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ISSN 2176-1396
O FACEBOOK COMO SUPORTE PEDAGÓGICO PARA OS ALUNOS
EAD: REFLEXÕES NAS PERSPECTIVAS DOS TUTORES DE
GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO DE UMA INSTITUIÇÃO DE
ENSINO SUPERIOR
Daniela Belter Ferreira Ceni1- UNINTER
Cristiane Dall’ Agnol da Silva Benvenutti2 - UNINTER
Gisele Groehler Giesel3 - UNINTER
Edison Neres Barbosa4 - UNINTER
Grupo de Trabalho: Comunicação e Tecnologia
Agência Financiadora: não contou com financiamento
Resumo
O presente artigo propõe tecer uma reflexão teórico-prática sobre o Facebook como suporte
para a aprendizagem significativa de alunos de um curso de graduação e pós-gradução a
distância nos dias atuais. É sabido que nessa modalidade de ensino superior, o ambiente
virtual de aprendizagem (AVA) é relevante para o processo ensino-aprendizagem do aluno,
sendo sua principal ferramenta de interação, por meio da mediação dos tutores a distância.
Historicamente, as novas tecnologias foram surgindo e o ambiente virtual de aprendizagem
teve que ser readaptado na modalidade de EaD com novas ferramentas como o Facebook,
para suporte às novas necessidades e habilidades específicas deste aluno nativo digital. Mas,
atualmente, como o Facebook possibilita o ensino-aprendizagem do aluno a distância? Qual a
sua contribuição para o desenvolvimento acadêmico deste aluno? A opção metodológica para
1 Graduada em Pedagogia pela Faculdade Cenecista Presidente Kennedy. Especialista em Tecnologias Aplicadas
à Educação pela Faculdade Padre João Bagozzi. Tutora do curso de Licenciatura em Pedagogia e trabalha no
setor de Mídias Sociais do Centro Universitário Internacional – UNINTER. E-mail: [email protected]. 2 Licenciada em Pedagogia pela Universidade Positivo. Especialista em Psicopedagogia e Tutoria em EaD pelo
UNINTER/PR. Professora/Tutora no curso de Pedagogia a Distância do Centro Uninversitário Internacional
UNINTER. E-mail: [email protected]. 3 Graduada em Pedagogia pelo Centro Universitário Internacional UNINTER. Especialista em Psicopedagogia
Clínica e Institucional e, em Educação Especial e Educação Inclusiva pela mesma Instituição. Tutora dos cursos
de Pós-Graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional, Educação Especial e Educação Inclusiva,
Educação Infantil, Alfabetização e Letramento e Pedagogia Empresarial, no Centro Universitário Internacional –
UNINTER. E-mail: [email protected]. 4 Graduado em Pedagogia pela Faculda FACINTER – Faculdade Internacional de Curitiba. Especialista em
Psicopedagogia Clinica e Institucional e Pedagogia Empresarial pelo IBEPEX. Tutor dos cursos de
Psicopedagogia Clinica e Institucional, Educação Especial e Educação Inclusiva, Pedagogia Empresarial,
Educação Infantil, Alfabetização e Letramento do Centro Universitário Internacional – UNINTER. E-mail:
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subsidiar essa reflexão teórico-prática constitui-se numa abordagem qualitativa tomando a
vivência da prática docente dos autores nas tutorias de um curso de graduação (EaD) e dos
cursos de pós-gradução a distância de uma instituição de ensino superior (IES) de grande
porte da rede privada de Curitiba/PR. Como aporte teórico, apoiou-se nas reflexões de autores
como: Palloff e Pratt (2004), Behrens (2005). A reflexão permite inferir que o ambiente
virtual de aprendizagem assume vital importância no processo de ensino-aprendizagem do
aluno a distância e propicia um ensino-aprendizagem colaborativo com atividades práticas
socializadoras e de ambiência para que, o aluno sinta-se acolhido e desenvolva sentimento de
pertencimento com a instituição, alunos, tutores a distância e professores presenciais. Nesse
sentido, conclui-se que, para a ampliação do ensino-aprendizagem e em virtude das demandas
da sociedade, da realidade e vivências dos alunos de um curso de graduação e da pós-
graduação da instituição, o Facebook é um suporte para uma interação construída pelo aluno e
uma prática pedagógica significativa.
