas disputas e resultados de configurações que foram se moldando ao
longo de extensos períodos de tempo.
As mudanças educacionais são produzidas por conflitos e convergências. Os
tempos pedagógicos, no entanto, precisam ser respeitados e não sobrepostos pelos
tempos da política, da gestão ou dos regimentos formalistas. As mudanças educacionais
não são tarefas restritas apenas aos governantes, aos gestores das instituições escolares,
mas de todos envolvidos nos processos cotidianos da escolarização.
As relações de poder e de classe que foram sendo construídas no Brasil
permitiram apenas parcial e precariamente a vigência do modo de regulação fordista
tanto no plano tecnológico quanto no plano social.
A síntese do processo histórico construído no Brasil se define, por um tipo de
desenvolvimento que se ergueu pela desigualdade e se alimenta dela. O desafio do salto
implica num enorme esforço de investimento em educação, ciência e tecnologia e em
infra-estrutura. E isso demanda, além das reformas sociais de base (agrária, tributária,
jurídica e política), um volume de recursos que, em face do pagamento exorbitante de
juros da dívida interna e externa, além da tradição regressiva dos impostos, não
permitem o salto. Trata-se de um impasse que não é conjuntural, mas estrutural em
nossa história. (Frigotto e outros, 2005: 11).
Pautada nos princípios gerais de liberdade e nos ideais de solidariedade humana,
a Educação Brasileira tem por objetivo o pleno desenvolvimento do educando, sua
qualificação para o trabalho e seu preparo para o exercício da cidadania.
Os princípios mais específicos que norteiam a Educação brasileira são:
igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola; liberdade de aprender,
ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de
idéias e de concepções pedagógicas; respeito à liberdade e apreço à tolerância;
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coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; gratuidade do ensino público
em estabelecimentos oficiais; valorização do profissional da Educação escolar; gestão
democrática do ensino público; garantia de padrão de qualidade; valorização da
experiência extra-escolar e a vinculação entre a Educação escolar, o trabalho e as
práticas sociais.
A Educação Brasileira está organizada em diversos sistemas de ensino, ou seja,
existe o sistema federal de ensino representado pela União, os sistemas estaduais de
ensino representados pelos Estados e os sistemas municipais de ensino representados
pelos Municípios. Essas esferas administrativas devem organizar os seus respectivos
sistemas de ensino, sempre que possível em regime de colaboração.
Cabe à União coordenar a política nacional de Educação, articular os diferentes
níveis e sistemas e exercer funções normativas, redistributiva e supletiva em relação às
demais instâncias educacionais, respeitada a liberdade de organização de cada sistema
de ensino.
A esfera estadual possui diversas funções, dentre elas a de organizar, manter e
desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino. Também é de
responsabilidade da esfera estadual a função de definir, com os Municípios, formas de
colaboração na oferta do Ensino Fundamental.
Á esfera municipal cabe dentre outras, a função de organizar, manter e
desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino. Os sistemas
municipais devem integrar suas políticas e planos educacionais às políticas e planos
educacionais da esfera federal e da sua esfera estadual.
Se verificarmos o decorrer de nossa história, verificamos que caminhamos no
sentido de eliminar as desigualdades e instituir a escola única para todos. Para tanto se
sucederam várias etapas:
- até 1.930 – organização em dois sistemas bem diferentes de ensino: o sistema
federal, abrangendo o ensino secundário e o superior, destinado às elites; os sistemas
estaduais, compreendendo o ensino primário e o ensino profissional, orientados para as
camadas populares. Assim, quem freqüentasse o ensino profissional, se quisesse
ingressar em qualquer curso superior deveria cursar o secundário. O profissional não
dava acesso ao curso superior.
- de 1.931 a 1.961 – constituiu-se um único sistema de ensino, regido por
legislação federal. Quanto ao ensino médio, tal sistema abrangia o ensino secundário e
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os quatro ramos do ensino profissional: agrícola, industrial, comercial e normal.
Entretanto, o dualismo continuava: não se podia passar do profissional para o
secundário; quem fazia o ginásio profissional, não podia passar para o colegial
secundário (nos últimos anos do período isso era possível mediante exames de
adaptação); somente a partir de 1.953 o aluno que houvesse freqüentado algum curso
técnico poderia candidatar-se ao ensino superior, desde que se submetesse a exame de
adaptação nas disciplinas do curso secundário.
- de 1.961 a 1.971 – a Lei 4.024/61 estabeleceu a equivalência entre o secundário
e os diversos ramos do ensino: quem fizesse o ginasial técnico poderia ingressar sem
problema no colegial secundário; quem fizesse um colegial técnico, poderia candidatar-
se sem problema a qualquer curso superior.
- de 1.971 a 1.982 – a Lei 5.692/71 acabou com a separação em diversos ramos.
Instituiu o ensino de primeiro grau de oito anos, igual para todos, englobando os antigos
primário e ginasial. Além disso, estabeleceu a escola única de segundo grau: a partir de
uma base comum, todos os alunos deveriam optar por uma habilitação parcial (auxiliar
técnico), concluída ao fim de três anos, ou por uma habilitação plena (técnico), cujo
curso teria quatro anos de duração. Com a Lei de 1.971. instituiu-se a profissionalização
compulsória, isto é, todos deveriam concluir o ensino de segundo grau com uma
habilitação profissional.
- 1.982 a 1.995 – a Lei 7.044/82 acabou com a profissionalização compulsória.
A partir de então cabe a cada estabelecimento escolher os cursos que oferece: apenas
dar uma formação geral, preparando para o ingresso no ensino superior; ou à formação
geral acrescentar uma formação específica, oferecendo habilitações profissionais; ou
ainda as duas possibilidades.
- a partir de 1.996 – a Lei 9.394/96 determina que a educação escolar será
composta de: Educação Básica, formada pela Educação Infantil, Ensino Fundamental e
Ensino Médio que tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores; e Educação Superior que tem como finalidade maior,
estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento
reflexivo.
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A promulgação do Decreto 2.208/97 mudou o panorama da Educação
Profissional no país. Por sua vez, o Conselho Nacional de Educação definiu através do
Parecer 16/99 as novas Diretrizes Curriculares dos Cursos Profissionalizantes de nível
técnico. A questão crucial posta pela reforma foi a separação do antigo segundo grau,
agora chamado Ensino Médio, da Educação Profissional, que passou a ser um ensino
pós-secundário agudizando a tradicional dualidade desse nível de escolaridade. A partir
de 1.997, quem pretenda formação profissional de nível técnico deve concluir o Ensino
Médio primeiro, para depois cursar o ensino profissional técnico. Essa mudança legal e
política provocou grande impacto na forma de funcionamento das escolas,
principalmente das escolas agrícolas de nível médio ofertadas.
No caso do Paraná, o efeito do Decreto 2208/97, pela possibilidade criada de
organizar a Educação Profissional em níveis básico, técnico e tecnológico ocasionou a
cessação, em 1997, das matrículas no ensino técnico, ofertado no contexto da
profissionalização prevista pela Lei 5.692/71 sendo criada, em razão da política
educacional do Estado para a Educação Profissional, Agência Paranaense de
Desenvolvimento do Ensino Técnico PARANATEC para coordenar a educação
profissional na rede estadual.
Os Colégios Agrícolas, foram transformados em Centros Estaduais de Educação
Profissional e os cursos de Técnico em Agropecuária foram cessados, passando os
estabelecimentos a ofertar cursos de Técnico em Agricultura e Técnico em Pecuária
separadamente, além de outros definidos pala PARANATEC.
Com a mudança de governo e as novas políticas ocorreu a desativação da
PARANATEC e a responsabilidade de gerenciamento da Educação Profissional voltou
para o Estado. A Secretaria de Estado da Educação instituiu o Departamento de
Educação Profissional, o qual assume a execução das políticas educacionais inerentes à
Rede Estadual de Educação Profissional.
Com o advento do Decreto 5.154/04 de 23/07/04 – a Educação Profissional
técnica de nível médio passa a ser desenvolvida de forma articulada com o ensino
médio, observados: os objetivos contidos nas diretrizes curriculares nacionais definidas
pelo Conselho Nacional de Educação; as normas complementares dos respectivos
sistemas de ensino; as exigências de cada instituição de ensino, nos termos de seu
projeto pedagógico.
A articulação entre a Educação Profissional técnica de nível médio e o Ensino
Médio dar-se-á de forma: integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o
ensino fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação
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profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de ensino, contando com
matrícula única para cada aluno; concomitante, oferecida somente a quem já tenha
concluído o ensino fundamental ou esteja cursando o ensino médio, na qual a
complementaridade entre a educação profissional técnica de nível médio e o ensino
médio pressupõe a existência de matrículas distintas para cada curso; subseqüente,
oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino médio.
O termo Educação Profissional foi introduzido pela LDB 9.394/96, Art. 39 – “A
educação profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência
e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida
produtiva”.
Em nossa tradição educacional, o termo educação tem um referente de formação
geral que tem como objetivo fundamental o desenvolvimento humano integral
informado por valores éticos, sociais, políticos, de modo a preservar a dignidade
intrínseca do ser humano e a desenvolver ações junto à sociedade com base nos mesmos
valores. O que requer uma leitura atualizada do mundo nas suas implicações
econômicas, culturais e científico-tecnológicas.
Essa compreensão ampla da educação difere da tradição da formação
profissional, que, desde suas origens, é conduzida a se vincular demasiadamente aos
fins e valores do mercado, ao domínio de métodos e técnicas, aos critérios de
produtividade, eficácia e eficiência dos processos. É exigido do trabalhador certo
número de qualificações e, mais recentemente, a aquisição de competências laborais.
O termo educação profissional introduziu uma ambigüidade no que tange ao
entendimento básico da educação, conduzindo ao reducionismo de compreender a
educação no seu sentido mais amplo e interpretar suas atividades como formação
profissional.
É oportuno, no entanto, recuperar o papel fundamental do ensino médio, qual
seja, o de estabelecer a relação entre o conhecimento e a prática de trabalho. Trata-se de
explicitar como o conhecimento isto é, como a ciência se converte em potência material
no processo de redução. Tal explicitação deve envolver o domínio não apenas teórico,
mas também prático sobre o modo como o saber se articula com o processo produtivo.
O horizonte que deve nortear a organização da educação profissional vinculada
ao ensino médio, é o de propiciar aos alunos o domínio dos fundamentos científicos das
técnicas diversificadas e utilizadas na produção, e que retomada em sua compreensão
básica e práticas pedagógicas, se renovará, não modular nem fragmentada, mas
profundamente vinculada à educação básica.
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A educação profissional deverá ser concebida como um processo de construção
social que ao mesmo tempo qualifique o cidadão e o eduque em bases científicas, para
compreender a tecnologia como produção do ser social, que estabelece relações sócio-
históricas e culturais de poder, porém somente a formação profissional e tecnológica
não é suficiente, os trabalhadores necessitam ter acesso também à cultura sob todas as
formas e, portanto à educação básica.
Nesse contexto, a educação aliada a outros setores, torna-se agente importante
no processo de transformação social, capaz de promover o desenvolvimento social e
econômico. Para tanto, não deve limitar-se apenas na transmissão de conhecimentos,
mas também preparar o sujeito para que possa participar ativamente da vida,
oferecendo-lhe elementos para compreensão do processo de produção e uso dos bens
criados com ajuda de tecnologia própria e do mundo em que vive.
Toda estrutura dos cursos de Educação Profissional aqui ofertados tem a
finalidade de tornar este Estabelecimento de ensino em verdadeiro centro de difusão
tecnológica, integrado à região onde se localiza, atendendo a inúmeros municípios do
Estado do Paraná e outros estados da Federação, visando atender às reivindicações das
comunidades locais, que sendo essencialmente agrícola depositam neste
Estabelecimento esperanças para um desenvolvimento capaz de competir no mercado,
favorecendo assim a permanência familiar nas pequenas propriedades rurais atuando
como agentes efetivos de mudanças no meio em que vivem e participando do
desenvolvimento regional.
Nesse contexto, o aprimoramento do educando como pessoa humana, destaca a
autonomia intelectual e o pensamento crítico para a constituição de uma identidade
autônoma.
O trabalho e a cidadania são previstos como os principais elementos nos quais a
capacidade de continuar aprendendo deve-se aplicar, a fim de que o aluno se adapte às
condições de mudança na sociedade, mais precisamente, no mercado de trabalho.
Dessa forma a escola promove a socialização do saber por meio da apropriação
do conhecimento produzindo histórica e socialmente, ou seja, pelo trabalho educativo
produz-se intencionalmente nos alunos o que a sociedade produziu coletivamente no
decorrer do tempo, a sua herança cultural: a ciência, as artes, a religião, a filosofia, as
técnicas etc.
Existem diferentes formas de se organizar o processo de construção do
conhecimento em sala de aula. Essas diferentes formas, implícita ou explicitamente,
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justificam-se a partir de diferentes concepções sobre o processo de conhecer, que, por
sua vez, são decorrentes de determinada visão de homem e de mundo.
A finalidade da educação escolar é transmissão sistemática dos conteúdos de
ensino, os conhecimentos produzidos e acumulados no movimento histórico pela
humanidade de modo a assegurar que os alunos deles se apropriem ativamente e possam
reelaborar novos conhecimentos, processando uma crítica não abstrata, mas embasada
na compreensão científica do real.
Os conhecimentos são produzidos e reinterpretados no movimento histórico. Na
sociedade capitalista, os conhecimentos são produzidos à custa do trabalho da maioria,
que permanece aleijada dos benefícios da ciência, da técnica e da arte. Na civilização
moderna todas as atividades práticas adquiriram tal complexidade e as ciências se
mesclaram tanto com a vida, que toda atividade prática é uma atividade intelectual.
É essa trama de ciência e de trabalho que cria a necessidade de uma escola que
possibilite o acesso aos conteúdos do ensino às massas trabalhadoras.
Os problemas mais agudos da educação escolar situam-se nos aspectos didático-
metodológicos, na reinterpretação do processo ensino-aprendizagem, nos aspectos de
formação dos professores, nos aspectos da organização da escola.
O encaminhamento destas questões tem partido dos pressupostos: a escola deve
transmitir a todos os alunos os saberes que são investidos na vida cotidiana, não só os
saberes fundamentais, mas também os saberes tecnológicos, econômicos e jurídicos
(fundamentos do mundo social adulto). Esse ensino deve ser diretamente articulado com
a experiência social do educando; a escola deve esforçar-se por dar a todos uma
formação científica e tecnológica ligada à luta contra as fontes da desigualdade social; a
escola deve proceder à transmissão sistemática do saber não como um corpo de
conhecimentos voltado para si mesmo, mas utilizará o saber como necessário para
melhor compreensão dos problemas sociais; a escola deve conceber cultura humana
como formação da personalidade social e não como assimilação pelos indivíduos de
conteúdos culturais que têm um valor em si.
Pelo trabalho docente é que se dá o encontro formativo entre o aluno e a
matéria de ensino. O professor desempenha a função de mediação entre o indivíduo e o
mundo social, adulto, possibilitando a ele o confronto entre ambos, fazendo com que ele
vá adquirindo a capacidade de compreender e transformar os saberes. O núcleo do
trabalho docente é o ensinar, e ensinar de modo que os alunos aprendam.
A organização do trabalho escolar é por sua vez, mediação entre o trabalho
docente e a prática social global. Afirmar este caráter de mediação da organização
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escolar significa afirmar que ela não se justifica por si mesma, mas tem sua razão de ser
nos efeitos que se prolongam para além dela e que persistem mesmo após sua cessação.
A participação dos professores na organização da escola, nos conteúdos a serem
ensinados nas suas formas de administração será tão mais efetivamente democrática na
medida em que eles dominarem os conteúdos e as metodologias dos seus campos
específicos, bem como o significado social dos mesmos, pois só quem domina as suas
especificidades numa perspectiva de totalidade (significado social da prática de cada
um) é capaz de exercer a autonomia na reorganização da escola que melhor propicia a
sua finalidade: democratização da sociedade pela democratização do saber.
A deteriorização das condições dos trabalhadores de ensino, no bojo da
deteriorização geral dos trabalhadores no avanço de modo de produção capitalista,
reflete-se diretamente no “descompromisso” para repensar a escola. A necessidade de
dar aulas em várias escolas para manter as condições mínimas de salário, reafirmando
um regime de trabalho hora/aula, deixa os professores sem condições materiais para
planejarem as aulas e para refletirem, discutirem e decidirem sobre a organização do
trabalho na escola.
A organização escolar que possibilitará a consecução do objetivo de
emancipação das camadas populares será engendrada a partir das condições existentes,
por que, entre outras razões, é na escola que aí está que encontramos elementos válidos
que mostram possibilidades para o que deve ser a nova organização escolar. Não se
trata de conceber previamente um tipo de organização escolar ideal, mas de garimpar no
existente os elementos que fortalecidos, apontam para novas práticas.
A revisão do currículo se dá, pois, a partir do que é historicamente necessário
(transformação da situação de desigualdades sociais) articulado com o que é
historicamente possível (a situação de desigualdades sociais). A modificação da escola
não deve, pois, deixar ao largo a necessidade de uma modificação profunda na prática
pedagógica dos seus sujeitos.
O saber necessário sobretudo para a classe trabalhadora, é o saber consistente e
clareador a respeito do mundo físico e social. Para tanto é importante que a educação
dada não seja superficial e aligeirada, mas que propicie a transmissão dos conteúdos
necessários para se atingir a consciência crítica a respeito das práticas sociais, por meio
das quais o mundo é construído. Nesse caso, todos teriam iguais oportunidades de
acesso ao saber acumulado pela tradição.
Se conseguirmos integrar o trabalho à escola, à prática de sala de aula, será
possível superar a dicotomia entre cultura erudita e cultura popular. Daí a extrema
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importância da formação do professor e de sua conscientização a respeito da educação
como prática social transformadora. Que o professor tenha aliado à sua prática, um
compromisso não só quanto ao conteúdo transmitido, mas também, quanto à maneira de
ensinar, tendo em vista objetivos que não se separam da realidade concreta vivida.
Se a ação dos professores é importante dentro de sala de aula, também é
necessário que eles se aglutinem para que a discussão dos problemas não se dilua em
casuísmos, perdendo-se a visão do todo. A evolução cognitiva não caminha para o
estabelecimento de conhecimentos cada vez mais abstratos, mas, ao contrário, para sua
contextualização, que é condição essencial da eficácia.
Por isso, é necessário aprender a estar aqui, isso significa aprender a viver, a
dividir, a comunicar, a comungar; é o que se aprende somente nas culturas singulares.
Devemos nos dedicar não somente a dominar quer seja o conteúdo e/ou o indivíduo,
mas devemos nos dedicar a condicionar, melhorar, compreender, inscrever em nós: a
consciência antropológica, que reconhece a unidade na diversidade; a consciência
ecológica, isto é, a consciência de habitar, com todos os seres mortais, a mesma esfera
viva; a consciência cívica terrena, isto é, da responsabilidade e da solidariedade para
com os filhos da Terra; a consciência espiritual da condição humana que decorre do
exercício complexo do pensamento e que nos permite, ao mesmo tempo, criticar-nos
mutuamente e autocriticar-nos e compreender-nos mutuamente.
A busca do futuro melhor deve ser complementar, não mais antagônica, ao
reencontro com o passado. Todo ser humano, toda coletividade, deve irrigar sua vida
pela circulação incessante entre o passado, no qual reafirma a identidade ao restabelecer
o elo com ascendentes, o presente, quando afirma suas necessidades, e o futuro no qual
projeta suas aspirações e esforços.
As grandes transformações são morfogêneses, criadoras de formas novas que
podem constituir verdadeiras metamorfoses. De qualquer maneira, não há evolução que
não seja desorganizadora e reorganizadora em seu processo de transformação.
A realidade social contemporânea constitui algo de extremamente novo se a
compararmos ao passado da humanidade. Os fenômenos coletivos produzem-se hoje
numa nova escala ou num novo plano, todos os fatos importantes de nossas sociedades
são internacionais. Qualquer acontecimento que se produza em qualquer ponto do
planeta repercute imediatamente no mundo inteiro. Essa interdependência foi se
impondo pouco a pouco em todos os domínios, não existem mais economias isoladas,
políticas internas, relações intelectuais e morais limitadas a um único grupo.
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Os acontecimentos superaram os homens e sucederam-se rápido demais para
nossas mentes individuais ou coletivas. Nesse processo podemos dizer, que estamos
apenas adaptados à nossa vida local, à vida de nossa cidade, à vida de nosso país, mas
não compreendemos com exatidão o estado atual do mundo, esse universo de relações
complexas e solidárias.
O modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social,
política e espiritual do homem, não é a consciência que determina o seu ser, mas pelo
contrário, o ser social é que determina sua consciência. A transformação das coisas só é
possível porque no seu próprio interior coexistem forças opostas tendendo
simultaneamente à unidade e à oposição. É o que se chama de contradição, que é
universal, inerente a todas as coisas materiais e espirituais e é a essência ou a lei
fundamental da dialética e podem ser aplicados tanto à matéria, como à sociedade
humana e aos nossos próprios conhecimentos.
É possível dizer então que a condição humana não resulta da realização
hipotética de instintos, mas da assimilação de modelos sociais, o ser do homem se faz
mediado pela cultura e não apresenta características universais e eternas, pois variam as
maneiras pelas quais os homens respondem socialmente aos desafios.
A natureza modificada pelo trabalho humano não é apenas a do mundo exterior,
mas também a da individualidade humana, pois nesse processo o homem se autoproduz,
isto é, faz a si mesmo homem.
O autoproduzir-se humano se completa em dois movimentos contraditórios e
inseparáveis: por um lado, a sociedade exerce sobre o indivíduo um efeito plasmador, a
partir do qual é construída uma determinada visão de mundo; por outro lado, cada um
elabora e interpreta a herança recebida na sua perspectiva pessoal.
Cabe então aqui, a pergunta: O que é o homem? – Trata-se de um problema de
antropologia, ou seja, do questionamento filosófico a respeito do conceito que o homem
faz de si mesmo.
A questão antropológica é a primeira que se coloca em qualquer situação vivida
pelo homem, mesmo que ele próprio não tome consciência disso, porque todas as
nossas concepções de mundo e todas as nossas formas de agir partem de uma idéia de
homem que a elas se encontra subjacente. Por isso é importante na práxis educativa que
se tenha claramente tematizada a questão antropológica, para que a atuação do educador
seja intencional e não se faça apenas de forma empírica.
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As relações que os homens estabelecem entre si para produzir a cultura, se dão
em diversos níveis que não se excluem, mas se complementam e se interpenetram. São
elas:
- relações de trabalho – são materiais, produtivos e caracterizadas pelo
desenvolvimento das técnicas e atividades econômicas;
- relações políticas – as relações de poder, que possibilitam a organização social
e a criação das instituições sociais;
- relações culturais ou comunicativas – resultam da produção e difusão do saber
e deveriam pertencer ao âmbito das relações intencionais, reduto da subjetividade.
A práxis humana, supõe um trabalho cujo resultado é a produção dos bens
materiais. Para tanto, o homem antecipa a ação por meio do pensamento, criando idéias,
teorias, que seriam na verdade o resultado de um trabalho não material, ou seja, um
trabalho intelectual.
O homem faz cultura por meio do seu trabalho, com o qual transforma a
natureza e a si mesmo, porém o aperfeiçoamento de suas atividades só é possível
mediante a educação, fator importantíssimo para a humanização e a socialização.
Para o Professor J. Carlos Libâneo, “educar é conduzir de um estado a outro, é
modificar numa certa direção o que é suscetível de educação. O ato pedagógico pode,
então ser definido como uma atividade sistemática de interação entre seres sociais, tanto
no nível do intrapessoal como no nível da influência do meio, interação essa que se
configura numa ação exercida sobre sujeitos ou grupos de sujeitos visando provocar
neles mudanças tão eficazes que os tornem elementos ativos desta própria ação
exercida. Presume-se aí, a interligação no ato pedagógico de três componentes: um
agente (alguém, um grupo, um meio social etc); uma mensagem transmitida (conteúdos,
métodos, automatismo, habilidades etc) e um educando (aluno, grupos de alunos, uma
geração etc)”.
Libâneo diz ainda, que o especificamente pedagógico está na imbricação entre a
mensagem e o educando, propiciada pelo agente. Como instância mediadora, a ação
pedagógica torna possível a relação de reciprocidade entre indivíduos e sociedade.
Conclui-se, então, que a educação não pode ser compreendida fora de um contexto
histórico-social concreto, sendo a prática social o ponto de partida e o ponto de chegada
da ação pedagógica.
Saviani define educação como “um processo que se caracteriza por uma
atividade mediadora no seio da prática social global”.
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Podemos definir então, Educação como um conceito genérico, mais amplo, que
supõe o processo de desenvolvimento integral do homem, isto é, de sua capacidade
física, intelectual e moral, visando não só a formação de habilidades, mas também do
caráter e da personalidade social.
Porém, a educação não pode ser compreendida à margem da história, mas
apenas no contexto em que os homens estabelecem entre si relações de produção da sua
própria existência. Dessa forma, é impossível separar a educação da questão do poder: a
educação não é um processo neutro, mas se acha comprometida com a economia e a
política de seu tempo.
Por isso, a educação não pode ser considerada apenas um simples veículo
transmissor, mas também um instrumento de crítica dos valores herdados e dos novos
valores que estão sendo propostos. A educação abre espaço para que seja possível a
reflexão crítica da cultura.
Neste contexto, torna-se claro a importância da formação do educador, para que
a superação das contradições seja possível com maior grau de intencionalidade e
compreensão dos fins da educação. Nos dias de hoje, algumas tarefas fazem-se
urgentes, a principal é que tenhamos força suficiente para tornar nossa sociedade mais
justa e menos seletiva.
A educação deve instrumentalizar o homem como um ser capaz de agir sobre o
mundo e, ao mesmo tempo, compreender a ação exercida. A escola não é a transmissora
de um saber acabado e definitivo, não devendo separar teoria e prática, educação e vida.
A escola ideal não separa cultura, trabalho e educação. As críticas que vêm
sendo feitas à escola revelam a dificuldade da mesma em atender as necessidades de um
mundo em constante mutação, no qual a ciência e a tecnologia tornam cada vez mais
complexa a função do educador. O campo de reflexão que instiga o educador
contemporâneo é extenso e intrincado. Como superar essa crise permanece ainda um
desafio, mas, se a escola não é uma ilha, ela reflete, neste momento, a crise mesma
porque passa a nossa civilização.
Nesse sentido, nenhuma reforma educacional é apenas técnica e neutra: por trás
das decisões existem posições políticas. Ao privilegiar determinado tipo de conteúdo a
ser ensinado ou um método para facilitar esse processo, a escola não transmite apenas
conhecimentos intelectuais por meio de uma prática neutra, mas repassa valores morais,
normas de conduta, maneiras de pensar.
Dessa forma, a escola promove a socialização do saber por meio da apropriação
do conhecimento produzido histórica e socialmente.
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Ao buscarmos os fundamentos epistemológicos dessa apropriação, remetemo-
nos à teoria do conhecimento, que é a relação entre sujeito e objeto; o problema básico
que se coloca é: como alguém conhece algo? A relação de conhecimento pode ser
entendida como sendo a relação de um sujeito cognoscente com um objeto cognoscível.
Existem umas séries de demandas sociais com relação à escola, uma delas é
propiciar às novas gerações uma compreensão científica, filosófica, estética da realidade
em que vivem. Trata-se da construção do conhecimento. O professor almeja que seus
alunos possam aprender aquilo que está ensinando, que realmente elaborem o
conhecimento.
O trabalho em sala de aula depende da concepção que se tenha da tarefa social
da escola, a finalidade do conhecimento é que possa colaborar na formação do educando
na sua globalidade. Na dialética da educação, o conhecimento em sala de aula não tem
sentido em si mesmo. O conhecimento tem sentido quando possibilita o compreender, o
usufruir ou o transformar a realidade.
O que se deseja em relação aos conhecimentos? A resposta é histórica, se pauta
na realidade presente (a ser superada) e no horizonte do histórico viável que
conseguimos vislumbrar. Deseja-se um conhecimento baseado nos seguintes critérios:
- crítico: que não conforme com o que está dado na aparência, com aquilo que é
dito de imediato, busca do que é relevante, significativo;
- criativo: que possa ser aplicado, transferido para outras situações que possa
fazer avançar o conhecimento; que seja ferramenta de transformação;
- duradouro: porque significativo e bem aprendido, no momento certo, da forma
adequada que, em qualquer situação de sua vida, o sujeito esteja apto a interferir na
realidade.
Uma vez que a ação pedagógica a ser desenvolvida depende fundamentalmente
da forma como o aluno aprende. Saber como o aluno aprende é um conhecimento
específico à função do magistério; cabe ao professor pesquisar em duas frentes: como se
dá o conhecimento em geral (contribuição da Didática), e o conhecimento do objeto
específico de sua área de ensino (metodologia de ensino específica).
Os estudos de Piaget e Vygotsky apontam para a essencialidade da mediação e
da interação na construção do conhecimento. Reig e Gradolí dizem que, na sala de aula,
a mediação é um processo de “transvase” de informação a partir de um sistema de
representação (o professor, com um conteúdo, uma estrutura informativa e um código) a
outro sistema de representação (o aluno, que processa ativamente tal informação). A
mediação se produz, em primeiro lugar, fora do aluno, por meio dos agentes culturais
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que atuam como mediadores externos ao resumir, valorizar e interpretar a informação a
transmitir. O aluno capta e interioriza a informação relacionando-a e interpretando-a
mediante a utilização de estratégias de processamento que atuam como mediadores
internos.
Para Vygotski termo reconstrução é importante, quanto ao processo de
internalização, pois o aluno atribui sentidos próprios às informações, a partir de
experiências e aprendizagens anteriores, gerando, para si, novos conhecimentos.
Ressalta-se, em sua teoria, a interação social no desenvolvimento do indivíduo, pois,
através dela, se dará a aprendizagem da linguagem, instrumento de caráter simbólico
essencial ao processo de internalização.
Para Piaget, o sujeito constrói a si mesmo em um processo de interação dialética
com o meio sociocultural. A construção do conhecimento se dá pelo processo de
internalização da realidade captada pelo sujeito, que cria representações próprias,
atribuindo sentido único ao que experiência, num espiral sem começo nem fim
absolutos em termos de evolução do pensamento. Na visão dialética, a mediação se dá
pela antítese, pelo confronto, que ocorre na relação entre o sujeito e o objeto do
conhecimento. Ao interagir com o objeto, o sujeito o recria no seu pensamento. Esse
objeto, agora, é um novo objeto, uma nova representação para esse sujeito. O “objeto”
da interação do aluno pode ser o professor, a noção estudada, o colega, um texto lido.
O processo avaliativo acompanha o caráter dinâmico e espiralado da construção
do conhecimento, assumindo diferentes dimensões e significados a cada etapa dessa
construção. A relação professor/aluno, via avaliação é complexa e multidimensional à
medida que representa permanentemente, enviar e traduzir mensagens por ambas as
partes. Cada um deles estará sempre interpretando o que ouve e o que observa do outro,
tanto em relação ao processo de aprender, quanto ao próprio conteúdo de aprendizagem.
Schön (2000, p.86) diz que muitas orientações que parecem claras e estimulantes
ao professor podem ser recebidas pelos educando, com seus sistemas de compreensão
muito diferentes, como confusas e misteriosas. Muitas vezes não é fácil essa
comunicação.
O compromisso de qualquer estudo avaliativo, na concepção ético-política, é o
de sugerir e abrir caminhos à reconstrução de uma escola onde todos os alunos tenham
seus direitos respeitados.
Estudos avaliativos sempre provocam alguma diferença. As pessoas envolvidas
em situações de avaliação são levadas a refletir sobre o que fazem e por que fazem. A
apresentação dos resultados serve também para alertar, para uma análise crítica da
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situação de um ponto de vista alheio, o que contribui para as mudanças. Esses são
reflexos positivos desses estudos. Entretanto, o enfrentamento dos limites é a sua
finalidade, bem como trabalhar para superá-los, com a modéstia de quem se percebe
permanentemente aprendendo.
“Resguardar o sentido ético da avaliação significa percebê-la como
questionamento permanente do professor sobre sua ação, sobre o que observa
do aluno, sobre o que seria mais justo e correto em termos de sua dignidade
humana. É comum os professores introduzirem suas questões como expressões
do tipo: sempre devemos...; nunca, então, poderemos... Os sempres e os nuncas
revelam que a tendência é buscar-se regras gerais, uniformidade de
procedimentos, tratar todos os alunos da mesma forma. Essa justiça da
uniformização acarreta inúmeras injustiças”. Hoffmann
(2004, p: 31).
Morin (2000,p: 86) diz que “o conhecimento é uma aventura incerta que
comporta em si mesma, permanentemente, o risco de ilusão e de erro. Entretanto, é nas
incertezas doutrinárias, dogmáticas e intolerantes que se encontram as piores ilusões”.
Por tratar-se de uma atividade ética, nenhuma outra prática escolar é tão
dogmática e conservadora quanto a avaliação. Mas estamos em tempo de fazer apostas e
criar estratégias para enfrentar o desafio ético de igualdade de oportunidades de
aprendizagem. Estratégias, como aponta Morin, que levem em conta “a complexidade
inerente a tal finalidade”, principalmente em termos da educação brasileira e que
precisam ser constantemente revistas em função dos imprevistos e alterações de
contexto. A plena consciência das finalidades em avaliação favorecerá a escolha
consciente de estratégias de ação pelos educadores e não a imposição de metodologias.
Entendemos que uma metodologia de trabalho na perspectiva dialética deve:
- partir da prática – terá prática em que estamos inseridos como desafio para a
transformação;
- refletir sobre a prática – através da reflexão crítica e coletiva, buscar
subsídios, procurar conhecer como funciona a prática, quais são suas contradições, sua
estrutura, suas leis de movimento, captar sua essência, para saber como atuar no sentido
de sua transformação.
- transformar a prática – atuar, coletiva e organizadamente, sobre a prática,
procurando transformá-la na direção desejada.
A supremacia do conhecimento fragmentado de acordo com as disciplinas
impede freqüentemente de operar o vínculo entre as partes e a totalidade, e deve ser
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substituída por um modo de conhecimento capaz de apreender os objetos em seu
contexto, sua complexidade, seu conjunto.
Pelo atual contexto, o que precisamos não é uma nova relação de idéias sobre a
realidade, mas sim, uma nova relação com as idéias e com a realidade. As idéias quando
assumidas por um coletivo organizado, torna-se “força material”.
Entretanto, nada se transforma de um dia para outro, principalmente no mundo
escolar, os historiadores nos ensinam, que nos debatemos em disputas quase rituais,
retomadas década após década, em uma linguagem inovadora apenas o suficiente para
dissimular a perenidade das posições e das oposições.
A avaliação está no âmago das contradições do sistema educativo, pois um dos
seus aspectos mais relevantes é que ela é sentida como um dos aspectos de ensino pelo
qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem de seu próprio trabalho
com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos,
diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor, e é realizada em função dos objetivos
expressos nos projetos de aprendizagem.
O fato de a avaliação estar ainda entre duas lógicas, decepciona os que lutam
contra o fracasso escolar e sonham com uma avaliação permanente formativa.
O uso da avaliação como forma de pressão, decorre da tentativa de contornar
problemas disciplinares em sala de aula. A disciplina não pode ser entendida como uma
imposição externa e contrária aos anseios da coletividade, mas sim como um meio
necessário para o encaminhamento de uma assimilação responsável e lúcida das
diretrizes a realizar.
A escola não pode ser um local de ensino fácil e atraente em todos os momentos,
mas um local que dentro do respeito ao aluno, impõe sacrifícios, renúncias e esforço.
Pois o progresso do aluno, rumo aos conhecimentos elaborados historicamente pelo
homem, não se pode dar a não ser através de muita concentração e dedicação.
Por esse enfoque, a disciplina não pode ser pensada de maneira abstrata e
tampouco poderá será alcançada apenas com boas intenções, ela exige que a escola
esteja à altura para exigi-la, uma escola comprometida, de fato com a socialização do
saber elaborado, com a melhoria da qualidade de ensino e, portanto com a
aprendizagem sólida e duradoura do aluno, principalmente do aluno proveniente das
classes trabalhadoras, que representa um elevado percentual em nosso Estabelecimento.
No início do ano e/ou no ato da matrícula, o corpo discente recebe por escrito as
normas a serem seguidas tanto em sala de aula e dependências gerais, bem como as
normas referentes ao internato (somente para os alunos internos).
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A transgressão ou infração às normas estipuladas, acarreta aos alunos conforme
a gravidade da falta:
- advertência verbal e escrita;
- repreensão;
- perda do internato.
Sempre que possível, as penalidades serão aplicadas gradativamente, sem se
acumularem e são comunicadas ao responsável. Nas faltas mais graves, o aluno é
encaminhado ao Conselho Escolar que deliberará sobre as penalidades cabíveis.
No entanto, a escola não pode permanecer apenas como espectadora desse
processo, tendo em vista que a disciplina tem sido uma preocupação constante entre os
educadores, pois além de sua função educacional que é o de harmonizar as atividades
realizadas em sala de aula, é elemento essencial para que a apropriação do
conhecimento se efetive.
Buscando essa convivência de forma harmoniosa aliada à formação pedagógica,
a escola propõe no decorrer do período letivo o desenvolvimento de projetos
culturais, esportivos e pedagógicos em participação com a comunidade:
- concursos: poesias, redações, contos etc.
- participação no FERA;
- formação de grupos de dança contemporânea e folclórica;
- festival de teatro;
- feiras agropecuárias;
- jogos escolares;
- gincana; participação em campanhas realizadas pelo Departamento de Saúde
Municipal;
- participação em eventos realizados pela SEED, através do DEP, DEM e DEF;
- semana agrotécnica; e agroindustrial
- oferta de cursos em parceria com o SENAR;
- participação em eventos realizados pela SEAB, EMATER e outros;
- feira de ciências;
- feira multicultural;
- cursos de inglês e espanhol através do CELEM;
- aulas de música;
- projetos: Frutos do Saber; Fruticultura; Biodiesel; Forrageiras; Aves de Corte;
Algodão Colorido; Paisagístico; Compostagem; Caprinocultura; Galinha
Caipira; Viveiro de Árvores Nativas; Viveiro de Plantas e Frutíferas;
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Recuperação, Manutenção da Produtividade do Cafeeiro (já instalado); Café
(instalação, condução e tratos culturais diversos); Minhocultura; Conicultura;
Coturnicultura, etc.
-Projeto de Irrigação Noturna- Irrigação junto com área de rotação de cultura
para cilagem.
-Projeto da Reserva Legal, 20% da propriedade.
- Projeto em parceria com a EMBRAPA na Cultura do Girassol Colorido;
- Projeto em parceria com a EMBRAPA na Cultura da Soja Comestível;
- Projeto de Manejo de solo através de rotação com diferentes culturas;
- Projeto de Manejo da Cultura do Tomate e Pepino Caipira;
- Projeto de Manejo da Cultura da Alfafa;
- Projeto de Reforma das Áreas de Pastagens;
-Projeto em parceria com o IAPAR na Cultura do Café (fase de
desenvolvimento e produção);
- Projetos de Estágio Supervisionado na EMBRAPA e IAPAR;
- Reativação da Apicultura;
- Projeto de incentivo ao uso de Inseminação Artificial e Melhoria Genética do
Rebanho Bovino em parceria com a SEAB e Prefeitura Municipal de Santa
Mariana;
- Viabilização de oferta de Cursos de Inseminação Artificial em Caprinos e
Ovinos como continuidade do Projeto de Incentivo à Ovino e Caprinocultura do
Governo do Estado
Dessa forma, toda metodologia estará voltada para a apropriação dos conteúdos
pelos alunos, tendo como premissa: partir da realidade do educando; buscar sempre a
compreensão crítica da realidade; dar ênfase ao diálogo entre professores e alunos,
estabelecendo assim um relacionamento direcionado à construção do conhecimento;
priorizar o trabalho interdisciplinar.
Para que se alcance tal propósito, faz-se necessário repensar sobre Currículo,
pois é ele que reflete intenções (objetivos) e ações (conhecimentos, procedimentos,
valores, formas de gestão, de avaliação etc) tornadas realidade pelo trabalho dos
professore e sob determinadas condições providas pela organização escolar, tendo em
vista a melhor qualidade do processo de ensino e de aprendizagem.
O Currículo representa a seleção e organização da cultura. Portanto será
planejado pelos professores e equipe escolar e tem como meta, obter respostas às
indagações: o que nossos alunos precisam aprender, para que aprender, em função de
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
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que aprender? Existe aí um diálogo com a sociedade sobre o que é relevante que os
alunos aprendam em função de suas necessidades pessoais e das necessidades e
exigências de interesses em jogo na sociedade, que encerra em seu âmago, as relações
entre o trabalho, o emprego, a escola e a profissão.
Neste contexto, todo o colegiado do Colégio Agrícola Estadual Fernando Costa
participa da elaboração de uma proposta curricular que vem consubstanciada na
concepção de uma Educação Profissional concebida como um processo de construção
social que ao mesmo tempo qualifique o cidadão e o eduque em bases científicas, ético-
políticas para compreender a tecnologia como produção do ser social, que estabelece
relações sócio históricas e, culturais de poder.
Como conseqüência, nossa escola tende progressivamente a ampliar os espaços
envolvendo atividades culturais, associativas, sindicais e partidárias, criam-se
exigências maiores, como conhecimento, compreensão, raciocínio, criatividade,
decisão, bem como participação nesses espaços com vistas a usufruir dos benefícios do
desenvolvimento social, econômico, cultural, científico e tecnológico.
Com isso, almejamos um novo princípio educativo que busque progressivamente
afastar-se da separação entre as funções intelectuais e as técnicas com vistas a
estruturar uma formação que unifique ciência, tecnologia e trabalho, bem como
atividades intelectuais e instrumentais. Porém, somente a formação profissional não é
suficiente, os educandos necessitam ter acesso também à cultura sob todas as formas ,do
Ensino Médio com Currículo Integrado.
O horizonte que norteará essa organização é o proporcionar aos alunos o
domínio dos fundamentos científicos das técnicas diversificadas e utilizadas na
produção.
A Educação Básica, além de crucial para a formação integral humanística e
científica de alunos autônomos, críticos, criativos e protagonistas da cidadania ativa, é
decisiva, para romper com a condição histórica de subalternidade e de dependência
científica e cultural do país.
No entanto o comprometimento com uma escola pública de qualidade redunda
na democratização da gestão e na valorização da função docente. Para que a escola
cumpra seu papel social, programa o desenvolvimento de atividades de aprendizagem
que forneçam vivência de situações reais ou simulem problemas e contextos da vida
real que, para serem enfrentados, necessitarão de determinados conhecimentos. Dessa
forma, o trabalho pedagógico extrapola os limites da sala de aula, buscando enriquecer a
experiência educacional através da multiplicidade e diversidade de situações
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30
vivenciadas pelo aluno que levam a escola a obter sucesso, considerando as expectativas
da sociedade.
Tais perspectivas indicam novas dimensões que situam o trabalho em sua
relação mais profunda com o saber do trabalhador, resgatando a experiência acumulada
ao longo de sua existência e transformando-o em ator e sujeito dos processos
educativos, isso se objetiva pela oferta neste Estabelecimento de Ensino da Educação
Profissional Subseqüente ao Ensino Médio.
A educação escolar deve contribuir para a democracia não apenas pela formação
do cidadão crítico e participativo, mas também por ser ela própria um lugar onde se põe
e, pratica a vivência do que se propõe em seus objetivos: desenvolvimento da autonomia
de pensamento, iniciativa, liderança, participação nas decisões.
Para que esses objetivos sejam atingidos, faz-se necessário uma metodologia
aplicada em consonância com as correntes pedagógicas e a política educacional vigente,
que contribua para a produção do conhecimento, tanto pelos educandos quanto pelos
professores e que estejam embasadas pela LDB que busca conciliar humanismo e
tecnologia, conhecimento e exercício da cidadania, formação ética e autonomia
intelectual.
Encontramos respaldo nessas premissas principalmente dentro das Teorias
Progressistas que surgem como a busca de outros caminhos, a partir de uma nova
concepção de educação, reconhecendo que o homem está inserido em um contexto de
relações sociais no qual a desigualdade é mantida, a tomada de consciência da opressão
é importante justamente para orientar na direção de novas formas de ação pedagógica.
Isso porque a escola se constitui como um elemento de continuidade, mas também de
ruptura, na medida em que aí é possível problematizar a realidade e trabalhar as
contradições sociais.
Dentre as correntes progressistas, encontramos parâmetros para nosso trabalho
pedagógico dentro da Pedagogia Histórico-crítica, anteriormente denominada de
pedagogia dialética, cujo principal representante é Demerval Saviani. Sua tarefa é a de
reverter um quadro que inúmeras reformas educacionais não puderam sanar, buscando
construir uma teoria pedagógica a partir da compreensão de nossa realidade histórica e
social, a fim de tornar possível o papel mediador da educação no processo de
transformação social. Não que a educação possa por si só produzir a democratização da
sociedade, mas a mudança se faz de forma mediatizada, ou seja, por meio da
transformação das consciências.
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31
Não podemos ver aí, contudo, uma proposta idealista de mudança, mesmo
porque esse projeto pedagógico se funda em pressupostos materialistas e dialéticos.
Saviani começa sua análise a partir da categoria do trabalho, por excelência a forma
pela qual o homem produz sua própria existência, transformando a natureza em cultura.
O fazer que tem como resultado um produto material, no entanto, não se separa
do trabalho “não-material”, que consiste na produção de idéias, conceitos, valores, ou
seja, na produção do saber. Essa produção espiritual (conhecimento sensível ou
intelectual, prático ou teórico, artístico, axiológico, religioso e, assim por diante) varia
de acordo com os povos, e cada pessoa precisa se inteirar deles para sua humanização.
“Para saber pensar e sentir, para saber querer, agir ou avaliar é preciso aprender, o que
implica o trabalho educativo”.
A atividade nuclear da escola e, portanto de nosso projeto pedagógico é a
transmissão dos instrumentos que permitam alcançar o saber elaborado. Sendo a
mediadora entre o aluno e a realidade, a escola se ocupa com a aquisição de conteúdos,
a formação de habilidades, hábitos e convicções. Isso não significa que a proposta
progressista se identifique com os métodos tradicionais, porque o caráter histórico-
social da pedagogia progressista exige a constante vinculação entre educação e
sociedade, entre educação e transformação da sociedade, ou seja, o ponto de partida e o
de chegada do processo educativo é sempre a prática social.
Por isso, o saber objetivo transformado em saber escolar não interessa por si
mesmo, mas sim como um meio de crescimento dos alunos, a fim de que “não apenas
assimilem o saber objetivo enquanto resultado, mas aprendam o processo de sua
produção, bem como as tendências de sua transformação”.
Saviani destaca a diferença entre elaboração do saber e produção do saber. Esta
última é social e se dá no interior das relações sociais, só alcançando o nível de
elaboração aqueles que possuem o domínio dos instrumentos de sistematização. Nas
sociedades divididas, só a classe dominante atinge essa etapa. Daí a importância da
educação formal, pois, “se a escola não permite o acesso a esses instrumentos, os
trabalhadores ficam bloqueados e impedidos de ascenderem ao nível da elaboração do
saber, embora continuem, pela sua atividade prática real, a contribuir para a produção
do saber”. (Pedagogia histórico-crítica; primeiras aproximações, p. 100).
6. MARCO OPERACIONAL
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32
Faz-se necessário voltarmos os olhares para os nossos docentes. No decorrer da
história da educação, tem variado a imagem do professor a partir da expectativa a
respeito do papel por ele assumido em cada sociedade, isso requer do professor
reconsiderar valores e descobrir novas possibilidades de formação. Formação aqui
entendida como processo contínuo e permanente de desenvolvimento, o que pede ao
professor disponibilidade de aprendizagem.
Essa formação refere-se a ações essenciais: ações de formação durante sua
jornada de trabalho – participação na elaboração desse projeto pedagógico; reuniões de
trabalho para reflexão sobre a prática com os colegas; discussão de experiências; cursos
de atualização; estudos de casos; participação nos conselhos de classes; participação de
programas de educação à distância; participação nos eventos promovidos pela escola
etc. – ações de formação fora da jornada de trabalho: cursos ofertados pela SEED e/ou
parceiros; palestras; participação em seminário e eventos promovidos pela SEED,
Município e/ou outros órgãos correlatos; participação em reuniões de pais etc.
A formação continuada não pode ser, algo eventual, deve ser sempre parte
integrante do exercício profissional de professor, portanto a revalorização da profissão
de magistério deve começar pelos cuidados com a formação do professor.
Pela participação na organização e gestão do trabalho escolar, os professores
podem aprimorar seus conhecimentos em: tomar decisões coletivamente, dividir com os
colegas as preocupações, assumir coletivamente a responsabilidade pela escola, investir
no seu desenvolvimento profissional. É no exercício do trabalho que o professor produz
sua profissionalidade. Essa é a idéia do conceito de formação continuada.
O professor que desenvolve um trabalho intelectual transformador; não somente
muda o comportamento do aluno, mas também o educa para um mundo melhor que está
por ser construído. A educação está inserida em um contexto maior – social, econômico
e político – por isso o professor não pode estar alienado aos acontecimentos de seu
tempo, devendo ser capaz de realizar juízos de valor a respeito dos comportamentos
coletivos e individuais, sempre atento aos valores políticos e morais.
“O professor é um ativo participante de uma comunidade profissional de
aprendizagem, atuando no seu funcionamento, na sua animação e no seu
desenvolvimento. Por outro lado, a estrutura e a dinâmica organizacional atuam na
produção de suas práticas profissionais. Há uma concomitância entre o desenvolvimento
profissional e o desenvolvimento organizacional”. ( Líbâneo: 2004, p. 36).
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33
Não só os professores, mas também as instituições escolares vêm sendo
pressionadas a repensar seu papel diante das transformações que caracterizam o
acelerado processo de integração e reestruturação capitalista mundial. O novo
paradigma econômico, os avanços científicos e tecnológicos, a reestruturação do
sistema de produção e as mudanças no mundo do conhecimento afetam a organização
do trabalho e o perfil dos trabalhadores, repercutindo na qualificação profissional e, por
conseqüência, nos sistemas de ensino e nas escolas.
A escola necessária para fazer frente a essa realidade, é a que prevê formação
cultural e científica, que possibilita o contato dos alunos com a cultura, aquela cultura
provida pela ciência, pela técnica, pela linguagem, pela estética, pela ética. Uma escola
de qualidade é aquela que inclui, uma escola contra a exclusão econômica, política,
cultural, pedagógica.
Libâneo propõe cinco objetivos para uma escola que seja concebida no exercício
de seu papel na construção da democracia social e política:
promover o desenvolvimento de capacitação cognitivas, operativas e sociais dos
alunos (processos mentais, estratégias de aprendizagem, competências do
pensar, pensamento crítico) por meio dos conteúdos escolares;
promover as condições para o fortalecimento da subjetividade e da identidade
cultural dos alunos, incluindo o desenvolvimento da criatividade, da
sensibilidade, da imaginação;
preparar para o trabalho e para a sociedade tecnológica e comunicacional,
implicando preparação tecnológica (saber tomar decisões, fazer análises
globalizantes, interpretar informações de toda natureza, ter atitude de pesquisa,
saber trabalhar junto etc);
formar para a cidadania crítica, isto é, formar um cidadão-trabalhador capaz de
interferir criticamente na realidade para transformá-la e não apenas formar para
integrar o mercado de trabalho;
desenvolver a formação para valores éticos, isto é, formação de qualidades
morais, traços de caráter, atitudes, convicções humanistas e humanitárias.
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34
Nesse sentido, nosso Colégio inicia uma caminhada, tendo como norte, atingir
esses objetivos propostos, para isso contamos com uma boa estrutura física e uma
organização escolar que é concebida como um sistema que agrega pessoas, destacando-
se o caráter intencional de suas ações, a importância das interações sociais no seio do
grupo e as relações da escola com o contexto sociocultural e político, não sendo uma
coisa objetiva, um espaço neutro a ser observado, mas algo construído pela comunidade
educativa, envolvendo os professores, os funcionários, os alunos, os pais, onde vigoram
formas democráticas de gestão e de tomada de decisões.
O quadro administrativo, pedagógico e técnico do Centro Estadual de
Educação Profissional Agrícola “Fernando Costa” – Médio e Profissional é composto
da seguinte forma:
A Equipe de Direção, constituída pelo Diretor Geral, Diretor Auxiliar
Pedagógico e Diretor Auxiliar da Unidade Didático Produtiva é o órgão responsável
pela administração e representação do Estabelecimento de Ensino, cabendo a ela a
gestão dos serviços escolares no sentido de garantir os objetivos educacionais definidos
neste Projeto Político Pedagógico.
A Equipe Pedagógica é o órgão responsável pela coordenação, implantação no
Estabelecimento de Ensino das Diretrizes Pedagógicas emanadas pela Secretaria de
Estado da Educação, o Colégio conta atualmente com uma demanda de 100 (cem) horas
para suprimento e é a quem cabe atuar diretamente na execução de atividades
curriculares através de um tratamento sistêmico para o planejamento, acompanhamento,
controle e avaliação do processo educacional, visando maior eficiência no desempenho
do trabalho didático-pedagógico;
- Coordenação de Curso - os profissionais para atuarem como Coordenadores
de Curso são escolhidos pelo Diretor de acordo com o perfil profissional requerido para
o exercício da função que tem como finalidade, viabilizar o Projeto Político
Pedagógico; acompanhar o professor quanto à consolidação das propostas de cada
disciplina, através de grupos de estudo, discussões, troca de experiências, orientações
individuais, assessoria e apoio no planejamento de aulas; orientar, coordenar,
acompanhar os professores na execução do planejamento curricular e/ou estágio,
buscando a integração entre teoria e prática.
- Coordenação de estágio – que é exercida por profissional de nível superior da
Área relativa ao curso, e por escolha do Diretor, tem como atribuição, coordenar e
orientar o processo de estágio do Colégio, considerado como momento de integração
entre a teoria e prática, essencial na formação do aluno; analisar e referendar as decisões
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35
dos Professores Orientadores de Estágio, no planejamento, execução e avaliação das
atividades, fornecendo os elementos que garantam o estágio enquanto prática refletida.
- O Corpo Docente, que é formado por profissionais habilitados que
desenvolvem uma prática escolar caracterizada pela ação intencional e sistemática,
visando possibilitar ao aluno o domínio do saber elaborado, a fim de que se torne capaz
de transformar a sociedade a partir da vivência democrática da escola.
- O Pedagogo de Internato tem por finalidade alojar e proporcionar o bem
estar dos alunos. O aluno interno deverá obedecer a um regulamento elaborado pela
Direção, Equipe Pedagógica e aprovado pelo Conselho Escolar.
- A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de
todos os setores, proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas reais
funções e é composta pela Secretaria, Serviços Gerais, Técnico em Contabilidade,
Artífice Tratorista, Motorista, Engenheiro Agrônomo, Médico Veterinário, Técnico em
Agropecuária Tesouraria e Almoxarife. A Secretaria é o órgão que terá a seu encargo
todo o sistema de escrituração, documentação escolar, arquivo, fichário e
correspondência do Colégio e da Unidade Didático Produtiva. Contamos atualmente
com cerca 30 (trinta) funcionários para Serviços Gerais que têm seu encargo a serviço
de manutenção, preservação,segurança, merenda escolar do estabelecimento, compõem
os Serviços Gerais: servente, cozinheira, vigia, inspetor de alunos e outros designados
em ato específico da Secretaria de Estado da Educação. Ao Motorista compete proceder
ao transporte de funcionários, professores e alunos a serviço do Colégio. Ao Tratorista,
compete realizar serviços de campo, bem como realizar a manutenção e limpeza das
máquinas e implementos agrícolas do Colégio. É de competência do Artífice executar
serviço de construção e reparos de qualquer natureza quando solicitado. Cabe ao
Engenheiro Agrônomo elaborar, supervisionar e executar programas e projetos relativos
à preservação e exploração de recursos naturais fomento da produção agrícola,
economia rural, defesa e inspeção agrícola e outras para possibilitar maior rendimento e
qualidade dos produtos e maior aproveitamento de áreas cultiváveis, planejar,
supervisionar e executar as atividades produtivas na Unidade Didático Produtiva que
estão sob sua responsabilidade, buscando sempre obter o máximo de produtividade e
qualidade com diminuição nos custos de produção. São atribuições do Médico
Veterinário elaborar, supervisionar, executar programas e projetos relativos ao setor
pecuário, envolvendo trânsito de animais e produtos veterinários de origem animal, feira
de exposição e outras para controle de qualidade, condições sanitárias e prevenir surtos
de doenças, planejar, supervisionar e executar as atividades produtivas da Unidade
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36
Didático Produtiva (área de Zootecnia) que estão sob sua responsabilidade, buscando
obter o máximo de produtividade e qualidade com diminuição nos custos de produção.
