O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO...
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O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Começou com a disseminação de idéias
iluministas – Conjurações mineira e baiana.
1ª tentativa de separação: Conjuração
Mineira.
1º Passo concreto – abertura dos portos
(1808);
“Agente catalisador” → Revolução Liberal do
Porto;
Gesto simbólico → “Chilique” do Ipiranga;
A DESCOBERTA
Descobertas ligadas à expansão bandeirante – final do século XVII.
1693 – Sabará (MG);
1719 – Cuiabá (MT);
1722 – Arraial de Sant’Ana (GO)
Contexto na colônia: decadência açucareira;
Contexto em Portugal – dificuldades econômicas e financeiras.
→Tratado de Methuen;
O RUSH DO OURO
Imigração portuguesa – 3 a 4 mil por ano.
Coroa portuguesa chegou a coibir a vinda
para o Brasil – uso de passaporte a partir de
março de 1720.
População:300 mil habitantes no final do
século XVII para 3.300.000 no final do XVIII
Guerra dos emboabas.
A ADMINISTRAÇÃO.
Intendência das Minas – 1702; Superintendente das Minas;
Guardar – mor;
Casas de fundição - 1720; Revolta de Vila Rica - 1719
Impostos: Quinto;
Derrama;
Capitação;
Entradas;
Passagens;
OS DIAMANTES
Preferência pelo ouro – descaso no início;
Principal arraial: arraial do Tejuco;
Administração:
Quinto através da capitação.
1734 – proibição da extração de diamante;
1740 – contrato de monopólio.
→ primeiro contratador: João Fernandes de
Oliveira;
1771 – Intendência dos Diamantes – controle direto
da coroa;
SOCIEDADE
Urbana;
Escravista;
Intelectualmente mais evoluída que a
sociedade açucareira;
Certa mobilidade social;
Classe intermediária – pequenos
comerciantes, intelectuais, artesãos etc.
SOCIEDADE MINERADORA SOCIEDADE AÇUCAREIRA
Grandes mineradores, autoridades reais e grandes comerciantes
Tropeiros, pequenos comerciantes, pequenos mineradores, intelectuais,
profissionais liberais, clérigos
homens livres pobres (brancos, mestiços e negros libertos), que eram faiscadores, aventureiros e biscateiros
Escravos
Senhores de engenho e agregados
Dependentes
escravos
DESDOBRAMENTOS
Crescimento demográfico;
Ligação de vastas áreas até então não
articuladas.
Urbanização;
Transferência do eixo econômico do norte
para o centro o sul;
↓
Mudança da capital para o Rio de Janeiro.
MOVIMENTOS EMANCIPACIONISTAS.
Conjuração Mineira – 1789.• Influências:
Iluminismo;
Independência. dos EUA;
• Motivos: Alto preço dos produtos importados;
Decadência do ouro;
Alvará de 1785;
Altos impostos;
• Líderes: Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio
Gonzaga, José de Oliveira Rolim, Joaquim Silvério dos Reis, Joaquim José da Silva Xavier entre outros.
• Aspirações: Proclamação da república com a capital em São
João d’Rei;
Implantação de manufaturas;
Perdão das dívidas para com a Fazenda Real;
Fundação de uma universidade em Vila Rica;
Obrigatoriedade do serviço militar;
• Desfecho: Traição, rebelião abortada, condenação dos
líderes.
Conjuração baiana – 1798.
• Influências: Iluminismo;
Independência dos EUA;
Revolução francesa;
Independência do Haiti;
• Motivos: Decadência do NE – transferência da capital
de Salvador para o Rio de Janeiro;
Dificuldades econômicas;
Alto preço da comida – carne;
• Líderes: Cipriano Barata, João de Deus, Manuel
Faustino dos João Ladislau de Figueiredo, Luis Gonzaga das Virgens, dentre ouros.
• Aspirações: Proclamação da república;
Elevação do soldo para os militares;
Comercio livre;
Fim da escravidão;
• Desfecho: Movimento reprimido, quatro dos líderes
foram condenados à forca e esquartejamento.
“A iNVERSÃO BRASiLEiRA”
Significado para a independência:
→ Com a chegada da família real, o
príncipe regente Dom João tomou
algumas medidas que alteraram a
situação de dependência do Brasil. Com a
abertura dos portos às “nações amigas”
houve a quebra de 300 anos de
monopólio português, era o fim do pacto
colonial (exclusivismo)
A FAMÍLIA REAL NO BRASIL
Contexto – Guerras napoleônicas (Bloqueio Continental).
Portugal manteve uma política externa de neutralidade;
Tratado de Fontainebleau:
Ocasionou
Convenção secreta com a Inglaterra (Strangford): Fuga da família real para sua colônia.