Palavras-chave: Educação a distância. Facebook. Tecnologia.
Introdução
É notório que a tecnologia tem transformado a sociedade de forma bastante
significativa. Mas todo esse processo não aconteceu de uma hora para outra.
Através dos fatos históricos, percebe-se que a Revolução Industrial foi a principal
causadora desse processo de modernização que aconteceu no século XVIII. Sua chegada
oportunizou a introdução do carvão, da máquina a vapor, do petróleo e da eletricidade. A
partir da década de 70 e 80 nos apresentou a eletrônica e a inteligência artificial.
Tais constatações afirmam que a tecnologia se alicerça de maneira impactante neste
milênio e está voltada principalmente, à informação e comunicação. O resultado desse
processo de modernização demonstra que as tecnologias da informação e comunicação
(TIC’s) causaram grandes mudanças nos padrões sociais implicando diretamente no modo de
aprender, de trabalhar, de se divertir e de se relacionar.
Com base nesse argumento, lança-se o questionamento: o que a educação precisa fazer
diante dessa realidade? A educação precisa estar inserida nesse contexto tecnológico, deve
apresentar aos alunos situações mais reais, tornar atividades mais significativas e menos
abstratas, pois a tecnologia, segundo Brito (2011, p. 23):
[...] está sempre entrelaçada à vida cotidiana − na rua, na igreja ou na escola, − no
ato de aprender, de ensinar, de aprender e ensinar, de saber, de fazer ou de conviver.
Todos os dias misturamos vida e educação.
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Diante dessas colocações, é evidente afirmar que com o passar dos anos a educação
inovou-se e o ensino a distância (EaD) se fortaleceu. O grande salto da EaD no Brasil se deve
aos avanços da tecnologia, principalmente com a “internet”, sem esse avanço não seria
possível ter este ensino, o qual consolida-se dia após dia. Dessa forma, a tecnologia está:
Atingindo as mais diversas esferas sociais, concomitantemente também trouxe
mudanças na área educacional. Influenciando a mudança de paradigmas
educacionais, redimensionou a prática pedagógica desenvolvida diretamente com o
aluno no espaço escolar, bem como desafiou o profissional da educação a decifrar as
necessidades do contexto e a formular sua atuação voltada para essas exigências da
sociedade (que mudou e que não para de mudar). (MERCADO, 2005, p. 14)
Sendo assim, a EaD utiliza de ferramentas tecnológicas para interagir com o aluno. O
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) é um desses principais recursos. Neste ambiente é
imprescindível que o aluno seja incitado a interessar-se pelos conteúdos e informações ali
disponibilizadas sendo proativos no processo ensino e aprendizagem.
É importante ressaltar que, não só o sistema de transmissão do ensino a distância
mudou, bem como o público o qual a ele se destina. Observa-se que a nova geração está cada
vez mais preparada e disposta a novos desafios. Nesse sentido podemos mencionar os nativos
digitais5, são jovens os quais já nasceram na era digital, da tecnologia em ascensão e por esse
motivo são jovens “antenados”, “ligados” nesse novo formato de comunicação virtual. É para
esse público dinâmico que o ensino a distância deve se voltar neste século.
Corroborando com a ideia de Vassori e Raabe (2003, apud Silva, 2003, p. 330):
na EAD, onde as relações interpessoais são frequentemente mediadas por
tecnologias digitais, pode-se chamar os grupos formados de “comunidades virtuais
de aprendizagem”. Para que este processo de formação de comunidades virtuais de
aprendizagem aconteça, é necessário que se propicie aos participantes um ambiente
motivador e tecnicamente adequado ao diálogo e à troca que potencializa o seu
surgimento.
Nesse contexto, para que o ensino se torne mais atrativo para o educando, as redes
sociais estão tornando-se ferramentas significativas. A comunicação online entre as pessoas se
popularizou de uma forma surpreendente, atraindo cada vez mais os indivíduos, em especial,
os nativos digitais que utilizam esses recursos como parte integrante de seu cotidiano.