Cabe ao Técnico em Agropecuária desempenhar tarefas ligadas ao ramo agropecuário,
monitorando os alunos nas atividades práticas nos setores produtivos da Unidade
Didático Produtiva. A Tesouraria é responsável pela quitação, pagamento, cobrança de
venda, organização e controle de registros e todas as tarefas correlatas à sua função. Ao
Almoxarife compete subdividir o almoxarifado em setores de alimentos, produtos de
limpeza, peças e materiais de construção em locais distintos, conservando-o limpo e em
ordem; realizar reposição de estoque; controlar a entrada e saída de todo estoque.
Como órgãos colegiados o Colégio conta com: - Conselho Escolar, Conselho de
Classe, APMF e Grêmio Estudantil.
- Conselho Escolar que é um órgão colegiado de natureza consultiva,
deliberativa e fiscal, com o objetivo de estabelecer no Projeto Político Pedagógico do
Estabelecimento , critérios relativos à sua ação, organização, funcionamento e
relacionamento com a comunidade, nos limites da legislação em vigor e compatíveis
com as diretrizes e política educacional traçadas pela mantenedora, tem por finalidade
promover a articulação entre os vários segmentos da sociedade e os setores da escola a
fim de garantir a eficiência e a qualidade do seu funcionamento.
- O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restritiva a cada classe do
estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo de ensino e de
aprendizagem na relação professor / aluno e os procedimentos adequados a cada caso.
Deve ser um instrumento de transformação da cultura escolar sobre a avaliação e
conseqüentemente da prática da avaliação em sala de aula, sendo constituído pelo
Diretor, Diretor Auxiliar, Supervisor de Ensino, Orientador Educacional, Coordenador
de Curso, por todos os professores que atuam numa mesma classe e por representantes
de turma.
- APMF - Associação de Pais Mestres e Funcionários. Órgão destinado a
promover o intercâmbio entre a família do aluno, os professores e a direção do
Estabelecimento de Ensino, propondo medidas que visem o aprimoramento do ensino
ministrado e assistência ao Corpo Discente, participando no gerenciamento dos recursos
financeiros do Colégio.
- O Grêmio Estudantil que congrega todos os alunos do Colégio com finalidade
social, desportiva, cultural e cívica.
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A Cooperativa Escola - A Cooperativa Escola é órgão representativo dos
alunos com objetivo de promover os preceitos de cooperativismo e empreendedorismo.
A Cooperativa Escola é regida por Estatuto próprio, aprovado e homologado em
Assembléia Geral, convocada especificamente para esse fim e registrado no Cartório de
Pessoas Jurídicas deste Município.
Essa organização acentua a importância da busca de objetivos comuns, que
sejam assumidos por todos, portanto defende e adota uma forma coletiva de tomada de
decisões, sem contudo desobrigar as pessoas da responsabilidade individual. Para isso,
valoriza os elementos internos - planejamento, organização, direção e avaliação – uma
vez que não bastam as tomadas de decisões, é preciso que elas sejam colocadas em
prática em função de prover melhores condições para viabilizar os processos de ensino e
de aprendizagem.
Toda instituição escolar necessita de uma estrutura de organização interna,
baseada em leis vigentes, de acordo com as normas emanadas da mantenedora e
expressas em seu Regimento Escolar.
Cursos :Tendo base legal e política, nosso Colégio mantém de acordo com a
especificidade de cada modalidade de ensino;
-o Curso de Técnico em Agropecuária com Currículo Integrado ao ensino Médio com
funcionamento integral – período matutino e vespertino,
-o Curso de Técnico em Agropecuária com Currículo Subseqüente ao Ensino Médio
com funcionamento integral – período matutino e vespertino ,
-o Curso de Técnico em Agroindústria Com Currículo Subseqüente ao Ensino Médio no
período noturno.
- Oferta também o CELEM com aulas de Espanhol funcionando no período noturno.
O Estabelecimento providencia sempre que se faz necessário e sendo possível,
processos de formação continuada ao pessoal técnico e administrativo, garantindo
assim, um ensino de qualidade, dentre os quais podemos citar: cursos ofertados pelo
SENAR, grupos de estudos, reuniões mensais, etc...
O plano curricular de cada modalidade ofertada tem sua implantação de acordo
com a Lei de Diretrizes e Bases 9394/96, as Diretrizes Curriculares aprovadas tanto pelo
Conselho Nacional quanto pelo Conselho Estadual de Educação e contemplam ainda a
filosofia e as diretrizes emanadas pela Secretaria de Estado da Educação.
O Colégio adota o regime se seriação anual para o Curso Técnico em
Agropecuária com Currículo Integrado ao Ensino Médio, o regime semestral para os
Cursos com Currículo Subseqüente ao Ensino Médio.
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Por estar inserido em uma escola-fazenda, o Colégio funciona em regime de
internato e externato, nos períodos matutino, vespertino e noturno, contando atualmente
com uma média de 80 (oitenta) alunos internos 280 (duzentos e oitenta) alunos externos
que no período diurno também são considerado semi-internos, uma vez que a grande
maioria realiza três refeições-dia (café da manhã, almoço e café da tarde). No período
noturno contamos com uma média de 20 ( vinte ) alunos para os quais são servidas
refeições e não somente lanches, uma vez que a grande maioria são trabalhadores que
vêem para a aula diretamente do trabalho.
Para assegurar um nível de qualidade de ensino, os horários de aulas são
organizados tendo como prioridade a prática pedagógica e divididos em aulas teóricas e
práticas, conforme as disciplinas expressas nas Matrizes Curriculares de cada
modalidade de ensino. As horas atividades são organizadas quando possível, de modo a
favorecer a integração entre os professores quer das disciplinas afins e/ou contemplando
os professores da Base Nacional Comum e os da Formação Específica.
Para a realização das aulas práticas previstas nas Matrizes (somente para os
Cursos de Técnico em Agropecuária), as turmas com mais de trinta alunos são
subdivididas em grupos para que possa haver um efetivo aprimoramento. As atividades
práticas são programadas para as disciplinas contempladas na Formação Específica e
podem ser: práticas complementares e/ou projetos especializado e tem caráter
obrigatório para todos os alunos.
Desafios Educacionis Contemporâneio e Diversidade , vem sendo pontos de
estudo e inserção dentro da comunidade escola, buscamos uma escola participativa e
democrática. Baseado nas orientações da Coordenação de Desafios Educacionais
Contemporâneo vinculado ao departamento de Diversidade, vem desenvolvendo
atividades referentes ao Meio Ambiente, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violências
nas Escolas, História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e Prevenção ao Uso Indevido
de Drogas e Sexualidade.
Conforme a lei 11.645 de 10 de março de 2008 que se trata da obrigatoriedade
da temática”História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e Indígena” resalvando os
direitos em uma sociedade multicultural. Há algumas ações que a escola e professores
terão que seguir.
- Consciência política e histórica da diversidade
-Fortaleciemno de identidades e de direito
-Ações educativas de combate ao racismo e a discriminações
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De acordo com a Instrução nº010/2010- SUED/SEED, a escola organizou a
sua equipe multidisciplinar, para tratar das Relações Étnico-Racial e para o Ensino de
História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena, promovendo a articulação com a
comunidade,levantando as dúvidas e dificuldades em relação a educação étnico-
racial.As propostas de trabalho nortearão os trabalhos na elaboração do Plano de
Trabalho Docente auxiliando o aluno na construção positiva de sua identidade racial.
A inserção no Currículo de questões que envolvem o Meio Ambiente e o
Impacto Ambiental, se faz necessário promover o espaço para discussão desta
problemática, visando uma mudança de comportamento.A Educação Ambiental é um
processo permanente de formação e de busca de informações voltadas para o equilíbrio
ambiental e qualidade de vida, e os problemas relacionados a estes fatores.
A Inclusão é tratada como um desafio para criar condições para os deficientes,
valorizando as peculiaridades de cada aluno e incorporar a diversidade, sem nenhum
tipo de distinção.As diferenças devem ser aceitas e trabalhadas para realmente
completar o papel de inclusão na escola.
A escola ainda precisa ser preparada para receber alunos para a inclusão. No
aspecto arquitetônico através de adaptações, de material pedagógico, no aspecto
humano cursos e conscientização para ajudar os alunos portadores de deficiência.
Os Projetos Especializados podem ser: projetos de melhoramento que visam
aumentar a funcionalidade da propriedade, valorização do imóvel, principalmente das
instalações agropecuárias; projetos de produção que são empreendimentos
agropecuários desenvolvidos pelos alunos, relacionados com as disciplinas da Formação
Específica e com a programação do Colégio.
Entre os projetos da escola além dos de caráter de produção temos os de caracte
de instrução , formação e cultural, faz parte da escola A Semana Agropecuária com
palestras ministradas por especialista na ares de agricultura , pecuária e agroindustrial.
A Educação Profissional ofertada prevê Estágio Supervisionado de cunho
obrigatório, que tem por objetivo complementar os conhecimentos adquiridos e é
executado de acordo com as normas emanadas pelo Departamento de Educação
Profissional especificadas no Plano de Estágio do Colégio, sendo realizados em
empresas com as quais o Colégio poderá firmar convênios, não acarretando nenhum
vínculo empregatício. E é realizado fora do período letivo previsto em calendário.
O Estágio não Obrigatório é constituído por todo e qualquer tipo ou
modalidade de estágio que não faça parte do Currículo entre eles o estagio remunerado,
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não interferindo na aprovação do aluno pois não é computado como componente
curricular.
Os contratos ficam sujeitos á garantia de freqüência nas aulas das disciplinas que
compõem a matriz curricular e só terá direto ao Estágio remunerado os alunos
regularmente. A carga horária do estágio não-obrigatório não poderá comprometer a
freqüência as aulas e demais compromissos escolares do aluno.
A mediação deste tipo de estágio será desenvolvida por professor supervisor
designado pelo Centro Estadual de Educação profissional Agrícola Fernando Costa e
por um supervisor determinado pela instituição concedente do estágio não
obrigatório.Caberá ao supervisor promover a avaliação das atividades do estagiário na
dimensão ética e profissional.
São vedados toda e qualquer atividade incompatível com o desenvolvimento do
adolescente atividade noturna situadas entre vinte e duas horas de um dia e cinco horas
do dia seguinte, atividades realizadas em lugares que atentem contra a formação física
psíquica e moral atividades perigosas, insalubres ou penosas.
É vedado ao Agente Integrador ( agenciadores de Estágio) a cobrança e]de
qualquer valor ao estudante.
O estágio não obrigatório deverá estar em conformidade com a Lei nº
11.788/2088 que dispõe sobre o estagio de estudantes, obedecerá o que estabelece a
Deliberação nº 02/2009 do Conselho Estadual de Educação do Paraná e ao que
especifica a Instrução 006/2009 da SUED/SEED do Estado do Paraná
O Calendário Escolar é elaborado anualmente, e atende ao disposto na
Legislação Vigente, bem como às normas baixadas em Instrução específica da
Secretaria de Estado da Educação e é homologado pelo órgão competente, as alterações
no Calendário propostas pelo Colégio por motivos relevantes, são comunicados em
tempo hábil ao órgão competente para as providências cabíveis.
No Calendário Escolar, constam: reuniões pedagógicas; conselhos de classes,
recuperação final; feriados e recessos; férias docentes e discentes. As reuniões com os
pais são sempre realizadas fora do horário letivo.
As classes são organizadas de acordo com a série cursada, e com agrupamento
heterogêneo, obedecendo às normas emanadas pela mantenedora.
A Hora Atividade é o tempo reservado ao professor em exercício para
Planejamento e estudo a respeito de atividades educacionais.
A Lei Estadual nº 13.807 de 30/09/2001 que institui os 20% de hora atividade
referentes ao projeto em ação visando melhor qualidade de ensino
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41
A avaliação do aproveitamento escolar será compreendida como forma de
acompanhamento e aperfeiçoamento do processo de aprendizagem, permitirá o
diagnóstico de seus resultados e a conseqüente reformulação dos conteúdos
metodológicos empregados, sendo contínua, processual e cumulativa.
Tem como função auxiliar o educando na compreensão de si mesmo,
propiciando-lhes os meios para trabalhar nas adversidades, fornecendo elementos
decisivos para prosseguimento dos estudos.
A avaliação do aproveitamento escolar incidirá sobre o desempenho do aluno em
diferentes experiências de aprendizagem individuais e/ou coletivas, com atribuição de
mensuração bimestral para o Curso Técnico em Agropecuária com Currículo Integrado
ao Ensino Médio e semestral para o Curso Técnico em Agropecuária subseqüente ao
ensino médio e Técnico em Agroindústria com Currículo Subseqüente ao Ensino
Médio.
Para aqueles que por diferentes razões apresentarem dificuldades na apropriação
dos conteúdos ministrados, o Colégio oferta a Recuperação Paralela de estudos
realizada durante as atividades regulares dentro do período letivo, assegurando as
condições pedagógicas necessárias.
Para tanto, é ofertado ao aluno uma seleção de conteúdos elaborada pelo
professor da disciplina e acompanhado sistematicamente pela Equipe Pedagógica. Os
resultados obtidos pelo aluno, são incorporados aos das avaliações efetuadas durante os
períodos letivos, realizando média aritmética e constituindo-se em mais um componente
na totalidade do aproveitamento escolar.
Portanto, a promoção resulta da combinação de resultados obtidos pelos alunos
durante todo período letivo e será considerado aprovado, o aluno que ao final obtiver a
média mínima estabelecida, ou seja, 6,0 (seis vírgula zero).
- para o Curso de Técnico em Agropecuária com Currículo Integrado ao Ensino Médio:
MF = B1+B2+B3+B4
4
MF = Média Final
B1+B2+ B3+B4 = notas dos bimestres
- para os Cursos com Currículo Subseqüente ao Ensino Médio:
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42
MF = B1+B2
2
MF = Média Final
B1+B2 = notas dos bimestres
O Colégio dispõe para efetivação pedagógica dos conteúdos:
- O Laboratório de Ciências, Física Química e Biologia, que se constitui em
espaço pedagógico, cujo material fica a disposição dos professores e respectivos alunos.
- A Biblioteca como espaço pedagógico cujo acervo fica à disposição de toda a
comunidade escolar durante o horário de funcionamento da escola e tem por finalidade
atender aos alunos e professores, incentivando a leitura e a pesquisa bibliográfica.
- A Agroindústria onde são colocados em prática os conhecimentos adquiridos
nesta disciplina em sala de aula, bem como a produção de embutidos e conservas para
consumo interno e comercialização.
- A Oficina onde se encontra instalada uma pequena marcenaria utilizada pelos
alunos na execução de pequenos reparos.
- O Viveiro de Mudas Nativas, para produção e distribuição à comunidade
onde os alunos trabalham no plantio e na manutenção da muda.
- A Horta para produção de olerícolas com o objetivo de aprendizado e
abastecimento do restaurante do Colégio.
- Os setores de: Suinocultura, Bovinocultura; Ovinocultura; Coturnicultura,
Conicultura e aviários, onde os alunos colocam em práticas os conteúdos ministrados
nas Disciplinas de Criações e Zootecnia.
- As Áreas Experimentais, onde são desenvolvidos pequenos projetos
referentes às Disciplinas de Solos, Culturas, Horticultura e Zootecnia (pastagens)
envolvendo professores e alunos.
- Área de produção externa do Colégio para o plantio das culturas de verão e
inverno com objetivo didático e econômico sendo a renda administrada atualmente pela
Cooperativa Escola.
Este projeto vem explicitar a importância da dupla função da escola: a de
transmissão da herança cultural e a de local privilegiado para a crítica do saber
apropriado, tarefa difícil tendo em vista a crise mundial pela qual passa a escola nos
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
43
tempos atuais, com isso, podemos compreender a dimensão do desafio posto aos
educadores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Moderna, 2001, 2ª edição.
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Editora. São Paulo, 2004.
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Educação. Parecer Nº 15/98
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Educação Profissional – Documento Base – Secretaria de Educação Média e
Tecnológica – MEC. Brasília, 2003.
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Diretores da Rede Estadual. Volume III. Foz do Iguaçu, 2004.
FREIRE, Paulo. Ética, Utopia e Educação. Editora Vozes. Petrópolis, 2004.
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HOFFMANN, Jussara. Avaliar para Promover. Editora Mediação. Porto Alegre, 2004.
KECHIKIAN, Anita. Os Filósofos e a Educação. Edições Colibri. Lisboa, 1993.
LAMA, Dalai. Uma Ética para o Novo Milênio. Sextante. Rio de Janeiro, 2000.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática e Prática Histórico-Social. ANDE nº 08, 1984.
-----------------------------. Organização e Gestão da Escola- Teoria e Prática. Editora
Alternativa. Goiânia, 2004.
PILETI, Nelson. Sociologia da Educação. Editora Ática. São Paulo, 1986.
Primeiras Reflexões para a Reformulação Curricular da Educação Básica do Paraná.
Curitiba, 2004.
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
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2003.
SAVIANI, Demerval. Educação: do Senso Comum à Consciência Filosófica. Cortez
Editora. São Paulo, 1.986.
VÁRIOS, Autores. Ensino Médio Integrado – concepção e contradição. Cortez Editora.
São Paulo, 2005.
VASCONCELOS, Celso dos Santos. Avaliação. Libertad. São Paulo, 1998.
------------------------------------ . Construção do Conhecimento. Libertad. São Paulo,
1995.
Santa Mariana, maio 2012
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
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PROPOSTA CURRICULAR
ENSINO MÉDIO INTEGRADO
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MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDO – INTEGRADO
Estabelecimento: COLÉGIO AGRÍCOLA ESTADUAL “FERNANDO COSTA”
MUNICIPIO: SANTA MARIANACURSO: TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA
FORMA INTEGRADA IMPLANTAÇÃO GRADATIVA A PARTIR DO ANO 2010
TURNO: PERÍODO INTEGRALCARGA HORÁRIA: 4920 HORAS AULA 4100 HORAS MAIS 133 HORAS DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
MÓDULO 40 ORGANIZAÇÃO SERIADA
DISCIPLINAS SÉRIE Horas/Aula Horas1ª 2ª 3ª
1 ADMINISTRAÇÃO E EXTENSÃO RURAL 2 2 2 240 200
2 AGROINDÚSTRIA 2 80 673 ARTE 2 2 160 1334 BIOLOGIA 2 2 2 240 2005 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 240 2006 FILOSOFIA 2 2 2 240 2007 FÍSICA 2 2 2 240 200
8 FUNDAMENTOS DE AGROECOLOGIA 2 2 160 133
9 GEOGRAFIA 2 2 2 240 20010 HISTÓRIA 2 2 2 240 20011 HORTICULTURA 3 2 2 280 23312 INFRAESTRUTURA RURAL 2 2 160 13313 LEM- INGLÊS 2 80 67
14 LINGUA PORTUGUESA E LITERATURA 3 3 3 360 300
15 MATEMÁTICA 3 3 3 360 300
16 PRODUÇÃO ANIMAL 4 3 3 400 33317 PRODUÇÃO VEGETAL 3 3 3 360 30018 QUÍMICA 2 2 2 240 20019 SOCIOLOGIA 2 2 2 240 20020 SOLOS 2 2 2 240 200
40 40 40 4800 2867
ESTÁGIO SUPERVISIONADO 2 2 160 133
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JUSTIFICATIVAVisando o aperfeiçoamento curricular do Curso Técnico em
Agropecuária e a concepção de uma formação técnica que articule trabalho,
cultura, ciência e tecnologia como princípios que devem transversalizar todo o
desenvolvimento curricular, apresenta-se à reformulação do plano de curso
para o início do ano letivo de 2009/2010.
O Curso Técnico em Agropecuária proporciona ao aluno egresso uma
perspectiva de totalidade, onde os conteúdos das disciplinas são
contextualizados, conforme visão sistêmica do processo produtivo. Isto
significa, recuperar a importância de trabalhar com os alunos os fundamentos
científicos - tecnológicos presentes nas disciplinas da Base Nacional Comum
(Ensino Médio) de forma integrada às disciplinas da Formação Específica,
evitando a compartimentalização na construção do conhecimento.
Propõe-se uma formação na qual a teoria e a prática possibilitam aos
alunos compreenderem a realidade para além de sua aparência, onde os
conteúdos não têm fins em si mesmos porque se constituem em sínteses da
apropriação histórica da realidade material e social pelo homem.
A organização dos conhecimentos, no Curso Técnico em Agropecuária,
enfatiza o resgate da formação humana onde o aluno, como sujeito histórico,
produz sua existência pelo enfrentamento consciente da realidade dada,
produzindo valores de uso, conhecimentos e cultura por sua ação criativa.
A integração curricular entre o Ensino Médio e o Profissional, objetiva
integrar o jovem ao contexto sócio-cultural atual, propiciando formação que
possibilite uma escolha profissional sintonizada com os requisitos técnicos e
tecnológicos próprios de sua área de formação. Entende-se que o ser humano
não pode prescindir do trabalho, uma vez que a sua não habilitação para a vida
profissional produtiva suprimiria o seu direito à auto-realização.
A concepção que orienta esta organização curricular incorpora a
perspectiva de romper com a estrutura dual que tradicionalmente tem marcado
o Ensino Médio, oferecendo ao aluno uma formação unilateral, portanto diversa
da prevista pela Lei 5.692/71, ou seja: ultrapassando a formação
unidimensional do técnico (FRIGOTTO, 2003).
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48
Considerando o conhecimento em sua dimensão histórica verifica-se
que a educação, em sua forma escolarizada, passa ter relevância e,
consequentemente, a Instituição Escolar assume um papel fundamental na
formação do indivíduo.
Dentro deste contexto da Educação Profissional é preciso que o
professor se identifique com o papel que desempenha na formação profissional
do jovem, fazendo a mediação entre o conhecimento existente e as
possibilidades de sua dinamização, tendo em vista a formação integral para a
transformação social.
OBJETIVOS
Valorizar a educação como processo seguro de formação de recursos
humanos, de desenvolvimento do sistema social mais amplo e
competitivo;
Desenvolver o autoconhecimento, para melhorar a adaptação sócio-
educacional e proporcionar ao aluno uma formação que lhe permita
inserir no mundo do trabalho para uma vida profissional produtiva;
Propiciar conhecimentos teóricos e práticos amplos para o
desenvolvimento de capacidade de análise crítica, de orientação e
execução de trabalho no Setor Agropecuário;
Formar profissionais críticos, reflexivos, éticos, capazes de participar e
promover transformação no seu campo de trabalho, na sua comunidade
e na sociedade na qual está inserido;
Profissionalizar egressos do ensino fundamental para atuação na área
de Agropecuária, visando seu ingresso no mundo do trabalho no
território nacional;
Propiciar uma formação que possibilite o aluno realizar planejamento,
administrar, monitorar e executar atividades na área da agropecuária.
O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, terá por finalidades:
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49
A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino
Fundamental possibilitando o prosseguimento de estudos;
A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar
aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade as novas
condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética
e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
A compreensão dos fundamentos científicos-tecnológicos dos processos
produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
DADOS GERAIS DO CURSO
Habilitação Profissional: Técnico em Agropecuária
Eixo Tecnológico: Recursos Naturais
Forma: Integrado
Carga horária total do curso: 4800 horas/aula – 4000 horas e 133 horas de
Estágio Profissional Supervisionado
Regime de funcionamento: de 2ª a 6ª feira, no(s) período(s) Manhã e Tarde
Regime de matrícula: Anual
Número de vagas: 30 por turma em aula teórica e 15 por turma em aulas
práticas.
Período de integralização do curso: mínimo 03 (três) anos
Requisitos de acesso: conclusão do ensino fundamental
Modalidade de oferta: presencial
PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO DE CURSO
Técnico em Agropecuária, será capaz de perceber de maneira sistêmica
as implicações sociais, econômicas, ambientais, políticas e técnicas de sua
atuação profissional, agindo para detectar os problemas e aplicar as soluções
técnicas, de forma suficientemente criativa, sustentável, rápida e coerente com
a realidade rural. Atua em sistemas de produção agropecuária e extrativista
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50
fundamentados em princípios de desenvolvimento sustentável. Planeja,
executa, acompanha e fiscaliza todas as fases dos projetos agropecuários.
Administra propriedades rurais. Elabora, aplica e monitora programas
preventivos de sanitização na produção animal, vegetal e agroindustrial.
Fiscaliza produtos de origem vegetal, animal e agroindustrial. Realiza medição,
demarcação e levantamentos topográficos rurais. Atua em programas de
assistência técnica, extensão rural e pesquisa. Sendo tolerante e receptivo á
diversidade cultural, étnica, religiosa, política e social das comunidades onde
vier a se inserir no mundo do trabalho.
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ADMINISTRAÇÃO E EXTENSÃO RURALCarga horária total: 240h/a - 200 h
Apresentação e justificativaSeus princípios fundamentais, ou seja, a divisão do trabalho, a
coordenação e lideranças surgiram quando o homem descobriu pela primeira
vez, que poderia produzir mais e melhor, com menos esforços associando-se a
outro homem. Durante séculos, a administração foi praticada empiricamente.Os
conhecimentos em que se baseavam eram assistêmicos e fragmentários. O
aprendizado do trabalho se fazia pela observação pessoal: a mesma tarefa era
executada de modo diferente com os mais variados instrumentos; cada
trabalhador utilizava a sua própria técnica e suas experiências pessoais,
transmitidas de homem a homem, de geração a geração. A partir do século
XIX, e notadamente na primeira década do século atual, pesquisa e
experiência, conduzida com rigor metodológico, provaram ser possível
desenvolver uma ciência capaz de substituir os métodos empíricos na
administração. Frederick. Taylor, em 1911, e Henry Fayol, em 1916,
principalmente, assimilam o início dessa fase. O primeiro criou a administração
científica e o segundo completou-a, construindo uma teoria administrativa que
se constitui no quadro doutrinário mais importante para ulterior
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51
desenvolvimento da ciência. De simples arte, para cujo exercício apenas se
reelegiam capacidades inatas e habilidades pessoais. A administração elevou-
se a categoria de conhecimento científico perfeitamente caracterizados,
servindo por uma teoria própria e inconfundível. Objeto de ensino sistemático
nos currículos universitários, deu origem a uma nova profissão a do
administrador.
Com inserção da extensão rural podemos orientar o aluno a
compreender e aplicar a extensão rural e a promoção do homem rural, os
princípios de sociologia rural, a comunicação para o desenvolvimento rural, a
ação educativa no meio rural, tanto quanto os meios de comunicação e a
cooperação de trabalho em grupo.
CONTEÚDOS Formas de Organização Social;
Princípios da Administração;
Noções da Administração Rural;
Princípios e técnicas da Extensão Rural;
Sustentabilidade econômica e ambiental da propriedade agropecuária.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS Definição e conceitos de administração;
Conceito de organização;
Tipos de organização;
Fatores de produção;
Fundamentos e técnicas de planejamento;
Noções sobre produção e produtividade;
Planejamento, organização, direção, controle, tomada de decisão;
Conceito de custos, receitas e lucro na administração rural;
Custo fixo e variável na administração rural;
Análise de resultados na administração rural;
Relação custo-benefício na administração rural;
Capital de giro na administração rural;
Ponto de equilíbrio na administração rural;
Fluxo de caixa na administração rural;
Definição de contabilidade na administração rural;
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52
Registros contábeis na administração rural;
Livro caixa na administração rural;
Controle de estoques na administração rural;
Estrutura de mercado;
Política governamental de crédito agrícola;
Preço, produtos, praça, promoção, propaganda;
Mecanismos de comercialização;
Conceito de extensão rural;
Organizações sociais;
Cooperativismo;
Sustentabilidade da propriedade agropecuária;
OBJETIVOS GERAIS
- Informar o educando das mudanças significativas que estão ocorrendo na
ordem econômica mundial referente ao setor produtivo
- Dar subsídio ao educando para que ele possa compreender estas mudanças
principalmente no setor agrosilvopastoril.
- Compreender e aplicar as técnicas de dirigir,organizar,controlar, executar e
avaliar o processo administrativo junto com os agricultores, a família rural e
demais comunidades
- Compreender a extensão rural e promoção do homem rural, os princípios de
sociologia rural, a comunicação para o desenvolvimento rural, a ação educativa
no meio rural, a metodologia em extensão rural e os meios de comunicação,
para que o mesmo possa aplicar junto aos agricultores, a família rural e a
comunidade integral.
METODOLÓGIA
Algumas possibilidade de encaminhamento metodológico para essa
disciplina são: a observação, o trabalho de campo, trabalhos em grupos,
seminários, visitas as organizações empresariais, levantamento patrimonial,
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53
projetos individuais e em grupos, fóruns, debates, conversação dirigida entre
outras.
AVALIAÇÃO
O principal critério de avaliação é a formação de conceitos empresariais,
ampliando o conhecimento já adquirido pelo aluno, devendo ser estabelecido
com clareza e participação dos mesmos.
A avaliação será através de produção e interpretação de textos entrega
de relatórios, participação em seminários, exposição de trabalhos; participação
nas atividades propostas; resultados nos projetos e avaliação diagnóstica para
posteriormente objetiva e subjetiva.
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de
cada conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da
aprendizagem por meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos
de aproveitamento a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIAS
BORDENAVE, JUAN DIAS e ADAIR MARTINS PEREIRA. 1977. Estratégias de ensino-aprendizagem. Petrópolis: Vozes
CORDEIRO, Ângela. Gestão de bancos de sementes comunitários. Ed. AS-
PTA: Rio de Janeiro, 1993. 60p.
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DENARDI, Reni Antonio. ABC da economia rural. Ed. AS-PTA: Rio de
Janeiro, 1992. 32p.
ESCÓRCIO, José Roberto. Comercialização de produtos agrícolas. Ed. AS-
PTA: Rio de Janeiro, 1993. 40p.
KELM, Martinho Luiz. Controle financeiro de associações. Ed. AS-PTA: Rio
de Janeiro, 1992. 56p.
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RILEY, Colin M. Clifton. Alternativas para tornar sua fazenda lucrativa. Viçosa: Aprenda Fácil, 2001. 107 p.
AGROINDÚSTRIA
Carga horária total: 80h/a - 67 h
Justificativa da disciplinaConsiderando o crescimento explosivo da população, a grande
concentração populacional nos centros urbanos, longe dos centros de
produção dos alimentos, das extensões territoriais, com grandes diferenças na
capacidade produtiva, as diferenças no adiantamento técnico dos povos, e o
que é mais importante, a grande perecividade dos produtos agropecuários, os
povos necessitam dedicar mais atenção á Ciência e Tecnologia da preservação
dos produtos alimentícios, a fim de que possam sobreviver. Daí a importância
da disciplina, para a formação de técnicos capazes de atuar na sociedade
visando a produção de alimentos saudáveis e melhores em termos nutricionais
e de distribuição uniforme o ano todo.
EMENTA: Importância sócio-econômica; Fundamentos de Higiene para a manipulação
de alimentos; Noções da conservação e armazenamento; Noções de Processamento e
Industrialização; Legislação aplicada a produtos de origem animal e vegetal; serviços de
inspeção Municipal, Estadual e Federal.
CONTEÚDOS: Introdução à agroindústria de alimentos;
Noções de microbiologia de alimentos e doenças veiculadas pelos
alimentos;
Boas práticas de manipulação de alimentos:
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1. Qualidade da água;
2. Controle de pragas;
3. Higiene e comportamento pessoal;
4. Higiene do ambiente, das superfícies, utensílios e equipamentos;
Tecnologia e processamento de produtos de origem vegetal:
1. Obtenção higiênica da matéria-prima;
2. Princípios da conservação de vegetais;
3. Tecnologia do processamento mínimo de hortaliças;
4. Caracterização e processamento plantas condimentares e
aromáticas;
5. Tecnologia e processamento para a desidratação de frutas e
hortaliças;
6. Tecnologia e processamento de frutas e hortaliças apertizadas;
7. Tecnologia e processamento de polpas e néctares;
8. Tecnologia e processamento de geléias e doces em massa;
9. Tecnologia e processamento de frutas saturadas com açúcar;
Tecnologia e processamento de produtos de carnes e derivados:
1. Estrutura dos músculos e tecidos anexos;
2. Caracterização e composição química das carnes;
3. Abate humanitário das espécies domésticas;
4. Transformação do músculo em carne;
5. Cortes cárneos;
6. Rendimento de abate;
7. Refrigeração;
8. Congelamento;
9. Maturação;
10.Cura de carnes;
11.Elaboração de produtos derivados, embutidos e defumados;
Tecnologia do pescado:
1. Características gerais do pescado;
2. Composição química e alterações post mortem;
3. Resfriamento;
4. Congelamento;
5. Noções de processamento de pescado;
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56
Tecnologia de ovos (características e aspectos nutricionais do ovo e
classificação).
Tecnologia de mel:
1. Composição química do mel;
2. Noções de processamento do mel;
3. Análises para detecção de fraudes;
Tecnologia do leite e derivados:
1. Obtenção higiênica da matéria prima;
2. Composição química do leite;
3. Características organolépticas;
4. Microbiologia do leite;
5. Análises do leite;
6. Pasteurização (recepção, controle de qualidade, clarificação e
padronização, homogeneização, envase, armazenamento);
7. Tecnologia e processamento da manteiga;
8. Tecnologia e processamento de queijos;
9. Tecnologia e processamento de iogurte e bebida láctea;
10.Tecnologia e processamento do doce de leite;
Legislação aplicada a produtos de origem animal e vegetal.
MetodologiaAula Expositiva
Utilização de recursos áudio-visuais para facilitar o atendimento
Grupo de estudos
Estudo dirigido
Seminários com temas relevantes ao conteúdo
Visitas técnca
Aulas práticas
AvaliaçãoProva escrita, prova prática, relatório e trabalho de pesquisa.
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de cada
conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da aprendizagem por
meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos de aproveitamento
a maior mensuração obtida.
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57
BIBLIOGRAFIAALVES, Eliseu. A agroindústria e os agricultores, 1988 [631.145, A474a]
ARAÚJO, Ney Bittencourt de. Complexo agroindustrial: o agribusiness
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FARINA, Elizabeth Maria Mercier Querido. Competitividade: mercado, Estado
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FERREIRA, Adriana Vieira. Indicadores de competitividade das exportações agro-industriais brasileiras 1980-1995, 1998 [T-
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Gestão agroindustrial, 1997 [631.145, G393]
Gestão agroindustrial, 2001 [631.145, G393]
Gestão da qualidade no agribusiness: estudos e casos, 2003
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JALFIM, Anete. A agroindústria de aves no Rio Grande do Sul [P-023]
NEVES, Marcos Fava. Gestão de negócios em alimentos, 2002 [631.145,
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NUNES, Eduardo Pereira. Complexo agroindustrial brasileiro:
caracterização e dimensionamento, 2001 [631.145(81), N972c]
PAULILO, Maria Ignez Silveira. Produtor e agroindústria: consensos e
dissensos, 1990 [631.145(816.4), P327p]
Políticas agrícolas e agro-industriais no Brasil, 1993 [631.145(81), P769]
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SILVEIRA, Carla Diniz. Estrutura e desempenho da agroindústria alimentícia no Brasil: evolução e tendências, 1997 [T-631.145:641, S587e]
SORJ, Bernardo. Camponeses e agroindústria: transformação social e
representação política na avicultura brasileira, 1982 [63:301(81), S714c]
Transporte e logística em sistemas agro-industriais, 2001
[631.145:658.78:656, T772]
WILKINSON, John. Estudo da competitividade da industria brasileira: o
complexo agroindustrial, 1996 [631.145(81), W686e]
WILKINSON, John. O estado, a agroindústria e a pequena produção, 1986
[631.116, W686e]
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTECarga horária total: 160 h/a - 133 h
Justificativa da disciplina As diferentes formas de pensar a arte e o ensino são constituídos nas
relações socioculturais, econômicas e politicas do momento histórico em que
se desenvolvem.
Nesse sentido, as diversas teorias sobre a arte estabelecem referência
sobre sua função social, tais como: da arte poder servir à ética, à política, à
religião, à ideologia, ser utilitária ou mágica, transforma-se em mercadoria ou
simplesmente proporciona prazer.
Nessa introdução dos fundamentos teóricos metodológicos, serão
abordados as formas como a arte e compreendida no cotidiano dos
estabelecimentos de ensino e como as pessoas se defrontam com o problema
de conceituá-la.
Tal abordagem se embasará nos campos de estudos da estética, da
história e da filosofia.
Algumas formas de conceituar arte foram incorporadas pelo senso
comum em prejuízo do conhecimento de suas raízes históricas e do tipo da
sociedade (democrática ou autoritárias, por exemplo) e de ser
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humano(essencialmente criador, autônomo ou submisso, simples repetidor ou
esclarecido) que pretendem formar, ou seja, a que concepção de educação
vinculam-se. São elas: arte como mimesis ou representação, arte como
expressão, arte como técnica(formalismo).
Essas formas históricas de interpretar arte especificam propriedades
essenciais comuns a todas as obras de arte.
OBJETIVO GERAL Realizar produções artísticas, individuais e ou coletivas, nas linguagens
da arte(música, artes visuais, dança, teatro, artes audiovisuais) analisando,
refletindo e compreendendo os diferentes processos produtivos, com seus
diferentes instrumentos de ordem material e ideal, como manifestações
socioculturais e históricas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES- Artes Visuais
- Músicas
- Teatro
- Dança
- Artes Visuais
ÁREA - MÚSICA
ELEMENTOS FORMAIS Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
COMPOSIÇÃO Ritmo
Melodia
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Harmonia
Escalas
Modal, Tonal e fusão
Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop ...
Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação
MOVIMENTOS E PERÍODOS Música Popular
Brasileira Paranaense
Popular Indústria
Cultural Engajada
Vanguarda
Ocidental
Oriental
Africana
Latino-americana
ÁREA ARTE VISUAIS
ELEMENTOS FORMAIS Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
COMPOSIÇÃO Bidimensional
Tridimensional
Figura e fundo
Figurativo
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Abstrato
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo
Visual
Simetria
Deformação
Estilização
Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia,
gravura e esculturas, arquitetura, história em quadrinhos...
Gêneros: paisagem, natureza-morta,
Cenas do Cotidiano,
Histórica, Religiosa, da Mitologia...
MOVIMENTOS E PERÍODOSArte Ocidental
Arte Oriental
Arte Africana
Arte Brasileira
Arte Paranaense
Arte Popular
Arte de Vanguarda
Indústria Cultural
Arte Contemporânea
Arte Latino- Americana
ÁREA TEATRO
ELEMENTOS FORMAIS Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
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COMPOSIÇÃO Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio,
Teatro-Fórum
Roteiro
Encenação e leitura dramática
Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico
Dramaturgia
Representação nas mídias
Caracterização
Cenografia, sonoplastia, e iluminação
Direção
Produção
MOVIMENTOS E PERÍODOSTeatro Greco- Romano
Teatro Medieval
Teatro Brasileiro
Teatro Paranaense
Teatro Popular
Indústria Cultural
Teatro Engajado
Teatro Dialético
Teatro Essencial
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro de Vanguarda
Teatro Renascentista
Teatro Latino- Americano
Teatro Realista
Teatro Simbolista
ÁREA DANÇA
ELEMENTOS FORMAIS Movimento Corporal
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Tempo
Espaço
COMPOSIÇÃOKinesfera
Fluxo
Peso
Eixo
Salto e Queda
Giro
Rolamento
Movimentos articulares
Lento, rápido e moderado
Aceleração e desaceleração
Níveis
Deslocamento
Direções
Planos
Improvisação
Coreografia
Gêneros: Espetáculo, industria cultural, étnica, folclórica, populares e salão
MOVIMENTOS E PERÍODOS Pré-história
Greco-Romana
Medieval
Renascimento
Dança Clássica
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Hip Hop
Indústria Cultural
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Dança Moderna
Vanguardas
Dança Contemporânea
METODOLOGIA
Nas aulas de arte é necessário a abordagem dos conteúdos
estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde os
conhecimentos, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os
momentos da prática pedagógica, em todas as séries da educação básica.
Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão
ministradas, como, por que, e o que será trabalhado, tornando-se a escola
como espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na
metodologia do ensino da arte, três momentos da organização pedagógica:
TEORIZAR-fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a
obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar
conceitos artísticos.
TRABALHO ARTÍSTICO: é a prática criativa, os exercícios com os
elementos que compõe uma obra de arte.
O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou
pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas,
espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles.
AVALIAÇÃO
A concepção de avaliação para a disciplina de arte diagnóstica e
processual. È diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as
aulas e avaliar os alunos: é processual por pertencer a todos os momentos da
prática pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação de
aprendizagem, do ensino(desenvolvimento das aulas), bem como a
autoavaliação dos alunos.
De acordo com a LDB(nº 9.394/96 art 24 inciso V) a avaliação é
continua e cumulativa do desempenho do aluno com prevalência dos aspectos
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qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre
os de eventuais provas finais. “Na Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de
Educação(capítulo 4 art. 8º) a avaliação almeja o desenvolvimento formativo e
cultural do aluno e deve levar em consideração a capacidade individual, o
desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas”.
De fato, a avaliação sequer parâmetro para o redimensionamento das
práticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e compartilha a
produção do aluno. Ou seja, a avaliação permite que se saia do lugar comum,
dos gostos pessoais, do modo que se desvincula de uma prática pedagógica
pragmática, caracterizada pela produção de resultado ou a valorização
somente do espontaneísmo. Ao centrar-se no conhecimento, a avaliação gera
critérios que transcendem os limites do gosto e das afinidades pessoais,
direcionando de maneira sistematizada o trabalho pedagógico.
Assim, a avaliação em arte supera o papel do mero instrumento de
medição da apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens
socialmente significativas para o aluno. Ao ser processual e não estabelecer
parâmetros comparativos entre os alunos , discuti dificuldades e progresso de
cada um a partir da própria produção, de sistematização dos conhecimentos
para compreensão mais efetiva da realidade.
O método de avaliação proposto nestas Diretrizes inclui observação e
registro do processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades
percebidos na apropriação dos conhecimentos pelos alunos. O professor deve
avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e como eles se
relacionam com os colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse
processo o aluno também deve elaborar seus registros de forma sistematizada.
As propostas podem ser socializadas em sala, com oportunidades para o aluno
apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas.
È importante ter em vista que os alunos apresentem uma vivência e um
capital cultural próprio, constituído em outros espaços sociais além da escola,
como a família, grupos, associações, religiões e outros. Além disso, tem um
percurso escolar diferenciado de conhecimentos artísticos relativos à música,
às artes visuais, ao teatro e a dança.
O professor deve fazer um levantamento das formas artísticas que os
alunos já conhecem e de suas respectivas habilidades, como tocar um
instrumento musical, dançar, desenhar ou representar. Durante o ano letivo, as
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tendências e habilidades dos alunos para uma ou mais áreas de arte também
devem ser detectadas e reconhecidas pelo professor.
Esse diagnóstico é à base para planejar futuras aulas, pois, ainda que
estejam definidos os conteúdos a serem trabalhados, a forma e a profundidade
de sua abordagem dependem do conhecimento que os alunos trazem consigo.
Essa é outra dimensão da avaliação, a zona de desenvolvimento
proximal, conceito elaborado por Lev Semenovich Vigotsky que trabalha na
questão da apropriação do conhecimento. Vigotsky argumenta que a distância
entre o nível de desenvolvimento real determinado pela capacidade de
resolver um problema sem ajuda, e o nível de desenvolvimento potencial
determinado pela resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou
em colaboração com um outro colega, é denominado de zona de
desenvolvimento proximal.
Portanto, o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado
entre os colegas, e ao mesmo tempo, constitui-se como referência para o
professor propor abordagens diferenciadas.
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo. São
necessários vários instrumentos de verificação tais como:
- trabalhos artísticos individuais ou em grupos;
pesquisas bibliográfica e de campo;
debates em forma de seminários e simpósios;
provas teóricas e práticas;
registros em forma de relatórios, gráficos, audio-visuais e outros.
Por meios desses instrumentos , o professor obterá o diagnóstico
necessário para o planejamento e acompanhamento das aprendizagens
durante o ano letivo visando às seguintes expectativas de aprendizagens:
A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e
sua relação com a sociedade contemporânea ;
A produção de trabalho de arte visando a atuação do sujeito em sua
realidade singular e social;
A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte
nas diversas culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação
e consumo.
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de cada
conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da aprendizagem por
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meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos de aproveitamento
a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIAS:
KOSIK, Karel. Dialética do Concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba,
2008.
LDP: Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIACarga horária total: 240 h/a - 200 h
JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
Ao longo da história da humanidade muitos foram os conceitos
elaborados sobre o fenômeno vida (objeto de estudo da Biologia), numa
tentativa de explicá-lo e ao mesmo tempo, compreendê-lo. A preocupação
com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais levou o homem à
diferentes concepções de vida, de mundo e de seu papel enquanto parte deste
mundo. Essa preocupação humana representa a necessidade de garantir sua
sobrevivência. Para compreender os pensamentos que contribuíram na
construção das diferentes concepções sobre o fenômeno vida e suas
implicações para o ensino, buscou-se na história da ciência os contextos
históricos que impulsionaram mudanças conceituais no modo de como o
homem passou a contemplar a natureza.
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A biologia como parte do processo de construção científica deve ser
entendida como o processo de produção do próprio desenvolvimento humano
(Andery 1988) e compreendida assim, é mais uma forma de conhecimento
produzido pelo desenvolvimento do homem e determinada pelas necessidades
materiais deste em cada momento histórico. Promovendo intensificações nos
avanços da sociedade, não se pode considerar que a Ciência somente
acumule teorias, fatos, noções científicas aceitas na prática do cientista, mas
que cria modelos paradigmáticos que nasce da utilidade da Ciência em
resposta às necessidades da sociedade. Entende-se assim que a biologia
contribui para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e atuantes, por meio de
conteúdos, desde que os mesmos proporcionem o entendimento do objeto do
estudo – o fenômeno da vida – em toda sua complexidade de relações.
No ensino, o que se tem que discutir é o papel da rigorosidade metódica
para o avanço da Ciência e as implicações deste avanço, perspectivando as
consequências para a vida humana, para a saúde do homem, para os impactos
ambientais. Faz-se necessária atenção aos aspectos éticos da experimentação
animal e as legislações, bem como a definição de uma ética da ciência através
de uma profunda reflexão sobre o ”saber-querer” do homem. Essa ética da
ciência tem significativa importância especialmente nesse momento histórico
em que o homem já é capaz de manipular seu patrimônio genético, pode
condicionar suas bases biológicas através de tratamentos químicos, alterando
a concepção do fenômeno vida.
A Biologia, sendo uma ciência da vida, uma realidade em construção, é
dinâmica e pode ser concebida como processo de recriação de uma nova
realidade em construção, a luta do homem para controlar e dominar as forças
da natureza, superando a fome, o frio, a doença, etc. portanto a Ciência
Biologia não representa uma acumulação de conhecimentos definidos, uma
realidade pronta e acabada, mas um processo em constante questionamento
da realidade. Ela deve ser ensinada, buscando a funcionalidade dos
conhecimentos científicos lembrando sempre que o rápido progresso das
ciências biológicas e o desenvolvimento tecnológico dos últimos anos
resultaram da aplicação conscienciosa ou inconscienciosa do método científico.
OBJETIVOS GERAIS
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1- Desenvolver suporte pedagógico no ato de aprender através da
metodologia do Ensino de Biologia numa visão integrada e holística.
2- Despertar maior interesse pessoal do aluno pela disciplina de Biologia
por meio de descoberta, do ensino socializado, das atividades práticas
da convivência em equipe e dos trabalhos em parceria com o professor.
3- Desenvolver um ensino que forneça subsídios aos alunos para que
saibam investigar, refletir, argumentar, raciocinar, propor suas ideias
com fundamentação e criatividade.
4- Contribuir na formação de cidadãos cujos valores não sejam apenas
individuais, mas também valores integrativos, como a cooperação, a
parceria, a solidariedade, o respeito às diferentes formas de vida, que
permitam às gerações futuras se desenvolver com qualidade ambiental.
5- Superar propostas pedagógicas com ênfase na memorização e na
simples produção do conhecimento, para formação do aluno crítico e
criativo que sabe fundamentar-se em conhecimento contribuindo com
uma sociedade ética, mais equitativa e humana.
6- Desenvolver metodologia para trazer o conhecimento da conservação
ambiental e aquisição de atitudes compromissadas com o desempenho
profissional.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:- Organização dos Seres Vivos;
Mecanismos Biológicos;
Biodiversidade;
Manipulação Genética.
CONTEÚDOS BÁSICOS: Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.
Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
Teorias evolutivas.
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70
Transmissão das características hereditárias.
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e
interdependência com o ambiente.
Organismos geneticamente modificados.
METODOLÓGIA
Como proposta metodológica para o ensino da Biologia, propõe a
utilização de debates em sala de aula, para criar oportunidade de reflexão
contribuindo para a formação de um sujeito crítico, reflexivo e atuante, que
busque conhecer e compreender a realidade. É importante considerar a
necessidade de conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as ideias
primeiras do aluno, como elementos que também podem constituir obstáculos
à aprendizagem dos conceitos científicos que levam a compreensão do
conceito de vida.
O ensino dos conteúdos específicos de Biologia apontam para as
seguintes estratégias metodológicas de ensino:
1 – Prática social: caracteriza-se por ser o ponto de partida onde o objetivo é
perceber e denotar, dar significação às concepções alternativas do aluno a
partir de uma visão sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do
conteúdo a ser trabalhado.
2 – Problematização: é o momento para detectar e apontar as questões que
precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em consequência,
estabelece que conhecimentos são necessários para a resolução destas
questões, e as exigências sociais de aplicação desse conhecimento.
3 – Instrumentalização: consiste em apresentar os conteúdos sistematizados
para que os alunos assimilem e os transformem em instrumentos de
construção pessoal e profissional. Neste
contexto, que os alunos apropriem-se das ferramentas culturais necessárias à
luta social para superarem a condição de exploração em que vivem.
4 – Catarse: é a fase de aproximação entre o que o aluno adquiriu de
conhecimento e o problema em questão. A partir da apropriação dos
instrumentos culturais, transformados em elementos ativos de transformação
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social, e assim sendo, o aluno passa ao entendimento e elaboração de novas
estruturas de conhecimento, ou seja, passa da ação para a conscientização.
5 – Retorno à prática social: caracteriza-se pelo retorno à prática social, como
saber concreto e pensado para atuar e transformar as relações de produção
que impedem a construção de uma sociedade mais igualitária. A situação de
compreensão são sincrética apresentada pelo aluno no início do processo,
passa de um estágio de menos compreensão do conhecimento científico à uma
fase de maior clareza e compreensão, explicitada numa visão sintética. Neste
contexto, o processo educacional põe-se a serviço da referida transformação
das relações de produção.
A utilização de uma metodologia adequada à disciplina permite uma
diminuição fragmentada do saber e uma visão mais integrada como uma nova
maneira de compreender e respeitar a vida em todas as formas, visando o
despertar de uma consciência ecológica profunda, fundamentada nos valores
de desenvolvimento humano integral, de cooperação, solidariedade e
sustentabilidade, permitindo o desenvolvimento harmônico da vida sobre a
Terra.
AVALIAÇÃO
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem
dos conteúdos científicos escolares, e de acordo com a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação nº 9394/96, deve ser contínua e cumulativa em relação ao
desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos.
A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois
pode propiciar um momento de interação e construção de significados no qual
o estudante aprende. Para que tal ação torne-se significativa, o professor
precisa refletir e planejar sobre os procedimentos a serem utilizados e superar
o modelo consolidado da avaliação tão somente classificatória e excludente.
Será preciso respeitar o estudante como um ser humano inserido. No
contexto das relações que permeiam a construção do conhecimento científico
escolar. Desse modo, a considerar o modelo ensino-aprendizagem proposto, a
avaliação deverá valorizar os conhecimentos alternativos do estudante,
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construídos no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes
estratégias que envolvam recursos pedagógicos e instrucionais diversos. É
fundamental que se valorize, também, o que se chama de “erro”. De modo a
retomar a compreensão do estudante por meio de diversos instrumentos de
ensino e de avaliação.
Na aprendizagem significativa, o conteúdo específico ensinado passar a
ter significado real para o estudante e, por isso, interage “com idéias relevantes
existentes na estrutura cognitiva do indivíduo” (MOREIRA, 1999, p.56).
A investigação da aprendizagem significativa pelo professor pode ser por
meio de problematização envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou
contextuais, ou mesmo a partir da utilização de jogos educativos, entre outras
possibilidades, como o uso de recursos instrucionais que representem como o
estudante tem solucionado o problema proposto e as relações estabelecidas
diante dessas problematizações.
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de
cada conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da
aprendizagem por meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos
de aproveitamento a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIAS
ANDERY, M.A.;MICHELETTO, N.; SERIO, T.M.P. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 14. ed. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo;
São Paulo: EDUC, 2004.
CARVALHO, Humberto Fundamentos de Genética e Evolução. Livros
Técnicos e Científicos. Editora S.A., Belo Horizonte Universidade Federal de
Minas Gerais, 1982.
DEMO, Pedro. Introdução à Metodologia da Ciência. São Paulo. Atlas S.A,
1985.
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73
KRASILCHIK, Myriam. O professor e o currículo de ciências. Pedagógica
Universitária. São Paulo, 1987.
MOREIRA, M.A. Aprendizagem significativa.. Brasília: UnB, 1999.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica- Biologia. Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEB,
2008.
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. São Paulo, Cortez, 1983.
WALLACE, Bruce. Biologia Social. Editora da Universidade de São Paulo,
1978.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICACarga horária total: 240 h/a - 200 h
JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
A Educação física no Brasil teve seus primeiros registros embasados em
teorias européias, centrado em conhecimentos médicos e militares cujo
principal objetivo era o desenvolvimento da saúde e formação moral dos
brasileiros, visando aprimorar capacidades e habilidades físicas, da disciplina e
do respeito aos dominantes da pátria. Somava-se ainda a estes conceitos
ideais para a formação de corpos fortes e preparados para defender o Brasil.
Assim no início do século XX, a Educação Física tornou-se obrigatória
nas escolas para crianças a partir de 6 anos de idade, com utilização de
métodos militaristas e ginástico Frances.
Com a popularização do esporte na década de XXX a Educação Física
passou a trabalhar este conteúdo com o objetivo de promover a política
nacionalista. Nas aulas de Educação Física pautava exclusivamente o
rendimento, a competição, comparação de recordes, disciplina rígida e o uso
de técnicas especificas, almejando formar atletas, consolidando o país como
uma potencia olímpica.
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Neste mesmo período em que a Educação Física escolar teve caráter
esportivo surgia uma forte corrente pedagógica como psicomotricidade que
tinha em seus aspectos teóricos metodológicos contrários ao da esportivização,
valorizando a formação integral do aluno. Mesmo assim o esporte continuou a
ser tratado como meio de educação e disciplina dos corpos e a Educação
Física ainda assumiu um papel como disciplina colaboradora a outras
disciplinas.
Somente com o fim do período da ditadura militar a Educação Física assumiu
uma nova roupagem embasadas em correntes progressistas como a
Desenvolvimentista e Construtivista e mais tarde embasadas em tendências
Crítico-superadora. A tendência Crítico-superadora baseia-se na pedagogia da
cultura corporal.
No início da década de 90 teve início a elaboração do Currículo Básico
do Estado do Paraná, documento voltado para as demandas sociais e
históricas da educação brasileira, preocupado com a formação de alunos
críticos e transformadores. Inseria-se então ideais pautados na pedagogia
histórico-crítica, onde o aluno tomasse consciência sobre seus próprios corpos
em relação ao meio social em que vivem e não em um sentido biológico ou
anatômico. Contudo o documento do currículo básico permaneceu privilegiando
aspectos desenvolvimentista, construtivista e psicomotora, fugindo totalmente
dos pressupostos da pedagogia histórico-crítica.
Mesmo com todos estes documentos que priorizavam mudanças na
Educação Física escolar, esta ainda se manteve em seus aspectos tradicionais
visando aptidões físicas, aspectos psicomotores e prática esportiva.
Com a apresentação dos Parâmetros Curriculares Nacionais de
Educação Física, documento que passou a subsidiar a disciplina logo após a
aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 1996.
Contudo os Parâmetros apresentavam em seu referencial um currículo mínimo,
além de conter elementos da pedagogia construtivista e na relação de saúde e
aptidão física, representando propostas incoerentes. Atualmente, com a
elaboração das Diretrizes Curriculares da Educação Física no Estado do
Paraná busca-se garantir ao aluno o conhecimento produzido historicamente,
tendo na cultura corporal acesso ao conhecimento crítico das inúmeras práticas
corporais sendo elas históricas, políticas, sociais e culturais.
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OBJETIVO GERAL
Conduzir o aluno a reflexão crítica das diversas manifestações e práticas
corporais, contribuindo para a formação de um ser humano crítico e reflexivo,
agente transformador histórico, político, social e cultura.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esportes
Jogos e Brincadeiras
Recreação
Dança
Qualidade de Vida
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Esportes:
- Coletivo Futebol, Voleibol, Basquetebol, Futsal, Handebol.
- Individual: Aletismo, Tênis de mesa, Badminton
- Radicais: skate, treking.
Jogos e Brincadeiras
- Jogos Dramáticos: Mimicas, improvisação e imitação.
- Jogos de Tabuleiro: xadrez, mada, trilha.
- Jogos cooperativos: voleibol gigante, queimada cooperativa, futebol em dupla,
- jogo dos sete passes.