Cerca de 15 mil pessoas (burocracia portuguesa) e com elas o tesouro real, os arquivos do governo e várias bibliotecas.
A FAMÍLIA REAL NO BRASIL
Apesar da fuga da família real de Portugal para o Brasil ter sido provocada, aparentar um fenômeno meramente circunstancial é bom destacar:
Medidas de Dom João vão muito além da idéia de permanência provisória.
Com a derrota de Napoleão, família real optou permanecer na colônia e elevou o Brasil à categoria de reino;
No período de restauração portuguesa (1640) havia um projeto da família Bragança de fazer do Brasil a sede da monarquia portuguesa;
A FAMÍLIA REAL NO BRASIL
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A FAMÍLIA REAL NO BRASIL
A Chegada na Bahia – 1808.
• Primeiras medidas – 28/01/1808 → abertura dos portos às nações amigas.
Favoreceu a Inglaterra
A Corte no Rio de Janeiro; Incentivo à indústria:
• Revogação dos decretos que proibiam a instalação de manufaturas;
• Suspensão dos impostos que incidiam sobre a matéria-prima;
• Subsídios para a indústria da lã, da seda e do ferro;
A FAMÍLIA REAL NO BRASIL
A Corte no Rio de Janeiro. Tratados de 1810:
• Tratados de navegação e comercio.
Inglaterra – 15%
Portugal – 16%
Outros – 24%• Tratado de Aliança e Amizade.
O Rio com “traços europeus”:• Órgãos públicos;
• Casa da Moeda;
• Banco do Brasil;
• Jardim Botânico;
• escolas de medicina;
• Imprensa Real;
• Biblioteca Real;
• Patrocínio da vinda de missões artísticas européias – Jean-Bapiste Debret.
• Academia Real de Belas Artes;
A REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817 – A “REVOLUÇÃO DOS PADRES”
Dom João ao submeter as províncias do Brasil ao Rio de Janeiro acentuou os conflitos regionais.
Região de Pernambuco já havia passado por várias revoltas – Insurreição pernambucana e Guerra dos Mascates;
Motivos:• Elevação dos tributos para custear as despesas da
corte, sem que as melhorias chegassem lá.
• Baixa dos preços do produtos produzidos em Pernambuco – açúcar e algodão.
Passou do Recife para o sertão alastrando-se para Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte.
PERNAMBUCO
“Até os barbeiros não me quiseram mais fazer a barba, respondiam que estavam ocupados no serviço da pátria, via-me obrigado a fazer a mim mesmo a barba.Cabras e mulatos e criolos andavam tão atrevidos que diziam éramos iguais, e que haviam de casar, senão com brancas das melhores e Domingos José Martins andava de braço dado com eles armados de bacamartes, pistolas e espada nua”
POLÍTICA EXTERNA DE DOM JOÃO
A conquista da Guiana Francesa – 1819;
Província da Cisplatina - 1816;
Elevação do Brasil à categoria de Reino
Unido a Portugal e Algarves - 1815;
ENQUANTO ISSO NA EUROPA... EM PORTUGAL...
A Revolução Liberal do Porto – 1820; Contexto Português:
Revolução liberal e constitucionalista
Crise política
Crise econômica
Crise militar
Junta Provisória → Convocação das Cortes
Elaboração de uma
constituição
Cortes → deputados eleitos na proporcionalidade
da população de cada província;
• Deputados do Brasil – Cipriano Barata, Muniz Tavares,
Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, Padre Diogo Feijó,
Nicolau de Campos Vergueiro, dentre outros.
ENQUANTO ISSO NA EUROPA... EM PORTUGAL...
CARÁTER CONTRADITÓRIO DA REVOLUÇÃO DO PORTO
Fim do absolutismo/constitucionalização.
Restabelecer o pacto colonial
DOM JOÃO VI NO BRASIL
Repercussão da Corte no Brasil: “Facção portuguesa” → Defendiam o retorno de Dom João VI
(Altas patentes militares, burocratas e comerciantes interessados aos antigos monopólios)
“Partido brasileiro” → Permanência do rei no Brasil (grandes proprietários rurais, burocratas e membros do judiciário nascidos no Brasil, comerciantes – inclusive portugueses –que haviam ajustados ao livre comércio, dentre outros.
1821 – Dom João VI volta para Portugal.
Dom Pedro ficou como príncipe regente:
“Pedro, se o Brasil separar de Portugal, que antes seja para ti, que és meu filho e há de me respeitar, do que para qualquer um deste aventureiros.”
A REGÊNCIA DE DOM PEDRO
Dom Pedro → “Marionete” da elite brasileira.
Isolar setores
populares:• Evitar o exemplo da independência da América
espanhola;
• A independência brasileira dar-se-ia de forma
protocolar, dentro de instancias de poder já
existentes.