5São aqueles que já nasceram e cresceram na era da tecnologia, enquanto os imigrantes digitais nasceram na era
analógica, tendo migrado para o mundo digital somente durante a vida adulta. Naturalmente, esses dois grupos
de pessoas pensam e processam informações de modo diferente. (MATTAR, 2010, p. 10)
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Partindo desse pressuposto, esse estudo demonstra a relevância de integrar uma rede
social, especificamente o Facebook, como um suporte mais dinâmico para auxiliar na
construção do conhecimento dos alunos EaD, aplicado nos cursos de graduação e pós-
graduação de uma instituição de ensino superior (IES) para enriquecimento de conteúdo.
O Ambiente Virtual de Aprendizagem e seus canais para o ensino-aprendizagem do
aluno da ead
O AVA e os canais de comunicação e informação dos cursos de graduação e pós-
graduação à distância propiciam um ensino-aprendizagem colaborativo por meio de fóruns,
post tutoria, chat, rádio web, e-mail do tutor a distância e e-mail do curso.
Com isso, a interação que ocorre por meio desses canais propicia um ambiente ativo
no qual, alunos-alunos e tutores-alunos a distância participam, trazem contribuições,
dificuldades, expectativas e trocam experiências em relação aos conteúdos das disciplinas,
aulas e práticas pedagógicas desenvolvidas no ambiente virtual e nos polos de apoio
presenciais.
Porém, o AVA vem se modificando amplamente em conformidade com a realidade
sociocultural do aluno e as demandas da sociedade. Percebe-se que, os tutores a distância
procuram trazer as inovações para essa geração de aprendentes midiáticos e, assim ampliar os
saberes da comunicação em rede, de forma interativa, dinâmica e cibernética no ensino
superior à distância.
Neste sentido, Behrens (2005, p. 111) afirma que, há um desafio para o ensino-
aprendizagem que recai sobre,
[...] uma prática pedagógica que ultrapasse a visão uniforme e que desencadeie a
visão de rede, de teia, de interdependência, procurando interconectar vários
interferentes que levem o aluno a uma aprendizagem significativa, com autonomia,
de maneira contínua, como um processo de aprender a aprender para toda a vida.
Portanto, o aluno quando envolto numa prática pedagógica que possibilita o ensino-
aprendizagem de forma colaborativa se torna aberto às mudanças, criativo, crítico, diferente
sobre a sua prática profissional e social. Vale destacar aqui que, para Palloff e Pratt (2004, p.
39) o perfil do aluno será outro, pois ele apresentará:
interação ativa que envolve tato o conteúdo do curso quanto a comunicação pessoal.
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aprendizagem colaborativa evidente pelos comentários dirigidos primeiramente de
um aluno para outro aluno e não do aluno ao professor.
significados construídos socialmente e evidenciados pela concordância ou
questionamento, com a intenção de chegar a um acordo.
compartilhamento de recursos entre os alunos.
expressão de apoio e estímulo trocadas entre os alunos [...] e avaliar criticamente o
trabalho do outro.
Com isso, entende-se que, o aluno ao adentrar no AVA e participar dos canais de
comunicação e informação que lhe são disponibilizados desenvolve um ensino-aprendizagem
colaborativo que atende as características da EaD. Portanto, as redes sociais e o AVA dos
cursos a distância no cenário educacional atual, devem ampliar as práticas pedagógicas
pautadas nas tecnologias digitais para a construção coletiva do ensino-aprendizagem do aluno
adulto.
Facebook: ferramenta pedagógica nas perspectivas dos tutores de graduação e pós-
graduação
A sociedade moderna tem ousado perante as novas tecnologias e inovando
principalmente na comunicação.
A comunicação eletrônica (e-mail, rede social, whatsapp) “está em alta”, ela
possibilita a interação dos indivíduos mesmo que estejam situados em diferentes contextos,
em diferentes partes do mundo, por isso, alastrou-se rapidamente na sociedade em geral e em
especial, para as novas gerações.
É necessário enfatizar, então, que o processo de comunicação possibilita hoje, uma
interatividade que pode oferecer respostas de acordo com o interesse dos diversos perfis de
usuários.
As redes sociais podem auxiliar de forma significativa o processo de ensino e de
aprendizagem, motivando os alunos a se dedicarem e aprenderem de uma forma diferenciada.