- Organização de festivais e gincanas
Ginástica
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- Condicionamento Físico: Alongamentos, ginástica aeróbica e localizada.
- Geral: execução de movimentos gimnicos (rolamento, estrel a, ponte)
Lutas
- Capoeira: Origem da capoeira, jogos de condução de movimentos de ginga esquiva e golpes.
- Organização da roda de capoeira
Dança
- Folclóricas, salão e de rua
METODOLÓGIA
Embasado na cultura Corporal onde o conhecimento é transmitido e
discutido com o aluno, numa relação com as práxis, levando em consideração
a cultura local e conhecimento que o aluno traz da sua realidade.
AVALIAÇÃO
A avaliação vista como um processo contínuo, permanente e cumulativo,
deve estar em total sintonia com o Projeto Político Pedagógico da escola,
vinculados com os objetivos e metodologia.
Deve ser dada prioridade ao comprometimento e envolvimento do aluno
à atividade proposta, se houve assimilação dos conteúdos, se consegue
resolver problemas de forma criativa, respeitando a si mesmo e aos seus
colegas. As provas e trabalhos escritos são utilizados como avaliação dentro
de uma ação pedagógica.
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de
cada conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da
aprendizagem por meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos
de aproveitamento a maior mensuração obtida.
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REFERÊNCIAS:
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São
Paulo: Cortez, 1992.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed., São Paulo:
Cortez, 1995.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Educação Física. Curitiba: SEED, 2008.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIACarga horária total: 240 h/a - 200 h
JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
As Diretrizes Curriculares de Filosofia concebem a Filosofia enquanto
espaço de análise e criação de conceitos.
A Filosofia no Ensino Médio visa fornecer aos estudantes a
possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas
múltiplas particularidades e especializações. Segundo as Diretrizes
Curriculares de Filosofia o estudante precisa de um saber que opere por
questionamentos, conceitos e categorias e que busque articular o
espaçotemporal e sócio-histórico em que se dá o pensamento e a experiência
humana.
Como disciplina na matriz curricular do Ensino Médio, considera-se que a
Filosofia pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a
compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e
da arte.
Na atual polêmica mundial acerca dos possíveis sentidos dos valores
éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a
ocupar e muito a contribuir. Seus esforços dizem respeito, basicamente, aos
problemas e conceitos criados no decorrer de sua longa história, os quais por
sua vez geram discussões promissoras e criativas que desencadeiam, muitas
vezes, ações e transformações. Por isso, permanecem atuais.
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Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação pluridimensional e
democrática, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de
compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas
particularidades e especializações. Ao deparar-se com os problemas e por
meio da leitura dos textos filosóficos, espera-se que o estudante possa pensar,
discutir, argumentar e, que, nesse processo, crie e recrie para si os conceitos
filosóficos, ciente de que não há conceito simples.
Segundo Deleuze e Guattari (1992), todo conceito tem componentes e
se define por eles. Não há conceito de um só componente e não há conceito
que disponha de todos os componentes no momento de sua erupção. Todo
conceito é ao menos duplo ou triplo e remete a um problema ou a problemas
sem os quais não teria sentido, e que só podem ser isolados ou compreendidos
na medida de sua solução.
Conforme esses autores, todo conceito tem uma história, embora a
história se desdobre em ziguezague, embora cruze com outros problemas ou
com outros planos. Os conceitos jamais são criados do nada. Em cada um
deles há, no mais das vezes, pedaços ou componentes vindos de outros que
respondiam a outros problemas e supunham outros planos em momentos
históricos diversos. Cada conceito opera um novo corte, assume novos
contornos, deve ser reativado ou recortado. É o devir do conceito.
Em suma, a natureza do conceito ou o conceito de conceito “define-se
pela inseparabilidade de um número finito de componentes heterogêneos
percorridos por um ponto de sobrevoo absoluto, à velocidade infinita”
(DELEUZE; GUATTARI, 1992, p. 33).
Não há nenhuma razão para que os conceitos se sigam, eternizem-se.
Nesse sentido, “um filósofo não para de remanejar seus conceitos, e mesmo de
mudá- los” (DELEUZE, GUATTARI, 1992, p. 34). A cada momento, ele está
preocupado com questões distintas e problemas específicos. O conceito criado
a partir dessas circunstâncias se identifica às particularidades de cada situação
filosófica e pode, assim, reorganizar seus componentes ou criar novos.
Assim, o ensino de filosofia como criação de conceitos deve abrir espaço
para que o estudante possa planejar um sobrevoo sobre todo o vivido, a fim de
que consiga à sua maneira também, cortar, recortar a realidade e criar
conceitos.
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O ensino de Filosofia tem uma especificidade que se concretiza na
relação do estudante com os problemas, na busca de soluções nos textos
filosóficos por meio da investigação, no trabalho direcionado à criação de
conceitos.
OBJETIVOS GERAIS
- Desenvolver a capacidade de pensar, discutir, argumentar e, que, nesse
processo, crie e recrie para si os conceitos filosóficos;
- Construir sentido para o mundo;
- Compreender criticamente o contexto social e histórico de que são frutos;
- Contribuir para a transformação da realidade social, econômica e política de
seu tempo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
-Mito e Filosofia-Teoria do Conhecimento-Ética-Filosofia Política-Filosofia da Ciência-Estética
Tais conteúdos estruturantes estimulam o trabalho da mediação
intelectual, o pensar, a busca da profundidade dos conceitos e das suas
relações históricas, em oposição ao caráter imediatista que assedia e permeia
a experiência do conhecimento e as ações dela resultantes.
METODOLÓGIA
O conteúdo de filosofia, se inicia pela mobilização para o conhecimento,
que pode ser através de exibição de filmes ou de uma imagem, da leitura de
um texto jornalístico, enfim inúmeras possibilidades capazes de instigar e
motivar possíveis relações entre o cotidiano dos estudantes e o conteúdo
filosófico a ser desenvolvido. A seguir inicia-se a problematização que ocorre
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80
quando professores e estudantes levantam questões, identificam problemas e
investigam o conteúdo.
É imprescindível que o ensino de filosofia seja permeado por atividades
investigativas individuais e coletivas que organizem e orientem o debate
filosófico, dando-lhe um caráter dinâmico e participativo.
Ao articular vários elementos, o ensino de filosofia pressupõe um
planejamento que inclua leitura, debate produção de texto, entre outras
estratégias, a fim de que a investigação seja fundamento do processo de
criação de conceitos.
AVALIAÇÃO
Conforme a LDB n. 9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser
concebida na sua função diagnóstica e processual, isto é, tem o objetivo de
subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensino-
aprendizagem. Apesar de sua inequívoca importância individual, no ensino de
Filosofia, avaliação não se resumiria a perceber o quanto o estudante assimilou
do conteúdo presente na história da Filosofia, ou nos problemas filosóficos,
nem a examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema.
Para Kohan e Waksman (2002), o ensino de Filosofia tem uma
especificidade que deve ser levada em conta no processo de avaliação. A
Filosofia como prática, como discussão com o outro e como construção de
conceitos encontra seu sentido na experiência de pensamento filosófico.
Entendemos por experiência esse acontecimento inusitado que o educador
pode propiciar e preparar, porém não determinar e, menos ainda, avaliar ou
medir. O ensino de Filosofia é, acima de tudo, um grande desafio, pois, [...] a
atividade filosófica do mestre consiste em gerar ou dar poder ao outro: isto quer
dizer também fazê-lo responsável. Nisto reside à fecundidade, a atividade de
“produzir” a capacidade de pensar, dizer e agir de outro, que implica a
realização de pensamentos, palavras, ações diferentes das do mestre, que
lhe escapam ao querer e ao “controle” [...] Querer que o outro pense, diga e
faça o que queira, isto não é um querer fácil (LANGON, 2003, p. 94).
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81
É importante salientar que o docente deve ter respeito pelas posições do
estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a
capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições.
O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a
capacidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios e
interesses subjacentes aos temas e discursos.
Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante de
trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:
• qual discurso tinha antes;
• qual conceito trabalhou;
• qual discurso tem após;
• qual conceito trabalhou.
A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento,
por meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que
pensa após o estudo. Com isso, torna-se possível entender a avaliação como
um processo.
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de
cada conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da
aprendizagem por meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos
de aproveitamento a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIAS
ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da Filosofia no Ensino Médio como experiência filosófica. Cadernos CEDES. Campinas. n. 64, 2004.
BRASIL. Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia. Orientações curriculares do ensino médio. [S.n.t.].
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KOHAN; WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de filosofia no Brasil. In: FÁVERO, A; KOHAN, W.O.; RAUBER, J.J. Um olhar sobre o ensino de filosofia. Ijuí: Ed. da UNUJUÍ, 2002.
LANGON, M. Filosofia do ensino de filosofia. In: GALLO, S.; CORNELLI, G.; DANELON, M. (Org.) Filosofia do ensino de filosofia. Petrópolis: Vozes,
2003.PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Filosofia. Curitiba: SEED, 2007. (Livro didático público)
PARANÁ, Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas. Textos SEAF, Curitiba, V. 2, n.3, 1981.
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SEVERINO. A J. O ensino de filosofia: entre a estrutura e o evento. In: GALLO; S., DANELON; M., CORNELLI, G., (Orgs.). Ensino de filosofia: teoria e prática. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004. TEXTOS SEAF (Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas - Regional do Paraná). Curitiba, ano 2, número 3, 1981. VASCONCELLOS, C. do S. A construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo: Libertad, 2000. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Filosofia. Curitiba: SEED, 2008.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICACarga horária total: 240 h/a - 200 h
JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
A Física tem como objeto de estudo o Universo e toda sua
complexidade, por isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o
estudo da natureza, entendida como na realidade material sensível..
Diversas sociedades em diferentes épocas sempre procuram
compreender a criação do mundo, muitas das respostas encontradas pautam-
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se não na Ciência, mas na natureza, e na religião, e integram a herança
cultural das civilizações.
Compreender a origem do mundo e a de si mesmo é uma necessidade
que acompanha o homem há milênios.
Desde os tempos remotos, provavelmente no período paleolítico, a
humanidade observa a natureza, na tentativa de resolver problema de ordem
prática e de garantir subsistência. Porém, bem mais tarde é que surgiram as as
primeiras sistematizações, com o interesse dos gregos em explicar as
variações cíclicas observadas nos céus.
Esses registros deram origem à astronomia, talvez, a mais antiga das
ciências, com ela, o início do estudo do movimento.
Entretanto, a pesar dos estudos e contribuições dos mais diversos
povos, como os árabes e os chineses, entre outros, as pesquisas sobre a
História da Física demonstram que, até o período do Renascimento, a maior
parte da Ciência conhecida pode ser resumida à Geometria Euclidiana, à
Astronomia de Ptolomeu e a Física de Aristóteles.
As explicações a respeito do Universo mudam, em cada época, de
acordo com que se conhece sobre ele. As afirmações de Aristóteles acerca do
movimento. Fundamental para a discussão de Aristóteles era o princípio de que
todos os objetos que encontramos na Terra são compostos de “quatro
elementos”: ar, terra, fogo e água. Estes são os “elementos” a que nos
referimos na linguagem corrente quando dizemos que alguém, salvo de uma
tempestade, “desafiou os elementos”. Queremos dizer que esta pessoa sofreu
uma tempestade de ventos, poeira, de chuva, etc., e não que se tenha debatido
em um tornado de hidrogênio puro o flúor. Aristóteles observou que alguns
corpos surgiam na Terra para serem leves e outros para serem pesados.
Atribuiu a propriedade de ser leve ou pesado à proporção de vários elementos
presentes em cada corpo _ a terra é “naturalmente” pesada, o fogo
naturalmente leve e o ar e a água intermédios entre essas dois extremos. Qual
é, perguntou ele, o movimento “natural” deste ou daquele objeto?
E respondeu que se o objeto for pesado, o seu movimento natura será para
baixo, ao passo que, se é leve, o seu movimento natural será para cima.
Assim estudando o movimento dos corpos terrestres Aristóteles deduziu
qualitativamente que “existem coisas pesadas”, como os sólidos e os líquidos
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que caem em direção ao centro da Terra; e outras coisas “leves”, como o ar e o
fogo; que afastam do Centro da Terra. (MARTINÊS, 1997, P.76)
Esses movimentos contribuíam para a formação de uma matéria pesada
no centro do Universo e […] com essa matéria pressionada por todos os lados,
para esse ponto central, que fica parada e que não cai para nenhum lado, pois
é igualmente empurrada por todos os lados em direção ao centro. Daí a
explicação porque a Terra não cai. (MARTINS, 1997, P, 76).
Segundo Aristóteles, os corpos celestes não são constituídos pelos
mesmos quatro elementos que constituem os corpos terrestres, mas por um
“quinto elemento” ou “éter”. O movimento natural de um corpo composto de
éter é circular. Assim, o movimento circular que se observa nos corpos celestes
é o seu movimento natural, pois um círculo tem início e fim. Como se move
circularmente e não está em espaço algum, já que nada o contém. Por isso a
Física aristotélica não era possível conceber a inércia tal qual a conhecemos
hoje. O movimento retilíneo e uniforme indefinidamente não era admissível
universo que era fechado e finito, uma vez que não tem início nem fim. A
cosmologia de Ptolomeu, por muito tempo acreditação que a Terra fosse o
centro de tudo e que todos os astros girassem ao seu redor. Era o que os
astrônomos chamam de sistema geocêntrico. A ideia de que a Terra não era o
cento do Universo ganhou força a partir do século XVI. Com os estudos
realizados por Nicolau Copérnico, o sistema heliocêntrico trinfou sobre o
geocêntrico.
O trabalho do cientista polonês no século XVI, pôs os planetas na órbita
do Sol, e desafiou a crença que a Terra era imóvel e o centro do Universo.
Galileu buscava descrever um fenômeno partindo de uma situação
particular, propôs que o peso dos corpos não influencia sobre a sua queda, o
que contrariou a física dos lugares naturais de Aristóteles.
René Descartes contemporâneo de Galileu, também imaginava uma
ciência que desse conta dos mundos supralunar e sublunar. Em outras
palavras, o Universo não era separável.
Galileu publicou a sua obra “diálogo sobre os dois principais sistemas do
mundo ptolomaico e copernicano”, na qual defendia o sistema heliocêntrico de
Copérnico, embora sem considerar as leis, formuladas depois por Kepler, sobre
o movimento da Terra em torno do Sol. Essas leis foram levadas em conta por
Newton, que estabeleceu uma unificação no modo como a Física analisa os
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85
[…] fenômenos terrestres e celestes, resolvendo assim na sua essência a crise
na Ciência introduzida pela Revolução Copernicana. É um passo gigantesco,
restaurador da credibilidade da Ciência e essencial para o surgimento do
Iluminismo (CARUSO& ARAUJO. 1988, p.10).
Apesar dos fatos e de sua ousadia, não foi possível a Galileu e seus
contemporâneos, romperem totalmente com o pensamento da época, No
entanto, o palco estava pronto para que Isaac Newton completasse o que
Galileu, Descartes e outros, não conseguira realizar, isto é, encontrar as leis
que submeteriam céu e a Terra à mesma descrição matemática. È isso que a
Gravitação de Newton consegue: a primeira grande unificação da Física,
submetendo céu e terra a mesma lei.
O Iluminismo herdou de Descartes, de Newton e de outras, ideias
racionalistas e mecanicistas e, embora a presença divina e a alquimia fossem
ainda fortes na obra de Newton, os iluministas concentram-se na matemática e
na experimentação, pois desejam uma sociedade pautada na razão.
Os franceses estiveram entre os grandes disseminadores da obra de Newton e
se preocupavam em eliminar o empirismo e a ideia metafísica como o papel da
ação divina na teoria da gravitação, o que deu origem a Física Matemática.
Mesmo a Termodinâmica, de início desenvolveu empiricamente, passaria a ter
um tratamento quantificado com os franceses nos moldes do Principia.
Nos meados no século XVIII na Inglaterra, o contexto social e econômico
favorecia o avanço do conhecimento físico, pois a incorporação das máquinas
a vapor trouxe mudança no modo de produzir bens e contribuir para grandes
transformações sociais e tecnológicas bem como no desenvolvimento da
Termodinâmica,
Mas a incorporação das máquinas à indústria uniu técnicas e cientistas
na busca pela compreensão da ciência do calor que passou a ser entendido
como forma de energia relacionada ao movimento, o que possibilitou os
estabelecimentos das leis da Termodinâmica.
Em 1842, Mayer concluiu que calor e trabalho são manifestações de energia e
elaborou uma síntese na qual afirmava que a energia criada […] não pode ser
destruída, aniquilada; pode tão somente mudar de forma. Ao abranger trocas
de trabalho e calor, a energia mostrou-se uma quantidade que se conserva em
todos os processos, constituindo outro grande invariante, ao lado das
quantidades de movimento, outra grande unificação da física (meneses, 2005,
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P.29) o conhecimento físico tornou-se, então, um importante aliado para o
avanço da sociedade capitalista. Até meados do século XIX, todos os
problemas, aparentemente, poderiam ser resolvidos pela FŚICA Newtoniana,
pelas leias da Termodinâmica e pelas equações de Maxwell. Entretanto faltaria
algo para comprovar a existência do éter, supunha-se que através dessa
substância que as ondas eletromagnéticas se propagavam.
Esse meio considerado por René Descartes, foi retomado no século
XIX, pois a intenção era manter a imagem de um Universo mecânico criado
pelo homem no século XVI.
Uma nova revolução no campo de pesquisa da Física marcou o início do
século XX. Einstein apresentou em 1905, a teoria da relatividade especial ao
perceber que as equações de Maxwell não obedeciam à regras de mudança de
referencial da teoria Newtoniana.Einstein alterou os fundamentos da mecânica
e apresentou uma nova visão do espaço e do tempo sem o éter.
Os trabalhos dos dois cientistas que fugiram dos governos autoritários
fascistas no período de Guerra, levaram muitos cientistas a se transferirem
para outros países onde tinha liberdade para desenvolver suas pesquisas,
cujos trabalhos abriram caminho para desenvolvimento da Física no mundo.
No Brasil foi criado em 1934 o curso de Sciências Physicas, para formar
bacharéis e licenciados em Física, permitindo que a Física, como campo de
pesquisa e criação de novos conhecimentos, começasse a se desenvolver no
país.
Os novos fatos científicos do século XX obrigaram os físicos a se
refletirem sobre o próprio conceito de ciência, sobre os critérios de verdade e
validade dos modelos científicos entretanto, o mesmo não ocorreu com o
ensino de Física no Brasil, que não sofreu grandes alterações até meados da
década de 1940.
OBJETIVOS GERAIS
- Contribuir para integração do aluno na sociedade em que vive,
proporcionando lhe conhecimentos significativos de teoria e prática da Física,
indispensáveis ao serviço da cidadania;
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- Desenvolver no aluno competências e habilidades que lhe possibilitem
competir no mercado de trabalho, bem como adaptar com mais facilidade à
novas profissões.
- Possibilitar ao aluno o reconhecimento das inter-relações entre vários campos
da Física, e desta com outras áreas do conhecimento;
- Proporcionar ao aluno conhecimentos básicos que lhe permitem prosseguir
seus estudos no ensino superior;
- Transmitir conhecimentos; possibilitar a formação crítica, valorizar a
abordagem dos conteúdos específicos até suas implicações históricas;
- Fazer com que o aluno consiga desenvolver suas próprias potencialidades e
habilidades para exercer seu papel na sociedade, compreender as etapas do
método científico e estabelecer um diálogo com temas do cotidiano que se
articulam com outras áreas do conhecimento.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Movimento
- Termodinâmica
- Eletromagnetismo
CONTEÚDOS BÁSICOS
Momentum e inércia
Conservação de quantidade de movimento (momentum) – Variação da
quantidade de movimento e impulso – 2ª Lei de Newton – 3ª Lei de Newton e
condições de equilíbrio.
Energia e o Princípio da conservação da energia.
Gravitação Universal.
Leis da Termodinâmica:
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Lei zero da Termodinâmica
1ª Lei da Termodinâmica
2ª Lei da Termodinâmica.
Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas.
Força Eletromagnética.
Equações de Maxwell:
Lei de Gauss para eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de Ampère, Lei de Gauss
magnética, Lei de Faraday.
A natureza da luz e suas propriedades.
METODOLÓGIA
É importante que o processo pedagógico, na disciplina de Física, parta
do conhecimento prévio do estudante, no qual se incluem as concepções
alternativas ou concepções espontâneas. O estudante desenvolve suas
concepções espontâneas sobre os fenômenos físicos no dia a dia, na interação
com os diversos objetos no seu espaço de convivência e as traz para a escola
quando inicia seu processo de aprendizagem.
A escola é por excelência, o lugar onde se lida com esse conhecimento
científico, historicamente produzido. Porém, uma sala de aula é composta de
pessoas com diferentes costumes, tradições, preconceitos e ideias que
dependem de sua origem cultural e social e esse ponto de partida deve ser
considerado.
Por isso, o conhecimento deve-se processar contra um conhecimento
anterior. Na realidade toda a aquisição de conhecimento deve suprir um
conhecimento pré-existente, que pode funcionar como obstáculo à aquisição do
novo saber. A cristalização da verdade revela-se como impedimentos ao
avanço do saber, (pois) a crença em uma verdade definitiva não é uma
vantagem para o avanço da ciência, porque se torna um grave entrave, por
impedir o aparecimento de ideias e conceitos que neguem o saber
estabelecido. O tratamento dado pelo professor, ao conhecimento existente e
prévio dos estudantes deve ser bastante relativizado, para permitir a aquisição
dos novos. O professor deve, na realidade, trabalhar a formação de seus
alunos de tal modo que os leve a perceberem que não há um conhecimento
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89
definitivo e que o saber que eles trazem não se constitui numa verdade pronta
e acabada, mas que pode funcionar como uma barreira a formulações de
novos saberes. (CARVALHO FILHO, 2006,P.12)
No trabalho com os conteúdos de ensino, seja qual for a metodologia
escolhida, é importante que o professor considere o que os estudantes
conhecem a respeito do tema para que ocorra uma aprendizagem significativa.
Como poderiam os estudantes formular questões sobre algo que não
conhecem? Ou ainda, como eles podem explicar questões que os inquietam,
mas não sabem como perguntar?
Nesses casos, torna-se imprescindível que o professor cumpra a função
de uma espécie de “informante científico”.
O papel dos livros didáticos no ensino de Física é indispensável para a
formação profissional, a preparação para o vestibular, a compreensão e
interpretação do mundo pelos sujeitos.
No entanto, neles, a ênfase recai nos aspectos quantitativos em prejuízo
dos conceitos, privilegiando a resolução de “problemas de física” que se
traduzem em aplicações de fórmulas matemáticas e contribuem para
consolidar uma metodologia de ensino centrada na resolução de exercícios
matemáticos. Isso porque esses livros, salvo raras exceções, reproduzem os
livros utilizados nos cursos de graduação, responsáveis pela formação inicial
da maioria dos docentes de Física.
O livro, bem como outros materiais didáticos, deve ser visto como um
auxiliar do professor, utilizado com o intuito de dar significado ao que se
ensina, mostrando situações que fazem parte da vivência do aluno e, assim,
facilitar a compreensão do que se está aprendendo.
Por isso, nessas diretrizes, defende-se a pesquisa como parte integrante
do processo educativo, acreditando que apenas com o conhecimento advindo
dela o professor pode posicionar-se autonomamente e ocupar o centro do
processo de ensino aprendizagem.
Os modelos científicos do ensino de Física buscam o real, sob a forma
de conceitos e definições. A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos
explicativos construídos a partir da aplicabilidade de método(s). Assim os
modelos científicos são construções humanas que permitem interpretações e
respeito de fenômenos resultantes das relações entre os elementos
fundamentai que compõem a Natureza. Tanto no teórico como no experimental
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o objetivo é estabelecer um modelo de representação da natureza ou de um
fenômeno.
Na escola, o conhecimento científico pode e deve ser tratado por meio
de modelos, visto que o conhecimento científico também é expresso através
deles. Mas, ao abordá-los, além de conhecer os modelos, o professor precisa
entender as ideias e argumentos que levaram a sua construção.
A partir dessa premissa, o professor abordará os modelos científicos
com suas possibilidades e limitações. De modo a extrapolar o senso comum e
rejeitar o argumento de que para aprender Física o pré-requisito é saber
Matemática.
Para que o estudante tenha uma compreensão do conhecimento físico
trabalhado na escola, é preciso indicar-lhe que as fórmulas matemáticas
representam modelos simplificados de equação produzida pela ciência. Esses
modelos são elaborações humanas, criadas para entender um determinado
fenômeno ou evento físico, válidos para determinados contextos históricos.
Outra questão a ser considerada é que muitas vezes, os modelos
científicos são provisórios. Por exemplo, o modelo do átomo, considerado
inicialmente como menor partícula da matéria, foi surpreendido, em 1897, com
um fato novo: O átomo é composto por partículas ainda menores, ou seja,
deixou de ser visto como a partícula elementar da matéria.
Um químico que possua uma sólida cultura quântica não precisa
abandonar totalmente a sua visão doltriniana do átomo, enquanto indestrutível
e indivisível. Afinal os átomos assim permanecem nos processos químicos e
para lidar com a estequiometria das equações químicas não é necessário mais
do que essa visão simplificada do átomo doutriniano (MORTIMER, 1996, p.06).
Da mesma forma, não é preciso utilizar o modelo da relatividade pata
analisar movimentos simples como a trajetória de uma bicicleta ou de uma bola
de futebol. Entretanto, os conceitos pertinentes a esse modelo são necessários
para acompanhar a trajetória de um avião de grande porte ou estudar o
movimento de uma partícula em alta velocidade.
A resolução de problemas: Sabe-tudo da importância da linguagem
matemática na física, mas os modelos criados quase sempre são escritos pelos
cientistas para seus pares. Falar com estudantes é diferente, pois, é preciso
levar em conta seu grau cognitivo, dentre outros fatores. Isso permitirá definir
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91
uma metodologia de ensino para que o estudante chegue ao conhecimento
científico.
Sobre o uso da história no ensino de Física: A História da Ciência faz
parte de um quadro amplo que é a História da Humanidade, e por isso, é capaz
de mostrar a evolução das ideias e conceitos nas diversas áreas do
conhecimento. Em Física, essa evolução traçou um caminho pouco linear,
repleto de erros e acertos, de avanços e retrocessos típicos de um objeto
essencialmente humano, que é a produção científica.
Essa história deve, também mostrar a não neutralidade da produção
científica, suas relações externas, sua independência com os sistemas
produtivos, enfim, os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta
ciência.
O que propõe é que o professor agregue, ao planejamento de suas
aulas, a História DA Ciência, para contextualizar a produção do conhecimento
em estudo.
Muitos são os argumentos a favor da História da Ciência, tanto em
relação à formação docente quanto ao ensino escolar, pois é um pré-requisito
para o estudo a Filosofia da Ciência, a Metodologia Científica e estudos sobre
Política Científica e Tecnológica, dentre outros (MARTINS, 1990).
Outro fator importante é que muitas concepções espontâneas dos
estudantes, relacionadas ao conhecimento científico, encontram paralelo na
História da Ciência. Por exemplo, pesquisas mostram que estudantes
consideram a temperatura uma mediada do quente e do frio; e o calor como
uma substância presente nos corpos. Isso remete a teoria do calórico, presente
no século XVIII, quando se buscava uma compreensão para a ciência do calor
na Termodinâmica.
Ressalta-se que embora um dos objetivos do uso da Historia da é
humanizar a ciência e aproximá-la do estudante, é preciso uma atenção
especial a essa abordagem pedagógica e não confundi-la com a História dos
grandes físicos ou cientista que, a partir de um suposto lampejo de genialidade,
teriam mudado a História da Humanidade.
O papel da experimentação no ensino de Física, os resultados de muitas
pesquisas em ensino de física são unânimes em considerar a importância das
atividades experimentais para melhor compreensão acerca dos fenômenos
físicos.
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92
Essas pesquisas sugerem que as atividades experimentais podem
suscitar a compreensão de conceitos ou a percepção da relação de um
conceito com alguma idéia anteriormente discutida. No segundo caso, a
atividade precisa contribuir para que o estudante perceba, além da teoria, as
limitações que esta pode ter.
É fundamental que o professor compreenda o papel dos experimentos
na ciência, no processo de construção do conhecimento científico.
Um experimento deve ser planejado após uma análise teórica. A idéia ingênua
de que devemos ir para o laboratório com “a mente vazia” ou que “os
experimentos falam por si” é um velho mito científico (SILVA E MARTINS,
2003, p.57).
Propõe-se, então, ir além do tradicional objetivo de uma aula
experimental, isto é, comprovar leis e teorias científicas, mas ultrapassar
atividades tão somente verificatórias. Nessa abordagem reducionista os
estudantes podem adequar os dados coletados ao resultado esperado, àquele
previsto pela teoria. No entanto, adequar dados à realidade não é fazer ciência.
A um conhecimento científico, não se deve pensar no método como uma
sequência lógica e única, como muitas vezes é apresentado em materiais
didáticos (HODSON, 1988).
Limitar-se tão somente às etapas do método desprivilegia os conceitos e
desconsidera que as observações, embora sejam procedimento do método
científico, não são neutras e se amparam no referencial do pesquisador.
Ao adotar a experimentação e propor atividades experimentais, o
professor mais do que explicar um fenômeno físico, deve assumir uma postura
questionadora de quem lança dúvidas para o aluno e permite que ele explicite
suas ideias, as quais, por sua vez, serão problematizadas pelo professor.
A problematização de situações que envolvem um conteúdo físico
possibilita aos estudantes levantarem hipóteses na tentativa de explicar as
questões propostas pelo professor.
Iniciar um conteúdo a partir de uma problematização exige do professor
muito mais uma postura questionadora, como citado acima, do que a do
professor que responde as questões ou fornece explicações;
Na sequência, cabe ao professor a organização do conhecimento para a
compreensão do conteúdo problematizado, através do encaminhamento
metodológico;
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93
O encaminhamento dado pelo professor, através de diversas estratégias
de ensino, deve possibilitar, ao estudante, analisar e interpretar as situações
iniciais propostas e outras que são explicadas pelo mesmo conhecimento
(DELIZOICOV e ANGOTTI, 2000, p. 54-55).
A partir desse encaminhamento metodológico e das relações entre
professor/estudantes e dos estudante entre si, intensificam-se as possibilidades
de debates e discussões aproximando os sujeitos e facilitando a criação, a
análise, a formulação de conceitos, o desenvolvimento de ideias e a escolha de
diferentes caminhos para o radio alinhamento atividade. Ainda, privilegia-se o
conforto entre as concepções prévias do estudante e a concepção científica, o
que pode facilitar a formação de um conceito científico.
Leituras Científicas e Ensino de Física. Os pesquisadores em educação,
há algum tempo, consideram o uso de textos no ensino de Física. No entanto,
ao trabalhá-los, devem-se tomar alguns cuidados, sobretudo quanto à escolha,
no que diz respeito à linguagem ao conteúdo, pois o aluno será o interlocutor
nessa proposta de leitura.
O texto não deve ser visto como se todo o conteúdo do processo
pedagógico estivesse presente nele, mas como instrumento de mediação entre
aluno-aluno, aluno-professor, afim de que surjam novas questões.
Sugere-se, então, trazer às aulas de Física textos da obra de físicos
para a formação do leito crítico, por meio da História da evolução das ideias e
conceitos da Física presente nestas obras.
Sobre a divulgação científica em sala de aula, existem muitos autores
que produzem textos de divulgação científica em jornais, revistas, livros, e até
mesmo na Internet, que podem ser utilizados pelo professor em sala de aula.
Os valores associados à ciência – vantagens e desvantagens bem como
a correção conceitual, devem estar presentes nos textos escolhidos pelo
professor.
Para tal relação, o professor deve considerar, ainda, a realidade social e
cultural onde a escola está inserida, sem esquecer que ela é, sobretudo ,
espaço de trabalho com o conhecimento e que produz o conhecimento escolar.
O texto não deve ser lido como se fosse um manual. Para isso devem-se
evitar que perguntas com respostas diretas que não permitem uma reflexão em
torno dos saberes divulgados no texto.
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As tecnologias no ensino de Física: Convivemos, diariamente,
professores e estudantes, com aparatos tecnológicos dos mais simples aos
mais sofisticados, em nossas casas e no ambiente escolar: retroprojetores,
televisores, aparelhos de vídeo cassete e DVD, computador, dentre outros
A informática no ensino de Física: A presença de laboratórios de
informática com acesso à internet, nas escolas, bem como a chegada de
aparelhos de televisão com porta USD para entrada de dados via pendrive,
abrem muitas perspectivas para o trabalho docente no ensino de Física.
O uso da internet, por exemplo, implica selecionar, escolher, enfim,
tomar decisões sobre o que é relevante didatizar.Os computadores podem ser
utilizados para fazer animações, ou seja, representações dos movimentos que,
que nos livros didáticos, são representados por figuras estáticas, em apenas
duas dimensões. O que pode tornar o fenômeno incompreensível para os
estudantes.
Qualquer que seja o recurso tecnológico utilizado é preciso que esteja
de acordo como o plano de trabalho docente feito pelo professor. O
computador, o livro, TV, o filme, são meramente instrumentos e recursos para o
ensino e não substituem o professor.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um instrumento fundamental no processo de ensino
aprendizagem que oferece informações para o professor e a equipe técnica
escolar analisarem os resultados de seu trabalho e para o aluno analisar seu
desempenho, possibilitando o diagnóstico das dificuldades e, quando for o
caso, o redirecionamento das estratégias, visando o sucesso escolar. Por isso,
a ação avaliativa deve ser contínua, não limitando a períodos pré-definidos.
Decidir o que, e quando avaliar não é tarefa fácil, mas ela não deve ser
ignorada, quando se pretendem práticas pedagogias eficientes.
É a teoria pedagógica que dará suporte para qualificar a avaliação como
positiva ou negativa e os caminhos para intervenção.
Assim, do ponto de vista específico, a avaliação deve levar em conta os
pressupostos teóricos adotados nestas Diretrizes Curriculares, ou seja, a
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apropriação dos conceitos, leis e teorias que compõem o quadro teórico da
Física pelos estudantes.
Considerando sua dimensão diagnóstica, a avaliação é um instrumento
tanto para que o professor conheça o seu aluno, antes que se inicie o trabalho
com os conteúdos escolares, quanto para o desenvolvimento das outras etapas
do processo educativo.
Embora o sistema de registro da vida escolar do estudante esteja
centrado em uma nota para sua aprovação, a avaliação será um instrumento
auxiliar a serviço da aprendizagem dos alunos, cuja finalidade é sempre o seu
crescimento e sua formação.
Do ponto de vista da função educacional da escola, a ênfase no
processo e nas condições gerais em que é oferecido o ensino se torna
condição essencial para que educadores, alunos e as próprias instituições
educacionais usufruam do potencial redirecionador da avaliação, no sentido de
potencializar condições para um efetivo domínio dos conhecimentos pelos
alunos e para uma formação que se estende a outros domínios (BARRET,
2007, p. 15).
Assim, a avaliação oferece subsídios para que tanto o aluno quanto o
professor acompanhem o processo de ensino-aprendizagem. Para o professor,
a avaliação deve ser vista como um ato educativo essencial para a condução
de um trabalho pedagógico inclusivo, no qual a aprendizagem seja um direito
de todos e a escola pública o espaço onde a educação democrática deve
acontecer.
Quanto aos critérios de avaliação em Física, deve-se verificar:
- A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e
aprendizagem planejada.
- A compreensão de conteúdos físicos presentes em textos não científicos;
- A compreensão de conceitos físicos presentes em textos científicos;
- A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as
leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que
envolva os conhecimentos físicos.
Como exemplo de instrumentos de avaliação, a partir de uma aula de
experimentação, pode-se pedir ao estudante um relatório individual, com
questões abertas que permitam a exposição de suas ideias. Isso o levará a
refletir sobre o fenômeno discutido nas questões. No caso de uma prática
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demonstrativa,isto é, realizada pelo professor, pode-se pedir um relato
explicativo, por escrito da experiência. O relatório individual e o relato
explicativo são, no caso, os instrumentos de avaliação. Nas questões que
estruturam esses instrumentos estão os critérios de avaliação.
Assim o professor terá subsídios para verificar a aprendizagem dos
estudantes e, se for o caso, poderá interferir no processo pedagógico revendo
seu planejamento.
Como ato educativo, a avaliação potencializa o papel da escola quando
cria condições reais para a condução do trabalho pedagógico.
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de
cada conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da
aprendizagem por meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos
de aproveitamento a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIAS
ATLAS do Universo.
CHAVES, A. Física-Sistemas complexos e outras fronteiras. Rio de Janeiro:
Reichmann & Affonso Editores, 2000.
CHAVES, A.; SHELLARD, R. C.. Pensando o futuro: o desenvolvimento da
Física e sua inserção na vida social e econômica do país. São Paulo: SBF,
2005.
EISBERG, R.; RESNICK R.: Física Quântica. Rio de Janeiro:Editora Campus,
1979.
FIANÇA, A . C. C.; PINO, E. D.; SODRÉ, L.; JATENCO-PEREIRA, V.
Astronomia: Uma Visão Geral do Universo. São Paulo: Edusp, 2003.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - FísicaPARANÁ, Física Novo Ensino Médio. Vol. Único. Editora Ática.
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97
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FUNDAMENTOS DE AGROECOLOGIA
Carga horária total: 160 h/a - 133 hJUSTIFICATIVA
No estudo de fundamento de agroecologia faz-se uma proposta de
agricultura abrangente que seja socialmente justa, economicamente viável e
ecologicamente sustentável
Na agroecologia engloba a agricultura biodinâmica, agricultura
ecológica, agricultura natural,agricultura orgânica, et.
Nesta disciplina os alunos terão conhecimento do sistema
agroecologico, saber a importância da preservação do meio ambiente e da
saúde do solo das plantas da água, o uso e preparo dos produtos
groecológicoa e ampliar os conhecimentos na atividade profissional quando
necessário para não causa danos ao meio ambiente.
EMENTA: Conceito e importância; ecologia agrícola; biodiversidade; agricultura
sustentável; agricultura orgânica; adubação orgânica; manejo de resíduos
orgânicos; compostagem; biodinâmica; controle biológico de pragas e doenças.
Legislação: certificação ambiental, legislação ambiental.
CONTEÚDOS: Agroecologia – conceito e importância;
Biodiversidade;
Problemas ambientais;
Queimadas, erosão, desmatamento, poluição por agrotóxicos;
Agricultura sustentável;
Conceito;
Histórico;
Correntes;
Agricultura orgânica;
Olericultura;
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Fruticultura;
Grandes culturas;
Adubação orgânica;
Manejo de dejetos;
Origem animal e origem vegetal;
Compostagem;
Controle biológico de pragas e doenças;
Legislação: certificação de produtos orgânicos, legislação ambiental.
AVALIAÇÃOAvaliação Constante avaliando o desempenho do aluno
Prova escrita, trabalho de pesquisa e apresentação de trabalhos.
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de cada
conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da aprendizagem por
meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos de aproveitamento
a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIAS:
CARVALHO, Horácio Martins de. A geração de tecnologia agrícola socialmente apropriada. Rio de Janeiro: AS-PTA, 1990, 24 p.
DALY, Herman E. A economia ecológica e o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: AS-PTA, 1991, 21 p.
MORIN, Edgar, KERN, Anne Brigitte. Terra - Pátria. Trad. Paulo Azevedo
Neves da Silva. Porto Algre: SULINA, 1995, 192 p.
ALTIERI, M. A. Agroecologia: a dinâmica produtiva da agricultura sustentável. 3.ed. Porto Alegre: Editora da Universidade – UFRGS, 2001.
(Síntese Universitária, 54).
ALTIERI, M. A. Agroecologia: as bases científicas da agricultura alternativa. Rio de Janeiro: PTA/FASE, 1989.
CAPORAL, F. R.; COSTABEBER, J. A. Agroecologia e desenvolvimento rural sustentável: perspectivas para uma nova Extensão Rural. Em: ETGES,
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
99
V. E. (org.). Desenvolvimento rural: potencialidades em questão. Santa
Cruz do Sul: EDUSC, 2001. p.19-52.
CAPORAL, F. R.; COSTABEBER, J. A. Agroecologia e sustentabilidade. Base conceptual para uma nova Extensão Rural. In: WORLD CONGRESS OF
RURAL SOCIOLOGY, 10., Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: IRSA,
2000b.
COSTABEBER, J. A.; CAPORAL, F. R. Possibilidades e alternativas do desenvolvimento rural sustentável”. In: VELA, H. (Org.). Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural Sustentável no Mercosul. Santa Maria:
Editora da UFSM/Pallotti, 2003. p.157-194.
COSTABEBER, J. A.; MOYANO, E. Transição agroecológica e ação social
coletiva. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, v.1, n.4, p.50-
60, out./dez. 2000.
NORGAARD, R. B. A base epistemológica da Agroecologia. In: ALTIERI,
M. A. (ed.). Agroecologia: as bases científicas da agricultura alternativa.
Rio de Janeiro: PTA/FASE, 1989. p.42-48.
SIMÓN FERNÁNDEZ, X.; DOMINGUEZ GARCIA, D. Desenvolvimento rural sustentável: uma perspectiva agroecológica. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, v.2, n.2, p.17-26, abr./jun. 2001.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIACarga horária total: 240 h/a - 200 h
JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
Com a conclusão do ensino fundamental esperamos que os alunos
tenham noções básicas sobre relações socioespaciais, dessa forma aplicando
seus conhecimentos de forma crítica no seu cotidiano, por isso os conteúdos
devem ser em seqüência de questionamentos para que o aluno problematize
as relações sociedade-natureza essa reflexão deverá ser ancorada num
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10
suporte teórico crítico que vincule o objeto da Geografia, seus conceitos
referenciais, conteúdos de ensino e abordagens metodológicas aos
determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais do atual contexto
histórico. Para isso será necessário ter em perspectiva tanto os períodos
precedentes quanto os possíveis movimentos de transformação futuros, numa
análise que considere, permanentemente, o processo histórico.
A geografia tem como objetivo formar um cidadão crítico e pensante
com uma visão mundo que lhe permita participar ativamente da sociedade em
que vive, enfocando em todas as séries o Estado do Paraná, capacitando-o a
entender as diversidades e as mudanças que acontecem no espaço
geográfico,tornando-o capaz de “pensar” esse espaço e se perceber como
parte integrante dele.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Dimensão econômica do espaço geográfico.
- Dimensão política do espaço geográfico.
- Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
- Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
Conteúdos básicos
-A formação e transformação das paisagens.
-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
-A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do
espaço geográfico.
-A formação,localização,exploração e utilização dos recursos naturais.
-A revolução técnicocientífica-informal e os novos arranjos no espaço da
produção.
-O espaço rural e a modernização da agricultura.
-O espaço em rede: produção,transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
-A circulação de mão – de – obra,do capital,das mercadorias e das
informações.
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-Formação,mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
-As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
-A formação,o crescimento das cidades,a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
-A evolução demográfica,a distribuição espacial da população e os indicadores
estatísticos.
-Os movimentos migratórios e suas motivações.
-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
-O comércio e as implicações socioespaciais.
-As diversas regionalizações do espaço geográfico.
-As implicações socioespacias do processo de mundialização
-A nova ordem mundial,os territórios supranacionais e o papel do Estado.
METODOLÓGIA
De acordo com os principais conceitos geográficos é necessário
trabalhar a cartografia, a cultura afro-brasileira e indígena e educação
ambiental, através de aulas de campo, com recursos áudio visuais priorizando
essas vertentes para a construção de um conhecimento crítico.
O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como
espaço produzido e apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto
pela inter-relação entre sistemas de objetos-naturais, culturais e técnicos – e
sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas
(SANTOS, 1996).
A partir dessa perspectiva, os objetos geográficos são indissociáveis das
ações humanas, mesmo sendo objetos naturais.
O espaço geográfico é entendido como interdependente do sujeito que o
constrói. Trata-se de uma abordagem que não nega o sujeito do conhecimento
nem supervaloriza o objeto, mas antes, estabelece uma relação entre eles,
entendendo-os como dois pólos no processo do conhecimento. Assim, o sujeito
torna-se presente no discurso geográfico (SILVA, 1995).
Entende-se que, para a formação de um aluno consciente das relações
socioespaciais de seu tempo, o ensino de Geografia deve assumir o quadro
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10
conceitual das abordagens críticas dessa disciplina, que propõem a análise dos
conflitos e contradições sociais, econômicas, culturais e políticas, constitutivas
de um determinado espaço.
AVALIAÇÃO
Sendo a avaliação parte do processo de ensino – aprendizagem não
deve servir apenas para acompanhar o desempenho do aluno mas também do
professor, ela deve ser continua e de maneira que não torture o aluno mas sim
o ajude na percepção de suas dificuldades e assim possa melhor agir sobre as
mesmas.
O processo de avaliação deve considerar, na mudança de pensamento e
atitude do aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de
ensino/aprendizagem, quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o
questionamento e a participação dos alunos.
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de
cada conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da
aprendizagem por meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos
de aproveitamento a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIAS
- Both, L.J.R.G. O Quilombo como patrimônio cultural: uma proposta educativa. In.: História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as
relações étnico-raciais. Paraná. Secretaria de estado da Educação,
Superintendência da Educação. Departamento de Educação . Departamento
de Educação Fundamental. Curitiba: SEED-PR, 2006 – (Cadernos Temáticos).
KAERCHER, N. A. Quando a Geografia Crítica é um pastel de vento e nós,
seus professores, Midas. Disponível em
: http://www.ub.es/geocrit/9porto/nestor.htm.
KAERCHER, N. A. Práticas geográficas para lerpensar o mundo, converentendersar com o outro e entenderscobrir a si mesmo. In.:
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
10
REGO, N.; CASTROGIOVANNI, A. C.; KAERCHER, N. A. (orgs). Geografia:
práticas pedagógicas para o ensino médio . Porto Alegre: Artmed, 2007. p. 15-
33.
KATUTA, A. M. Uso de mapas = alfabetização cartográfica e/ou leiturização cartográfica? In.: Nuances: Revista do Curso de Pedagogia. Presidente
Prudente. Volume 03, n° 03, 1997. p. 41-46.
-SEED.Diretrizes curriculares de geografia,ensino fundamental – Secretaria de
Estado de Educação.
-SEED.Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná.Secretaria de Estado de Educação.Departamento de Ensino de Primeiro grau.Curitiba,1990.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIACarga horária total: 240 h/a - 200 h
Justificativa da Disciplina
Por meio das Diretrizes Curriculares para o ensino de História na
Educação Básica, busca-se despertar reflexões a respeito de aspectos
políticos, econômicos, culturais, sociais, e das relações entre o ensino da
disciplina e a produção do conhecimento histórico. A disciplina de História
venha colaborar para aquele que é o papel da escola, dotando o aluno de
conhecimento para a transformação da sociedade.
Por meio das Diretrizes Curriculares, a História tem como objeto de
estudo os processos históricos relativos às ações e às relações humanas
praticadas no tempo, bem como a respectiva significação atribuída pelos
sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As relações humanas
produzidas por essas ações podem ser definidas como estruturas sócio-
históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar,
instituir e de se relacionar social, cultural e politicamente. (DCN, 2009, p.46)
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A sociedade atual encontra-se em crise e o ensino de História pode ser
utilizado como instrumento de luta e transformação social, procurando levar os
alunos a ter consciência critica que supere o senso comum para além de ver os
acontecimentos, enxergá-los de maneira critica e reflexiva.
O historiador Jorn Rüsen (2001, p.58), coloca que a consciência
histórica é a “constituição do sentido da experiência no tempo”. O ensino da
História deve ser um caminho possível para que os alunos possam
compreender as experiências e os sentidos que os sujeitos dão a elas. O
resgate e a discussão em torno dos eventos históricos devem evidenciar
inclusive elementos que compõe a história de uma comunidade.
A consciência histórica crítica é pautada na aprendizagem histórica das
experiências do passado. Nessa perspectiva, possibilita a formação de pontos
de vista históricos por negação aos tipos tradicional e exemplar de consciência.
Sob esse aspecto, o ensino de história rompe com os modelos de
aprendizagem baseados na linearidade temporal, ao distinguir o passado do
presente, e com a redução das interpretações vinculadas a causas e
conseqüências, ampliando as possibilidades de explicação e compreensão do
processo histórico.(DCN, 2009, p,59)
Devemos pensar no educando como objeto e sujeito de estudo, levando-
o a ter consciência de sua importância dentro da sociedade que se apresenta,
Levá-los a uma reflexão tanto da história local, regional, nacional e mundial.
Onde eles possam ter um olhar crítico à cultura, para entenderem mudanças e
permanências, bem como transformações estruturais que ocorreram na
sociedade.
Todo ser humano tem consciência do passado (definido como o período
imediatamente anterior aos eventos registrados na memória de um indivíduo)
em virtude de viver com pessoas mais velhas [...] Ser membro de uma
comunidade humana é situar-se em relação ao seu passado (ou da
comunidade) ainda que apenas para rejeitá-la. O passado é, portanto, uma
dimensão permanente da consciência humana, um componente inevitável das
instituições, valores e outros padrões da sociedade humana. (HOBSBAWM,
2005.P.22)
Para Hobsbawm, a História não é uma simples descrição de fatos
ocorridos ocasionalmente na experiência humana, mas a possibilidade de
compreender os problemas que a caracterizam e quais devem ser as
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10
condições para sua solução. É fazer uma reflexão positiva dos fatos nos quais
estamos inseridos, “por mais insignificantes que sejam os nossos papéis –
como observadores de nossa época...” para ele, o ofício dos historiadores é
lembrar o que os outros esquecem, o que consequentemente os torna de
fundamental importância na construção da experiência humana.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, a organização do
currículo para o ensino de História está dividido em Conteúdos Estruturantes,
procurando através dele aproximar e organizar campos da História e seus
objetos.
Os Conteúdos Estruturantes: Relação de Trabalho, Relação de Poder e
Relações Culturais. São conteúdos que apontam para o estudo das ações e
relações humanas que constituem o processo histórico, o qual é
dinâmico.Consiste em refletir, o que é vivenciado pelo homem no templo atual,
estar ligado aos remotos da história, fazer romper com o tradicionalismo,
buscar romper com o tradicionalismo, buscar novas metodologias, onde nossos
educandos possam sentir gosto pelas aulas de história. Para assim construir
um saber elaborado.
A finalidade do ensino de História é a formação do pensamento histórico
dos alunos por meio da consciência histórica. Pode-se afirmar, a partir disto,
que os Conteúdos Estruturantes são imprescindíveis para o ensino de História,
pois são entendidos como fundamentais na organização curricular e são a
materialização desse pensamento histórico. Esses Conteúdos Estruturantes
são carregados de significados, os quais delimitam e selecionam os conteúdos
básicos ou temas históricos, que por sua vez se desdobram em conteúdos
específicos. (DCE. 2009, p.63)
OBJETIVOS GERAIS
- Compreender os processos de rupturas e permanências da história;
- Conceber a história como entidade humana, portando resultado das vivências
humanas e como tal, sujeito a transformações, sendo o educando um sujeito
histórico capaz de atuar nestas mudanças sociais;
- Entender que os diferentes sujeitos são participantes ativos do processo
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histórico;
- Identificar relações reflexivas sobre a comunidade local acerca do contexto
histórico estudado, porém não encaminhando-se para o determinismo histórico,
e sim para possíveis variáveis.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES- Relações de trabalho;
- Relações de poder;
- Relações culturais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS1ª Série- Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.
- Urbanização e industrialização
2ª Série- O Estado e as relações de poder
- Cultura e religiosidade
3ªSérie- Os sujeitos, as revoltas e as guerras
- Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
METODOLÓGIA
Para o Ensino Médio, a proposta é um ensino por temas históricos, ou
seja, os conteúdos (básicos e específicos) terão como finalidade a discussão e
a busca de solução para um tema/problema previamente proposto.
O trabalho pedagógico com os Conteúdos Estruturantes, básicos e
específicos tem como finalidade a formação do pensamento histórico dos
estudantes. Isso se dá quando o professor e alunos utilizam, em sala de aula e
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10
nas pesquisas escolares, os métodos de investigação histórica articulados
pelas narrativas históricas desses sujeitos. Assim, os alunos perceberão que a
História está narrada em diferentes fontes (livros, cinema, canções, palestras,
relatos de memória, etc), sendo que os historiadores se utilizam destas fontes
para construírem suas narrativas históricas.
Nesse sentido, o trabalho pedagógico com os conteúdos históricos deve
ser fundamentado em vários autores e suas respectivas interpretações, seja
por meio dos manuais didáticos disponíveis ou por meio de textos
historiográficos referenciais. Espera-se, ao concluir a Educação Básica, o aluno
entenda que não existe uma verdade histórica única, e sim que verdades são
produzidas a partir evidências que organizam diferentes problematizações
fundamentadas em fontes diversas, promovendo a consciência da necessidade
de uma contextualização social, política e cultural em cada momento histórico.
Sobre o Método da HistóriaPara o aluno compreender como se dá a construção do conhecimento
histórico, o professor deve organizar seu trabalho pedagógico por meio:
O trabalho com vestígios e fontes históricasRecorrer ao uso de vestígios e fontes históricas nas aulas de História pode
favorecer o pensamento histórico e a iniciação aos métodos de trabalho do
historiador. A intenção do trabalho com documentos em sala de aula é de
desenvolver a autonomia intelectual adequada, que permita ao aluno realizar
análises críticas da sociedade por meio de uma consciência histórica
(BITTENCOURT, 2004).
Ao trabalhar com vestígios na aula de História, é indispensável ir além dos
documentos escritos, trabalhando com os iconográficos, os registros orais, os
testemunhos de história local, além de documentos contemporâneos, como:
fotografia, cinema, quadrinhos,literatura e informática.
O trabalho com documentos e fontes históricas pode levar a uma análise
crítica sobre o processo de construção do conhecimento histórico e dos limites
de sua compreensão. Tal abordagem é fundamental para que os alunos
entendam:
Os limites do livro didático;
As diferentes interpretações de um mesmo acontecimento histórico;
A necessidade de ampliar o universo de consultas para entender
melhor diferentes contextos;
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10
A importância do trabalho do historiador e da produção do
conhecimento histórico para compreensão do passado;
Que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o passado que
pode ser complementada com novas pesquisas e pode ser refutada ou
validada pelo trabalho de investigação.
Sendo assim o professor precisa relativizar o livro didático, uma vez que as
explicações nele apresentadas são limitadas. Isso não significa que professor
deva abandonar o livro didático, mas problematiza-lo junto aos alunos, de
modo que se identifiquem seus limites e possibilidades. Implica também a
busca de outros referenciais que complementem o conteúdo tratado em sala de
aula.
O ensino fundamentado na historiografiaFundamentar o conhecimento na historiografia significa compreendê-lo em
suas práticas, suas relações e pela multiplicidade de leituras e interpretações
históricas possíveis. Para isso,algumas questões poderão ser propostas aos
estudantes:
- Como o historiador chegou a essa interpretação?
- Que documentos/fontes o ajudaram a chegar a essas conclusões?
- No conteúdo trabalhado, como podem ser identificados os aspectos
políticos, sócio-econômicos e culturais?
- Estas idéias historiográficas têm relação com as idéias históricas
produzidas pelos estudantes?
- Como os estudantes desenvolvem essas idéias históricas?
O trabalho pedagógico com diversos documentos e fontes exige que o
professor esteja atento à rica produção historiográfica que tem sido publicada
em livros, revistas especializadas e outras voltadas ao público em geral, muitas
das quais disponíveis também nos meios eletrônicos.
Para que os estudantes busquem conteúdos diversos daqueles
apresentados nos livros didáticos, o uso da biblioteca é fundamental. Torna-se
essencial, no entanto, que o professor os oriente para que conheçam o acerso
específico, as obras que poderão ser consultadas, e ensine os bons hábitos de
manuseio e conservação de obras.
O estudo das histórias locais é uma opção metodológica que enriquece e
inova a relação de conteúdos a serem abordados, além de promover a busca
de produções historiográficas diversas. Segundo o historiador italiano Ivo
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10
mattozzi 91998,P.40), histórias locais permitem a investigação da região ou dos
lugares onde os alunos vivem, mas também das histórias de outras regiões ou
cidades. Para isso este historiador aponta alguns caminhos;
- A importância da dimensão local na construção do conhecimento do
passado e que há fenômenos que devem ser analisados em uma
pequena escala;
- A relação entre os fatos de dimensão local e os de dimensão nacional,
continental ou mundial;
- O estudo e a compreensão da histórias locais do Outro (como às
histórias dos indígenas, dos latino-americanos, dos africanos e dos
povos do Oriente);
- O respeito pelo patrimônio que testemunha o passado local;
- Os termos das questões relativas à administração e gestão do território
em que vivem;
- A função e o valor histórico-social das instituições incumbidas da
conservação do patrimônio e do estudo do passado;
- A utilização e divulgação pública de narrativas históricas das histórias
locais.
Sobre a importância da problematização dos conteúdos temáticosÉ importante, também, problematizar o conteúdo a ser trabalhado.
Problematizar o conhecimento histórico “significa em primeiro lugar partir do
pressuposto de que ensinar História é construir um diálogo entre o presente
e o passado, e não reproduzir conhecimentos neutros e acabados sobre
fatos que ocorreram em outras sociedades e outras épocas” (CAINELLI &
SCHMIDT, 2004,p.52).
