O dia a dia... Filhos e filhas, à medida que cresceram, perceberam que pai e mãe renunciaram a...
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O dia a dia...
Filhos e filhas,
à medida que cresceram,
perceberam
que pai e mãe renunciaram
a dias de sono,
descanso,
diversão,
passeio...
Pra ficar junto deles.
Menos por obrigação,
cuidado
preocupação...
E mais por alegria,
satisfação...
Filhos e filhas
perceberam, também,
que a mãe
sempre tivera algo a mais
que o pai.
Porque as broncas
que receberam dela,
não eram bem broncas...
Eram carinhos em voz alta...
Aumentos de som na caixa.
Eram Não, mais parecidos com Sim.
Eram mais como avisos...
“Estou aqui.
Se precisarem me chamem”.
Diferentes daquelas broncas do pai,
menos parecidas
com carinhos em voz alta
e mais com broncas mesmo.
Eram Não, parecidos com Não.
Eram, também, como avisos...
”Estou aqui. Comportem-se”.
Dois dias atrás...
Filhos e filhas,
crescidos,
sabem que a mãe
tem muito
“um não se sabe o quê do quê”
pra eles,
do que pode perceber
o mais astuto coração comercial,
mais ansioso
pelo próximo doze de junho
que feliz
pelo ótimo resultado
do domingo de maio.
Nem o mais dedicado dos pais
consegue
explicitar e simplificar
tanto
sua relação de cumplicidade
com filhos e filhas,
do que essa sua parceira.
Da mãe, aos filhos e filhas:
“Tem manga na geladeira...
Bom trabalho! Mãe.”
E o pai se pergunta
“que força misteriosa
faz a mãe pegar uma manga,
descascá-la,
cortá-la em pequenos pedaços,
e avisar filhos e filhas crescidos
sobre a fruta na geladeira?
E ainda se lembrar de lhes desejar
um dia bom de trabalho?”
Tudo isto
anotados em um pequeno bilhete,
colocado à mesa
e bem à vista
para os mais distraídos dos olhares.
Por mais simples que seja,
é certo
que coração dedicado de pai
desconhece,
ainda,
os significados e prazeres
contidos em pedaços de manga.
Por enquanto,
naturalmente
e regularmente,
divididos
por mãe,
filhos
e filhas.
Manga em Pedaços,
Prazeres Divididos por Mãe, Filhos e Filhas.
Música:
Barry White’s Love Unlimited Orchestra
Imagem:Internet
Texto formatação:
Fujiyama Shiroaoi