A REGÊNCIA DE DOM PEDRO
Elite brasileira X cortes portuguesa.
Pressão para a volta de Dom Pedro à
Portugal
9 de Janeiro de 1822 – Abaixo-assinado → Dia do Fico:
“Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo
que fico”
Ministério Brasileiro;
Maio de 1822 → Decreto do “Cumpra-se”.
Junho de 1822 → Convocação de uma
Assembléia Constituinte Brasileira
A REGÊNCIA DE DOM PEDRO
Despachos de Lisboa → Volta imediata do
príncipe regente.
Mensagem de José Bonifácio via Paulo
Bregaro:
7 de setembro de 1822:
“ChiLiQUE DO iPiRANgA”
“Senhor. O dado esta lançado: de Portugal não temos a esperar senão escravidão e horores. Venha V.A.R. quanto antes e decida-se, porque irresoluções, e medidas d’água morna, à vista desse contrário que não nos poupa, para nada servem, e um momento perdido he uma desgraça. Muitas cousas terei a dizer a V.A.R., mas nem do tempo e nem da cabeça poso dizer.”
América Espanhola Administração:
• Conselho Real e Supremo das Índias;• Casas de Contratação.• Sistema de porto único;
Sevilha/Cádiz Vera Cruz/Porto Belo/Cartagena
• Cabildos.
• Vice Reinados e Capitanias Gerais Economia:
• Mineração• Agricultura.
Plantations; Haciendas;
• Pecuária
América Espanhola;Trabalho:
• Indígena – Mita e encomienda;
• Negra – escravidão nas Antilhas;
Sociedade:
• Chapetones;
• Clero
• Criollos
• Mestiços
• escravos
Independência da América EspanholaContexto:
• Crise do Antigo Regime.
Processo:
• Guerra de sucessão espanhola(1702 – 1714): Luis XIV fez o sucessor do trono, seu neto Duque de Anjou, coroado com
Filipe V
Mas... : A Inglaterra ganhou:
• Região de Gibraltar;
• Asiento; Amenizou o pacto colonial;
• Permiso;
Independência daAméricaEspanholaDesenvolvimento dos criollos:
• Detentores de um grande poder econômico, mas não político:
Tinham a independência como única maneira de chegar ao poder político
• Base sólida para a luta:
Enfraquecimento da Espanha;
Capital para a montagem de milícias;
Idéias Iluministas;
Apoio inglês;
Independência da América espanholaPrimeiras Revoltas
• Tupac Amaru – 1780;
• Francisco Miranda – 1811;
Era Napoleônica.
Acefalia - Trono espanhol governado por José Bonaparte;
“Divisão” dos chapetones;
As lutas pela independência podem ser divididas em dos momentos: 1810 – 1815 – movimento frágil (Juntas governativas);
1817 – 1824 – apoio dos ingleses/ Luta definitiva contra o domínio metropolitano
Independência da América Espanhola 1810 -1814 – Primeiro movimento de independência.
Juntas governativas;
México - 1810:
• Miguel Hidalgo, Vicente Guerrero e Morellos – Movimento que nasceu nas massas populares.
Venezuela – Francisco Miranda (1811) e Bolivar (1813)
Paraguai – 1811 → José Gaspar Francia – “El Supremo”
Independência da América EspanholaSegundo Movimento de Independência -1817 -1824
• Articulação da elite criolla;
• Apoio inglês;
• Rebeliões liberais na Espanha
Líderes:
• Simon Bolivar ;
• José de San Martín
Bolivar VS San Martín:
Bolivar San Martín
Projeto Republicano;
Unidade – Bolivarismo;
Projeto Monarquico
Abriu mão de seu projeto;
A libertação de San Martín San Martín:
• Liderou o processo na Argentina – 1816.
• Com o exército dos Andes libertou o Chile – 1818. Ajuda de Bernardo O’Higgins – nomeado dirigente do Estado
Chileno.
• Libertou Lima com a ajuda do Lord Cochrane -1821.
A Libertação de BolivarLibertou a Venezuela – 1817.
Colômbia – 1819.
Equador – 1821.
Peru – encontrou com San Martín em 1822 (Guayaquil) .
Peru – 1824 – General José Sucre.
Bolívia – 1825.
Países fora da rota dos “Libertadores” México:
• 1821 – Agustín Itúrbidi + Guerrero → Plano de Iguala
• 1822 – Agustín I
• 1824 – eleição do primeiro presidente – Guadalupe Vitória.
Uruguai – 1828.
• Guerra contra Brasil e Argentina;
• Apoio inglês.
Os novos EstadosNão houve a manutenção da integridade territorial.
Pressão americana e inglesa (até brasileira) para a fragmentação.
Formação dos caudilhos.