Algumas questões podem orientar uma abordagem problematizadora
dos conteúdos, tais como: “por quê?”, “como?”, “quando?”, “o que?”.
Entretanto, essas questões são insuficientes, pois, além delas, será
necessário levantar hipóteses acerca dos acontecimentos do passado,
recorrer as fontes históricas, preferencialmente partindo do cotidiano dos
alunos e do professor, ou seja, “trabalhar conteúdos que dizem respeito à
vida pública e privada, individual e coletiva” (SCHMIDT e CAINELLI, 2004,
p.53). A problematização teórica dos vestígios das experiências do passado
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11
é que possibilita a sua transformação em fontes históricas de uma
investigação.
Abordagem dos conteúdos no Ensino MédioPara o Ensino Médio, a metodologia proposta está relacionada à História
Temática. Os Conteúdos básicos/temas históricos selecionados para o
ensino devem articular-se aos Conteúdos Estruturantes propostos. Tomá-
los como ponto de partida é uma forma de responder às críticas a respeito
da impossibilidade de ensinar “toda a história da humanidade”. A
organização do trabalho pedagógico por meio de temas históricos possibilita
ao professor ampliar a percepção dos estudantes sobre um determinado
contexto histórico, sua ação e relações de distinção entre passado e
presente.
Para trabalhar com a História Temática deve-se se constituir uma
problemática por meio da compreensão, na aula de História, das estruturas
e das ações humanas que constituíram os processos históricos do
presente, tais como a fome, desigualdade e exclusão social, confrontos
identitários (individual, social, étnica, sexual, de gênero, de idade, de
propriedade, de direitos, regionais e nacionais).
Assim, ao problematizar situações ligadas às Relações de Trabalho, de
Poder e Culturais é possível explicar, interpretar e narrar o objeto de estudo
da disciplina de história, ou seja, ações e relações humanas no tempo,
sendo que essas devem ser abordadas didáticamente, no processo de
ensino/aprendizagem. Isso deve ser feito observando os recortes
espaço/temporal e conceituais específicos, à luz da historiografia de
referência.
O historiador Ivo Mattozzi (2004, Apud, DCEs) estabeleceu uma
metodologia para o trabalho temático, sob três dimensões:
Primeira: deve-se focalizar o acontecimento, processo ou sujeito que se
quer representar do ponto de vista historiográfico;
Segunda: é preciso delimitar o tema histórico em referencias temporais
fixas e estabelecer uma separação entre seu início e seu final; Terceira: o professor e os alunos devem definir um espaço ou território
de observação do conteúdo tematizado.
Além dessas três dimensões, faz-se necessário instituir um sentido à
seleção temática feita,dado pela problematização.
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11
Para Mattozzi (2004, Apud, DCEs), depois de selecionar o tema, o
professor adotará três formas para construir uma narrativa histórica:
Narração: é uma forma de discurso em que se ordenam os fatos
históricos de um período. Essa reconstrução representa o processo
histórico relativo às mudanças e transformações por meio de
acontecimentos que levem de um contexto inicial a um final;
Descrição: é a forma de representar um contexto histórico. É um
recurso para representar as permanências que ocorrem entre diferentes
contextos. A descrição permite, também o uso de narrações como
exemplos ou provas do contexto histórico abordado;
Argumentação, explicação e problematização: a problematização
fundamenta a explicação e a argumentação histórica. A narrativa histórica é
a construção de uma resposta para a problemática focalizada. A explicação
é a reconstrução de determinadas ações e relações humanas, e a
argumentação é a resposta à problemática, a qual é construída pela
narração e descrição.
Nessa concepção, o trabalho com documentos na aula de história
proporciona a produção de conhecimento histórico quando usado como fonte,
em que se buscam respostas para as problematizações formuladas. Assim, os
documentos permitem a criação de conceitos sobre o passado e o
questionamento dos conceitos já construídos.
Essas correntes rompem a idéia do documento escrito como única fonte
confiável para o estudo do passado. O conceito de documento foi ampliado:
imagens, objetos materiais, oralidade e os mais diversos documentos escritos
são tomados como vestígios do passado, a partir dos quais é possível produzir
o conhecimento histórico. O documento deixou de ser “considerado apenas um
indício do passado, sendo ele mesmo determinado por quem o produziu. Assim
o documento não é mais a prova do real, mas um indício que depende das
questões e dos problemas postos pelos historiador” (SCHMIDT, Apud, DCEs)
O trabalho com diferentes documentos requer que o professor conheça
a especificidade de sua linguagem e a sua natureza, bem como seus limites e
possibilidades para o trato pedagógico. Para tanto, é necessário observar três
níveis de indagação:
Sobre a existência em si do documento; Sobre o significado do documento como sujeito;
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11
Sobre o significado do documento como sujeito.As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas,
gravuras, museus, filmes, músicas são documentos que podem ser
transformados em materiais didáticos de grande valia n a constituição do
conhecimento histórico. Podem ser aproveitados de diferentes maneiras em
aula, como exemplificam Schmidt e Cainelli (2004): na elaboração de
biografias, na confecção de dossiês, representação de danças folclóricas,
exposição de objetos sobre o passado que estejam ao alcance do aluno, com a
descrição de cada objeto exposto e o contexto em que foram produzidos, de
modo a estabelecer relações entre as fontes.
A proposta da seleção de temas é também pautada em relações
interdisciplinares considerando que é na disciplina de História que ocorre a
articulação dos conceitos e metodologias entre as diversas áreas do
conhecimento. Assim, narrativas, imagens, sons de outras disciplinas devem
ser tratados como documentos a serem abordados historiograficamente.
AVALIAÇÃO
Na avaliação do Ensino de História objetiva-se favorecer a busca da
coerência entre a concepção de História defendida e as práticas avaliativas que
integram o processo de ensino e de aprendizagem. A avaliação deve estar a
serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o conjunto das ações
pedagógicas, e não como elemento externo a este processo, sempre
colocando em ênfase a avaliação diagnóstica.Assim, o aprendizado e a
avaliação poderão ser compreendidos como fenômeno compartilhado,
contínuo, processual e diversificado, o que propicia uma análise crítica das
práticas que podem ser retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos
alunos.
Segundo Luckesi(2002), o professor poderá lançar mão de várias formas
avaliativas, como:
Avaliação diagnóstica:permite ao professor identificar o desenvolvimento
da aprendizagem dos alunos para pensar em atividades didáticas que
possibilitem a compreensão dos conteúdos a serem trabalhados.
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Avaliação formativa: ocorre durante o processo pedagógico e tem por
finalidade retomar os objetivos de ensino propostos para, a partir dos
mesmos,identificar a aprendizagem alcançada desde o início até ao
momento avaliado.
Avaliação somativa: permite ao professor tomar uma amostragem de
objetivos propostos no início do trabalho e identificar se eles estão em
consonância com o perfil dos alunos e com os encaminhamentos
metodológicos utilizados para a compreensão dos conteúdos.
A avaliação se fará com diferentes atividades, tais como: leitura,
interpretação e análise de narrativas historiográficas, mapas e documentos
históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas,
sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre
outras, prova objetivas dos conteúdos estudados, e discertativas.
A Recuperação de Estudo ocorrerá sempre que os objetivos propostos não
forem atingidos, paralelamente as aulas e com instrumentos diversificados.
É importante ressaltar que antes da recuperação será proporcionado aos
alunos momentos de revisão para novos entendimentos e esclarecer dúvidas.
REFERÊNCIAS
BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de história: fundamentos e métodos. São
Paulo: Cortez, 2004. .
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 14ed.São
Paulo.Cortez,2002
HOBSBAWM, Eric. Sobre história. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da
Educação Básica de História.. Escola Pública do Paraná. Curitiba:
SEED/DEB,2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
11
Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico para a escola
pública do estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.
_____. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de
Segundo Grau. Reestruturação do ensino de segundo grau no Paraná:
história/geografia. 2ed. Curitiba: SEED, 1993.
RÜSEN, Jörn. Studies in metahistory. Pretoria: HRSC Publishers, 1993a.
______. Razão histórica: teoria da história: os fundamentos da ciência
histórica. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.
SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar história. São Paulo:
Scipione, 2004. (Pensamento e ação no magistério).
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HORTICULTURACarga horária total: 280 h/a - 233 h
Justificativa da disciplina
Proporcionar ao aluno subsídios para capacita-los ao exercício
da profissão de Técnico em Agropecuária tornando-o um cidadão crítico e
empreendedor capaz de ser um agente modificador do meio em que vive, o
estudante deve ter uma visão geral das culturas da região e as técnicas para
obter alta produtividade, bem como a segurança no manuseio dos defensivos
agrícolas e a boa utilização dos maquinários tendo bom rendimento trabalho
rural.
CONTEÚDOSAgricultura
Olericultura
Fruticultura
Silvicultura
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
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- Iniciação a agricultura;
- Noções de pragas;
- Noções de doenças;
- Noções de ervas daninhas;
- Métodos de propagação de plantas;
- Anatomia e fisiologia vegetal;
- Melhoramento vegetal;
- Noções de agrotóxicos;
- Segurança no trabalho rural;
- Noções de paisagismo e manejo de jardim: tipos, formas e manutenção de
jardins;
Olericultura geral:
1. Classificação climática;
2. Métodos de propagação;
3. Vegetativa (assexuada);
4. Semeadura (sexuada);
5. Sementeira;
6. Viveiro (repicagem);
7. Implantação de hortas;
8. Elaboração de cronograma de cultivo;
9. Tratos culturais;
- Olericultura especial:
1. Classificação botânica;
2. Olerícolas regionais: alface, cenoura,
3. beterraba,batata,alho,cebola,rabanete,couve-flor,brócolis,tomate...
Fruticultura Geral:
1. Classificação climática (espécies tropicais, subtropicais,
temperadas);
2. Classificação botânica;
3. Métodos de propagação;
4. Estaquia (assexuada);
5. Enxertia (assexuada);
6. Borbulhia (assexuada);
7. Sementes (sexuada);
8. Viveiros;
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11
9. Implantação – escolha do terreno;
10.Preparo do solo – métodos de adubação/calagem;
11.Escolha de mudas;
12.Plantio;
13.Condução;
14.Podas (condução/manutenção);
15.Controle de pragas, de doenças, de ervas-daninhas;
16.Colheita e comercialização;
Fruticultura especial:
1. Frutíferas regionais: abacaxi, maçã, pêra, videira, ameixa, pêssego,
kiwi, citros, caqui,figo...
2.
MetodologiaA disciplina será trabalhada em aulas expositivas com auxilio de reto-
projetor vídeo multimídia, com debate e participação dos alunos. Pesquisa
com exposição do trabalho buscando a interação com a classe e Aulas
Práticas.Aulas práticas . visitas técnicas
AVALIAÇÃOAvaliação teórica prática de conteúdos
Avaliação no desempenho dos projetos
Avaliação de relatórios
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de cada
conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da aprendizagem por
meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos de aproveitamento
a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIAS
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11
ALTIERI, Miguel; Agroecologia: as bases científicas para uma agricultura
sustentável, Rio de Janeiro: AS-PTA, 2002. 592p.
ALMEIDA, Silvio Gomes de.; PETERSEN, Paulo; CORDEIRO, Ângela. Crise sócio ambiental e conversão ecológica da agricultura brasileira –
subsídios à formulação de diretrizes ambientais para o desenvolvimento
agrícola. Rio de Janeiro: AS-PTA, 2000. 116p.
AMBROSANO, Edmilson. Agricultura ecológica. Ed. Agropecuária: Guaíba,
1999. 398p.
GRZYBOWSKI, Lourdes M.. A horta intensiva familiar. Ed. AS-PTA: Rio de
Janeiro, 1999. 60p.
MIYASAKA, Shiro. Agricultura natural. Ed. SEBRAE: Cuiabá, 1997. 77p.
MOREIRA, Roberto José. Agricultura familiar: processos sociais e
competitividade. Ed. Mauad: Rio de Janeiro, 1999. 204p.
PETERSEN, Paulo.; ROMANO, Jorge O. Abordagens participativas para o desenvolvimento local. Rio de Janeiro: AS-PTA/ACTIONAID, 1999. 144p.
EIJNTJES, Coen. Agricultura para o futuro: uma introdução à agricultura sustentável e de baixo uso de insumos externos. Ed. AS-PTA: Rio de
Janeiro, 1999. 324p.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE INFRAESTRUTURARURAL
Carga horária total: 160 h/a - 133 h
JUSTIFICATIVA
A disciplina de Infra estrutura Rural proporciona aos estudantes a visão geral
de como aproveitar os recursos hídricos topográficos mecânicos e estruturais
disponíveis na propriedade, bem como corrigir a falta deles
CONTEÚDONoções básicas de técnicas de manutenção, regulagem de motor e
implementos de tração motorizada e animal;
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normas de segurança no uso de máquinas, implementos e equipamentos;
Instalações agropecuárias e técnicas de construções rurais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º SEMESTRENoções de manutenção:- Vantagens e desvantagem do uso de tração animal;
- Forma de utilização de ferramentas;
- Ferramentas necessárias em uma minioficina;
- Motores;
- Tratores;
- Custo hora/máquina;
- Rendimento do trabalho;
2º SEMESTRE- Regulagem, constituição, operação e manutenção de implementos;
- Implementos mecanizadores;
-Tipos, constituição, regulagem e manutenção de implementos mecanizadores;
- Considerações sobre dimensionamento;
- Normas de segurança aplicadas no uso de máquinas;
3º SEMESTRE- Instalações agropecuárias e técnicas de construções rurais:
- Considerações para a escolha de local para construções zootécnicas;
- Principais materiais para construção;
- Elaboração de planta baixa;
- Elaboração de projetos zootécnicos e agrícolas;
- Cálculo de material de construção;
- Legislação pertinente.
METODOLOGIAAula expositiva
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Dinâmica em grupo
Condução de pesquisa
Vídeo téccnicos
Visitas Técnicas
Aula prática
AVALIAÇÃOAvaliação teórica prática de conteúdos específicos
Avaliação continuada com base nos conteúdos trabalhados
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de cada
conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da aprendizagem por
meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos de aproveitamento
a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIASGALETTI, Paulo A. Mecanização agrícola, preparo do solo. Campinas: ICEA.
1981. 220 p. 2 volumes.
MIALHE, Luiz Geraldo. Manual de mecanização agrícola. São Paulo:
Agronômica Ceres, 1974. 301 p.
SILVEIRA, Gastão Moraes da. O preparo do solo, implementos, carretos. 3ª. ed. São Paulo: Globo, 1989. 243 p.
SILVEIRA, Gastão Moraes da. As máquinas para plantar. Rio de Janeiro:
Globo, 1989. 257 p.
CARNEIRO, Orlando. Construções rurais. 12ª ed. São Paulo: Nobel, 1985.
719 p. 3 exemplares
GUIA DO TÉCNICO AGROPECUÁRIO. Construções e instalações rurais. Campinas: ICEA, 1982. 158 p.
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊSCarga horária total: 80 h/a - 67 h
JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
O currículo escolar aplicado à Língua Estrangeira Moderna é um
conjunto de conhecimentos historicamente sistematizados e selecionados que
proporcionam conteúdos e valores para que os alunos melhorem a sociedade
em relação à construção social da mesma e visa preparar o aluno para ser
inserido num plano social adequado, pois a função da instituição escolar é
especialmente importante para os estudantes das classes menos favorecidas,
dando-lhes uma oportunidade de acesso ao conhecimento científico.
Portanto, a escola deve ser um espaço de confronto e dialógico entre os
conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano popular. Essas
são as fontes sócio- históricas do conhecimento em sua complexidade, pois
conforme as diretrizes (DCEB), o currículo é baseado nas dimensões científica,
artística e filosófica do conhecimento; as quais possibilitam um trabalho
pedagógica que aponte na direção da totalidade do conhecimento e sua
relação com o cotidiano.
A abordagem comunicativa é uma tendência que tem marcado o ensino
de LEM na Rede Pública Estadual e apresenta aspectos positivos na medida
em que incorpora em seu modelo o uso da gramática exigida para a
interpretação, expressão e negociação de sentidos, colocando-se a serviço dos
objetivos de comunicação.
Salientando-se alguns Fundamentos teóricos-metodológicos que
abordam as Diretrizes, pode-se observar o atendimento às necessidades da
sociedade contemporânea brasileira, o resgate da função social e educacional
do ensino de LEM e o respeito à diversidade cultural e lingüística na Educação
Básica.
OBJETIVOS GERAIS
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Atualmente, o ensino de Língua Estrangeira nas escolas públicas tem
como objetivos gerais
- Ampliar o contato com outras formas de conhecimento de outros
procedimentos interpretativos de construção da realidade;
- Analisar as questões sociais, políticas e econômicas da nova ordem mundial
e suas implicações na sociedade;
- Vivenciar formas de participação que possibilitem ao aluno estabelecer
relações entre ações individuais e coletivas;
- Reconhecer e compreender a diversidade lingüística e cultural, bem como
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país;
- Considerar as relações que podem ser estabelecidas entre a língua estudada
e a inclusão social, possibilitando aos alunos o uso de uma Língua Estrangeira
em uma situação de real comunicação;
- Construir recursos para comparar a Língua Estrangeira à Língua Materna de
maneira a alargar horizontes e expandir sua capacidade cognitiva.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS:Gêneros discursivos: fábulas, poemas, tiras, charges, textos didáticos,
informativos e científicos, sinopses de filme, notícias, músicas, panfletos,
propagandas, cartas, bilhetes, cartazes, horóscopo, fábulas, e-mail, receita
culinária, cartas, bilhetes, auto-biografia, anúncio, classificados, reportagens
gírias, provérbios, relatos de experiências cartazes, slogan.
LEITURA Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
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Elementos semânticos;
Marcas lingüísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos;
Variedade lingüística.
ESCRITATema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto);
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Marcas lingüísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos
( como aspas, travessão, negrito)
Variedade linguísticas.
ORALIDADEElementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.
Pronúncia.
METODOLÓGIA
O encaminhamento metodológico de Língua estrangeira moderna deve
ser a partir do Conteúdo Estruturante Discursivo como prática social
abrangendo questões lingüísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas,
bem como práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. As Aulas de
Língua Estrangeira Moderna terão como objeto de ensino o texto verbal e não-
verbal.
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12
Nas aulas de LEM o professor deve abordar os vários gêneros textuais,
em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua
composição, a distribuição de informação a intertextualidade, os recursos
coesivos, a coerência e por último a gramática, priorizando o trabalho com o
texto sem deixar de lado a análise lingüística e para isso torna-se essencial que
os alunos tenham acesso a textos de várias esferas.
O trabalho pedagógico com o texto deverá despertar o interesse dos
alunos para que desenvolvam uma prática analítica e crítica e ampliem seus
conhecimentos lingüístico-culturais e percebam as implicações sociais,
históricas e ideológicas presentes no discurso.
As aulas de LEM serão ministradas na Língua Materna, envolvendo
questões lineares ( quando busca respostas já as visualizando no próprio texto)
e não-linear (quando o aspecto sobre a qual incide a questão não se localiza
apenas na materialidade de texto). O trabalho com produção será concebido
como um processo dialógico, no qual se escreve sempre para alguém, em
Língua Estrangeira e com recursos disponíveis na sala de aula com a
mediação do professor.
O trabalho com a gramática é necessário e estará subordinada ao
conhecimento discursivo, ou seja, as reflexões lingüísticas devem ser
decorrentes das necessidades específicas dos alunos, a fim de que se
expressem ou construam sentidos aos textos, as atividades serão abordadas a
partir de textos e envolverão, simultaneamente, práticas e conhecimentos
mencionados, de modo a proporcionar ao aluno condições para assumir uma
atitude crítica e transformadora com relação aos discursos apresentados.
As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os
alunos a textos orais, pertecentes aos diferentes discursos, na abordagem
discursiva, a oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua é
aprender a expressar idéias em Língua Estrangeira mesmo que com
limitações. Os conteúdos poderão ser retomados em todas as séries, porém
em graus de profundidade diferentes, levando em conta o conhecimento do
aluno.
AVALIAÇÃO
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A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna deve
estar articulada aos fundamentos teóricos explicitados nas Diretrizes
Curriculares e na LDB nº 9394/86.
Na Educação Básica, a avaliação de determinada produção em Língua
Estrangeira considera o erro como efeito da própria prática, ou seja, como
resultado do processo de aquisição de uma nova língua. Considera-se que,
nesse processo, o que difere do simples aprender, é o fato de que adquirir uma
língua é uma aquisição irreversível. Sendo assim, o erro deve ser visto como
fundamental para a produção do conhecimento do ser humano, como um
passo para que a aprendizagem se efetive e não como um entrave no processo
que não é linear, não acontece da mesma forma e ao mesmo tempo para
diferentes pessoas. Refletir a respeito da produção do aluno, o encaminhará à
superação, ao enriquecimento do saber e, nesse sentido, a ação avaliativa
reflexiva cumprirá sua função.
Segundo Ramos (2001), é um desafio construir uma avaliação com
critérios de entendimento reflexivo, conectado, compartilhado e autonimizador
no processo ensino/aprendizagem, que nos permita formar cidadãos
conscientes, críticos, criativos, solidários e autônimos.
A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro
significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-
sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação
deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os
destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento.
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de
cada conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da
aprendizagem por meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos
de aproveitamento a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretária de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Diretrizes curriculares da Educação Básica - LEM.
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12
ROJO, Roxane. CORDEIRO, Glaís Sales. Gêneros orais e escritos nas escolas.Campinas. São Paulo: Mercado de Letras, 2004.
MEURER, José Luiz. MOTTA-ROTH, Desirée(orgs). Gêneros textuais e práticas discursivas: subsídios para o ensino da linguagem. Bauru, São
Paulo. 2002.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESACarga horária total: 360 h/a - 300 h
JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
Propomos um ensino de língua portuguesa que privilegia o processo de
aquisição e aprimoramento da língua materna, a historia, o sujeito e o contexto,
não se pautando no repasse de regras e na mera nomenclatura da gramática
tradicional, como destaca Travaglia (2000).
O ato de fala é de natureza social, por isso ensinar a língua a partir
dessa concepção, requer que se considerem os aspectos sociais e históricos
em que o sujeito está inserido, bem como o contexto de produção do
enunciado, uma vez que os seus significados são sociais e historicamente
construídos. Sob essa perspectiva, o ensino-aprendizagem de língua
portuguesa visa aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos
alunos, para que eles possam compreender os discursos que o cercam e terem
condições e terem condições de interagirem com esses discursos.
Assim é preciso que proporcione ao aluno o contato com um leque
variado de texto com diferentes funções socais para que o mesmo se envolva
com as práticas de uso da língua, promovendo o letramento que vai além da
alfabetização, bem como propiciar ao educando práticas discursivas que
abrangem além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal
com outras linguagens.
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12
Todo texto é uma articulação de discursos, vozes que se materializam,
ato humano, é linguagem em uso efetivo. O texto ocorre em interação e, por
isso mesmo, não é compreendido em seus limites formais. (BAKHTIN, 1999).
Um texto não é um objeto fixo num dado momento do tempo, ele lança seus
sentidos no dialogo intertextual, ou seja, o texto é sempre uma atitude
responsiva a outros textos, desse modo, estabelece relações dialógicas. Na
visão de Bakhtin (1992, p.334), “mesmo enunciados separados um do outro no
tempo e no espaço e que nada sabem um do outro, se confrontados no plano
de sentido, revelarão relações dialógicas.”
Os enunciados são heterogêneos, uma vez que emergem da multidão
das vozes sociais. Faraco (2003) destaca que nessa atmosfera heterogênea
que o sujeito vai se constituindo discursivamente. Para Bakhtin (1992), os tipos
relativamente estáveis de enunciados são denominados gêneros discursivos.
Estes se dividem em primários e secundários. Os primários referem-se a
situações cotidianas; já os secundários acontecem em circunstancias mais
complexas de comunicação (como nas áreas acadêmicas, jurídicas, artísticas,
etc). As duas esferas são interdependentes.
Brait (2000, p. 20) recorda que “não se pode falar de gêneros sem
pensar na esfera de atividades em que ele se constituem e atuam, aí aplicada
as condições de produção, se circulação e recepção”. Há diferentes esferas de
comunicação, e cada uma delas produz os gêneros necessários a suas
atividades. Alguns gêneros são adaptados, transformados, renovados,
multiplicados ou até mesmo criados a partir da necessidade que o homem tem
de se comunicar com o outro, tendo em vista que “todos os diversos campos
da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem”. (BAKHTIN, 1992,
p.261). Um exemplo dessa necessidade é o surgimento do discurso eletrônico,
que são criados e transformados pela cultura tecnológica na qual estamos
inseridos.
Os gêneros variam assim como a língua – a qual é viva, e não estanque.
As manifestações comunicativas mediante a língua não acontecem como
elementos linguísticos isolados, elas se dão, conforme Bakhtin como discurso.
É função da escola aprimorar a competência linguística do aluno que
acontecerá com maior propriedade se ele for dado conhecer, nas práticas de
leitura, escrita e oralidade, o caráter dinâmico dos gêneros discursivos. O
transito pelas diferentes esferas da comunicação possibilitará o educando uma
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12
inserção social mais produtiva no sentido de poder formular seu próprio
discurso e interferir na sociedade em que esta inserido. Bakhtin (1992, p.285)
afirma que “quanto melhor dominarmos os gêneros tanto mais livremente o
empregamos, tanto mais plena e nitidamente descobrimos neles a nossa
individualidade (onde isso é possível e necessário)”.
O trabalho com os gêneros, portanto, deverá levar em conta que a
língua é instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua critica, é
legitimo e é direito para todos os cidadãos. Para que isso se concretize, o
estudante precisa conhecer e ampliar o uso dos registros socialmente
valorizados da língua, como a norma culta.
É na escola que o imenso contingente de alunos que frequentam a rede
publica de ensino tem a oportunidade de acesso à norma culta da língua, ao
conhecimento social e historicamente construída e à instrumentalização que
favoreça uma inserção social e exercício da cidadania.
PRÁTICAS DISCURSIVAS: ORALIDADE, ESCRITA E LEITURA
No processo de ensino-aprendizagem é importante ter claro que quanto
maior o contato com a linguagem, nas diferentes esferas sociais mais
possibilidade se tem de entender o texto, seus sentidos, suas intenções e
visões de mundo. A ação pedagógica referente à linguagem, portanto precisa
pautar-se na interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno
a leitura e a produção oral e escrita, bem como a reflexão e o uso da linguagem
em diferentes situações.
Oralidade
A acolhida democrática da escola às variações linguísticas toma como
ponto de partida os conhecimentos linguísticos do aluno, para promover
situações que os incentivem a falar, ou seja, fazer uso da variedade de
linguagens que eles empregam em suas relações sociais, mostrando que as
diferenças de registro não constituem cientifica e legalmente, objeto de
classificação e que é importante a adequação do registro nas diferentes
instancias discursivas.
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12
Escrita
Em relação a escrita é preciso ressaltar que as condições em que a
produção acontece determinam o texto. Antunes (2003) salienta a importância
de o professor desenvolver uma prática de escrita escolar que considere o
leitor, uma escrita que tenha um destinatário e finalidades, para então se
decidir sobre o que será escrito, tendo em vista que “a escrita, na diversidade
de seus usos, cumpre funções comunicativas socialmente especificas e
relevantes” (ANTUNES, 2003, p.47).
Cada gênero discursivo tem suas peculiaridades: a composição, a
estrutura e o estilo variam conforme se produza um poema, um bilhete, uma
receita, um texto de opinião ou cientifico. Essas e outras composições
precisam circular na sala de aula em ações de uso, e não a partir de conceitos
e definições de diferentes modelos de textos. O aperfeiçoamento da escrita se
faz a partir da produção de diferentes gêneros, por meio de experiências
sociais tanto singular quanto coletivamente vividas.
É preciso que o aluno se envolva com os textos que produz e assuma a
autoria do que escreve, visto que ele é um sujeito que tem o que dizer. Quando
escreve, ele diz de si, de sua leitura de mundo. Bakhtin (1992, p.289) afirma
que “todo enunciado é um elo na cadeia da comunicação discursiva. É a
posição do falante nesse ou naquele campo do objeto de sentido.” A produção
escrita possibilita que o sujeito se posicione, tenha voz em seu texto,
interagindo com as práticas de linguagem da sociedade.
Leitura
Compreende-se a leitura como um ato dialógico, interlocutivo, que
envolve demandas sociais, históricas, política, econômica, pedagógica e
ideológicas de determinado momento. Ao ler, o indivíduo busca suas
experiências, os seus conhecimentos prévios, a sua formação familiar,
religiosa, cultural, enfim, as várias vozes que o constituem.
A leitura se efetiva no ato da recepção, configurando o caráter individual
que ela possui “depende de fatores linguísticos e não-linguísticos: o texto é
uma potencialidade significativa, mas necessita da mobilização do universo de
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12
conhecimento do outro – o leitor – para ser atualizado” (PERFEITO, 2005,
p.54-55).
No ato de leitura, um texto leva a outro e orienta para uma política de
singularização do leitor que, convocado pelo texto, participa da elaboração dos
significados, confrontando-o com o próprio saber, com a sua experiência de
vida.
Literatura
A literatura, como produção humana, está intrinsecamente ligada a vida
social. Para Candido (1972), a literatura é vista como arte que
transforma/humaniza o homem e a sociedade. O autor atribui à literatura três
funções: psicológica, formadora e social.
O ensino da literatura deve ser pensado a partir dos pressupostos
teóricos da Estética da Recepção e da Teoria do Efeito, visto que essas teorias
buscam formar um leitor capaz de sentir e expressar o que sentiu, com
condições de reconhecer, nas aulas de literatura, um envolvimento de
subjetividades que se expressam pela tríade obra/autor/leitor, por meio de uma
interação que está presente na prática de leitura. A escola, portanto deve
trabalhar a literatura em sua dimensão estética. Jauss (1994) defende que a
historicidade literária é melhor compreendida quando há um trabalho conjunto
do enfoque diacrônico com o corte sincrônico.
O caráter emancipatório da obra literária relaciona a experiência
estética com a atuação do homem em sociedade, permitindo a este, por meio
de sua emancipação, desempenhar um papel atuante no contexto social.
No ensino da literatura deve-se privilegiar o texto literário, pois somente
ele permite múltiplas interpretações, uma vez que na recepção que ele
significa. No entanto, não está aberto a qualquer interpretação. O texto é
carregado de pistas/estruturas de apelo, as quais direcionam o leitor,
orientando-o para uma leitura coerente. Além disso, o texto traz lacunas que
serão preenchidos conforme o conhecimento de mundo, as experiências de
vida, as ideologias, as crenças, e valores que o leitor carrega consigo. Neste
sentido a Estética da Recepção e a Teoria do Efeito podem servir como
suporte teórico para uma reflexão válida no que concerne a literatura, levando
em conta o papel do leitor e sua formação.
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13
Análise Linguística e as Práticas Discursivas
O trabalho de reflexão linguística a ser realizado deve voltar-se para
observação e análise da língua em uso, o que inclui morfologia, sintaxe,
semântica e estilística; variedades linguísticas; as relações e diferenças entre
língua oral e língua escrita, quer no nível fonológico-ortográfico, quer no nível
textual e discursivo, visando à construção de conhecimentos sobre o sistema
linguístico.
A prática de análise linguística constitui um trabalho de reflexão sobre a
organização do texto escrito e/ou falado, um trabalho no qual o aluno percebe o
texto como resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor tendo
em vista seu interlocutor. Sob essa ótica, o texto deixa de ser pretexto para se
estudar a nomenclatura gramatical e a sua construção passa a ser objeto de
ensino.
O ensino da língua, organizado por meio da prática de análise linguística
pressupõe as seguintes considerações:
Concepção de língua como ação interlocutiva situada, sujeita às
interferências dos falantes.
Integração entre os eixos de ensino: a análise linguística é ferramenta
para a leitura e a produção de textos.
Metodologia reflexiva, baseada na indução(observação dos casos
particulares para conclusão das regularidades/regras).
Trabalho paralelo com habilidades metalinguísticas e epilinguísticas.
Ênfase bos usos como objetos de ensino (habilidades de leitura e
escrita), que remetem a vários outros objetos de ensino (estruturais,
textuais, discursivos, normativos), apresentados e retomados sempre
que necessário.
Centralidade nos efeitos de sentido.
Fusão do trabalho com gêneros, na medida que contempla justamente a
intersecção das condições de produção dos textos e as escolhas
linguísticas.
Unidade privilegiada: o texto.
Preferência por questões abertas e atividades de pesquisa, que exige
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comparação e reflexão sobre adequação e efeitos de sentido.
OBJETIVOS GERAIS
Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva
nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na
disciplina de língua, busca:
- Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a
cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos
do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
- Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto
tratado, além do contexto de produção;
- Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno
amplie seus conhecimentos lingüístico-discursivos;
- Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da
oralidade, da leitura e da escrita;
- Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,
proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes
contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão.
CONTEÚDO ESTRUTURANTEEntende-se por conteúdo estruturante, o conjunto de saberes e
conhecimentos de grande dimensão, os quais identificam e organizam uma
disciplina escolar. A partir dele, advém os conteúdos a serem trabalhados no
dia a dia da sala de aula.
A seleção do conteúdo estruturante está relacionada com o momento
histórico-social. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a concepção
de linguagem como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais,
sendo assim, o Conteúdo Estruturante da disciplina que atende a essa
perspectiva é o discurso como prática social.
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A língua será trabalhada, a partir da linguagem em uso, que é a
dimensão dada pelo Conteúdo Estruturante. Assim, o trabalho com a disciplina
considerará os gêneros discursivos que circulam socialmente, com especial
atenção à aqueles de maior exigência na sua elaboração formal. Na
abordagem de cada gênero, é preciso considerar o tema, a forma
composicional e o estilo. As marcas linguísticas também devem ser abordadas
no trabalho com gêneros, para que o aluno compreenda os usos da língua e os
sentidos estabelecidos pela escolha de um ou de outro elemento linguístico.
Caberá ao professor selecionar conteúdos específicos que explorem os
recursos linguísticos e enunciativos do texto por ser aquele que tem o contato
direto com o aluno e com as suas fragilidades linguístico-discursivas. Portanto,
deverá selecionar os gêneros (orais e escritos) a serem trabalhados de acordo
com as necessidades, objetivos pretendidos, faixa etária, bem como os
conteúdos, sejam eles de oralidade, leitura, escrita e/ou análise linguística.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para
cada série da etapa final do Ensino Fundamental e para Ensino Médio,
considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas
diversas disciplinas da Educação Básica. Os conteúdos básicos apresentados
devem ser tomados como ponto de partida para a organização da Proposta
Pedagógica Curricular das Escolas. Cabe ao professor selecionar os gêneros a
serem trabalhados, não se prendendo à quantidade, mas sim, preocupando-se
com a qualidade do encaminhamento, com a compreensão do uso do gênero e
de sua esfera de circulação. Os gêneros precisam ser retomados nas
diferentes séries com níveis maiores de complexidade, tendo em vista que a
diferença significativa entre as séries está no grau de aprofundamento e da
abordagem metodológica.
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a
seleção dos gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político
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Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano de Trabalho
Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o
nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
GÊNEROS DISCURSIVOS: ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO
Cotidiana: carta pessoal, comunicado, Curriculum Vitae, músicas, piadas,
provérbios,
Literária/ Artística: biografias, memórias, haicai, letras de músicas, narrativas
de aventura, de enigma, de ficção científica, de humor, de terror, fantásticas,
míticas; paródias, pinturas; poemas; romances; textos dramáticos.
Escolar: debate regrado; diálogo/discussão argumentativa; exposição oral;
pesquisas; relatório; resenha; resumo; texto argumentativo; texto de opinião;
ata, júri simulado.
Imprensa: artigo de opinião; carta ao leitor; carta do leitor; cartum; charge;
crônica jornalística; editorial; entrevista (oral e escrita); notícia; reportagens;
resenha crítica, sinopses de filmes; tiras
Publicitária: comercial para TV; Folder; fotos, músicas, publicidade comercial;
publicidade institucional; publicidade oficial; texto político.
Política: carta de emprego; debate; fórum; mesa redonda; manifesto; Discurso
político “de palanque”.
Jurídica: Contrato; depoimentos; estatutos; leis; ofício; procuração;
regimentos; regulamentos; requerimentos.
Produção e Consumo: Bulas; manual técnico; regras de jogo.
Midiática: blog; desenho animado; e-mail; entrevista, filmes; home page;
telejornal; telenovelas; vídeo clip. vídeo conferência.
LEITURA: Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto;
Intencionalidade; Argumentos do texto; Contexto de produção;
Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Discurso ideológico
presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Contexto de
produção da obra literária; Marcas linguísticas (coesão, coerência, função das
classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas,
travessão, negrito; Progressão referencial; Partículas conectivas do texto;
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Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
Semântica (operadores, argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem.
ESCRITA: Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto;
Intencionalidade; Informatividade; Contexto de produção; Intertextualidade;
Referência textual; Vozes sociais presentes no texto; Ideologia presente no
texto; Elementos composicionais do gênero; Progressão referencia; Relação de
causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Semântica
( operadores, argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem; Marcas
linguísticas (coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.);
Vícios de linguagem; Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência.
ORALIDADE: Conteúdo temático; Finalidade; Intencionalidade; Argumentos;
Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos ( entonação,
expressões facial, corporal e gestual, pausas...); Adequação do discurso ao
gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas ( lexicais, semânticas,
prosódicas, entre outras.); Marcas linguísticas ( coesão, coerência, gírias,
repetição.); Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto ( uso de
conectivos, gírias, repetições, etc.); Diferenças e semelhanças entre o discurso
oral e escrito.
METODOLÓGIA
Os professores de Língua Portuguesa e Literatura têm o papel de
promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da
escrita. O domínio das práticas discursivas possibilita que o aluno modifique,
aprimora, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade. O
aprimoramento linguístico permite ao aluno a leitura dos textos que circulam
socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto, instrumentalizando-
o para assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta, no contexto de seu
momento histórico e das interações aí realizadas, autonomia e singularidade
discursiva.
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PRÁTICA DA ORALIDADEAs atividades orais precisam oferecer condições ao aluno de falar com
fluência em situações formais; adequar a linguagem conforme as
circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos
recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a
convivência democrática que supões o falar e o ouvir.
As Diretrizes reconhecem as variantes linguísticas como legítimas, uma
vez que são expressões de grupos sociais historicamente marginalizados em
relação à centralidade ocupada pela norma padrão, pelo poder da fala culta.
Cabe, entretanto, reconhecer que a norma padrão, além de variante de
prestígio social e de uso das classes dominantes, é fator de agregação social e
cultural e, portanto, é direito de todos os cidadãos, sendo função da escola
possibilitar aos alunos ao acesso a essa norma. É por meio do aprimoramento
linguístico que o aluno será capaz de transitar pelas diferentes esferas sociais,
usando adequadamente a linguagem tanto em suas relações cotidianas quanto
nas relações mais complexas – no dizer de Bakhtin (1992) – e que exigem
maior formalidade. Dessa forma, o aluno terá condições de se posicionar
criticamente diante de uma sociedade de classes, repleta de conflitos e
contradições.
Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, as
possibilidades de trabalho com os gêneros orais são diversas e apontam
diferentes caminhos. No que concerne à literatura oral, valoriza-se a potência
dos textos literários como arte, os quais produzem oportunidade de considerar
seus estatutos, sua dimensão estética e suas forças políticas particulares. O
trabalho com os gêneros orais deve ser consistente.
O trabalho com os gêneros orais visa ao aprimoramento linguístico, bem
como, a argumentação. Nas propostas de atividades orais, o aluno refletirá
tanto a partir da sua fala quanto da fala do outro, sobre:
o conteúdo temático do texto oral;
elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros
usados em diferentes esferas sociais;
a unidade de sentido do texto roal;
os argumentos utilizados;
o papel do locutor e do intelocutor na prática da oralidade;
observância da relação entre os participantes (conhecidos,
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desconhecidos, nível social, formação, etc.) para adequar o discurso ao
interlocutor;
as marcas linguístico-enunciativas do gênero oral selecionado para
estudo
PRÁTICA DA ESCRITA
Nestas Diretrizes, o exercício da escrita, leva em conta a relação entre o
uso e o aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de
interação social e os gêneros discursivos são construções coletivas.
O educando precisa compreender o funcionamento de um texto escrito,
que se faz a partir de elementos como organização, unidade temática,
coerência, coesão, intenções, interlocutor (es), dentre outros. É desejável que
as atividades com a escrita se realizem de modo interlocutivo, que elas possam
relacionar o dizer escrito à circunstâncias de produção.
As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na
verdade, se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que
tem uma função social determinada, conforme as práticas vigentes na
sociedade” (ANTUNES, 2003, p. 62-63).
PRÁTICA DA LEITURA
Na concepção de linguagem assumida por essas Diretrizes, a leitura é
vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um
papel ativo no processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura
pistas formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa
estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico, nas suas experiências e
na sua vivencia sócio-cultural.
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas
esferas sociais. No processo de leitura, também é preciso considerar as
linguagens não-verbais para então contemplar os multiletramentos
mencionados nessas Diretrizes.
Trata-se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva
o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude
responsiva diante deles. Assim, o professor deve dar condições para que o
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aluno atribua sentidos a sua leitura, visando a um sujeito crítico e atuante nas
práticas de letramento da sociedade.
Para encaminhamento da prática da leitura, é preciso considerar o texto
que se quer trabalhar e, então, planejar as atividades.
No que concerne no trabalho com diferentes gêneros, Silva (2005, p. 66)
assinala que a escola deve se apresentar “como um ambiente rico em textos e
suportes de textos para que o aluno experimente, de forma concreta e ativa, as
múltiplas possibilidades de interlocução com os textos.”
Na sala de aula, nas atividades de interpretação e compreensão de um
texto, é necessário analisar: os conhecimentos de mundo do aluno, os
conhecimentos lingüísticos, o conhecimento da situação comunicativa, dos
interlocutores envolvidos, dos gêneros e suas esferas, do suporte em que o
gênero está publicado, de outros textos.
De acordo com o exposto, para encaminhamento da prática de leitura, é
relevante que o professor realize atividades que propiciem a reflexão e
discussão, tendo em vista o gênero a ser lido.
LITERATURA
No processo de leitura o leitor é visto como um sujeito ativo, tendo voz
em seu contexto. Assim, para proposta de trabalho com a Literatura essas
Diretrizes sugerem a Estética da Recepção, a Teoria do Efeito e o Método
Recepcional, elaborado por Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar,
como encaminhamento metodológico
Esse método proporciona momentos de debate, reflexões sobre a obra
lida, possibilitando ao aluno a ampliação dos seus horizontes de expectativa.
Essa proposta de trabalho, tem como objetivos: efetuar leituras compreensivas
e críticas; ser receptivo a novos textos e a leitura de outrem; questionar as
leituras efetuadas em relação ao seu próprio horizonte cultural; transformar os
próprios horizontes de expectativa bem como os do professor, da escola, da
comunidade familiar e social.
Esse trabalho dividi-se em cinco etapas cabendo ao professor delimitar o
tempo de aplicação de cada uma delas, de acordo com seu plano de trabalho
docente e com a sua turma. As etapas são as seguintes:
- Primeira etapa: determinação do horizonte de expectativa do aluno/leitor;
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- Segunda etapa: atendimento ao horizonte de expectativas;
- Terceira etapa: ruptura do horizonte de expectativa;
- Quarta etapa: questionamento do horizonte de expectativas;
- Quinta etapa: ampliação do horizonte de expectativa.
Para a aplicação deste método, o professor precisa ponderar as
diferenças entre Ensino Fundamental e o Ensino Médio. No Ensino Médio,
além do gosto pela leitura, há a preocupação, por parte do professor, em
garantir o estudo das Escolas Literárias.
É importante que o professor trabalhe com seus alunos as estruturas de
apelo, demonstrando a eles que não é qualquer interpretação que cabe à
literatura, mas aquelas que o texto permite. As marcas lingüísticas devem ser
consideradas na leitura literária, elas também asseguram que as estruturas de
apelo sejam respeitadas.
No ensino da literatura o professor não deve ficar preso à linha do tempo
da historiografia, mas fazer análise contextualizada da obra, no momento de
sua produção e no momento de sua recepção (historicidade). No Ensino Médio
deverá apresentar correntes da crítica literária mais apropriadas para o trato
com a literatura, tais: os estudos filosóficos e sociológicos, a análise do
discurso, os estudos culturais, entre tantos outros que podem enriquecer o
entendimento da obra literária.
As aulas de literatura estarão sujeitas a ajustes atendendo às
necessidades e contribuições dos alunos, de modo a incorporar suas idéias e
as relações discursivas por eles estabelecidas num contínuo texto-puxa-texto.
O trabalho com a literatura potencializa uma prática diferenciada com o
Conteúdo Estruturante da Língua Portuguesa (o Discurso como prática social)
e constitui forte influxo capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor
ao saber.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
A análise linguística é uma prática didática complementar às práticas de
leitura, oralidade e escrita, faz parte do letramento escolar, visto que possibilita
“ a reflexão consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-discursivas que
perpassam os usos linguísticos seja no momento de ler/escutar, de produzir
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textos ou de refletir sobre esses mesmos usos da língua” (MENDONÇA, 2006,
p.204).
Essa prática abre espaço para as atividades de reflexão dos recursos
linguísticos e seus efeitos de sentido no texto. É necessário deter-se um pouco
nas diferentes formas de entender as estruturas de uma língua e,
consequentemente, as gramáticas que procuram sistematizá-la.
Considerando a interlocução como ponto de partida para o trabalho com
o texto, os conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus
aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Daí
a importância de considerar não somente a gramática normativa, mas também
as outras, como a descritiva, a internalizada e, em especial, a reflexiva no
processo de ensino de Língua Portuguesa.
O professor poderá instigar, no aluno, a compreensão das semelhanças
e diferenças, dependendo do gênero, do contexto de uso e da situação de
interação, dos textos orais e escritos. Quanto mais variado for o contato do
aluno com diferentes gêneros discursivo (orais e escritos), mais fácil assimilar
as regularidades que determinam o uso da língua em diferentes esferas sociais
(BAKHTIN, 1992).
O texto não deve servir apenas para o aluno identificar, por exemplo, os
adjetivos e classificá-los; considera-se que o texto tem o que dizer, há
ideologias, vozes, e para atingir a sua intenção, utiliza-se de vários recursos
que a língua possibilita. Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades
que possibilitem aos alunos a reflexão sobre o seu próprio texto. O estudo do
texto e da sua organização sintático-semântica permite ao professor explorar
as categorias gramaticais, conforme cada texto em análise. Mas, nesse estudo,
o que vale não é a categoria em si: é a função que ela desempenha para os
sentidos do texto.
Definida a intenção para o trabalho com a Língua Portuguesa, o aluno
também pode passar a fazer demandas, elaborar perguntas, considerar
hipóteses, questionar-se, ampliando sua capacidade linguístico-discursiva em
atividades de uso da língua.
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AVALIAÇÃO
A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura é vista como um
processo de aprendizagem contínuo que prioriza a qualidade e o desempenho
do aluno ao longo do ano letivo. O professor deverá fazer uso da observação
diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo
e/ou objetivo.
Considerando que os alunos possuem ritmos e processos de
aprendizagem diferentes, a avaliação formativa, proposta nas Diretrizes, por
ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a
intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Pois esta informa ao professor
e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de
estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das aulas.
Sob essa perspectiva, as Diretrizes recomendam:
*Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos
diferentes interlocutores e situações. O professor verificará a participação do
aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor
suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação que apresenta ao defender
seus pontos de vista. O aluno também deve se posicionar como avaliador de
textos orais com os quais convive.
*Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a
compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre
textos, relações de causa e consequência entre as partes do texto, o
reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos
efeitos de ironia e humor em textos variados, a localização das informações
tanto explícitas quanto implícitas, o argumento principal, entre outros. É
importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa os conhecimentos prévios; se
compreende o significado das palavras desconhecidas a partir do contexto; se
faz inferências corretas; se reconhece o gênero e o suporte textual. Tendo em
vista o multiletramento também é preciso avaliar a capacidade de se colocar
diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens.
*Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de
produção, nunca como produto final o que determina a adequação do texto
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escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a
partir daí que o texto escrito será avaliado nos aspectos discursivo-textuais,
verificando: a adequação a proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem
está de acordo contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a
coesão e a coerência textual, a organização dos parágrafos. O aluno deve se
posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu
próprio. No momento da refacção textual, é pertinente observar se a intenção
do texto foi alcançada, se a relação entre partes do texto, se a necessidade de
cortes, devido às repetições, se é necessário substituir parágrafos, ideias ou
conectivos.
*Análise linguística: é no texto – oral e escrito – que a língua se manifesta em
todos os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa
prática pedagógica, os elementos lingüísticos usados nos diferentes gêneros
precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que
possibilitem compreender esses elementos no interior do texto. Dessa forma, o
professor poderá avaliar por exemplo, o uso da linguagem formal e informal, a
ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de
recursos lingüísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de
operadores argumentativos e modalizadores, bem como as relações
semânticas entre as partes do texto.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são
avaliados continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a
linguagem e refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que
lhes permite o aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.
A Recuperação Paralela será ofertada estudos de recuperação de cada
conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da aprendizagem por
meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos de aproveitamento
a maior mensuração obtida.
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em: 06-09- 2007.
LABEURB. Enciclopédia Discursiva da Cidade - Endici. Disponível em:
Laboratório Estudos Urbanos:
<http://www.labeurb.unicamp.br/enc_lab.htm>2002. Acesso em:
07/12/2007.
GOMES, E. País tem história universitária tardia. Jornal da Unicamp, 191 –
ANO XVII - 23 a 29 de setembro de 2002. Universidade de Campinas –
Unicamp. Disponível em:
<http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/setembro2002/unihoje_ju191pag7a.html.>2002. Acesso on line em 04/12/2007.
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ILLARI, R. Lingüística e Ensino da Língua Portuguesa com língua materna. (UNICAMP). Artigo disponível em: <www.estacaodaluz.org.br> (Museu da
Língua Portuguesa). Acesso em: 28-08-2007.
LUZ-FREITAS, M. S. E a Língua Portuguesa tornou-se disciplina curricular.
(PUC-SP e FEFI-MG). Disponível em:
<http://www.filologia.org.br/revista/33/04> 2004. Acesso em: 28-08-2007).
SOARES, M. Que professor de Português queremos formar? (UFMG).
Disponível em:
<http://www.unb.br/abralin/index.php?id=8&boletim=25&tema=13>.
Associação Brasileira de Lingüística. Boletim 25 (08/2001). Acesso em:
08/05/2006.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICACarga horária total: 360 h/a - 300 h
JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
Hoje o conhecimento matemático abrange os aspectos intelectuais,
físicos, emocionais, sociais e culturais tão importantes para o desenvolvimento
do indivíduo como um todo. Neste sentindo as aulas de matemática devem ser
um espaço dentro da escola onde o aluno tenha condições de exercitar ações
e transformações que verdadeiramente irá executar na sua realidade.
Portanto se faz necessário que as contextualizações dos conteúdos
matemáticos selecionados no Plano de Trabalho Docente, tenham também
uma visão sócio histórica, onde experiências do passado estejam relacionadas
com experiências do presente mediadas pela ação metodológica do professor.
A matemática deve ser vista como uma disciplina que possui um grande
legado acumulado pela humanidade, mas também como uma atividade em
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constante construção, pois e sabido que as necessidades emergentes sofrem
mudanças a todo instante.
Deve ser trabalhada e concebida como um conjunto de saberes,
resultados, métodos, procedimentos e algoritmos ligados entre si. Nesta
reflexiva o ensino aprendizagem da matemática deve estar voltado tanto para
os aspectos cognitivos como para a relevância social, priorizando o pensar e o
fazer na mesma proporção.
O estudante deve analisar, discutir, formar conjecturas, se apropriar de
conceitos e formular ideias para que possa agir de forma consciente no seu
meio social, devendo ampliar sua visão sobre as teorias para que possa
transportá-las para a prática e vice-versa. Haja vista que o seu caráter científico
deverá servir de subsídio para a tradução em atos efetivos dos problemas
reais.
A matemática na sala de aula deve portanto, contribuir para que o
estudante tenha condições de aliar o científico ao prático por meio desta
linguagem universal, a fim de melhor descrever e interpretar os próprios
fenômenos matemáticos, bem como os de outras áreas do conhecimento.
O estudo da disciplina leva contribuir para a integração da sociedade
em que vive, proporcinado-lhe conhecimento básico de teoria e prática.,
estimulando a cr[uriosidade e o interesse a criatividade do aluno para que ele
explore novas idéias e novos caminhos na aplicação dos conceitos adquiridos
e na resolução de problemas. Visa ainda desenvolver no aluno o uso do
pensamento lógico, a capacidade de elaborar hipóteses, descobrir soluções,
estabelecer relações e tirar conclusões, proporcionando ao aluno a capacidade
de classificar, relacionar, representar, analisar, deduzir, provar e julgar, ao
mesmo tempo que desenvolve a perseverança, a responsabilidade,
cooperação, bem como o uso correto da linguagem matemática.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Números e Álgebra
Grandezas e Medidas
Funções
Geometrias
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Tratamento da Informação
CONTEÚDOS ESPECÍFICOSNÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Reais;
Números complexos;
Sistemas lineares;
Matrizes e Determinantes;
Polinômios;
Equações e Inequações Exponencias, Logarítmicas e Modulares.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de Área;
Medidas de Volume;
Medidas de Grandezas Vetoriais;
Medidas de Informática;
Medidas de energia;
Trigonometria.
FUNÇÕES
Função Afim;
Função Quadrática;
Função Polinomial;
Função Exponencial;
Função Logarítmica;
Função Trigonométrica;
Função Modular;
Progressão Aritmética;
Progressão Geométrica.
GEOMETRIAS
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria Analítica;
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Geometrias não-euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Análise Combinatória;
Binômio de Newton;
Estudo das Probabilidades;
Estatística;
Matemática Financeira.
METODOLÓGIA
Os conteúdos estruturantes com os conteúdos específicos, devem ser
articulados em relações de interdependências que enriqueçam o processo
pedagógico de forma a abandonar abordagens fragmentadas, como se os
conteúdos de ensino existissem em patamares distintos e sem vínculos, afinal,
“[...] o significado curricular de cada disciplina não pode resultar de apreciação
isolada de seus conteúdos, mais sim do modo como se articulam” (MACHADO,
1993, p.28).
Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências
metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente.
Cabe ao professor assegurar um espaço de discussão no qual os alunos
pensem sobre os problemas que irão resolver, elaborem uma estratégia,
apresentem suas hipóteses e façam o registro da solução encontradas ou de
recursos que utilizaram para chegarem ao resultado. Isso favorece formação
do pensamento matemático, livre do apego às regras.
As etapas da resolução de problemas são: Compreender o problema;
destacar informações, dados importantes do problema, para a sua resolução;
elaborar um plano de resolução; executar o plano; conferir resultados;
estabelecer nova estratégia, se necessário, até chegar a uma solução aceitável
(POLYA, 2006).A modelagem matemática tem como pressuposto a
problematização de situações do cotidiano. No contexto social, procura levantar
problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida.O trabalho
pedagógico com a modelagem matemática possibilita a intervenção do
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estudante nos problemas reais do meio social e cultural em que vive, por isso,
contribui para sua formação crítica.
Os recursos tecnológicos, como os sofware, a televisão, as
calculadoras, os aplicativos da internet , entre outros, tem favorecido as
experimentações matemáticas e potencializados formas de resolução de
problemas.
Aplicativos de modelagem e simulação tenham auxiliado estudantes e
professores visualizarem, generalizarem e representarem o fazer matemático
de uma maneira passível de manipulação, pois permitem construção,
interação, trabalho colaborativo, processo de descoberta de forma dinâmica e o
confronto entre teoria e prática.
As ferramentas tecnológicas são muito importantes no desenvolvimento
de ações em matemática, pois enfatiza um aspecto fundamental da disciplina
que é a experimentação. Através destas ferramentas os estudantes
conseguem argumentarem e conjecturarem sobre atividades que envolvam
experimentação.
A história da matemática é um elemento orientador na elaboração
de atividades, na criação de situações-problema, na busca de referências para
compreender os conceitos matemáticos.Possibilita ao aluno analisar e discutir
razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos.
A história deve ser o fio condutor que direciona as explicações de muitos
porquês da matemática. Promove uma aprendizagem significativa, pois leva o
estudante a compreender que o conhecimento matemático é construído
historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais.
As investigações matemáticas podem ser desencadeadas a partir da
resolução de simples exercícios e muito se relaciona com a resolução de
problema. O problema é uma questão para qual o aluno precisa estabelecer
uma estratégia que permita a sua realização imediata, enquanto que um
exercício pode ser resolvido usando um método conhecido.
Já uma investigação é um problema em aberto, por isso as coisas
acontecem de forma diferente do que na resolução de problema e exercício,
pois o objeto a ser investigado não é explicitado pelo professor , porém um
método de investigação deverá ser indicado por meio de uma introdução oral
de maneira que o aluno compreenda-o o significado investigar. Assim, uma
mesma situação apresentada poderá ter objetos de investigação distintos por
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diferentes grupos de alunos. Os grupos podem partir de pontos de investigação
diferentes e consequentemente obterão resultados diferentes.