A educação a distância utiliza a tecnologia para efetuar o ensino e aprendizagem. O
instrumento de estudo dos alunos se concretiza com a plataforma AVA como foi relatado
anteriormente pois, a tecnologia:
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[...] tem por objetivo potencializar o acesso a educação para todos incluindo pessoas
com limitação física e temporal e, por meio de uma nova cultura, não necessita da
presença física no professor para a construção do conhecimento. (BIEGING, 2013,
p. 71)
Em face dessa realidade, que as instituições de ensino vêm pensando em novas
práticas pedagógicas e o uso das mídias sociais contribui para que o universo jovem se
envolva com essa nova “escola”, com a nova forma de aprendizagem. Os nativos digitais
costumam interagir de forma intensa, entretanto gostam de novidades. Por esse motivo, o uso
das redes sociais também pode fazer parte dessa interação com os alunos e variará de acordo
com a proposta que está sendo utilizada em cada caso e com a dedicação dos envolvidos. As
redes sociais poderão enriquecer as atividades curriculares ou extracurriculares, fazendo do
ensino mais atrativo.
O Facebook é atualmente a rede social de maior adesão no Brasil. Com grande
disponibilidade de recursos: fotos, vídeos, filmes, linha do tempo, chat, textos, links, etc.
Optou-se então, em utilizar o Facebook como uma ferramenta para estimular e desenvolver as
funções intelectivas dos alunos.
Dentro do universo dos aplicativos de redes sociais online em uso, a escolha pelo
Facebook se deu através do projeto iniciado pelo setor de Mídias Sociais de uma IES com o
objetivo de nortear a implantação e o uso inovador das comunidades de prática dentro da
metodologia da instituição estabelecendo fluxos e processos para um trabalho de cunho
educacional focado nas redes de maior aderência.
Dessa forma, com essa ferramenta, dá-se a o intuito de estimular uma dinâmica nova e
sintonizada com as demandas do mundo contemporâneo,
Apesar de estarem cada vez mais presentes na vida do dia-a-dia de estudantes e
educadores, as redes sociais de relacionamentos ainda fazem parte de um universo
que pode ser muito mais explorado pela educação. (LORENZO, 2013, p. 102)
O trabalho realizado pelo setor de Mídias Sociais juntamente com seus colaboradores
(coordenadores e tutores) dos cursos de graduação e pós-graduação segue um fluxo de
postagem sistemático e contínuo. Começando com o planejamento do tema, passando por
processos de aprovação e finalizando com a postagem do material desenvolvido e com a
interação da equipe com os alunos dos cursos, trabalhando assim, na perspectiva dos autores
desse artigo, como um reforço pedagógico dos conteúdos e temáticas vigentes que
contemplam a grade curricular.
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O trabalho realizado nas páginas dos cursos no Facebook dos cursos são variados, há
publicações periódicas envolvendo todos os dias da semana, de segunda a sexta-feira.
Nas publicações, há diversos padrões de postagens, todos respeitando a quantidade de
palavras e formatos necessários. Destaca-se abaixo, alguns dos processos realizados:
Publicações dos cursos específicos (graduação) e subáreas (pós-graduação) abordando
temas vigentes da grade curricular.
Publicações da “palavra do coordenador” proporcionando um up grade na página com
temas atuais, aproximando coordenador e aluno.
Publicações do setor de mídias, com temas diversos e abrangentes para todos os cursos
de graduação e pós-graduação.
No presente artigo, enfatizam-se as publicações de materiais utilizados pelos cursos de
graduação e pós-graduação. Na graduação as postagens são feitas em todas as páginas dos
cursos e será apresentada no curso de Licenciatura em Pedagogia. Na pós-graduação, as
publicações também eram realizadas por cursos, porém, agora são realizadas por subáreas.
Dessa forma, a subárea escolhida para demonstrar o trabalho realizado pelo setor de mídias
sociais juntamente com os colaboradores foi a de Educação Inclusiva, salientando os cursos
de Educação Especial e Psicopedagogia Clínica e Institucional.
Diante deste contexto, no curso de Pedagogia, assim como nos outros cursos, as
publicações enfatizam temas trabalhados nas disciplinas vigentes. O tema “Materiais
Didáticos” estava sendo trabalhado na disciplina de Pesquisa e Prática Profissional: Materiais
Didáticos:
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Figura 1: Materiais Didáticos
Fonte: Imagem extraída da fanpage do curso.