Na investigação matemática, o aluno é convidado agir como matemático
porque é solicitado a propor questões, pois formula conjecturas a respeito do
que é investigado. As investigações matemáticas envolvem procedimentos e
representações, mas o que verdadeiramente as caracteriza é um estilo de
conjectura-teste-demonstração. Nesta metodologia os alunos precisam verificar
quais as conjecturas mais adequadas à questão investigada, e para tal devem
realizar provas e refutações, discutindo e argumentando com seus colegas e
com o professor.
AVALIAÇÃO
É preciso que o professor estabeleça critérios e instrumentos de
avaliação bem claros para que os resultado sirvam de intervenções no
processo ensino aprendizagem quando necessário. Pois, a finalidade maior da
avaliação é proporcionar aos alunos novas oportunidades par aprender ao
mesmo tempo que possibilita ao professor refletir sobre seu próprio trabalho,
fornecendo dados sobre as dificuldades de cada aluno.
No processo avaliativo é necessário que o professor esteja atento para
observar de forma sistemática seus alunos para diagnosticar as dificuldades de
cada um, criando oportunidades diversificadas para que possam expressar seu
conhecimento das formas mais variadas.
Alguns critérios de avaliação devem orientar as atividades avaliativas do
professor, possibilitando ao professor verificar se o aluno consegue se
comunicar matematicamente de forma oral ou escrita; compreender e
interpretar, por meio da leitura um problema matemático; elaborar um plano
que possibilite a (s) solução(oes) de um problema e realizar retrospectos da
solução de um problema.
O aluno deve ser estimulado, no processo pedagógico, a partir de
situações problema, internas ou externas à matemática, sempre pesquisando
conhecimentos que possam auxiliar na resolução de problemas, sempre
elaborando conjecturas para afirmá-las e testá-las sempre perseverando na
busca de soluções frente as dificuldades. Ao mesmo tempo o aluno deve
sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,
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generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições
particulares.
O professor deve levar o aluno a sempre socializar os resultado obtidos
e argumentar a favor ou contra todos os resultado obtidos, não desprezando
jamais sua vivência de modo sempre a relacioná-las aos novos conhecimentos
abordados nas aulas de matemática.
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de
cada conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da
aprendizagem por meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos
de aproveitamento a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIAS
BORBA, M. C.; PENTEADO, M. G. Informática e educação matemática. Belo
Horizonte: Autêntica, 2001.
DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. São
Paulo: Editora Ática, 2003.
MACHADO, N. J. Interdisciplinaridade e Matemática. Revista Quadrimestral da Faculdade de Educação - Unicamp - Proposições.
Campinas, n. 1 [10], p. 25-34, mar. 1993.
MIGUEL, A.; MIORIM, M. A. História na educação matemática: propostas e desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da Educação Básica- Matemática. Escola Pública do Paraná. Curitiba:
SEED/DEB,2008.
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POLYA, G. A Arte de Resolver Problemas. Rio de Janeiro: Editora
Interciência,1995.
PONTE, J. P.; BROCARDO, J.; OLIVEIRA, H. Investigações Matemáticas na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR PRODUÇÃO ANIMALCarga horária total: 400 h/a - 333 h
JUSTIFICATIVAA agropecuária encontra-se hoje como uma das principais atividades do
país e do Estado do Paraná. Propomos preparar os alunos para que sejam
profissionais que atuem com visão sufucinte para atingir os melhores
resultados possíveis.
Fica a cargo da escola oferecer condições para que se acompanhe o
crescimento tecnológico e acompanhar o crescimento regional da agropecuária
e produtivo.
CONTEÚDOS Introdução à Zootecnia; Importância sócio-econômica; Principais espécies de
interesse Zootécnico; Sistemas de criação animal; Noções e técnicas de
manejo animal; Noções e técnicas de manejo sanitário animal; Noções e
técnicas de forragicultura; Noções e técnicas de nutrição animal; Noções de
melhoramento genético animal; Manejo reprodutivo.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS Definição e conceituação da zootecnia;
Taxonomia zootécnica;
Atributos étnicos;
Noções de bioclimatologia animal – influência do meio ambiente sobre os
animais de interesse zootécnico;
Noções de melhoramento genético animal;
Sericicultura:
Importância sócio-econômica da criação;
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Anatomia e morfologia do bicho-da-seda;
Cultura da amoreira;
Instalações (barracão, mesas de criação, depósito, limpeza e
desinfecção);
Manejo da criação (recepção das lagartas, ciclo, emboscamento,
encasulamento, colheita, classificação e comercialização dos casulos);
Prevenção e controle das principais doenças;
Manejo dos resíduos;
Índices e escrituração zootécnica;
Apicultura: Importância sócio-econômica da criação;
Anatomia e morfologia das abelhas;
Espécies das abelhas;
Ciclo de evolutivo;
Organização social;
Divisão do trabalho;
Equipamentos de proteção individual;
Sistemas de criação;
As colméias;
Uso do fumigador;
Povoamento das Colméias;
Localização, implantação e manejo geral dos apiários;
Fortalecimento e Divisão dos Enxames;
Enxameação e abandono de colméias;
Prevenção de doenças e predadores;
Produtos apícolas, índices e escrituração zootécnica.
Minhocultura: Importância sócio-econômica da criação;
Anatomia e morfologia da minhoca;
Espécies das minhocas;
Reprodução das minhocas;
Alimentação;
Condições ambientais;
Predadores;
Manuseio;
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Preparo do minhocário e sistemas de criação;
Preparo do esterco;
Colheita do húmus, prevenção ao ataque de predadores;
Acondicionamento e comercialização de húmus, índices e escrituração
zootécnica.
Avicultura de Corte e Postura: Importância sócio-econômica da criação;
Anatomia e fisiologia do sistema digestório e reprodutivo das aves;
Instalações;
Equipamentos;
Manejo nutricional;
Manejo sanitário e preparo das instalações;
Manejo de matrizes;
Qualidade do pinto de 1 dia;
Chegada e recebimento dos pintainhos;
Ambiência e controle da temperatura;
Manejo da cama;
Manejo da água;
Vacinações;
Programa de luz;
Muda forçada;
Retirada do lote;
Produção e controle de qualidade do ovo;
Principais doenças;
Manejo de dejetos e de aves mortas;
Índices e escrituração zootécnica;
Cunicultura: Importância sócio-econômica da criação;
Anatomia e fisiologia do sistema digestório e reprodutivo dos coelhos;
Raças comerciais;
Instalações;
Sistemas de criação;
Manejo reprodutivo;
Manejo sanitário;
Aquisição de matrizes e reprodutores;
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Manejo reprodutivo (cobertura, manejo da gestação, parto e lactação,
desmama e recria dos láparos);
Manejo nutricional;
Manejo sanitário;
Principais doenças;
Manejo de dejetos e animais mortos;
Índices e escrituração zootécnica.
Psicicultura: Importância sócio-econômica da criação;
Anatomia e morfologia dos peixes;
Espécies;
Ambiente e água para a piscicultura;
Sistemas de criação;
Manejo nutricional;
Reprodução;
Doenças;
Comercialização;
Índices e escrituração zootécnica.
Forragicultura: Caracterização das gramíneas e leguminosas forrageiras (exigências
quanto ao solo, utilização, porte e hábito de crescimento, capacidade de
suporte, rendimento, multiplicação, composição química);
Manejo e sistemas de pastagens;
Conservação de forragens (fenação e ensilagem);
Caprinocultura e Ovinocultura: Importância sócio-econômica das criações de ovinos e caprinos;
Anatomia e fisiologia do sistema digestório e reprodutivo de caprinos e
ovinos;
Raças;
Instalações;
Sistemas de criação;
Manejo nutricional;
Manejo reprodutivo (métodos de reprodução, gestação, parto, manejo
dos neonatos);
Manejo dos animais em crescimento e terminação;
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Principais doenças;
Manejo sanitário;
Manejo de dejetos e animais mortos;
Índices e escrituração zootécnica.
Suinocultura: Importância sócio - econômica das criações;
Anatomia e morfologia do sistema digestório e reprodutivo dos suínos;
Raças;
Instalações;
Sistemas de criação;
Manejo nutricional;
Manejo reprodutivo (métodos de reprodução, gestação, parto, manejo
dos neonatos);
Manejo dos animais em crescimento e terminação;
Principais doenças;
Manejo sanitário;
Manejo de dejetos e animais mortos;
Índices e escrituração zootécnica;
Bovinocultura de corte e bubalinocultura: Importância sócio-econômica das criações;
Anatomia e morfologia dos bovinos;
Raças;
Instalações;
Sistemas de criação;
Manejo nutricional;
Manejo reprodutivo (métodos de reprodução, gestação, parto, manejo
dos neonatos);
Manejo dos animais em crescimento e terminação;
Principais doenças;
Manejo sanitário;
Manejo de dejetos e animais mortos;
Índices e escrituração zootécnica.
Bovinocultura de leite: Importância sócio-econômica das criações;
Anatomia e Fisiologia da Glândula Mamária;
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Raças;
Instalações;
Sistemas de criação;
Manejo nutricional;
Manejo reprodutivo (métodos de reprodução, gestação, parto, manejo
dos neonatos);
Ordenha higiênica;
Tipos de ordenha;
Conservação do leite na propriedade;
Qualidade do leite;
Manejo de bezerras e novilhas;
Manejo de vacas secas e secagem de vacas;
Principais doenças;
Manejo sanitário;
Manejo de dejetos e animais mortos;
Índices e Escrituração Zootécnica;
Eqüideocultura: - Importância sócio-econômica das criações;
Principais Raças;
Noções de Conformação e Aprumos;
Manejo Nutricional.
METODOLOGIA
Aulas expositivas dialogada, trabalhos individuais e em grupo, com exposição
do assunto pesquisado, possibilitando debates. Utilização de meios audi
visuais, para facilitar o processo de ensino aprendizagem.Visitas técnicas e
Aulas práticas, para concretização do aprendizado teórico prático.
AVALIAÇÃO
Avaliação teórica prática de conteúdos específico
Avaliação do contexto
Participação nas aulas prática e visitas técnicas ,com apresentação de relatório
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de cada
conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da aprendizagem por
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meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos de aproveitamento
a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIAS
CAVALCANTI, Sergito de Souza. Suinocultura dinâmica. Ed. Itapoã:
Contagem, 1998. 494p.
Jr. BERCHIERI, A.; MACARI, M. Doenças das aves. Campinas: Facta, 2000.
505p.
LAZZARINI NETO, Sylvio. Manejo de pastagens. 2. ed. Viçosa: Aprenda Fácil,
2000. 124 p.
LONGO. Alcyr D. et al. Criações rurais . Ed. Ícone: São Paulo, 1986. 353p.
MILLEM, Eduardo. Zootecnia e veterinária. Campinas – SP: ICEA, 1980.
Nicolas, F. N. Introdução à genética veterinária. Porto Alegre: Artes Médicas
Sul, 1999. 326p.
PEIXOTO, Aristeu Mendes, MOURA, José Carlos de, FARIA, Vidal Pedroso de.
Confinamento de bovinos. Ed. FEALQ: Piracicaba, 1997. 184p.
PEREIRA, José Carlos. Vacas leiteiras - aspectos práticos de alimentação. Viçosa: Aprenda Fácil, 2000. 198 p.
RAFEZ, E. S. E. Reprodução animal. 7 ed. São Paulo: Manole, 2003, 582p.
RIBEIRO, Silvio Doria de Almeida. Caprinocultura - criação racional de caprinos. São Paulo: Nobel, 1997. 317 p.
SIMONS, Paula. Criação de ovinos. Coleção Euroagro, 2004. 252 p.
SPINOSA, H. S.; GORNIAK, S. L.; BERNARDI, M. M. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 1999. 646p.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE PRODUÇÃO VEGETAL
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
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Carga horária total: 360 h/a - 300 h
JUSTIFICATIVA
A disciplina de produção Vegetal vai ajudar na profissão dando visão geral das
culturas da região e para obter maior produtividade tendo também a segurança
no manuseio e utilização consciente e necessário nos defensivos agrícolas e
demais produtos utilizados nas culturas.Para sua profissão leva conhecimento
das principais culturas.
CONTEÚDOS
Principais culturas de interesse econômico e social. Importância socioe-
conômico; Técnicas de plantio, tratos culturais, colheita e armazenamento das
principais culturas; cultura de interesse bioenergético: cana-de-açúcar, girassol
e oleaginosas em geral.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Culturas secundárias: algodão, café, cana-de-açúcar,arroz; Importância socioeconômica;
Classificação botânica;
Morfologia das plantas;
Variedades recomendadas (zoneamento);
Época de plantio;
Técnicas de preparo do solo;
Adubação e calagem;
Plantio;
Densidade;
Lotação por área;
Tratos culturais;
Pragas,doenças e ervas daninhas;
Colheita;
Beneficiamento e armazenagem;
Comercialização e transporte;
Culturas de girassol, pinhão manso, outros:
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Importância socioeconômica;
Classificação botânica;
Morfologia das plantas;
Variedades recomendadas (zoneamento);
Época de plantio;
Técnicas de preparo do solo;
Adubação e calagem;
Plantio;
Densidade;
Lotação por área;
Tratos culturais;
Pragas, doenças e ervas daninhas;
Colheita;
Beneficiamento e armazenagem;
Comercialização e transporte;
Forragicultura: Classificação geral das forrageiras;
Espécies anuais e perenes;
Métodos de propagação: vegetativos e por sementes;
Conservação das forrageiras;
Culturas de verão:milho, soja,feijão, trigo, triticale, cevada: Importância socioeconômica;
Classificação botânica;
Morfologia das plantas;
Variedades recomendadas (zoneamento);
Época de plantio;
Técnicas de preparo do solo;
Adubação e calagem;
Plantio;
Densidade;
Lotação por área;
Tratos culturais;
Pragas, doenças e ervas daninhas;
Colheita;
Beneficiamento e armazenagem;
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Comercialização e transporte;
METODOLOGIAA disciplina será trabalhada em aulas expositivas com ajuda da
multimídia.
Pesquisa e apresentação de trabalho com debate do assunto.
Visitas técnicas para aprofundar a teoria estudando em sala.
AVALIAÇÃOAvaliação teórica e prática.
Avaliação em Pesquisa, Apresentação.
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de
cada conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da
aprendizagem por meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos
de aproveitamento a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIAS
BULISANI, E.A. “Feijão – Fatores de Produção e Qualidade”; Editora da
Fundação Cargill; Campinas –SP; 1987; 326 p.
GOMES, J. et all; “A Cultura do Milho no Paraná”; Editora IAPAR; Londrina –
PR; 1991; 271 p.
MALAVOLTA, E. et all; “ Cultura do Arroz de Sequeiro”; Editora do Instituto
da Potassa & Fosfato; Piracicaba – SP; 1983; 422 p.
CUNHA, Gilberto Rocca da et all; “ Trigo no Mercosul”; Editora EMBRAPA;
Brasília –DF; 1999; 316 p.
TOMM, Gilberto Omar et all; “Soja – resultados de Pesquisas”; Editora
EMBRAPA; Passo Fundo – RS; 1995; 206 p.
FILGUEIRA, Antonio Reis; “Novo Manual de Olericultura – Agrotecnologia na Produção e Comercialização de Hortaliças”; Editora UFV; 2003.
BERGAMIN, Armando Filho; KIMATI, Hiroshi; AMORIM, Lílian. Manual de fitopatologia. Ed. Agronômica Ceres: São Paulo, 1995. 919p.
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ABREU JUNIOR, Hélcio. Práticas alternativas de controle de pragas e doenças na agricultura: coletânea de receitas. Ed. EMOPI: Campinas, 1998.
115p.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICACarga horária total: 240 h/a - 200 h
JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
A dimensão histórica da disciplina de Química é importante
para compreender o desenvolvimento de saberes e práticas ligadas a
transformação da matéria. Este saber foi estimulado pela comunicação, o
domínio do fogo e processo de cozimento. A manipulação dos metais,
vitrificação, chás, remédios, iatroquímica entre outros são procedimentos que
contribuíram para a elaboração do conhecimento químico desde o século XVII.
Fatos políticos, religiosos e sociais foram marcantes na história
do conhecimento químico, se destacaram a partir do fogo(extração, produção e
o tratamento de metais como o cobre, bronze, ferro e ouro). Nesta época surge
a alquimia em que se buscava o elixir da vida eterna e a pedra filosofal. Neste
processo a manipulação de diversos metais, como o cobre, o ferro e ouro e
vidrarias que aperfeiçoadas e hoje, fazem parte dos laboratórios.
Entre o século XIV e XV com o fim do feudalismo, a alquimia
ganhou nova configuração, período caracterizado por aglomerações
emergentes, pela fome, pela peste, gerando um desequilíbrio demográfico e
modificações relacionadas ao trabalho.
A classe social (burguesia) começa a comandar a
reestruturação do espaço e do processo produtivo no novo contexto
econômico, havendo um avanço dos estudos para a cura de doenças,
especialmente o uso de substâncias químicas minerais.
Entre os séculos XV-XVI com estudos de Paracelso
possibilitaram o nascimento da Iatroquímica (conhecimento terapêutico),
antecessora da Química.
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A teoria sobre a composição da matéria surgiu na Grécia antiga
e a ideia de átomo com os filósofos gregos Leucipo e Demócrito lançaram
algumas bases para o atomicismo do século XVII e XVIII com Boyle, Dalton e
outros.
No século XIX a teoria atômica foi o centro para o
desenvolvimento da Química como ciência.
No movimento capitalista da Europa marcaram a constituição
do saber e de fato reconhece a Química como ciência.
No século XVII na Europa com a expansão da indústria, do
comércio, com as instituições de pesquisas, algumas independentes colocam
em ação as teorias científicas aliadas às práticas populares e ao cotidiano das
pessoas.
Ao longo dos séculos XVII e XVIII com o estudo da Química
pneumática (Boyle, Priestley, Cavendsh) e rigor metodológico de Lavoisier
difundiu-se um novo saber conhecido como Química entre eles os
procedimentos de alquimia, boticais, iatroquímica e estudo dos gases.
No século XIX através de explicações atômico-moleculares
com estudos de Dalton, Avogadro e Berzélius e outros e que a Química
ascendeu ao fórum das Ciências vinculada as investigações sobre a
composição e estrutura da matéria, estudos partilhados com a Física.
No século XVIII e XIX o experimentalismo marcou a ciência
moderna, em destaque no isolamento de substâncias gasosas(Nitrogênio,
Cloro, Hidrogênio e Oxigênio) e elementos metálicos como: cobalto, platina,
zinco, bismuto, molibdênio, telúrio, tungstênio e cobre.
O desenvolvimento da Indústria Química se deu com a
Revolução Industrial. Um dos químicos influentes Antonie Lauret Lavoisier com
a publicação do Tratado Elementar de Química foi referência na época com a
proposta da nomenclatura universal para os compostos químicos aceita
internacionalmente.
Em seu trabalho, Lavoisier demonstrou que a queima é uma
reação química com o oxigênio, derrrubando a teoria do flogismo e gerando
crise sobre as explicações de fenômenos como combustão, calcinação e
respiração. Lavoisier desenvolveu estudo teórico sobre iluminação das ruas
parisienses, problemas de adulterações de alimentos, funcionamentos das
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tinturas, corrosão de metais e produção de explosivos para o governo francês,
importante devido às guerras e conflitos no período histórico ( DCE, p. 41).
No século XIX finalmente a ciência moderna se consolidou
através da teoria atômica de John Dalton com elaboração de sua hipótese
atômica com base em dados experimentais (DCE, p.42)
Em 1828, compostos orgânicos são sintetizados em laboratório
pela queda da teoria da força vital, por Freedrich Wohler com a síntese da
uréia.
Em 1860, foi realizado o primeiro congresso mundial de
Química na Alemanha. Com a proposta de Friedrich August Kekulé, apoiado
por Charles Adolphe Wiurtz, 140 eminentes químicos se reuniram para discutir
os conceitos de átomo, molécula, equivalente, atomicidade e basicidade (DCE,
p. 42).
Houve destaque nos estudos de organização e sistematização
dos elementos químicos de Julius Lothar Meyer e Dimitri Ivanovitch Mendeleev,
sendo este o organizador da classificação dos elementos segundo o mesmo
princípio da periodicidade e propriedades em função dos pesos atômicos(DCE,
p. 42).
Na segunda metade do século XIX impulsionaram as
pesquisas sobre eletrólise, propostas de modelos atômicos, a criação do
primeiro plástico artificial, o celulóide em 1869, por John Hyatt e a primeira fibra
artificial, o rayon, patentiada por Luis Marie Chardonnet.
No final do século XIX, surgiu laboratórios de pesquisa, a
Química se consolida como principal disciplina associada aos efetivos
resultados da indústria (DCE, p. 43).
No século XX a Química e todas as outras Ciências Naturais
tiveram um grande desenvolvimento especialmente nos Estados Unidos,
Inglaterra e Alemanha com a obtenção de medicamentos, indústria bélica,
estudos nucleares, estrutura atômica e formação das moléculas, mecânica
quântica e outros.
No final do século XX foi marcado pelas descobertas de novos
materiais, engenharia genética, exploração da biodiversidade, obtenção de
diferentes combustíveis, estudos espaciais e pela farmacologia, marcando o
processo consolidação científica com destaque a Química, que participa de
diferentes áreas das ciências e colaboram no estabelecimento de uma cultura
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científica, cada vez mais arraigada no capitalismo e presente na sociedade, e
por, conseguinte na escola (DCE, p.44).
O conhecimento químico está em constante transformação,
inseparáveis dos processos sociais, políticos e econômicos.
A partir das décadas de 1960 e 1970, o processo de
industrialização brasileiro influenciou a formação de cursos profissionalizantes
com métodos que privilegiavam a memorização de fórmulas, a nomenclatura, a
classificação dos compostos químicos, as operações matemáticas e a
resolução de problemas ( DCE, p. 52)
Para superar as abordagens tradicionais no ensino de Química,
na perspectiva conceitual, retoma a cada passo o conceito estudado, na
intenção de construí-lo com ajuda de outros conhecimentos envolvidos, dando
significados em diferentes contextos (DCE, p.52).
A atividade experimental é importante no seu papel
investigativo e na sua função pedagógica de auxiliar o aluno, na explicitação,
problematizações, discussão, enfim, na significação dos conceitos químicos
(DCE, p.53).
O ensino das concentrações de medicamentos, substâncias
dissolvidas nas águas dos lagos, rios e mares, das substâncias presentes no
cotidiano e das soluções, pois nestas diretrizes, propõe- se um trabalho
pedagógico com o conhecimento químico que propicie ao aluno compreender
os conceitos científicos para entender algumas dinâmicas do mundo e mudar
sua atitude em relação a ele (DCE, p.54).
O ensino de Química pode contribuir para sua atitude mais
consciente diante das questões do cotidiano, por exemplo a separação dos
resíduos orgânicos e inorgânicos. O conhecimento químico pode favorecer o
manuseio e descarte correto desses materiais, não significa que outras
pessoas que não tem o conhecimento não possa realizar,este tipo de atividade,
mas o ensino de química pode contribuir para uma atitude mais consciente
diante dessas questões (DCE, p.54).
Nesta sociedade capitalista, onde o poder do consumo impera,
a química pode orientar estudantes sobre a composição e transformação de
materiais, a importância de produtos no mercado com sustentabilidade,
poupando recursos naturais e resgatar atitudes de comprometimento com a
vida no planeta.
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Os conteúdos estruturantes de Química podem auxiliar a
contextualização entre o conhecimento e assuntos do cotidiano pertinentes, por
exemplo: drogas, lixo, ambiente e outros ligados ao contexto histórico, social,
econômico e ambiental.
OBJETIVOS GERAIS
- Entender conceitos, princípios e leis da química e utilizá-los para interpretar
os fenômenos e aplicação na solução de novos problemas;
- Conhecer e utilizar normas básicas de segurança em atividades de
laboratório, bem como o descarte correto de resíduos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES- Matéria e sua natureza
- Biogeoquímica
- Química sintética
CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos básicos das séries do Ensino Médio estão relacionadas a seguir:
-MATÉRIA (constituição, estado de agregação, natureza elétrica, modelos
atômicos, estudo dos metais e tabela periódica)
-SOLUÇÃO (substância simples e composta, misturas, métodos de separação,
solubilidade, concentração, forças intermoleculares, temperatura e pressão,
densidade, dispersão e suspensão e tabela periódica)
-VELOCIDADE DAS REAÇÕES (reações químicas, leis das reações,
representação das reações, condições fundamentais para ocorrência das
reações químicas, fatores que interferem na velocidade das reações, leis da
velocidade das reações químicas, tabela periódica.
-EQUILÍBRIO QUÌMICO (reações químicas reversíveis, concentração, relações
matemáticas e o equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio, concentração,
pressão, temperatura e efeito catalizadores, equilíbrio químico em meio
aquoso, tabela periódica)
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-LIGAÇÂO QUÌMICA (tabela periódica, propriedades dos materiais, tipos de
ligações químicas em relação às propriedades dos materiais, solubilidade e as
ligações químicas, interações intermoleculares e as propriedades das
susbstâncias moleculares, ligações de Hidrogênio, ligação metálica, ligações
sígma e pi, ligações polares e apolares, alotropia).
-REAÇÕES QUÍMICAS (reações de óxido-redução, reações exotérmicas e
endotérmicas, diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas, variação
de entalpia, calorias, equações termoquímicas, princípios da termodinâmicas,
leis de Hess, entropia e energia livre, calorimetria e tabela periódica)
-RADIOATIVIDADE (modelos atômicos, elementos químicos, tabela periódica,
reações químicas, velocidade das reações, emissões radioativas, leis da
raioatividade, cinética das reações químicas, fenômenos radiativos).
-GASES (estados físicos da matéria, tabela periódica, propriedades dos gases,
modelo de partículas para os materiais gasosos, misturas gasosas, diferença
entre gás e vapor, leis dos gases).
-FUNÇÕES QUÍMICAS (funções orgânicas, funções inorgânicas e tabela
periódica)
METODOLÓGIA
O conhecimento químico será elaborado a partir de concepções
espontãneas dos estudantes. A concepção científica envolve um saber
socialmente construído e sistematizado, que requer metodologias específicas
para ser disseminado no ambiente escolar.
A experimentação auxilia melhor compreensão dos fenômenos químicos
através da observação e anotações em relatórios. Essa atividade deve ser
simples e atingir o objetivo central que é interpretar os fenômenos químicos e
trocar informações entre professor e/ou grupo participante.
A atividade de leitura é fundamental para contextualizar o ensino de
química às problemáticas e soluções do cotidiano, como textos, artigos
científicos e reportagens jornalísticas.
AVALIAÇÃO
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A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa como
diagnóstico para redirecionar a ação do professor assegurando a qualidade do
processo educacional.
A avaliação deve formar conceitos científicos através de uma ação
pedagógica com abordagens históricas, sociológicas, ambiental e experimental,
considerando o conhecimento prévio e o contexto social do aluno.
Os critérios e instrumentos de avaliação devem ser claros e
diversificados.
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de
cada conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da
aprendizagem por meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos
de aproveitamento a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação do. Diretrizes Curriculares da Educação básica. Química. Curitiba:SEED-PR, 2008,p.75.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação do. Superintendência de
Educação. Departamento da Diversidade. Coordenação de Desafios
Educacionais Contemporâneos. Curitiba: SEED-PR, 2008, p.112. (Cadernos
Temáticos da Diversidade, 1).
SANTOS, Wildson L. Pereira; MÒL, Gerson de Souza. Química e Sociedade. Projeto de Ensino de Química e Sociedade, volume único. Nova Geração:
São Paulo. 2005.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIACarga horária total: 240 h/a - 200 h
JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
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O objeto de estudo da disciplina são as relações sociais decorrentes das mudanças estruturais impostas pela formação do modo de produção capitalista, sendo que estas relações materializam-se nas diversas instâncias sociais: instituições sociais, práticas políticas e culturais, as quais devem ser estudadas em sua especificidade e historicidade.
A concepção da disciplina é de uma Sociologia crítica, mas os seus conteúdos fundamentam-se em teorias com diferentes tradições sociológicas: os clássicos, a saber: Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber, e contemporaneamente: Antonio Gramsci, Pierre Bourdieu, Florestan Fernandes entre outros.
É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicar e explicitar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, desconstruindo pré-noções e pré-conceitos, para interpretar e dar respostas aos problemas da realidade atual garantindo assim o pensamento crítico.
OBJETIVO GERAL
Levar o aluno a compreender de forma crítica os elementos da realidade social na qual está inserido colocando-se como sujeito de seu aprendizado através da articulação entre as teorias sociológicas, problematizações e contextualizações propostas pelos conteúdos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- O Processo de Socialização e as Instituições Sociais- Cultura e Indústria Cultural- Trabalho, Produção e Classes Sociais- Poder, Política e Ideologia - Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS - Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social.- Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels, Marx, Weber.- O desenvolvimento da Sociologia no Brasil.- Processo de Socialização.- Instituições Sociais: familiares, escolares, religiosas.- Instituições de Reinserção: prisões, manicômios, educandários, asilos.- Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades.- Diversidade cultural.- Identidade cultural.- Indústria cultural.- Meios de comunicação de massa.- Sociedade de consumo.- Indústria cultural no Brasil- Questões de gênero.
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- Cultura afro-brasileira e africana.- Culturas indígenas- Direitos Civis, Políticos e Sociais- Direitos Humanos- Conceito de Cidadania
- Movimentos Sociais
- Movimentos Sociais no Brasil
- A Questão Ambiental e os Movimentos Ambientais
- A Questão das ONG’s
- Mudanças nos padrões de sociabilidade provocados pela globalização
(desemprego, subemprego, cooperativismo, agronegócios, produtividade,
capital humano, reforma trabalhista);
- Organização Internacional do Trabalho;
- Neoliberalismo;
- Relações de Mercado, avanço científico e tecnológico e os novos modelos de
sociabilidade;
- Elementos de sociologia rural e urbana: relações sociais no campo e nas
cidades, novas organizações familiares, territórios marginais: estigma,
preconceito, exclusão, organizações sociais do campo, conflitos, movimentos,
padrões de dominação e violência.
METODOLÓGIA
Uso de diferentes recursos com a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias enriquecidas com o uso de recursos audiovisuais e mídias ( laboratório de informática, TV multimídia, CDs e DVDs) bem como utilização de filmes, imagens, músicas e charges.
AVALIAÇÃO
A avaliação pauta-se numa concepção formativa e continuada, como mecanismo de transformação social. Constitui-se em um processo contínuo de crescimento da percepção da realidade à volta do aluno e faz do profe3ssor, um pesquisador.
A avaliação se pretende continuada, processual, por estar presente em todos os momentos da prática pedagógica e possibilitar a constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
Os instrumentos de avaliação, atentando para a construção da autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e de
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aprendizagem, e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os conteúdos.
Estudar, aprender e ensinar Sociologia exige posicionamentos teórico-metodológicos claros e concisos e também um posicionar-se frente à realidade apresentada pelo conhecimento produzido.
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de
cada conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da
aprendizagem por meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos
de aproveitamento a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, R.(Org.). A dialética do trabalho: Escritos de Marx e Engels. São
Paulo: Expressão Popular, 2004.
AZEVEDO, F. Princípios de sociologia: pequena introdução ao estudo da
sociologia geral. 11. ed. São Paulo: Duas Cidades,1973.
BOBBIO,N. A teoria das formas de governo. 4.ed. Brasília: Unb,1985.
CARDOSO, F.H., O modelo político brasileiro. Rio Janeiro: Dofel, 1977
DURKHEIM,E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
ENGELS,F. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira,1978.
FERNANDES, F. , Sociedade de classes e subdesenvolvimento. Rio
Janeiro. Zahar, 1968
GORZ, A., Crítica da divisão do trabalho. Tradução de Estela dos Santos
Abreu. São Paulo: Martins Fontes, 1980.
LOWY, M., Ideologia e ciência social. São Paulo: Cortez, 1985.
POCHMANN, M. O emprego na globalização. São Paulo: Boitempo,200.
SANTOS, B de S., Pela mão de Alice. São Paulo: Cortez. 1999.
______________., A crítica da razão indolente. São Paulo: Cortez, 2002.
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SEED – Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes Curriculares da Educação Básica- Curitiba, 2008.
POCHMANN, M. O emprego na globalização. São Paulo: Boitempo,2002
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOLOS
Carga horária total: 240 h/a - 200 hJUSTIFICATIVA
A disciplina de solo se faz necessária porque vai dar conhecimento aos
alunos para que possam compreender os aspectos básicos da geologia e tipos
de solos para com isso, saber manejar o solo de forma competente.
CONTEÚDOS Gênese, morfologia e propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.
Relação solo-água-clima-planta;
Adubação e correção;
Práticas conservacionistas;
Noções de irrigação e drenagem;
Noções de topografia, leituras de mapas, equipamentos e instrumentos
topográficos;
Legislação de uso e manejo do solo.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Gênese, morfologia e fertilidade dos solos;
Estudo dos solos: gênese, morfologia e física dos solos;
Estudo dos nutrientes, acidez e fertilidade do solo;
Fundamentos e técnicas de análise de solos;
Adubos e adubação: cálculo;
Uso, manejo e conservação dos solos;
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Classificação dos solos;
Capacidade do uso do solo;
Adubação verde;
Rotação de culturas;
Plantio direto;
Práticas conservacionistas: terraceamento;
Legislação de uso e manejo do solo;
Noções de irrigação e drenagem:
Água: funções na planta, água no solo, classificação física, classificação
biológica, capacidade de campo, ponto de murcha e murcha
permanente, evapotranspiração, relação solo/água/clima/planta;
Turno de rega;
Equipamento;
Método de irrigação;
Drenagem;
Fertirrigação;
Noções de topografia:
Unidades de medidas agrárias;
Instrumentos topográficos: constituição e manuseio;
Convenções topográficas e croquis;
Altimetria;
Referencia de nível: altitudes e cotas;
Declividade;
Métodos de nivelamento;
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Estadimetria;
Curva de nível: em nível e com gradiente;
Terraços: tipos de demarcação;
Estradas rurais;
Goniologia e gonometria;
Planimetria;
Levantamento expedido;
Cálculos de áreas por métodos gráficos, analíticos e mecânicos,
sistemas de posicionamento geográficos (GPS).
METODOLOGIA
AVALIAÇÃO
A avaliação é parte integrante do processo ensino aprendizagem, portanto ela
é contínua.
Prova escrita
Trabalhos em grupos
Exercícios em sala de aula
Pesquisa e exposição com momento para troca de idéias sobre o assunto
pesquisado.
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de
cada conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da
aprendizagem por meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos
de aproveitamento a maior mensuração obtida.
BIBLIOGRAFIA
AZUMBUJA, João M. Veleda de. O solo e o clima na produtividade agrícola. Guaíba: Agropecuária, 1996. 164p.
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BERTONI, José, LOMBARDI, Francisco Neto. Conservação do solo. Ed.Icone: São Paulo, 1999. 355p.
BARRETO, Geraldo Benedito. Irrigação. Campinas: ICEA,1974. 185 p.
BASTOS, Edna. Manual de irrigação. 2ª. ed. São Paulo: Ícone, 1987 103 p.
LAMPARELLI, Rubens A.C. Geoprocessamento e Agricultura de Precisão. Guaíba: Agropecuária, 2001. 119 p.
OSAK, Flora. Calagem e adubação. Curitiba. 1990. 503 p.
PRIMAVESE, Ana. Manejo ecológico do solo. 9ª. ed. São Paulo: Nobel,
1984. 549 p.
RAY, Bernardo Van. Avaliação da Fertilidade do Solo. Piracicaba: F. F. Potassa, 1981. 142 p.
TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA
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SUBSEQUENTE AO
ENSINO MÉDIO
JUSTIFICATIVA
Visando o aperfeiçoamento curricular do Curso Técnico em
Agropecuária Subsequente e a concepção de uma formação técnica que
articule trabalho, cultura, ciência e tecnologia como princípios que devem
transversalizar todo o desenvolvimento curricular, apresenta-se a
reestruturação do plano de curso para o início do ano letivo de 2010.
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O Curso Técnico em Agropecuária Subsequente proporciona ao aluno
egresso uma perspectiva de totalidade, onde os conteúdos das disciplinas são
contextualizados, conforme visão sistêmica do processo produtivo.
Propõe-se uma formação onde a teoria e a prática possibilitam aos
alunos compreenderem a realidade para além de sua aparência, onde os
conteúdos não têm fins em si mesmos porque se constituem em sínteses da
apropriação histórica da realidade material e social pelo homem.
A organização dos conhecimentos, no Curso Técnico em Agropecuária
Subsequente, enfatiza o resgate da formação humana onde o aluno, como
sujeito histórico, produz sua existência pelo enfrentamento consciente da
realidade dada, produzindo valores de uso, conhecimentos e cultura por sua
ação criativa.
Considerando o conhecimento em sua dimensão histórica verifica-se
que a educação, em sua forma escolarizada, passa ter relevância e,
consequentemente, a Instituição Escolar assume um papel fundamental na
formação do indivíduo.
Dentro deste contexto da Educação Profissional é preciso que o
professor se identifique com o papel que desempenha na formação profissional
do jovem, fazendo a mediação entre o conhecimento existente e as
possibilidades de sua dinamização, tendo em vista a formação integral para a
transformação social.
V – OBJETIVOS Valorizar a educação como processo seguro de formação de recursos
humanos, de desenvolvimento do sistema social mais amplo e
competitivo;
Desenvolver o autoconhecimento, para melhorar a adaptação sócio-
educacional e proporcionar ao aluno uma formação que lhe permita
inserir no mundo do trabalho para uma vida profissional produtiva;
Propiciar conhecimentos teóricos e práticos amplos para o
desenvolvimento de capacidade de análise crítica, de orientação e
execução de trabalho no Setor Agropecuário;
Formar profissionais críticos, reflexivos, éticos, capazes de participar e
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promover transformação no seu campo de trabalho, na sua comunidade
e na sociedade na qual está inserido;
Profissionalizar egressos do Ensino Médio para atuação na área de
Agropecuária, visando seu ingresso no mundo do trabalho no território
nacional;
Propiciar uma formação que possibilite o aluno realizar planejamento,
administrar, monitorar e executar atividades na área da agropecuária.
VI - DADOS GERAIS DO CURSOHabilitação Profissional: Técnico em Agropecuária
Eixo Tecnológico: Recursos Naturais
Forma: Subsequente
Carga Horária Total do Curso: 1800 horas/aula ou 1500 horas mais 67 horas
de Estágio Profissional Supervisionado
Regime de Funcionamento: de 2ª a 6ª feira, no(s)período(s) Manhã e Tarde
Regime de Matrícula: Semestral
Número de Vagas: .... por turma em aula teórica e por turma em aulas
práticas.
Período de Integralização do Curso: mínimo 01 (um) ano e 06 (seis) meses e
máximo 05 anos
Requisitos de Acesso: Conclusão do Ensino Médio
Modalidade de Oferta: Presencial
PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO DE CURSO Técnico em Agropecuária, será capaz de perceber de maneira sistêmica
as implicações sociais, econômicas, ambientais, políticas e técnicas de sua
atuação profissional, agindo para detectar os problemas e aplicar as soluções
técnicas, de forma suficientemente criativa, sustentável, rápida e coerente com
a realidade rural. Atua em sistemas de produção agropecuária e extrativista
fundamentados em princípios de desenvolvimento sustentável. Planeja,
executa, acompanha e fiscaliza todas as fases dos projetos agropecuários.
Administra propriedades rurais. Elabora, aplica e monitora programas
preventivos de sanitização na produção animal, vegetal e agroindustrial.
Fiscaliza produtos de origem vegetal, animal e agroindustrial. Realiza medição,
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demarcação e levantamentos topográficos rurais. Atua em programas de
assistência técnica, extensão rural e pesquisa. Sendo tolerante e receptivo á
diversidade cultural, étnica, religiosa, política e social das comunidades onde
vier a se inserir no mundo do trabalho.
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
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MATRIZ CURRICULAR
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ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ADMINISTRAÇÃO E EXTENSÃO RURALCarga horária total: 120 h/a - 100 h
Apresentação e justificativaSeus princípios fundamentais, ou seja, a divisão do trabalho, a
coordenação e lideranças surgiram quando o homem descobriu pela primeira
vez, que poderia produzir mais e melhor, com menos esforços associando-se a
outro homem. Durante séculos, a administração foi praticada empiricamente.Os
conhecimentos em que se baseavam eram assistêmicos e fragmentários. O
aprendizado do trabalho se fazia pela observação pessoal: a mesma tarefa era
executada de modo diferente com os mais variados instrumentos; cada
trabalhador utilizava a sua própria técnica e suas experiências pessoais,
transmitidas de homem a homem, de geração a geração. A partir do século
XIX, e notadamente na primeira década do século atual, pesquisa e
experiência, conduzida com rigor metodológico, provaram ser possível
desenvolver uma ciência capaz de substituir os métodos empíricos na
administração. Frederick. Taylor, em 1911, e Henry Fayol, em 1916,
principalmente, assimilam o início dessa fase. O primeiro criou a administração
científica e o segundo completou-a, construindo uma teoria administrativa que
se constitui no quadro doutrinário mais importante para ulterior
desenvolvimento da ciência. De simples arte, para cujo exercício apenas se
reelegiam capacidades inatas e habilidades pessoais. A administração elevou-
se a categoria de conhecimento científico perfeitamente caracterizados,
servindo por uma teoria própria e inconfundível. Objeto de ensino sistemático
nos currículos universitários, deu origem a uma nova profissão a do
administrador.
Com inserção da extensão rural podemos orientar o aluno a
compreender e aplicar a extensão rural e a promoção do homem rural, os
princípios de sociologia rural, a comunicação para o desenvolvimento rural, a
ação educativa no meio rural, tanto quanto os meios de comunicação e a
cooperação de trabalho em grupo.
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CONTEÚDOS
Formas de Organização Social;
Princípios da Administração;
Noções da Administração Rural;
Princípios e técnicas da Extensão Rural;
Sustentabilidade econômica e ambiental da propriedade agropecuária.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS Definição e conceitos de administração;
Conceito de organização;
Tipos de organização;
Fatores de produção;
Fundamentos e técnicas de planejamento;
Noções sobre produção e produtividade;
Planejamento, organização, direção, controle, tomada de decisão;
Conceito de custos, receitas e lucro na administração rural;
Custo fixo e variável na administração rural;
Análise de resultados na administração rural;
Relação custo-benefício na administração rural;
Capital de giro na administração rural;
Ponto de equilíbrio na administração rural;
Fluxo de caixa na administração rural;
Definição de contabilidade na administração rural;
Registros contábeis na administração rural;
Livro caixa na administração rural;
Controle de estoques na administração rural;
Estrutura de mercado;
Política governamental de crédito agrícola;
Preço, produtos, praça, promoção, propaganda;
Mecanismos de comercialização;
Conceito de extensão rural;
Organizações sociais;
Cooperativismo;
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Sustentabilidade da propriedade agropecuária;
OBJETIVOS GERAIS
- Informar o educando das mudanças significativas que estão ocorrendo na
ordem econômica mundial referente ao setor produtivo
- Dar subsídio ao educando para que ele possa compreender estas mudanças
principalmente no setor agrosilvopastoril.
- Compreender e aplicar as técnicas de dirigir,organizar,controlar, executar e
avaliar o processo administrativo junto com os agricultores, a família rural e
demais comunidades
- Compreender a extensão rural e promoção do homem rural, os princípios de
sociologia rural, a comunicação para o desenvolvimento rural, a ação educativa
no meio rural, a metodologia em extensão rural e os meios de comunicação,
para que o mesmo possa aplicar junto aos agricultores, a família rural e a
comunidade integral.
METODOLÓGIA
Algumas possibilidade de encaminhamento metodológico para essa
disciplina são: a observação, o trabalho de campo, trabalhos em grupos,
seminários, visitas as organizações empresariais, levantamento patrimonial,
projetos individuais e em grupos, fóruns, debates, conversação dirigida entre
outras.
AVALIAÇÃO
O principal critério de avaliação é a formação de conceitos empresariais,
ampliando o conhecimento já adquirido pelo aluno, devendo ser estabelecido
com clareza e participação dos mesmos.
A avaliação será através de produção e interpretação de textos entrega
de relatórios, participação em seminários, exposição de trabalhos; participação
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nas atividades propostas; resultados nos projetos e avaliação diagnóstica para
posteriormente objetiva e subjetiva.
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de
cada conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da
aprendizagem por meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos
de aproveitamento a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIAS
BORDENAVE, JUAN DIAS e ADAIR MARTINS PEREIRA. 1977. Estratégias de ensino-aprendizagem. Petrópolis: Vozes
CORDEIRO, Ângela. Gestão de bancos de sementes comunitários. Ed. AS-
PTA: Rio de Janeiro, 1993. 60p.
COSTA, Ricardo. Viabilidade econômica. Ed. AS-PTA: Rio de Janeiro, 1992.
45p.
DENARDI, Reni Antonio. ABC da economia rural. Ed. AS-PTA: Rio de
Janeiro, 1992. 32p.
ESCÓRCIO, José Roberto. Comercialização de produtos agrícolas. Ed. AS-
PTA: Rio de Janeiro, 1993. 40p.
KELM, Martinho Luiz. Controle financeiro de associações. Ed. AS-PTA: Rio
de Janeiro, 1992. 56p.
MAZUCHOWUSK, Jorge zbigniew: Extensão Rural/ Jorge Zbigniew
Mazuchowiski, - Irati: Colégio Florestal de Irati, 1991. 259 p.
RILEY, Colin M. Clifton. Alternativas para tornar sua fazenda lucrativa. Viçosa: Aprenda Fácil, 2001. 107 p.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE AGROINDÚSTRIACarga horária total: 240 h/a - 200 h
Justificativa da disciplina
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Considerando o crescimento explosivo da população, a grande
concentração populacional nos centros urbanos, longe dos centros de
produção dos alimentos, das extensões territoriais, com grandes diferenças na
capacidade produtiva, as diferenças no adiantamento técnico dos povos, e o
que é mais importante, a grande perecividade dos produtos agropecuários, os
povos necessitam dedicar mais atenção á Ciência e Tecnologia da preservação
dos produtos alimentícios, a fim de que possam sobreviver. Daí a importância
da disciplina, para a formação de técnicos capazes de atuar na sociedade
visando a produção de alimentos saudáveis e melhores em termos nutricionais
e de distribuição uniforme o ano todo.
EMENTA: Importância sócio-econômica; Fundamentos de Higiene para a manipulação
de alimentos; Noções da conservação e armazenamento; Noções de Processamento e
Industrialização; Legislação aplicada a produtos de origem animal e vegetal; serviços de
inspeção Municipal, Estadual e Federal.
CONTEÚDO Importância sócio-econômica;
Fundamentos de Higiene para a manipulação de alimentos;
Noções da conservação e armazenamento;
Noções de Processamento e Industrialização;
Legislação aplicada a produtos de origem animal e vegetal;
Serviços de inspeção Municipal, Estadual e Federal.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º SEMESTRE- Introdução à agroindústria de alimentos;
- Noções de microbiologia de alimentos e doenças veiculadas pelos alimentos;
- Boas práticas de manipulação de alimentos:
- Qualidade da água;
- Controle de pragas;
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18
- Higiene e comportamento pessoal;
- Higiene do ambiente, das superfícies, utensílios e equipamentos;
- Tecnologia do pescado:
- Características gerais do pescado;
- Composição química e alterações post mortem;
- Resfriamento;
- Congelamento;
- Noções de processamento de pescado;
- Tecnologia de ovos (características e aspectos nutricionais do ovo e
classificação).
- Tecnologia de mel:
- Composição química do mel;
- Noções de processamento do mel;
- Análises para detecção de fraudes;
2º SEMESTRE- Tecnologia e processamento de produtos de origem vegetal:
- Obtenção higiênica da matéria-prima;
- Princípios da conservação de vegetais;
- Tecnologia do processamento mínimo de hortaliças;
- Caracterização e processamento plantas condimentares e aromáticas;
- Tecnologia e processamento para a desidratação de frutas e hortaliças;
- Tecnologia e processamento de frutas e hortaliças apertizadas;
- Tecnologia e processamento de polpas e néctares;
- Tecnologia e processamento de geléias e doces em massa;
- Tecnologia e processamento de frutas saturadas com açúcar;
3º SEMESTRE- Tecnologia e processamento de produtos de carnes e derivados:
- Estrutura dos músculos e tecidos anexos;
- Caracterização e composição química das carnes;
- Abate humanitário das espécies domésticas;
- Transformação do músculo em carne;
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- Cortes cárneos;
- Rendimento de abate;
- Refrigeração;
- Congelamento;
- Maturação;
- Cura de carnes;
- Elaboração de produtos derivados, embutidos e defumados;
- Tecnologia do leite e derivados:
- Obtenção higiênica da matéria prima;
- Composição química do leite;
- Características organolépticas;
- Microbiologia do leite;
- Análises do leite;
- Pasteurização (recepção, controle de qualidade, clarificação e
padronização, homogeneização, envase, armazenamento);
- Tecnologia e processamento da manteiga;
- Tecnologia e processamento de queijos;
- Tecnologia e processamento de iogurte e bebida láctea;
- Tecnologia e processamento do doce de leite;
- Legislação aplicada a produtos de origem animal e vegetal.
METODOLOGIAAula Espositiva
Utilização de recursos áudio-visuais para facilitar o entendimento
Grupos de estudos
Estudo dirigido
Seminários com temas relevantees ao conteúdo
Visitas técnicas
Aulas práticas
AVALIAÇÃOProva escrita, prova prática,relatório e trabalho de pesquisa.
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de cada
conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da aprendizagem por
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meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos de aproveitamento
a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIAS
ALVES, Eliseu. A agroindústria e os agricultores, 1988.
DIEHL, Isani. Uma análise do complexo agroindustrial de soja no Vale do Taquari, 1994
FARINA, Elizabeth Maria Mercier Querido. Competitividade: mercado, Estado e organizações, 1997
FERREIRA, Adriana Vieira. Indicadores de competitividade das exportações agro-industriais brasileiras 1980-1995, 1998
Gestão agroindustrial, 1997
Gestão agroindustrial, 2001
Gestão da qualidade no agribusiness: estudos e casos, 2003
GONÇALVES, Robson Andrade de Paiva. Funções de exportação para o complexo agroindustrial brasileiro, 1997
NEVES, Marcos Fava. Gestão de negócios em alimentos, 2002
PAULILO, Maria Ignez Silveira. Produtor e agroindústria: consensos e
dissensos, 1990
SILVEIRA, Carla Diniz. Estrutura e desempenho da agroindústria alimentícia no Brasil: evolução e tendências, 1997
SORJ, Bernardo. Camponeses e agroindústria: transformação social e
representação política na avicultura brasileira, 1982
WILKINSON, John. Estudo da competitividade da industria brasileira: o
complexo agroindustrial, 1996
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FUNDAMENTOS DA AGROECOLOGIACarga horária total: 200 h/a - 167 hJUSTIFICATIVA
No estudo de fundamentos de Agroecologia faz-se uma proposta de
agricultura abrangente que seja socialmente justa, economicamente viável e
ecologicamente sustentável.
Na agroecologia engloba a agricultura biodinâmica, agricultura
ecológica,agricultura natural, agricultura orgânica etc.
Nesta disciplina os alunos terão conhecimento do sistema
agroecológico, saber a importância da preservação do meio ambiente e da
saúde humana, saúde do solo, das plantas da água e uso e preparo dos
produtos agroecológico e aplicar os conhecimentos na atividade profissional
quando necessária para não causa danos ao meio ambiente.
CONTEÚDO Conceito e importância;
ecologia agrícola;
biodiversidade;
agricultura sustentável;
agricultura orgânica;
adubação orgânica;
manejo de resíduos orgânicos;
compostagem;
biodinâmica;
controle biológico de pragas e doenças. Legislação:
certificação ambiental, legislação ambiental.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º SEMESTRE- Agroecologia – conceito e importância;
- Biodiversidade;
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- Problemas ambientais;
- Queimadas, erosão, desmatamento, poluição por agrotóxicos;
2º SEMESTRE- Manejo de dejetos;
- Origem animal e origem vegetal;
- Compostagem;
- Controle biológico de pragas e doenças;
- Legislação: certificação de produtos orgânicos, legislação ambiental.
3º SEMESTRE- Agricultura sustentável;
- Conceito;
- Histórico;
- Correntes;
- Agricultura orgânica;
- Olericultura;
- Fruticultura;
- Grandes culturas;
- Adubação orgânica;
AVALIAÇÂOAvaliação Constante, avaliando desempenho do aluno
Prova escrita, trabalhos de pesquisa
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de cada
conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da aprendizagem por
meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos de aproveitamento
a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIASCARVALHO, Horácio Martins de. A geração de tecnologia agrícola socialmente apropriada. Rio de Janeiro: AS-PTA, 1990, 24 p.
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DALY, Herman E. A economia ecológica e o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: AS-PTA, 1991, 21 p.
MORIN, Edgar, KERN, Anne Brigitte. Terra - Pátria. Trad. Paulo Azevedo
Neves da Silva. Porto Algre: SULINA, 1995, 192 p.
CAPORAL, F. R.; COSTABEBER, J. A. Agroecologia e desenvolvimento rural sustentável: perspectivas para uma nova Extensão Rural. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, v.1, n.1, p.16-37,
jan./mar. 2000a.
CAPORAL, F. R.; COSTABEBER, J. A. Agroecologia e desenvolvimento rural sustentável: perspectivas para uma nova Extensão Rural. Em: ETGES,
V. E. (org.). Desenvolvimento rural: potencialidades em questão. Santa
Cruz do Sul: EDUSC, 2001. p.19-52.
COSTABEBER, J. A.; MOYANO, E. Transição agroecológica e ação social
coletiva. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, v.1, n.4, p.50-
60, out./dez. 2000.
GLIESSMAN, S. R. Agroecologia: processos ecológicos em agricultura sustentável. Porto Alegre: Editora da Universidade – UFRGS, 2000.
LEFF, E. Saber ambiental. Sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Petrópolis: PNUMA e Ed. Vozes, 2001.
NORGAARD, R. B. A base epistemológica da Agroecologia. In: ALTIERI,
M. A. (ed.). Agroecologia: as bases científicas da agricultura alternativa. Rio de Janeiro: PTA/FASE, 1989. p.42-48.
SEVILLA GUZMÁN, E. Origem, evolução e perspectivas do desenvolvimento sustentável. In: ALMEIDA, J.; NAVARRO, Z. (org.).
Reconstruindo a agricultura: idéias e ideais na perspectiva do desenvolvimento rural sustentável. Porto Alegre: Editora da Universidade –
UFRGS, 1997. p.19-32.
SEVILLA GUZMÁN, E.; GONZÁLEZ DE MOLINA, M. (ed.). Ecología, campesinado e historia. Madrid: La Piqueta , 1993.
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SIMÓN FERNÁNDEZ, X.; DOMINGUEZ GARCIA, D. Desenvolvimento rural sustentável: uma perspectiva agroecológica. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, v.2, n.2, p.17-26, abr./jun. 2001.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FUNDAMENTOS DO TRABALHOCarga horária total: 40h/a - 33 hJUSTIFICATIVAVivenciar o trabalho como condições de sobrevivência e de realização humana
através da abordagem da perspectiva histórica do trabalho, alienação
desemprego qualificação do trabalho e do trabalhador.
CONTEÚDO
- O Mundo do Trabalho nas perspectivas ontológicas e históricas;
- O trabalho como realização da humanidade, como produtor da sobrevivência
e da cultura;
- O trabalho como mercadoria no industrialismo e na dinâmica capitalista.
- As transformações no mundo do trabalho: tecnologias, globalização,
qualificação do trabalho e do trabalhador.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
3º SEMESTRE- Dimensões do trabalho humano;
- Perspectiva histórica das transformações do mundo do trabalho;
- O trabalho como mercadoria: processo de alienação;
- Emprego, desemprego e subemprego;
- O processo de globalização e seu impacto sobre o mundo do trabalho;
- O impacto das novas tecnologias produtivas e organizacionais no mundo do
trabalho;
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- Qualificação do trabalho e do trabalhador, perspectivas de inclusão do
trabalhador na nova dinâmica do trabalho.
METODOLOGIA
Os conteúdos são apresentados de forma ampla e utilizando-se
exposições vários debates promovendo a integração de aluno com o
conteúdo.
AVALIAÇÂO
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de cada
conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da aprendizagem por
meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos de aproveitamento
a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIAS
FERRETTI, Celso João. et al. Novas tecnologias, trabalho e educação: um debate multidisciplinar. Petrópolis: Vozes, 1994.
FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria; ‘RAMOS, Marise (Orgs.) Ensino médio integrado: concepção e contradições. São Paulo: Cortez, 2005.
KUENZER, Acácia (Org.) Ensino médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 4ª edição, São Paulo: Cortez, 2005.
LOMBARDI, José Claudinei; SAVIANI, Demerval; SANFELICE, José Luís.
(Orgs). Capitalismo, trabalho e educação. Campinas: Autores Associados,
HISTEDBR, 2002. – (Coleção educação contemporânea).
MANFREDI. Silvia Maria. Educação Profissional no Brasil. São Paulo:
Cortez, 2002.
VÀSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Trad. de João Dell’Anna. 27ª edição, Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HORTICULTURA
Carga horária total: 240 h/a – 200 h
Justificativa da disciplina
Proporcionar ao aluno subsídios para capacita-los ao exercício
da profissão de Técnico em Agropecuária tornando-o um cidadão crítico e
empreendedor capaz de ser um agente modificador do meio em que vive, o
estudante deve ter uma visão geral das culturas da região e as técnicas para
obter alta produtividade, bem como a segurança no manuseio dos defensivos
agrícolas e a boa utilização dos maquinários tendo bom rendimento trabalho
rural.
CONTEÚDO Agricultura:
história e importância da agricultura.
Noções de doenças e pragas agrícolas, importância e danos na agricultura;
Características morfológicas dos insetos, fatores que influenciam no ataque de
pragas e doenças; Fungos, Bactérias e Vírus.
Noções de ervas daninhas: características morfológicas e fisiológicas, formas
de controle.
Noções de paisagismo e manejo de jardim: tipos, formas e manutenção de
jardins.
Olericultura: principais culturas;
técnicas de produção e manejo;
colheita e comercialização; manejo pós-colheitas.
Fruticultura: principais culturas, técnicas de produção e manejo;
colheita e comercialização, manejo pós-colheita.
Silvicultura: principais culturas, técnicas de produção e manejo;
colheita e comercialização, manejo pós-colheita.
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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º SEMESTREIniciação a agricultura;- Noções de pragas;
- Noções de doenças;
- Noções de ervas daninhas;
- Métodos de propagação de plantas;
- Anatomia e fisiologia vegetal;
- Melhoramento vegetal;
- Noções de agrotóxicos;
- Segurança no trabalho rural;
- Noções de paisagismo e manejo de jardim: tipos, formas e manutenção de
jardins;
2º SEMESTRE
Olericultura geral:- Classificação climática;
- Métodos de propagação;
- Vegetativa (assexuada);
- Semeadura (sexuada);
- Sementeira;
- Viveiro (repicagem);
- Implantação de hortas;
- Elaboração de cronograma de cultivo;
- Tratos culturais;
Olericultura especial:- Classificação botânica;
- Olerícolas regionais:alface, cenoura,
- beterraba,batata,alho,cebola,rabanete,couve-flor,brócolis,tomate...
3º SEMESTRE
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Fruticultura Geral:- Classificação climática (espécies tropicais, subtropicais, temperadas);
- Classificação botânica;
- Métodos de propagação;
- Estaquia (assexuada);
- Enxertia (assexuada);
- Borbulhia (assexuada);
- Sementes (sexuada);
Viveiros;- Implantação – escolha do terreno;
- Preparo do solo – métodos de adubação/calagem;
- Escolha de mudas;
- Plantio;
- Condução;
- Podas (condução/manutenção);
- Controle de pragas, de doenças, de ervas-daninhas;
- Colheita e comercialização;
Fruticultura especial:- Frutíferas regionais: abacaxi, maçã, pêra, videira, ameixa, pêssego, kiwi,
citros, caqui,figo.
Metodologia
A disciplina será trabalhada em aulas expositivas com auxilio de reto-
projetor vídeo multimídia, com debate e participação dos alunos. Pesquisa
com exposição do trabalho buscando a interação com a classe e Aulas
Práticas.Aulas práticas . visitas técnicas
AVALIAÇÃOAvaliação teórica prática de conteúdos
Avaliação no desempenho dos projetos
Avaliação de relatórios
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de cada
conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da aprendizagem por
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
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meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos de aproveitamento
a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIAS
ALTIERI, Miguel; Agroecologia: as bases científicas para uma agricultura sustentável, Rio de Janeiro: AS-PTA, 2002. 592p.
ALMEIDA, Silvio Gomes de.; PETERSEN, Paulo; CORDEIRO, Ângela. Crise sócio ambiental e conversão ecológica da agricultura brasileira –
subsídios à formulação de diretrizes ambientais para o desenvolvimento
agrícola. Rio de Janeiro: AS-PTA, 2000. 116p.
AMBROSANO, Edmilson. Agricultura ecológica. Ed. Agropecuária: Guaíba,
1999. 398p.
GRZYBOWSKI, Lourdes M.. A horta intensiva familiar. Ed. AS-PTA: Rio de
Janeiro, 1999. 60p.
MIYASAKA, Shiro. Agricultura natural. Ed. SEBRAE: Cuiabá, 1997. 77p.
MOREIRA, Roberto José. Agricultura familiar: processos sociais e
competitividade. Ed. Mauad: Rio de Janeiro, 1999. 204p.
PETERSEN, Paulo.; ROMANO, Jorge O. Abordagens participativas para o desenvolvimento local. Rio de Janeiro: AS-PTA/ACTIONAID, 1999. 144p.
EIJNTJES, Coen. Agricultura para o futuro: uma introdução à agricultura sustentável e de baixo uso de insumos externos. Ed. AS-PTA: Rio de
Janeiro, 1999. 324p.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE INFRAESTRUTURA RURAL
Carga horária total: 160 h/a - 133 h
JUSTIFICATIVA
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A disciplina de Infra estrutura Rural proporciona aos estudantes a visão geral
de como aproveitar os recursos hídricos topográficos mecânicos e estruturais
disponíveis na propriedade, bem como corrigir a falta deles
CONTEÚDONoções básicas de técnicas de manutenção, regulagem de motor e
implementos de tração motorizada e animal;
normas de segurança no uso de máquinas, implementos e equipamentos;
Instalações agropecuárias e técnicas de construções rurais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º SEMESTRENoções de manutenção:- Vantagens e desvantagem do uso de tração animal;
- Forma de utilização de ferramentas;
- Ferramentas necessárias em uma minioficina;
- Motores;
- Tratores;
- Custo hora/máquina;
- Rendimento do trabalho;
2º SEMESTRE- Regulagem, constituição, operação e manutenção de implementos;
- Implementos mecanizadores;
-Tipos, constituição, regulagem e manutenção de implementos mecanizadores;
- Considerações sobre dimensionamento;
- Normas de segurança aplicadas no uso de máquinas;
3º SEMESTRE- Instalações agropecuárias e técnicas de construções rurais:
- Considerações para a escolha de local para construções zootécnicas;
- Principais materiais para construção;
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- Elaboração de planta baixa;
- Elaboração de projetos zootécnicos e agrícolas;
- Cálculo de material de construção;
- Legislação pertinente.
METODOLOGIAAula expositiva
Dinâmica em grupo
Condução de pesquisa
Vídeo téccnicos
Visitas Técnicas
Aula prática
AVALIAÇÃOAvaliação teórica prática de conteúdos específicos
Avaliação continuada com base nos conteúdos trabalhados
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de cada
conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da aprendizagem por
meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos de aproveitamento
a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIASGALETTI, Paulo A. Mecanização agrícola, preparo do solo. Campinas: ICEA.
1981. 220 p. 2 volumes.
MIALHE, Luiz Geraldo. Manual de mecanização agrícola. São Paulo:
Agronômica Ceres, 1974. 301 p.
SILVEIRA, Gastão Moraes da. O preparo do solo, implementos, carretos. 3ª. ed. São Paulo: Globo, 1989. 243 p.
SILVEIRA, Gastão Moraes da. As máquinas para plantar. Rio de Janeiro:
Globo, 1989. 257 p.
CARNEIRO, Orlando. Construções rurais. 12ª ed. São Paulo: Nobel, 1985.
719 p. 3 exemplares
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GUIA DO TÉCNICO AGROPECUÁRIO. Construções e instalações rurais. Campinas: ICEA, 1982. 158 p.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE PRODUÇÃO ANIMALCarga horária total: 300 h/a - 250 h
JUSTIFICATIVAA agropecuária encontra-se hoje como uma das principais atividades do
país e do Estado do Paraná. Propomos preparar os alunos para que sejam
profissionais que atuem com visão sufucinte para atingir os melhores
resultados possíveis.
Fica a cargo da escola oferecer condições para que se acompanhe o
crescimento tecnológico e acompanhar o crescimento regional da agropecuária
e produtivo.
CONTEÚDO Introdução à Zootecnia;
Importância sócio-econômica;
Principais espécies de interesse Zootécnico;
Sistemas de criação animal;
Noções e técnicas de manejo animal;
Noções e técnicas de manejo sanitário animal;
Noções e técnicas de forragicultura;
Noções e técnicas de nutrição animal;
Noções de melhoramento genético animal;
Manejo reprodutivo.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º SEMESTRE- Definição e conceituação da zootecnia;
- Taxonomia zootécnica;
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- Atributos étnicos;
- Noções de bioclimatologia animal – influência do meio ambiente sobre os
animais de interesse zootécnico;
- Noções de melhoramento genético animal;
Sericicultura:- Importância sócio-econômica da criação;
- Anatomia e morfologia do bicho-da-seda;
- Cultura da amoreira;
- Instalações (barracão, mesas de criação, depósito, limpeza e desinfecção);
- Manejo da criação (recepção das lagartas, ciclo, emboscamento,
encasulamento, colheita, classificação e comercialização dos casulos);
- Prevenção e controle das principais doenças;
- Manejo dos resíduos;
- Índices e escrituração zootécnica;
Apicultura:- Importância sócio-econômica da criação;
- Anatomia e morfologia das abelhas;
- Espécies das abelhas;
- Ciclo de evolutivo;
- Organização social;
- Divisão do trabalho;
- Equipamentos de proteção individual;
- Sistemas de criação;
- As colméias;
- Uso do fumigador;
- Povoamento das Colméias;
- Localização, implantação e manejo geral dos apiários;
- Fortalecimento e Divisão dos Enxames;
- Enxameação e abandono de colméias;
- Prevenção de doenças e predadores;
- Produtos apícolas, índices e escrituração zootécnica.
Minhocultura:- Importância sócio-econômica da criação;
- Anatomia e morfologia da minhoca;
- Espécies das minhocas;
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- Reprodução das minhocas;
- Alimentação;
- Condições ambientais;
- Predadores;
- Manuseio;
- Preparo do minhocário e sistemas de criação;
- Preparo do esterco;
- Colheita do húmus, prevenção ao ataque de predadores;
- Acondicionamento e comercialização de húmus, índices e escrituração
zootécnica.
Avicultura de Corte e Postura:- Importância sócio-econômica da criação;
- Anatomia e fisiologia do sistema digestório e reprodutivo das aves;
- Instalações;
- Equipamentos;
- Manejo nutricional;
- Manejo sanitário e preparo das instalações;
- Manejo de matrizes;
- Qualidade do pinto de 1 dia;
- Chegada e recebimento dos pintainhos;
- Ambiência e controle da temperatura;
- Manejo da cama;
- Manejo da água;
- Vacinações;
- Programa de luz;
- Muda forçada;
- Retirada do lote;
- Produção e controle de qualidade do ovo;
- Principais doenças;
- Manejo de dejetos e de aves mortas;
- Índices e escrituração zootécnica;
Cunicultura:- Importância sócio-econômica da criação;
- Anatomia e fisiologia do sistema digestório e reprodutivo dos coelhos;
- Raças comerciais;
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- Instalações;
- Sistemas de criação;
- Manejo reprodutivo;
- Manejo sanitário;
- Aquisição de matrizes e reprodutores;
-Manejo reprodutivo (cobertura, manejo da gestação, parto e lactação,
desmama e recria dos láparos);
- Manejo nutricional;
- Manejo sanitário;
- Principais doenças;
- Manejo de dejetos e animais mortos;
- Índices e escrituração zootécnica.
2º SEMESTRE- Taxonomia zootécnica;
- Atributos étnicos;
- Noções de bioclimatologia animal – influência do meio ambiente sobre os
animais de interesse zootécnico;
- Noções de melhoramento genético animal
Piscicultura:- Importância sócio-econômica da criação;
- Anatomia e morfologia dos peixes;
Espécies;
- Ambiente e água para a piscicultura;
- Sistemas de criação;
- Manejo nutricional;
- Reprodução;
- Doenças;
- Comercialização;
- Índices e escrituração zootécnica.
Caprinocultura e Ovinocultura:- Importância sócio-econômica das criações de ovinos e caprinos;
- Anatomia e fisiologia do sistema digestório e reprodutivo de caprinos e ovinos;
- Raças;
- Instalações;
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- Sistemas de criação;
- Manejo nutricional;
- Manejo reprodutivo (métodos de reprodução, gestação, parto, manejo dos
neonatos);
- Manejo dos animais em crescimento e terminação;
- Principais doenças;
- Manejo sanitário;
- Manejo de dejetos e animais mortos;
- Índices e escrituração zootécnica.
Suinocultura:- Importância sócio - econômica das criações;
- Anatomia e morfologia do sistema digestório e reprodutivo dos suínos;
- Raças;
- Instalações;
- Sistemas de criação;
- Manejo nutricional;
- Manejo reprodutivo (métodos de reprodução, gestação, parto, manejo dos
neonatos);
- Manejo dos animais em crescimento e terminação;
- Principais doenças;
- Manejo sanitário;
- Manejo de dejetos e animais mortos;
- Índices e escrituração zootécnica;
Forragicultura:- Caracterização das gramíneas e leguminosas forrageiras (exigências quanto
ao solo, utilização, porte e hábito de crescimento, capacidade de suporte,
rendimento, multiplicação, composição química);
- Manejo e sistemas de pastagens;
- Conservação de forragens (fenação e ensilagem
3º SEMESTRE- Taxonomia zootécnica;
- Atributos étnicos;
- Noções de bioclimatologia animal – influência do meio ambiente sobre os
animais de interesse zootécnico;
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- Noções de melhoramento genético animal
Bovinocultura de corte e bubalinocultura:- Importância sócio-econômica das criações;
- Anatomia e morfologia dos bovinos;
- Raças;
- Instalações;
- Sistemas de criação;
- Manejo nutricional;
- Manejo reprodutivo (métodos de reprodução, gestação, parto, manejo dos
neonatos);
- Manejo dos animais em crescimento e terminação;
- Principais doenças;
- Manejo sanitário;
- Manejo de dejetos e animais mortos;
- Índices e escrituração zootécnica.
Bovinocultura de leite:- Importância sócio-econômica das criações;
- Anatomia e Fisiologia da Glândula Mamária;
- Raças;
- Instalações;
- Sistemas de criação;
- Manejo nutricional;
- Manejo reprodutivo (métodos de reprodução, gestação, parto, manejo dos
neonatos);
- Ordenha higiênica;
- Tipos de ordenha;
- Conservação do leite na propriedade;
- Qualidade do leite;
- Manejo de bezerras e novilhas;
- Manejo de vacas secas e secagem de vacas;
- Principais doenças;
-Manejo sanitário;
- Manejo de dejetos e animais mortos;
- Índices e Escrituração Zootécnica;
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Eqüideocultura:- Importância sócio-econômica das criações;
- Principais Raças;
- Noções de Conformação e Aprumos;
- Manejo Nutricional.
METODOLOGIA
Aulas expositivas dialogada, trabalhos individuais e em grupo, com exposição
do assunto pesquisado, possibilitando debates. Utilização de meios audi
visuais, para facilitar o processo de ensino aprendizagem.Visitas técnicas e
Aulas práticas, para concretização do aprendizado teórico prático.
AVALIAÇÃO
Avaliação teórica prática de conteúdos específico
Avaliação do contexto
Participação nas aulas prática e visitas técnicas ,com apresentação de relatório
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de cada
conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da aprendizagem por
meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos de aproveitamento
a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIAS
CAVALCANTI, Sergito de Souza. Suinocultura dinâmica. Ed. Itapoã:
Contagem, 1998. 494p.
LAZZARINI NETO, Sylvio. Manejo de pastagens. 2. ed. Viçosa: Aprenda Fácil,
2000. 124 p.
LONGO. Alcyr D. et al. Criações rurais . Ed. Ícone: São Paulo, 1986. 353p.
MILLEM, Eduardo. Zootecnia e veterinária. Campinas – SP: ICEA, 1980.
PEIXOTO, Aristeu Mendes, MOURA, José Carlos de, FARIA, Vidal Pedroso de.
Confinamento de bovinos. Ed. FEALQ: Piracicaba, 1997. 184p.
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
20
PEREIRA, José Carlos. Vacas leiteiras - aspectos práticos de alimentação. Viçosa: Aprenda Fácil, 2000. 198 p.
RIBEIRO, Silvio Doria de Almeida. Caprinocultura - criação racional de caprinos. São Paulo: Nobel, 1997. 317 p.
SIMONS, Paula. Criação de ovinos. Coleção Euroagro, 2004. 252
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE PRODUÇÃO VEGETAL
Carga horária total: 360 h/a - 300 h
JUSTIFICATIVA
A disciplina de produção Vegetal vai ajudar na profissão dando visão geral das
culturas da região e para obter maior produtividade tendo também a segurança
no manuseio e utilização consciente e necessário nos defensivos agrícolas e
demais produtos utilizados nas culturas.Para sua profissão leva conhecimento
das principais culturas.
CONTEÚDOS
Principais culturas de interesse econômico e social. Importância socioe-
conômico; Técnicas de plantio, tratos culturais, colheita e armazenamento das
principais culturas; cultura de interesse bioenergético: cana-de-açúcar, girassol
e oleaginosas em geral.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Culturas secundárias: algodão, café, cana-de-açúcar,arroz; Importância socioeconômica;
Classificação botânica;
Morfologia das plantas;
Variedades recomendadas (zoneamento);
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Época de plantio;
Técnicas de preparo do solo;
Adubação e calagem;
Plantio;
Densidade;
Lotação por área;
Tratos culturais;
Pragas,doenças e ervas daninhas;
Colheita;
Beneficiamento e armazenagem;
Comercialização e transporte;
Culturas de girassol, pinhão manso, outros: Importância socioeconômica;
Classificação botânica;
Morfologia das plantas;
Variedades recomendadas (zoneamento);
Época de plantio;
Técnicas de preparo do solo;
Adubação e calagem;
Plantio;
Densidade;
Lotação por área;
Tratos culturais;
Pragas, doenças e ervas daninhas;
Colheita;
Beneficiamento e armazenagem;
Comercialização e transporte;
Forragicultura: Classificação geral das forrageiras;
Espécies anuais e perenes;
Métodos de propagação: vegetativos e por sementes;
Conservação das forrageiras;
Culturas de verão:milho, soja,feijão, trigo, triticale, cevada: Importância socioeconômica;
Classificação botânica;
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Morfologia das plantas;
Variedades recomendadas (zoneamento);
Época de plantio;
Técnicas de preparo do solo;
Adubação e calagem;
Plantio;
Densidade;
Lotação por área;
Tratos culturais;
Pragas, doenças e ervas daninhas;
Colheita;
Beneficiamento e armazenagem;
Comercialização e transporte;
METODOLOGIAA disciplina será trabalhada em aulas expositivas com ajuda da
multimídia.
Pesquisa e apresentação de trabalho com debate do assunto.
Visitas técnicas para aprofundar a teoria estudando em sala.
AVALIAÇÃOAvaliação teórica e prática.
Avaliação em Pesquisa, Apresentação.
A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de
cada conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da
aprendizagem por meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos
de aproveitamento a maior mensuração obtida.
REFERÊNCIAS
BULISANI, E.A. “Feijão – Fatores de Produção e Qualidade”; Editora da
Fundação Cargill; Campinas –SP; 1987; 326 p.
GOMES, J. et all; “A Cultura do Milho no Paraná”; Editora IAPAR; Londrina –
PR; 1991; 271 p.
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21
MALAVOLTA, E. et all; “ Cultura do Arroz de Sequeiro”; Editora do Instituto
da Potassa & Fosfato; Piracicaba – SP; 1983; 422 p.
CUNHA, Gilberto Rocca da et all; “ Trigo no Mercosul”; Editora EMBRAPA;
Brasília –DF; 1999; 316 p.
TOMM, Gilberto Omar et all; “Soja – resultados de Pesquisas”; Editora
EMBRAPA; Passo Fundo – RS; 1995; 206 p.
FILGUEIRA, Antonio Reis; “Novo Manual de Olericultura – Agrotecnologia na Produção e Comercialização de Hortaliças”; Editora UFV; 2003.
BERGAMIN, Armando Filho; KIMATI, Hiroshi; AMORIM, Lílian. Manual de fitopatologia. Ed. Agronômica Ceres: São Paulo, 1995. 919p.
ABREU JUNIOR, Hélcio. Práticas alternativas de controle de pragas e doenças na agricultura: coletânea de receitas. Ed. EMOPI: Campinas, 1998.
115p.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOLOS
Carga horária total: 240 h/a - 200 hJUSTIFICATIVA
A disciplina de solo se faz necessária porque vai dar conhecimento aos
alunos para que possam compreender os aspectos básicos da geologia e tipos
de solos para com isso, saber manejar o solo de forma competente.
CONTEÚDOS Gênese, morfologia e propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.
Relação solo-água-clima-planta;
Adubação e correção;
Práticas conservacionistas;
Noções de irrigação e drenagem;
Noções de topografia, leituras de mapas, equipamentos e instrumentos
topográficos;
Legislação de uso e manejo do solo.
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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Gênese, morfologia e fertilidade dos solos;
Estudo dos solos: gênese, morfologia e física dos solos;
Estudo dos nutrientes, acidez e fertilidade do solo;
Fundamentos e técnicas de análise de solos;
Adubos e adubação: cálculo;
Uso, manejo e conservação dos solos;
Classificação dos solos;
Capacidade do uso do solo;
Adubação verde;
Rotação de culturas;
Plantio direto;
Práticas conservacionistas: terraceamento;
Legislação de uso e manejo do solo;
Noções de irrigação e drenagem:
Água: funções na planta, água no solo, classificação física, classificação
biológica, capacidade de campo, ponto de murcha e murcha
permanente, evapotranspiração, relação solo/água/clima/planta;
Turno de rega;
Equipamento;
Método de irrigação;
Drenagem;
Fertirrigação;
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Noções de topografia:
Unidades de medidas agrárias;
Instrumentos topográficos: constituição e manuseio;
Convenções topográficas e croquis;
Altimetria;
Referencia de nível: altitudes e cotas;
Declividade;
Métodos de nivelamento;
Estadimetria;
Curva de nível: em nível e com gradiente;
Terraços: tipos de demarcação;
Estradas rurais;
Goniologia e gonometria;
Planimetria;
Levantamento expedido;
Cálculos de áreas por métodos gráficos, analíticos e mecânicos,
sistemas de posicionamento geográficos (GPS).
METODOLOGIA
AVALIAÇÃO
A avaliação é parte integrante do processo ensino aprendizagem, portanto ela
é contínua.
Prova escrita
Trabalhos em grupos
Exercícios em sala de aula
Pesquisa e exposição com momento para troca de idéias sobre o assunto
pesquisado.
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A Recuperação Paralela serão ofertados estudos de recuperação de cada
conteúdo não aprendido pelos alunos, após a verificação da aprendizagem por
meio de atividades avaliativas, considerando-se para efeitos de aproveitamento
a maior mensuração obtida.
BIBLIOGRAFIA
AZUMBUJA, João M. Veleda de. O solo e o clima na produtividade agrícola. Guaíba: Agropecuária, 1996. 164p.
BERTONI, José, LOMBARDI, Francisco Neto. Conservação do solo. Ed.Icone: São Paulo, 1999. 355p.
BARRETO, Geraldo Benedito. Irrigação. Campinas: ICEA,1974. 185 p.
BASTOS, Edna. Manual de irrigação. 2ª. ed. São Paulo: Ícone, 1987 103 p.
LAMPARELLI, Rubens A.C. Geoprocessamento e Agricultura de Precisão. Guaíba: Agropecuária, 2001. 119 p.
OSAK, Flora. Calagem e adubação. Curitiba. 1990. 503 p.
PRIMAVESE, Ana. Manejo ecológico do solo. 9ª. ed. São Paulo: Nobel,
1984. 549 p.
RAY, Bernardo Van. Avaliação da Fertilidade do Solo. Piracicaba: F. F. Potassa, 1981. 142 p.
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21
TÉCNICO EM AGROINDÚSTRIA
SUBSEQUENTE AO ENSINO MÉDIO
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JUSTIFICATIVA
Visando atender uma demanda crescente de pessoas que buscam uma
formação profissional na área da agroindústria, cujo sistema de produção
respeite as dinâmicas dos ecossistemas, o Colégio Agrícola Estadual
“Fernando Costa” passa a ofertar o Curso Técnico em Agroindústria
Subsequente, que apresenta uma concepção de formação técnica que articula
trabalho, cultura, ciência e tecnologia com respeito ao meio ambiente, como
princípios do desenvolvimento curricular.
O Curso Técnico em Agroindústria subsequente, proporciona ao aluno
egresso uma perspectiva de totalidade, onde os conteúdos das disciplinas são
contextualizados, conforme visão sistêmica do processo produtivo. Isto significa
recuperar a importância de trabalhar com os alunos os fundamentos científicos
- tecnológicos presentes nas disciplinas da Formação Específica, evitando a
compartimentalização na construção do conhecimento.
A proposta encaminha para uma formação onde a teoria e prática
possibilita aos alunos compreenderem a realidade para além de sua aparência
onde os conteúdos não têm fins em si mesmos porque se constituem em
sínteses da apropriação histórica da realidade material e social pelo homem.
A organização dos conhecimentos, no Curso Técnico em Agroindústria,
enfatiza o resgate da formação humana onde o aluno, como sujeito histórico,
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
21
produz sua existência pelo enfrentamento consciente da realidade dada,
produzindo valores de uso, conhecimentos e cultura por sua ação criativa.
Entende-se que o ser humano não pode prescindir do trabalho, uma
vez que a sua não habilitação para a vida profissional produtiva suprimiria o
seu direito à auto-realização.
O curso se justifica por um lado, devido a uma demanda crescente por
profissionais preparados para atuarem no mundo do trabalho de forma que
acompanhem os avanços tecnológicos da atualidade.
O setor agroindustrial paranaense possui muita importância, pela própria
cultura de produção agrícola que se consolidou ao longo dos anos e pelo
número de empregos que é gerado neste setor, principalmente nos municípios
interioranos. Entretanto, mesmo nos grandes centros, segundo Gasparin
(2008), a agroindústria foi identificada como propulsora para a própria indústria,
cujo aumento de produção foi de 11,4% nos primeiros nove meses de 2008 em
relação ao ano anterior. Isso se justificou pelo grande volume de produção
ocorrido durante este período.
A agroindústria paranaense correspondeu a 33,6% (1994) e 32,8%
(1999) do PIB do agronegócio nacional (FURTUOSO E GUILHOTO, 2004).
Além disso, demonstrando em dados a relevância e influência deste setor, a
agroindústria, segundo dados do IBGE, responde por 54,2% das unidades
produtivas, 45,7% do pessoal ocupado, 44,5% do valor da transformação
industrial e 48,8% do valor bruto da produção da indústria da Região Sul
(PARRÉ et al., 2002). Diante desses indicadores apresentados, observa-se a
necessidade de formar cidadãos preparados para o mundo do trabalho,
profissionais que possam atender essa demanda que se identifica,
principalmente por entender que o setor agroindustrial possui seu reflexo
também em outros setores, como o industrial, social e cultural das realidades
onde está instalado.
Por outro lado, entende-se que o curso pode formar profissionais que
tenham uma visão sistêmica do processo de agregação de valor aos produtos
da área da agropecuária, oriundos da agricultura familiar e de outras formas de
produção. intervindo na industrialização e comercialização da produção, uma
vez que os avanços científicos e tecnológicos na área da produção e de
transformação de produtos vem avançando em ritmo desproporcional à
formação de profissionais .
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
21
Considerando o conhecimento em sua dimensão histórica verifica-se
que a educação em sua forma escolarizada passa ter relevância e,
consequentemente, a Instituição Escolar assume um papel fundamental na
formação do indivíduo. tendo em vista a formação integral para a
transformação social.
OBJETIVOS
- Promover a educação como processo seguro da formação humana e de
desenvolvimento do sistema social mais amplo;
- Propiciar conhecimentos teóricos e práticos amplos para o
desenvolvimento de capacidade de análise crítica, de orientação e
execução de trabalho no Setor da Agroindústria;
- Formar profissionais críticos, reflexivos, éticos, capazes de participar e
promover transformação no seu campo de trabalho, na sua comunidade
e na sociedade na qual está inserido;
- Propiciar uma formação que possibilite o aluno atuar em indústrias de
alimentos e bebidas, agroindústria, laboratórios de controle de qualidade
e instituições de pesquisa.
DADOS GERAIS DO CURSO
Habilitação Profissional: Técnico em Agroindústria
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Eixo Tecnológico: Produção Alimentícia
Forma: Subsequente
Carga Horária Total do Curso: 1500 hora/aula ou 1250 horas e 133 horas de
Estágio Profissional Supervisionado.
Regime de Funcionamento: de 2ª a 6ª feira, no período noturno.
Regime de Matrícula: Semestral
Número de vagas: 30 por turma.
Período de integralização do curso: Mínimo 01 (um) e meio e máximo 05
(cinco) anos
Requisitos de Acesso: Conclusão do Ensino Médio
Modalidade de Oferta: Presencial
PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO DE CURSO
O Técnico em Agroindústria compreende de maneira sistêmica as
implicações sociais, econômicas, ambientais, políticas e técnicas de sua
atuação profissional. É tolerante e receptivo com a diversidade cultural, étnica,
religiosa, política e social. Tem formação técnica para: atuar na identificação
problemas e aplicação de soluções compatíveis com a realidade rural;
operacionalizar o processamento de alimentos nas áreas de laticínios, grãos,
cereais, carnes, beneficiamento de frutas e hortaliças; auxiliar e atuar na
elaboração, aplicação e avaliação de programas preventivos, de higienização e
sanitização da produção agroindustrial; atuar em sistemas para diminuição do
impacto ambiental dos processos de produção agroindustrial; acompanhar
programas de manutenção de equipamentos na agroindústria; implementar e
gerenciar sistemas de controle de qualidade; identificar e aplicar técnicas
mercadológicas para distribuição e comercialização de produtos.
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ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
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22
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CONTROLE DE QUALIDADE NO PROCESSO AGROINDUSTRIALCarga horária total: 100h/a – 83h
CONTEÚDO
-Sistemas de Certificação.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º SEMESTRE- Objetivo e importância do Sistema Brasileiro de Certificação (SBC);
- Definições e conceitos: acreditação, certificação de conformidade, certificação
compulsória, certificação voluntária, avaliação do fornecedor;
- Organismos do SBC;
- Comitê Brasileiro de Certificação – CBAC;
- Inmetro: finalidades e responsabilidade;
- Organismo de Certificação Credenciado – OCC;
- Organismo de Certificação de Sistemas da Qualidade – OCS;
- Organismo de Certificação de Sistema de Gestão Ambiental – OCOA;
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2º SEMESTRE- Organismo de Certificação de Produto – OCP;
- Organismo de Certificação de Pessoas – OPC;
- Organismo de Treinamento Credenciado – OTC;
- Regulamento do Acreditação;
- Recursos Advindos do SBC;
- Promoção do SBC;
- Educação para o Consumo;
- Reconhecimento Internacional;
- Inmetro representa o SBC nos seguintes foros internacionais de acreditação e
certificação: IAF (International Accreditation Forum), IAAC (Inter American
Accreditation Cooperation) e IATCA (International Auditor and Training
Certification Association)
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos propostos serão abordados tendo como norte a formação
humanista, cultural e tecnológica, necessária ao educando com vistas a
proporcionar subsídios para o enfrentamento das transformações sociais,
econômicas e políticas da sociedade, o que fundamenta a prática docente,
dentre os quais destacamos: leitura orientada; pesquisa referencial;
apresentação de trabalhos, pesquisas e seminários; relatórios; aulas práticas;
utilização dos recursos tecnológicos disponíveis, visitas técnicas, atividades
diversificadas e material impresso.
Nessa perspectiva a metodologia em sala de aula, deve partir da prática,
como desafio para a transformação; refletir sobre a prática, captando sua
essência, para tomar consciência de como atuar para sua transformação e
transformar a prática, de forma organizada e coletiva rumo ‘a direção desejada.
AVALIAÇÃO
REFERÊNCIAS
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
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BALLESTEROALVAREZ, Maria Esmeralda. Administração da qualidade e da produtividade: abordagens do processo administrativo. São Paulo, Atlas, 2001.
PALADINI, E.P. Gestão da Qualidade. São Paulo: Atlas, 2004.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FUNDAMENTOS DO TRABALHO Carga horária total: 60 h/a - 50 h
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICAA disciplina de Fundamentos do trabalho aborda conteúdos que
buscam valorizar o ser humano na sociedade e no mundo do trabalho.Esclarece a questão da alienação do ser humano em relação ao trabalho que executa e trabalha a importância do homem mais organizado e com visão da globalização e competitividade no mercado de trabalho, por conseqüência maior qualidade na oferta de especialista e de vida.
OBJETIVO GERALCompreender as dimensões do trabalho humano;
Relacionar características históricas das transformações do mundo do trabalho;
Avaliar o valor do trabalho como mercadoria: processo e alienação
CONTEÚDO
- O Mundo do Trabalho nas perspectivas ontológicas e históricas;
- O trabalho como realização da humanidade, como produtor da sobrevivência
e da cultura;
- O trabalho como mercadoria no industrialismo e na dinâmica capitalista.
- As transformações no mundo do trabalho: tecnologias, globalização,
qualificação do trabalho e do trabalhador.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º SEMESTRE
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- Dimensões do trabalho humano;
- Perspectiva histórica das transformações do mundo do trabalho;
- O trabalho como mercadoria: processo de alienação;
- Emprego, desemprego e subemprego;
- O processo de globalização e seu impacto sobre o mundo do trabalho;
- O impacto das novas tecnologias produtivas e organizacionais no mundo do
trabalho;
- Qualificação do trabalho e do trabalhador, perspectivas de inclusão do
trabalhador na nova dinâmica do trabalho.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos propostos serão abordados tendo como norte a formação
humanista, cultural e tecnológica, necessária ao educando com vistas a
proporcionar subsídios para o enfrentamento das transformações sociais,
econômicas e políticas da sociedade, o que fundamenta a prática docente,
dentre os quais destacamos: leitura orientada; pesquisa referencial;
apresentação de trabalhos, pesquisas e seminários; relatórios; aulas práticas;
utilização dos recursos tecnológicos disponíveis, visitas técnicas, atividades
diversificadas e material impresso.
Nessa perspectiva a metodologia em sala de aula, deve partir da prática,
como desafio para a transformação; refletir sobre a prática, captando sua
essência, para tomar consciência de como atuar para sua transformação e
transformar a prática, de forma organizada e coletiva rumo ‘a direção desejada.
AVALIAÇÃO Os instrumentos de avaliação serão diversificados, permitindo várias
formas do aluno expor sua aprendizagem e do professor avaliar, como trabalho
em grupo e individual provas objetivas e subjetivas, apresentação e crítica dos
trabalhos pesquisados.
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
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REFERÊNCIAS
FERRETTI, Celso João. et al. Novas tecnologias, trabalho e educação: um debate multidisciplinar. Petrópolis: Vozes, 1994.
FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria; ‘RAMOS, Marise (Orgs.) Ensino médio integrado: concepção e contradições. São Paulo: Cortez, 2005.
KUENZER, Acácia (Org.) Ensino médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 4ª edição, São Paulo: Cortez, 2005.
LOMBARDI, José Claudinei; SAVIANI, Demerval; SANFELICE, José Luís.
(Orgs). Capitalismo, trabalho e educação. Campinas: Autores Associados,
HISTEDBR, 2002. – (Coleção educação contemporânea).
MANFREDI. Silvia Maria. Educação Profissional no Brasil. São Paulo:
Cortez, 2002.
VÀSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Trad. de João Dell’Anna. 27ª edição, Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GESTÃO AMBIENTAL
Carga horária total: 140 h/a - 117 h
OBJETIVOS
Identificar e diferenciar: gestão ambiental; poluição ambiental e tratamento de
efluentes.
Compreender a importância da Gestão Ambiental para o desenvolvimento
brasileiro e mundial.
CONTEÚDO
- Mananciais de água para indústrias – características.
- Classificação geral dos efluentes agroindustriais.
- Monitoramento.
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- Eutroficação e eutrofisação.
- Classificação das indústrias em relação aos rejeitos.
- Rejeitos domésticos e rejeitos agroindustriais.
- Métodos gerais de tratamento de efluentes sólidos, líquidos e gasosos na
agroindústria.
- Normas gerais de lançamento de rejeitos.
- Fundamentos de controle de poluição agroindustrial.
Poluição do solo, das águas e da atmosfera.
Gestão Ambiental Integrada: impactos ambientais; monitoramento ambiental;
processo de licenciamento ambiental no agronegócio; ativos e passivos
ambientais no agronegócio.
Desenvolvimento Sustentável. Gestão ambiental da empresa e tecnologias
mais limpas.
Proteção ambiental integrada: prevenção de poluição causada por produtos e
processos, desde a obtenção da matéria prima até o descarte do produto.
CONTEÚDOS
1º SEMESTRE
- Introdução: o que é um Sistema de Gestão Ambiental (SGA);
- Relação das organizações com a variável ambiental;
- Vantagens e desvantagens de um SGA;
- Normalização, padronização e certificação;
- Os papéis da isso (International Organization For Standardization) e da
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) na Gestão Ambiental;
- A série ISO 14000;
- As normas ISO 14001 e 14004: implantação de um SGA passo a passo;
- Estudo de Caso: Desenvolvimento de um Programa de Gestão Ambiental
para uma Agroindústria;
- Importância do tratamento de efluentes no controle de qualidade das
indústrias;
- Poluição agro-industrial;
- A agroindústria como fonte de poluição ambiental;
- Aspectos econômicos e sociais do Controle de Poluição Agro-industrial;
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
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- Tratamento de efluentes da agroindústria nas Normas internacionais de
qualidade;
- Legislação ambiental;
-Efeitos, no meio ambiente, das principais substâncias presentes nos
resíduos;
2º SEMESTRE- Parâmetros de poluição hídrica;
- Padrões de qualidade ambiental;
- Classificação das águas interiores;
- Caracterização dos parâmetros de poluição hídrica;
- Padrões de Qualidade e de emissão;
- Análises físico-químicas de efluentes industriais;
- Técnicas de amostragem;
- Parâmetros analíticos de controle e monitoramento de estações de
tratamento de efluentes;
- Tratamento primário de efluentes;
- Coleta e transporte dos efluentes no interior da fábrica;
- Determinação das vazões;
- Hidrógrafo;
- Gradeamento e peneiramento;
- Remoção de óleos e gorduras;
- Equalização e mistura de efluentes;
- Precipitação química;
- Sedimentação, decantação e flotação;
- Processos complementares do tratamento primário: filtração, absorção e
desinfeção;
- Noção de processos avançados de tratamento primário: ultrafiltração, troca
iônica, processos de membranas;
- Desidratação de lodo primário;
- Condicionamento de lodo, filtração à vácuo, centrifugação, filtração sob
pressão;
- Leitos de secagem;
- Tratamento secundário de efluentes;
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
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- Tratamento biológico dos efluentes;
- Características gerais dos microrganismos aplicadas ao tratamento
biológico;
- Processos biológicos aeróbios;
- Processos biológicos anaeróbios;
- Remoção de nitrogênio;
- Remoção de fósforo;
- Resíduos Sólidos;
- Conceitos e definições;
- Formas e tipos de resíduos;
- Resíduos perigosos;
- Geração de resíduos sólidos;
- Impactos ambientais;
- Legislação ambiental relativa à coleta, transporte e disposição final de
resíduos sólidos;
- Processos de tratamento e de disposição final;
- Aterro de resíduos perigosos;
- Revalorização de resíduos sólidos;
- Gerenciamento de resíduos sólidos.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos propostos serão abordados tendo como norte a formação
humanista, cultural e tecnológica, necessária ao educando com vistas a
proporcionar subsídios para o enfrentamento das transformações sociais,
econômicas e políticas da sociedade, o que fundamenta a prática docente,
dentre os quais destacamos: leitura orientada; pesquisa referencial;
apresentação de trabalhos, pesquisas e seminários; relatórios; aulas práticas;
utilização dos recursos tecnológicos disponíveis, visitas técnicas, material
impresso.
Nessa perspectiva a metodologia em sala de aula, deve partir da prática,
como desafio para a transformação; refletir sobre a prática, captando sua
essência, para tomar consciência de como atuar para sua transformação e
transformar a prática, de forma organizada e coletiva rumo ‘a direção desejada.
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
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AVALIAÇÃO
REFERÊNCIAS
ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. 1991.
380 p.
BARBIERI, José Carlos. Gestão Ambiental Empresarial . Conceitos, Modelos e Instrumentos. São Paulo: Saraiva. 2004. 328p.
BATISTA, L.F. Manual técnico de construção e operação de biodigestores.
Brasília, 1981. (Manuais 24).
BERNARDO, Christianne; FAVORETO, Carla de Oliveira Reis. Coletânea de Legislação Ambiental Básica Federal: Suplemento. Rio de Janeiro: Lúmen
Júris, 2002. 154p.
CARLOS A. RICHTER. KARL E KLAUS R. IMHOFF. Tratamento de água “tecnologias atualizada”. Editora Edgard Blucher Ltda. 3° Reimpressão 2000.
CARVALHO, Jussara de Lima & Rosana Filomena Vazoller - CURSO: Digestão Anaeróbia -Aspectos Fundamentais e Tecnológicos.
Universidade de Caxias do Sul, 1993.
DONAIRE, Denis. Gestão Ambiental na Empresa. 2a edição. São Paulo:
Atlas, 1999.
HELENE, Maria E. M.; MARCONDES, Beatriz; NUNES, Edelci. A fome na atualidade. São Paulo: Scipione, 1997.
JOLLIVET, Marcel. Agricultura e meio ambiente: reflexões sociológicas. Estudos Econômicos. USP. São Paulo, v.24, n° especial, 1994.
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Janeiro: IPEA, 1990. 248p.
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
23
RICHTER, C.A. & NETTO, J.M. de A.J. Tratamento de água Tecnologia atualizada. Editora Edgard Blucher LTDA. 3° Reimpressão 2000. 332p.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica. Paraná, 2008.
SEMINÁRIO. Tratamento de resíduos na indústria de alimentos. São Paulo:
ABEA, 1996.
SETTI, A. A. A necessidade do uso sustentável dos recursos hídricos.
Brasília: IBAMA, 1996. 344p.
SILVA, J. X. da & SOUZA, M. J. L. Análise ambiental . Rio de Janeiro: Editora
UFRJ. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1988. 199p.
TACHIZAWA, Takeshy. Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Corporativa. Estratégias de Negócios focadas na realidade Brasileira. São
Paulo: Atlas. 2ª ed. 2004.
TOZONI-REIS, Marília Freitas de Campos. Educação Ambiental: natureza, razão e história. Campinas: Autores associados, 2004.170p.
VALVERDE, Sebastião Renato. Elementos de Gestão ambiental empresarial. Viçosa: UFV, 2005. 127p.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GESTÃO E PLANEJAMENTO DE COMPLEXOS AGROINDUSTRIAL
Carga horária total: 220 h/a – 183 h
OBJETIVOS
Entender a formação dos complexos agroindustriais, seu papel na economia e na organização do espaço;Identificar as bases conceituais de: indústrias afins, indústrias de máquinas, indústrias de fertilizantes, rações e defensivos, indústrias de processamento;Reconhecer as diferenças entre cooperativa e associação rural.
CONTEÚDOComplexos agroindustriais no Brasil.
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23
O Setor de insumos e bens de produção, administração dos processos
produtivos da propriedade rural, planejamento, controle de produção, a cadeia
dos principais produtos agrícolas e suas relações com a legislação, com o
ambiente, com as oportunidades de mercado, agronegócio, com a capacidade
de investimento, com a disponibilidade de tecnologias.
Medidas de atividade econômica. A contabilidade como instrumento de gestão
empresarial. Instrumentos de política econômica. Inflação.
Comércio internacional.
Noções de desenvolvimento e crescimento econômico.
Importância da agropecuária e agroindústria para o desenvolvimento
econômico.
CONTEÚDOS
1º SEMESTRE
- Os complexos agroindustriais no Brasil - seu papel na economia e na
organização do espaço;
- A formação dos complexos agroindustriais no Brasil:
- Base Conceitual
- Indústrias Afins
- Indústrias de maquinarias
- Indústrias de fertilizantes, rações e defensivos
- Indústria de processamento
- Formas de Integração
- Ação do Estado
- Complexos agroindustriais, cooperativas e gestão;
- Esquematização do sistema agroindustrial;
- Atores socias e complexos agroindustriais;
- Relações entre atores que integram uma cadeia agroindustrial;
- Associativismo rural;
- Modernização e industrialização da agricultura na construção do complexo
agroindústria;
- A modernização e industrialização da agricultura e a participação das
cooperativas agropecuárias;
- O setor de insumos e bens de produção;
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
23
- A produção agropecuária, processamento e distribuição;
- A unidade de produção;
- Classificação das unidades de produção rural;
- Agrupamento e estruturação dos recursos;
- Característica da agricultura e da pecuária;
- Planejamento para o setor agroindustrial: métodos, a curto, médio e longo
prazo, controle;
2º SEMESTRE- O agronegócio;
- Organização de pessoal;
- Organização física;
- A atividade agropecuária: tipo de exploração, produtos (culturas mais
importantes e reflorestamento, piscicultura, turismo rural, etc.)
- Fundamentos e técnicas de elaboração de projetos;
- Fundamentos e técnicas de elaboração de cronogramas de produção;
- Estudo de plantas de obras agroindustriais;
- A atividade agroindustrial: níveis de processamento, relações com o mercado,
- Logística: conceito de sistema logístico, relação entre logística e
agroindústria, gestão da cadeia de suprimento, nível do serviço logístico, custo
e investimento logístico, planejamento logístico e armazenagem, pessoal;
- Planejamento do controle sanitário;
- Produção agroecológica: exigências de certificação;
- Planejamento e as medidas de atividade econômica, os instrumentos de
política econômica, inflação, comércio internacional, noções de
desenvolvimento e crescimento econômico, importância da agropecuária e
agroindústria para o desenvolvimento econômico;
3º SEMESTRE- A contabilidade como instrumento de gestão empresarial;
- Administração financeira e contabilidade;
- Microeconomia – aplicados ao setor agroindustrial;
- Os instrumentos da política macro econômica e sua influência no setor
agroindustrial;
- Tomada de decisão;
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23
- Metas;
- Perspectiva de longo prazo;
- Época de ocorrência dos retornos;
- Distribuição de retornos;
- Análise financeira;
- Patrimônio líquido;
- Análise da situação financeira e econômica;
- Procedência de capitais;
- Aplicação de capitais;
- Rentabilidade;
- Análise dos custos. orçamento. técnicas para tomada de decisões e
planejamento;
- Importância do setor rural para o desenvolvimento econômico mercado
internacional de produtos agrícolas e a influência da política agrícola dos eua e
europa;
- Mercado de futuros e derivativos agropecuários.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos propostos serão abordados tendo como norte a formação
humanista, cultural e tecnológica, necessária ao educando com vistas a
proporcionar subsídios para o enfrentamento das transformações sociais,
econômicas e políticas da sociedade, o que fundamenta a prática docente,
dentre os quais destacamos: leitura orientada; pesquisa referencial;
apresentação de trabalhos, pesquisas e seminários; relatórios; aulas práticas;
utilização dos recursos tecnológicos disponíveis, visitas técnicas, material
impresso.
Nessa perspectiva a metodologia em sala de aula, deve partir da prática,
como desafio para a transformação; refletir sobre a prática, captando sua
essência, para tomar consciência de como atuar para sua transformação e
transformar a prática, de forma organizada e coletiva rumo ‘a direção desejada
AVALIAÇÃO
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
23
REFERÊNCIAS
ANTUNES, L.M., RIES, L.R. Gerência agropecuária: análise de resultados. Guaíba: Agropecuária, 1998. 240p.
BALLESTERO-ALVAREZ, M. E. Administração da qualidade e da produtividade São Paulo : Atlas, 2001.
BARBOSA, Jairo Silveira. Administração rural a nível de fazendeiro. 2ª. ed.
São Paulo: Livraria Nobel S/A. 98 p. 6 exemplares.
BATALHA, M. O. (Coord.). Gestão agroindustrial. 2.ed. São Paulo: Atlas,
2001. 2v.
BATALHA, M.O. et alli. A Gestão da Produção em Firmas Agroindustriais.
CAIXETA FILHO, J. V. “Transporte e Logística no Sistema Agroindustrial”.
CHIAVENATO, Italberto. Iniciação a Administração Geral. 2ª. ed. São Paulo:
Makron, 1994. 80 p.
CORTEZ, L. A. B; MAGALHÃES, P. S. G. Introdução à engenharia agrícola.
São Paulo: Editora da UNICAMP, 1992.
DIAS, S.R. Estratégia e canais de distribuição. São Paulo. Atlas, 1993.
Distribuição Física de Produtos. Edgard Blücher, São Paulo, 1989.
EPAMIG. Administração Rural. Informe agropecuário. v.12, n.143. Belo
Horizonte. 1986. 96 p.
ESCÓRCIO, J.R.; DENARDI, R.A. Comercialização de produtos agrícolas. Rio de Janeiro: AS-PTA; IRED, 1993. 40p..
HOFFMANN, R.,ENGLER, J.J.C., SERRANO, O THANE, A C. M.
Administração da empresa agrícola. São Paulo: Pioneira, 1976. 325 p.
ICEA. Administração técnica agrícola. 6ª. Ed. Campinas - SP: Fundação
Cargill, 1989. 61 p.
JOSÉ, L. Olinquevitch e ARMANDO, Santi Filho. Análise de Balanços para Controle Gerencial. 5ª. Ed. São Paulo: Atlas, 1999.
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
23
MAGALHÃES, C.A. Planejamento da empresa rural: métodos de planejamento e processos de avaliação. Viçosa: Imprensa Universitária,
1992. 100p.
MAGNOLI, Demétrio. Globalização – estado nacional e espaço mundial. São Paulo: Moderna, 1997.
MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. Jorge Zahar: Riode Janeiro, 2007. 183p.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balanços: uma abordagem básica e gerencial. São Paulo: Atlas, 1995. (clássico).
SLACK, N. Administração de produção e operação. São Paulo: Pioneira,
1998.
SOUZA, R., GUIMARÃES, J.M.P., MORAIS, V.A., VIEIRA, G., ANDRADE, J.G.
A administração da fazenda. São Paulo: Globo. 1992. 211p.
VALE, S.M.L.R. Avaliação de sistemas de informação para produtores rurais: metodologia e um estudo de caso. Viçosa: UFV, 1995. 139 p.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HIGIENE AGROINDUSTRIAL E SEGURANÇA DO TRABALHO Carga horária total: 200 h/a - 167 h
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
OBJETIVOS GERAISConhecer a importância do aproveitamento do processamento de produtos
agrícolas e os princípios de higiene;
Identificar e prevenir doenças causadas por alimentos contaminados;
Conhecer o processo de produção de produtos de limpeza e higiene.
CONTEÚDO
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Legislação agroindustrial: Normas e Legislação aplicada à agroindústria;
Padrões higiênicos sanitários para alimentos de origem animal e vegetal.
Inspeção em abatedouros, frigoríficos e laticíneos. Órgãos fiscalizadores.
Tratamento e qualidade da água. Limpeza e sanitização.
Princípios básicos de Higienização. Procedimento geral de Higienização.
Agentes químicos para Higienização.
Eficiência microbiológica de sanitizantes.
Sanitizantes físicos e químicos.
Controle de infestações.
Transmissão de doenças pelos alimentos. Infecções, intoxicações e
toxinfecções.
Fatores que contribuem para o aparecimento das toxinfecções alimentares,
prevenção e epidemiologia.
Higiene pessoal de colaboradores.
Boas práticas de manufatura. Sistema APPCC (Análise de Perigos e Pontos
Críticos de Controle).
Normas e Regulamentação do uso dos Equipamentos de Proteção e
Prevenção de Acidentes Pessoas e Coletivos.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º SEMESTRE
Legislação aplicada à agroindústria: normas técnicas para implantação de
agroindústrias beneficiadoras de alimentos de origem animal e vegetal;
Normas técnicas para implantação de agroindústrias beneficiadoras de
alimentos de origem animal e vegetal;
Órgãos fiscalizadores: RIISPOA (Regulamento da Inspeção Indústrial e
Sanitária de Produtos de Origem Animal), SIF(Serviço de Inspeção
Federal) e CISPOA (Coordenadoria de Inspeção Sanitária de Produtos de
Origem Animal);
Fundamentos de higiene na agroindústria;
Microbiologia da higiene industrial
Fungos na agroindústria;
Infecções e intoxicações alimentares;
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23
2º SEMESTRE Aspectos higiênicos na construção de fábrica e equipamentos;
Água e higiene na agroindústria:
o Fontes de abastecimento;
o Critérios de potabilidade;
o Métodos de tratamento de água para a agroindústria;
o Redes de distribuição industriais;
o Análises físico-químicas e bacteriológicas das águas;
Produtos químicos e sanizantes e operações de limpeza:
o Detergência;
o Detergentes e sabões;
o Biocidas;
o Cloro e compostos clorados;
o Utilização de vapor e água quente na limpeza de fábricas;
Ações complementares de higiene:
o Controle de infestações;
o Contagem e manipulação de embalagens e produtos sanitizantes;
o Aspectos legais e econômicos da sanitização;
Resíduos da agroindústria:
o Impacto ecológico dos resíduos da agroindústria;
o Caracterização das cargas poluidoras dos efluentes líquidos;
o Análise de efluentes;
APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) na
agroindústria
Identificação de pontos de controles na agroindústria;
Diagnóstico de situação em agroindústrias de carnes, leite, frutas e
hortaliças e grãos;
Análises microbiológicas de controle;
Elaboração de relatório e laudo técnicos;
Definição de segurança do trabalho;
Os riscos ambientais: físicos, químicos, ergonômicos, mecânicos, e
biológicos;
Mapas de riscos;
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23
Os riscos nos principais locais de trabalho do processo produtivo na
agroindústria;
Primeiros socorros;
Programas de prevenção de riscos ambientais: NR – 5 e NR – 6;
Plano de Conservação Auditiva;
Plano de Conservação Respiratória.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos propostos serão abordados tendo como norte a formação
humanista, cultural e tecnológica, necessária ao educando com vistas a
proporcionar subsídios para o enfrentamento das transformações sociais,
econômicas e políticas da sociedade, o que fundamenta a prática docente,
dentre os quais destacamos: leitura orientada; pesquisa referencial;
apresentação de trabalhos, pesquisas e seminários; relatórios; aulas práticas;
utilização dos recursos tecnológicos disponíveis, visitas técnicas, material
impresso.
Nessa perspectiva a metodologia em sala de aula, deve partir da prática,
como desafio para a transformação; refletir sobre a prática, captando sua
essência, para tomar consciência de como atuar para sua transformação e
transformar a prática, de forma organizada e coletiva rumo ‘a direção desejada
AVALIAÇÃO
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Nélio Joisé de Andrade; Jorge Antonio B. de Macedo -
Higienização na Indústria de Alimentos. São Paulo. Livraria Varela, 1996.
CONTRERAS, C.A., BROMBERG, R., CIPOLLI, K.M.V.A.B., MIYAGUSKU,
Higiene e sanitização nas indústrias de alimentos, São Paulo:Varela, 2002.
181p.
CREPALDI, Joaquim Donizeti. O Princípio de Proteção e Flexibilização das Normas do Direito do Trabalho, LTR. 1999.
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
24
FRANCO, B.G.M., LANDGRAF, M. Microbiologia dos Alimentos, São Paulo:
Atheneu, 1996. 182p.
Hazelwood, D. - Manual de Higiene para Manipuladores de Alimentos. São
Paulo. Livraria Varela.
HOEPPNER, Marcos Garcia. Normas Regulamentadoras Relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. 3ª Ed. Icone.2003.
LORENTZ, Lutiana Nacur. A Norma da Igualdade e o Trabalho das Pessoas Portadora de Deficiência, LTR.
MANNRICH, Nelson. CLT - Legislação Trabalhista e Processual Constituição Federal, 9ª Ed. RevTrib, 2008.
ORDÓNEZ, J.A.P. et al.Tecnologia de Alimentos: Componentes dos Alimentos e Processos.V.1, São Paulo: Artmed, 2005. 294p.
RIEDEL, G. Controle sanitário dos alimentos.3ªed, São Paulo:Atheneu,
2005.455p.
SILVA Jr., Eneo Alves da, - Manual de Controle Higiénico Sanitário em Alimentos. 2º edição. São Paulo. Livraria Varela.1995.
SILVA, J.A., Tópicos da Tecnologia de Alimentos, São Paulo: Livraria
Varela, 2000. 227p.
VÁRIOS. CLT 2008, Consolidação das Leis do Trabalho Constituição Federal, 35ª Ed. Saraiva, 2008.