Ainda no curso de Pedagogia, evidencia-se outro tema trabalhado na disciplina de:
Educação de Jovens e Adultos, com o tema “Tecnologia na EJA”:
Figura 2: Tecnologia na EJA
Fonte: Imagem extraída da fanpage do curso.
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Como relatado anteriormente, a pós-graduação também utiliza o Facebook para
ressaltar os conteúdos de uma forma mais atrativa para o aluno EaD.
As publicações enfatizam temas trabalhados nas disciplinas vigentes, como por
exemplo: “Dificuldades de Aprendizagem” o qual estava sendo trabalhado no curso de
Psicopedagogia Clínica e Institucional e na subárea de Educação Inclusiva:
Figura 3: Dificuldades de Aprendizagem
Fonte: Imagem extraída da fanpage do curso.
Evidencia-se outro tema trabalhado em uma disciplina: Altas
Habilidades/Superdotação, com o tema “Superdotação” no curso de Educação Especial, na
mesma subárea:
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Figura 4: Superdotação
Fonte: Imagem extraída da fanpage do curso.
Dessa forma, trabalhando com criatividade e criticidade e de acordo com a realidade
que está inserido, é possível encontrar várias maneiras de utilizar as redes sociais para
estimular e motivar os alunos a participarem e atuarem de forma significativa no ensino.
Sabe-se que o sistema educacional precisa se adequar a cultura digital que permeia a
sociedade, mas é preciso salientar que antes da incorporação das redes sociais no ambiente
educacional, seja no ensino presencial ou na educação a distância, é preciso que haja mudança
envolvendo uma série de aspectos como: capacitação de profissionais (tutores, professores...),
conhecimento da rede social utilizada e propósito da inserção da mesma pois,
as Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação não substituem quaisquer
que sejam os intermediários da informação, elas modificam o papel dos mesmos.
(LORENZO, 2013, p. 104).
Assim sendo, direciona-se esse projeto de maneira pela qual a contribuição das redes
sociais possam ser instrumentos de auxílio na construção do conhecimento de uma forma
mais atrativa, superando as limitações da educação tradicional, dando lugar a uma nova forma
de ensinar.
Considerações Finais
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O presente artigo de pesquisa teve como objetivo contextualizar a uso das ferramentas
tcnológicas como suporte para a aprendizagem dos alunos de graduação e pós-graduação de
uma IES na modalidade a distância, tendo como suporte principal o uso do Facebook, por
meio de uma reflexão teórico-prática, partindo da vivência dos próprios tutores em tal ação.
Observa-se que, o Facebook nos dias atuais tornou-se a rede social de maior adesão no
Brasil, tendo uma gama imensa de recursos, tais como: fotos, vídeos, filmes, linha do tempo,
chat, textos, links, entre outros.
Nesse sentido, optou-se por utilizá-lo como uma ferramenta pedagógica, procurando
estimular pesquisa, leitura, e assim contribuir para uma relação com os assuntos trabalhados
nas disciplinas dos cursos de graduação e pós-graduação, entendendo que o público jovem da
nova era tecnológica, e que hoje compõe o quadro do EaD, ditos “nativos digitais”, não estão
a sós pois, ainda é significativo o número de “imigrantes digitais”, sendo composto por alunos
adultos e idosos.
Para a relação ensino-aprendizagem dos alunos de graduação e pós-graduação que a
instituições atende, faz-se necessário que as metodologias empregadas, a mediação deste
conhecimento sejam vistas de forma singular, com atenção para alcançar a todos, haver
adequação as novas propostas de ensino, e que professores e alunos sejam preparados para
essa realidade.
Conclui-se que a utilização do Facebook como suporte do processo de ensino-
aprendizagem é positivo, contribuindo para apropriação do conhecimento científico do aluno,
sendo a participação dos alunos de graduação é relevante e de grande demanda. Contudo, para
os cursos de pós-graduação, mesmo havendo participação, não podemos afirmar que
atingimos o público desejado. Neste sentido, é necessário mapear o motivo, e intervir com
propostas adequadas para que o processo de implantação dessa ferramenta possa auxiliar em
uma educação significativa.
REFERÊNCIAS
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2005.
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Ibpex, 2011. (
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