YOKOIA F. - Higiene e Sanitização de Fábricas de Alimentos. CIC, Série
Tecnologia Agroindustrial. 1979.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR TECNOLOGIAS DE CARNES E DERIVADOSCarga horária total: 200 h/a – 167 h
OBJETIVOS GERAISConhecer os processos da tecnologia da carne de aves, bovinos e suínos;
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
24
Identificar as principais características, valor nutritivo, qualidade e classificação
da carne;
Conhecer a tecnologia, o processo de abate para obtenção da carne;
Conservar e avaliar a matéria prima para a industrialização de produtos
cárneos;
Utilizar técnicas na avaliação de cortes e carcaças;
Dominar os processos fisiológicos e tecnológicos da conversão de músculo em
carne.
Identificar os principais problemas causados por microorganismos que
influenciam na qualidade da carne.
CONTEÚDOS Generalidades da Carne.
Importância econômica.
Caracterização das espécies animais para corte.
Fundamentos da Ciência da Carne.
Transformação do músculo em carne.
Fenômenos postmortem.
Parâmetros de qualidade da carne fresca.
Tecnologia de abate.
Maturação da carne.
Microbiologia da carne.
Processamento tecnológico de carnes in natura.
Operações para o preparo de carcaças, vísceras e cortes comerciais de
animais de abate.
Conservação da carne pelo frio artificial.
Métodos de resfriamento e congelamento da carne.
Instalações frigoríficas.
Higiene dos estabelecimentos industriais para o processamento de carne.
Métodos de conservação: tratamento térmico. Métodos químicos.
Produtos salgados, curados, defumados. Embutidos crus, cozidos, fermentados
e emulsionados.
Processamento tecnológico de subprodutos.
Carne mecanicamente separada. Aditivos e conservantes.
Importância tecnológica.
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24
Aspectos de legislação.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º SEMESTRE
- Definições de estabelecimentos de carnes e derivados;
- Localização e construção de estabelecimentos cárneos;
- Instalações e equipamentos: currais e anexos, banheiro de aspersão,
rampa de acesso, seringa, departamento de necropsia e departamento de
inspeção final;
- Métodos e tipos de abate;
- Métodos de atordoamento de bovinos, suínos e aves;
- Tecnologia do abate de bovinos: esfola em "cama elevada", esfola aérea,
propulsão manual, propulsão automatizada;
- Cuidados especiais: zona suja, intermediária e limpa;
- Tecnologia do abate de suínos: considerações gerais, métodos de
insensibilização, sangria, escaldagem e fluxograma de abate;
- Tecnologia do abate de aves: considerações gerais, métodos de
insensibilização e sangria, escaldagem, técnicas de evisceração,
resfriamento de carcaças e vísceras, gotejamento e embalagem;
- Tipificação, classificação de carcaças e cortes cárneos;
2º SEMESTRE- Mecanismo de conversão: carne bovina, suína, aves e pescado;
- Estrutura do músculo;estrutura da fibra muscular; química dos tecidos
musculares - proteínas e água (CRA); função muscular e as alterações
"post mortem" - alterações químicas e contração muscular;
- Enzimologia da maturação;
- Modificações observadas durante a maturação - rigor e amaciamento "post
mortem", modificações estruturais durante a maturação, modificações
sofridas pelas proteínas miofibrilares durante a maturação;
- Atividade enzimática durante a maturação;
- Influência das modificações do rigor e da maturação nas propriedades da
carne;
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
24
3º SEMESTRE- Características de qualidade do músculo como alimento;
- Reflexos sobre a qualidade da carne - fatores "ante mortem", fatores
associados à insensibilização e aos tratamentos "post mortem";
propriedades da carne fresca;
- Processamento tecnológico das carne: frio industrial e princípio de
processamento de embutidos;
- Aproveitamento de vísceras e subprodutos de origem animal;
- Considerações gerais, matérias-prima, fluxogramas de fabricação de
farinhas de carne, carne e ossos, sangue, etc.;
- Produção de Ração
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos propostos serão abordados tendo como norte a formação
humanista, cultural e tecnológica, necessária ao educando com vistas a
proporcionar subsídios para o enfrentamento das transformações sociais,
econômicas e políticas da sociedade, o que fundamenta a prática docente,
dentre os quais destacamos: leitura orientada; pesquisa referencial;
apresentação de trabalhos, pesquisas e seminários; relatórios; aulas práticas;
utilização dos recursos tecnológicos disponíveis, visitas técnicas, material
impresso.
Nessa perspectiva a metodologia em sala de aula, deve partir da prática,
como desafio para a transformação; refletir sobre a prática, captando sua
essência, para tomar consciência de como atuar para sua transformação e
transformar a prática, de forma organizada e coletiva rumo ‘a direção desejada
AVALIAÇÃO
REFERÊNCIAS
ANDRADE, E.C.B. Análise de alimentos: uma visão química da nutrição.
São Paulo: Varela, 2004.
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
24
BARUFALDI, R.; OLIVEIRA, M.N. de Fundamentos de Tecnologia de Alimentos. São Paulo : Atheneu, 1998. 317p. (Série Ciência, Tecnologia,
Engenharia de Alimentos e Nutrição, 3).
CONTRERAS, C.A., BROMBERG, R., CIPOLLI, K.M.V.A.B., MIYAGUSKU,
Higiene e sanitização nas indústrias de alimentos, São Paulo:Varela, 2002.
181p.
EVANGELISTA, J. Tecnologia de Alimentos, Rio de Janeiro: Livraria Ateneu,
1992. 625p.
FRANCO, B.G.M., LANDGRAF, M. Microbiologia dos Alimentos, São Paulo:
Atheneu, 1996. 182p.
LIMA, U.A., AQUARONE, E., BORZANI, W. Biotecnologia: Tecnologia das Fermentações. São Paulo: Editora Edgar Blücher Ltda., v.1, 1975, 275p.
MOUNTONEY, George J. Tecnologia de produtos avícolas. Zaragoza:
Acribia, 1991.
ROCCO, Sylvio César, Embutidos, frios e defumados. Texto novo, 1996.
ORDÓNEZ, J.A.P. et al.Tecnologia de Alimentos: Componentes dos Alimentos e Processos.V.1, São Paulo: Artmed, 2005. 294p.
RIEDEL, G. Controle sanitário dos alimentos. 3ªed, São Paulo: Atheneu,
2005.455p.
SILVA, J.A., Tópicos da Tecnologia de Alimentos, São Paulo: Livraria
Varela, 2000. 227p.
TERRA N.N.; BRUM, M. A R. Carne e seus derivados – Técnicas de controle de qualidade. Livraria Nobel, São Paulo, 1998.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE TECNOLOGIAS DE GRÃOSCarga horária total: 200 h/a – 167 h
OBJETIVOS
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
24
Conhecer a estrutura dos grãos, composição e importância de cada parte do
grão.
Conhecer a importância do aproveitamento do processamento dos grãos e os
princípios da utilização na agroindústria;
Conhecer a fabricação de produtos tendo os grãos como base.
CONTEÚDO Composição básica de cereais.
Natureza, propriedades e inter-relações com o processamento industrial e
elaboração de produtos derivados.
Características e comportamento dos grãos no pré-processamento e na
conservação.
Estrutura anatômico-morfológica de grãos.
Propriedades funcionais, processos e métodos de beneficiamento de grãos.
Tecnologia do processamento de grãos oleaginosos, protéicos e amiláceos.
Controle de qualidade. Sistemas de armazenamento e unidades
armazenadoras.
Psicrometria aplicada a secagem e conservação de grãos.
Operações de pré-armazenamento, armazenamento e manutenção de
qualidade de grãos armazenados.
Política de armazenamento. "Lay-out" de unidades de armazenamento e de
beneficiamento de grãos. Instalações e equipamentos para pré-
armazenamento e armazenamento de grãos.
Dimensionamento de unidades armazenadoras e equipamentos. Controle da
qualidade.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS1º SEMESTRE Estrutura antômico-morfológica dos grãos;
- Natureza, estrutura e principais propriedades dos funcionais dos grãos;
- Estrutura e composição de cereais;
- Aspectos anatômicos e morfológicos;
- Natureza, estrutura dos principais consituintes: carboidratos: oses, amido,
componentes da parede celular, proteínas e lipídeos;
- Composição básica de cereais;
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
24
- Carboidratos: estrutura, propriedades funcionais, reatividade, extração,
dosagem, transformações bioquímicas, enzimáticas e químicas.
- Proteínas: estrutura, propriedades funcionais, reatividade, extração,
dosagem, transformações bioquímicas, enzimáticas e químicas.
- Lipídeos: propriedades funcionais, reatividade, transformações e
aplicações;
- Minerais: propriedades funcionais, reatividade e aplicações;
2º SEMESTRE- Tecnologia de moagem de grãos;
- Fragmentação de grãos e reparação de frações: via seca, turbo-reparação e
via úmida;
- Separação de constituintes: extração de lipídeos, extração sólido-sólido e
extração sólido-líquido;
- Fracionamento de constituinte: solubilização diferencial, recuperação
diferencial e separação fina;
- Tecnologia de processamento enzimático;
- Transformação enzimática do amido: despolimerização do amido,
isomerização da glicose, síntese de oligossacarídeos, hidrogenação e
aplicações;
- Transformação enzimática de proteínas: hidrólise e aplicações;
- Tecnologia dos tratamentos hidrotérmicos;
- Transformações microbiológicas;
3º SEMESTRE- Tecnologia de processamento de arroz;
- Tecnologia de processamento de aveia;
- Tecnologia de processamento de cevada;
- Tecnologia de beneficiamento de feijão;
- Tecnologia de processamento de milho;
- Tecnologia de processamento de trigo;
- Tecnologia de processamento de soja;
- Aspectos evolutivos do armazenamento de grãos no Brasil;
- Níveis de armazenamento: armazenamento na unidades de produção (nível
de produtor), armazenamento em unidades intermediárias: (coletor e sub-
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
24
erminal) e armazenamento em unidades terminais;
- Características ou propriedades dos grãos e suas correlações com o
processo conservativo: porosidade, condutibilidade térmica,
higroscopiscidade, ângulo de talude, respiração;
- Sistemas de armazenamento: convencional, paióis, galpões, convencionais,
a granel, silos, armazéns (graneleiros e granelizados), herméticas e
emergenciais;
- Operações e manejo técnico-operacional;
- Pré-armazenamento (recepção, pré-limpeza, secagem, limpeza e
classificação);
- Armazenamento, manutenção de qualidade (temometria, expurgo,
transilagem, aeração) e controle da qualidade.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos propostos serão abordados tendo como norte a formação
humanista, cultural e tecnológica, necessária ao educando com vistas a
proporcionar subsídios para o enfrentamento das transformações sociais,
econômicas e políticas da sociedade, o que fundamenta a prática docente,
dentre os quais destacamos: leitura orientada; pesquisa referencial;
apresentação de trabalhos, pesquisas e seminários; relatórios; aulas práticas;
utilização dos recursos tecnológicos disponíveis, visitas técnicas, material
impresso.
Nessa perspectiva a metodologia em sala de aula, deve partir da prática,
como desafio para a transformação; refletir sobre a prática, captando sua
essência, para tomar consciência de como atuar para sua transformação e
transformar a prática, de forma organizada e coletiva rumo ‘a direção desejada
AVALIAÇÃO
REFERÊNCIAS
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
24
AMATO, G.W. & SILVEIRA FILHO, S. Parboilização de arroz no Brasil. Porto
Alegre, CIENTEC, 1991. 91p. il.
BARUFALDI, R.; OLIVEIRA, M.N. de Fundamentos de Tecnologia de Alimentos. São Paulo : Atheneu, 1998. 317p. (Série Ciência, Tecnologia,
Engenharia de Alimentos e Nutrição, 3).
BOBBIO, P.A.; BOBBIO, F.O. Química do Processamento de Alimentos. 3ª
ed., São Paulo : Varela, 2001. 143p.
BRASIL Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária.
Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária.Regras para análise de sementes.
Brasília, DF. 1992. 365 p.
CONTRERAS, C.A., BROMBERG, R., CIPOLLI, K.M.V.A.B., MIYAGUSKU,
Higiene e sanitização nas indústrias de alimentos, São Paulo:Varela, 2002.
181p.
MOSSEL, D.A.A., MORENO, B., STRUIJK, C.B. Microbiología de los alimentos,
2ª ed, 2003. 703p.
RIEDEL, G. Controle sanitário dos alimentos.3ªed, São Paulo:Atheneu,
2005.455p.
ROITMAM, I.; TRAVASSOS, L. R. & AZEVEDO, J. L. Tratado de microbiologia.
V.1, São Paulo: Manole, 1987. 181p.
SALUNKHE, D.K. Postharvest Biotechnology of Cereals. Boca Raton, CRC
Press, 1985. 348 p.
SILVA, J.A., Tópicos da Tecnologia de Alimentos, São Paulo: Livraria Varela,
2000. 227p.
VALVERDE, Cláudio Cid. 250 maneiras de preparar rações balanceadas para
ovinos: Aprenda Fácil. Viçosa, 2000. 180p.
VILLELA, F.A. & PESKE, S.T. Secagem e beneficiamento de sementes de arroz irrigado. In: Produção de Arroz. Pelotas,UFPEL. 1996. 473 p.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE TECNOLOGIAS DE LATICÍNEOS
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
24
Carga horária total: 240 h/a – 200 h
OBJETIVOS
Conhecer a importância da indústria de laticínios e os fatores socioeconômicos.
Identificar os aspectos físico-químicos e biológicos do leite.
Compreender a anatomia e fisiologia da glândula mamária na lactogênese.
Executar avaliando, os meios de obtenção de leite de boa qualidade.
Conhecer os testes realizados na obtenção de leite de boa qualidade.
Executar avaliando o processo tecnológico de processamento de leite em pó,
manteiga e creme de leite.
Utilizar os métodos adequados de embalagens e armazenamento para
obtenção de produto de boa qualidade.
CONTEÚDOConsiderações gerais sobre a indústria de laticínios.
Definição de leite.
Anatomia e fisiologia da glândula mamária.
Lactogênese.
Composição e propriedades físicoquímicas do leite. Importância tecnológica e
valor nutritivo.
Características sensoriais.
Microbiologia do leite.
Manejo adequado na ordenha.
Obtenção higiênica.
Métodos de coleta.
Testes de plataforma.
Pesquisa de conservantes e reconstituintes.
Classificação higiênica.
Beneficiamento de leites de consumo.
Resfriamento.
Tratamento térmico.
Características dos equipamentos e métodos utilizados.
Efeitos do tratamento térmico sobre os constituintes do leite.
Leite evaporado e concentrado.
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25
Leite em pó. Leite condensado.
Efeito da armazenagem sobre os leites de consumo.
Derivados do leite.
Processamento tecnológico de queijos.
Processamento de produtos lácteos fermentados.
Tecnologia de concentração de derivados lácteos.
Processamento de derivados graxos.
Fundamentos tecnológicos de aditivos, ingredientes e coadjuvantes utilizados
em produtos derivados de leite.
Controle de qualidade e legislação.
Características dos equipamentos e seqüência de elaboração.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º SEMESTRE
- Considerações gerais sobre a indústria de laticínios: produção de leite
no Brasil e no mundo;
- Aspectos econômicos e sociais;
- Composição química do leite: gordura, lactose, sais minerais, proteínas
e biocatalizadores;
- Propriedades físicas: densidade, calor específico, ponto de
congelamento e pH;
- Propriedades organolépticas: características normais, variações em
conseqüência da composição do leite e leites patológicos.
- Síntese do leite na glândula mamária: aspectos morfológicos da
glândula mamária, fatores hormonais que regulam a secreção láctea e o
mecanismo de elaboração do leite;
- Produção higiênica do leite: tipos e higiene na ordenha;
- Conservação do leite de granja: filtração e refrigeração;
- Alterações e defeitos do leite: alterações em conseqüência da
introdução de matérias estranhas, falsificação e alterações por causa de
modificações dos elementos normais do leite;
- Recebimento do leite na plataforma da indústria: plataforma de
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recepção, equipamentos utiulizados, análises efetuadas, depuração
física , filtração e centrifugação do leite;
- Tratamento e transformação do leite: conservação pelo frio, pelo calor
(pasteurização e esterilização) e pela desidratação (leite concentrado e
em pó);
- Outras técnicas de conservação: adição de substâncias conservadoras e
métodos físicos;
2º SEMESTRE- Leites modificados: maternizados, vitaminados e fermentados;
- Tecnologia da manteiga: obtenção do creme, centrifugação e
decantação espontânea;
- Melhoramento do creme: filtração, neutralização, pasteurização,
maturação ou fermentação, batedura do creme, embalagem da
manteiga, conservação, defeitos e alterações da manteiga;
- Tecnologia de queijos: matéria-prima, coagulação do leite, tipos de
coagulação, dessoragem, enformagem, maturação, embalagem e
principais tipos de queijo;
- Tecnologia de iogurte e bebidas lácteas: matérias-primas, equipamentos
e técnicas de fabricação industrial;
3º SEMESTRE- Tecnologia de sorvetes: matérias-primas, equipamentos e técnicas de
fabricação industrial;
- Tecnologia do creme: matéria-prima, obtenção do creme, usos do
creme, embalagem e conservação;
- Tecnologia de doce de leite (pastoso, cremoso e pedaço): matérias-
primas, equipamentos e técnicas de fabricação industrial;
- Higienização da indústria de laticínios: limpeza da indústria e
desinfecção de equipamentos.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos propostos serão abordados tendo como norte a formação
humanista, cultural e tecnológica, necessária ao educando com vistas a
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proporcionar subsídios para o enfrentamento das transformações sociais,
econômicas e políticas da sociedade, o que fundamenta a prática docente,
dentre os quais destacamos: leitura orientada; pesquisa referencial;
apresentação de trabalhos, pesquisas e seminários; relatórios; aulas práticas;
utilização dos recursos tecnológicos disponíveis, visitas técnicas, material
impresso.
Nessa perspectiva a metodologia em sala de aula, deve partir da prática, como desafio para a transformação; refletir sobre a prática, captando sua essência, para tomar consciência de como atuar para sua transformação e transformar a prática, de forma organizada e coletiva rumo ‘a direção desejada
REFERÊNCIAS
BARBOSA-CÁNOVAS, G.V.; POTHAKAMURY, V.R.; PALDU, E.; BARRY,G.S.
Conservación no Térmica de Alimentos. Zaragoza : Acribia, 1999. 280p.
BARBOSA, J.J. Introdução à Tecnologia de Alimentos. Rio de Janeiro:
Kosmos, 1976. 118p.
BARUFALDI, R.; OLIVEIRA, M.N. de Fundamentos de Tecnologia de Alimentos. São Paulo : Atheneu, 1998. 317p. (Série Ciência, Tecnologia,
Engenharia de Alimentos e Nutrição, 3).
BARUFALDI, R.; OLIVEIRA, M.N. de Fundamentos de Tecnologia de Alimentos. São Paulo : Atheneu, 1998. 317p. (Série Ciência, Tecnologia,
Engenharia de Alimentos e Nutrição, 3).
BOBBIO, P.A.; BOBBIO, F.O. Química do Processamento de Alimentos. 3ª
ed., São Paulo : Varela, 2001. 143p.
CONTRERAS, C.A., BROMBERG, R., CIPOLLI, K.M.V.A.B., MIYAGUSKU,
Higiene e sanitização nas indústrias de alimentos, São Paulo:Varela, 2002.
181p.
ORDÓNEZ, J.A.P. et al.Tecnologia de Alimentos: Componentes dos Alimentos e Processos.V.1, São Paulo: Artmed, 2005. 294p.
SILVA, Carlos Arthur Barbosa da. Mini-usina de pasteurização do leite. Brasília: UFV, 1995. 28 p.
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25
SILVA, Carlos Arthur Barbosa da. Posto de resfriamento do leite. Brasília:
UFV, 1995. 25 p.
SILVA, Carlos; BARBOSA, Arthur da. Usina beneficiamento de leite e derivados. Brasília: Universidade Federal de Viçosa, 1995. 46 p.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE TECNOLOGIAS DE PROCESSAMENTO VEGETALCarga horária total: 180 h/a – 150 h
OBJETIVOS GERAISConhecer a estrutura, processamento e composição dos vegetais.
CONTEÚDO Transporte.
Pré-processamentos.
Processos produtivos de derivados de frutas e hortaliças.
Sucos, concentrados, conservas, doces, desidratados.
Recepção e controle da matéria prima para produção de bebidas.
Processos de conservação.
Embalagens, equipamentos, instalações industriais.
Estocagem.
Processamento de bebidas não alcoólicas e alcoólicas fermentadas e
destiladas.
Equipamentos.
Calculo dos rendimentos e custos industriais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º SEMESTRE- Aplicação em frutas e hortaliças;
- Controle da atividade da água;
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- Controle da atividade enzimática;
- Controle da atividade microbiana;
- Controle das reações químicas e físicas;
- Métodos de conservação;
- Secagem natural;
- Secagem artificial (desidratação);
- Forno;
- Cabine;
- Túnel;
- Tambor;
- Aspersão;
- Liofilização;
- Outros;
- Concentração;
- Tachos abertos ou fichados;
- Filme descendente;
- Frio;
- Osmose reversa;
- Adição de Solutos;
- Sal;
- Açúcar;
2º SEMESTRE- Elaboração de doce em massa;
- Elaboração de geléia;
- Elaboração de frutas cristalizadas;
- Elaboração de conservas – doce em caldas;
- Secagem de frutas e hortaliças;
- Controle de qualidade de produtos;
3º SEMESTRE
- Sólidos solúveis;
- Acidez titulável e % ácido cítrico;
- Determinação de características físico-químicas em frutas;
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- Determinação da atividade polifenol oxidase, peroxidase e ACC oxidase;
- Determinação da produção de etileno;
- Inibição da ação do etileno;
- Umidade;
- Controle de secagem pelo peso;
- Projetos agroindustriais para armazenamento de frutas e hortaliças in
natura;
- Equipamentos;
- Instalações industriais;
- Estocagem;
- Cálculo dos rendimentos e custos industriais.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos propostos serão abordados tendo como norte a
formação humanista, cultural e tecnológica, necessária ao educando com
vistas a proporcionar subsídios para o enfrentamento das transformações
sociais, econômicas e políticas da sociedade, o que fundamenta a prática
docente, dentre os quais destacamos: leitura orientada; pesquisa referencial;
apresentação de trabalhos, pesquisas e seminários; relatórios; aulas práticas;
utilização dos recursos tecnológicos disponíveis, visitas técnicas, material
impresso.
Nessa perspectiva a metodologia em sala de aula, deve partir da prática,
como desafio para a transformação; refletir sobre a prática, captando sua
essência, para tomar consciência de como atuar para sua transformação e
transformar a prática, de forma organizada e coletiva rumo a direção desejada.
REFERÊNCIAS
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AQUARONE, E.; BORZANI, W.; SCHMIDELL, W.; LIMA, U. A. Biotecnología Industrial: Biotecnologia na produção de alimentos, Vol. 4. São Paulo:
Editora Edgard Blücher, 2001.
BARBOSA-CÁNOVAS, G.V.; POTHAKAMURY, V.R.; PALDU, E.; BARRY,G.S.
Conservación no Térmica de Alimentos. Zaragoza : Acribia, 1999. 280p.
BARUFALDI, R.; OLIVEIRA, M.N. de Fundamentos de Tecnologia de Alimentos. São Paulo : Atheneu, 1998. 317p. (Série Ciência, Tecnologia,
Engenharia de Alimentos e Nutrição, 3).
BOBBIO, P.A.; BOBBIO, F.O. Química do Processamento de Alimentos. 3ª
ed., São Paulo : Varela, 2001. 143p.
CHITARRA A.B. 1999. Armazenamento de frutos e hortaliças por refrigeração. Lavras: UFLA/FAEPE, 62p.
CHITARRA MIF. 2000. Processamento mínimo de frutos e hortaliças.
Lavras: UFLA/FAEPE, 119p.
CONTRERAS, C.A., BROMBERG, R., CIPOLLI, K.M.V.A.B., MIYAGUSKU,
Higiene e sanitização nas indústrias de alimentos, São Paulo:Varela, 2002.
181p.
CORTEZ, L.A.B.; HONÓRIO, S.L.; MORETTI, C. L. Resfriamento de frutas e hortaliças. Campinas:UNICAMP/EMBRAPA, 2002. 482 p.
LIMA, L. C. O. Fatores Précolheita e Póscolheita que afetam a qualidade dos Frutos e Hortaliças. 1. ed. Lavras: UFLAFAEPE, 2000.
MORETTI, C. L. Manual de Processamento Mínimo de Frutas e Hortaliças. Brasília : Embrapa Hortaliças, 2007. 531 p
SILVA, J.A., Tópicos da Tecnologia de Alimentos, São Paulo: Livraria
Varela, 2000. 227p.
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PLANO DE ESTÁGIO
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PLANO DE ESTÁGIO
1. Identificação da Instituição de Ensino:Nome do estabelecimento: Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa”
Entidade mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Endereço: BR 369 - Km 68 - Bairro Laranjinha
Município: Santa Mariana
NRE: Cornélio Procópio
2. Identificação do curso:Habilitação: Técnico em Agroindústria
Eixo Tecnológico: Produção Alimentícia
Carga horária total:
Do curso: 1250 horas
Do estágio: 133 horas
3. Coordenação de Estágio:- Nome do professor: Sandra Mary Azuma Ikeda
- Ano letivo: 2010
4. Justificativa:
O Estágio Profissional Supervisionado, é uma atividade curricular, um
ato educativo assumido intencionalmente pela instituição de ensino que
propicia a integração dos estudantes com a realidade do mundo do trabalho.
Sendo um recurso pedagógico que permite ao aluno o confronto entre os
desafios profissionais e a formação teórico-prática adquiridas nos
estabelecimentos de ensino, oportunizando a formação de profissionais com
percepção crítica da realidade e capacidade de análise das relações técnicas
de trabalho.
O Estágio é desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades a
serem executadas devem estar devidamente adequadas às exigências
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25
pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal, profissional e social do
educando, prevalecendo sobre o aspecto produtivo.
O Estágio se distingue das demais disciplinas em que a aula prática está
presente por ser o momento de inserção do aluno na realidade do trabalho,
para o entendimento do mundo do trabalho, com o objetivo de prepará-lo para
a vida profissional, conhecer formas de gestão e organização, bem como
articular conteúdo e método de modo que propicie um desenvolvimento
ominilateral. Sendo também, uma importante estratégia para que os alunos
tenham acesso as conquistas científicas e tecnológicas da sociedade.
O Estágio Profissional Supervisionado, de caráter obrigatório, previsto na
legislação vigente, atende as exigências do curso, decorrentes da própria
natureza do eixo tecnológico Produção Alimentícia, do qual faz parte o Curso
Técnico em Agroindústria. Devendo ser planejado, executado e avaliado de
acordo com o perfil profissional exigido para conclusão do curso considerando
os dispositivos da legislação específica, quais sejam:
a Lei nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação
Nacional;
a Lei N° 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;
a Lei Nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente, em especial os artigos, 63, 67e 69 entre outros, que
estabelece os princípios de proteção ao educando;
o Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho-
CLT, que estabelece que as partes envolvida devem tomar os cuidados
necessários para a promoção da saúde e prevenção de doenças e
acidentes, considerando principalmente, os riscos decorrentes de fatos
relacionados aos ambientes, condições e formas de organização do
trabalho e a;
Deliberação N° 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação.
O Estágio Profissional Supervisionado do curso Técnico em
Agroindústria, Forma Subsequente, deverá ser realizado através da execução
de atividades inerentes aos conteúdos teórico-práticos desenvolvidos nos
semestres cursados ou em curso pelo aluno.
O Plano de Estágio é o instrumento que norteia e normatiza os Estágios
dos Alunos do Curso Técnico em Agroindústria.
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26
5. Objetivos do Estágio:
5.1 Objetivo Geral: Conhecer formas de gestão e organização na realidade do mundo do
trabalho, propiciando o desenvolvimento pessoal, profissional e social do
educando.
5.2. Objetivos Específicos: Proporcionar ao aluno o contato com as atividades relacionadas a área da
agropecuária no mundo do trabalho;
Oportunizar experiência profissional diversificada na área de abrangência
do curso;
Relacionar conhecimentos teóricos com a prática profissional a partir das
experiências realizadas;
Desenvolver projetos disciplinares e/ou interdisciplinares nos diversos
setores do campo de estágio.
6. Local (ais) de realização do Estágio:
O estágio poderá ser realizado nos locais abaixo relacionados, desde
que qualificados para este fim, conforme legislação vigente:
- empresas agropecuárias públicas e privadas;
- propriedades rurais, inclusive da família, desde que assistida por
profissional liberal vinculado aos órgãos de classe;
- cooperativas e associações ligadas à produção agropecuária;
- órgãos de pesquisa e extensão rural;
- colégios agrícolas;
- instituições de ensino;
- secretarias municipais;
- comunidade em que a escola está inserida e/ou demais comunidades da
cidade.
7. Distribuição da Carga Horária:
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A carga horária do Estágio Supervisionado será de 160 horas/aula ou
133 horas, sendo cumpridas preferencialmente em igual proporção entre as
áreas da agricultura e pecuária, subdividida da seguinte forma:
- sendo 80 horas\aula – 67 horas na segunda série e;
- 80 horas\aula – 67 horas na terceira série.
8. Atividades do Estágio:
O Estágio Supervisionado, como ato educativo, representa o momento
de inserção do aluno na realidade do mundo do trabalho, permitindo que
coloque os conhecimentos construídos ao longo das séries em reflexão e
compreenda as relações existentes entre a teoria e a prática.
Por ser uma experiência pré-mundo do trabalho, servirá como instante
de seleção, organização e integração dos conhecimentos construídos, porque
possibilita ao estudante contextualizar o saber, não apenas como educando,
mas como cidadão crítico e ético, dentro de uma organização concreta do
mundo trabalho, no qual tem um papel a desempenhar.
O estágio curricular representa as atividades de aprendizagem social,
profissional e cultural proporcionadas aos estudantes pela participação em
situações reais de vida e trabalho em meio às atividades ligadas à
agroindústria, listadas abaixo:
Controle de Qualidade no Processo Agroindustrial:
1. Acompanhamento de Certificações;
Gestão Ambiental:
1. Visitas para observação do manejo de rejeitos; de efluentes;
2. Análise do impacto ambiental;
3.
Gestão e Planejamento de Complexos Agroindustrial:
1. Analisar a viabilidade de produção;
2. Proceder pesquisa de mercado;
3. Visitar industriais;
4. Elaboração de Projetos.
Higiene Agroindustrial e Segurança do Trabalho:
1. Verificar:
- Produção de Produtos de higiene e limpeza;
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- Procedimentos gerais de higienização e sanitização;
- Prevenção e controle de contamização e toxinfecção;
- Boas práticas de manufaturas.
Tecnologias de Carnes e Derivados:
- Realizar cortes de carne;
- Observar a transformação do músculo em carne;
- Proceder a transformação de produtos cárneos e derivados;
- Realizar visitas em abatedouro.
Tecnologias de Grãos:
Proceder:
- Estudos práticos anatomico-morfológico de grãos e cereais;
- Extração dos constituintes de grãos e cereais;
- Transformação de grãos e cereais;
- Acompanhamento de processamento de grãos e cereais;
- Métodos de armazenamento.
Tecnologias de Laticíneos:
Observar e/ou executar:
- Processamento de derivados de leite;
- Beneficiamento e tratamento do leite;
- Produção de derivados de leite.
Tecnologias de Processamento Vegetal:
- Observar e/ou executar:
- Processamento e conservação dos produtos derivados de frutas e
hortaliças;
- Elaboração de conservas de produtos vegetais.
9. Atribuições da Mantenedora/Estabelecimento de Ensino:
O Estágio Profissional Supervisionado, concebido como procedimento
didático-pedagógico e como ato educativo intencional é atividade pedagógica
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de competência da instituição de ensino, sendo planejado, executado e
avaliado em conformidade com os objetivos propostos para a formação
profissional dos estudantes, previsto no Projeto Político-Pedagógico, Plano de
Curso e descrito no Plano de Estágio. A instituição de ensino é responsável
pelo desenvolvimento do estágio nas condições estabelecidas no Plano de
Estágio, observado:
Realizar Termo de Convênio para estágio com o ente público ou privado e
concedente de estágio, de acordo com o Decreto nº 897/07 de 31/05/07,
para a formalização do Termo de Convênio será necessário a prévia e
expressa autorização do Governador do Estado do Paraná;
Elaborar Termo de Compromisso para ser firmado com o educando ou com
seu representante ou assistente legal e com a parte concedente, indicando
as condições adequadas do estágio à proposta pedagógica do curso, à
etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e
calendário escolar;
Submeter o Plano de Estágio à análise e aprovação do NRE, juntamente
com o Projeto Político-Pedagógico;
Respeitar legislação vigente para estágio obrigatório;
Celebrar Termo de Compromisso com o educando, se for ele maior de 18
anos, com seu assistente legal, se idade superior a 16 e inferior a 18 (idade
contada na data de assinatura do Termo) ou com seu representante legal,
se idade inferior a 16 anos e com o ente concedente, seja ele privado ou
público;
Celebrar Termo de Cooperação Técnica para estágio com o ente público ou
privado concedente do estágio;
Elaborar o Plano de Estágio, a ser apresentado para análise juntamente
com o Projeto Político Pedagógico;
Contar com o professor orientador de estágio, o qual será responsável pelo
acompanhamento e avaliação das atividades;
Exigir do aluno o planejamento/plano e o relatório de seu estágio;
Realizar avaliações que certifiquem as condições para a realização do
estágio previstas no Plano de Estágio e firmadas no Termo de Cooperação
Técnica e Convênios que deverão ser aferidas mediante relatório elaborado
pelo professor orientador de estágio;
Elaborar os instrumentos de avaliação e o cronograma de atividades de
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26
estágio;
Reencaminhar o aluno para outro ente concedente de estágio quando
houver descumprimento das normas pela Unidade concedente;
O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção
ao estudante, vedadas atividades:
incompatíveis com o desenvolvimento do adolescente;
noturnas, compreendidas as realizadas no período entre vinte e duas
horas de um dia às cinco horas do outro dia;
realizadas em locais que atentem contra sua formação física, psíquica e
moral;
perigosas, insalubres ou penosas.
10. Atribuições do Coordenador de Estágio:
Buscar e contatar parceria junto ás Instituições Públicas e Privadas visando
a abertura de campo de para o estágio;
Firmar os Termo de Cooperação Técnica e Termo de Compromisso junto à
Direção do Estabelecimento e o ente concedente;
Coordenar e acompanhar as atividades do professor orientador;
Elaborar e definir junto ao Professor Orientador de Estágio o cronograma de
distribuições de alunos nos campos de estágios;
Manter permanente contato com os orientadores responsáveis pelo estágio
procurando dinamizar e aperfeiçoar as condições de funcionamento do
estágio;
Promover reuniões com as instituições de campo de estágio;
Coordenar e acompanhar junto ao Professor Orientador de Estágio o
cumprimento, pelo estagiário, da assiduidade, responsabilidade,
compromisso e desempenho pedagógico;
Coordenar e participar junto ao Professor Orientador de Estágio, reuniões
de avaliação do Estágio e/ou prática profissional, emitindo conceitos de
acordo com o sistema de avaliação;
Coordenar a confecção de impressos de acompanhamento (Fichas);
Providenciar credencial de apresentação do estagiário para o ingresso nas
empresas;
Informar e orientar a instituição concedente quanto à Legislação e Normas
do estágio;
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Acompanhar os estágios na instituição concedente para orientação,
supervisão e avaliação de sua execução;
Comparecer às reuniões convocadas pelo Colégio;
Disponibilizar aos estagiários a carta de apresentação onde serão
realizados os estágios, os modelos de relatórios, fichas, etc;
Entregar os resultados finais junto à secretaria conforme calendário.
11. Professor Orientador de Estágio:
O estágio deverá ser desenvolvido com a mediação de professor
orientador de estágio, especificamente designado para essa função, o qual
será responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades.
Compete ao professor orientador:
- Solicitar juntamente com a Coordenação de Estágio da parte concedente
relatório, que integrará o Termo de Compromisso, sobre a avaliação dos
riscos, levando em conta: local de estágio; agentes físicos, biológicos e
químicos; o equipamento de trabalho e sua utilização; os processos de
trabalho; as operações e a organização do trabalho; a formação e a
instrução para o desenvolvimento das atividades de estágio;
- Exigir do estudante a apresentação periódica, de relatório das atividades,
em prazo não superior a 6 (seis) meses;
- Elaborar com a Coordenação de Estágio normas complementares e
instrumentos de avaliação dos estágios de seus estudantes;
- Esclarecer juntamente com Coordenação de Estágio à parte concedente do
estágio o Plano de Estágio e o Calendário Escolar;
- Planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o
cronograma de atividades a serem realizadas pelo estagiário;
Proceder avaliações que indiquem se as condições para a realização do
estágio estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo
de Compromisso, mediante relatório;
Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;
Elaborar junto ao Coordenador de Curso e de Estágio o Plano de Estágio;
Conhecer o campo de atuação do estágio;
Orientar os estagiários quanto às normas inerentes aos estágios;
Esclarecer aos estagiários as determinações do Termo de cooperação
técnica e Termo de Compromisso;
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Orientar os estagiários quanto à importância de articulação dos conteúdos
aprendidos à prática pedagógica;
Orientar os estagiários na elaboração do Plano Individual de Estágio,
relatórios e demais atividades pertinentes;
Orientar os estagiários quanto às condições de realização do estágio, ao
local, procedimentos, ética, responsabilidades, comprometimento, dentre
outros;
Atender necessariamente os estagiários no dia da semana e horário
determinado pelos Coordenadores de Curso e Coordenadores de Estágio;
Propor alternativas operacionais para realização do estágio;
Orientar a formatação adequada quanto à metodologia de pesquisa
científica e produção das atividades (Planos, Relatórios) conforme normas
ABNT, coordenar o desenvolvimento das mesmas;
Motivar o interesse do aluno para a realização do estágio e mostrar a
importância do mesmo para o exercício profissional;
Avaliar o rendimento das atividades do estágio, na execução, elaboração e
apresentação de relatórios do mesmo;
Atuar como um elemento facilitador da integração das atividades previstas
no estágio;
Promover encontros periódicos para a avaliação e controle das atividades
dos estagiários, encaminhando ao final de período à coordenação de
estágio, as fichas de acompanhamento das atividades, avaliação e
frequências;
Comunicar à Coordenação do Estágio sobre o andamento das orientações
do estágio;
Levar ao conhecimento da coordenação do estágio quaisquer dificuldades
que venham ocorrer no desenvolvimento dos trabalhos;
Comparecer às reuniões convocadas pela Instituição de ensino e
Coordenação de estágio;
Manter o registro de classe com frequência e avaliações em dia.
12. Atribuições do Órgão/instituição que concede o Estágio:
A instituição de ensino e a parte concedente de estágio poderão contar
com serviços auxiliares de agentes de integração, públicos ou privados,
mediante condições acordadas em instrumento jurídico apropriado.
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Considerar-se-ão parte concedente de estágio, os dotados de
personalidade jurídica pública ou privada e profissionais liberais, desde que
estejam devidamente registrados em seus respectivos conselhos de
fiscalização profissional.
Uma vez formalizado o Termo de Cooperação Técnica e o Termo de
Compromisso de Estágio, cumpridos os requisitos citados anteriormente, e
estará criada a condição legal e necessária para a realização do estágio
curricular supervisionado na organização concedente de estágio.
A organização escolhida como concedente do estágio deverá possuir
condições mínimas de estrutura, que permitam ao aluno observar, ser assistido
e participar das atividades, durante a execução do estágio curricular
supervisionado. Ofertando instalações que tenham condições de proporcionar
ao aluno, atividades de aprendizagem social, profissional e cultural.
O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de
proteção ao estagiário contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente,
sendo vedadas algumas atividades, (ver Arts. 63, 67 e 69, entre outras do ECA
e também 405 e 406 da CLT).
Fica a critério da instituição concedente a concessão de benefícios
relacionados a transporte, alimentação e saúde entre outros, por si só, não
caracterizando vínculo empregatício.
A empresa concedente ou Instituição de ensino deverão viabilizar
acompanhamento de profissionais especializados aos estagiários com
necessidades educativas especiais.
A documentação referente ao estágio, deverá ser mantida a disposição
para eventual fiscalização. A oferta de estágio pela parte concedente será
efetivada mediante :
Celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o
estudante;
A oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante
atividades de aprendizagem social, profissional e cultural;
Indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou
experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do
estagiário, para orientar e supervisionar o desenvolvimento das atividades
de estágio;
Contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário,
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cuja apólice seja compatível com valores de mercado, devendo constar no
Termo de Compromisso de Estágio e no caso de estágio obrigatório, a
responsabilidade pela contratação do seguro contra acidentes pessoais,
poderá, alternativamente, ser assumida pela mantenedora/instituição de
ensino;
Entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por
ocasião do desligamento do estagiário, com indicação resumida das
atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;
Relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo
funcionário responsável pela orientação e supervisão de estágio;
Zelar pelo cumprimento do Termo de compromisso;
Conhecer o plano de atividades do estágio proposto pelo estabelecimento
de ensino;
Orientar as atividades do estagiário em consonância com o plano de
estágio;
Preencher os documentos de estágio e devolver a Coordenação de Estágio;
Orientar e acompanhar a execução das atividades do estagiário na
empresa;
Manter contatos com o Coordenador de estágio da escola;
Oportunizar ao estagiário vivenciar outras situações de aprendizagem que
permitam uma visão real da profissão;
Avaliar o rendimento do estagiário nas atividades previstas no plano de
estágio;
Propiciar ambiente receptivo e favorável ao desenvolvimento do estágio;
Deverá ser indicado pela empresa concedente, um responsável para
supervisionar e acompanhar o estágio e ter conhecimento técnico ou
experiência na área.
13. Atribuições do Estagiário:
A jornada de estágio deve ser compatível com as atividades
escolares e constar no Termo de Compromisso, considerando:
A anuência do estagiário, se maior, ou concordância do representante ou
assistente legal, se menor;
A concordância da instituição de ensino;
A concordância da parte concedente;
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26
O estágio não pode comprometer a frequência às aulas e o cumprimento
dos demais compromissos escolares;
No estágio obrigatório, o estagiário poderá receber, ou não, bolsa ou outra
forma de contraprestação acordada;
A eventual concessão de benefícios relacionados ao auxílio-transporte,
alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício;
Fica assegurado ao estagiário que recebe bolsa ou outra forma de
contraprestação, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1
(um) ano, um período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado
preferencialmente durante suas férias escolares;
Ao estagiário aplica-se a legislação relacionada à saúde e segurança no
trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte
concedente do estágio;
O aluno que está cumprindo estágio obrigatório poderá realizar
paralelamente o estágio não-obrigatório, sem prejuízo do aprendizado;
Antes da realização do estágio, o estagiário deve:
- Estabelecer contatos com Unidades Concedentes para fins de estágios;
- Elaborar Plano Individual de Estágio juntamente com o Professor Orientador
do Estágio;
- Participar de atividades de orientação sobre o estágio;
- Observar sempre o regulamento de Estágios da Escola;
- Zelar pela documentação do estágio entregue pelo Professor Orientador de
Estágio.
Durante a realização do estágio, o estagiário deve:
- Conhecer a organização da Unidade Concedente;
- Respeitar o Cronograma de Estágio para garantir o cumprimento da carga
horária no período estabelecido pela Coordenação de Estágio;
- Acatar as normas estabelecidas pela Unidade Concedente;
- Zelar pelo nome da Instituição e da Escola;
- Manter um clima harmonioso com a equipe de trabalho;
- Cumprir o Plano Individual de Estágio e o Termo de Compromisso firmado
com a Instituição de Ensino e a Unidade Concedente.
- Manter contatos periódicos com o Professor Orientador de Estágio para
discussão do andamento do estágio;
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27
- Ter postura e ética profissional;
- Zelar pelos equipamentos, aparelhos e bens em geral da Empresa e
responder pelos danos pessoais e materiais causados.
Depois da realização do estágio, o estagiário deve:
Elaborar o relatório final de atividades, de acordo com as normas exigidas;
Entregar à Coordenação de Estágio os Documentos Comprobatórios da
realização do Estágio assinados e em tempo hábil;
Apresentar sugestões que contribuam para o aprimoramento do curso;
Entregar o relatório de estágio para avaliação, no prazo estabelecido pela
Coordenação de Estágio;
Apresentar o relatório de Estágio para Banca de Avaliação de Relatório de
Estágio .
14. Forma de acompanhamento do Estágio:
O aluno deverá ser acompanhado durante seu Estágio em Instituições
Públicas e/ou Privadas e nas Unidades Didático – Produtivas e propriedades
agropecuárias, por um responsável que deverá ter conhecimento técnico ou
experiência na área.
Três profissionais da área estarão envolvidos no processo de
encaminhamento:
Coordenador de Estágio, que será o elo de ligação entre a Escola e o local
de realização do Estágio;
Professor Orientador de Estágio, que dará o direcionamento ao Plano
Individual de Estágio do aluno, que deverá ser traçado juntamente com o
estagiário e deverá ser instrumento de base ao Supervisor do local de
realização do Estágio;
Supervisor da empresa será responsável pela condução e concretização do
Estágio na Instituição ou propriedade concedente, procurando seguir o
plano estabelecido pelo Aluno e pelo Professor Orientador.
As formas de acompanhamento serão de acordo com a realidade da
situação do estágio. Podendo ser através de visitas, relatórios, contatos
telefônicos, documentação de estágio exigida pela escola, de maneira a
propiciar formas de integração e parceria entre as partes envolvidas.
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27
Oportunizando o aperfeiçoamento das relações técnicas-educativas a serem
aplicadas no âmbito do trabalho e no desenvolvimento sustentável.
15. Avaliação do Estágio:
A avaliação do Estágio Profissional Supervisionado é concebida como
um processo contínuo e como parte integrante do trabalho, devendo, portanto,
estar presente em todas as fases do planejamento e da construção do
currículo, como elemento essencial para análise do desempenho do aluno e da
escola em relação à proposta.
Serão considerados documentos de avaliação do Estágio Curricular:
Avaliação da disciplina de Estágio Profissional Supervisionado realizada
pelo Professor Orientador;
Avaliação do Supervisor do Estágio da Unidade Concedente;
Relatório apresentando os conteúdos observados durante o Estágio
Profissional Supervisionado;
Ficha de Avaliação da Banca de Avaliação de Relatório de Estágio .
O relatório de estágio deverá ser apresentado conforme normas técnicas
a serem definidas pela Coordenação de Estágio.
O resultado da avaliação do Estágio Profissional Supervisionado é
expresso através de notas graduadas de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez
vírgula zero).
O rendimento mínimo exigido para aprovação é a nota 6,0 (seis vírgula
zero) através de uma média aritmética das avaliações definidas pela
Coordenação de Estágio.
Será considerado reprovado o aluno que:
- não cumprir a carga horária total estipulada para cada série no período
letivo;
- aproveitamento inferior a 6,0 (seis vírgula zero) como média final.
PLANO DE ESTÁGIO - 2011 CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO
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Identificação da Instituição de Ensino:Nome do estabelecimento: Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa”Entidade mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Endereço: BR 369 - Km 68 - Bairro Laranjinha
Município: Santa Mariana
NRE: Cornélio Procópio
Identificação do curso:Habilitação: Técnico em Agropecuária
Eixo Tecnológico: Recursos Naturais
Carga horária total:
Do curso: 4.800 horas
Do estágio: 133 horas
Coordenação de Estágio:- Nome do professor: Ana Paula Tavella Machado dos Santos
José Júlio Zambon
- Ano letivo: 2010
Justificativa:
O Estágio Profissional Supervisionado, é uma atividade curricular, um
ato educativo assumido intencionalmente pela instituição de ensino que
propicia a integração dos estudantes com a realidade do mundo do trabalho.
Sendo um recurso pedagógico que permite ao aluno o confronto entre os
desafios profissionais e a formação teórico-prática adquiridas nos
estabelecimentos de ensino, oportunizando a formação de profissionais com
percepção crítica da realidade e capacidade de análise das relações técnicas
de trabalho.
O Estágio é desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades a
serem executadas devem estar devidamente adequadas às exigências
pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal, profissional e social do
educando, prevalecendo sobre o aspecto produtivo.
O Estágio se distingue das demais disciplinas em que a aula prática está
presente por ser o momento de inserção do aluno na realidade do trabalho,
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27
para o entendimento do mundo do trabalho, com o objetivo de prepará-lo para
a vida profissional, conhecer formas de gestão e organização, bem como
articular conteúdo e método de modo que propicie um desenvolvimento
ominilateral. Sendo também, uma importante estratégia para que os alunos
tenham acesso as conquistas científicas e tecnológicas da sociedade.
O Estágio Profissional Supervisionado, de caráter obrigatório, previsto na
legislação vigente, atende as exigências do curso, decorrentes da própria
natureza do eixo tecnológico Produção Alimentícia, do qual faz parte o Curso
Técnico em Agroindústria. Devendo ser planejado, executado e avaliado de
acordo com o perfil profissional exigido para conclusão do curso considerando
os dispositivos da legislação específica, quais sejam:
a Lei nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação
Nacional;
a Lei N° 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;
a Lei Nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente, em especial os artigos, 63, 67e 69 entre outros, que
estabelece os princípios de proteção ao educando;
o Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis do
Trabalho- CLT, que estabelece que as partes envolvida devem tomar os
cuidados necessários para a promoção da saúde e prevenção de
doenças e acidentes, considerando principalmente, os riscos
decorrentes de fatos relacionados aos ambientes, condições e formas
de organização do trabalho e a;
Deliberação N° 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação.
O Estágio Profissional Supervisionado do curso Técnico em Agropecuária,
Forma Integrada e Subsequente, deverá ser realizado através da execução de
atividades inerentes aos conteúdos teórico-práticos desenvolvidos nas
séries/semestres cursados ou em curso pelo aluno.
O Plano de Estágio é o instrumento que norteia e normatiza os Estágios
dos Alunos do Curso Técnico em Agropecuária
Objetivos do Estágio:
Objetivo Geral:
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Conhecer formas de gestão e organização na realidade do mundo do
trabalho, propiciando o desenvolvimento pessoal, profissional e social do
educando.
Objetivos Específicos: Proporcionar ao aluno o contato com as atividades relacionadas a área da
agropecuária no mundo do trabalho;
Oportunizar experiência profissional diversificada na área de abrangência
do curso;
Relacionar conhecimentos teóricos com a prática profissional a partir das
experiências realizadas;
Desenvolver projetos disciplinares e/ou interdisciplinares nos diversos
setores do campo de estágio.
Locais de realização do Estágio:
O estágio poderá ser realizado nos locais abaixo relacionados, desde
que qualificados para este fim, conforme legislação vigente:
- empresas agropecuárias públicas e privadas;
- propriedades rurais, inclusive da família, desde que assistida por
profissional liberal vinculado aos órgãos de classe;
- cooperativas e associações ligadas à produção agropecuária;
- órgãos de pesquisa e extensão rural;
- colégios agrícolas;
- instituições de ensino;
- secretarias municipais;
- comunidade em que a escola está inserida e/ou demais comunidades da
cidade.
Serão consideradas para fins de estágio as atividades:- Semana Agrotécnica – até o limite de 10 (dez) horas
- Palestras – autorizadas pela Coordenação de Estágio
- Exposições Agropecuárias
- Visitas Técnicas
Distribuição da Carga Horária:
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A carga horária do Estágio Supervisionado será de 160 horas/aula ou
133 horas, sendo cumpridas em igual proporção entre as áreas da agricultura e
pecuária, subdividida da seguinte forma:
- sendo 80 horas\aula – 67 horas na segunda série e;
- 80 horas\aula – 67 horas na terceira série.
Atividades do Estágio:
O Estágio Supervisionado, como ato educativo, representa o momento
de inserção do aluno na realidade do mundo do trabalho, permitindo que
coloque os conhecimentos construídos ao longo das séries em reflexão e
compreenda as relações existentes entre a teoria e a prática.
Por ser uma experiência pré-mundo do trabalho, servirá como instante de
seleção, organização e integração dos conhecimentos construídos, porque
possibilita ao estudante contextualizar o saber, não apenas como educando,
mas como cidadão crítico e ético, dentro de uma organização concreta do
mundo trabalho, no qual tem um papel a desempenhar.
O estágio curricular representa as atividades de aprendizagem social,
profissional e cultural proporcionadas aos estudantes pela participação em
situações reais de vida e trabalho em meio às atividades ligadas à
agropecuária, listadas abaixo:
- Produção Vegetal: manejo e comercialização de culturas agrícolas (do
início ao final da cultura) em sistemas agroecológicos e convencionais;
- Horticultura: manejo e comercialização de culturas olerícolas, frutíferas,
silvícolas e paisagismo em sistemas agroecológicos e convencionais.
- Solos: coleta, acompanhamento de análise de solos e práticas
conservacionistas;
- Infraestrutura rural: regulagem e manutenção de máquinas e
equipamentos rurais, manutenção de instalações agropecuárias e
agroindustriais, acompanhamento da elaboração de projetos zootécnicos e
agrícolas;
- Agroindústria: processamento, comercialização de produtos de origem
animal e vegetal e gerenciamento de resíduos;
- Produção animal: manejos (alimentar, reprodutivos, sanitário e ambiental)
e comercialização em sistemas agroecológicos e convencionais.
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Atribuições da Mantenedora /Estabelecimento de Ensino:
O Estágio Profissional Supervisionado, concebido como procedimento
didático-pedagógico e como ato educativo intencional é atividade pedagógica
de competência da instituição de ensino, sendo planejado, executado e
avaliado em conformidade com os objetivos propostos para a formação
profissional dos estudantes, previsto no Projeto Político-Pedagógico, Plano de
Curso e descrito no Plano de Estágio. A instituição de ensino é responsável
pelo desenvolvimento do estágio nas condições estabelecidas no Plano de
Estágio, observado:
Realizar Termo de Convênio para estágio com o ente público ou privado e
concedente de estágio, de acordo com o Decreto nº 897/07 de 31/05/07,
para a formalização do Termo de Convênio será necessário a prévia e
expressa autorização do Governador do Estado do Paraná;
Elaborar Termo de Compromisso para ser firmado com o educando ou com
seu representante ou assistente legal e com a parte concedente, indicando
as condições adequadas do estágio à proposta pedagógica do curso, à
etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e
calendário escolar;
Submeter o Plano de Estágio à análise e aprovação do NRE, juntamente
com o Projeto Político-Pedagógico;
Respeitar legislação vigente para estágio obrigatório;
Celebrar Termo de Compromisso com o educando, se for ele maior de 18
anos, com seu assistente legal, se idade superior a 16 e inferior a 18 (idade
contada na data de assinatura do Termo) ou com seu representante legal,
se idade inferior a 16 anos e com o ente concedente, seja ele privado ou
público;
Celebrar Termo de Cooperação Técnica para estágio com o ente público ou
privado concedente do estágio;
Elaborar o Plano de Estágio, a ser apresentado para análise juntamente
com o Projeto Político Pedagógico;
Contar com o professor orientador de estágio, o qual será responsável pelo
acompanhamento e avaliação das atividades;
Exigir do aluno o planejamento /plano e o relatório de seu estágio;
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27
Realizar avaliações que certifiquem as condições para a realização do
estágio previstas no Plano de Estágio e firmadas no Termo de Cooperação
Técnica e Convênios que deverão ser aferidas mediante relatório elaborado
pelo professor orientador de estágio;
Elaborar os instrumentos de avaliação e o cronograma de atividades de
estágio;
Reencaminhar o aluno para outro ente concedente de estágio quando
houver descumprimento das normas pela Unidade concedente;
O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção
ao estudante, vedadas atividades:
incompatíveis com o desenvolvimento do adolescente;
noturnas, compreendidas as realizadas no período entre vinte e duas
horas de um dia às cinco horas do outro dia;
realizadas em locais que atentem contra sua formação física, psíquica e
moral;
perigosas, insalubres ou penosas.
Atribuições do Coordenador de Estágio:- Buscar e contatar parceria junto ás Instituições Públicas e Privadas visando
a abertura de campo de para o estágio;
- Firmar os Termo de Cooperação Técnica e Termo de Compromisso junto à
Direção do Estabelecimento e o ente concedente;
- Coordenar e acompanhar as atividades do professor orientador;
- Elaborar e definir junto ao Professor Orientador de Estágio o cronograma de
distribuições de alunos nos campos de estágios;
- Manter permanente contato com os orientadores responsáveis pelo estágio
procurando dinamizar e aperfeiçoar as condições de funcionamento do
estágio;
- Promover reuniões com as instituições de campo de estágio;
- Coordenar e acompanhar junto ao Professor Orientador de Estágio o
cumprimento, pelo estagiário, da assiduidade, responsabilidade,
compromisso e desempenho pedagógico;
- Coordenar e participar junto ao Professor Orientador de Estágio, reuniões
de avaliação do Estágio e/ou prática profissional, emitindo conceitos de
acordo com o sistema de avaliação;
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27
- Coordenar a confecção de impressos de acompanhamento (Fichas);
- Providenciar credencial de apresentação do estagiário para o ingresso nas
empresas;
- Informar e orientar a instituição concedente quanto à Legislação e Normas
do estágio;
- Acompanhar os estágios na instituição concedente para orientação,
supervisão e avaliação de sua execução;
- Comparecer às reuniões convocadas pelo Colégio;
- Disponibilizar aos estagiários a carta de apresentação onde serão
realizados os estágios, os modelos de relatórios, fichas, etc;
- Entregar os resultados finais junto à secretaria conforme calendário.
Professor Orientador de Estágio:O estágio deverá ser desenvolvido com a mediação de professor
orientador de estágio, especificamente designado para essa função, o qual
será responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades.
Compete ao professor orientador:
Solicitar juntamente com a Coordenação de Estágio da parte concedente
relatório, que integrará o Termo de Compromisso, sobre a avaliação dos
riscos, levando em conta: local de estágio; agentes físicos, biológicos e
químicos; o equipamento de trabalho e sua utilização; os processos de
trabalho; as operações e a organização do trabalho; a formação e a
instrução para o desenvolvimento das atividades de estágio;
Exigir do estudante a apresentação, de relatório das atividades, em prazo
definido pela Equipe pedagógica.
Elaborar com a Coordenação de Estágio normas complementares e
instrumentos de avaliação dos estágios de seus estudantes;
Esclarecer juntamente com Coordenação de Estágio à parte concedente do
estágio o Plano de Estágio e o Calendário Escolar;
Planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o
cronograma de atividades a serem realizadas pelo estagiário;
Proceder avaliações que indiquem se as condições para a realização do
estágio estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo
de Compromisso, mediante relatório;
Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;
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27
Elaborar junto ao Coordenador de Curso e de Estágio o Plano de Estágio;
Conhecer o campo de atuação do estágio;
Orientar os estagiários quanto às normas inerentes aos estágios;
Esclarecer aos estagiários as determinações do Termo de cooperação
técnica e Termo de Compromisso;
Orientar os estagiários quanto à importância de articulação dos conteúdos
aprendidos à prática pedagógica;
Orientar os estagiários na elaboração do Plano Individual de Estágio,
relatórios e demais atividades pertinentes;
Orientar os estagiários quanto às condições de realização do estágio, ao
local, procedimentos, ética, responsabilidades, comprometimento, dentre
outros;
Atender necessariamente os estagiários no dia da semana e horário
determinado pelos Coordenadores de Curso e Coordenadores de Estágio;
Propor alternativas operacionais para realização do estágio;
Orientar a formatação adequada quanto à metodologia de pesquisa
científica e produção das atividades (Planos, Relatórios) conforme normas
ABNT, coordenar o desenvolvimento das mesmas;
Motivar o interesse do aluno para a realização do estágio e mostrar a
importância do mesmo para o exercício profissional;
Avaliar o rendimento das atividades do estágio, na execução, elaboração e
apresentação de relatórios do mesmo;
Atuar como um elemento facilitador da integração das atividades previstas
no estágio;
Promover encontros periódicos para a avaliação e controle das atividades
dos estagiários, encaminhando ao final de período à coordenação de
estágio, as fichas de acompanhamento das atividades, avaliação e
frequências;
Comunicar à Coordenação do Estágio sobre o andamento das orientações
do estágio;
Levar ao conhecimento da coordenação do estágio quaisquer dificuldades
que venham ocorrer no desenvolvimento dos trabalhos;
Comparecer às reuniões convocadas pela Instituição de ensino e
Coordenação de estágio;
Manter o registro de classe com frequência e avaliações em dia.
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Atribuições do Órgão /instituição que concede o Estágio:
A instituição de ensino e a parte concedente de estágio poderão contar
com serviços auxiliares de agentes de integração, públicos ou privados,
mediante condições acordadas em instrumento jurídico apropriado.
Considerar-se-ão parte concedente de estágio, os dotados de
personalidade jurídica pública ou privada e profissionais liberais, desde que
estejam devidamente registrados em seus respectivos conselhos de
fiscalização profissional.
Uma vez formalizado o Termo de Cooperação Técnica e o Termo de
Compromisso de Estágio, cumpridos os requisitos citados anteriormente, e
estará criada a condição legal e necessária para a realização do estágio
curricular supervisionado na organização concedente de estágio.
A organização escolhida como concedente do estágio deverá possuir
condições mínimas de estrutura, que permitam ao aluno observar, ser assistido
e participar das atividades, durante a execução do estágio curricular
supervisionado. Ofertando instalações que tenham condições de proporcionar
ao aluno, atividades de aprendizagem social, profissional e cultural.
O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de
proteção ao estagiário contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente,
sendo vedadas algumas atividades, ( Arts. 63, 67 e 69, entre outras do ECA e
também 405 e 406 da CLT).
Fica a critério da instituição concedente a concessão de benefícios
relacionados a transporte, alimentação e saúde entre outros, por si só, não
caracterizando vínculo empregatício.
A empresa concedente ou Instituição de ensino deverão viabilizar
acompanhamento de profissionais especializados aos estagiários com
necessidades educativas especiais.
A documentação referente ao estágio, deverá ser mantida a disposição
para eventual fiscalização. A oferta de estágio pela parte concedente será
efetivada mediante:
- Celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o
estudante;
- A oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante
atividades de aprendizagem social, profissional e cultural;
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- Indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou
experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do
estagiário, para orientar e supervisionar o desenvolvimento das atividades
de estágio;
- Contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário,
cuja apólice seja compatível com valores de mercado, devendo constar no
Termo de Compromisso de Estágio e no caso de estágio obrigatório, a
responsabilidade pela contratação do seguro contra acidentes pessoais,
poderá, alternativamente, ser assumida pela mantenedora/instituição de
ensino;
- Entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por
ocasião do desligamento do estagiário, com indicação resumida das
atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;
- Relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo
funcionário responsável pela orientação e supervisão de estágio;
- Zelar pelo cumprimento do Termo de compromisso;
- Conhecer o plano de atividades do estágio proposto pelo estabelecimento
de ensino;
- Orientar as atividades do estagiário em consonância com o plano de
estágio;
- Preencher os documentos de estágio e devolver a Coordenação de Estágio;
- Orientar e acompanhar a execução das atividades do estagiário na
empresa;
- Manter contatos com o Coordenador de estágio da escola;
- Oportunizar ao estagiário vivenciar outras situações de aprendizagem que
permitam uma visão real da profissão;
- Avaliar o rendimento do estagiário nas atividades previstas no plano de
estágio;
- Propiciar ambiente receptivo e favorável ao desenvolvimento do estágio;
- Deverá ser indicado pela empresa concedente, um responsável para
supervisionar e acompanhar o estágio e ter conhecimento técnico ou
experiência na área.
Atribuições do Estagiário:
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A jornada de estágio deve ser compatível com as atividades escolares e
constar no Termo de Compromisso, considerando:
A anuência do estagiário, se maior, ou concordância do representante ou
assistente legal, se menor;
A concordância da instituição de ensino;
A concordância da parte concedente;
O estágio não pode comprometer a frequência às aulas e o cumprimento
dos demais compromissos escolares;
No estágio obrigatório, o estagiário poderá receber, ou não, bolsa ou outra
forma de contraprestação acordada;
A eventual concessão de benefícios relacionados ao auxílio-transporte,
alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício;
Fica assegurado ao estagiário que recebe bolsa ou outra forma de
contraprestação, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1
(um) ano, um período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado
preferencialmente durante suas férias escolares;
Ao estagiário aplica-se a legislação relacionada à saúde e segurança no
trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte
concedente do estágio;
O aluno que está cumprindo estágio obrigatório poderá realizar
paralelamente o estágio não-obrigatório, sem prejuízo do aprendizado;
Antes da realização do estágio, o estagiário deve:
Estabelecer contatos com Unidades Concedentes para fins de estágios;
Elaborar Plano Individual de Estágio juntamente com o Professor Orientador
do Estágio;
Participar de atividades de orientação sobre o estágio;
Observar sempre o regulamento de Estágios da Escola;
Zelar pela documentação do estágio entregue pelo Professor Orientador de
Estágio.
Durante a realização do estágio, o estagiário deve:
- Conhecer a organização da Unidade Concedente;
- Respeitar o Cronograma de Estágio para garantir o cumprimento da carga
horária no período estabelecido pela Coordenação de Estágio;
- Acatar as normas estabelecidas pela Unidade Concedente;
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
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- Zelar pelo nome da Instituição e da Escola;
- Manter um clima harmonioso com a equipe de trabalho;
- Cumprir o Plano Individual de Estágio e o Termo de Compromisso firmado
com a Instituição de Ensino e a Unidade Concedente.
- Manter contatos periódicos com o Professor Orientador de Estágio para
discussão do andamento do estágio;
- Ter postura e ética profissional;
- Zelar pelos equipamentos, aparelhos e bens em geral da Empresa e
responder pelos danos pessoais e materiais causados.
Depois da realização do estágio, o estagiário deve:
- Elaborar o relatório final de atividades, de acordo com as normas exigidas;
- Entregar à Coordenação de Estágio os Documentos Comprobatórios da
realização do Estágio assinados e em tempo hábil;
- Apresentar sugestões que contribuam para o aprimoramento do curso;
- Entregar o relatório de estágio para avaliação, no prazo estabelecido pela
Coordenação de Estágio;
- Apresentar o relatório de Estágio para Banca de Avaliação
Formas de acompanhamento do Estágio:
O aluno deverá ser acompanhado durante seu Estágio em Instituições
Públicas e/ou Privadas e nas Unidades Didático – Produtivas e propriedades
agropecuárias, por um responsável que deverá ter conhecimento técnico ou
experiência na área.
Três profissionais da área estarão envolvidos no processo de
encaminhamento:
Coordenador de Estágio, que será o elo de ligação entre a Escola e o local
de realização do Estágio;
Professor Orientador de Estágio, que dará o direcionamento ao Plano
Individual de Estágio do aluno, que deverá ser traçado juntamente com o
estagiário e deverá ser instrumento de base ao Supervisor do local de
realização do Estágio;
Supervisor da empresa será responsável pela condução e concretização do
Estágio na Instituição ou propriedade concedente, procurando seguir o
plano estabelecido pelo Aluno e pelo Professor Orientador.
As formas de acompanhamento serão de acordo com a realidade da
situação do estágio. Podendo ser através de visitas, relatórios, contatos
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
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telefônicos, documentação de estágio exigida pela escola, de maneira a
propiciar formas de integração e parceria entre as partes envolvidas.
Oportunizando o aperfeiçoamento das relações técnicas-educativas a serem
aplicadas no âmbito do trabalho e no desenvolvimento sustentável.
Avaliação do Estágio:
A avaliação do Estágio Profissional Supervisionado é concebida como
um processo contínuo e como parte integrante do trabalho, devendo, portanto,
estar presente em todas as fases do planejamento e da construção do
currículo, como elemento essencial para análise do desempenho do aluno e da
escola em relação à proposta.
Serão considerados documentos de avaliação do Estágio Curricular:
Avaliação da disciplina de Estágio Profissional Supervisionado realizada
pelo Professor Orientador;
Avaliação do Supervisor do Estágio da Unidade Concedente;
Relatório apresentando os conteúdos observados durante o Estágio
Profissional Supervisionado;
Ficha de Avaliação da Banca de Avaliação de Relatório de Estágio .
O relatório de estágio deverá ser apresentado conforme normas técnicas
a serem definidas pela Coordenação de Estágio.
O resultado da avaliação do Estágio Profissional Supervisionado é
expresso através de notas graduadas de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez
vírgula zero).
O rendimento mínimo exigido para aprovação é a nota 6,0 (seis vírgula
zero) através de uma média aritmética das avaliações definidas pela
Coordenação de Estágio.
Será considerado reprovado o aluno que:
não cumprir a carga horária total estipulada para cada série no período
letivo;
aproveitamento inferior a 6,0 (seis vírgula zero) como média final.
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COLÉGIO AGRÍCOLA ESTADUAL FERNANDO COSTA ENSINO FUNDAMENTAL E PROFISSSIONAL
BR 369 Km 68– Bairro Laranjinha – Caixa Postal 90CEP 86.350-000 – Santa Mariana – PR
Fone / Fax: (0xx43) 3531-1326
PLANO DE ESTÁGIO - 2011CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA SUBSEQUENTE AO ENSINO MÉDIO
Identificação da Instituição de Ensino:Nome do estabelecimento: Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa”Entidade mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Endereço: BR 369 - Km 68 - Bairro Laranjinha
Município: Santa Mariana
NRE: Cornélio Procópio
Identificação do curso:Habilitação: Técnico em Agropecuária
Eixo Tecnológico: Recursos Naturais
Carga horária total:
Do curso: 1500 horas
Do estágio: 67 horas
Colégio Agrícola Estadual “Fernando Costa” - Santa Mariana - Paraná
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Coordenação de Estágio:- Nome do professor: Ana Paula Tavella Machado dos Santos
José Júlio Zambon
- Ano letivo: 2010
Justificativa:
O Estágio Profissional Supervisionado, é uma atividade curricular, um
ato educativo assumido intencionalmente pela instituição de ensino que
propicia a integração dos estudantes com a realidade do mundo do trabalho.
Sendo um recurso pedagógico que permite ao aluno o confronto entre os
desafios profissionais e a formação teórico-prática adquiridas nos
estabelecimentos de ensino, oportunizando a formação de profissionais com
percepção crítica da realidade e capacidade de análise das relações técnicas
de trabalho.
O Estágio é desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades a
serem executadas devem estar devidamente adequadas às exigências
pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal, profissional e social do
educando, prevalecendo sobre o aspecto produtivo.
O Estágio se distingue das demais disciplinas em que a aula prática está
presente por ser o momento de inserção do aluno na realidade do trabalho,
para o entendimento do mundo do trabalho, com o objetivo de prepará-lo para
a vida profissional, conhecer formas de gestão e organização, bem como
articular conteúdo e método de modo que propicie um desenvolvimento
ominilateral. Sendo também, uma importante estratégia para que os alunos
tenham acesso as conquistas científicas e tecnológicas da sociedade.
O Estágio Profissional Supervisionado, de caráter obrigatório, previsto na
legislação vigente, atende as exigências do curso, decorrentes da própria
natureza do eixo tecnológico Produção Alimentícia, do qual faz parte o Curso
Técnico em Agroindústria. Devendo ser planejado, executado e avaliado de
acordo com o perfil profissional exigido para conclusão do curso considerando
os dispositivos da legislação específica, quais sejam:
a Lei nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação
Nacional;
a Lei N° 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;
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a Lei Nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente, em especial os artigos, 63, 67e 69 entre outros, que
estabelece os princípios de proteção ao educando;
o Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis do
Trabalho- CLT, que estabelece que as partes envolvida devem tomar os
cuidados necessários para a promoção da saúde e prevenção de
doenças e acidentes, considerando principalmente, os riscos
decorrentes de fatos relacionados aos ambientes, condições e formas
de organização do trabalho e a;
Deliberação N° 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação.
O Estágio Profissional Supervisionado do curso Técnico em Agropecuária,
Forma Integrada e Subsequente, deverá ser realizado através da execução de
atividades inerentes aos conteúdos teórico-práticos desenvolvidos nas
séries/semestres cursados ou em curso pelo aluno.
O Plano de Estágio é o instrumento que norteia e normatiza os Estágios
dos Alunos do Curso Técnico em Agropecuária
Objetivos do Estágio:
Objetivo Geral: Conhecer formas de gestão e organização na realidade do mundo do
trabalho, propiciando o desenvolvimento pessoal, profissional e social do
educando.
Objetivos Específicos: Proporcionar ao aluno o contato com as atividades relacionadas a área da
agropecuária no mundo do trabalho;
Oportunizar experiência profissional diversificada na área de abrangência
do curso;
Relacionar conhecimentos teóricos com a prática profissional a partir das
experiências realizadas;
Desenvolver projetos disciplinares e/ou interdisciplinares nos diversos
setores do campo de estágio.
Locais de realização do Estágio:
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O estágio poderá ser realizado nos locais abaixo relacionados, desde
que qualificados para este fim, conforme legislação vigente:
- empresas agropecuárias públicas e privadas;
- propriedades rurais, inclusive da família, desde que assistida por
profissional liberal vinculado aos órgãos de classe;
- cooperativas e associações ligadas à produção agropecuária;
- órgãos de pesquisa e extensão rural;
- colégios agrícolas;
- instituições de ensino;
- secretarias municipais;
- comunidade em que a escola está inserida e/ou demais comunidades da
cidade.
Serão consideradas para fins de estágio as atividades:- Semana Agrotécnica – até o limite de 10 (dez) horas
- Palestras – autorizadas pela Coordenação de Estágio
- Exposições Agropecuárias
- Visitas Técnicas
Distribuição da Carga Horária:
A carga horária do Estágio Supervisionado será de 80 horas/aula ou 67
horas, sendo cumpridas em igual proporção entre as áreas da agricultura e
pecuária, subdividida da seguinte forma:
- sendo 40 horas\aula –34 horas no segundo semestre e;
- 40 horas\aula – 34 horas no terceiro semestre.
Atividades do Estágio:
O Estágio Supervisionado, como ato educativo, representa o momento
de inserção do aluno na realidade do mundo do trabalho, permitindo que
coloque os conhecimentos construídos ao longo das séries em reflexão e
compreenda as relações existentes entre a teoria e a prática.
Por ser uma experiência pré-mundo do trabalho, servirá como instante de
seleção, organização e integração dos conhecimentos construídos, porque
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28
possibilita ao estudante contextualizar o saber, não apenas como educando,
mas como cidadão crítico e ético, dentro de uma organização concreta do
mundo trabalho, no qual tem um papel a desempenhar.
O estágio curricular representa as atividades de aprendizagem social,
profissional e cultural proporcionadas aos estudantes pela participação em
situações reais de vida e trabalho em meio às atividades ligadas à
agropecuária, listadas abaixo:
- Produção Vegetal: manejo e comercialização de culturas agrícolas (do
início ao final da cultura) em sistemas agroecológicos e convencionais;
- Horticultura: manejo e comercialização de culturas olerícolas, frutíferas,
silvícolas e paisagismo em sistemas agroecológicos e convencionais.
- Solos: coleta, acompanhamento de análise de solos e práticas
conservacionistas;
- Infraestrutura rural: regulagem e manutenção de máquinas e
equipamentos rurais, manutenção de instalações agropecuárias e
agroindustriais, acompanhamento da elaboração de projetos zootécnicos e
agrícolas;
- Agroindústria: processamento, comercialização de produtos de origem
animal e vegetal e gerenciamento de resíduos;
- Produção animal: manejos (alimentar, reprodutivos, sanitário e ambiental)
e comercialização em sistemas agroecológicos e convencionais.
Atribuições da Mantenedora /Estabelecimento de Ensino:
O Estágio Profissional Supervisionado, concebido como procedimento
didático-pedagógico e como ato educativo intencional é atividade pedagógica
de competência da instituição de ensino, sendo planejado, executado e
avaliado em conformidade com os objetivos propostos para a formação
profissional dos estudantes, previsto no Projeto Político-Pedagógico, Plano de
Curso e descrito no Plano de Estágio. A instituição de ensino é responsável
pelo desenvolvimento do estágio nas condições estabelecidas no Plano de
Estágio, observado:
Realizar Termo de Convênio para estágio com o ente público ou privado e
concedente de estágio, de acordo com o Decreto nº 897/07 de 31/05/07,
para a formalização do Termo de Convênio será necessário a prévia e
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expressa autorização do Governador do Estado do Paraná;
Elaborar Termo de Compromisso para ser firmado com o educando ou com
seu representante ou assistente legal e com a parte concedente, indicando
as condições adequadas do estágio à proposta pedagógica do curso, à
etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e
calendário escolar;
Submeter o Plano de Estágio à análise e aprovação do NRE, juntamente
com o Projeto Político-Pedagógico;
Respeitar legislação vigente para estágio obrigatório;
Celebrar Termo de Compromisso com o educando, se for ele maior de 18
anos, com seu assistente legal, se idade superior a 16 e inferior a 18 (idade
contada na data de assinatura do Termo) ou com seu representante legal,
se idade inferior a 16 anos e com o ente concedente, seja ele privado ou
público;
Celebrar Termo de Cooperação Técnica para estágio com o ente público ou
privado concedente do estágio;
Elaborar o Plano de Estágio, a ser apresentado para análise juntamente
com o Projeto Político Pedagógico;
Contar com o professor orientador de estágio, o qual será responsável pelo
acompanhamento e avaliação das atividades;
Exigir do aluno o planejamento /plano e o relatório de seu estágio;
Realizar avaliações que certifiquem as condições para a realização do
estágio previstas no Plano de Estágio e firmadas no Termo de Cooperação
Técnica e Convênios que deverão ser aferidas mediante relatório elaborado
pelo professor orientador de estágio;
Elaborar os instrumentos de avaliação e o cronograma de atividades de
estágio;
Reencaminhar o aluno para outro ente concedente de estágio quando
houver descumprimento das normas pela Unidade concedente;
O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção
ao estudante, vedadas atividades:
incompatíveis com o desenvolvimento do adolescente;
noturnas, compreendidas as realizadas no período entre vinte e duas
horas de um dia às cinco horas do outro dia;
realizadas em locais que atentem contra sua formação física, psíquica e
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moral;
perigosas, insalubres ou penosas.
Atribuições do Coordenador de Estágio:- Buscar e contatar parceria junto ás Instituições Públicas e Privadas visando
a abertura de campo de para o estágio;
- Firmar os Termo de Cooperação Técnica e Termo de Compromisso junto à
Direção do Estabelecimento e o ente concedente;
- Coordenar e acompanhar as atividades do professor orientador;
- Elaborar e definir junto ao Professor Orientador de Estágio o cronograma de
distribuições de alunos nos campos de estágios;
- Manter permanente contato com os orientadores responsáveis pelo estágio
procurando dinamizar e aperfeiçoar as condições de funcionamento do
estágio;
- Promover reuniões com as instituições de campo de estágio;
- Coordenar e acompanhar junto ao Professor Orientador de Estágio o
cumprimento, pelo estagiário, da assiduidade, responsabilidade,
compromisso e desempenho pedagógico;
- Coordenar e participar junto ao Professor Orientador de Estágio, reuniões
de avaliação do Estágio e/ou prática profissional, emitindo conceitos de
acordo com o sistema de avaliação;
- Coordenar a confecção de impressos de acompanhamento (Fichas);
- Providenciar credencial de apresentação do estagiário para o ingresso nas
empresas;
- Informar e orientar a instituição concedente quanto à Legislação e Normas
do estágio;
- Acompanhar os estágios na instituição concedente para orientação,
supervisão e avaliação de sua execução;
- Comparecer às reuniões convocadas pelo Colégio;
- Disponibilizar aos estagiários a carta de apresentação onde serão
realizados os estágios, os modelos de relatórios, fichas, etc;
- Entregar os resultados finais junto à secretaria conforme calendário.
Professor Orientador de Estágio:
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O estágio deverá ser desenvolvido com a mediação de professor
orientador de estágio, especificamente designado para essa função, o qual
será responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades.
Compete ao professor orientador:
Solicitar juntamente com a Coordenação de Estágio da parte concedente
relatório, que integrará o Termo de Compromisso, sobre a avaliação dos
riscos, levando em conta: local de estágio; agentes físicos, biológicos e
químicos; o equipamento de trabalho e sua utilização; os processos de
trabalho; as operações e a organização do trabalho; a formação e a
instrução para o desenvolvimento das atividades de estágio;
Exigir do estudante a apresentação, de relatório das atividades, em prazo
definido pela Equipe pedagógica.
Elaborar com a Coordenação de Estágio normas complementares e
instrumentos de avaliação dos estágios de seus estudantes;
Esclarecer juntamente com Coordenação de Estágio à parte concedente do
estágio o Plano de Estágio e o Calendário Escolar;
Planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o
cronograma de atividades a serem realizadas pelo estagiário;
Proceder avaliações que indiquem se as condições para a realização do
estágio estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo
de Compromisso, mediante relatório;
Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;
Elaborar junto ao Coordenador de Curso e de Estágio o Plano de Estágio;
Conhecer o campo de atuação do estágio;
Orientar os estagiários quanto às normas inerentes aos estágios;
Esclarecer aos estagiários as determinações do Termo de cooperação
técnica e Termo de Compromisso;
Orientar os estagiários quanto à importância de articulação dos conteúdos
aprendidos à prática pedagógica;
Orientar os estagiários na elaboração do Plano Individual de Estágio,
relatórios e demais atividades pertinentes;
Orientar os estagiários quanto às condições de realização do estágio, ao
local, procedimentos, ética, responsabilidades, comprometimento, dentre
outros;
Atender necessariamente os estagiários no dia da semana e horário
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determinado pelos Coordenadores de Curso e Coordenadores de Estágio;
Propor alternativas operacionais para realização do estágio;
Orientar a formatação adequada quanto à metodologia de pesquisa
científica e produção das atividades (Planos, Relatórios) conforme normas
ABNT, coordenar o desenvolvimento das mesmas;
Motivar o interesse do aluno para a realização do estágio e mostrar a
importância do mesmo para o exercício profissional;
Avaliar o rendimento das atividades do estágio, na execução, elaboração e
apresentação de relatórios do mesmo;
Atuar como um elemento facilitador da integração das atividades previstas
no estágio;
Promover encontros periódicos para a avaliação e controle das atividades
dos estagiários, encaminhando ao final de período à coordenação de
estágio, as fichas de acompanhamento das atividades, avaliação e
frequências;
Comunicar à Coordenação do Estágio sobre o andamento das orientações
do estágio;
Levar ao conhecimento da coordenação do estágio quaisquer dificuldades
que venham ocorrer no desenvolvimento dos trabalhos;
Comparecer às reuniões convocadas pela Instituição de ensino e
Coordenação de estágio;
Manter o registro de classe com frequência e avaliações em dia.
Atribuições do Órgão /Instituição que concede o Estágio:
A instituição de ensino e a parte concedente de estágio poderão contar
com serviços auxiliares de agentes de integração, públicos ou privados,
mediante condições acordadas em instrumento jurídico apropriado.
Considerar-se-ão parte concedente de estágio, os dotados de
personalidade jurídica pública ou privada e profissionais liberais, desde que
estejam devidamente registrados em seus respectivos conselhos de
fiscalização profissional.
Uma vez formalizado o Termo de Cooperação Técnica e o Termo de
Compromisso de Estágio, cumpridos os requisitos citados anteriormente, e
estará criada a condição legal e necessária para a realização do estágio
curricular supervisionado na organização concedente de estágio.
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A organização escolhida como concedente do estágio deverá possuir
condições mínimas de estrutura, que permitam ao aluno observar, ser assistido
e participar das atividades, durante a execução do estágio curricular
supervisionado. Ofertando instalações que tenham condições de proporcionar
ao aluno, atividades de aprendizagem social, profissional e cultural.
O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de
proteção ao estagiário contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente,
sendo vedadas algumas atividades, ( Arts. 63, 67 e 69, entre outras do ECA e
também 405 e 406 da CLT).
Fica a critério da instituição concedente a concessão de benefícios
relacionados a transporte, alimentação e saúde entre outros, por si só, não
caracterizando vínculo empregatício.
A empresa concedente ou Instituição de ensino deverão viabilizar
acompanhamento de profissionais especializados aos estagiários com
necessidades educativas especiais.
A documentação referente ao estágio, deverá ser mantida a disposição
para eventual fiscalização. A oferta de estágio pela parte concedente será
efetivada mediante:
- Celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o
estudante;
- A oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante
atividades de aprendizagem social, profissional e cultural;
- Indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou
experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do
estagiário, para orientar e supervisionar o desenvolvimento das atividades
de estágio;
- Contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário,
cuja apólice seja compatível com valores de mercado, devendo constar no
Termo de Compromisso de Estágio e no caso de estágio obrigatório, a
responsabilidade pela contratação do seguro contra acidentes pessoais,
poderá, alternativamente, ser assumida pela mantenedora/instituição de
ensino;
- Entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por
ocasião do desligamento do estagiário, com indicação resumida das
atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;
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- Relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo
funcionário responsável pela orientação e supervisão de estágio;
- Zelar pelo cumprimento do Termo de compromisso;
- Conhecer o plano de atividades do estágio proposto pelo estabelecimento
de ensino;
- Orientar as atividades do estagiário em consonância com o plano de
estágio;
- Preencher os documentos de estágio e devolver a Coordenação de Estágio;
- Orientar e acompanhar a execução das atividades do estagiário na
empresa;
- Manter contatos com o Coordenador de estágio da escola;
- Oportunizar ao estagiário vivenciar outras situações de aprendizagem que
permitam uma visão real da profissão;
- Avaliar o rendimento do estagiário nas atividades previstas no plano de
estágio;
- Propiciar ambiente receptivo e favorável ao desenvolvimento do estágio;
- Deverá ser indicado pela empresa concedente, um responsável para
supervisionar e acompanhar o estágio e ter conhecimento técnico ou
experiência na área.
Atribuições do Estagiário:
A jornada de estágio deve ser compatível com as atividades escolares e
constar no Termo de Compromisso, considerando:
A anuência do estagiário, se maior, ou concordância do representante ou
assistente legal, se menor;
A concordância da instituição de ensino;
A concordância da parte concedente;
O estágio não pode comprometer a frequência às aulas e o cumprimento
dos demais compromissos escolares;
No estágio obrigatório, o estagiário poderá receber, ou não, bolsa ou outra
forma de contraprestação acordada;
A eventual concessão de benefícios relacionados ao auxílio-transporte,
alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício;
Fica assegurado ao estagiário que recebe bolsa ou outra forma de
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contraprestação, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1
(um) ano, um período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado
preferencialmente durante suas férias escolares;
Ao estagiário aplica-se a legislação relacionada à saúde e segurança no
trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte
concedente do estágio;
O aluno que está cumprindo estágio obrigatório poderá realizar
paralelamente o estágio não-obrigatório, sem prejuízo do aprendizado;
Antes da realização do estágio, o estagiário deve:
Estabelecer contatos com Unidades Concedentes para fins de estágios;
Elaborar Plano Individual de Estágio juntamente com o Professor Orientador
do Estágio;
Participar de atividades de orientação sobre o estágio;
Observar sempre o regulamento de Estágios da Escola;
Zelar pela documentação do estágio entregue pelo Professor Orientador de
Estágio.
Durante a realização do estágio, o estagiário deve:
- Conhecer a organização da Unidade Concedente;
- Respeitar o Cronograma de Estágio para garantir o cumprimento da carga
horária no período estabelecido pela Coordenação de Estágio;
- Acatar as normas estabelecidas pela Unidade Concedente;
- Zelar pelo nome da Instituição e da Escola;
- Manter um clima harmonioso com a equipe de trabalho;
- Cumprir o Plano Individual de Estágio e o Termo de Compromisso firmado
com a Instituição de Ensino e a Unidade Concedente.
- Manter contatos periódicos com o Professor Orientador de Estágio para
discussão do andamento do estágio;
- Ter postura e ética profissional;
- Zelar pelos equipamentos, aparelhos e bens em geral da Empresa e
responder pelos danos pessoais e materiais causados.
Depois da realização do estágio, o estagiário deve:
- Elaborar o relatório final de atividades, de acordo com as normas exigidas;
- Entregar à Coordenação de Estágio os Documentos Comprobatórios da
realização do Estágio assinados e em tempo hábil;
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- Apresentar sugestões que contribuam para o aprimoramento do curso;
- Entregar o relatório de estágio para avaliação, no prazo estabelecido pela
Coordenação de Estágio;
- Apresentar o relatório de Estágio para Banca de Avaliação
-Forma de acompanhamento do Estágio:
O aluno deverá ser acompanhado durante seu Estágio em Instituições
Públicas e/ou Privadas e nas Unidades Didático – Produtivas e propriedades
agropecuárias, por um responsável que deverá ter conhecimento técnico ou
experiência na área.
Três profissionais da área estarão envolvidos no processo de
encaminhamento:
Coordenador de Estágio, que será o elo de ligação entre a Escola e o local
de realização do Estágio;
Professor Orientador de Estágio, que dará o direcionamento ao Plano
Individual de Estágio do aluno, que deverá ser traçado juntamente com o
estagiário e deverá ser instrumento de base ao Supervisor do local de
realização do Estágio;
Supervisor da empresa será responsável pela condução e concretização do
Estágio na Instituição ou propriedade concedente, procurando seguir o
plano estabelecido pelo Aluno e pelo Professor Orientador.
As formas de acompanhamento serão de acordo com a realidade da
situação do estágio. Podendo ser através de visitas, relatórios, contatos
telefônicos, documentação de estágio exigida pela escola, de maneira a
propiciar formas de integração e parceria entre as partes envolvidas.
Oportunizando o aperfeiçoamento das relações técnicas-educativas a serem
aplicadas no âmbito do trabalho e no desenvolvimento sustentável.
Avaliação do Estágio:
A avaliação do Estágio Profissional Supervisionado é concebida como
um processo contínuo e como parte integrante do trabalho, devendo, portanto,
estar presente em todas as fases do planejamento e da construção do
currículo, como elemento essencial para análise do desempenho do aluno e da
escola em relação à proposta.
Serão considerados documentos de avaliação do Estágio Curricular:
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Avaliação da disciplina de Estágio Profissional Supervisionado realizada
pelo Professor Orientador;
Avaliação do Supervisor do Estágio da Unidade Concedente;
Relatório apresentando os conteúdos observados durante o Estágio
Profissional Supervisionado;
Ficha de Avaliação da Banca de Avaliação de Relatório de Estágio .
O relatório de estágio deverá ser apresentado conforme normas técnicas
a serem definidas pela Coordenação de Estágio.
O resultado da avaliação do Estágio Profissional Supervisionado é
expresso através de notas graduadas de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez
vírgula zero).
O rendimento mínimo exigido para aprovação é a nota 6,0 (seis vírgula
zero) através de uma média aritmética das avaliações definidas pela
Coordenação de Estágio.
Será considerado reprovado o aluno que:
não cumprir a carga horária total estipulada para cada série no período
letivo;
aproveitamento inferior a 6,0 (seis vírgula zero) como média final.
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CELEM
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Proposta Pedagógica Curricular LEM
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Apresentação
O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do
currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da
organização social, política e econômica ao longo da história. As propostas
curriculares e os métodos de ensino são instigados a atender às expectativas e
demandas sociais contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos
conhecimentos historicamente produzidos às novas gerações.
Além do aspecto dinâmico do currículo e dos métodos, o Estado pode
orientar mudanças curriculares que se justificam pela atualização dos debates
e produções teórico-metodológicas e político-pedagógicas para a disciplina de
Língua Estrangeira Moderna.
Na relação entre as abordagens de ensino, na estrutura do currículo e na
sociedade, residem as causas da ascensão e do declínio do prestígio das
línguas estrangeiras nas escolas.
A partir do momento que começou-se a entender que a disciplina de Língua
Estrangeira deveria contribuir tanto para a formação do aprendiz quanto para o
acesso ao conhecimento e à reflexão sobre as civilizações estrangeiras e
tradições de outros povos. Isso explica por que o Espanhol passou a ser
permitido oficialmente para compor o currículo do curso secundário, uma vez
que a presença de imigrantes da Espanha era restrita no Brasil.
A Língua Espanhola, portanto, foi valorizada como Língua Estrangeira
porque representava para o governo um modelo de patriotismo e respeito
daquele povo às suas tradições e à história nacional. Tal modelo deveria ser
seguido pelos estudantes. Assim, o ensino de Espanhol passou a ser
incentivado no lugar dos idiomas Alemão, Japonês e Italiano, que, em função
da Segunda Guerra Mundial, foram desprestigiados no Brasil. Mesmo com a
valorização do Espanhol no ensino secundário, destaca-se que o ensino de
Inglês teve espaço garantido nos currículos oficiais por ser o idioma mais
usado nas transações comerciais, enquanto o Francês era mantido pela sua
tradição curricular.
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30
Desta forma, entendemos que o trabalho pedagógico com a Língua
Estrangeira Moderna parte do entendimento do papel das línguas nas
sociedades como instrumentos de acesso à informação e também como
possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o
mundo e construir significados, pois a língua se apresenta como espaços de
construções discursivas, de produção de sentidos indissociável dos contextos
em que ela adquire sua materialidade, inseparável das comunidades
interpretativas que as constroem e são construídas por ela, para tanto, o
conhecimento de uma língua estrangeira colabora para a elaboração da
consciência da própria identidade do educando, já que ele consegue perceber-
se como um sujeito histórico e socialmente constituído.
Para Bakhtin (1988, 1992) as relações sociais ganham sentido pela palavra,
sendo que a sua existência só se concretiza no contexto real de sua
enunciação, assim, a palavra está sempre carregada de um conteúdo ou de um
sentido ideológico ou vivencial.
Língua e cultura constituem um dos pilares da identidade do sujeito.
Portanto, a língua estrangeira pode ser propiciadora da construção das
identidades dos sujeitos educandos ao oportunizar o desenvolvimento da
consciência sobre o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade
brasileira e no panorama internacional, favorecendo informações entre a
comunidade local e planetária.
JustificativaO ensino da LEM na escola vem para atender as necessidades dos
alunos do Ensino Fundamental (séries finais) e médio, marcado por momentos
históricos significativos pelo atual contexto sócio econômico e cultural com
intensas mudanças.
Através do LEM pretende-se que o aluno não apenas manipule
estruturas e tenha domínio formal da língua, mas que faça uso apropriado e
significativo da linguagem em seus vários contextos, direcionando a construção
do conhecimento e a formação cidadã e que a língua aprendida seja caminho
para o reconhecimento e compreensão das diversas linguisticas e culturais já
existente e crie novas maneiras de construir sentidos do e no mundo. Então, a
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30
leitura a oralidade e a escrita se configuram em discurso como prática social e
portanto, instrumento de comunicação.
Ao conhecer outras culturas e outras realidades o aluno passa a refletir
mais sobre a sua própria cultura e amplia sua capacidade de analisar o seu
entorno social entre sua forma de ser, agir, pensar e sentir, fatores que
ajudarão no enriquecimento de sua formação com novos paradigmas.
O CELEM é regido pela resolução nº 019/2008 que regulamenta e
organiza a oferta de ensino extracurricular e plurilinguística de LEM para alunos
da rede Estadual de Educação Básicas, matriculados no Ensino Fundamental
(anos finais ) e no Ensino Médio.
O LEM será ofertado em nosso estabelecimento de ensino, com duração
de 02 (dois ) anos, com a carga horária anual de 160 ( cento e sessenta)
horas/aula, perfazendo um total de 320 (trezentos e vinte) horas/aula.
A carga horária semanal do LEM sera de 04 (quatro) horas/aula de 50
(cinquenta) minutos, conforme quadro demonstrativo abaixo:
Horário de Funcionamento e distribuição das turmas – ano 2010DISCIPLINA: Espanhol
SÉRIE TURMAS DIAS HORÁRIOS1ª A Terça-feira 13:00 às 17:20 h
1ª B Quinta-feira 19:00 às 23:10 h
Objetivos
Tornar-se competente em línguas significa apropriar-se de um
conjunto de conhecimentos que revelam da língua, enquanto saber organizado
e da cultura dos povos que a utilizam, enquanto expressão da sua identidade;
significa também ser capaz de usar estratégica e eficazmente os recursos
linguísticos disponíveis em situações de comunicação, assim como refletir
sobre o uso e funcionamento da língua, de modo a desenvolver estratégias que
garantam um processo contínuo de aprendizagem.
O percurso na aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas
ao longo do Ensino Básico requer modelos integradores de aprendizagens
essenciais. Assim, considera-se fundamental criar condições para que o aluno
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possa, nesse percurso, ir construindo uma competência que,
progressivamente, o estimule a implicar-se, com renovada confiança, em cada
etapa vencida.
O desenvolvimento dessas competências exige que para o aluno
sejam garantidas oportunidades de:
- Contribuir para que tenha acesso a manifestações culturais de outros
povos, para que perceba as diferenças entre os usos, as
convenções e os valores de seu grupo social e os da comunidade que
usa a língua estrangeira de forma crítica, percebendo que não há cultura
melhor que outra.
- Identificar no universo que o cerca a LE como cooperadora no sistema
de comunicação, percebendo-se como parte integrante de um mundo
multilíngue e compreendendo o papel hegemônico que a Língua
Espanhola desempenha neste momento.
- Utilizar-se de estratégias que lhe permitam satisfazer as exigências
comunicativas.
- Acompanhar a qualidade de seu desempenho e utilizar-se de recursos
para superação de dificuldades.
A capacidade de controlar a qualidade dos seus desempenhos e de
utilizar recursos de superação de dificuldades constituirá a chave, não
só do sucesso do grau de proficiência a ser atingido, mas também da
sua formação posterior. Entretanto, espera-se que o aprendizado nesta
etapa dê ao aluno subsídios suficientes para que seja capaz de
compreender e ser compreendido na Língua Estrangeira Moderna, de
modo a vivenciar formas de comunicação que lhe permitam perceber a
importância deste conhecimento.
- Compreender os significados social e histórico da língua e sua
dimensão transformadora da prática.
Conteúdos
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social.
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Gêneros Discursivos: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita,
oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os
gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.
Conteúdos Básicos: 1º ano
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAISEsfera cotidiana de circulação:
Bilhete
Carta pessoal
Cartão felicitações
Cartão postal
Convite
Letra de música
Receita culinária
Esfera publicitária de circulação: Anúncio
Comercial para radio
Folder
Paródia
Placa
Publicidade Comercial
Slogan
Esfera produção de circulação:
a) Bula
b) Embalagem
c) Placa
d) Regra de jogo
e) Rótulo
Esfera jornalística de circulação:
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- Anúncio classificados
- Cartum
- Charge
- Entrevista
- Horóscopo
- Reportagem
- Sinopse de filme
Esfera artística de circulação:
Autobiografia
Biografia
Esfera escolar de circulação:
Cartaz
Diálogo
Exposição oral
Mapa
Resumo
Esfera literária de circulação:
Conto
Crônica
Fábula
História em quadrinhos
Poema
Esfera midiática de circulação:
Correio eletrônico (e-mail)
Mensagem de texto (SMS)
Telejornal
Telenovela
Videoclipe
PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade
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Fatores de textualidade centradas no leitor:- Tema do texto;
- Aceitabilidade do texto;
- Finalidade do texto;
- Informatividade do texto;
- Intencionalidade do texto;
- Situacionalidade do texto;
- Papel do locutor e interlocutor;
- Conhecimento de mundo;
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centradas no texto:
7- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos;
8- Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais
como conectivos, gírias, expressões, repetições);
9- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura
Fatores de textualidade centradas no leitor:- Tema do texto;
- Conteúdo temático do gênero;
- Elementos composicionais do gênero;
- Propriedades estilísticas do gênero;
- Aceitabilidade do texto;
- Finalidade do texto;
- Informatividade do texto;
- Intencionalidade do texto;
- Situacionalidade do texto;
- Papel do locutor e interlocutor;
- Conhecimento de mundo;
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- Temporalidade;
- Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:1. Intertextualidade;
2. Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
3. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas,
travessão, negrito);
4. Partículas conectivas básicas do texto.
PRÁTICA DISCURSIVA: EscritaFatores de textualidade centradas no leitor:
1- Tema do texto;
2- Conteúdo temático do texto;
3- Elementos composicionais do gênero;
4- Propriedades estilísticas do gênero;
5- Aceitabilidade do texto;
6- Finalidade do texto;
7- Informatividade do texto;
8- Intencionalidade do texto;
9- Situacionalidade do texto;
10-Papel do locutor e interlocutor;
11-Conhecimento de mundo
12-Temporalidade;
13-Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
- Intertextualidade;
- Partículas conectivas básicas do texto;
- Vozes do discurso: direto e indireto;
- Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia,
formação das palavras, figuras de linguagem;
- Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e
explicitas;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
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no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
- Acentuação gráfica;
- Ortografia;
- Concordância verbal e nominal.
Conteúdos Básico – 2º ano
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAISEsfera cotidiana de circulação:
- Comunicado
- Curriculum Vitae
- Exposição oral
- Ficha de inscrição
- Lista de compras
- Piada
- Telefonema
Esfera publicitária de circulação:
Anúncio
Comercial para televisão
Folder
Inscrições em muro
Propaganda
Publicidade Institucional
Esfera produção de circulação:
Instrução de montagem
Instrução de uso
Manual técnico
Regulamento
Esfera jornalística de circulação:
- Artigo de opinião
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- Boletim do tempo
- Carta do leitor
- Entrevista
- Notícia
- Obituário
- Reportagem
Esfera jurídica de circulação:
1) Boletim de ocorrência
2) Contrato
3) Lei
4) Ofício
5) Procuração
6) Requerimento
Esfera escolar de circulação:
Aula em vídeo
Ata de reunião
Exposição oral
Palestra
Resenha
Texto de opinião
Esfera literária de circulação:
Contação de história
Conto
Peça de teatro
Romance
Sarau de poema
Esfera midiática de circulação:
- Aula virtual
- Conversação chat
- Correio eletrônico (e-mail)
- Mensagem de texto (SMS)
- Videoclipe
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PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade
Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centradas no texto:
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos;
- Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais
como conectivos, gírias, expressões, repetições);
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura
Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Conteúdo temático do texto;
Elementos composicionais do gênero;
Propriedades estilísticas do gênero;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
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Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Temporalidade;
Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
Intertextualidade;
Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas,
travessão, negrito);
Partículas conectivas básicas do texto;
Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas,
negritadas, sublinhadas, números, substantivos próprios;
Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens
lexicais recorrentes no título, subtítulo, legendas e textos.
PRÁTICA DISCURSIVA: EscritaFatores de textualidade centradas no leitor:
1. Tema do texto;
2. Conteúdo temático do texto;
3. Elementos composicionais do gênero;
4. Propriedades estilísticas do gênero;
5. Aceitabilidade do texto;
6. Finalidade do texto;
7. Informatividade do texto;
8. Intencionalidade do texto;
9. Situacionalidade do texto;
10.Papel do locutor e interlocutor;
11.Conhecimento de mundo;
12.Temporalidade;
13.Referência textual.
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Fatores de textualidade centradas no texto:
Intertextualidade;
Partículas conectivas básicas do texto;
Vozes do discurso: direto e indireto;
Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia,
formação das palavras, figuras de linguagem;
Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e
explicitas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal e nominal.
Encaminhamentos Metodológicos
O trabalho com a língua estrangeira em sala de aula, a partir do
entendimento do
papel das línguas na sociedade é mais que meros instrumentos de acesso a
informação. O aprendizado de línguas estrangerias são também possibilidades
de conhecer expressar e transformar modos de entender o mundo e construir
significados. Dessa forma, que o ensino de língua estrangeira se constitua por
meio da compreensão da diversidade linguística e cultural para que o aluno se
envolva discursivamente e desenvolva as práticas de leitura, escrita e oralidade
levando em conta seu conhecimento prévio.
A utilização de diferentes gêneros textuais para que o aluno identifique
as diferenças estruturais e funcionais a autoria e a que público se destina. As
estratégias metodológicas para que o aluno conheça novas culturas e que não
há uma cultura melhor que a outra mas sim diferentes.
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A exploração de vários recursos como aulas expositivas e dialogadas,
trabalhos em grupo, produção escrita e produção oral de forma interativa em
busca de melhores resultados na aprendizagem. Para isso materiais como livro
didático, dicionário, livro paradidático, vídeo, CD, DVD, CDROM, internet, TV
multimídia serão utilizados para facilitar o contato e a interação com a língua e
a cultura.
Para tanto, serão utilizadas as metodologias abaixo relacionadas:
- Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;
- Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;
- Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais
dos alunos;
- Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas
da oralidade em seu uso formal e informal;
- Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários,
opiniões sobre os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos
recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial,
corporal e gestual, pausas e outros;
- Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
- Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;
- Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade,
época;
- Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-
verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas;
- Socializar as ideias dos alunos sobre o texto;
- Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do
interlocutor, do gênero, da finalidade;
- Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
- Acompanhar a produção do texto;
- Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos
(idéias), dos elementos que compõem o gênero;
- Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão,
continuidade temática, à finalidade, adequação da linguagem ao
contexto;
- Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
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- Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer
a referência textual;
- Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;
- Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.
Nas metodologias aplicadas, deve-se levar em consideração quais
os saberes que o educando traz e quais ele vai adquirir, em busca dessa
interação as habilidades da LEM são vistas como plurais, complexos e
dependentes de contextos específicos. As metodologias devem, portanto, vir
de encontro com as necessidades regionais, levando o educando a criar seu
próprio conhecimento: um aprendizado que leve em conta a sua realidade e lhe
traga novas perspectivas de vida.
Avaliação
A avaliação na aprendizagem necessita para cumprir o seu verdadeiro
significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem
sucedida. Depreende-se, portanto que a avaliação da aprendizagem da língua
estrangeira precisa superar a concepção do mero instrumento de mediação da
apreensão de conteúdos, visto que ela se configura como processual e como
tal, objetiva subsidiar discussões a cerca das dificuldades e avanço dos alunos
sujeitos, a partir de suas produções, no processo de ensino aprendizagem.
Nessa perspectiva, o envolvimento dos sujeitos alunos na construção do
significado nas práticas discursivas será a base para o planejamento das
avaliações ao longo do processo de aprendizagem. Sendo assim, a avaliação
será diagnóstica, somativa e cumulativa. A avaliação da aprendizagem será um
processo constante tendo medida de observação no desempenho nas
atividades propostas que serão analisadas e consideradas como subsídios.
Para a avaliação do desempenho dos alunos levar-se-á em
consideração os objetivos propostos no Regimento Escolar, bem como do
Projeto Político Pedagógico da Escola e serão utilizados os seguintes
instrumento: provas, trabalhos individuais e em grupos, produção de textos
orais e escritos que demonstram capacidade de articulação entre teoria e
prática, com o objetivo maior que o aluno atinja as seguintes expectativas:
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal);
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Apresente suas ideias com clareza, coerência;
Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;
Organize a sequência de sua fala;
Respeite os turnos de fala;
Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
Exponha seus argumentos;
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em
língua materna);
Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas
exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar
necessário.
- Realize leitura compreensiva do texto;
- Identifique o conteúdo temático;
- Identifique a ideia principal do texto;
- Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;
- Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;
- Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou
expressões no sentido conotativo e denotativo;
- Análise as intenções do autor;
- Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
- Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a
referência textual;
- Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos
gramaticais) e elementos culturais.
- Expresse as ideias com clareza;
- Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do
professor, atendendo:
- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);
- à continuidade temática;
- Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
- Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;
- Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e
função do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;
- Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,
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em conformidade com o gênero proposto;
- Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos atrelados aos gêneros trabalhados;
- Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência
textual.
A recuperação para o aluno que não atingir resultados satisfatório se dará
por meio de recuperação de conteúdo.
A expressão dos resultados da avaliação será feita conforme o previsto
no Regimento Escolar, e a média anual corresponderá a média aritmética dos
resultados dos bimestres, conforme o que segue:
Média Anual (MA) = 1º B. + 2º B. + 3º B. + 4º B.
4
Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente
inseridos no sistema informatizado para fins de registro de documentação
escolar.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.
BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna: a sociolinguística na sala de aula. São Paulo: Parábola, 2004.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica.
Parecer n. 04/98,de 29 de janeiro de 1998. Diretrizes curriculares nacionais
para o ensino fundamental. Relatora Conselheira: Regina Alcântara de Assis.
Diário Oficial da União, Brasília, p.31, 15 abr. 1998.
BRASIL. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 1996.
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31
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação
Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília:
MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação
Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais - ensino médio: língua
estrangeira. Brasília: MEC/SEF,1999.
FARACO, C. A . Português: língua e cultura – manual do professor.
Curitiba: Base, 2005.
FERNÁNDEZ, G. E. Objetivos y diseño curricular en la enseñanza del ELE.
Revista redELE,,n. 0, mar. 2004. Disponível em:
http//:www.sgi.mec.es/redele/revista/eres. htm.
GIROUX, H. A. Qual o papel da pedagogia crítica nos estudos de língua e cultura. Disponível
em:<http://www.henryagiroux.com/RoleOfCritPedagogy_Port. htm > Acesso
em: 12 de maio de 2006.
HYMES, D. H. Reiventing Anthropology. USA. Ann Arbor Paperbacks, 1972.
KRAUSE-LEMKE, C. Complexa relação entre teoria e prática no ensino de língua espanhola 2004. Disponível em: <http://www.lle.cce.ufsc.br/congresso>
Acesso em: 15 de maio de 2006.
JORDÃO, C. M. O ensino de línguas estrangeiras em tempos pós-modernos. Curitiba, UFPR,2004b.
JORDÃO, C. M. O ensino de língua estrangeira: de código a discurso. In:
KARWOSKI,
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez,
1995.
MENDONÇA, M. R. S. Análise linguística no ensino médio: Um novo olhar, um novo objeto. In: BUNZEN, C. (Org.) Português no ensino médio e
formação do professor. São Paulo: Parábola, 2006, p. 207.
MEURER, J. L. O trabalho de leitura crítica: recompondo representações, relações e identidades sociais. Florianópolis: UFSC, 2000. p.155-171.
MOITA LOPES, L. P.; ROJO, R. H. R. Linguagens, códigos e suas tecnologias. In: Brasil/ DPEM Orientações curriculares do ensino médio.
Brasília: MEC, 2004, p. 14-59.
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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico da escola pública
do Paraná.Curitiba, 1990.
PEREIRA, C.F. As várias faces do livro didático de língua estrangeira. In:
SARMENTO,
PICANÇO, D. C. L. História, memória e ensino de espanhol (1942-1990).
Curitiba: UFPR, 2003.
RAMOS, PC A avaliação desmistificada. São Paulo: Artmed, 2001.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 2. ed. São Paulo: Martins
Fontes, 1989a.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,
1989b.
WILLIAMS, R. La larga revolución. Buenos Aires: Nueva Visión, 2003.
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ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
NRE- CORNÉLIO PROCOPIO
COLÉGIO AGRÍCOLA ESTADUAL FERNANDO COSTA.
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Atividades de complementação curricularColégio Agrícola Estadual Fernando Costa
Macrocampo - Aprofundamento da aprendizagem
Turno – Noturno
Conteúdo: Sem Prejuízo do ensino de conteúdos próprios, as atividades
de matemática são contempladas nas demais disciplinas, nos mapas, em escalas , dados estatísticos, organizar e ler tabelas, incluindo a linguagem aritmética, métrica e geométrica, o que de sobremaneira vem auxiliar no desenvolvimento do raciocínio lógico, levando o aluno a interpretar com propriedade e a ter uma nova visão de mundo.
Objetivos: - Promover a melhoria da qualidade de ensino, a fim de atender as necessidades socioeducacionais dos alunos.- Valorizar a leitura interpretativa em todos os campos da escrita, facilitando o aprendizado.- Proporcionar aos alunos atividades que aprimorem sua leitura e interpretação.
Encaminhamento Metodológico: Serão desenvolvidas atividades diferenciadas com ênfase
nos conhecimentos que os alunos trazem em sua história familiar e da vida extra – escola.
Para tanto serão utilizados: trabalhos individuais; coletivos; as TICs (Tecnologia da Informação e Comunicação); resolução de problemas; atividades artísticas; etc...
A aprendizagem dessa forma, faz com que o pensamento proceda corretamente a fim de chegar a conhecimentos verdadeiros, ou seja, que definem como pensar de forma mais
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crítica no que diz respeito a opiniões, inferências e argumentos, dando sentido ao pensamento.
Iniciar uma reflexão no âmbito da matemática, por meio do Raciocínio Lógico Matemático, que deverá estar permeada por esta concepção visando as necessidades da comunidade escolar.
Da mesma forma que na leitura ou escrita, o raciocínio lógico na resolução de problemas é um fator de extrema importância. É fundamental que os alunos compreendam e raciocinem sobre o que está sendo proposto e não somente decorem e apliquem fórmulas.
Avaliação:
A avaliação como parte integrante de todo processo de aprendizagem, se dará por meio: observação do Professor; participação nas atividades; interação social; e resultados aferidos em sala de aula.
O segredo para avaliar os processos no desenvolvimento do raciocínio, é determinar com antecedência os tipos de comportamento que você espera dos alunos.
Resultados Esperados:
Os resultados esperados no decorrer desse projeto, são pautados em três pontos fundamentais: Para a escola - refletir sobre avaliação, no campo do desempenho escolar , na formação do aluno como um indivíduo voltado para a cidadania, fundamental para uma prática educativa mais justa e igualitária, de transformação do sujeito social;
Para o aluno - apresentar um melhor desempenho ao interpretar não somente um exercício, um texto ou um problema, para que os mesmos sejam resolvidos com maior facilidade, mas para que possa compreender o mundo que o cerca para além dos limites geográficos, ampliando sua visão de mundo e suas possibilidades de sucesso.
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Para a Comunidade – transformar o aluno em um cidadão mais criativo, autônomo e participativo. Na promoção social e política de coletividade e humanização.
REFERÊNCIAS
Kamii, Constance e Clark G . Reiventando a Aritmética /
Implicações da Teoria de Piaget. Ed. Papirus
Piaget, Jean. 1975. Gênese das estruturas lógicas elementares. Rio de Janeiro: Forense. Nunes, C. 2004
Tarouco. Liane. 2004. Avaliações de Objetos de Aprendizagem. CINTED/UFRGS. Disponível em:http://penta2.ufrgs.br/edu/objetosaprendizagem/ http://portal.professorfenelon.com/
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